aquele que não detém uma técnica apurada. Já o jogador ofensivo deveria ter domínio exemplar da técnica (ações com bola). Contudo, ter uma boa técnica (gesto técnico) não é suficiente para que um atleta desenvolva um jogo competitivo (complexidade do jogo – físico, tático-técnico e psicológico). Definição (BARBANTI, 1994): a técnica esportiva é a habilidade executada racionalmente, baseada na biomecânica, e que corresponde a uma SEQUÊNCIA DE MOVIMENTOS para a consecução de um objetivo esportivo (chute, cabeceio, recepção...). Dizemos que uma pessoa é habilidosa ou que tem boa técnica quando esses movimentos são executados com COORDENAÇÃO, PRECISÃO, RITMO, LEVEZA E FACILIDADE.
Habilidades Motoras Gerais e seu papel de base no
desenvolvimento da técnica Essas habilidades, também chamadas de naturais são aquelas que irão permitir os deslocamentos e posturas corretas antes, durante e depois de um gesto técnico (técnica esportiva ou fundamento). São conhecidas como capacidades coordenativas ou como coordenação motora. Destacamos 3 formas de coordenar movimentos: a) Formas Básicas: andar/correr, saltitar, saltar, equilibrar, andar/correr para trás, para o lado, pernas cruzadas, cair, esquivar, girar, agachar, rolar, etc.. b) Formas combinadas: saltar e correr, saltar e equilibrar, correr e equilibrar, correr e se esquivar, saltar e cair, etc..
c) Coordenação espaço-temporal: atrasar e adiantar
movimentos, ritmo, etc..
O Método Analítico
No método analítico, observamos as seguintes etapas
complementares: a) Apresentar a técnica: é a demonstração do fundamento que o aluno irá aprender (técnica de execução) e a explicação de sua importância e utilidade no jogo.
b) Apresentar a Seqüência pedagógica: é a essência do
método, em que o gesto técnico é decomposto em fragmentos do movimento total.
c) Exercícios formativos ou educativos: são planejados
com base na seqüência pedagógica do fundamento, e servem para o professor corrigir os movimentos exercitados (repetidos).
d) Automatização: pressupõe que a repetição sistemática
do movimento leva a retenção da mecânica do movimento (memória psicomotora), que passa a ser natural, automatizada e harmoniosa.
e) Aplicação: atividades em forma de situações de jogo
individuais, grupais (método situacional) e de jogos adaptados ao nível de desenvolvimento do grupo de alunos ou durante o próprio jogo (método global funcional); Exemplo: o chute no futebol – estudos biomecânicos Outras descrições das técnicas ou fundamentos: FRISSELLI & MANTOVANI (1999) Futebol: teoria e prática. São Paulo: Ed. Phorte.
Chute visando Finalização de longe do gol (peito do pé)
Chute visando, finalização perto do gol,
cruzamento ou passe de precisão (parte interna do pé)