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Crise convulsiva na emergência

DEFININDO

▸ Crise convulsiva provocada

▸ Crise com fator precipitante (hipoglicemia, distúrbio de sódio)

▸ Crise convulsiva não provocada

▸ Crise sem fator precipitante

▸ Epilepsia

▸ Duas crises convulsivas não provocadas com mais de 24 horas de intervalo


OU

▸ Diagnóstico de uma síndrome epiléptica OU

▸ Uma crise mais risco alto de recorrência

▸ Alto risco de recorrência

▸ Lesão cerebral prévia – AVC, TCE

▸ EEG com atividade epileptiforme

▸ Convulsão noturna – durante o sono

▸ Lesão epileptogênica na tomografia ou ressonância

▸ status epiléptico

▸ Crise que persiste por mais de 5 minutos ou mais de uma crise sem
recuperação da consciência entre elas

PRIMEIRAS MEDIDAS

▸ Lateralizar o paciente

▸ Ofertar oxigênio

▸ HGT – muito importante – hipoglicemia grande causa

▸ Puncionar acesso venoso

▸ Aguardar cinco minutos para ver se encaixa em mal epiléptico - se pct chegou
convulsionando, é provável ser mal epiléptico

CONVULSÃO COM MAIS DE 5 MINUTOS

▸ Benzodiazepínico – para cessar a crise

▸ Diazepam (5mg/ml), 1 ampola EV PURA (2 ml) fazendo lentamente – não


utilizar diluído (pode precipitar) ou por via IM ( absorção errátil)

▸ Midazolam (5mg/ml), 2 ml EV ou IM – quando não consegue pegar acesso no


pct, utiliza IM
▸ Pode-se repetir a dose caso seja necessário – indicação de até 2 vezes para o pct
não rebaixar muito- se não melhorar, ir para outra etapa

CRIANÇAS

▸ Preferir Midazolam IM

▸ Dose de 0,2 mg/kg (amp 5mg/ml) - equivale a um volume de 0,04 ml/kg

▸ Se tiver acesso venoso:

▸ Midazolam (5mg/ml), 1 ml + 4 ml de AD - 0,1 ml/kg

CONTINUA CONVULSIONANDO APÓS 10 MIN DE BENZO

▸ Fenitoína (Hidantal)

▸ Dose de 20 mg/kg

▸ Apresentação de 250 mg/5 ml

▸ Diluir em soro fisiológico – não diluir em outra solução

▸ Correr EV lento, respeitando a velocidade de 50 mg/minuto

▸ Em pacientes cardiopatas ou idosos, reduzir a velocidade pela metade (MOV,


deitado e em sala de emergência).

EXEMPLO

▸ Paciente de 70 kg

▸ Fenitoína (250 mg/5 ml), 28 ml + 250 ml de soro fisiológico, correr EV em 28


minutos

▸ Caso seja idoso ou cardiopata, correr EV em uma hora

▸ Depois da dose de ataque, manter dose de 100 mg (2 ml), EV de 8/8 horas

▸ Melhor repetir metade da dose da fenitoína antes de passar para o fenobarbital -


riscos

AINDA CONVULSIONANDO – dificilmente chega nessa etapa

▸ Fenobarbital – risco de rebaixar e entubar

▸ Dose de 10 a 20 mg/kg

▸ Respeitar a mesma velocidade da Fenitoína

▸ Apresentação de 100 mg/ml, em ampolas de 2 ml (200mg)


▸ Em pacientes que convulsionam por abstinência a drogas, intoxicações ou
parada do uso do Fenobarbital, ele deve ser usado logo após o benzodiazepínico (não
respondem à fenitoína).

EXEMPLO

▸ Paciente de 70 kg

▸ Dose de 10 mg/kg – começar com essa dose para evitar os riscos

▸ Fenobarbital (100 mg/ml), 7 ml + 100 ml de SF 0,9%, correr EV em 14 minutos

▸ Se for idoso ou cardiopata reduzir a velocidade pela metade

▸ Pode-se repetir a dose se necessário

▸ Estar pronto para intubar o paciente

AINDA CONVULSIONANDO

▸ Intubação orotraqueal com infusão contínua de Midazolam

▸ Preparo:

▸ Midazolam (5 mg/ml), 30 ml + 120 ml de SF 0,9%, correr EV em BIC com ajuste


ACM

PROFILAXIA DE CRISES

▸ Quando usar a Fenitoína para profilaxia?

▸ Quando tive que hidantalizar o paciente

▸ Quando não consigo resolver a causa base da crise

▸ EX: imagem a esclarecer na TC

RESOLVIDA A CRISE

▸ Investigação

▸ TC de crânio

▸ Eletrólitos (sódio, cálcio…) ▸ beta-HCG – tudo vai depender da história do


paciente.

▸ 10% da população mundial apresenta uma crise convulsiva em algum momento da


vida, sem maiores problemas.

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