3 Diarréias Infecciosas em Cães

2/8/2010
Introdução
DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
ü Doenças Gastroentéricas:
DIARRÉIAS - casuística clínica de pequenos animais;
INFECCIOSAS - sintomas: vômito e diarréia;
- etiologia viral:
DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

. Cães < 6 meses;
. Parvovirose;
Prof. Dr. Bruno Gomes de Castro
Doenças Infecto-contagiosas
. Coronavirose;
UFMT – Sinop
Instituto de Ciências da Saúde . Rotavirose.
CASTRO, B.G.
Introdução Introdução
ü Parvovirose: Ø Aspectos Gerais das Enterites Virais
- mais importante; - Diarréia: principal alteração clínica:
- freqüência; . Perda equilíbrio hidroeletrolítico;
- resistência ambiente; . Alterações motilidade intestinal;
- alta taxa morbidade/mortalidade. . pH;

- Enterite viral:
. Condição infecto-contagiosa
- fatores de transmissão;
- manutenção agente população;
- agente meio ambiente.
CASTRO, B.G. CASTRO, B.G.
Introdução Introdução
Ø Aspectos Gerais das Enterites Virais Ø Aspectos Gerais das Enterites Virais
- Enterite viral: - locus de ação:
. Parvovírus; . Enterotrópicos;
. Coronavírus; . Corona/rotavírus:
. Rotavírus. - ápice porção medial vilosidades
. Calicivírus; . Parvovírus:
. Adenovírus; - criptas vilosidades.

. Herpesvírus;
. Enterovírus;
. Astrovírus;
. Parainfluenza.
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Parvovírus Introdução
ü > mortalidade e morbidade;
ü mais freqüente;
ü mais resistente;
ü 1967: primeiro isoalmento:
- CPV-1
- minuto-vírus canino

ü 1977/78: Pandemias mundo
- diarréia hemorrágica aguda;
- altamente contagiosa
- CPV-2:
. Vírus panleucopenia felina.
Introdução Epidemiologia
ü a partir década de 80: ü Família: Parvoviridae
- 3 novas cepas:
ü Sub-família: Chordoparvovirinae;
. CPV 2a;
. CPV 2b (+ prevalente) ü Gênero: Parvovírus
. CPV 2c ü Características:
- altamente resistentes ao ambiente; - vírus não envelopado;
- viáveis por até 5 meses:

- capsídeo simetria icosaédrica;
. Roupas;
. Bebedouros; - DNA fita simples;
. Comedouros; - 5 Kpb;
. Pisos; - 18/26 nm.
. Gaiolas;
. Canis. CASTRO, B.G. CASTRO, B.G.
Epidemiologia Epidemiologia
ü Distribuição mundial; ü Rota oro-fecal;

ü Animais jovens: ü Incomum cães idosos;
- < 6 meses (6/20 semanas); ü Morbidade: 20/100%;
- não vacinados.
ü Mortalidade: 10/50%
ü Menos freqüente nos machos;
- morte em 4 dias;
ü Raças mais predispostas:

- após 4 dias: recuperação.
- Rottweiller;
- Doberman;
- Pinscher;
- Labrador, dentre outros.
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Patogenia Patogenia
ü Transmissão oro-fecal 1) Vírus contato mucosa orofaríngea;
- ingestão fômites/alimentos contaminados 2) Localização e multiplicação inicial:
ü Vírus: células mitose - medula óssea;
ü Infecção: 7 dias; - tecidos linfóides:
ü PI: 4/14 dias (5/7); . Timo;

ü Morte: 3/4 dias; . Baço;
ü Eliminação: 2 semanas pós-recuperação. . Linfonodos mesentéricos.
3) Viremia: pós 3 dias incubação;
4) Infecção intestinal (4º dia).
Patogenia Patogenia
5) Replicação viral criptas vilosidades: ü 2 formas distintas:
- rompimento celular; - gastrointestinal;
- substituição por células cubóides: - miocardial
. não absortivas. . Raro atulamente;
- encurtamento e fusão vilosidades; . Filhotes infecção uterina;

- redução absorção; . Insuficiência cardíaca;
- acúmulo fluidos lúmen; . Morte peri-natal.
- diarréia hemorrágica.
Sintomas Clínicos Sintomas Clínicos

ü Resposta clínica variável: ü Sintomas Iniciais:

- inespecíficos;
- inaparente (subclínica);
- anorexia;
- aguda:
- prostração;
. Fatal (< 12 semanas):
- letargia;
- janela imunológica;
- febre.
- diminuição Ac maternos; v Pós 24/48 horas:

- á crescimento células intestinais. - vômito;
- diarréia sanguinolenta/odor pútrido;
- desidratação;
- hipoproteinemia;
CASTRO, B.G. - caquexia. CASTRO, B.G.
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2/8/2010
Sintomas Clínicos Diagnóstico
ü Recuperação: ü Sintomas Clínicos;
- imune à reinfecção; ü Cães jovens;
- CPV-2: liberação nas fezes: ü Histórico vacinação inadequada;
. Sem sintomatologia. ü Exposição vírus.
v Diagnóstico Laboratorial

- neutropenia
. Depleção neutrófilos maduros;
. Perda lúmen;
. Desvio à esquerda.
Diagnóstico Diagnóstico
v Diagnóstico Laboratorial v Diagnóstico Complementar:
- neutropenia - Microscopia eletrônica;

- Isolamento viral em cultivo celular;
- leucopenia:
- ELISA;
. Proporcional à gravidade.
- PCR;
- linfopenia:
- Hemoaglutinação.

. 4/5 dias após contaminação;
v Diagnóstico Histopatatológico:
. Linfocitose: timo, linfonodos, baço
- extensas lesões intestinais;
. Duodeno/jejuno.
- lesões segmentais;
- descolorações;
Diagnóstico Diagnóstico Diferencial

v Diagnóstico Histopatatológico: ü Coronavirose;

- hemorragias;
ü Gastroenterites bacterianas;
- congestão serosa;
- microscopicamente: . Salmonelose;
. Corpos inclusão: . Colibacilose.
- células epiteliais intactas.
ü GE corpo estranho;
. Atrofia vilosidades;
. Necrose células epiteliais cripta; ü GE parasitária;
. Fusão vilosidades adjacentes. ü Intussuscepção.
- linfonodos mesentéricos aumentados e edemaciados:
. Petéquias multifocais cortical.
- timo reduzido e cortical necrosada.
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Tratamento Profilaxia
ü Suporte ü Vacinação:
ü Restabelecer equilíbrio eletrolítico; - 6 semanas;
ü Minimizar perda de líquidos: - a cada 3 semanas;
- primeiras 24/48 horas. . Até 14 semanas.
ü Suspender alimentação e ingestão líquidos; . 95% imunizados.
ü Fluidoterapia; - Fêmeas peri-parto

ü Antieméticos; - Isolamento animais positivos;
ü Antibioticoterapia; - Limpeza área infectada:
ü Transfusão sanguínea. . Formalina;
. Agentes oxidantes;
. Beta-propriolactona.
Coronavírus Canino Introdução

ü Surtos esporádicos vômito e diarréia cães;
ü Ocorrência mundial;
ü Canídeos domésticos e selvagens;
ü Infecção geralmente inaparente;


ü GE leve/moderada.
Epidemiologia Epidemiologia
ü Família: Coronaviridae; ü Mais freqüente em filhotes;

ü Gênero: Coronavírus; ü Ocorrência em todos as idades e raças;
ü Vírus RNA fita simples; ü Canídeos fase clínica;
ü Envelopado; ü Felinos: subclínicos.
ü Polaridade positiva;
ü Ocorrência mundial;
ü Austrália: 15,8% (2001);
ü Itália: 90,8% (2002);
ü Brasil: 20% (2002) / 50,4% (2006);
- sempre associado com outros agentes.
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Patogenia Patogenia
ü Infecção benigna; ü Excesso fluido intestino;
ü Infecção mais grave: ü Disseminação vírus em outros órgãos;
- associação com parvovírus; - linfonodos mesentéricos;
- infecção bacteriana secundária. - fígado;
ü Transmissão oro-fecal; - baço.

ü Replicação inicial enterócitos; ü PI: 1/4 dias;
ü Descamação epitélio; ü Duodeno (2/3 superior);
ü Encurtamento vilosidades; ü Excreção vírus: 2 semanas pós recuperação.
ü Diminuição capacidade absortiva.
Sintomas Clínicos Diagnóstico

ü Grande variação; ü Difícil diferenciação entre viroses GE;
ü Início súbito diarréia; ü fator idade/sexo/raça CCoV;
ü Um único episódio de vômito; ü Diagnóstico clínico-laboratorial;
ü Fezes alaranjadas ou amarelo-alaranjadas; ü Diagnóstico complementar:
ü Odor fétido das fezes característico;
- amostras fezes/fragmento tecido;
ü Perda apetite e letargia;

- isolamento viral;
ü Casos graves: diarréia aquosa, desidratação;
- microscopia eletrônica;
ü Recuperação: 8/10 dias;
- imunofluorescência;
ü Evolução longa: infecção mista;
- PCR.
ü Raramente febre
ü Poucos efeitos respiratórios.
Diagnóstico Diagnóstico diferencial

ü Diagnóstico Post-morten: ü GE virais;

- intestino contendo fezes muito líquidas; ü GE bacteriana;
- inflamação mucosa; ü GE parasitária;
- hipertrofia linfonodos mesentéricos; ü Intoxicação e intolerância alimentar
- encurtamento mesentéricos;
- hiperplasia criptas;
- Histopatologia:
. Atrofia e fusão microvilosidades intestinais;
. á celularidade lâmina própria;
. á células epiteliais: hemácias.
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Tratamento Profilaxia
ü Suporte; ü Vacinação:
- fluidoterapia; - 2 doses: 3/3 semanas;
- antibioticoterapia; - reforço anual.
ü Prognóstico: bom. ü Higiene ambiente:

- CCoV resistente:
. 40 h: 20º C;

. 60 h: 4º C.
- calor;
- solventes lipídicos;
- formol;
- detergentes não iônicos.
Rotavírus canino Introdução

ü Principal causa GE aguda viral:
- cães;
- bovinos;
- equinos;
- suínos.

ü Zoonose.
Epidemiologia Sintomas Clínicos

ü Família: Reoviridae; ü Infecções subclínicas a leves;

ü Gênero: Rotavírus; ü Inicial:
ü 5 espécies diferentes / ≠ sorotipos; - fezes pastosas amareladas;
ü Vírus esférico; - diarréia cinzenta.
ü 60/80 nm; ü Final:
ü fita RNA. - diarréia aquosa profusa;

- desidratação;
- perda peso;
- apatia;
- retardo crescimento.
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Diagnóstico Tratamento
ü Diagnóstico Clínico-Laboratorial; ü Sintomático:
ü Sorologia: - fluidoterapia;
- vacinação prévia: titulação. - antibioticoterapia.
ü Microscopia eletrônica;
ü Imunofluorescência;

ü Isolamento vírus;
ü PCR (RT-PCR);
ü Histopatologia:
- derretimento microvilosidade;
- moderado infiltrado de macrófagos e neutrófilos.
Profilaxia Fim
IV
ü Isolamento animais doentes;
ENCONTRO TÉCNICO DE VETERINÁRIOS DE SINOP

ü Limpeza ambiente.
CASTRO, B.G.
castrobg@ufmt.br
UFMT – Sinop (66) 35311663 OBRIGADO

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DIARRÉIAS - casuística clínica de pequenos animais;

INFECCIOSAS - sintomas: vômito e diarréia;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

. Adenovírus; - criptas vilosidades.

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

ü Distribuição mundial; ü Rota oro-fecal;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

ü Raças mais predispostas:

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

CASTRO, B.G. CASTRO, B.G.

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

CASTRO, B.G. CASTRO, B.G.

Sintomas Clínicos Sintomas Clínicos

ü Resposta clínica variável: ü Sintomas Iniciais:

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

- diminuição Ac maternos; v Pós 24/48 horas:

Sintomas Clínicos Diagnóstico

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

CASTRO, B.G. CASTRO, B.G.

- neutropenia - Microscopia eletrônica;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Diagnóstico Diagnóstico Diferencial

v Diagnóstico Histopatatológico: ü Coronavirose;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Coronavírus Canino Introdução

ü Canídeos domésticos e selvagens;

ü Infecção geralmente inaparente;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

CASTRO, B.G. CASTRO, B.G.

ü Família: Coronaviridae; ü Mais freqüente em filhotes;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

CASTRO, B.G. CASTRO, B.G.

Sintomas Clínicos Diagnóstico

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Diagnóstico Diagnóstico diferencial

ü Diagnóstico Post-morten: ü GE virais;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

- antibioticoterapia; - reforço anual.

ü Prognóstico: bom. ü Higiene ambiente:

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Rotavírus canino Introdução

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

CASTRO, B.G. CASTRO, B.G.

Epidemiologia Sintomas Clínicos

ü Família: Reoviridae; ü Infecções subclínicas a leves;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

ü fita RNA. - diarréia aquosa profusa;

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

ENCONTRO TÉCNICO DE VETERINÁRIOS DE SINOP

DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS