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ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAITUBA


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE ENSINO
COORDENAÇÃO DO CAMPO DAS ÁGUAS E DAS FLORESTAS

Técnica Educacional: Martinelles Albuquerque Galvão da Silva

PROJETOS DE TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS


PARA TURMAS MULTISSERIDAS 3º AO 5º ANO

JUSTIFICATIVA:

Os gêneros do discurso são elementos fundamentais no processo de


produção de textos, porque são os responsáveis pelas formas que estes
assumem. Qualquer manifestação verbal organiza-se, inevitavelmente, em
algum gênero do discurso, seja uma conversa de bar, uma tese de doutorado,
seja linguagem oral ou escrita.
Os gêneros são, portanto, formas de enunciados produzidas
historicamente, que se encontram disponíveis na cultura, como notícia,
reportagem, conto (literário, popular, de fadas, de aventuras...), romance,
anúncio, receita médica, receita culinária, tese, monografia, fábula, crônica,
cordel, poema, repente, relatório, seminário, palestra, conferência, verbete,
parlenda, adivinha, cantiga, anúncio, panfleto, sermão, música, entre outros.
Os gêneros se caracterizam pelos temas que podem veicular, por sua
composição e marcas linguísticas específicas. Assim, não é qualquer gênero
que serve para se dizer qualquer coisa, em qualquer situação comunicativa,
deve-se ser trabalhado das series iniciais, mesmo.
Se alguém pretender discutir uma questão polêmica, como a impactos
ambientais ou regulamentação do garimpo, precisará organizar o seu discurso
em um gênero como artigo de opinião, por exemplo. É o gênero que pressupõe
a argumentação a favor ou contra questões controversas, mediante a
apresentação de argumentos que possam sustentar a posição que se defende
e refutar aquelas que forem contrárias àquilo que se defende.
Por outro lado, se a finalidade for relatar um fato ocorrido no dia anterior,
certamente a notícia deverá ser o gênero escolhido. Se o que se pretende é
orientar alguém na realização de determinada tarefa, pode-se escrever um
manual ou relacionar instruções, por exemplo. Se a intenção for apresentar
algum ensinamento por meio de situações exemplares, colocando animais
como protagonistas para representar determinadas características humanas,
então a fábula é o gênero mais apropriado.
Portanto, saber selecionar o gênero para organizar um discurso implica
conhecer suas características, para avaliar a sua adequação aos objetivos a
que se propõe e ao lugar de circulação, por exemplo. Quanto mais se sabe
sobre esse gênero, maiores são as possibilidades de o discurso ser eficaz.
Dessa forma, a proficiência do aluno em Língua Portuguesa depende
também do conhecimento que ele tem sobre os gêneros e de sua adequação
às diferentes situações comunicativas. Suas características, portanto, devem
ser objeto de ensino e tema das atividades que se organiza,
independentemente da turma serem multisseriadas ou não, de serem
alfabetizados ou não. Tudo depende da importância e responsabilidade que se
dá ao trabalho.

OBJETIVO GERAL: Oportunizar a produção de textos de diferentes gêneros


na sala de aula em turmas multisseriadas.

OBJETIVOS ESPECIFÍCOS:
•. Aperfeiçoar o desempenho linguístico do aluno tanto em sua modalidade
escrita como oral:
•. Desenvolver estrutura lógica do raciocínio, despertando e aguçando a
sensibilidade, estimulando o ato de criar textos;
•. Incentivar a expressão oral do aluno, valorizando-o independentemente da
variante linguística em que o mesmo manifesta;
•. Ler para entender o mundo através dos olhos dos autores e da vivência dos
personagens, adquirindo, também vocabulário e maneira adequada para
expressar;
•. Vivenciar as produções e leituras trabalhadas em sala de aula;
•. Reestruturar a produção de texto, valorizando o texto como um todo, tendo
princípio, meio e fim;
•. Estabelecer uma efetiva relação da Língua Portuguesa com as demais
matérias do currículo;
•. Interpretar, dramatizar sempre que necessário, (ex. fábulas);
•. Proporcionar um ambiente onde os alunos irão querer escrever e aprender
sobre o processo de escrever, cercando-o com material interessante e variado
(livros, revistas, anúncios, músicas anedotas, cartum, tirinhas ou histórias em
quadrinho, etc).

PÚBLICO ALVO: Turmas Multisseriadas. As atividades podem ser adaptadas


para qualquer série.

DESENVOLVIMENTO:
As atividades deverão ser selecionadas conforme as necessidades de cada
turma e série (Ano).

1 - VINCULAÇÃO DA LINGUAGEM ORAL À ESCRITA


Para permitir uma reflexão sobre a diferença entre a fala e a escrita, o
professor pode pedir que um aluno conte (oralmente) uma notícia, para gravá-
la e depois transcrevê-la no quadro, exatamente do modo como o aluno falou.
Em seguida, professor e alunos fazem uma reflexão sobre o que precisa ser
mudado para que o texto adquira uma forma escrita convencional, que a torne
compreensível. O professor deverá ler os textos em voz alta e fazer
comentários sobre vários aspectos:
* como as palavras foram pronunciadas;
* como são escritas;
* como colocar parágrafos e ponto final;
* qual é o começo, meio e fim;
* como são as personagens;
* como melhorar a redação do texto, trocando palavras e melhorando a
pontuação.
2 - REESTRUTURAÇÃO

A reestruturação do texto é um trabalho coletivo, que envolve a classe


toda ou um grupo de alunos. Consiste em “retocar aqui e ali” um texto ainda
não codificado e com problemas de codificação e pontuação. Sob orientação
do professor, o grupo discute uma proposta de reestruturação, que não
significa mudar o conteúdo, nem mudar palavras e expressões, mas apenas a
forma. Modifica-se o vocabulário e a estrutura frasal o suficiente para tornar o
conteúdo mais claro e coerente. O trabalho central é a pontuação e a
paragrafação. Pede-se para que o aluno observe o mesmo texto antes e depois
da reestruturação.

3- PRODUÇÃO ESCRITA:

• . Organize um jornal mural em que se elaborem comentários críticos sobre as


principais polêmicas do mês. Trabalhe o gênero notícias (produzidas
individualmente ou por equipe).
• . Orientar a produção resenhas críticas das obras lidas ou observadas
(imagem).

4 - TEXTO COLETIVO:

Esta atividade consiste em criar um texto com a participação de todos os


alunos, a partir de um tema gerador. O grupo elegerá um componente que irá
mediar a fala dos demais e será o redator do texto. Este escreverá o texto no
papel e “negociando” suas interferências organizando quanto à composição
geral do texto.
Depois de pronto, o texto é escrito numa folha de papel pardo ou
cartolina e fixado na parede, tornando-se referencial para outras atividades. Ou
pode-se apenas fazer a leitura oral para a turma.

5 - COLE NA SEQUÊNCIA CORRETA:


A atividade consiste em o professor recortar um texto em parágrafos e
depois pedir a turma, dividida em equipes, para colocá-lo na sequência correta.
O professor pode também acrescentar um parágrafo de outro texto, para que
os alunos o identifiquem como não pertencente ao texto.

6 – OFICINA DE POEMAS:
Traga para a sala de aula vários poemas. Procure diversificar autores,
estilos e temas. Faça um mural com eles ou afixe-os no quadro. Solicite aos
alunos que escolham uma das poesias do mural. Após uma leitura, peça para
representarem em uma folha, com linhas, traços e cores, o que sentiram ao ler
a poesia.
Cada aluno pode mostrar seu desenho para a classe, e você, professor,
pode conversar com o grupo, mostrando a variedade dos sentimentos, que não
tem certo ou errado, apenas sentimentos diferentes, pois somos diferentes. E
no nosso dia-a-dia, quais os sentimentos que aparecem? Raiva, medo, alegria,
desânimo, esperança, amor.... Quando sentimos cada um deles?
Faça junto com seus alunos uma lista dos sentimentos que apareceram
na conversa, escrevendo-os no quadro. Cada aluno deve escolher o
sentimento com que mais se identifica no momento. Peça, então, para
fecharem os olhos e pensarem em palavras soltas que se relacionem com esse
sentimento.
Após alguns minutos, cada um vai escrever as palavras em que pensou,
o que sentiu. Os alunos devem agora se juntar em pequenos grupos, de acordo
com o sentimento que escolheram. A ideia é tentar criar um poema a partir do
sentimento, afinal já podemos nos arriscar a produzir poesia. As palavras
escritas de cada um podem ajudar a compor o poema do pequeno grupo. Peça
que releiam o que escreveram. Dá para intensificar a sonoridade? Solicite a
eles que pensem em uma forma de apresentar os poemas criados.
(Apresentação das declamações. )

7 – HISTÓRIA NA CAIXA.

Tire uma cópia de xérox de um texto narrativo, um conto de preferência.


Recorte-o em pequenos trechos e coloque-os em uma caixa;
Divida os alunos em grupos e deixe que os alunos retirem um
papelzinho com um trecho.
O grupo deverá ler o trecho e discutir o que pode ter ocorrido antes e
depois daquele trecho;
O professor deverá perguntar aos grupos:
- Qual grupo está com o trecho inicial do conto? Como chegaram a esta
conclusão? Os alunos deverão levar o trecho e pregar no quadro. Um aluno
fará a leitura do trecho. O professor perguntará ao grupo, qual será o próximo
trecho? Continuar pedindo que os grupos leiam e vão encaixando os trechos
até chegar ao final respeitando a estrutura específica do conto.

AVALIAÇÃO:

Professor, avalie se durante as etapas de produção dessa proposta


todos os alunos estiveram envolvidos e comprometidos. Avalie quanto à
produção textual escrita, tanto individual quanto em grupo, observe se os textos
criados ficaram bem estruturados, se foram escritos com clareza, coesão e
coerência. A maneira de atribuir a nota fica a seu critério. Por fim, permita que
os alunos se avaliem sua própria participação e falem sobre o seu nível de
satisfação em relação à forma como o conteúdo foi trabalhado.
A avaliação formativa visa avaliar não apenas o resultado final, mas todo
o processo. Sendo assim, estas atividades desenvolvidas em sala de aula
podem ser avaliadas através do olhar atento do professor, conforme os
objetivos de cada série.

BOA SORTE!!

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