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O verdadeiro autoconhecimento é aquele que permite à pessoa ser honesta consigo mesma e,
assim, controlar melhor suas emoções e ações. Já autoestima é a qualidade daquela pessoa que,
além de conhecer a si própria, se aceita do jeito que é.
Autoconhecimento e autoestima: o que isso tem a ver com sua saúde financeira?
Autoconhecimento e autoestima são dois termos em evidência, muito por conta da crescente
preocupação da população em geral quanto à saúde emocional. O que pouca gente se dá conta é
que essas habilidades impactam também na saúde física, saúde social e, acredite, na saúde
financeira. São coisas diferentes, sim, mas na complexidade que é a vida humana, o fato de que
tudo parece estar interligado é bastante curioso. Neste artigo, você vai entender que quem pratica
o autoconhecimento e cuida da autoestima está dando o primeiro passo para ter hábitos
financeiros mais saudáveis.
Já autoestima é a qualidade daquela pessoa que, além de conhecer a si própria, se aceita do jeito
que é. Isso não quer dizer que ela se considere perfeita e acredite que não há nada que possa ser
mudado nela. Mas sim que ela sabe que essas limitações não diminuem seu valor como pessoa.
No dia a dia, uma pessoa com níveis saudáveis de autoestima demonstra bastante confiança nas
suas ações e no seu modo de se relacionar.
Qualquer pessoa, por mais feliz e bem-sucedida que seja, tem o que melhorar. Ela pode ter uma
linda família, amizades incríveis, um bom trabalho, dinheiro e saúde, mas sempre terá atributos
para aperfeiçoar. Essa é uma das razões que tornam o autoconhecimento importante: é muito
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mais fácil e eficiente evoluir se você tem a capacidade de reconhecer seus vícios e virtudes. O
autoconhecimento não ajuda apenas a direcionar os esforços de melhoria, mas a criar planos de
ação com maior chance de sucesso.
No caso da autoestima, ela tem muito a ver com o lado motivacional. Se você gosta e acredita
em si próprio, vai cumprir os planos traçados com maior disposição. Ter boa autoestima ajuda
a manter relações saudáveis com outras pessoas, sem depositar nelas suas inseguranças ou
permitir que se aproveitem de você. Enfim, é uma qualidade comum em quem aproveita a vida
com mais alegria – enquanto a baixa autoestima, por outro lado, é com frequência um sintoma
ou até causa de depressão.
Bom, já ficou evidente que o autoconhecimento e autoestima são ótimas qualidades para quem
quer se tornar uma pessoa melhor, certo? Mas qual é, afinal de contas, a relação dessas
características com a maneira como a pessoa lida com sua vida financeira? Para o consultor,
coach e educador financeiro Paulo Costa, a resposta tem a ver com as crenças que estão
enraizadas nas pessoas. “Tudo que a gente ouviu na infância e adolescência do pai, da mãe e na
escola sobre dinheiro se transforma em uma programação na nossa mente. Se isso não for
mudado, a gente age por meio desses programas sem perceber”, revela. Para justificar, ele cita o
economista americano Richard Thaler, agraciado com o Prêmio Nobel da Economia em 2017. A
organização que concede a honraria atribuiu o prêmio às contribuições de Thaler para
a economia comportamental, um campo que une economia e psicologia.
“Ele declarou: economia não é matemática. Nossas decisões em relação ao uso do dinheiro não
são racionais, são emocionais. A gente age pela emoção e justifica pela razão”, explica.
Hoje, Costa explora três pilares com seus clientes. Um é o das finanças, que é o uso
de planilhas de controle do orçamento. O segundo pilar é chamado pelo consultor de educação
financeira, que remete aos hábitos, atitudes e comportamentos da pessoa em relação ao dinheiro.
Por fim, temos o pilar da inteligência financeira. “É o nosso mindset, o modelo mental criado a
partir do que a gente aprendeu quando jovem.”
O problema, segundo Costa, é que muitos consultores e coaches restringem seu trabalho ao
primeiro pilar, que na verdade deveria ser o último. “Eu trabalho primeiro a inteligência
financeira, com técnicas para reprogramar a mente e mudar as crenças. Depois, entro com a
educação financeira e, só então, o cliente está pronto para fazer seus controles financeiros, que
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ficam mais simples”, conta. Ou seja, tudo começa com o autoconhecimento, que
permite reconhecer as crenças que impedem a pessoa de ter uma vida financeira mais saudável.
Já a autoestima tem uma dinâmica um pouco diferente nessa história, que vamos explorar no
tópico seguinte.
Há, ainda, outros reflexos desse comportamento sabotador. Com a autoestima lá embaixo, não
raro as pessoas buscam formas de se sentirem mais bonitas e atrativas. Surgem, então, os gastos
desnecessários, seja em roupas, joias ou carros novos. Sem se dar conta, quem vai por esse
caminho sabota os próprios objetivos de vida, pois direciona mal seu dinheiro.
O mesmo acontece quando, também em resposta à baixo autoestima, a pessoa faz aquisições
incompatíveis com a sua renda, almejando um padrão de vida que não lhe pertence – tudo,
muitas vezes, para mostrar ao outro o seu valor e buscar a aceitação em determinado grupo social.
Veja bem: isso tudo ocorre no nível do subconsciente. Não é que ela não deseje ter uma vida
financeira organizada. Muitas vezes, a pessoa que se autossabota sabe exatamente o que precisa
fazer para melhorar de vida, mas tem travas subconscientes, que se originaram em crenças
consolidadas na juventude e a impedem de executar.
Por isso que o consultor e coach Paulo Costa ensina os controles financeiros por último a seus
clientes. Não resolveria apresentar essas ferramentas para alguém que tem tendência à
autossabotagem. O indivíduo com esse comportamento pode até já conhecer essas soluções, mas
não consegue transformá-las em hábitos. Então, é preciso atacar as crenças que impedem o
progresso, com reprogramação mental ou algum tipo de terapia.
Quem busca práticas que aumentam o autoconhecimento e autoestima observa vários benefícios
em sua vida financeira. Abaixo, listamos alguns.
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• Menos ansiedade, por tem um melhor controle sobre o que gasta
• Mais conforto e bem-estar, pois consegue se organizar e contratar serviços que
melhoram sua qualidade de vida
• Maior capacidade de realizar sonhos, porque conhece suas limitações, aprende a
superá-las e a confiar em si próprio
• Possibilidade de ajudar os outros, pois quem supera a autossabotagem com
autoconhecimento e autoestima, muitas vezes, vai além e, além de poupar para si, usa
parte do seu dinheiro para ajudar a quem precisa.
Mesmo que pareçam não ter relação nenhuma com o dinheiro, acredite, as práticas abaixo
vão melhorar sua vida financeira por trabalhar positivamente seu autoconhecimento e
autoestima.
Não busque distrações o tempo todo. Deixe o celular e a televisão de lado e pense em si, na vida,
nos seus objetivos e no que o impede de alcançá-los. Faça isso regularmente.
Cultive o hábito de escrever, antes de dormir, algumas linhas sobre como foi seu dia, como você
se sentiu, quais comportamentos teve e quer mudar e outros insights que possa ter tido.
• Aprenda a dizer não: quem tem baixa autoestima costuma aceitar todos os pedidos e
solicitações, mesmo que não sejam o melhor para si próprio.
• Observe o que lhe incomoda nos outros: às vezes, isso diz mais sobre você mesmo do que
sobre o outro, pois é algo que não aceitamos em nós ou tem relação com uma crença
enraizada.
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• Ouça o que os amigos têm a falar de você: não se trata de dar atenção demasiada a isso
(veja o passo 6), mas quando se trata de uma opinião bastante popular, provavelmente, ela é
verdadeira.
Entenda que querer melhorar não quer dizer que, até agora, você não tenha dado melhor que
tinha. A evolução só acontece porque somos incompletos. Pare de se comparar com os outros,
sobretudo ao navegar pelas redes sociais. Cada um tem a sua história – e, muitas vezes, o que
você vê nas fotos é só uma parte da história da outra pessoa.
Poucos hábitos são tão benéficos para a autoestima quanto a prática regular de exercícios
físicos. E acredite: manter uma postura ereta no dia a dia também ajuda bastante. Há estudos
científicos que comprovam isso.
É um paradoxo, mas, quando a pessoa se importa demais com o que os outros pensam, pode ser
mais um sinal de narcisismo do que de baixa autoestima. Afinal, existe uma crença de que os
outros estão muito atentos a nós, quando na verdade eles têm muito mais com o que se preocupar.
Reverter as crenças e padrões comportamentais por conta própria pode ser bastante difícil.
Então, nossa dica final é procurar ajuda profissional, agendando uma sessão com um psicólogo,
um psicanalista ou um coach.
Esperamos que você tenha se convencido de que melhorar o autoconhecimento e autoestima são
caminhos certos para uma vida financeira melhor. Agora é hora de colocar em ação. Anote as
dicas que você leu aqui e mãos à obra!
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Como o Autoconhecimento ajuda a fortalecer sua auto-estima
A autoestima é a valorização e confiança que uma pessoa tem por si própria, ela é formada ainda
na infância e oscila de acordo com as situações e principalmente em como nos sentimos em
relação a elas. Cada pessoa é diferente, sendo dominada por uma ou outra emoção no decorrer
da vida. Mas o que faz com que algumas pessoas sejam mais seguras de si, mais estáveis
emocionalmente enquanto outras não? Bom, o principal fator que influencia o domínio sob as
emoções é o autoconhecimento. A maioria das pessoas pensam que se conhecem, mas na verdade
conhecemos pouco de nós mesmos.
Você sabia que em 80% do tempo somos sequestrados por emoções que não sabemos
administrar? Nós só reagimos a elas, sem que tenhamos conhecimento dos motivos que nos
levam a agir de determinada forma. As emoções influenciam a maneira como percebemos a
realidade à nossa volta. Sem autoconhecimento podemos acabar sendo controlados por elas. Isso
faz com que às vezes nos sintamos “vítimas do mundo” ou “irritados com o mundo” e até mesmo
“não nos sentindo capaz” e nem “merecedor” de nada. O diferencial que faz com que cada um
consiga ter maestria sob suas emoções é o autoconhecimento. O ser humano tem a tendência
de confiar apenas em quem conhece bem.
Sem autoconhecimento como você pode confiar em si mesmo? Como pode acreditar no
seu potencial? Como pode acreditar ser capaz?
Negativos, para que você possa ser capaz de administra-los. Positivos, para que você se sinta
mais confiante, independente das críticas ou opiniões que terão sobre você e principalmente
para que você acredite ser capaz de conseguir tudo o que deseja. Acredite, o conhecimento
e a confiança são os maiores amigos que alguém pode ter. Invista no autoconhecimento e abra as
portas para a sua evolução pessoal.
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O que são traços de personalidade
Como dito anteriormente, os traços de personalidade fazem referência ao modo de agir das
pessoas. No entanto, o que são exactamente? Os traços de personalidade são as características
que nos permitem criar uma descrição exaustiva da pessoa, portanto, permitem distinguir
uma pessoa de outra. Esses traços fazem com que as pessoas actuem mais ou menos em
conformidade com eles, ou seja, uma pessoa com determinado traço de personalidade, deve agir
de forma coerente com tal traço.
É muito importante ter em conta que os traços de personalidade não seguem a ideia dicotómica
de tudo ou nada, mas sim que as pessoas podem ter um determinado grau de um traço (alto,
médio, baixo, muito, pouco...). Dito de outra forma, as pessoas mostram traços de personalidades
em diferentes medidas.
1. Aberto
Em primeiro lugar, encontramos o traço de personalidade "aberto" em oposição ao traço
"reservado". As pessoas com um elevado grau do traço relacionado com a abertura costumam
ser pessoas afetuosas, carinhosas, participativas, comunicativas, estão abertas a novas
experiências e aventuras.
2. Reservado
As pessoas com uma grau elevado do traço de personalidade "reservado" se caracterizam por
serem pessoas prudentes, sérias, críticas, evitam salir da rotina e não estão tão abertas a
novidades.
3. Introvertido
Também temos o par oposto de traços de personalidade "introversão/extroversão". Por um lado,
as pessoas com um nível alto de introversão desfrutam do tempo que passam sozinhas, preferem
estar sós ou relacionar-se com grupos de pessoas menores. Cabe destacar que a introversão
costuma ser confundida com a timidez, mas não se referem ao mesmo conceito, a timidez implica
uma dificuldade ou um medo de socializar que não existe na introversão.
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4. Extrovertido
As pessoas com um nível alto do traço de personalidade extroversão desfrutam da socialização.
Entre as características das pessoas extrovertidas encontramos que são faladoras, assertivas e
alegres nas relações sociais.
5. Seguro
Em quinto lugar, chega o traço de personalidade "seguro" e, em contraposição, o rasgo
"hesitante". Diz respeito às pessoas com alto grau de segurança, que geralmente são
autoconfiantes, ativas, não duvidam de si mesmas, falam com confiança, entre outras coisas.
6. Hesitante
As pessoas muito hesitantes costumam ser reservadas, individualistas, inseguras, duvidosas,
mostram medo de errar, entre outros receios.
7. Submisso
Em sétimo lugar, temos o traço de personalidade "submisso" e, no lado contrário, o traço
"dominante". Em relação ao traço de submissão, as pessoas que mostram um grau alto desse
rasgo costumam mostrar-se obedientes perante outras pessoas, dóceis, cedem com facilidade,
inseguras, conformistas, evitam os conflitos, entre outras características.
8. Dominante
Contrariamente ao traço de personalidade submisso, as pessoas com um nível alto o traço de
dominância, costumam ser pessoas agressivas, autoritárias, imponentes, teimosas, etc.
9. Relaxado
Finalmente, encontramos em contraposição os traços de personalidade "relaxado" e "excitável".
As pessoas que são muito relaxadas se caracterizam por serem calmas, tranquilas, tolerantes,
cautelosas, pouco ativas, etc.
10. Excitável
O último traço da lista de traços de personalidade é a excitabilidade. As pessoas muito excitáveis
se caracterizam por serem inquietas, impacientes, muito ativas, movidas, etc.
Uma mulher com um nível alto de abertura constantemente convida uma amiga para realizar
atividades novas e esportes de risco como salto de paraquedas, ao que a amiga, com um nível
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alto do traço "reservado", se nega claramente, pois prefere ir tomar um café e não sair da sua
rotina habitual.
Em uma turma da faculdade, ultimamente são organizados muitos almoços, jantares e festas com
a desculpa de que é o início do curso e todo o mundo precisa se conhecer. Um dos alunos não
quis ir a nenhuma dessas reuniões sociais, por isso, o colega que se senta do lado dele pergunta
por que ele faltou. O jovem responde que prefere estar em cada, já que prefere estar sozinho,
sendo considerado por isso uma pessoa introvertida.
Uma jovem precisa fazer uma apresentação oral de um trabalho da faculdade. Tem tudo
preparado mas, uns minutos antes, começa a duvidar da qualidade do próprio trabalho, começa a
pensar em todos os erros que pode ter cometido, na má nota que pode ter, em como a apresentação
vai correr mal, entre outros.
Um rapaz muito dominante diz a um amigo que quer ver um jogo de futebol no sábado e que
gostaria que ele fosse junto. Ele faz o pedido de uma forma tão exigente e agressiva que o amigo,
de traço muito submisso, aceita sem pensar, obedecendo ao amigo mesmo sem gostar de futebol.