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CONJUNTOS

Prof.: Msc. Vanessa da Luz


DEFINIÇÕES
Um conjunto é uma coleção de objetos bem definidos chamados de
elementos, escritos entre chaves e separados por vírgula ou ponto e
vírgula, por exemplo, o conjunto dos números 7, 8 e 9 pode ser
denotado por {7, 8, 9}.

Os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A, B, C, ..., X, Y, Z.


Já os elementos são indicados por letras minúsculas: a, b, c, ..., x, y,
z.
Podemos ter infinitos exemplos de conjuntos, como alguns descritos
abaixo:
• O conjunto das vogais;
• O conjunto formado pelos números ímpares;
• Conjunto dos alunos da Faculdade Única.

Para relacionar um elemento à um conjunto, utiliza-se a palavra e o


símbolo pertence.
Sejam B um conjunto e 𝒙 um elemento. Se 𝒙 pertence ao conjunto B,
denotamos:
𝒙 ∈𝑩
Caso 𝒙 não pertença ao conjunto B, usamos:
𝒙 ∉𝑩
Os conjuntos podem ser representados por diagrama de Venn.

Podemos observar que 𝒃 ∈ 𝑨, 𝒇 ∈ 𝑨, 𝒎𝒂𝒔 𝒆 ∉ 𝑨 𝒆 𝒅 ∉ 𝑨.


DESCRIÇÃO DE UM CONJUNTO

A descrição de um conjunto pode ser realizada de duas formas: pelos


elementos, quando são listados ou pelas características/propriedades
do conjunto.

Quando os elementos são enumerados, eles são representados entre


chaves, como nos exemplos a seguir:
• Conjunto dos divisores de 2: {𝟏, 𝟐}
• Conjunto dos números naturais: {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}
Quando não são enumerados, os conjuntos podem ser descritos por
suas propriedades. Considere um conjunto A, com uma
característica Q para os elementos x, então escrevemos:

A={x│x tem a propriedade Q}

e lemos: “A é o conjunto dos elementos x tal que x tem a


propriedade Q”.

•{x|x é um estado da região Sudeste} pode ser representado por

{Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo}.


CONJUNTO UNITÁRIO E CONJUNTO VAZIO
O conjunto unitário possui apenas um único elemento.
• Exemplo:
• {x| x é um número par e primo}: {2}
Já o conjunto vazio, é um conjunto que não possui nenhum
elemento. E é representado pelo símbolo ∅ ou .
• Exemplos:
• {𝒙| 𝒙 é í𝒎𝒑𝒂𝒓 𝒆 𝒎ú𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝟒} = ∅
• {𝒙| 𝒙 ≠ 𝒙} = ∅
CONJUNTOS FINITOS E INFINITOS

Um conjunto é finito quando é enumerável, isto é, pode ser listado


seus elementos.
• Conjunto dos divisores de 12: {1, 2, 3, 4, 6, 12}

Intuitivamente, o conjunto é infinito quando não pode ser contado, ele


não é enumerável.
• O conjunto dos múltiplos de 3: {0, 3, 6, 9, 12, ...}
CONJUNTO UNIVERSO
Os conjuntos e elementos são analisados dentro de um conjunto
maior, que no caso, o conjunto universo. Observem nos exemplos a
seguir, como a mudança do conjunto universo, determina respostas
diferentes.

• Conjunto das soluções da equação 2x + 7 = 24 nos números


naturais: ∅
• Conjunto das soluções da mesma equação, 2x + 7 = 24 no universo
dos números reais: {8,5}
IGUALDADE DE CONJUNTOS

Dois conjuntos são iguais, quando todos os elementos do conjunto


A pertence a B, se somente se, todo elemento de B pertence a A.
Essa igualdade pode ser representada por:

𝑨 = 𝑩 ⟺ (∀𝒙)(𝒙 ∈ 𝑨 ⟺ 𝒙 ∈ 𝑩)

Exemplo:
• {a, e, i, o, u} = {e, i, a, u, o}
Os símbolos são muito utilizados na matemática, observem alguns usuais.
• o símbolo ∀ significa “para todo”;
• ⟺ “se somente se”;
• ∃ indica que “existe”;
• | significa “tal que”

Se escrevermos {a, b, c, d} = {a, b, b, c, d, d, d, d}, está correto?


SUBCONJUNTOS
Um subconjunto, como o nome sugere, é um conjunto menor que está
contido dentro de outro. Um conjunto A é subconjunto de um conjunto
B se, e somente se, todo elemento de A pertence a B.
Podemos escrever que, A⊂B, que significa que A está contido em B, ou
A é subconjunto de B.

Assim, traduzindo em termos matemáticos,


essa relação pode ser escrita como:
𝑨 ⊂ 𝑩 ⟺ ∀𝒙 𝒙 ∈ 𝑨 ⟹ 𝒙 ∈ 𝑩
Essa relação também pode ser descrita como 𝑩 ⊃ 𝑨, que significa que “B
contém A” ou “o conjunto B contém o conjunto A”.
Como todos os conectores, há a negação, pois quando um subconjunto não
está contido (⊄) ou um conjunto não contém um subconjunto (⊅).

Exemplos:
• 𝟑, 𝟒, 𝟓 ⊄ 𝟒, 𝟓, 𝟔, 𝟕 𝑨 ⊄ 𝑩 𝒐𝒖 𝑩 ⊅ 𝑨
PROPRIEDADES DA INCLUSÃO

Considere três conjuntos quaisquer A, B e C, têm-se as


seguintes propriedades:
∅⊂𝑨
𝑨 ⊂ 𝑨 𝒓𝒆𝒇𝒍𝒆𝒙𝒊𝒗𝒂
𝑨 ⊂ 𝑩 𝒆 𝑩 ⊂ 𝑨 ⟹ 𝑨 = 𝑩 𝒂𝒏𝒕𝒊 − 𝒔𝒊𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂
𝑨 ⊂ 𝑩 𝒆 𝑩 ⊂ 𝑪 ⟹ 𝑨 ⊂ 𝑪 (𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒊𝒕𝒊𝒗𝒂)
UNIÃO DE CONJUNTOS
Considere dois conjuntos A e B, a união de A e B é o conjunto
formado pelos elementos que pertencem a A ou a B, ou seja,
𝑨 ∪ 𝑩 = 𝒙 𝒙 ∈ 𝑨 𝒐𝒖 𝒙 ∈ 𝑩}
Observe que o símbolo 𝑼 significa união, e se 𝒙 ∈ 𝑨 ∪ 𝑩 ⟹ 𝒙 ∈
𝑨 𝒐𝒖 𝒙 ∈ 𝑩.
Exemplo:
𝑨 ∪ 𝑩 = 𝒂, 𝒃, 𝒆, 𝒇 ∪ 𝒄, 𝒅, 𝒇, 𝒈
= 𝒂, 𝒃, 𝒄, 𝒅, 𝒆, 𝒇, 𝒈
PROPRIEDADES DA UNIÃO

Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, considere as seguintes


propriedades:

• 𝑨∪𝑨=𝑨
• 𝑨 ∪ ∅ = 𝑨 𝒆𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒏𝒆𝒖𝒕𝒓𝒐
• 𝑨 ∪ 𝑩 = 𝑩 ∪ 𝑨 𝒄𝒐𝒎𝒖𝒕𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂
• 𝑨 ∪ 𝑩 ∪ 𝑪 = 𝑨 ∪ 𝑩 ∪ 𝑪 𝒂𝒔𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂
INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS
Dados dois conjuntos A e B, a interseção de A e B é o conjunto
formado por elementos que pertencem a A e a B. Como notação
matemática, temos:

𝑨 ∩ 𝑩 = 𝒙 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 𝒙 ∈ 𝑩}

O símbolo ∩ significa interseção, isto é, 𝑨 ∩ 𝑩 é formado pelos


elementos que pertence A e B simultaneamente.
Exemplo:

𝐀 ∩ 𝐁 = 𝐚, 𝐛, 𝐞, 𝐟 ∩ 𝐜, 𝐝, 𝐟, 𝐠 = 𝐟

Propriedades da Interseção
Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, considere as seguintes
propriedades:
•𝑨∩𝑨=𝑨
• 𝑨 ∩ 𝑼 = 𝑨 𝒆𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒏𝒆𝒖𝒕𝒓𝒐
• 𝑨 ∩ 𝑩 = 𝑩 ∩ 𝑨 𝒄𝒐𝒎𝒖𝒕𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂
• 𝑨 ∩ 𝑩 ∩ 𝑪 = 𝑨 ∩ 𝑩 ∩ 𝑪 𝒂𝒔𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂
PROPRIEDADES
Considere os conjuntos A, B e C quaisquer conjuntos, sendo as
seguintes propriedades relacionadas a união e interseção:
• 𝑨∪ 𝑨∩𝑩 =𝑨
• 𝑨∩ 𝑨∪𝑩 =𝑨
• 𝑨∪ 𝑩∩𝑪 = 𝑨∪𝑩 ∩ 𝑨∪𝑪
• 𝒅𝒊𝒔𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒊çã𝒐 𝒅𝒂 𝒓𝒆𝒖𝒏𝒊ã𝒐 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 à 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒔𝒆çã𝒐
• 𝑨 ∩ 𝑩 ∪ 𝑪 = (𝑨 ∩ 𝑩) ∪ (𝑨 ∩ 𝑪)
• 𝒅𝒊𝒔𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒊çã𝒐 𝒅𝒂 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒔𝒆çã𝒐 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 à 𝒓𝒆𝒖𝒏𝒊ã𝒐
DIFERENÇA DE CONJUNTOS
Dados dois conjuntos A e B quaisquer, a diferença entre A e B é o
conjunto formado pelos elementos de A que não pertencem a B.

𝑨 − 𝑩 = 𝒙 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 𝒙 ∉ 𝑩}
Exemplo

𝑨 − 𝑩 = 𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓, 𝟔, 𝟕, 𝟖 − 𝟑, 𝟔, 𝟕 = 𝟏, 𝟐, 𝟒, 𝟓, 𝟖
𝑩 − 𝑨 = 𝟑, 𝟔, 𝟕 − 𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓, 𝟔, 𝟕, 𝟖 = ∅
COMPLEMENTAR DE B EM A
Considere dois conjuntos A e B, tais que B está contido em A,
chama-se complementar de B em relação a A, o conjunto 𝑨 − 𝑩, ou
seja, os elementos de A que não está em B. O símbolo que
representa essa relação é:
∁𝑩 ഥ
𝑨 𝒐𝒖 𝑩

Complemento de B em A
Observe que ∁𝑩
𝑨 só é definido para 𝑩 ⊂ 𝑨, assim

temos ∁𝑩
𝑨= 𝑨 − 𝑩
FIXANDO O CONTEÚDO
5) (PUC/Campinas-SP) Numa comunidade Número de
Programas
constituída de 1800 pessoas, há três Telespectadores
programas de TV favoritos: esportes (E), E 400
novelas (N) e humorismo (H). A tabela a N 1220
seguir indica quantas pessoas assistem a
H 1080
esses programas:
EeN 220
NeH 800
EeH 180
EeNeH 100
Por meio desses dados, verifica-se que o número de pessoas da
comunidade que não assistem a qualquer dos três tipos de
programas é:

A) 200
B) 300
C) 900
D) 100
E) n.d.a..
8) Considere três conjuntos A, B e C quaisquer. Assinale a alternativa
que representa (𝑩 − 𝑨) ∩ 𝑪.
CONJUNTOS NUMÉRICOS
NATURAIS E INTEIROS
Prof.: Msc. Vanessa da Luz
CONJUNTOS DOS NÚMEROS NATURAIS
• 𝒂𝒔𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒂 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂çã𝒐
(𝒂.𝒃).𝒄=𝒂.(𝒃.𝒄)
• 𝒄𝒐𝒎𝒖𝒕𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒂 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂çã𝒐
𝒂.𝒃=𝒃.𝒂
• 𝒆𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒏𝒆𝒖𝒕𝒓𝒐 𝒅𝒂 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂çã𝒐
𝒂.𝟏=𝒂
• 𝒅𝒊𝒔𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒅𝒂 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂çã𝒐 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂çã𝒐 à 𝒂𝒅𝒊çã𝒐
𝒂.(𝒃+𝒄)=𝒂.𝒃+𝒂.𝒄
CONJUNTOS DOS NÚMEROS INTEIROS

O conjunto dos números inteiros pode ser representado por uma reta numérica orientada da
seguinte maneira:

Observe que quanto mais à direita, maior o número é, portanto


pode-se concluir que:
• qualquer número negativo é menor que o zero;
• qualquer número positivo é maior que o zero;
• qualquer número negativo é menor que um número positivo.
Relação do conjunto dos números naturais com os inteiros
REGRA DE SINAL


DIVISIBILIDADE

Quando a é divisor de b, podemos escrever que “b é divisível por a”
ou “b é múltiplo de a”. Indicamos D(a) o conjunto dos divisores de a,
e M(a) o conjunto dos múltiplos de a.

Exemplos:
D(5) = {1,-1,5,-5}
M(3)={0,±3,±6,±9,…}

Quando esse assunto é trabalhado na escola, abordamos apenas os


divisores e múltiplos positivos, pois o conteúdo é abordado nos 5° e
6° anos, onde o aluno têm apenas o conhecimento dos números
naturais.
Um número especial p é chamado de primo, quando seus divisores
são apenas o 1 e o p nos números naturais ou {1, -1, p, -p} no
conjunto dos números inteiros.
São alguns exemplos de números primos, 2, 3, 5, 7, 11, -2, -3.
Mínimo Múltiplo Comum

MÁXIMO DIVISOR COMUM

FIXANDO O CONTEÚDO
3) (OBMEP – Adaptado) Dois rolos de arame, um de 210 metros e
outro de 330 metros, devem ser cortados em pedaços de mesmo
comprimento. Quantos pedaços isto pode ser feito se desejamos que
cada um destes pedaços tenha o maior comprimento possível?
A) 7 pedaços.
B) 11 pedaços.
C) 35 pedaços.
D) 18 pedaços.
E) 55 pedaços.
5) (OBMEP – Adaptado) Dois ciclistas correm numa pista circular e
gastam, respectivamente, 30 segundos e 35 segundos para completar
uma volta na pista. Eles partem do mesmo local e no mesmo instante.
Após algum tempo os dois atletas se encontram, pela primeira vez,
no local de largada. Depois de quanto tempo da largada ocorrerá o
encontro?
A) 60 segundos.
B) 70 segundos.
C) 90 segundos.
D) 210 segundos.
E) 420 segundos.
CONJUNTO DOS
NÚMEROS RACIONAIS

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3.1 Conjuntos dos Números Racionais

O conjunto dos números racionais, representado pelo símbolo ℚ , é o


𝒂
conjunto dos números que são representados por uma fração, sendo , em
𝒃
que 𝒂 ∈ ℤ 𝒆 𝒃 ∈ ℤ∗ , no qual a é o numerador e b o denominador.

𝟒
Exemplos: 2; - ; 𝟖, 𝟒𝟒𝟒
𝟑
Considere 𝒂, 𝒃, 𝒄, 𝒅, 𝒆, 𝒇, 𝒈 ∈ ℤ e as seguintes propriedades.

𝒂 𝒄 𝒆 𝒂 𝒄 𝒆
• + + = + +
𝒃 𝒅 𝒇 𝒃 𝒅 𝒇
𝒂 𝒄 𝒄 𝒂
• + = +
𝒃 𝒅 𝒅 𝒃
𝒂 𝒂
• +𝟎=
𝒃 𝒃
𝒂 𝒂
• + − = 𝟎
𝒃 𝒃
𝒂 𝒄 𝒆 𝒂 𝒄 𝒆
• . . = . .
𝒃 𝒅 𝒇 𝒃 𝒅 𝒇
𝒂 𝒄 𝒄 𝒂
• . = .
𝒃 𝒅 𝒅 𝒃
𝒂 𝒂
• .𝟏 =
𝒃 𝒃
𝒂 𝒄 𝒆 𝒂 𝒄 𝒂 𝒆
• . + = . + .
𝒃 𝒅 𝒇 𝒃 𝒅 𝒃 𝒇
Outra operação que podemos definir, é o simétrico ou inverso da
𝒂 ∗ 𝒃 𝒂 𝒃
multiplicação. Assim, para todo ∈ ℚ , existe ∈ ℚ 𝒕𝒂𝒍 𝒒𝒖𝒆 . = 𝟏.
𝒃 𝒂 𝒃 𝒂
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅
Portanto podemos definir em ℚ∗ a operação de divisão, sendo : = . para
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄
𝒂 𝒄
quaisquer 𝒆 ∈ ℚ∗ .
𝒃 𝒅
3.2 Fração e Decimais
Fração

Uma fração representa quando um todo, é dividido em partes, e


indicamos uma parte ou a união delas em relação ao todo. A fração é
composta por dois números inteiros, sendo:
• o denominador representa as partes do todo que foram divididas.
• o numerador indica uma unidade ou união de algumas das partes
que foram divididas.
𝒂
Assim, a fração é representada por dois termos, 𝒂 𝒆 𝒃 ∈ ℤ, 𝒃 ≠ 𝟎 ,
𝒃
sendo o numerador 𝒂 e o denominador 𝒃.
𝟓
As nomeações das frações são feitas do seguinte modo, por exemplo, se lê “cinco
𝟖
oitavos”. Já a fração que possui denominador maior que 10, usamos avos após o
𝟑
número do denominador. Exemplo, será “três quatorze avos”.
𝟏𝟒

• Exemplo:
𝟐
Uma loja possui 50kg de laranja, e precisam vender dessa fruta para não perder a
𝟓
mercadoria. Quantos quilos a loja deverá vender?

• Resolução:
𝟐
Para resolver, temos que multiplicar 50 por , isto é,
𝟓

𝟐 𝟓𝟎. 𝟐 𝟏𝟎𝟎
𝟓𝟎. = = = 𝟐𝟎
𝟓 𝟓 𝟓
Portanto a loja precisará vender 20 kg de laranja.
Igualdade de Frações

𝒂 𝒄
Dadas duas frações 𝒆 𝒄𝒐𝒎 𝒃 ≠ 𝟎 𝒆 𝒅 ≠ 𝟎, são iguais se e somente
𝒃 𝒅 𝒂 𝒄
se 𝒂. 𝒅 = 𝒃. 𝒄, ou seja, 𝒂. 𝒅 = 𝒃. 𝒄 ⟺ = 𝒄𝒐𝒎 𝒃 ≠ 𝟎 𝒆 𝒅 ≠ 𝟎. Quando
𝒃 𝒅
acontece essa igualdade, dizemos que as frações são equivalentes.
Exemplo:

𝟐 𝟔
= , 𝒑𝒐𝒊𝒔 𝟐. 𝟐𝟏 = 𝟕. 𝟔 = 𝟒𝟐, 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒆𝒍𝒂𝒔 𝒔ã𝒐 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔
𝟕 𝟐𝟏
Fração Mista

As frações são classificadas como próprias e impróprias. A primeira, são


frações que possuem o numerador menor que o denominador, por
𝟓 𝟏
exemplo, 𝒆 . Já as frações impróprias possuem o numerador maior ou
𝟔 𝟕
𝟗
igual ao denominador, exemplo, .
𝟓
As frações impróprias podem ser transformadas em frações mistas, isto é,
𝟗 𝟒
representam a parte inteira e fracionária. Por exemplo, a fração = 𝟏 + =
𝟓 𝟓
𝟒 𝟗 𝟒
𝟏 , assim a fração imprópria = 𝟏 .
𝟓 𝟓 𝟓
3.3 Operações com Frações

Soma e Diferença de Frações


Para calcular a soma e a diferença de duas ou mais frações, é preciso
verificar se os denominadores são iguais. Se for, basta repetir o
denominador e somar ou subtrair os numeradores. Observe os exemplos a
seguir:
𝟑 𝟕 𝟑+𝟕 𝟏𝟎 𝟓
• + = = =
𝟖 𝟖 𝟖 𝟖 𝟒
𝟏𝟎 𝟓 𝟏𝟎−𝟓 𝟓
• − = =
𝟕 𝟕 𝟕 𝟕
No caso das frações possuírem denominadores diferentes, é preciso
encontrar frações equivalentes que tenham denominadores iguais. Para isso
calculamos o mínimo múltiplo comum (m.m.c).
• Exemplo 3.3
𝟏 𝟑 𝟓
Encontre o resultado da seguinte operação + +
𝟒 𝟖 𝟏𝟐

• Resolução: As frações possuem diferentes denominadores, assim, é


preciso calcular o m.m.c de (4, 8, 12), isto é, m.m.c (4, 8, 12) = 24
4 8 12 2

Agora, vamos encontrar as frações equivalentes com o 2 4 6 2


denominador 24, e resolver a operação. 1 2 3 2
𝟏 𝟑 𝟓 𝟔 𝟗 𝟏𝟎 𝟔 + 𝟗 + 𝟏𝟎 𝟐𝟓 1 1 3 3
+ + = + + = =
𝟒 𝟖 𝟏𝟐 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 1 1 1 24
Multiplicação e Divisão de Fração

A multiplicação de frações é realizada multiplicando o numerador pelo


𝒂 𝒄
numerador, e o denominador pelo denominador. Dados 𝒆 ∈ ℚ, 𝒃 ≠
𝒂 𝒄 𝒂.𝒄 𝒃 𝒅
𝟎 𝒆 𝒅 ≠ 𝟎, o produto dessas duas frações é . = . Por exemplo,
𝒃 𝒅 𝒃.𝒅

𝟒 𝟑 𝟏𝟐
• . =
𝟕 𝟓 𝟑𝟓
𝟐 𝟑 𝟔 𝟐
• . = =
𝟗 𝟏𝟏 𝟗𝟗 𝟑𝟑
Na divisão das frações, conservamos a primeira fração, mudamos o sinal
𝒂 𝒄
para multiplicação e invertemos a segunda fração. Dados 𝒆 ∈ ℚ, 𝒃 ≠
𝒂 𝒃 𝒅
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅 𝒃 𝒂 𝒅
𝟎 𝒆 𝒅 ≠ 𝟎, temos a divisão : = . 𝒐𝒖 𝒄 = . . Observe alguns exemplos:
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄 𝒃 𝒄
𝒅

𝟕
𝟕 𝟓 𝟑𝟓 𝟕
• 𝟏𝟎
𝟐 = . = =
𝟏𝟎 𝟐 𝟐𝟎 𝟒
𝟓

𝟏 𝟑 𝟏 𝟖 𝟖 𝟒
• : = . = =
𝟔 𝟖 𝟔 𝟑 𝟏𝟖 𝟗
• Exemplo 3.6
𝟒𝒙𝟑 𝒚𝟐
Simplifique a fração , sendo 𝒙 ≠ 𝟎, 𝒚 ≠ 𝟎 𝒆 𝒛 ≠ 𝟎.
𝟔𝒙𝟐 𝒚𝒛𝟑

• Resolução:
Nesse exercício, os fatores são números e letras, assim vamos
escrevê-los em fatores.

𝟐. 𝟐. 𝒙. 𝒙. 𝒙. 𝒚. 𝒚 𝟐𝒙𝒚
= 𝟑
𝟐. 𝟑. 𝒙. 𝒙. 𝒚. 𝒛. 𝒛. 𝒛 𝟑𝒛
Porcentagem
𝒂
A porcentagem é uma forma de representar uma fração , 𝒔𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒃= 𝟏𝟎𝟎.
𝒃
Nesse tipo de representação usamos o símbolo %,𝟑𝟎que se lê por cento e
significa por cem. Assim, por exemplo, 30% significa .
𝟏𝟎𝟎
Exemplo 3.7
• Supondo que uma fila de espera para um transplante de fígado tinha cerca
de 6200 pacientes, dos quais 61% não tiveram condições para receber o
transplante, quantos restaram na fila?

Resposta:
𝟔𝟏 𝟔𝟏 𝟔𝟐𝟎𝟎
Vamos calcular 61% de 6200, isto é, 𝟔𝟏% 𝒅𝒆 𝟔𝟐𝟎𝟎 = . 𝟔𝟐𝟎𝟎 = . =
𝟑𝟕𝟖𝟐𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 𝟏
= 𝟑𝟕𝟖𝟐
𝟏𝟎𝟎
Assim, restam na fila 3782 na fila.
Representação Decimal

𝒂
Todo número racional pode ser representado por um número
𝒃
decimal. Para isso dividimos a por b, isto é, o numerador pelo
denominador. Quando é realizada essa transformação, podemos
encontrar dois tipos de números decimais.
Quando possui uma quantidade finita de algarismos, diferentes de
zero.
𝟓
• =𝟓
𝟏
𝟏
• = 𝟎, 𝟓
𝟐
Quando o número possui uma quantidade infinita de algarismos que
se repetem periodicamente, que é chamada de dízima periódica.

𝟏
• = 𝟎, 𝟕𝟕𝟕 … = ഥ 𝒑𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐 𝟕
𝟎, 𝟕
𝟕
𝟖
• = 𝟎, 𝟐𝟒𝟐𝟒 … = 𝟎, 𝟐𝟒 𝒑𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐 𝟐𝟒
𝟑𝟑

Número decimal exato


O numerador da fração será o número decimal sem a vírgula, e o
denominador o algarismo 1 seguido de tantos zeros quanto forem as
casas decimais do número dado.
𝟒𝟏𝟓 𝟖𝟗𝟐𝟓𝟔 𝟔𝟒
• 𝟒, 𝟏𝟓 = ; 𝟖, 𝟗𝟐𝟓𝟔 = ; 𝟎, 𝟔𝟒 =
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
Dízima Periódica

Para transformar a dízima periódica em geratriz (fração), devemos analisar se


a dízima é simples ou composta. A dízima simples é composta apenas pelo
período, já a dízima composta possui o período e algarismos que não se
repetem.
Dízima periódica simples: para cada algarismo que se repete no período,
acrescenta o algarismo 9 no denominador, e escrevemos o período no
numerador.
𝟐𝟑 𝟕𝟔 𝟏𝟕𝟓
𝟎, 𝟐𝟑𝟐𝟑𝟐𝟑 … = 𝟏, 𝟕𝟔𝟕𝟔𝟕𝟔 … = 𝟏 + =
𝟗𝟗 𝟗𝟗 𝟗𝟗
Dízima periódica composta: para cada algarismo que se repete no
período acrescenta o algarismo 9, e o 0 para cada número que não se
repete na parte decimal, no denominador. No numerador escrevemos o
número composto pela parte que não se repete com a que se repete e
subtraímos a parte que não se repete.

𝟒𝟓𝟔 − 𝟒 𝟒𝟓𝟐
𝟎, 𝟒𝟓𝟔𝟓𝟔𝟓𝟔 … = =
𝟗𝟗𝟎 𝟗𝟗𝟎

𝟗𝟏𝟑 − 𝟎 𝟗𝟏𝟑 𝟐𝟎𝟖𝟗𝟑


𝟐, 𝟎𝟗𝟏𝟑𝟗𝟏𝟑𝟗𝟏𝟑 … = 𝟐 + =𝟐+ =
𝟗𝟗𝟗𝟎 𝟗𝟗𝟗𝟎 𝟗𝟗𝟗𝟎
Operações dos Decimais
Adição e Subtração

A adição e subtração é definida, armando os números decimais um


embaixo do outro, sendo vírgula abaixo de vírgula, e posteriormente
realizando os cálculos. Como por exemplo:

3,45+8,93= 12,38 3,45


+ 8,93
12,38
Multiplicação e Divisão

A multiplicação de números decimais, é realizada multiplicando os


números normalmente e depois, a vírgula deve ser inserida de modo a
deixar o número de casas decimais igual à soma da quantidade de
casas decimais dos fatores multiplicados. Por exemplo:

8,7 x 3,15
Na divisão, armamos o divisor e dividendo, e devemos igualar as
casas decimais, preenchendo com zero, quando necessitar. Após isso,
ignoramos a vírgula, e realizamos a divisão. Por exemplo, dividir 31,15
por 3,5.

31,15 3,50
- 2800 8,9
- 3150
3150
0
3.4 Expressão numérica

As expressões numéricas, são conjuntos de operações definidas entre


parênteses, colchetes e chaves. Para resolver existe uma ordem a ser
seguida. Entre os símbolos, temos:
• Parênteses;
• Colchete;
• Chaves.
• Nas operações, a ordem é a seguir:
• Potenciação ou Radiciação;
• Divisão ou Multiplicação;
• Soma ou Subtração.
Exemplo 3.8
Resolva a expressão numérica

𝟔𝟎 ÷ {𝟐 · [−𝟕 + 𝟏𝟖 ÷ (−𝟑 + 𝟏𝟐)]} – [𝟕 · (−𝟑) – 𝟏𝟖 ÷ (−𝟐) + 𝟏]


FIXANDO O CONTEÚDO
𝟏 𝟏
+
𝟓 𝟑
1) Calcule o valor da expressão 𝟎, 𝟗𝟗𝟗 … + 𝟑 𝟏 e assinale a alternativa que

𝟓 𝟏𝟓
corresponda a solução.
A) 2
𝟗
B) 𝟓
𝟖
C) 𝟏𝟓
𝟒𝟗
D) 𝟓
E) 𝟏
UNIDADE 4
Conjunto dos Números Reais

Prof.: Msc. Vanessa da Luz


4.1 Números Irracionais – 𝕀

Os números irracionais, representado pelo símbolo 𝕀, são números decimais


que possuem infinitas casas decimais, não periódicas. Ou seja, não
possuem representação em fração. Segue alguns exemplos de números
irracionais.
7,89436231...
0,3425187...
-5,98009832...

Alguns números irracionais são usuais na matemática, como:


𝟐 = 𝟏, 𝟒𝟏𝟒𝟐𝟏𝟑𝟓 …
𝝅 (𝒑𝒊) = 𝟑, 𝟏𝟒𝟏𝟓𝟗𝟐 …
𝒆 = 𝟐, 𝟕𝟏𝟖𝟐𝟖𝟏𝟖𝟐 …
Um número irracional que é fácil ser identificado, é a raiz quadrada de
números primos, isto é, se p é primo e positivo, 𝒑 é 𝒊𝒓𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍. Assim,
𝟕, 𝟏𝟏, 𝟏𝟑 são números irracionais.
As operações usuais definidas nos outros conjuntos, também são
utilizadas no conjunto, entretanto quando há operações entre racionais e
irracionais, o resultado será irracional. Desse modo, dados
𝒂 𝒊𝒓𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 𝒆 𝒓 𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 𝒏ã𝒐 𝒏𝒖𝒍𝒐, então:

𝒂 𝒓
𝒂 + 𝒓, 𝒂. 𝒓, 𝒆 𝒔ã𝒐 𝒊𝒓𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔.
𝒓 𝒂
4.2 Conjuntos dos Números Reais - ℝ

O conjunto formado por todos os números racionais e irracionais, é


denominado conjunto dos números reais (ℝ). Assim, os naturais, inteiros,
racionais e irracionais formam o conjunto dos reais.

Observamos pelo diagrama que, ℚ ∪ 𝕀 = ℝ.


Então podemos dizer que o complemento de
ℚ em relação à ℝ é 𝕀, e vice versa.
Além desses subconjuntos dos reais, podemos destacar os seguintes:
 ℝ+ = conjunto dos números reais não negativos
 ℝ− = conjunto dos números reais não positivos
 ℝ∗ = conjunto dos reais não nulos
4. 3 Operações em ℝ

As operações de soma, subtração e multiplicação em ℝ são definidas


como no conjunto dos racionais. A divisão está definida em ℝ∗ . Na
próxima unidade iremos abordar outras operações presentes no
conjunto dos reais.
4.4 Os números reais na reta

Podemos destacar os números reais, tanto os racionais como os irracionais.


Devemos pensar, que entre os números inteiros há espaços sem ser
preenchidos, que pode ser inserido os racionais, e entre esses, os
irracionais. Assim, obtemos os conjuntos dos reais na reta numérica.

Essa reta representa todo o conjunto dos reais, cuja nomenclatura é reta
real ou reta numérica.
FIXANDO O CONTEÚDO
1) Analise as afirmativas abaixo:
• ℕ ⊂ℝ
• 𝟒+ 𝟓 ∈ℚ
𝟑
• ∈ℝ
𝟔
• 𝟑− 𝟕 ∈ (ℝ − ℚ)

Assinale a alternativa que corresponde a sequência correta.


A) V, V, V, V.
B) F, V, F, V.
C) V, V, F, V.
D) V, F, V, V.
E) F, F, F, V.
5) O valor da expressão abaixo, quando a = 8 e b = 15, é:
𝒃
(𝒃 − 𝒂)𝟐

Um número natural
Um número inteiro
Um número irracional
Um valor nulo
Um número racional
UNIDADE 5
POTÊNCIAS E RAÍZES

Prof.: Msc. Vanessa da Luz


5.1 POTÊNCIA DE EXPOENTE NATURAL

A potenciação, também conhecida como exponenciação, é a multiplicação


de um determinado número por ele mesmo diversas vezes.

𝒂𝒏 = 𝒂. 𝒂. 𝒂 . . . 𝒂 .
𝒏 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓𝒆𝒔

Na representação acima lê-se “𝒂 elevado à 𝒏”. O número real não-nulo 𝒂 é


chamado de base. Já o número natural 𝒏 é chamado de expoente e,
representa a quantidade de vezes que o número é multiplicado. O resultado
dessa multiplicação é chamado de potência.
BASE EXPOENTE REPRESENTAÇÃO POTÊNCIA

2 4 𝟐𝟒 = 𝟐. 𝟐. 𝟐. 𝟐 = 𝟏𝟔 16
(2 elevado à 4 é igual à 16)

5 2 𝟓𝟐 = 𝟓. 𝟓 = 𝟐𝟓 25
(5 elevado à 2 é igual à 25)

3 5 𝟑𝟓 = 𝟑. 𝟑. 𝟑. 𝟑. 𝟑 = 𝟐𝟒𝟑 243
(3 elevado à 5 é igual à 243)

7 1 𝟕𝟏 = 𝟕 7
(7 elevado à 1 é igual à 7)
Caso o expoente seja zero, independente da base, a potência será
sempre igual à 1.
𝟎, 𝟐𝟕 𝟎 = 𝟏
𝟏𝟖𝟗𝟒𝟕𝟔𝟐𝟑𝟎 = 𝟏
PROPRIEDADES

Considere 𝒂, 𝒃 ∈ ℝ e 𝒎, 𝒏 ∈ ℕ. Então valem as seguintes propriedades:

Produto e potências de mesma base:


𝒂𝒎 . 𝒂𝒏 = 𝒂𝒎+𝒏 ;
Divisão de potências de mesma base:
𝒂𝒎
= 𝒂𝒎−𝒏 , com 𝒎 ≥ 𝒏;
𝒂𝒏
Potência de um produto:
𝒂. 𝒃 𝒎 = 𝒂𝒎 . 𝒃𝒎 ;
Potência de um quociente:
𝒂 𝒎 𝒂𝒎
= com 𝒃 ≠ 𝟎;
𝒃 𝒃𝒎
Potência de potência:
𝒂𝒎 𝒏 = 𝒂𝒎.𝒏 .
Exemplos:

• 𝟓𝟏 . 𝟓𝟐 = 𝟓𝟏+𝟐 = 𝟓𝟑 = 𝟏𝟐𝟓;
𝟏𝟎𝟐𝟎
• = 𝟏𝟎𝟐𝟎−𝟏𝟗 = 𝟏𝟎𝟏 = 𝟏𝟎;
𝟏𝟎𝟏𝟗
𝟐
• 𝟓. 𝟕 = 𝟓𝟐 . 𝟕𝟐 = 𝟐𝟓. 𝟒𝟗 = 𝟏𝟐𝟐𝟓;
𝟏 𝟑 𝟏𝟑 𝟏
• = = ;
𝟐 𝟐𝟑 𝟖
𝟑 𝟐
• 𝟐 = 𝟐𝟔 = 𝟔𝟒
5.2 POTÊNCIA DE EXPOENTE INTEIRO E NEGATIVO

Dado um número real não-nulo 𝒂 e um número natural 𝒏, definimos a


potência 𝒂−𝒏 da seguinte forma:
𝟏
𝒂−𝒏 = ,
𝒂𝒏
ou seja, a potência de base real não-nula e expoente inteiro negativo é
definida como o inverso da potência correspondente de expoente positivo.
Exemplos:
−𝟏 𝟏 𝟏 As potências de expoentes
•𝟑 = 𝟏= ;
𝟑 𝟑
−𝟐 𝟐
inteiros negativos possuem as
𝟐 𝟏 𝟏 𝟏 𝟗 𝟑
• = 𝟐 𝟐 = 𝟐𝟐 = 𝟒 = = mesmas propriedades
𝟑 𝟒 𝟐
𝟑 𝟑𝟐 𝟗 anteriores.
Exemplos:
Calcule o valor da expressão
𝟐𝟐 . 𝟒−𝟑 . 𝟐𝟓
𝟔 −𝟏
.
𝟐 .𝟖

−𝟑 −𝟏
Solução: Observe que 𝟒−𝟑 =
𝟐 𝟐 = 𝟐−𝟔
e = 𝟖−𝟏 𝟐 𝟑
= 𝟐−𝟑 . Assim
temos
𝟐𝟐 . 𝟒−𝟑 . 𝟐𝟓 𝟐𝟐 . 𝟐−𝟔 . 𝟐𝟓 𝟐𝟐+ −𝟔 +𝟓 𝟐𝟏 𝟏−𝟑 −𝟐
𝟏 𝟏
𝟔 −𝟏
= 𝟔 −𝟑
= 𝟔+ −𝟑 = 𝟑 = 𝟐 =𝟐 = 𝟐= .
𝟐 .𝟖 𝟐 .𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟒
5.3 Radiciação
𝒏
A representação da radiciação é definida como: 𝒂 = 𝒃, sendo:
• radical
• a radicando
• b a raiz
• n o índice da raiz, um número natural maior ou igual a 1.
Exemplos:
𝟐
 𝟗 = 𝟑, 𝒑𝒐𝒊𝒔 𝟑𝟐 = 𝟗
𝟑
 𝟖 = 𝟐, 𝒑𝒐𝒊𝒔 𝟐𝟑 = 𝟖
𝟑
 −𝟐𝟕 = −𝟑
𝟐
 −𝟐𝟓 = ∄ 𝒆𝒎 ℝ

Quando o radicando é negativo, não existe raiz com índice par, pois um
número elevado a um expoente par sempre dará positivo nos reais. Por
exemplo,
4
−16 = ∄, 𝑝𝑜𝑖𝑠 −2 4 = 16
𝒑
Considere 𝒂 um número real positivo e seja um número racional,
𝒒
𝒑
definimos a potência de base 𝒂 e expoente da seguinte forma:
𝒒
𝒑
𝒒
𝒂 = 𝒒 𝒂𝒑 .

Exemplos:
𝟏
𝟐 𝟐
•𝟒 = 𝟐 𝟒𝟏 = 𝟒 = 𝟐;
𝟐
𝟐
−𝟑 𝟏 𝟑
𝟑 𝟏 𝟐 𝟑 𝟏𝟐 𝟑 𝟏
•𝟓 = = = = ;
𝟓 𝟓 𝟓𝟐 𝟐𝟓
Podemos destacar algumas propriedades da radiciação.
Índices inteiros e positivos
Considere m, n, p inteiros e n > 1, p > 1 e m > 1, então, temos:
𝒏 𝒏 𝒏
• 𝒂𝒃 = 𝒂. 𝒃
𝒏
𝒏 𝒂 𝒂
• = 𝒏
𝒃 𝒃
𝒏 𝒎 𝒏
• 𝒂 = 𝒂𝒎
𝒑 𝒏 𝒑𝒏
• 𝒂= 𝒂
Exemplos:
𝟑 𝟑 𝟑 𝟑 𝟑
• 𝟖. 𝟕 = 𝟖. 𝟕 = 𝟐. 𝟕 = 𝟐 𝟕
𝟓 𝟓
𝟑 𝟑
• = 𝟓
𝟓 𝟓
Uma vez que os números decimais são números racionais, para
calcularmos potências cujos expoentes são números decimais, basta
escrevermos esse decimal em forma de fração e utilizarmos a
definição de potências de expoente racional.

Exemplos:
𝟐
• 𝟑𝟎,𝟓 = 𝟑𝟓/𝟏𝟎 = 𝟑𝟏/𝟐 = 𝟑;
𝟏𝟎
• 𝟎, 𝟐𝟎,𝟕 = 𝟎, 𝟐𝟕/𝟏𝟎 = 𝟎, 𝟐𝟕 ;
• 𝟓𝟏,𝟑 = 𝟓𝟏𝟑/𝟏𝟎 .
Exemplos:
Simplificar fazendo o uso das propriedades:
• 𝟏𝟔𝟑/𝟒
• 𝟐𝟕−𝟒/𝟑
𝟐 𝟏/𝟒
• 𝟖𝟏
Solução:
𝟑/𝟒 𝟑
𝟒.𝟒
𝟏𝟔𝟑/𝟒 = 𝟐 𝟒 =𝟐 = 𝟐𝟑 = 𝟖.
𝟒
−𝟒/𝟑 𝟑 −𝟒/𝟑 𝟑. −𝟑 𝟏 𝟏
• 𝟐𝟕 = 𝟑 =𝟑 = 𝟑−𝟒 = = .
𝟑𝟒 𝟖𝟏
𝟏/𝟒 𝟏
𝟐 𝟏/𝟒 𝟒 𝟐 𝟒.𝟐.𝟒
• 𝟖𝟏 = 𝟑 =𝟑 = 𝟑𝟐 = 𝟗.
5.4 RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

A racionalização de denominadores tem como objetivo transformar uma


fração que possui um denominador irracional em uma nova fração, que seja
equivalente à fração anterior, com denominador racional.
Quando multiplicamos o numerador e o denominador de uma fração por um
mesmo número real, obtemos como resultado uma fração equivalente.
Dessa forma, para racionalizar uma fração, basta multiplicar seu numerador
e denominador por um número que transforme o irracional do denominador
em racional. Esse número é chamado de conjugado.
Exemplos:

𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟏/𝟐 𝟐
• O conjugado de 𝟐é 𝟐 pois, 𝟐. 𝟐 = 𝟐 = 𝟐 = 𝟐.
𝟏 𝟐
𝟑 𝟑 𝟑 𝟑 +
• O conjugado de 𝟕é 𝟕𝟐 pois, 𝟕. 𝟕𝟐 = 𝟕𝟏/𝟑 . 𝟕𝟐/𝟑 =𝟕 𝟑 𝟑 = 𝟕𝟑/𝟑 = 𝟕.

𝒃
Para encontrar o conjugado de um número irracional do tipo 𝒙𝒂
devemos:
• 1º) Escrever esse número na forma 𝒙𝒂/𝒃 ;
• 2º) Pensar no menor número 𝒄 ∈ 𝟏, 𝟐, 𝟑, . . . , 𝒃 − 𝟏 tal que 𝒂 + 𝒄 seja
um múltiplo de 𝒃;
𝒃
• 3º) O conjugado será 𝒙𝒄 .
Para racionalizar uma fração devemos encontrar o conjugado do
denominador, multiplicar o numerador de denominador da fração pelo
conjugado e, por fim, simplificar a fração equivalente encontrada.

Exemplos:
Racionalize as seguintes frações:
𝟏
• 𝟑
𝟒
𝟑
• 𝟓
𝟔
5.5 EXPRESSÕES NUMÉRICAS

Primeiro eliminamos os parênteses resolvendo tudo que está dentro


dele. Depois fazemos o mesmo para os colchetes e em seguida para as
chaves. Dentro de cada um desses delimitadores obedecemos a seguinte
ordem:
• 1º) Potenciação e radiciação;
• 2º) Multiplicações e divisões;
• 3º) Adições e subtrações.
FIXANDO O CONTEÚDO
7) (UFPB-1977) A expressão 𝟐 𝟐𝟕 − 𝟕𝟓 + 𝟑 𝟏𝟐 é igual a:

A) 𝟐 𝟑
B) 𝟒 𝟏𝟐
C) 𝟒 𝟐𝟕
D) 𝟕 𝟑
E) 𝟕 𝟔
UNIDADE 6
GEOMETRIA PLANA E ESPACIAL

Prof.: Msc. Vanessa da Luz


6.1 NOÇÕES PRIMITIVAS DA GEOMETRIA
Ponto, reta e plano são as noções primitivas da geometria. Não existe
uma maneira de definir esses objetos, mas, precisamos de cada um deles
para construirmos todas as definições geométricas.

O ponto ele não possui dimensão e nem forma, ou seja, ele é


adimensional. É muito usado para indicar a localização de algum objeto
no espaço. Utilizamos letras maiúsculas para nomear um ponto.
A reta é um conjunto de pontos que não fazem curva. É infinita para
duas direções. Uma vez que esses pontos estão lado a lado,
conseguimos medir pedaços de retas. Esses pedaços de retas são
chamados de segmentos de reta. A reta é um elemento
unidimensional. Para nomeá-las usamos letra minúscula.
O plano é formado por várias retas alinhadas. Também pode ser visto como
um conjunto de pontos. Ele é uma superfície plana infinita para todas as
direções e não faz curva. Utilizamos letras maiúsculas do alfabeto grego para
nomeá-los.
Postulado da existência:
• Existe reta e numa reta, bem como fora dela, há infinitos pontos.
• Existe plano e num plano, bem como fora dele, há infinitos pontos.

Postulado da determinação:
• Dois pontos distintos determinam uma única reta que passa por eles.
• Três pontos distintos não colineares determinam um único plano que passa
por eles.

Postulado da inclusão
• Se uma reta tem dois pontos distintos num plano, então ela está contida no
plano.
6.2 POSIÇÕES RELATIVAS DA RETA

Quando duas retas estão no mesmo plano pode haver uma certa interação
entre elas gerando algumas definições e propriedades. São elas:

• Retas paralelas:
Duas retas são paralelas quando não possuem nenhum ponto em comum
(paralelas distintas) ou, quando possuem todos os pontos em comum
(paralelas coincidentes).
• Retas concorrentes:
Duas retas são concorrentes quando possuem apenas um ponto em comum.
Essas retas formam 4 ângulos congruentes dois a dois. Esses ângulos
formados são classificados adjacentes ou opostos pelo vértice. Os ângulos
opostos pelo vértice possuem a mesma medida, enquanto os ângulos
adjacentes são classificados em suplementares ( 180°). Quando o ângulo
formado entre elas mede 90°, essas retas são chamadas de retas
perpendiculares.
• Retas reversas:
Duas retas são chamadas de retas reversas se não existir nenhum plano que
contenha essas retas.
6.3 FIGURAS PLANAS

Uma região plana fechada por, no mínimo, três segmentos de retas, é


chamada de figura plana. Elas são bidimensionais: possuem comprimento
e largura. Todas as figuras planas com mais de três lados são chamadas de
polígono.

Os polígonos cujos lados possuem o mesmo comprimento são


chamados de polígonos regulares.
Figuras Planas
Número de lados Nomenclatura
6.3.1 NOMENCLATURA DOS
POLÍGONOS 3 Triângulo
4 Quadrilátero
Os polígonos são nomeados de acordo 5 Pentágono
com seu número de lados. Acompanhe
os principais na tabela ao lado. 6 Hexágono
7 Heptágono
8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
11 Undecágono
12 Dodecágono
15 Pentadecágono
20 Icoságono
Retângulo

Quadriláteros Paralelogramo Losango Quadrado

Trapézio
O círculo, também conhecido como disco, é uma figura plana que não possui
lados.
6.3.2 ELEMENTOS DE UM POLÍGONO
Os polígonos possuem 5 elementos principais: vértices, lados, diagonais,
ângulos internos e ângulos externos.
6.3.4 PERÍMETRO E ÁREA DE FIGURAS PLANAS
O perímetro de uma figura plana é a soma de todos os seus lados. Já a
área é o tamanho da superfície da figura. O valor do perímetro será
sempre dado, por exemplo, em 𝒎, 𝒄𝒎, 𝒌𝒎, entre outros. Já o valor da área
será dado em 𝒎𝟐 , 𝒄𝒎𝟐 , 𝒌𝒎𝟐 , etc.
Figura Significado dos Área Perímetro
termos da figura
Triângulo
b = base 𝑏. ℎ 𝑃 = 𝑏 + 𝐿 + 𝐿′
𝐴=
h = altura 2
L = lado
L’ = lado
Quadrado

L = lado 𝐴 = 𝐿. 𝐿 = 𝐿2 𝑃 = 4𝐿

Retângulo
b = base 𝐴 = 𝑏. ℎ 𝑃 = 2𝑏 + 2ℎ
h = altura
Figura Significado dos Área Perímetro
termos da figura
Trapézio b = base menor
B = base maior 𝐵 +𝑏 .ℎ 𝑃 = 𝐿 + 𝐿′ + 𝐵 + 𝑏
𝐴=
L = lado 2
L’ = lado
h = altura
Losango
L = lado 𝐷. 𝑑 𝑃 = 4𝐿
𝐴=
D = diagonal maior 2
d = diagonal menor
Círculo
r = raio 𝐴 = 𝜋𝑟 2 𝑃 = 2𝜋𝑟
• Exemplos:
Calcule a área e o perímetro do seguinte paralelogramo, cujas medidas
são dadas em centímetros.

• Solução:
Uma vez que o perímetro é a soma dos lados temos que
𝑷 = 𝟖 + 𝟖 + 𝟖 + 𝟖 𝒄𝒎.
A base desse paralelogramo mede 𝟑 + 𝟓 = 𝟖 𝒄𝒎 e a altura mede 𝟓 𝒄𝒎.
Logo sua área é
𝑨 = 𝟖. 𝟓 = 𝟒𝟎𝒄𝒎𝟐 .
6.4 FIGURAS ESPACIAIS

As figuras definidas no espaço tridimensional são chamadas de


figuras espaciais. Elas possuem comprimento, largura e altura.
Também chamadas de sólidos geométricos, algumas figuras espaciais
de destacam um pouco mais que outras. São elas: cilindro, cubo,
cone, esfera, paralelepípedo e a pirâmide.
Cilindro Cubo Pirâmide

Cone Paralelepípedo Esfera


6.5 UNIDADES DE MEDIDA
6.5.1 UNIDADES DE COMPRIMENTO

As unidades de medida de comprimento surgiram com a necessidade


do homem de medir distâncias. Existem diversas unidades de medida
de comprimento como jardas, pés, mas, a utilizada no Sistema
Internacional de Medidas (SI) é o metro (m), seus múltiplos e
submúltiplos.
Os múltiplos do metro são: quilômetro (km), hectômetro (hm) e o
decâmetro (dam). Já seus submúltiplos são: decímetro (dm),
centímetro (cm) e milímetro (mm).
Múltiplos Submúltiplos

1 km = 1000 m 1 dm = 0,1 m

1 hm = 100 m 1 cm = 0,01 m

1 dam = 10 m 1 mm = 0,001 m

Muitas vezes precisamos fazer uma conversão dessas medidas de


comprimento.
6.5.2 UNIDADES DE ÁREA

Existem diversas unidades de medida de área, como por exemplo o


hectare, mas, a utilizada no Sistema Internacional de Medidas (SI) é o
metro quadrado (𝒎𝟐 ), seus múltiplos e submúltiplos.

Os múltiplos do metro quadrado são: quilômetro quadrado 𝒌𝒎𝟐 ,


hectômetro quadrado 𝒉𝒎𝟐 e o decâmetro quadrado 𝒅𝒂𝒎𝟐 . Já seus
submúltiplos são: decímetro quadrado 𝒅𝒎𝟐 , centímetro quadrado
𝒄𝒎𝟐 e milímetro quadrado 𝒎𝒎𝟐 .
Múltiplos Submúltiplos

𝟏𝐤𝐦𝟐 = 𝟏𝟎𝟔 𝐦𝟐 𝟏𝐝𝐦𝟐 = 𝟏𝟎−𝟐 𝐦𝟐

𝟏𝐡𝐦𝟐 = 𝟏𝟎𝟒 𝐦𝟐 𝟏𝐜𝐦𝟐 = 𝟏𝟎−𝟒 𝐦𝟐

𝟏𝐝𝐚𝐦𝟐 = 𝟏𝟎𝟐 𝐦𝟐 𝟏𝐦𝐦𝟐 = 𝟏𝟎−𝟔 𝐦𝟐


FIXANDO O CONTEÚDO
1) (UFSC-2011) Um ciclista costuma dar 30 voltas completas por dia no
quarteirão quadrado onde mora, cuja área é de 102400 𝒎𝟐 . Então, a
distância que ele pedala por dia é de:

A) 19200 m
B) 9600 m
C) 38400 m
D) 10240 m
E) 320 m
2) Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno retangular
que mede 0,2 km de largura e 0,3 km de comprimento. Quantos metros
de arame farpado devem usar?

A) 500 m
B) 600 m
C) 1000 m
D) 60000 m
E) 7000 m
TRIGONOMETRIA

Prof.: Vanessa da Luz


INTRODUÇÃO

Nesta unidade, estudaremos as relações métricas e


trigonométricas no triângulo retângulo e o círculo
trigonométrico.
ARCOS E ÂNGULOS

Ângulo é a região entre duas retas da mesma origem.


Ângulos central: ângulo cujo vértice é o centro da circunferência.
UNIDADES DE MEDIDAS DE ARCO

 Grau (º): é o ângulo formado por uma das partes em que uma
𝟏
circunferência fica dividida por 360, ou seja 𝟏° = .
𝟑𝟔𝟎

 Radiano (rad): é o ângulo formado por um comprimento de


raio igual ao da circunferência.
RADIANOS

Comprimento da circunferência é, então, 𝟑𝟔𝟎° = 𝟐𝝅𝒓𝒂𝒅, logo:


𝟏𝟖𝟎° = 𝝅𝒓𝒂𝒅 e 𝝅 ≅ 𝟑, 𝟏𝟒.
EXEMPLOS:
a) Converter 𝟑𝟎° em radianos
30 𝑥 30 ∙ 𝜋𝑟𝑎𝑑 𝜋𝑟𝑎𝑑
= ⇒𝑥= =
180 𝜋𝑟𝑎𝑑 180 6

𝟕𝝅
b) Converter em graus.
𝟏𝟓
7𝜋 7𝜋𝑟𝑎𝑑
𝑟𝑎𝑑 𝑥 ∙ 180
15 = ⇒ 𝑥 = 15 = 84°
𝜋𝑟𝑎𝑑 180 𝜋𝑟𝑎𝑑
CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO
Dado um círculo de raio unitário e centro 𝑶, e um sistema de
coordenadas cartesianas ortogonais 𝒙𝑶𝒚 ෡ , definimos o círculo
trigonométrico cujo sentido positivo é anti-horário e toma a forma.
Os quadrantes do círculo trigonométrico apresentam as
seguintes extremidades em radianos ou graus:

Figura 5. Elaborado pela autora


Um dos pontos pode ser obtido percorrendo a circunferência a
partir da origem, no sentido anti-horário, se 𝜶 for positivo, e no
sentido horário se 𝜶 for negativo, de acordo com as figuras.

𝑷𝟏 é a extremidade de um
𝟐𝝅
arco de 120° ou 𝒓𝒂𝒅 .
𝟑
ARCOS CÔNGRUOS

São arcos que têm a mesma extremidade e diferem apenas


pelo número de voltas inteiras, por exemplo: Os arcos 𝜶, 𝜷 e 𝜸
são côngruos se:

𝜶 = 𝟕𝟎°, 𝜷 = 𝟒𝟑𝟎° e 𝜸 = 𝟕𝟗𝟎°; 𝜷 = 𝟑𝟔𝟎° + 𝟕𝟎° uma volta mais 𝟕𝟎°;


𝜸 = 𝟐 ∙ 𝟑𝟔𝟎° + 𝟕𝟎° que corresponde a duas voltas mais 𝟕𝟎°.
Denomina-se primeira determinação positiva de um arco à medida 𝜶
do arco côngruo a ele, tal que 𝟎 ≤ 𝜶 < 𝟑𝟔𝟎° ou 𝟎 ≤ 𝜶 < 𝟐𝝅𝒓𝒂𝒅 .

Exemplo:
Calcule a 1ª determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos
côngruos ao arco de 1910°.

Solução: 𝟏𝟗𝟏𝟎 ÷ 𝟑𝟔𝟎 = 𝟓 𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒂 𝟏𝟏𝟎. Isto quer dizer que foram dadas 5
voltas completas e um arco de volta igual a 110°. Logo a 1ª determinação
positiva é 110°. A expressão geral é dada por: 𝜶 = 𝟏𝟏𝟎° + 𝒌 ∙ 𝟑𝟔𝟎°, 𝒌 ∈ ℤ.
RELAÇÕES MÉTRICAS DO TRIÂNGULO
RETÂNGULO

O triângulo retângulo possui um ângulo reto, ou seja, um ângulo


de medida igual a (90º) e por esse motivo recebe o nome de
triângulo retângulo.
TEOREMA DE PITÁGORAS
cateto

h
b

cateto a

𝒉𝟐 = 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐
Considere o triângulo retângulo de vértices ABC e sendo de 90° a
medida do ângulo do vértice A e h a altura relativa a hipotenusa, ainda,
considere os segmentos 𝒎 e 𝒏 como sendo a projeção dos sobre a
hipotenusa de medida 𝒂
Relações Métricas
𝒃𝟐 = 𝒂 ∙ 𝒎
𝒄𝟐 = 𝒂 ∙ 𝒏
𝒉𝟐 = 𝒎 ∙ 𝒏
𝒃∙𝒄=𝒂∙𝒉
TRIGONOMETRIA NOS TRIÂNGULOS
Razões Trigonométricas de um Ângulo Agudo
Considere o círculo trigonométrico abaixo, o ângulo de medida 𝜽 e raio 𝑶𝑨,
definimos os elementos:
𝚫OAB: triângulo retângulo em B.
𝑶𝑨: raio/hipotenusa
𝑨𝑩: cateto oposto
𝑶𝑩: cateto adjacente
Podemos escrever:
𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐
𝒔𝒆𝒏 𝜽 =
𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂
𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆
𝒄𝒐𝒔 𝜽 =
𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒉𝒊𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒖𝒔𝒂
𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐
𝑻𝒈 𝜽 =
𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒆𝒕𝒐 𝒂𝒅𝒋𝒂𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆
IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS

Uma identidade é uma igualdade, que é sempre verdadeira,


independente dos valores atribuídos a variável.
Ainda podemos definir, utilizando a semelhança de triângulo as
razões.

𝟏
Secante: 𝒔𝒆𝒄 𝜽 =
𝒄𝒐𝒔 𝜽

𝟏
Cossecante: 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒄 𝜽 =
𝒔𝒆𝒏 𝜽
Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo formado, temos:
𝒔𝒆𝒏𝒙 𝟐 + 𝒄𝒐𝒔𝒙 𝟐 = 𝟏𝟐
𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 + 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 = 𝟏

Derivam da relação trigonométrica fundamental:


𝒕𝒂𝒏𝟐 𝒙 + 𝟏 = 𝒔𝒆𝒄𝟐 𝒙
𝒄𝒐𝒕𝒈𝟐 𝒙 + 𝟏 = 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒄𝟐 𝒙
EXEMPLOS:

1) Mostre que 𝒔𝒆𝒄𝒙 − 𝒄𝒐𝒔𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝒙 ∙ 𝒕𝒈𝒙

𝟑 𝝅
2) Dado 𝒔𝒆𝒏 𝒙 = , com 𝟎 < 𝒙 < , calcule 𝒄𝒐𝒔𝒙.
𝟒 𝟐
TABELA TRIGONOMÉTRICA
Ângulos Notáveis
SENO E COSSENO DE ÂNGULOS
Se 𝜽 é a medida de um ângulo obtuso, isto é, 𝟗𝟎° < 𝜽 < 𝟏𝟖𝟎°. Temos:
O seno de um ângulo obtuso é igual ao seno do ângulo agudo
suplementar:
• 𝒔𝒆𝒏 𝜽 = 𝒔𝒆𝒏(𝟏𝟖𝟎° − 𝜽)
O cosseno de um ângulo obtuso é igual ao oposto do cosseno do ângulo
agudo suplementar:
• 𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒏𝒐 𝜽 = −𝒄𝒐𝒔(𝟏𝟖𝟎° − 𝜽)
LEI DOS COSSENOS
Considere o 𝜟𝑨𝑩𝑪 qualquer, com as medidas dos lados e dos
ângulos de acordo com a figura, definimos:

• 𝒂𝟐 = 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒃 ∙ 𝒄 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑨

• 𝒃 = 𝒂𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒂 ∙ 𝒄 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑩

• 𝒄𝟐 = 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒂 ∙ 𝒃 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑪
LEI DOS SENOS

Em um triangulo qualquer A, B e C com as medidas dos lados


opostos a, b e c, respectivamente definimos:

𝒔𝒆𝒏𝑨 𝒔𝒆𝒏𝑩 𝒔𝒆𝒏𝑪


= =
𝒂 𝒃 𝒄
FIXANDO O CONTEÚDO:
7) Em uma fazenda, uma estrada reta que liga duas porteiras A
e B, outra estrada reta liga B a uma porteira C, sendo 𝑪𝑩 =
𝟓 𝒌𝒎 , 𝑩𝑨 = 𝟏𝟎 𝟑 𝒌𝒎 e 𝑨𝑩 ෡ 𝑪 = 𝟏𝟓𝟎° . Calcule a distância entre
os pontos 𝑨 e 𝑪 em 𝒌𝒎.

a) 𝟓 𝟏𝟗 b) 𝟓 𝟕 c) 𝟗 𝟑 d) 25 e) 10
ATÉ A PRÓXIMA AULA!
FUNÇÕES

Prof.: Vanessa da Luz


2.1 INTRODUÇÃO

Uma função de um conjunto 𝑨 em um conjunto 𝑩 , não vazios, é


uma lei que associa a todo elemento de 𝑨 um único elemento
em 𝑩. Escrevemos função definida de 𝑨 em 𝑩 e representamos
por: 𝒇: 𝑨 → 𝑩

Toda função é uma relação binária de 𝑨 em 𝑩, portanto toda


função é um conjunto de pares ordenados.
A função 𝒚 = 𝒇(𝒙) é uma relação de dependência,
estabelecemos: 𝒚 variável dependente e 𝒙 variável
independente.

Denominamos o conjunto A de domínio da função e o conjunto 𝑩 , de


todos os valores produzidos por meio da lei de associação, chamamos
de conjunto imagem. O conjunto 𝑪, denominado de contradomínio, é o
conjunto que contém a imagem, ou seja, o conjunto imagem é um
subconjunto do conjunto contradomínio.
REPRESENTAÇÃO DE UMA FUNÇÃO
Uma função pode ser representada por meio de:

I. Uma expressão algébrica, uma lei de formação que associa o


elemento 𝒙 ao elemento 𝒚, como por exemplo: 𝒚 = 𝟐𝒙 + 𝟏
II. Por um diagrama de flechas que partem do 1°
conjunto(domínio) e chegam ao 2° conjunto (imagem).
III. Por meio de um gráfico.
Utilizando a notação de diagrama,
veremos quais as condições para que
uma relação 𝒇 de 𝑨 em 𝑩 seja uma
função:

I. É necessário que todo elemento 𝒙 ∈ 𝑨 participe de pelo menos um par


ordenado 𝒙, 𝒚 ∈ 𝒇, com 𝒚 ∈ 𝑩, isso significa, que todo elemento de 𝑨
deve servir como ponto de partida da flecha.
II. É necessário que todo elemento 𝒙 ∈ 𝑨 participe de apenas um único par
ordenado 𝒙, 𝒚 ∈ 𝒇, isto é, cada elemento de 𝑨 deve servir como ponto de
partida de uma única flecha.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO

Toda função estabelece um relação biunívoca entre os


conjuntos definindo pares ordenados (𝒙, 𝒚), em que 𝒙 representa
os elementos do domínio e 𝒚 representa os elementos da
imagem e (𝒙, 𝒚) ∈ 𝒇.
Geogebra.
DOMÍNIO E IMAGEM
Assumiremos que o domínio da função definida por uma
expressão algébrica é um subconjunto dos números reais, de
acordo com as principais restrições:

I. Raiz de índice par e radicando negativo;

II. Zero no denominador;

III.Raiz de índice par e radicando negativo no denominador.


EXEMPLOS:

i. 𝒇 𝒙 = 𝒙+𝟐

𝒙
ii. 𝒉 𝒙 = 𝒙−𝟑
Funções Iguais

Sejam as funções 𝒇: 𝑨 → 𝑩 e 𝒈: 𝑪 → 𝑫. Duas funções são


iguais se, e somente se, apresentarem:
• Domínios iguais;
• Contradomínio iguais;
• 𝒇 𝒙 = 𝒈(𝒙) para todo 𝒙 do domínio.
Funções Crescente, Decrescente e
Constante
5
𝑓 𝑥 = 𝑥 𝑔 𝑥 = −𝑥 2 +4 𝑦=
2

Função Crescente Função Crescente: (−∞, 0[ Função Constante


Função decrescente: ] 0, +∞)
Definições:

Uma função 𝒇 é crescente sobre um intervalo se, para dois valores quaisquer
𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 pertencentes ao domínio, com 𝒙𝟏 < 𝒙𝟐 tivermos 𝒚𝟏 < 𝒚𝟐 sendo 𝒚𝟏 e 𝒚𝟐
as imagens correspondentes a 𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 .

Uma função 𝒇 é decrescente sobre um intervalo se, para dois valores


quaisquer 𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 pertencentes ao domínio, com 𝒙𝟏 < 𝒙𝟐 tivermos 𝒚𝟏 > 𝒚𝟐
sendo 𝒚𝟏 e 𝒚𝟐 as imagens correspondentes a 𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 .

Uma função 𝒇 é constante sobre um intervalo se, para dois valores


quaisquer 𝒙𝟏 e 𝒙𝟐 , distintos, pertencentes ao domínio, com 𝒙𝟏 < 𝒙𝟐 tivermos
uma variação nula para 𝒚𝟏 e 𝒚𝟐 , ou seja, valores distintos do domínio tem
imagens iguais.
Simetria

A simetria pode ser caracterizada graficamente,


algebricamente ou numericamente. Existem três tipos
particulares;

1) Simetria com relação ao eixo vertical – Eixo 𝒀


• Considere a função 𝒇 𝒙 = 𝒙𝟐
x y
-2 4
-1 1
1 1
2 4

Numa análise algébrica podemos observar que para todos os valores 𝒙


do domínio de 𝒇 temos que 𝒇 𝒙 = 𝒇(−𝒙), funções que assumem essa
propriedade são chamadas de funções pares.
2) Simetria com relação ao eixo horizontal – Eixo 𝑿

Graficamente o desenho é o mesmo quando olhamos acima ou abaixo


do eixo 𝒙, ou seja, o gráfico fica divido em relação ao eixo 𝒙, que é a
reunião dos pontos médios dos segmentos paralelos ao eixo y com
extremidades na curva. Numericamente a tabela toma os aspectos:
3) Simetria em relação a origem

O gráfico toma o mesmo aspecto quando olhamos tanto o seu lado esquerdo
para baixo como seu lado direito para cima. Algebricamente os valores 𝒙 do
domínio de 𝒇, assume 𝒇 −𝒙 = −𝒇 𝒙 , funções desse tipo são denominadas
de funções ímpares. Numericamente a tabela toma os aspectos.
Funções Limitadas

Limitada superiormente
Limitada inferiormente Limitada
Extremos Locais e Absoluto

A função tem três


O ponto B é um
extremos locais, o ponto
mínimo absoluto.
A é um máximo local.
FUNÇÃO POLINOMIAL

Seja 𝒏 um número inteiro não negativo e sejam


𝒂𝟎 , 𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 ,...,𝒂𝒏−𝟏 , 𝒂𝒏 , números reais com 𝒂𝒏 ≠ 𝟎. A função dada
por 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒏 𝒙𝒏 + 𝒂𝒏−𝟏 𝒙𝒏−𝟏 + ⋯ + 𝒂𝟏 𝒙𝟏 + 𝒂𝟎 é uma função
polinomial de grau 𝒏.
Funções polinomiais de grau indefinido ou de grau baixo,
com 𝒂, 𝒃 e 𝒄 números reais.

NOME FORMA GRAU


Função Zero 𝑓 (𝑥 ) = 0 Indefinido
Função Constante 𝑓(𝑥 ) = 𝑎, ( 𝑎 ≠ 0) 0
Função do 1° grau 𝑓(𝑥 ) = 𝑎𝑥 + 𝑏 1
Função do 2° grau 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 2
FUNÇÃO DO POLINOMIAL DO 1º GRAU E SEUS
GRÁFICOS
Uma função polinomial do primeiro grau, também chamada de função afim
é uma função polinomial de grau 1, e assume a forma:
𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 + 𝒃, onde 𝒂 e 𝒃 são constantes reais e 𝒂 ≠ 𝟎.

O número 𝒂 recebe o nome de coeficiente angular e representa a taxa de


variação da função do 1º grau. O número 𝒃 é o coeficiente linear,
graficamente é o intercepto da reta com o eixo 𝒀.

São exemplos de função polinomial de 1º grau.


𝟐
𝒇 𝒙 = −𝟑𝒙 + 𝟐; 𝒇 𝒙 = 𝒙 − 𝟏; 𝒇 𝒙 = 𝟏𝟎𝒙 𝒇 𝒙 =𝒙−𝟑
𝟑
Seja 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 + 𝒃 , onde 𝒂 e 𝒃 são constantes reais e 𝒂 ≠ 𝟎 .
equação geral da reta que passa pelo ponto (𝒙𝟏 , 𝒚𝟏 ) e tem
coeficiente angular 𝒂 é dada por:
𝒚 − 𝒚𝟏 = 𝒂(𝒙 − 𝒙𝟏 )

𝒚 − 𝒚𝟏
𝒂=
𝒙 − 𝒙𝟏
O Uma função 𝒇 de ℝ em ℝ recebe o nome de função identidade
quando a cada elemento 𝒙 ∈ ℝ associa-se o próprio 𝒙, isto é: 𝒇(𝒙) =
𝒙 ∴𝒚=𝒙
Uma função f de R em R recebe o nome de função linear quando
a cada elemento x ∈ R associa-se o elemento a∈ R, em que a≠0 é
um número real dado, a consequência disso é que o ponto (0, 0)
pertence a toda função linear, isto é: f(x)=a x
Gráfico da Função polinomial de 1º grau

O gráfico cartesiano da função 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 + 𝒃, com 𝒂 ≠ 𝟎 é


uma reta que para ser definida são necessários dois pontos
da função, podemos utilizar os interceptos com os eixos 𝑿 e
𝒃
𝒀, que são os pontos (− , 𝟎) e (𝟎, 𝒃).
𝒂
• O conjunto domínio da função polinomial de 1º grau 𝒇: ℝ →
ℝ, dada por 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 + 𝒃, com 𝒂 ≠ 𝟎, é o conjunto dos
números reais e representamos por: 𝑫𝒇 = ℝ.

• O conjunto imagem da função polinomial de 1º grau 𝒇: ℝ →


ℝ, dada por 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 + 𝒃, com 𝒂 ≠ 𝟎, é o conjunto dos
números reais e representamos por: 𝑰𝒎 = ℝ.
Raiz da Função Polinomial do 1° grau ou Zero da Função

É o valor de 𝒙 para o qual 𝒚 = 𝟎 , ou seja, é resolver a equação


polinomial do 1º grau, que consiste em isolar a variável 𝒙, aplicando as
operações que conserva a equivalência. A função do 1º grau apresenta
uma única solução.

𝒃
𝒇 𝒙 = 𝒚 ∴ 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 + 𝒃 ∴ 𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 ∴ 𝒂𝒙 = −𝒃 ∴ 𝒙 = −
𝒂

𝒃
Logo 𝒙 = − é a raiz ou o zero da função polinomial de 1º grau.
𝒂
Graficamente o zero da função do 1º grau é o intercepto da reta com o
eixo 𝑿.
A função polinomial de 1 º grau 𝒇: ℝ → ℝ, dada por 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 + 𝒃,
com 𝒂 ≠ 𝟎, é crescente se a taxa de variação é positiva, ou seja, 𝒂 >
𝟎, e é decrescente se a taxa de variação é negativa, ou seja, 𝒂 < 𝟎.
Sinal de uma função polinomial de 1º grau
Considere a função 𝒇: ℝ → ℝ, dada por 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 + 𝒃, com 𝒂 ≠ 𝟎. Temos que
𝒇 𝒙 >𝟎
𝒃
analisar os valores de 𝒙 tem-se: ൞𝒇 𝒙 = 𝟎 . Assim, considerando − é o
𝒂
𝒇 𝒙 <𝟎
zero da função.
𝐚 >𝟎 𝐚<𝟎

𝐛 𝐛
𝐟 𝐱 >𝟎⇔𝐱>− 𝐟 𝐱 >𝟎⇔𝐱<−
𝐚 𝐚

𝐛 𝐛
𝐟 𝐱 <𝟎⇔𝐱<− 𝐟 𝐱 <𝟎⇔𝐱>−
𝐚 𝐚
2.3 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU

Uma função polinomial do 2º grau, também chamada de função quadrática


é uma função que assume a forma:
𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, onde 𝒂, 𝒃 e 𝒄 são constantes reais e 𝒂 ≠ 𝟎.

O gráfico da função polinomial de 2º grau é uma parábola que assume


os aspectos:
 Se 𝒂 > 𝟎, concavidade da parábola está voltada para cima, e admite valor
mínimo.
 Se 𝒂 < 𝟎, concavidade da parábola está voltada para baixo, e função
admite valor máximo.
As raízes da função do 2º grau ou Zeros

Os zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄,


com 𝒂 ≠ 𝟎, são os valores de 𝒙 reais tais que 𝒇 𝒙 = 𝟎 e, portanto, as
soluções da equação polinomial do 2º grau.

Para determinar as raízes da função polinomial do 2º grau fazemos


−𝒃± ∆
𝒇 𝒙 = 𝟎. E obtemos 𝒙 = , onde ∆= 𝒃𝟐 − 𝟒𝒂𝒄.
𝟐𝒂

As raízes ficam condicionada ao fato de ∆ ser real, definindo três


situações:
𝒂) ∆ > 𝟎, a equação apresenta duas raízes distintas, que são:

−𝒃− ∆ −𝒃+ ∆
𝒙′ = e 𝒙" =
𝟐𝒂 𝟐𝒂

𝒃) ∆ = 𝟎, a equação apresenta duas raízes iguais:

−𝒃
𝒙′ = 𝒙" =
𝟐𝒂

𝑪) ∆ < 𝟎 a equação não apresenta raízes reais, pois ∆ ∉ ℝ, apresenta


raízes complexas.
Eixo de Simetria

A reta de simetria para uma parábola é o seu eixo de simetria


perpendicular ao eixo 𝑿, o ponto sobre a parábola que cruza seu eixo
de simetria é o vértice da parábola, determinado por:

𝒃 ∆
𝑽(− , − )
𝟐𝒂 𝟒𝒂
O conjunto domínio da função polinomial de 2º grau 𝒇: ℝ →
ℝ, dada por 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, com 𝒂 ≠ 𝟎, é o conjunto dos
números reais e representamos por: 𝑫𝒇 = ℝ.

O conjunto imagem da função polinomial de 2º grau 𝒇: ℝ →


ℝ, dada por 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, com 𝒂 ≠ 𝟎, é o conjunto
definido por:

𝒂 > 𝟎 ⇒ 𝑰𝒎 = 𝒚 ∈ ℝ 𝐲 ≥ − }
𝟒𝒂


𝒂 < 𝟎 ⇒ 𝑰𝒎 = 𝒚 ∈ ℝ 𝐲 ≤ − }
𝟒𝒂
Para fazermos o esboço do gráfico da função polinomial de 2º
grau, são necessários as informações:

−𝒃± ∆
Encontrar as raízes 𝒙 = ;
𝟐𝒂

𝒃 ∆
Encontrar o vértice 𝑽(− , − ) ;
𝟐𝒂 𝟒𝒂

Determinar o intercepto da parábola com o eixo 𝒀, o ponto (𝟎, 𝒄);


−𝒃
Determinar o eixo de simetria 𝒙 = .
𝟐𝒂
EXEMPLO:

Faça o esboço do gráfico da função 𝒚 = 𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟑.


FUNÇÃO EXPONENCIAL

Dado um número real 𝒂, tal que 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏, chamamos de função


exponencial de base 𝒂 a função 𝒇 de ℝ em ℝ que associa a cada 𝒙
real o número 𝒂𝒙 e representamos por:

𝒇: ℝ → ℝ 𝒇 𝒙 = 𝒌𝒂𝒙 ; com 𝒌 ∈ ℝ.
PROPRIEDADES
1ª) Na função exponencial 𝐟 𝐱 = 𝐚𝐱 , temos que para 𝐱 = 𝟎 o 𝐲 =
𝟏, com 𝐟 𝐱 = 𝐲, isto define que o par ordenado (𝟎, 𝟏) pertence a
função para todo 𝐚 ∈ ℝ∗+ − {𝟏}, geometricamente o gráfico da
função exponencial corta o eixo 𝐘, no ponto de ordenada 1.

2ª) Para qualquer função exponencial 𝐟 𝐱 = 𝐤𝐚𝐱 e qualquer


número real 𝐱, 𝐟 𝐱 + 𝟏 = 𝐚 ∙ 𝐟(𝐱).
GRÁFICO
Com relação ao gráfico da função 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 , podemos dizer:

I. A curva representativa está toda acima do eixo 𝒙, pois 𝒚 = 𝒂𝒙 > 𝟎


para todo 𝒙 ∈ ℝ.

II. Intercepta o eixo 𝒀 no ponto de ordenada 1.

III.Se 𝒂 > 𝟏 a função é crescente e se a < 1 função é decrescente.

IV.Os gráficos toma um dos aspectos.


FUNÇÕES LOGARÍTMICAS
A função exponencial é um exemplo de função que admite
inversa. Uma função exponencial 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 admite inversa,
representada por: 𝒇 𝒙 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 e denominada de função
logarítmica na base 𝒂 , se 𝒇 𝒙 = 𝒂𝒙 com 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏 , então
𝒇−𝟏 𝒙 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙, em que 𝒇−𝟏 denota função inversa. Observe
graficamente a transformação que a inversa define.
PROPRIEDADES BÁSICAS

Considere 𝒚 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙, com 𝒙 > 𝟎 e 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏 e 𝒚 um número real,

1) 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝟏 = 𝟎, pois 𝒂𝟎 = 𝟏
2) 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒂 = 𝟏, pois 𝒂𝟏 = 𝒂
3) 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒂𝒚 = 𝒚, pois 𝒂𝒚 = 𝒂𝒚

4) 𝒂𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 = 𝒙, pois 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙


PROPRIEDADES DOS LOGARÍTMICOS
Sejam 𝒂, 𝒃 e 𝒄 números reais positivos com 𝒂 ≠ 𝟏 e 𝒏 um número
real qualquer, temos:

1. Regra do Produto: 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃𝒄 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃 + 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒄.

𝒃
2. Regra do Quociente: 𝒍𝒐𝒈𝒂 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃 − 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒄.
𝒄

3. Regra da potência: 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃𝒏 = 𝒏 ∙ 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃.


Mudança de Base

As vezes torna-se necessário fazer uma mudança da base do


logaritmo para manipular as expressões, escrevendo o logaritmo em
uma base conveniente, sendo 𝒂, 𝒃 e 𝒙 números reais positivo com 𝒂 ≠
𝟏 e 𝒃 ≠ 𝟏, escrevendo o logaritmo na base 𝒃.

𝒍𝒐𝒈𝒃 𝒙
𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 =
𝒍𝒐𝒈𝒃 𝒂
DEFINIÇÃO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Dado um número real 𝒂 com 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏, chamamos função


logarítmica de base 𝒂 a função 𝒇 de ℝ∗+ em ℝ que associa a
cada 𝒙 real o número 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 e representamos por:

𝒇: ℝ∗+ → ℝ 𝒇 𝒙 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙; com 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏.


PROPRIEDADES
1ª) Se 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏 então as funções 𝒇 de ℝ∗+ em ℝ definida por 𝒇 𝒙 =
𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 e uma outra função 𝒈 definida por 𝒈 𝒙 = 𝒂𝒙 são inversas
uma da outra.

2ª) Para qualquer função logarítmica 𝒇 𝒙 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 e um número


real 𝒙 positivo e diferente de zero, temos:

A função logarítmica é crescente se, e somente se, 𝒂 > 𝟏 e a função


logarítmica é decrescente se, e somente se 𝟎 < 𝒂 < 𝟏.
Gráfico

• Com relação ao gráfico da função 𝒇 𝒙 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙, podemos dizer:

I. A curva representativa está toda a direita do eixo 𝒀, pois pela condição


de existência o logaritmando tem que ser maior que zero (𝒙 > 𝟎).

II. Intercepta o eixo 𝑿 no ponto de abscissa 1.

III.Se 𝒂 > 𝟏 a função é crescente e se a função é decrescente 𝟎 < 𝒂 < 𝟏.

IV.Os gráficos das funções 𝒇 𝒙 = 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒙 e 𝒈 𝒙 = 𝒂𝒙 são simétricos em


relação a reta 𝒚 = 𝒙.
Função logarítmica crescente Função logarítmica decrescente.
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Função seno
𝒇 𝒙 = 𝒔𝒆𝒏 𝒙
Função Cosseno
𝑓 𝑥 = 𝑐𝑜𝑠 𝑥
Função Tangente

𝑓 𝑥 = 𝑡𝑔 𝑥
FIXANDO O CONTEÚDO
1) (Prefeitura de Landri Sales – Auditor Fiscal- 2020) O domínio da
𝒙𝟐 −𝟓𝒙+𝟔
função 𝒇 𝒙 = é dado por:
𝒙−𝟑

a) 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ/ 𝒙 < 𝟐}
b) 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ/ 𝟐 < 𝒙 ≤ 𝟑}
c) 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ/ 𝒙 ≥ 𝟐 𝒆 𝒙 ≠ 𝟑}
d) 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ/ 𝒙 ≤ 𝟐}
e) 𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ/𝒙 > 𝟐}
2) Para as funções 𝒇 𝒙 = 𝒎𝒙 + 𝒃, com 𝒇 −𝟐 = 𝟑 e 𝒇 𝟒 = 𝟏, os valores
de 𝒎 e 𝒃, respectivamente, são:

𝟏𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟕
a) 𝟑 𝒆 𝟒 b) −𝟑 𝒆 c) −𝟏 𝒆 − d) 𝒆𝟏 e) 𝒆
𝟑 𝟑 𝟑 𝟑 𝟑
ATÉ A PRÓXIMA
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS E
PROGRESSÕES

Prof.: Vanessa da Luz


SEQUÊNCIA NUMÉRICA

Definição
Uma sequência numérica é uma função ƒ : ℕ∗ → ℝ de tal forma que
todo número natural não nulo está associado a um número real.
FÓRMULA
Considerando a sequência dos números naturais pares 𝒇 𝒏 =
𝟐𝒏, podemos expressar 𝒂𝒏 em função de 𝒏, definindo a relação
𝒂𝒏 = 𝟐𝒏.
𝒂𝒏 = 𝟐𝒏
𝒂𝟐𝟎 = 𝟐 ∙ 𝟐𝟎
𝒂𝟐𝟎 = 𝟒𝟎
LEI DE RECORRÊNCIA
𝒂𝒏 = 𝒂𝒏−𝟏 + 𝟏,  𝒏 ∈ ℕ e 𝒏 ≥ 𝟐, sabendo que 𝒂𝟏 = 𝟐, temos:
𝒏 = 𝟐 ⇒ 𝒂𝟐 = 𝒂𝟐−𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟐 = 𝒂𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟐 = 𝟐 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟐 = 𝟑;
𝒏 = 𝟑 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝒂𝟑−𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝒂𝟐 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝟑 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝟒;
𝒏 = 𝟒 ⇒ 𝒂𝟒 = 𝒂𝟒−𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟒 = 𝒂𝟑 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟒 = 𝟒 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟒 = 𝟓;
𝒏 = 𝟓 ⇒ 𝒂𝟓 = 𝒂𝟓−𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟓 = 𝒂𝟒 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟓 = 𝟓 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟓 = 𝟔;
Propriedade dos Termos
Os números naturais que iniciam com a letra 𝒅 entre 1 e 201: (2, 10,
12, 16, 17, 18, 19, 200)
Os números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13,..)
Igualdade
Duas aplicações 𝒇 e 𝒈 são iguais quando têm imagens iguais para
todo 𝒙 do domínio, ou seja:
𝒇 = 𝒈 ⇔ 𝒂𝒊 = 𝒃𝒊 ; ∀ 𝒊 ∈ ℕ∗
PROGRESSÃO ARITMÉTICA

Em situações corriqueiras é comum nos depararmos com


fenômenos em que uma determinada grandeza sofre variações
constantes em intervalos de tempos iguais.
DEFINIÇÃO DE P.A
Considere a sequência numérica (𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … ) em que cada termo,
a partir do segundo, é igual á soma do termo anterior com uma
constante real 𝒓 denominada de razão da progressão aritmética
(P.A). Sendo assim, toda sequência dada pela fórmula de
𝒂𝟏 = 𝒙
recorrência ቊ𝒂 = 𝒂 + 𝒓; com 𝒙, 𝒓 ∈ ℝ e 𝒏 ∈ ℕ com 𝒏 ≥ 𝟐 é
𝒏 𝒏−𝟏
uma progressão aritmética (P.A).
EXEMPLOS
• (𝟓, 𝟏𝟐, 𝟏𝟗, 𝟐𝟔, 𝟑𝟑, … ) P.A infinita, em que 𝒂𝟏 = 𝟓 e 𝒓 = 𝟕.
• (−𝟑, −𝟑, −𝟑, −𝟑, −𝟑, … ) P.A infinita, em que 𝒂𝟏 = −𝟑 e 𝒓 = 𝟎.
𝟑 𝟓 𝟕 𝟗 𝟏𝟏 𝟏𝟑 𝟏𝟓 𝟑
• ( , , , , , , ) P.A finita de 7 termos, em que 𝒂𝟏 = e 𝒓 = 𝟏.
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐

A razão de uma P.A é obtida pela diferença entre o termo posterior e o


imediatamente anterior.
𝒓 = 𝒂𝒏 − 𝒂𝒏−𝟏 = ⋯ = 𝒂𝟑 − 𝒂𝟐 = 𝒂𝟐 − 𝒂𝟏
Classificação da P.A:
• Crescente: 𝒓 > 0
• Decrescente: 𝒓 < 0
• Constante: 𝒓 = 0

Representações Especiais de P.A:


• P.A de três termos: 𝒙, 𝒙 + 𝒓, 𝒙 + 𝟐𝒓 𝒐𝒖 (𝒙 − 𝒓, 𝒙, 𝒙 + 𝒓).
• P.A de quatros termos: 𝒙, 𝒙 + 𝒓, 𝒙 + 𝟐𝒓, 𝒙 + 𝟑𝒓 .

Termo Geral de uma P.A: 𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 + 𝒏 − 𝟏 ∙ 𝒓


Exemplo: dada a P.A (𝟐, 𝟓, 𝟖, 𝟏𝟏, 𝟏𝟒, … ) encontre o termo que
ocupa a posição 550°, ou seja, o 𝒂𝟓𝟓𝟎 .
INTERPOLAÇÃO ARITMÉTICA

Em toda sequência finita (𝒂𝟏, 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … , 𝒂𝒏−𝟏 , 𝒂𝒏 ), os termos 𝒂𝟏 e 𝒂𝒏


são denominados de extremos e os demais termos são chamados
meios. Interpolar, inserir ou intercalar 𝒎 meios aritméticos entre 𝒂𝟏 e
𝒂𝒏 , significa obter uma P.A com 𝒎 + 𝟐, termos.
EXEMPLOS
Em um trecho de uma rodovia há um posto de gasolina no Km 3 e
outro no Km 88. Um empresário deseja construir mais 4 postos
entre eles, mantendo-se entre dois postos consecutivos a mesma
distância. Determine em quais quilômetros devem ser alocados
cada um dos quatro postos.
PROPRIEDADES DE UMA P.A
I. Numa P.A finita, a soma de dois termos equidistante dos extremos é igual à soma dos
extremos. Como podemos observar na P.A (3, 24, 45, 66, 87, 108) em que:
𝒂𝟏 + 𝒂𝟔 = 𝒂𝟐 + 𝒂𝟓 = 𝒂𝟑 + 𝒂𝟒 = 𝟏𝟏𝟏
I. Numa P.A. com número ímpar de termos, o termo médio é igual à média aritmética
entre os extremos. Considere os três primeiros termos da P.A (3, 24, 45, 66, 87, 108),
𝟑 + 𝟒𝟓
temos que o termo médio ou termo central é 24, logo: = 𝟐𝟒
𝟐

II. De maneira geral, em uma PA de termos inteiros e razão não nula, todos os termos
deixam o mesmo resto quando divididos pelo módulo da razão.
SOMA DOS TERMOS DE UMA P.A
Para resolver o problema Gauss deduziu as propriedades de
uma P.A, somou a sequência duas vezes, da seguinte maneira:

𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 ∙ 𝒏
𝑺𝒏 =
𝟐
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
Definição

Considere a sequência numérica (𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … ) em que cada


termo, a partir do segundo, é igual ao termo anterior
multiplicado por uma constante real 𝒒 denominada de razão da
progressão geométrica (P.G). Sendo assim, toda sequência dada
𝒂𝟏 = 𝒙
pela fórmula de recorrência ቊ𝒂 = 𝒂 ∙ 𝒒 ; com 𝒙, 𝒒 ∈ ℝ e
𝒏 𝒏−𝟏
𝒏 ∈ ℕ com 𝒏 ≥ 𝟐 é uma progressão geométrica (P.G).
Observe alguns exemplos de P.G
 (𝟑, 𝟗, 𝟐𝟕, 𝟖𝟏, 𝟐𝟒𝟑, … ) P.G infinita, em que 𝒂𝟏 = 𝟑 e 𝒒 = 𝟑.
𝟏 𝟏
 (𝟐𝟓𝟔, 𝟔𝟒, 𝟏𝟔, 𝟒, 𝟏, ) P.G finita, em que 𝒂𝟏 = 𝟐𝟓𝟔 e 𝒒 = .
𝟒 𝟒
CLASSIFICAÇÃO DE P.G
As progressões geométricas são classificadas em cinco
categorias:

Crescente: P.G em que cada termo é maior que o anterior.

Decrescente: P.A em que cada termo é menor que o anterior.


Constante: P.G em que todos os termos são iguais, isso ocorre
quando 𝐪 = 𝟏 ou quando todos os termos são nulos.

Alternada: Os Sinais de quaisquer dois termos consecutivos


são contrários. Estacionária: são progressões geométricas em
que 𝒂𝟏 ≠ 𝟎 e 𝒂𝟐 = 𝒂𝟑 = 𝒂𝟒 = ⋯ = 𝟎, ocorre quando 𝒒 = 𝟎.
REPRESENTAÇÕES ESPECIAIS DE P.G

• Para algumas progressões geométricas são interessantes as


notações:
𝒙
 P.G de três termos: 𝒙, 𝒙 𝒒, 𝒙𝒒𝟐 𝒐𝒖 ( , 𝒙, 𝒙𝒒).
𝒒

 P.G de quatros termos: 𝒙, 𝒙𝒒, 𝒙𝒒𝟐 , 𝒙𝒒𝟑 .


TERMO GERAL DE UMA P.G
Utilizando a fórmula de recorrência pela qual se define uma P.G
de termos (𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … ), tomando o primeiro termo 𝒂𝟏 ≠ 𝟎, a
razão q≠ 𝟎 e o índice 𝒏 de um termo, temos que: 𝒂𝟐 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒
𝒂𝟑 = 𝒂𝟐 ∙ 𝒒 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒 ∙ 𝒒 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟐
𝒂 𝟒 = 𝒂 𝟑 ∙ 𝒒 ⇒ 𝒂 𝟒 = 𝒂 𝟏 ∙ 𝒒 ∙ 𝒒 ∙ 𝒒 ⇒ 𝒂 𝟒 = 𝒂 𝟏 ∙ 𝒒𝟑
Assim, podemos escrever o termo geral: 𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏
Exemplo:
Dada a P.G em que 𝒂𝟏 = 𝟏 e 𝒒 = 𝟑, determine o centésimo termo.
PROPRIEDADES DE UMA P.G
I. Numa P.G o quadrado de qualquer termo é igual ao produto dos termos
imediatamente posterior e anterior. Como podemos observar na P.G ( 3,
9, 27, 81,...) em que: 𝟗𝟐 = 𝟑 ∙ 𝟐𝟕 = 𝟖𝟏 e 𝟐𝟕𝟐 = 𝟗 ∙ 𝟖𝟏 = 𝟕𝟐𝟗

II. Numa P.G. o produto dos termos equidistante dos extremos é


constante. Considere a P.G ( 3, 9, 27, 81, 243...) em que: 𝟑 ∙ 𝟐𝟒𝟑 = 𝟗 ∙
𝟖𝟏 = 𝟕𝟐𝟗 .

III. Em uma P.G de quantidades de termos ímpares o termo central é a


média geométrica dos demais. Considere a P.G (2, 4, 8, 16, 32,...), temos
𝟒 𝟒
que o termo central dessa P.G é 8, então: 𝟖 = 𝟐 ∙ 𝟒 ∙ 𝟏𝟔 ∙ 𝟑𝟐 = 𝟒𝟎𝟗𝟔
SOMA DOS TERMOS DE UM P.G FINITA

Existem dois teoremas para a soma dos termos de uma P.G. finita,
Considere a P.G finita (𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … , 𝒂𝒏 ) de razão 𝒒 e de soma 𝑺𝒏 .
Sabemos que, quando multiplicamos um termo da P.G pela razão,
obtemos seu sucessor, dessa maneira:
Quando 𝒒 = 𝟏, temos que a soma será dada por:
𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 + 𝒂𝟐 + 𝒂𝟑 + ⋯ + 𝒂𝒏
𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟐 + ⋯ + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏 fazendo 𝒒 = 𝟏, obtemos
𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 + 𝒂𝟏 + 𝒂𝟏 + ⋯ + 𝒂𝟏 definindo o teorema:
𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒏
Quando 𝒒 ≠ 𝟏, temos que:
𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟐 + ⋯ + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏 (a)
Multiplicando a equação (a) por 𝒒 obtemos:
𝒒 ∙ 𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟐 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟑 + ⋯ + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏 + (b)
Subtraindo (a) – (b), obtemos:
𝒒 ∙ 𝑺𝒏 − 𝑺𝒏 = −𝒂𝟏 ∙ 𝒒 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏 , definindo o teorema:
𝒂𝟏 ∙(𝒒𝒏 −𝟏)
𝑺𝒏 =
𝒒−𝟏

Exemplo: Qual é a soma dos termos da P.G (2, 6, 18, 54, 162, 486, 1458)?
SOMA DOS TERMOS DE UMA P.G INFINITA
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
Observe a P.G infinita ( , , , ,…) a ideia para a soma dos termos dessa
𝟐 𝟒 𝟖 𝟏𝟔
P.G é pensarmos em uma tela quadrada de lado 1 metro, então a cada dia
você pinta uma fração da tela, no 1º dia você pintou a metade da tela, no 2º
dia um quarto da tela, no 3º dia um oitavo e assim por diante, qual é o dia
que você terá terminado de pintar toda a tela?

𝒂𝟏
𝑺∞ =
𝟏−𝒒
FIXANDO O CONTEÚDO
1) Em março Davi investiu R$1000,00 no fundo imobiliário. Ele pretende
aplicar R$150,00 a mais a cada mês em relação ao mês anterior até o mês de
novembro. Qual será a quantia aplicada no último mês?
a) R$ 2200,00
b) R$ 2350,00
c) R$ 2500,00
d) R$ 2650,00
e) R$ 2800,00
2) (EsFCEX – 2020) Considere uma P.G em que 𝒂𝟏 = 𝟏 e 𝒒 = 𝟐. Sabendo-se
𝟏𝟖 𝒏
que produto dos termos dessa progressão é 𝟐 e que 𝑷𝒏 = (𝒂𝟏 ∙ 𝒂𝒏 ) ∙ ,
𝟐
então o número de termos dessa P.G é igual a:
a) 8
b) 9
c) 7
d) 6
e) 12
ATÉ A PRÓXIMA AULA!
ANÁLISE COMBINATÓRIA

Prof.: Vanessa da Luz


A análise combinatória pode ser definida como sendo um
conjunto de técnicas e métodos que estudam as
combinações e possibilidades das variáveis de um conjunto.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DE CONTAGEM

1ª Parte: Considere os conjuntos 𝑨 = {𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , . . , 𝒂𝒎 } e 𝑩 =


{𝒃𝟏 , 𝒃𝟐 , 𝒃𝟑 , . . , 𝒃𝒏 } podemos formar 𝒎 ∙ 𝒏 pares ordenados (𝒂𝒊 , 𝒃𝒋 )
tal que 𝒂𝒊 ∈ 𝑨 e 𝒃𝒋 ∈ 𝑩.
Por exemplo: Quantos números de dois algarismos distintos ou
não podem ser formados usando os elementos do conjunto 𝑨 =
{𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓}.
2ª Parte: Os números de pares ordenados (𝒂𝒊 , 𝒂𝒋 ) do conjunto 𝑨
com 𝒎 elementos em que 𝒂𝒊 ≠ 𝒂𝒋 , com 𝒊 ≠ 𝒋 é 𝒎(𝒎 − 𝟏).

Por exemplo: Quantos números de dois algarismos distintos


podem ser formados usando os elementos do conjunto 𝑨 =
{𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓}.
FATORIAL
Definição: Fatorial de um número consiste em multiplicar o
número por todos os seus antecessores até o número 1.
Representamos o fatorial de um número natural por 𝒏!, em que
se lê: fatorial de 𝒏 ou 𝒏 fatorial, e o desenvolvimento de 𝒏! é
dado por:

𝒏! = 𝒏 ∙ 𝒏 − 𝟏 ∙ 𝒏 − 𝟐 ∙ ⋯ ∙ 𝟑 ∙ 𝟐 ∙ 𝟏 para 𝒏 ≥ 𝟐
Exemplo:
Calcule

a) 𝟑! = 𝟑 ∙ 𝟐 ∙ 𝟏 = 𝟔

b) 𝟓! = 𝟓 ∙ 𝟒 ∙ 𝟑 ∙ 𝟐 ∙ 𝟏 = 𝟏𝟐𝟎

𝒏+𝟒 !
Simplifique
𝒏+𝟐 !
ARRANJO
Seja 𝑨 um conjunto com 𝒏 elementos distintos, isto é, 𝑨 =
{𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … , 𝒂𝒏 } , chamamos de arranjo dos 𝒏 elementos
tomados 𝒑 a 𝒑, com 𝟏 ≤ 𝒑 ≤ 𝒏 a qualquer sequência de 𝒑
elementos, em que 𝒑 é um subconjunto de 𝒏.
Escrevemos e lemos: arranjo de 𝒏 elementos tomados 𝒑 a 𝒑.

𝒏!
𝑨𝒏,𝒑 =
𝒏−𝒑 !
Os arranjos são agrupamentos em
que se considera a ordem dos
elementos. Qualquer mudança na
ordem dos elementos altera o
agrupamento.

Por exemplo: Dado o conjunto 𝑩 = {𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓},


quantos números distintos de
3 algarismos podemos ter?
ARRANJO COM REPETIÇÃO
Seja 𝑨 um conjunto com 𝒏 elementos distintos, isto é, 𝑨 =
{𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … , 𝒂𝒏 }, chamamos de arranjo com repetição dos 𝒏
elementos tomados 𝒑 a 𝒑, todo agrupamento de tamanho 𝒏,
formado por elementos de 𝑨 não necessariamente distintos.
Denotamos esse número por: (𝑨𝑹)𝒏,𝒑 e lemos: arranjo com
repetição de 𝒏 elementos tomados 𝒑 a p.
(𝑨𝑹)𝒏,𝒑 = 𝒏 ∙ 𝒏 ∙ 𝒏 ∙ ⋯ ∙ 𝒏 = 𝒏𝒑
PERMUTAÇÃO
Exemplo: De quantas maneiras Ana, Beatriz, Caio, Yuri e Artur
podem posicionar-se em uma fila indiana. Representando a
permutação por 𝑷𝒏 , em que 𝒏 é o número de elementos do
conjunto, temos que:
𝒏! 𝒏! 𝒏!
𝑷𝒏 = 𝑨𝒏,𝒏 = = = = 𝒏!
𝒏 − 𝒏 ! 𝟎! 𝟏
Logo, 𝑷𝒏 = 𝒏 𝒏 − 𝟏 𝒏 − 𝟐 ∙ ⋯ ∙ 𝟑 ∙ 𝟐 ∙ 𝟏
Exemplo: Quantos são os anagramas da palavra DOENÇA?
PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO
Considere 𝒏 elementos os quais 𝜶, 𝜷, 𝒚 representam a quantidade
de vezes em que um determinado elemento se repete, a
permutação por repetição é calculada por:
𝜶,𝜷𝜸 𝒏!
𝑷𝒏=
𝜶! 𝜷! 𝜸!
Exemplo: Quantos são os anagramas da palavra BANANADA que
começam com consoante.
Solução: São 8 letras, 1B, 4A, 2N e 1D, as consoantes: B, N e D
𝟒∙𝟕!
𝟒∙ 𝑷𝟒,𝟐
𝟕 =
𝟒!∙𝟐!
COMBINAÇÃO SIMPLES
Seja 𝑨 um conjunto com 𝒏 elementos distintos, isto é, 𝑨 =
{𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … , 𝒂𝒏 } , chamamos de combinação simples dos 𝒏
elementos, tomados 𝒑 a 𝒑, aos subconjuntos de 𝑨 constituídos
de 𝒑 elementos.
Uma combinação simples de 𝒏 elementos tomados 𝒑 a 𝒑, com
𝟏 ≤ 𝒑 ≤ 𝒏 , por qualquer escolha de 𝒑 desses elementos e
escrevemos:
𝑨𝒏.𝒑 𝒏!
𝑪𝒏,𝒑 = =
𝑷𝒑 𝒏 − 𝒑 ! 𝒑!
É importante notar a diferença entre uma
combinação (conjunto) e uma sequência, pois
em uma combinação não importa a ordem dos
elementos ao passo que em um arranjo
(sequência) importa a ordem dos elementos.

Exemplo: Dado o conjunto 𝑴 = {𝒆, 𝒇, 𝒈, 𝒉} , as combinações dos 4


elementos, tomados dois a dois, são os subconjuntos:
Solução: Vamos formar todos os subconjuntos de 2 elementos de 𝑴.
𝒆, 𝒇 ; 𝒆, 𝒈 ; 𝒆, 𝒉 ; 𝒇, 𝒆 ; 𝒇, 𝒈 ; 𝒇, 𝒉 ; 𝒈, 𝒆 ; 𝒈, 𝒇 ; 𝒈, 𝒉 ; 𝒉, 𝒆 ; 𝒉, 𝒇 ; 𝒉, 𝒈
FIXANDO O CONTEÚDO
1) Valter, Márcio, Pedro, Lucas, Caio, Gil e Túlio estão
disputando uma maratona. Quantos são os agrupamentos
possíveis para os três primeiros colocados.

a) 35 d) 210
b) 190 e) 220
c) 200
6) Determine a quantidade de múltiplos de 3 com 4 algarismos
que podem ser formados com os algarismos 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟔 𝒆 𝟗.
a) 72 d) 86
b) 24 e) 108
c) 48
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BINÔMIO DE NEWTON

PROF.: Vanessa da Luz


NÚMEROS BINOMIAIS

Sejam 𝒏 e 𝒑 números inteiros não negativos, com 𝒏 ≥ 𝒑 ≥ 𝟎. O


número de combinações simples de 𝒏 objetos tomados 𝒑 a 𝒑 é
chamado de número binomial de classe 𝒏 e é denotado por 𝑪𝒏,𝒑 ou
𝒏
𝒑
, que se lê: 𝒏 sobre 𝒑, temos que:

𝒏 𝒏
𝑪𝒏,𝒑 = =
𝒑 𝒏 − 𝒑 ! 𝒑!
TRIÂNGULO DE PASCAL.
PROPRIEDADES DO TRIÂNGULO DE PASCAL
1ª Propriedade: Todos os elementos da
𝒏
1ª coluna são iguais a 1, pois 𝟎
=𝟏

2ª Propriedade: O último elemento de


𝒏
cada linha é 1, pois 𝒏
=𝟏

3ª Propriedade: Em qualquer linha, dois


números binomiais equidistante dos
extremos são iguais.
4ª Propriedade: Teorema da Coluna: a soma dos elementos de
qualquer coluna, do 1º elemento até um qualquer, é igual ao
elemento situado na coluna à direita da considerada e na linha
imediatamente abaixo.
5ª Propriedade: Teorema das Linhas: a soma dos elementos da
enésima linha é 𝟐𝒏
6ª Propriedade: Teorema das Diagonais: a soma dos elementos
situados na mesma diagonal desde o elemento da 1ª coluna até o
elemento de uma coluna qualquer é igual ao elemento imediatamente
abaixo deste.
RELAÇÃO DE STIFFEL
Nessa propriedade, todo número que faz parte do triângulo é um
resultado da soma dos dois números que estão acima dele.
EXEMPLOS:

𝟏𝟐 𝟏𝟐
Determine 𝒎 na igualdade 𝟓𝒎
= 𝒎+𝟖
BINÔMIO DE NEWTON
Definição: Denomina-se binômio de Newton, a todo binômio da
forma (𝒙 + 𝒂)𝒏 , Sendo n, um número natural, chamado de ordem do
binômio.

Para desenvolver o termo (𝒙 + 𝒂)𝒏 sem recorrer ao diagrama da


𝒏
árvore utilizamos os coeficientes binomiais que são os números: 𝟎
,
𝒏 𝒏 𝒏 𝒏
𝟏
, 𝟐
; ...; 𝒑
; ...; 𝒏
e cálculo de combinação.
𝒑 𝒏 𝒏!
Lembrando que: 𝑪𝒏,𝒑 = 𝑪𝒏 = 𝒑
=
𝒏−𝒑 !𝒑!

Observe o desenvolvimento da potência 𝒙 + 𝒂 𝒏 :


𝟎
𝒏=𝟎→ 𝒙+𝒂 =𝟏
𝒏=𝟏→ 𝒙+𝒂 𝟏 = 𝟏𝒙 + 𝟏𝒂
𝟐
𝒏=𝟐→ 𝒙+𝒂 = 𝟏𝒙𝟐 + 𝟐𝒂𝒙 + 𝟏𝒂𝟐
𝟑
𝒏=𝟑→ 𝒙+𝒂 = 𝟏𝒙𝟑 + 𝟑𝒂𝒙𝟐 + 𝟑𝒂𝟐 𝒙 + 𝟏𝒂𝟑
Podemos verificar que os coeficientes desses desenvolvimentos
representam as linhas do triângulo de Pascal e o número da
posição da linha é igual ao expoente de 𝒙 + 𝒂 . Dessa definição
podemos escrever:
𝟎
𝟎 𝟎 𝟎
𝒙+𝒂 = 𝒂 𝒙
𝟎
𝟏
𝟏 𝟎 𝟏 𝟏 𝟏 𝟎
𝒙+𝒂 = 𝒂 𝒙 + 𝒂 𝒙
𝟎 𝟏
𝟐
𝟐 𝟎 𝟐 𝟐 𝟏 𝟏 𝟐 𝟐 𝟎
𝒙+𝒂 = 𝒂 𝒙 + 𝒂 𝒙 + 𝒂 𝒙
𝟎 𝟏 𝟐
⋮ ⋮ ⋮ ⋮
𝒏
𝒏 𝟎 𝒏 𝒏 𝟏 𝒏−𝟏 𝒏 𝟐 𝒏−𝟐 𝒏 𝒏−𝟏 𝟏
𝒏 𝒏
𝒙+𝒂 = 𝒂 𝒙 + 𝒂 𝒙 + 𝒂 𝒙 +⋯+ 𝒂 𝒙 + 𝒂
𝟎 𝟏 𝟐 𝒏−𝟏 𝒏
Podemos escrever o desenvolvimento do binômio segundo os
expoentes decrescentes de 𝒙 como:
𝒏
𝒏
(𝒙 + 𝒂)𝒏 = ෍ ∙ 𝒙𝒏−𝒑 ∙ 𝒂𝒑
𝒑
𝒑=𝟎

E um termo qualquer de ordem (𝒑 + 𝟏), segundo os expoentes


decrescentes de 𝒙 como:
𝒏
𝑻𝒑+𝟏 = ∙ 𝒙𝒏−𝒑 ∙ 𝒂𝒑
𝒑
EXEMPLOS:

Desenvolva o binômio (𝒙 + 𝟑)𝟒 .

Qual é o coeficiente de 𝒙𝟖 no desenvolvimento do binômio (𝒙𝟐 + 𝟏)𝟔 ?


FIXANDO O CONTEÚDO
𝒑−𝟏 𝒑−𝟏 𝒑𝟐 −𝒑
1) Se 𝟓
+ 𝟔
= , então 𝒑 vale:
𝟐

a) 4 b) 5 c) 6 d) 8 e) 9

𝟏 𝒏
2) Qual é o valor de 𝒏, sabendo que o 5° termo do binômio 𝟐𝒙𝟐 + ,
𝒙
segundo as potências decrescentes de 𝒙, é 𝟏𝟏𝟐𝟎𝒙𝟒 .
a) 𝒏 = 𝟒 b) 𝒏 = 𝟓 c) 𝒏 = 𝟔 d) 𝒏 = 𝟕 e) 𝒏 = 𝟖
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PROBABILIDADE

Prof.: Vanessa da Luz


Experimento Aleatório ⟹ É aquele que, ainda que sendo realizado
sob condições fixas, não possui necessariamente resultado
determinado.
Espaço Amostral (ꭥ) ⟹ É conjunto de todos os resultados possíveis
de um experimento aleatório.
Eventos: É qualquer subconjunto de resultados possíveis do
experimento. Notação: 𝑬𝟏 , 𝑬𝟐 , 𝑬𝟑 , ...
Eventos Mutuamente Exclusivos ⟹ Dados dois eventos 𝑬𝟏 e 𝑬𝟐 eles
não podem ocorrer ao mesmo tempo, por exemplo: no lançamento de
um dado de 6 faces sair: 𝑬𝟏 : {𝟏, 𝟑, 𝟓} e 𝑬𝟐 = {𝟐, 𝟒, 𝟔}, observe que
𝑬𝟏 ∩ 𝑬𝟐 = ∅.
COMBINAÇÕES E EVENTOS
Podemos usar operações com os eventos para formar novos
eventos, para isso utilizamos alguns conceitos de conjuntos.
União de dois eventos
• Sejam 𝑬𝟏 e 𝑬𝟐 dois eventos de um espaço amostral ꭥ, então 𝑬𝟏 ∪
𝑬𝟐 .
Interseção de dois eventos
• Sejam 𝑬𝟏 e 𝑬𝟐 dois eventos de um espaço amostral ꭥ, então 𝑬𝟏 ∩
𝑬𝟐 .
Complementar de um evento
Seja 𝑬𝟏 um evento de um espaço amostral ꭥ, então 𝑬𝟏 é outro
evento, onde
𝑷 𝑬𝟏 + 𝑷 𝑬𝟏 = 𝟏
DEFINIÇÃO DE PROBABILIDADE
Considere um experimento aleatório cujo o espaço amostral é ꭥ =
{𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … , 𝒂𝒌 } chamamos de 𝒑(𝑬𝒊 ) a probabilidade de o evento
elementar 𝑬𝒊 ocorrer:

I. 𝒑(𝑬𝒊 ) é suficientemente próxima da frequência relativa do evento


𝑬, quando o experimento é repetido um número grande de vezes.
II. A probabilidade de um evento ocorrer é a soma das
probabilidades dos seus elementos.
CÁLCULO DA PROBABILIDADE
A probabilidade de um evento 𝑬𝟏 é o quociente entre o número de
elementos do evento 𝒏 𝑬𝟏 pelo número de elementos do espaço
amostra 𝒏(𝜴).
n o de casos favoráveis ao evento E1
P ( E1 ) 
n o de casos possíveis
𝒏 𝑬𝟏
𝑷 𝑬𝟏 =
𝒏 𝛀
PROBABILIDADE COM REUNIÃO E INTERSECÇÃO

É a probabilidade da ocorrência de duas condições e da


ocorrência dessas condições serem simultâneas.

𝑷 𝑬𝟏 ∪ 𝑬𝟐 = 𝑷 𝑬𝟏 + 𝑷 𝑬𝟐 − 𝑷(𝑬𝟏 ∩ 𝑬𝟐 )
Exemplo:
O resultado de uma pesquisa sobre duas redes de
supermercado com 470 entrevistados, foi o seguinte: 250
entrevistados compram no supermercado A e 180 compram
no supermercado B e 60 utilizam os dois supermercados.
Escolhendo um dos entrevistados ao acaso a probabilidade
dele ser:
a)Comprador do supermercado A e B.
b) Comprador do supermercado A ou B.
PROBABILIDADE CONDICIONAL

A probabilidade condicional de um evento 𝑬𝟏 ocorrer


sabendo que o evento 𝑬𝟐 já ocorreu é denotada por P(A/B)
e é calculada pela igualdade:

𝑷(𝑬𝟏 ∩𝑬𝟐 )
𝑷 𝑬𝟏 𝑬𝟐 =
𝑷(𝑬𝟐 )

Se 𝑷 𝑬𝟐 > 𝟎.
Exemplo:
Em uma empresa com 60 empregados, 40 empregados
trabalham somente no setor de produção, 10 somente no setor
de vendas e 5 empregados trabalham na produção e nas
vendas. Determine a probabilidade de um empregado do setor
de produção também trabalhar no setor de vendas.
EVENTOS INDEPENDENTES
Dois eventos 𝑬𝟏 e 𝑬𝟐 , são ditos independentes quando:

𝐏 𝑬𝟏 ∩ 𝑬𝟐 = 𝐏(𝑬𝟏 ) ∙ 𝐏(𝑬𝟐 )
Exemplo:
1) Retirando-se duas cartas ao caso, sem reposição, de um baralho
de 52 cartas, qual é a probabilidade do naipe da primeira ser de ouro
e o da segunda ser de espada?
2) Um gerente de controle de qualidade utiliza equipamento de teste
para detectar modems de computador defeituosos. Retiram-se
aleatoriamente 3 modems diferentes (um após o outro sem
reposição) de um grupo onde há 12 defeituosos e 18 perfeitos.
Determine a probabilidade de:
a) Todos os três serem defeituosos.
b) Ao menos um ser defeituoso.
FIXANDO O CONTEÚDO
5) Em um curso de graduação, 1/3 dos estudantes são do sexo
masculino e 2/3 dos estudantes são do sexo feminino. A
proporção de rapazes que estudam Estatística é 20% e apenas
10% das moças dedicam-se a Estatística. Marque a alternativa
que representa a probabilidades de que um estudante de
Estatística selecionado ao acaso seja do sexo feminino.
a)0,13 d) 0,33
b)0,20 e) 0,64
c)0,51
8) Numa sala existem 5 cadeiras numeradas de 1 a 5. André,
Beth, Caio, Dênis e Eva devem se sentar nestas cadeiras. A
probabilidade de que nem Caio se sente na cadeira 3, nem Dênis
na cadeira 4, equivale a:

a)54% d) 94%
b)65% e) 96%
c)69%
OBRIGADA!

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