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MERITÍSSIMA JUÍZA DE DIREITO DO TRIBUNAL JUDICIAL DA PROVÍNCIA

DE NAMPULA- 3ª SECÇÃO

NAMPULA

Processo no 15/24

JOSÉ FRANSCISCO ELIAS, devidamente qualificado nos autos, vem respeitosamente,


apresentar a sua

CONTESTAÇÃO

Em face da presente acção de alimentos e em obediência ao mandado de intimação nos autos,


nos termos que passa a expor:

DA VERDADE DOS FACTOS:

Que constitui verdade que entre os requeridos houve uma união de facto que durou catorze
anos e desta união tiveram quatro filhas menores, nomeadamente:

II

Com o abandono da casa por decisão própria tomada pela requerida unilateralmente, tomou
consigo as filhas e passou a residir em outra parte, sem para tal depender de um
consentimento de casal.

III

O requerido (pai) tem a plena consciência e sabedoria suficiente que é obrigado a prover os
alimentos ás suas queridas filhas, coisa que nunca deixou de o fazer, mesmo depois da
separação.
IV

Não constitui verdade que os alimentos eram prestados de forma irregular porque todos os
meses dava assistência alimentar em valor fisco na quantia de cinco mil meticais, sem contar
com outros apoios em vestuário, doença, escola, etc.

O requerido é sim funcionário do aparelho do Estado, estando afecto na Direcção Provincial


de Cultura e Turismo, aufere salário mensal de 38.758,12 (trinta e oito mil e setecentos e
cinquenta e oito) meticais.

VI

Excia,

Desde salário que aufere, quatro mil seiscentos e cinquenta e dezasseis sentava é descontado
pelo banco LETSHEGO e onze mil oitocentos e noventa e oito meticais e setenta e dois
centavos pelo baco BCI, dividas essas feitas na vigência do casamento, sobrando quinze mil
que serve para suprir as despesas de renda de casa, energia e água e outras adicionais
inclusive de alimento às minhas cinco filhas.

VII

Do remanescente, o requerido aguenta com o pagamento de renda de casa mensalmente no


valor de tres mil meticais onde mora actualmente com anova companheira e sua filha……,
despesas de água e luz. Para além das despesas mencionadas é de conhecimento da requerida
que o requerido sempre custeou as despesas dos pais.

VIII

DO DIREITO

Resulta do artigo 423, numero 1, al. b) da lei de família que, os dois estão vinculados a
prestação de alimento.

IX

Porque a questão fundamental no presente processo prende-se com a determinação do


montante mensal a ser pago, pelo apelado, a título de contribuição para alimentos devidos às
quatro filhas menores que se encontram à guarda e cuidados da mãe, importante referenciar
que o mesmo deve obedecer os critérios substalecidos no número 1 e 2 do artigo 418 da lei
22/2019 de 11 de Dezembro, que cita que:

(Medida dos alimentos)

1. Os alimentos são proporcionados aos meios daquele que os tiver de prestar e às


necessidades do que os houver de receber.

2. Na fixação dos alimentos atende-se ainda à possibilidade do alimentado prover à sua


subsistência.

DO PEDIDO

De coração partido e querendo dar o bom e o melhor para as suas filhas e não podendo, pede
que seja fixado o valor de quatro mil meticais (4,000.00mt), não descorando que sendo
minhas filhas, sempre que poder ira dar o que tiver, mesmo em espécie (roupa, material
escolar, presentes de aniversario).

O requerido requer ainda que as custas sejam pagas por ambos em cinquenta porcentos para
cada um.

Sendo um processo de menor de jurisdição voluntária, que pode fazer um pedido fora do
objectivo deste processo, pede também para ser regule as visitas, férias, a ser decidido pelo
Tribunal.

Corridos os fundamentos legais, cumpre deixar o Tribunal a apreciação e decisão.

Nampula, 12 de Fevereiro de 2024

O Requerido

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José Francisco Elias

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