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Curso Preparatório

Concurso DNIT 2023

Apostila e Notas de Aulas


PLANEJAMENTO E PROJETOS

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Evailton e Socorro Lamego


EVAILTON Assinado de forma digital
ARANTES DE por EVAILTON ARANTES
DE OLIVEIRA:63950987649
OLIVEIRA:639509 Dados: 2022.10.10
87649 13:07:59 -04'00'

Planejamento e Projetos Página 1


Índice

Item Descrição Pág.


1 PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE 3
OBRAS
2 METODOLOGIA PROGRAMAÇÃO DE OBRAS 9
3 ORÇAMENTO E COMPOSIÇÕES DE CUSTO 14
UNITÁRIO
4 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO 21

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Capítulo 1 – Planejamento e Programação de Obras

1.1 Introdução

Consideramos o Planejamento como um processo de tomada de decisão que envolve o


estabelecimento de metas e de procedimentos necessários para atingi-las, sendo efetivo
quando seguido de um controle, Formoso (1991).

O ato de planejar é definir as metas, como alcança-las e o tempo necessário para a


execução dos planos.

O ato de programar é definir o local para execução dos planos, a quantidade a ser
produzida e os recursos financeiros que serão disponibilizados.

Planejar e programar são ferramentas utilizadas para economia de tempo e recursos


financeiros durante a execução de um empreendimento.

1.2 Dimensões do Planejamento

O planejamento pode ser visto sob dois aspectos: Na forma horizontal e na forma vertical.

O planejamento horizontal abrange as etapas de execução do planejamento e do controle


do mesmo.

O planejamento vertical abrange os níveis hierárquicos de gestão do planejamento, desde


a cúpula da empresa ou órgão público, das coordenações-gerais, das coordenações locais
e dos executores na ponta dos serviços e obras.

1.2.1 Planejamento Horizontal

As etapas do planejamento horizontal (Fig.1) englobam:

I) Preparação do planejamento. Aqui se define o horizonte de alcance do mesmo:


Longo, Médio ou Curto Prazo. Além disso, nesta etapa é escolhido o nível de
detalhamento do planejamento.
II) Coleta de informações. Etapa onde se consulta os contratos, projetos
executivos, memoriais descritivos, especificações de materiais e serviços,

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memórias de cálculo, cronogramas, tecnologia a ser utilizada, índice de
produtividade e metas a serem atingidas durante a execução do
empreendimento.
III) Preparação dos planos. Nesta etapa são elaboradas as programações de rede
de programação em PERT ∕ COM ou nos softwares específicos para
planejamento, como MS Project.
IV) Difusão da informação. Trata-se da transmissão da informação do
planejamento de forma clara e objetiva em todas as esferas hierárquicas da
organização privada ou pública.
V) Avaliação do processo de planejamento. Esta etapa é realizada na conclusão
do empreendimento ou durante as alterações das metas estabelecidas.
VI) Ação. Nesta etapa que são realizados o controle e monitoramento da execução
do empreendimento.

Figura 1. Etapas do Planejamento Horizontal.

As etapas I e V são realizadas somente para novos empreendimentos.

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1.2.2 Planejamento Vertical

O planejamento vertical cuida das decisões e gerenciamentos do planejamento nos


diferentes níveis hierárquicos da organização privada ou pública.

O Planejamento vertical abrange os seguintes níveis (Fig.2), a seguir definidos como:

I) Estratégico. Este nível trata da tomada de decisão da cúpula da organização


privada ou pública. Este planejamento é de longo prazo e pouco detalhado.
Também é denominado de Plano Mestre.
II) Tático. Este planejamento é de responsabilidade das Coordenações-Gerais e
abrange as tomadas de decisões sobre os meios, os recursos financeiros e a
equipe, necessários para se atingir as metas do Plano Mestre. Também é
responsável pela contratação e treinamento de equipes de execução,
supervisão e fiscalização da execução do empreendimento. Planejamento de
médio prazo. O Planejamento tático também é denominado planejamento
móvel ou lookahead planning, em razão da sua flexibilidade e adaptação a
problemas durante a execução do empreendimento.
III) Operacional. Planejamento realizado pela equipe de ponta, que executa as
tarefas de execução do empreendimento. Desta forma, trata-se de um
planejamento de curto prazo.

Figura 2. Níveis hierárquicos o Planejamento Vertical.

O planejamento no nível tático é realizado de forma detalhada, de tal forma a viabilizar a


execução do empreendimento.

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O planejamento operacional utiliza como base o planejamento do nível tático para
realização de suas ações e programações durante a execução do empreendimento.

1.3 Incertezas do Planejamento

O maior desafio do planejamento é lidar com as incertezas da execução da atividade ou


tarefa. Quanto maior a incerteza, maior o prazo definido para sua execução.

Um recurso muito utilizado para sanar as incertezas é o estoque de tempo ou de materiais


necessários para execução daquela tarefa. Este tipo de recurso utilizado no planejamento
é denominado Buffer.

1.4 Indicador do Planejamento

O indicador mais utilizado para se verificar a efetividade do planejamento é o PPC


(Percentagem do Planejamento Concluído), sendo definido como:

PPC % = Tarefa Executada x 100%


Tarefa Planejada

1.5 Programação de recursos

A programação de recursos deve seguir o horizonte de tempo, longo, médio ou curto


prazo, estipulado para cada etapa do planejamento (Fig.3), conforme a seguir:

Figura 3. Recursos financeiros definidos em cada um dos níveis hierárquicos.

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1.6 BIM no Planejamento

O estado da arte do planejamento de empreendimentos não dispensa a utilização do BIM


(Building Information Modelling), como uma ferramenta de ponta que auxilia na
economia de tempo e recursos financeiros.

O BIM muda a forma como se relacionam as áreas de projetos, planejamento,


orçamentos e canteiro. É uma simulação da realidade e essa simulação acontece do ponto
de vista físico, de projeto, de custo e de prazo, tudo ao mesmo tempo, segundo COVELO
(2011).

Através do BIM a compatilidade de projetos já acontece durante a fase de elaboração de


projetos, poupando a fase de execução de vários conflitos, que consomem tempo e
recursos financeiros não programados. Na plataforma BIM os conflitos de projetos são
identificados em tempo real (Fig.4), durante a elaboração dos projetos.

Figura 4. Resolução de conflito entre o projeto de rede de esgoto e o projeto de instalações


contra incêndio, na plataforma BIM.

Na plataforma BIM, as simples linhas desenhadas no CAD se transformam em linhas


paramétricas 3D, dotadas de informações essenciais como o tipo de material, a
especificação, a quantidade e o custo a ser inserido no orçamento e planejamento.

Figura 5. Representação da realidade na plataforma BIM.

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A utilização do BIM será obrigatória, conforme o decreto nº 10.306, de 2 de abril de 2020,
estabelece quanto a utilização obrigatória do BIM a partir de 1º de janeiro de 2024 no
Serviço Público.

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Capítulo 2 – Metodologias de Programação de Obras

2.1 Introdução

O estudo da duração do tempo necessário para a execução das atividades, durante a


realização do empreendimento, é essencial para a elaboração do planejamento.

Para o cálculo da duração do tempo da atividade precisamos conhecer o tipo de serviço e


a quantidade utilizada nessa execução, bem como a produtividade da mão de obra que
varia de acordo com a experiência, agilidade e habilidade dos profissionais.

A duração do tempo da atividade pode ser definida como:

O índice de produtividade é encontrado em manuais específicos para orçamento, como o


manual da TCPO da editora PINI.

2.2 Programação de rede PERT ∕ CPM

A rede PERT ∕ CPM é uma junção de dois métodos criados em 1957.

O primeiro é a programação de rede PERT, cuja tradução é “Técnica de Revisão e Análise


de Programas”, criado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América
durante o programa de construção de uma arma estratégica de persuasão, o míssel Polaris,
capaz de ser lançado de um submarino. Em razão do desconhecimento da duração do
tempo das atividades, utilizou-se a probabilidade estatística para solução da determinação
do tempo, então este método ficou conhecido como probabilístico.

O segundo método é a programação de rede CPM, cuja tradução é “Método do Caminho


Crítico”, foi criada por uma empresa química Duponte que planejava construir filiais de
sua fábrica, utilizando a técnica de programação em rede. Em razão de se conhecer os
prazos de duração das atividades, pois já se tinha histórico de construção de outras
fábricas filiais, a duração do tempo das atividades foi determinada pela gestão da fábrica.

A representação gráfica da programação de rede PERT ∕ CPM está demonstrada na figura


6, a seguir.

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Figura 6. A atividade e sua representação gráfica no PERT ∕ CPM.

As atividades sucessivas na rede PERT ∕ CPM (Fig. 7) são representadas através da


sequência dos nós em linha.

Figura 7. A sucessão das atividades em linha no PERT ∕ COM, com duração de tempos
diferentes.

As atividades paralelas na rede PERT ∕ CPM (Fig. 8) podem ser representadas de duas
formas, dependendo da duração dos tempos das atividades. As atividades com tempos
iguais, basta colocar a simbologia A ∕ ∕ B, indicando o paralelismo das tarefas na execução
dos serviços. Quando os tempos de duração das atividades são diferentes, t1 e t2, então,
pode-se criar uma AF (Atividade Fantasma), que consome tempo, porém não consome
recursos financeiros. O exemplo de atividade fantasma é o tempo de cura e cristalização
do concreto, que possui duração de tempo, mas não consome recursos financeiros.

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Figura 8. Formas de representação gráfica das atividades paralelas.

2.2.1 Cálculo da rede PERT ∕ CPM

O cálculo da rede PERT ∕ CPM leva em conta o Tempo Disponível (TD), a Folga
Total (FT) e a Folga Livre (FL) para realização da tarefa, em função da duração (D)
da mesma, conforme demonstrado na figura 9.

Figura 9. Cálculo da rede PERT ∕ CPM.

Como exemplo, demonstramos o cálculo dos fatores TD, FT e FL (Fig.10) da


atividade a seguir.

Figura 10. Cálculo da rede PERT ∕ CPM da atividade A.

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Outro exemplo, demonstramos o cálculo dos fatores TD, FT e FL (Fig.11) da
atividade a seguir, com a marcação do caminho crítico.

Figura 11. Cálculo da rede PERT ∕ CPM das atividades sucessivas A e B.

O caminho crítico é identificado pela nulidade da folga livre (FL = 0).

2.3 Cronogama de Barras ou Gráfico de Gantt

O cronograma de barras ou gráfico de Gantt (Fig.12), foi criado pelo próprio Gantt, para
representar as atividades distribuídas nos intervalos de tempo de duração.

Figura 12. Exemplo de cronograma de barras ou gráfico de Gantt.

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2.4 Curva S

Figura 13. Curva S planejada e a curva S real da execução do empreendimento.

A curva S é uma ferramenta gráfica que demonstra o status da execução da obra, com os
adiantamentos e atrasos das etapas de execução do empreendimento.

Desta forma, a curva S é exigida em todas as medições mensais do DNIT, como parte
documental do processo de medição e pagamento.

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Capítulo 3 – Orçamento e Composições de Custo Unitário

3.1 Introdução

Os custos para execução de um serviço ou obra podem ser definidos como o montante
financeiro, proveniente de gastos com bens, serviços e transações financeiras, necessário
à execução de um empreendimento, desde a etapa de estudo de viabilização até a sua
utilização, durante um prazo pré-estabelecido, conforme Andrade e Souza (2003).

A classificação dos custos abrange aspectos referentes à abrangência, momento,


variabilidade e atribuição (Fig.14).

Figura 14. Classificação dos custos dos serviços de um empreendimento.

A classificação quanto à abrangência pode ser total, quando engloba a totalidade dos
custos dos serviços a serem executados, ou unitário, quanto abrange o custo para execução
de uma unidade de serviço.

A classificação quanto ao momento pode ser histórico, quando é contabilizado na


conclusão do empreendimento, com todas as alterações e termos aditivos, caso tenham
sido necessários. A classificação de custo pré-determinado diz respeito aos orçamentos
estimados e analíticos que elaborados antes do início da execução do empreendimento.

A classificação quanto à variabilidade pode ser fixo, como exemplo o salário da mão-de-
obra contratada, ou variável, como o caso de equipamentos alugados ou materiais cujo
custo depende de fatores externos, como exemplo o custo do aço. O custo semi-variável
trata de custos de serviços que tem parcelas fixas e variáveis ao mesmo tempo.

A classificação quanto à atribuição trata dos custos diretos, que podem ser atribuídos a
materiais, equipamentos ou mão-de-obra. Em relação aos custos indiretos, que não podem
ser atribuídos diretamente, são classificados como custos indiretos.

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3.2 Orçamento

O orçamento pode ser definido como o cálculo dos gastos para realização de uma obra,
conforme Ferreira (2004).

O orçamento possui características referentes à especificidade, temporalidade e


aproximação (Fig.15).

Figura 15. Características de um orçamento para execução de obras.

A especificidade trata das condições locais da obra, disponibilidade de mão-de-obra e


materiais, clima, preço dos insumos, oferta de equipamentos, além das especificidades do
projeto a ser executado.

A temporalidade é essencial, pois todo orçamento para ser válido precisa de uma data-
base, haja vista a necessidade de reajustamento a partir da data da elaboração do
orçamento.

A aproximação diz respeito à precisão do orçamento, que pode ser estimado ou analítico.

O orçamento estimado trata de um valor de referência para execução da obra, com poucos
detalhes.

O orçamento analítico trata de um valor mais próximo da realidade para execução da


obra, com detalhamento das composições de custo unitário.

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3.3 Etapas do Orçamento

O orçamento detalhado de uma obra resulta da decomposição da obra nos seus diversos
serviços (custos diretos) e nos trabalhos de apoio para realização da construção (custos
indiretos), de acordo com Formoso et al. (1986).

As etapas para elaboração do orçamento podem ser descritas como: estudo de


condicionantes, composições de custos e fechamento do orçamento.

3.3.1 Estudo de condicionantes

A etapa de estudo das condicionantes envolve o estudo dos projetos executivos,


especificações, memoriais descritivos, memoriais de cálculo, etc. Através deste estudo os
serviços são identificados e o levantamento de quantidades pode ser realizado com mais
clareza e precisão.

O estudo do planejamento também é importante, pois informações como prazo de obra,


horários de trabalho, critérios de medição e reajuste do contrato, dentre outros, auxiliam
na precisão das composições de custo unitário.

A visita ao local da obra é essencial para entendimento das dificuldades na execução do


empreendimento. Obras realizadas em grandes centros urbanos, nem precisam de
mobilização, tamanha facilidade de aquisição de materiais e a disponibilidade de bons
profissionais e equipamentos, entretanto, a execução de obras no interior do Amazonas é
extremamente custosa, pois não se dispõe de materiais e a falta de profissionais é
evidente, por isto, neste tipo de obra opta-se pelo transporte dos materiais e equipamentos
por balsas da capital do estado para o interior.

Também são importantes os documentos para início da obra, alvarás, autorizações,


licença ambiental de instalação, ligações provisórias e outros serviços necessários para a
implantação do empreendimento.

3.3.2 Composições de custo unitário

Esta etapa compõe os seguintes estudos: identificação de serviços, levantamento de


quantitativos, cálculo dos custos diretos e cálculo dos custos indiretos.

A elaboração das composições de custo unitário é a etapa mais trabalhosa e demorada da


elaboração do orçamento analítico.

Segundo Formoso (1986), a quantificação dos serviços deve ser feita a partir das unidades
contidas nas especificações do projeto executivo, unidades de quantidade, área ou

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volume. Os critérios estabelecidos nas fontes das composições de custo unitário também
devem ser respeitados para se manter a coerência do orçamento.

3.3.2.1 Cálculo dos custos diretos

O valor unitário de cada item de serviço é a base do Orçamento Analítico, porque a


multiplicação da quantidade de serviço pelo valor unitário do mesmo, produz o custo
global daquele serviço. A somatória dos custos globais de todos os serviços constitui o
custo global direto da obra, cujo resumo é o Orçamento Analítico.

O memorial do orçamento deve explicar como foram obtidos os custos unitários e as


quantidades levantadas de cada item do Orçamento Analítico. O custo unitário baseia-se
nos insumos, que são definidos como Material, Equipamentos e Mão-de-Obra,
necessários para execução daquele serviço unitário.

Segundo Formoso (1986), a incidência de cada um desses insumos na produção de uma


unidade de serviço é chamada de índice. Estes índices são muito importantes, porque
representar a parcela de cada insumo na produção unitária do serviço, já considerando as
respectivas perdas.

Os índices podem ser obtidos através do TCPO da Editora Pini, Revista Construção ou
até por cotação direta com fornecedores.

Apresentamos um exemplo de Composição de Custo Unitário (Fig.16) para confecção de


1 m2 de forma para fundação, Goldman (2004).

Figura 16. CCU com o custo unitário de 1 m2 de forma para fundação, Goldman (2004).

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3.3.2.2 Cálculo dos custos indiretos

Trata-se da inclusão no orçamento de custos que não fazem parte do levantamento de


custos diretos dos insumos. Os principais itens de custos indiretos (Fig.17) são
apresentados a seguir.

Figura 17. Custos indiretos que devem ser levados em conta no Orçamento Analítico.

Administração local:

 Equipe técnica e administrativa da obra: engenheiros, mestre de obra,


encarregados, pedreiros, técnicos, etc.
 Equipamentos do canteiro: andaimes, betoneiras, balancins, gruas, elevadores de
carga, veículos, ferramentas, etc.
 Mobilização e desmobilização da obra: custos relativos à montagem e
desmontagem do canteiro de obras, barracões, galpões, ligações provisórias de
água e energia, etc.
 Documentação: taxas de alvarás da Prefeitura, licença ambiental de instalação,
AVCB do Corpo de Bombeiros, etc.
 Limpeza da obra: limpeza diária e final, na conclusão do empreendimento.

Elaboração e acompanhamento do projeto:

 Custos para elaboração de todos os projetos, inclusive o “as built” na conclusão


da obra.

Administração central:

 O custo da administração da sede da empresa deverá ser absorvido pelos contratos


em andamento da mesma. Deverá ser embutido neste custo o pessoal do escritório

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central, equipamentos, serviços de terceiros (contabilidade, assessoria jurídica,
etc).

Riscos ou eventuais:

 De acordo com uma análise global de riscos será definido um percentual no


Orçamento Analítico em razão das incertezas dos riscos durante a execução do
empreendimento. Riscos como chuvas; os econômicos, como inflação, política,
greve, pandemia, guerras, etc.

Custos financeiros:

 Considerando as perdas monetárias em razão do atraso no pagamento da medição,


em razão do uso do capital de giro da empresa para execução dos serviços
contratuais. No DNIT toda medição é mensal, mas a partir do atesto da
fiscalização o DNIT tem por obrigação contratual realizar o pagamento em até 30
(trinta) dias.

3.4 Fechamento do orçamento

Nesta etapa são definidos o Lucro, Impostos e o BDI (Bonificação de Despesas Indiretas).

O Lucro é calculado quando se considera as receitas e despesas durante a execução do


empreendimento.

Os impostos estão demonstrados na Figura 18 a seguir.

Figura 18. Impostos a serem considerados nos custos indiretos.

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O BDI é calculado conforme a Figura 19, a seguir:

Figura 19. Equações para cálculo do BDI.

3.5 Curva ABC

Trata-se da Curva ABC (Fig.20) dos insumos na execução do


empreendimento, divididos em 3 grupos, A (maior peso no empreendimento,
com % > 50%), B (peso médio no empreendimento, com 20 < % < 50% ) e C
(menor peso no empreendimento, com % < 20%).

Figura 20. Curva ABC dos insumos da obra.

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Capítulo 4 – Cronograma Físico-Financeiro
4.1 Introdução

O Cronograma Físico-Financeiro é uma ferramenta essencial para controle e


acompanhamento do planejamento e execução do empreendimento. Trata-se da junção
do acompanhamento físico com o acompanhamento financeiro (Fig.21).

Figura 21. União da situação física do empreendimento com a situação financeira.

Um exemplo de Cronograma Físico-Financeiro (Fig.22) é apresentado a seguir:

Figura 22. Modelo de Cronograma físico-financeiro de um empreendimento.

A informação essencial do Cronograma Físico-Financeiro é a data-base da elaboração,


porque é a data essencial para o cálculo das atualizações e reajustes anuais.

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Para elaboração do Cronograma Físico-Financeiro deve definir a EAP (Etapa Analítica
de Projeto); Sequenciar as Atividades; Definir Prazos e Custos; e Finalizar o Cronograma
Físico-Financeiro.

Definição da EAP:

 Estudo dos projetos executivos para divisão do mesmo em etapas.

Sequenciar as Atividades:

 Após a divisão do projeto em etapas, deve-se sequenciar de forma lógica cada


etapa.

Definir prazos e custos:

 Em razão dos recursos financeiros disponíveis, deverá definir os prazos para


execução das etapas, com início e fim das atividades.

Finalizar o Cronograma Físico-Financeiro:

 Após a definição da EAP, o sequenciamento e a definição de prazos e custos,


deverá ser utilizado softwares para lançamento das atividades e criação da rede de
programa PERT ∕ CPM ou MS Project.

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