Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Diferentes formas de convivência com a pessoa com deficiência nos primórdios da antiguidade
até à idade Média (séc. XV/XVI).
Crianças hepilépticas,
Cegos,
Nesta fase social, acreditava-se que uma criança que nascesse com certas perturbações mentais
ou físicas, não tinha possibilidades de desenvolvimento mental e de habilidades para a vida.
Eram rejeitadas e postas fora de casa, mortas, deitadas nos poços ou entregues aos animais
ferozes, isto é eliminadas do mundo para evitar contaminação e ou trabalho inútil de
sustentação.
b)-Idade Média- o movimento religioso (igrejas), luta contra este mal social divulgando e
protegendo o humanismo, o direito à vida e à protecção da pessoa com problemas de saúde
(NE).
Como reacção, as famílias atingidas, passam a abandonar seus membros nas portas das igrejas,
nas lixeiras e em lugar o que obrigou a que as instituições religiosas fundassem casas para
acolher os necessitados, daí o surgimento dos orfanatos, infantários e asilos.
Qual foi a mudança entre o processo de integração ao processo de inclusão O que mudou?
A integração propõe a adaptação curricular como medida de superação das diferenças dos
alunos especiais. A inclusão propõe um currículo inclusivo, comum para todos os alunos, no
qual, implicitamente, sejam incluídas essas adaptações.
A partir da década de 1970, houve uma mudança, e as escolas comuns passaram a aceitar
crianças ou adolescentes deficientes em classes comuns, ou, pelo menos, em classes especiais.
Essa filosofia foi amplamente difundida ao longo da década de 1980 no panorama mundial.
A inclusão escolar é um conceito que está relacionado com o acesso e permanência dos
cidadãos nas escolas. O principal objetivo é tornar a educação mais inclusiva e acessível a
todos, respeitando suas diferenças, particularidades e especificidades.
Integração/ Normalização.
Normalizar uma pessoa não significa torná-la normal. Significa dar a ela o direito de ser
diferente e ter suas necessidades reconhecidas e atendidas pela sociedade. Na área da educação,
normalizar é oferecer ao aluno com necessidades especiais recursos profissionais e
institucionais adequados para que ele desenvolva seu potencial como estudante, pessoa cidadã
(Werneck, Apud Facíon & Matos, 2009, P. 193).
A inclusão propõe mudanças na sociedade, começando pela educação para torná-la possível e
acolher todas as pessoas. Para isto o sistema deve adaptar-se as necessidades educacionais
especiais dos alunos através de uma educação de qualidade, oferecendo um atendimento que
contemple suas necessidades e especificidades. De acordo com Lima (2006) “A inclusão exige
medidas mais afirmativas para adequar as escolas a todos os alunos, inclusive os que
apresentam necessidades especiais” (LIMA, 2006, p. 24).
Esta concepção não coloca a ênfase na deficiência que o aluno apresenta mas, na capacidade
da escola em oferecer condições adequadas, recursos educacionais frente às necessidades
educacionais de cada aluno. Assim, as escolas regulares de ensino passaram a ter a
responsabilidade de adaptar-se para atender às necessidades de todos os alunos que no seu
processo de aprendizagem apresentavam alguma dificuldade. Oliveira (2012, 77) nos coloca
que “Todas as criança tem direito a uma educação de qualidade, que atenda a suas necessidades
individuais em ambiente que estimulem o desenvolvimento cognitivo, emocional e social”.
A proposta da escola inclusiva onde as escolas da rede regular de ensino deve atender a todos
sem discriminação, exige de todos os envolvidos no processo educacional um
comprometimento com a educação dos alunos com necessidades especiais. Porém, tendo a
maioria dos professores pouco ou nenhum conhecimento e formação pedagógica para lidar
com as diferentes necessidades do ensino-aprendizagem em contextos inclusivos, torna-se
imprescindível o desenvolvimento de estudos sobre os significados que os educadores estão
construindo sobre a participação de alunos com necessidades especiais, em classes regulares.
Segundo Rodrigues (2003 p 13) “o atendimento das diferentes necessidades educativas dos
alunos é certamente o desafio mais importante que o professor tem de enfrentar em nossos
dias”.
Inclusão para todos, exige mudanças na organização da escola para assegurar acessibilidade,
participação e sucesso para todos os alunos que frequentam o ensino regular. Inclusão não é
colocar cada criança individual na escola mas sim, criar um ambiente onde todos possam
desfrutar e tornar-se membro da instituição e ser valorizado na mesma.
Nos dias atuais ainda se constata certas dificuldades da aceitação do diferente no seio da
sociedade, principalmente quando se trata de deficiências múltiplas e graves. Estas não são
vistas como sujeitos de direitos sociais. Percebe-se que o preconceito e a discriminação ainda
estão vivos em nossa sociedade.
As unidades de ensino que desejam trabalhar com a inclusão e não com a normalização, devem
respeitar as necessidades e diferenças dos educandos, reconhecendo que ninguém é igual a
ninguém, somos todos diferentes. As escolas e os velhos paradigmas de educação precisam ser
transformados para atender às necessidades individuais de cada um, tendo eles ou não algum
tipo de necessidade especial.
A educação inclusiva tem força transformadora e aponta para uma nova era, não somente
educacional, mas também de cunho social. Para atender esta nova realidade educacional e
social, a instituição escolar precisa organizar mudanças arquitetónicas na estrutura física,
Para conseguirmos reformar as instituições escolares em todos os aspectos para que de fato se
tornem inclusivas, primeiramente temos que reformar as mentes, pois segundo Mittler (2003).
A inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, mas uma estrada sem fim, com todos os
tipos de barreiras e obstáculos, alguns dos quais estão em nossas mentes (MITTLER, 2003, p.
21).
O autor coloca que todas as barreiras para tornar a sociedade e as escolas inclusivas encontram-
se em nossas mentes. Entretanto, estamos vivenciando um novo paradigma, e tudo que é novo
gera crises, medo, insegurança e incertezas, mas este é o momento para que sejamos ousados
para corrermos atrás e buscarmos alternativas que nos dê suporte para realizarmos as mudanças
que a inclusão propõe.
A diferença pode ser tanto nata e natural como cultural. Já a desigualdade – as circunstâncias
que privilegiam alguns – é construída socialmente. E, muitas vezes, implica a ideia de injustiça.
A própria natureza pode ajudar a esclarecer os conceitos e mostrar como a desigualdade não
é natural, mas social.
Qual é a diferença entre diversidade e inclusão na prática? Podemos perceber, portanto, que,
enquanto a diversidade tem a ver com representatividade, a inclusão está ligada à instauração
de uma mudança de cultura e comportamento em relação às pessoas diversas.
Aceitar o outro e reconhecer as diferenças é o que nos torna e afirma como seres humanos
únicos e amplos. O não familiar, o estranho, tem o poder de ampliar nossa visão, transformar
nossas ações e moldar a nossa interação com as pessoas. Lembre-se: o mundo individual só
existe diante do contraste com o mundo do outro.
1. Lembre-se sempre que todos têm diferenças e não deveríamos estabelecer quem é melhor;
2. Entenda que você tem o direito de ter opinião e discordar, desde que com respeito;
3. Compare-se sempre consigo mesmo, não com os outros;
4. Acima de tudo, seja exemplo.
SALAMANCA
Nesta conferência foi assinada uma declaração sobre a Educação com importantes
recomendações e que ficou conhecida mundialmente como DECLARAÇÃO DE
SALAMANCA.
É Humanista- aceita a todos os alunos por igual, preocupando-se por descobrir as limitações
e potencialidades de cada um.
“Os alunos com necessidades educativas especiais são aqueles que, por exibirem determinadas
condições específicas, podem necessitar de apoio de serviços de educação especial durante
todo ou parte do seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento
académico, pessoal e socio emocional.”
2. No que concerne às tipologias das NEE existem várias classificações, mas no presente
manual apresentam-se as seguintes, de acordo com a problemática das deficiências ou
dificuldades de aprendizagem e comportamento:
o Os problemas de comunicação;
o A multideficiência;
o A deficiência auditiva;
o A deficiência físico-motora;
o Os problemas de saúde;
o A deficiência visual;
o A surdo-cegueira;
o O traumatismo craniano; e
o A superdotação.
A Avaliação é feita por um Psicopedagogo Clínico, que para sua análise utiliza os seguintes
recursos: entrevista com professor (quando for o caso), entrevista com pais (quando criança ou
adolescente), sessões com o paciente onde acontecerão sessões de conversas livres e entrevistas
estruturadas e aplicação de testes.
Neste artigo, vamos falar sobre a avaliação psicopedagógica e as principais etapas envolvidas.
Bateu a curiosidade para saber mais sobre o assunto? Então continue a leitura para entender esse
processo tão importante na educação infantil!
A forma de se expressar;
A entonação da voz;
Os gestos.
O psicopedagogo avalia o que a criança mostra e os transtornos não perceptíveis que interferem
na qualidade da sua aprendizagem. A partir dessa análise, ele pode encaminhá-la para outro
profissional como: neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo ou psiquiatra.
Trata-se, portanto, de uma avaliação para dar um diagnóstico sobre os motivos que fazem com
que a criança tenha dificuldades no aprendizado.
O trabalho começa com uma entrevista com os pais. Nessa etapa inicial, o psicopedagogo coleta
informações relevantes para organizar um sistema sólido de hipóteses que será usado como guia
no trabalho de investigação.
Entrevista de anamnese
Pode ser feita também uma entrevista mais focada para coletar dados sobre o histórico da
criança na família, envolvendo presente, passado e projeções para o futuro.
história clínica;
história escolar;
Outra etapa da avaliação psicopedagógica envolve sessões lúdicas com a finalidade de analisar
o nível cognitivo, afetivo e social do aluno. Nas brincadeiras, a criança consegue usar a sua
criatividade e revelar a sua real personalidade.
A partir da sua criatividade, a criança descobre a sua identidade, como afirma Donald Woods
Winnicott em sua obra “O brincar e a realidade”.
Testes e provas
EOCA
Todo material é considerado pelo psicopedagogo, sempre respeitando a idade da criança, como:
massa de modelagem;
jogos de encaixe;
cubos;
borracha;
apontador;
régua;
compasso;
esquadro;
caneta esferográfica;
lápis de cor;
caneta na embalagem;
giz de colorir;
cola;
textos;
Avaliação perceptomotora
Pode ser usado o Teste de Bender, que tem a finalidade de avaliar o nível de maturidade viso-
motora da criança.
Outras ferramentas
Outros testes pertinentes são os psicomotores. Além deles, podem ser usados jogos
psicopedagógicos, que estimulam o raciocínio lógico, a concentração e a organização visual e
espacial.
WISC (Escala Wechsler de Inteligência para Crianças): uma das mais usadas
provas de inteligência.
Mas há outras provas de inteligência, que não são exclusivas de psicólogos, como Raven (testes
de múltipla escolha para mensurar o Quociente de Inteligência) e CIA.
Síntese diagnóstica
Devolução e encaminhamento
É o momento final do processo. O psicopedagogo reúne toda a família (pais e filhos) para
apresentar as suas conclusões, tirar possíveis dúvidas e fazer recomendações como:
Por motivos diferentes, cada profissional segue um caminho para trilhar com mais
segurança e conforto perante os desafios que a Psicopedagogia exige do educador e do
educando. Dessa forma, a avaliação psicopedagógica deve ser dinâmica e envolver as seguintes
áreas:
Algumas das principais dificuldades de aprender que a criança pode apresentar são:
desinteresse;
hiperatividade;
falhas de memória;
isolamento;
distração;
comportamento agressivo.