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2º Ano/1º Semestre/ Inglês

Disciplina/Período: Necessidade Educativa Especial/EAD – 2024


Apontamentos compilados pela docente: Mst. Sharmila Alibhai

Resenha histórica da Educação Especial:

Diferentes formas de convivência com a pessoa com deficiência nos primórdios da antiguidade
até à idade Média (séc. XV/XVI).

a)-Infanticídio (Antiguidade) vitimando todas as crianças que nascessem com qualquer


problema (deficiência mental, física ou doença):

 Crianças hepilépticas,

 Crianças com problemas psíquicos,

 Cegos,

 Paralíticos e outras enfermidades...

Crianças consideradas socialmente fardo social, inválidas, inúteis, incapazes, defeituosas,


sem valor, sem proveito, sem possibilidades de desenvolvimento pessoal, sem potencialidades
e sem direito à vida.

Nesta fase social, acreditava-se que uma criança que nascesse com certas perturbações mentais
ou físicas, não tinha possibilidades de desenvolvimento mental e de habilidades para a vida.

Eram rejeitadas e postas fora de casa, mortas, deitadas nos poços ou entregues aos animais
ferozes, isto é eliminadas do mundo para evitar contaminação e ou trabalho inútil de
sustentação.

b)-Idade Média- o movimento religioso (igrejas), luta contra este mal social divulgando e
protegendo o humanismo, o direito à vida e à protecção da pessoa com problemas de saúde
(NE).

Como reacção, as famílias atingidas, passam a abandonar seus membros nas portas das igrejas,
nas lixeiras e em lugar o que obrigou a que as instituições religiosas fundassem casas para
acolher os necessitados, daí o surgimento dos orfanatos, infantários e asilos.

c)-Renascimento- na última metade do (séc. xx), com o surgimento do naturalismo


psiquiátrico, desenvolve-se a medicina e a ciência da psicologia que determinam a
possibilidade de tratamento e cura de algumas doenças ou alguns males psíquicos, permitindo
um desenvolvimento de habilidades normais da vida.

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Qual foi a mudança entre o processo de integração ao processo de inclusão O que mudou?

A integração propõe a adaptação curricular como medida de superação das diferenças dos
alunos especiais. A inclusão propõe um currículo inclusivo, comum para todos os alunos, no
qual, implicitamente, sejam incluídas essas adaptações.

O que é melhor integração ou inclusão?

Resumindo, a integração privilegia o aluno portador de necessidades educativas especiais,


dividindo com ele a responsabilidade da inserção, enquanto a inclusão tenta avançar, exigindo
também da sociedade, em geral, condições para essa inserção.

Qual é a década que marca a passagem do Movimento de integração para o movimento de


inclusão?

A partir da década de 1970, houve uma mudança, e as escolas comuns passaram a aceitar
crianças ou adolescentes deficientes em classes comuns, ou, pelo menos, em classes especiais.
Essa filosofia foi amplamente difundida ao longo da década de 1980 no panorama mundial.

Qual o objetivo da introdução da inclusão no contexto educacional?

A inclusão escolar é um conceito que está relacionado com o acesso e permanência dos
cidadãos nas escolas. O principal objetivo é tornar a educação mais inclusiva e acessível a
todos, respeitando suas diferenças, particularidades e especificidades.

O que e inclusão escolar resumo?

A inclusão educacional constitui a prática mais recente no processo de universalização da


educação. Ela se caracteriza em princípios que visam à aceitação das diferenças individuais, à
valorização da contribuição de cada pessoa, à aprendizagem através da cooperação e à
convivência dentro da diversidade humana.

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Integração/ Normalização.

Normalizar uma pessoa não significa torná-la normal. Significa dar a ela o direito de ser
diferente e ter suas necessidades reconhecidas e atendidas pela sociedade. Na área da educação,
normalizar é oferecer ao aluno com necessidades especiais recursos profissionais e
institucionais adequados para que ele desenvolva seu potencial como estudante, pessoa cidadã
(Werneck, Apud Facíon & Matos, 2009, P. 193).

Em educação, normalizar significa oferecer, ao aluno com necessidades especiais, os mesmos


recursos profissionais e institucionais que qualquer criança dita “normal” sempre teve,
permitindo o seu desenvolvimento como estudante, pessoa e cidadã. (NOGUEIRA 2009, p.88)

A inclusão propõe mudanças na sociedade, começando pela educação para torná-la possível e
acolher todas as pessoas. Para isto o sistema deve adaptar-se as necessidades educacionais
especiais dos alunos através de uma educação de qualidade, oferecendo um atendimento que
contemple suas necessidades e especificidades. De acordo com Lima (2006) “A inclusão exige
medidas mais afirmativas para adequar as escolas a todos os alunos, inclusive os que
apresentam necessidades especiais” (LIMA, 2006, p. 24).

Esta concepção não coloca a ênfase na deficiência que o aluno apresenta mas, na capacidade
da escola em oferecer condições adequadas, recursos educacionais frente às necessidades
educacionais de cada aluno. Assim, as escolas regulares de ensino passaram a ter a
responsabilidade de adaptar-se para atender às necessidades de todos os alunos que no seu
processo de aprendizagem apresentavam alguma dificuldade. Oliveira (2012, 77) nos coloca
que “Todas as criança tem direito a uma educação de qualidade, que atenda a suas necessidades
individuais em ambiente que estimulem o desenvolvimento cognitivo, emocional e social”.

A construção de uma escola inclusiva é um processo de fundamental importância para o


desenvolvimento de uma sociedade bem desenvolvida com mente aberta que acolhe a
diversidade humana, aceita as diferenças e valoriza o esforço de cada individuo para a
equiparação de oportunidades com qualidade na educação e na vida social.

A proposta da escola inclusiva onde as escolas da rede regular de ensino deve atender a todos
sem discriminação, exige de todos os envolvidos no processo educacional um

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comprometimento com a educação dos alunos com necessidades especiais. Porém, tendo a
maioria dos professores pouco ou nenhum conhecimento e formação pedagógica para lidar
com as diferentes necessidades do ensino-aprendizagem em contextos inclusivos, torna-se
imprescindível o desenvolvimento de estudos sobre os significados que os educadores estão
construindo sobre a participação de alunos com necessidades especiais, em classes regulares.
Segundo Rodrigues (2003 p 13) “o atendimento das diferentes necessidades educativas dos
alunos é certamente o desafio mais importante que o professor tem de enfrentar em nossos
dias”.

Inclusão para todos, exige mudanças na organização da escola para assegurar acessibilidade,
participação e sucesso para todos os alunos que frequentam o ensino regular. Inclusão não é
colocar cada criança individual na escola mas sim, criar um ambiente onde todos possam
desfrutar e tornar-se membro da instituição e ser valorizado na mesma.

A Declaração de Jomtien no Art. III explicita que:

Às necessidades básicas de aprendizagens das pessoas portadoras de deficiências requerem


uma atenção especial. “É preciso tomar medidas que garantam igualdade de acesso á educação
aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema
educativo.” declaração mundial sobre educação para todos (Declaração De Jomtien, 1990, Art.
I ii).

Nos dias atuais ainda se constata certas dificuldades da aceitação do diferente no seio da
sociedade, principalmente quando se trata de deficiências múltiplas e graves. Estas não são
vistas como sujeitos de direitos sociais. Percebe-se que o preconceito e a discriminação ainda
estão vivos em nossa sociedade.

As unidades de ensino que desejam trabalhar com a inclusão e não com a normalização, devem
respeitar as necessidades e diferenças dos educandos, reconhecendo que ninguém é igual a
ninguém, somos todos diferentes. As escolas e os velhos paradigmas de educação precisam ser
transformados para atender às necessidades individuais de cada um, tendo eles ou não algum
tipo de necessidade especial.

A educação inclusiva tem força transformadora e aponta para uma nova era, não somente
educacional, mas também de cunho social. Para atender esta nova realidade educacional e
social, a instituição escolar precisa organizar mudanças arquitetónicas na estrutura física,

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exonerar as burocracias, reorganizar as matrizes curriculares, proporcionar maior ênfase à


formação humana dos professores e harmonizar a relação família-escola, propondo uma prática
pedagógica coletiva, dinâmica e flexível.

Para conseguirmos reformar as instituições escolares em todos os aspectos para que de fato se
tornem inclusivas, primeiramente temos que reformar as mentes, pois segundo Mittler (2003).

A inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, mas uma estrada sem fim, com todos os
tipos de barreiras e obstáculos, alguns dos quais estão em nossas mentes (MITTLER, 2003, p.
21).

O autor coloca que todas as barreiras para tornar a sociedade e as escolas inclusivas encontram-
se em nossas mentes. Entretanto, estamos vivenciando um novo paradigma, e tudo que é novo
gera crises, medo, insegurança e incertezas, mas este é o momento para que sejamos ousados
para corrermos atrás e buscarmos alternativas que nos dê suporte para realizarmos as mudanças
que a inclusão propõe.

Qual a diferença entre os conceitos de diferença e desigualdade?

A diferença pode ser tanto nata e natural como cultural. Já a desigualdade – as circunstâncias
que privilegiam alguns – é construída socialmente. E, muitas vezes, implica a ideia de injustiça.
A própria natureza pode ajudar a esclarecer os conceitos e mostrar como a desigualdade não
é natural, mas social.

O que é a diversidade social?

Diversidade social é o encontro de pessoas de diferentes lugares e com experiências de vida


diversas. Inclui variadas etnias, religiões, culturas, idiomas, identidade e gênero, classe social,
níveis de educação, ritmo de aprendizagem, pontos de vista e habilidades únicas.

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Qual é a diferença entre diversidade e inclusão?

Qual é a diferença entre diversidade e inclusão na prática? Podemos perceber, portanto, que,
enquanto a diversidade tem a ver com representatividade, a inclusão está ligada à instauração
de uma mudança de cultura e comportamento em relação às pessoas diversas.

É preciso respeitar as diferenças?

Aceitar o outro e reconhecer as diferenças é o que nos torna e afirma como seres humanos
únicos e amplos. O não familiar, o estranho, tem o poder de ampliar nossa visão, transformar
nossas ações e moldar a nossa interação com as pessoas. Lembre-se: o mundo individual só
existe diante do contraste com o mundo do outro.

O que podemos fazer para conviver com a diversidade?

Convivendo com a diversidade

1. Lembre-se sempre que todos têm diferenças e não deveríamos estabelecer quem é melhor;
2. Entenda que você tem o direito de ter opinião e discordar, desde que com respeito;
3. Compare-se sempre consigo mesmo, não com os outros;
4. Acima de tudo, seja exemplo.

SALAMANCA

Em Julho de1994, na Espanha, realiza-se a Conferência Mundial da Educação Especial que


muito discutiu o conceito denominativo dos indivíduos com deficiência incluindo os alunos
com NEE.

Nesta conferência discute-se a integração social contra a integração física.

Nesta conferência foi assinada uma declaração sobre a Educação com importantes
recomendações e que ficou conhecida mundialmente como DECLARAÇÃO DE
SALAMANCA.

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Foram muitas recomendações traçadas, porém, algumas delas apenas:

1. A deficiência devia deixar de ser critério de tratamento das pessoas, passando-se ao


conceito pessoa portadora de deficiência (Pessoa com defeito, hoje) ao invéns de
(deficiente, zarolho, cego, coxo, surdo, mudo, mongolês, etc....);
2. O defeito físico não é sinónimo de invalidez mental como anteriormente se julgava;
3. A sociedade é feita de diferenças pois, não existem indivíduos iguais daí a instituição
do conceito diversidade;
4. Em vez de alunos deficientes passa-se a chamá-los de alunos com NEE de ponto de
vista cognitivo, social e cultural;
5. A transformação das escolas integradoras em escolas inclusivas; na quais se aceita que
todos os alunos aprendam em pé de igualdade respeitando-se apenas as diferenças
individuais; através de uma educação de qualidade para todos e para cada um em
particular; (escola da diversidade);
6. Está-se na era da pedagogia da diversidade, pedagogia das potencialidades; que acredita
que qualquer indivíduo independentemente das suas condições físicas, sociais,
políticas, religiosas...tem limitações, potencialidades e necessidades e é capaz de
desenvolver e tornar-se útil à sociedade;
7. Esta pedagogia funciona na base do diagnóstico psicopedagógico, que é a técnica
pedagógica usada pelo professor para conhecer as particularidades de cada aluno na
sala de aula.
8. Aceita que os alunos precisam uns dos outros para aprender e partilhar experiências.
9. Aceita os alunos com as suas diferenças individuais.
10. Aceita que aprendam os mesmos conteúdos de diferentes formas (uns mais flexíveis e
outros menos flexíveis ).
11. Uns aprendem de forma independente enquanto outros precisam de ajuda do professor
para aprender.

Característica da Pedagogia das potencialidades/diversidade:

É Humanista- aceita a todos os alunos por igual, preocupando-se por descobrir as limitações
e potencialidades de cada um.

Proporciona a todos alunos os mesmos direitos e mesmo amor.

O desenvolvimento de cada aluno depende do empenho do seu professor.

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Presta atenção ao desenvolvimento do aluno e sua aprendizagem e não aos resultados


estatísticos.

Avalia o processo individual de aprendizagem e não somente os resultados.

O que é educação especial e inclusiva?

Na educação especial, o ensino é totalmente voltado para alunos com deficiência. Já


na educação inclusiva, todos os alunos com e sem deficiência têm a oportunidade de
conviverem e aprenderem juntos. A ideia da inclusão é mais do que somente garantir o acesso
à entrada de alunos nas instituições de ensino.

Quais os 5 princípios da educação inclusiva?

Conheça os cinco princípios abaixo:

 Toda pessoa tem o direito de acesso à educação.


 Toda pessoa aprende.
 O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular.
 O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos.
 A educação inclusiva diz respeito a todos.

O termo NEE indica Necessidades Educativas Especiais.

Este conceito abrange crianças e adolescentes que apresentam dificuldades em acompanhar o


currículo que se tem por base, apresentando deficiências ou dificuldades de aprendizagem.

Existem dois tipos de Necessidades Educativas Especiais: permanentes e temporárias. As NEE


permanentes exigem adaptações gerais e acompanha a criança durante o seu percurso escolar.

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As temporárias impõem apenas alterações parciais de forma a adequar as capacidades do aluno


na respetiva altura.

Necessidades Educativas Especiais (NEE)

Uma das definições de NEE, Correia (1997), diz-nos o seguinte:

“Os alunos com necessidades educativas especiais são aqueles que, por exibirem determinadas
condições específicas, podem necessitar de apoio de serviços de educação especial durante
todo ou parte do seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento
académico, pessoal e socio emocional.”

De acordo com a UNESCO, as Necessidades Educativas Especiais referem-se a toda e qualquer


ajuda pedagógica que os alunos (excluídos ou não do sistema escolar regular) necessitam para
aprender. Isto é, há uma necessidade educativa especial, quando um problema (físico, sensorial,
mental, emocional, social, cultural, ambiental ou qualquer combinação destes factores) afecta
a aprendizagem, ao ponto de serem necessários acessos especiais ao currículo e condições de
aprendizagem especialmente adaptadas, para que o aluno possa receber uma educação
apropriada.

As Necessidades Educativas Especiais estão relacionadas com as dificuldades de


aprendizagem apresentadas por qualquer aluno. Quer isto dizer que, qualquer aluno, ao longo
do seu processo de escolarização, pode sentir algum desconforto ou problema para assimilar
algum conteúdo, resultando daí o seu baixo ou parcial desempenho.

No concreto, quanto à classificação das necessidades educativas especiais, estas podem


ser:

1. No que concerne ao nível de permanência, as NEE podem ser:

1. Permanentes: as Necessidades Educativas Especiais permanentes são


apresentadas por alunos que experimentam dificuldades em aprender por terem
uma ou mais deficiências relativamente insanáveis, de tipo sensorial, mental,
físico-motor e emocional ou psicossocial.

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2. Parciais ou transitórias: as N. Educativas Especiais que ocorrem num período


de tempo relativamente curto. São aqui enquadrados os alunos que,
apresentando habitualmente rendimento escolar regular ou acima da média, de
maneira progressiva ou súbita, experimentam dificuldades para aprender.

2. No que concerne às tipologias das NEE existem várias classificações, mas no presente
manual apresentam-se as seguintes, de acordo com a problemática das deficiências ou
dificuldades de aprendizagem e comportamento:

o As dificuldades de aprendizagem específicas;

o Os problemas de comunicação;

o A deficiência intelectual (deficiência mental);

o As perturbações emocionais e de comportamento;

o A multideficiência;

o A deficiência auditiva;

o A deficiência físico-motora;

o Os problemas de saúde;

o A deficiência visual;

o As perturbações do espectro do autismo;

o A surdo-cegueira;

o O traumatismo craniano; e

o A superdotação.

Como se faz uma avaliação psicopedagógica?

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A Avaliação é feita por um Psicopedagogo Clínico, que para sua análise utiliza os seguintes
recursos: entrevista com professor (quando for o caso), entrevista com pais (quando criança ou
adolescente), sessões com o paciente onde acontecerão sessões de conversas livres e entrevistas
estruturadas e aplicação de testes.

Como deve ser o primeiro atendimento psicopedagógico?

O psicopedagogo conversa com os responsáveis pela criança em uma consulta individual. É


neste momento que devem relatar preocupações e observações em relação ao filho. Caso a
escola tenha chegado a contatar os pais sobre a dificuldade de aprender do mesmo, essa
informação também deve ser repassada ao profissional.

Quais são as Etapas da Avaliação Psicopedagógica? Entenda

Os métodos de ensino-aprendizagem escolar envolvem critérios de avaliação psicopedagógica.


Esse é um processo importante para mensurar o quanto a criança aprendeu do assunto
passado e se está apta a passar para outro nível de aprendizado.

As informações sobre uma determinada área do conhecimento são transmitidas gradualmente, à


medida que a criança vai evoluindo na aprendizagem. Porém, diante de certas dificuldades, não
é possível levar adiante o processo.

Neste artigo, vamos falar sobre a avaliação psicopedagógica e as principais etapas envolvidas.
Bateu a curiosidade para saber mais sobre o assunto? Então continue a leitura para entender esse
processo tão importante na educação infantil!

O que é Avaliação Psicopedagógica?

A avaliação psicopedagógica é o processo que investiga o nível de aprendizagem da criança.


Ela tem a finalidade de identificar e compreender a fonte de dificuldades apresentadas pelo
aluno. De acordo com o seu resultado, é possível identificar algo mais sério, como algum
distúrbio que exija intervenções mais complexas.

A avaliação psicopedagógica é bem mais profunda que a avaliação pedagógica usada


habitualmente. Ela se propõe a analisar a criança em cada um dos seus aspectos como:

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 A forma de se expressar;

 A entonação da voz;

 Os gestos.

O psicopedagogo avalia o que a criança mostra e os transtornos não perceptíveis que interferem
na qualidade da sua aprendizagem. A partir dessa análise, ele pode encaminhá-la para outro
profissional como: neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo ou psiquiatra.

Trata-se, portanto, de uma avaliação para dar um diagnóstico sobre os motivos que fazem com
que a criança tenha dificuldades no aprendizado.

Quais são as principais etapas desse processo?

De acordo com o primeiro artigo do Código de Ética da Psicopedagogia, durante a avaliação


psicopedagógica, o profissional pode usar procedimentos específicos da sua área de atuação,
que podem envolver desde entrevistas com os pais até a realização de testes. A seguir,
apresentamos as principais etapas desse processo. Acompanhe!

Entrevista com os pais

O trabalho começa com uma entrevista com os pais. Nessa etapa inicial, o psicopedagogo coleta
informações relevantes para organizar um sistema sólido de hipóteses que será usado como guia
no trabalho de investigação.

Entrevista de anamnese

Pode ser feita também uma entrevista mais focada para coletar dados sobre o histórico da
criança na família, envolvendo presente, passado e projeções para o futuro.

Nessa etapa, são considerados aspectos como:

 dados das aprendizagens iniciais;

 desenvolvimento geral da criança;

 história clínica;

 história do núcleo familiar;

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 história escolar;

 história da família paterna;

 história da família materna.

Sessões lúdicas focadas na aprendizagem

Outra etapa da avaliação psicopedagógica envolve sessões lúdicas com a finalidade de analisar
o nível cognitivo, afetivo e social do aluno. Nas brincadeiras, a criança consegue usar a sua
criatividade e revelar a sua real personalidade.

A partir da sua criatividade, a criança descobre a sua identidade, como afirma Donald Woods
Winnicott em sua obra “O brincar e a realidade”.

Testes e provas

A sessão de testes e provas é complementar. Por isso, não é fundamental no diagnóstico


psicopedagógico. Há diferentes técnicas que podem ser usadas nessa etapa. Acompanhe a seguir!

EOCA

EOCA é a sigla de Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem. Consiste em uma


avaliação de nível pedagógico, que pode envolver, por exemplo, atividades de aritmética, leitura,
escrita, pintura, desenho e interpretação de texto.

Todo material é considerado pelo psicopedagogo, sempre respeitando a idade da criança, como:

 massa de modelagem;

 jogos de encaixe;

 livros específicos para crianças nessa faixa etária;

 cubos;

 folhas lisas e pautadas;

 borracha;

 apontador;

 lápis novo sem ponta;

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 régua;

 compasso;

 esquadro;

 caneta esferográfica;

 lápis de cor;

 caneta na embalagem;

 giz de colorir;

 cola;

 textos;

 tesoura sem ponta;

 livros, revistas e/ou gibis (HQs);

 jogos com regras (ludo, damas e quebra-cabeças).

Provas de nível de pensamento (Piaget)

Permitem que o psicopedagogo avalie características cognitivas da criança e o desenvolvimento


de sua função lógica.

Avaliação perceptomotora

Pode ser usado o Teste de Bender, que tem a finalidade de avaliar o nível de maturidade viso-
motora da criança.

Outras ferramentas

Outros testes pertinentes são os psicomotores. Além deles, podem ser usados jogos
psicopedagógicos, que estimulam o raciocínio lógico, a concentração e a organização visual e
espacial.

Algumas ferramentas de avaliação são exclusivas de psicólogos como:

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 teste projetivos: TAT (Teste de A percepção Temática), CAT-A (Teste de A


percepção Temática Infantil), HTP (desenho de casa, árvore e pessoa), desenho
da família, desenho da figura humana;

 WISC (Escala Wechsler de Inteligência para Crianças): uma das mais usadas
provas de inteligência.

Mas há outras provas de inteligência, que não são exclusivas de psicólogos, como Raven (testes
de múltipla escolha para mensurar o Quociente de Inteligência) e CIA.

Síntese diagnóstica

Nessa etapa da avaliação psicopedagógica, é necessário formular uma hipótese considerando


a análise de todos os dados coletados, ou seja, o psicopedagogo efetua uma síntese de todas as
informações que reuniu.

Devolução e encaminhamento

É o momento final do processo. O psicopedagogo reúne toda a família (pais e filhos) para
apresentar as suas conclusões, tirar possíveis dúvidas e fazer recomendações como:

 trocar de turma ou escola;

 motivar a leitura em casa;

 diminuir a proteção exagerada dos pais;

 consultar o fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo ou outro profissional.

*O fonoaudiólogo é o profissional da área da saúde que trabalha com os diferentes aspectos da


comunicação humana: linguagem oral e escrita, fala, voz, audição e funções responsáveis pela
deglutição, respiração e mastigação.

Como escolher o melhor método da avaliação psicopedagógica?

Geralmente, o psicopedagogo já segue um método de avaliação e aplica as etapas e ferramentas


referentes a ele para fazer o seu trabalho.

Por motivos diferentes, cada profissional segue um caminho para trilhar com mais
segurança e conforto perante os desafios que a Psicopedagogia exige do educador e do

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educando. Dessa forma, a avaliação psicopedagógica deve ser dinâmica e envolver as seguintes
áreas:

 emocional: analisa a condição afetiva da criança em relação a situações que


envolvem a aprendizagem em casa, na escola e pessoalmente;

 motora: avalia as habilidades motoras da criança como pintar, escrever, desenhar,


segurar um objeto, andar, manter o equilíbrio e assim por diante;

 pedagógica: analisa o processo de desenvolvimento da escrita, do cálculo e da


leitura;

 área cognitiva: avalia o desenvolvimento da cognição da criança, ou seja, o


raciocínio lógico, as operações de pensamento, os níveis de concentração e de
atenção;

 desenvolvimento neuro-sensório-motor: analisa os pontos como lateralidade,


esquema corporal, orientação espacial, coordenação motora fina e coordenação
motora global, desenvolvimento sensorial, desenvolvimento da linguagem,
memória, autonomia, percepção e outros.

Rubinstein e Bossa, por exemplo, apresentam modelos diferentes de avaliação psicopedagógica.


O profissional pode escolher conforme a sua própria percepção ou as necessidades da criança.
Mas, em geral, as etapas e ferramentas se assemelham em qualquer método.

Algumas das principais dificuldades de aprender que a criança pode apresentar são:

 desinteresse;

 dificuldade na pronúncia de palavras;

 lentidão para formar o vocabulário;

 hiperatividade;

 caligrafia difícil de entender;

 falhas de memória;

 isolamento;

 inversão de palavras, sílabas, letras;

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 distração;

 comportamento agressivo.

A avaliação psicopedagógica é uma valiosa ferramenta para os pais e professores


identificarem as dificuldades da criança em aprender. Por isso, é importante ser realizada o
mais cedo possível para adaptar o aprendizado às limitações de cada aluno.

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