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RESUMO
Este paper tem como propósito relatar, a prática docente realizada através da disciplina
de Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental do Curso de Pedagogia do Centro
Universitário Leonardo da Vinci, polo Paulo Afonso-BA. Consistindo na propagação da
área de educação matemática sobre a necessidade de planejar aulas, especificamente de
Matemática, que sejam mais lúdicas e atrativas para o aluno; para tanto, a utilização de
materiais concretos/manipuláveis como uma ferramenta auxiliar no processo de ensino-
aprendizagem desta disciplina acaba por ser posta como uma necessidade para que aulas
deste caráter aconteçam. Assim, é também objetivo deste paper suscitar uma breve
problematização sobre o uso de materiais concretos para o ensino de Matemática.
1 INTRODUÇÃO
O presente paper foi construído com base na prática docente da disciplina de estágio
I, do curso de Pedagogia do Centro Universitário Leonardo da Vinci, polo Paulo Afonso-
BA. O estágio é o momento em que temos a oportunidade de colocarmos em prática parte
daquilo que estudamos no decorrer do Curso de Licenciatura, seja sobre formação docente,
seja sobre planejamento, educação, ou mesmo sobre como tornar as aulas mais interessantes
e problematizadoras. Diante deste desafio, uma das práticas que parece a mais difícil, é a
utilização de jogos e materiais concretos/manipuláveis em sala de aula no ensino da
matemática. Nas duas últimas décadas parece que cada vez mais é possível percebermos
1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail:
veronildelimaa@gmail.com
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo Paulo Afonso-BA; E-mail:
estefanimagalhaes@gmail.com
uma modificação importante no ensino, cuja centralidade se desloca do aluno para o
professor, conforme problematiza Lockmann (2010). Atrelada a esta mudança, também
cada vez com mais frequência vê-se a propagação na literatura direcionada para a formação
de professores da suposta necessidade de tornar as aulas nesta área mais lúdicas e atrativas
e talvez seja este o motivo que alavanca a propagação do uso de jogos e materiais concretos
na sala de aula – movimento este que teve início com as teorias construtivistas de ensino.
Assim, neste paper, apresentamos um breve relato de alguns momentos do estágio em que
foram de suma importância para o meu aprendizado e que me fez refletir sobre algumas
metodologias que fazem parte do ensino-aprendizagem.
Nesse contexto, a ludicidade não advém apenas do mundo exterior a cada um de nós,
mas, também, do nosso mundo interior, que se relaciona com o exterior. Assim,
complementa Pereira (2005):
Diante disso, este paper tem a área de concentração voltada para O uso de
materiais manipuláveis no ensino da matemática nas séries iniciais como ferramenta de
Ensino, sendo uma área base em todos os níveis de ensino, trata-se de um conhecimento
construído pelo próprio aluno passado pelo professor desde o infantil, capaz de estimular
o desenvolvimento de várias habilidades, isso faz com que o aluno aplique seus
conhecimentos adquiridos de uma maneira mais prazerosa, acredita - se também que o
indivíduo deve buscar seu próprio aprendizado, as novas formas de aprendizagem
usando materiais que devem ser aplicados como instrumento de ensino nas escolas, e
que, através deles, a criança possa ter um modelo conhecimento mais voltada para o
futuro, já que a matemática estará presente em sua vida. Os objetivos a serem alcançados
no decorrer deste estagio são:
- Averiguar a metodologia de ensino, e a introdução da matemática nos anos
iniciais.
- Realizar no contexto didático pedagógico a introdução de novas formas de
ensino-aprendizado da matemática através de materiais manipuláveis como referencial
para o ensino infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental.
- Identificar a relação entre os alunos e professores com a matemática que possam
ser usadas no processo de ensino infantil.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Antes de dar início ao estágio, eu pensava que saberia a maneira ideal de ensinar.
Mas o ano de 2020 veio para mostrar que precisamos nos adequar a um novo formato de
ensino: o remoto. Isso me leva a crer que alguns discursos que hoje em dia são vistos como
verdades, devem ser revistos a todo momento, não com o intuito de dizer que uma
metodologia é melhor que a outra, mas sim com o objetivo de reavaliar algumas práticas,
que em algum momento, por um motivo ou outro, podem ser desfavoráveis no ensino.
Esta oportunidade de estágio me proporcionou a experiência de poder está trabalhando
com alunos do fundamental I, percebendo a realidade na qual eles estão inseridos (fato que me
deixou um pouco desconfortável, pelo fato que nem todos os alunos possuem meios de
acompanhar as aulas remotas no mesmo ritmo, o que poderia atrapalhar o planejamento).
Em observação a turma, que possui 34 alunos, em que os pais participam de um grupo
de whatsapp, onde os roteiros contendo as atividades são enviadas diariamente, no turno
matutino, e a professora regente fica online, à disposição do alunado para tirar dúvidas. Esses
roteiros são impressos e entregues a cada aluno de forma individual, visto que, alguns alunos
podem não ter acesso à internet em determinado momento, para não serem prejudicados. Diante
disso, escolhi como produto virtual uma cartilha, para que, além de ser postada, possa também
ser impressa e entregue.
Ainda em observação, após transcorrer duas semanas os alunos pareciam estar
inquietos e não muito interessados nas aulas e isso, definitivamente, me preocupou: Estariam
os alunos aprendendo da maneira que está sendo ensinando? Porque não trabalhar com
atividades lúdicas? Na hora me pareceu viável, afinal, todos dizem que os alunos aprendem
com a manipulação de objetos. (e no momento as atividades eram apenas roteiros de
atividades simples impressas).
Diante das questões observadas, resolvi trabalhar grandezas e medidas com materiais
manipuláveis, que se dá a partir da construção da massinha de modelar com farinha de trigo.
Todos os materiais utilizados são comestíveis e não tóxicos, também não será necessário o
uso de materiais cortantes.
A partir da observação e retorno dos alunos diante da cartilha enviada a eles, e a
satisfação em que foram feitas, percebi que é possível ter um resultado satisfatório mesmo
em aulas remotas, que ainda podemos resgatar o prazer pelas aulas, mesmo se tratando de
conceitos matemáticos. Posso dizer que os resultados foram satisfatórios.
REFERÊNCIAS