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AULA 03

INADIMPLEMENTO

CONSIDERA-SE EM MORA O DEVEDOR QUE


NÃO EFETUAR O PAGAMENTO E O CREDOR Não havendo fato ou omissão imputável ao
QUE NÃO QUISER RECEBÊ-LO NO TEMPO, devedor, não incorre este em mora
LUGAR E FORMA DEVIDOS

O inadimplemento da obrigação, positiva e


OBRIGAÇÃO IMPURA: MORA EX RE
líquida, no seu termo, constitui de pleno direito
(AUTOMÁTICA) em mora o devedor

OBRIGAÇÃO PURA: MORA EX PERSONA Não havendo termo, a mora se constitui


(DEPENDE DE INTERPELAÇÃO) mediante interpelação judicial ou extrajudicial

NAS OBRIGAÇÕES DECORRENTES DE ATO ILÍCITO, CONSIDERA-SE O DEVEDOR EM MORA DESDE QUE O ATO

ESTRATÉGIA OAB
Prof. Paulo Sousa Inadimplemento 1
MORA DO DEVEDOR

PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS PERPETUAÇÃO DA OBRIGAÇÃO

➢ Surge uma série de prestações acessórias, que vêm ➢ Responde o devedor em mora pela
a se acoplar à obrigação principal, especialmente: impossibilidade da prestação, pela perda ou
deterioração do bem, mesmo na ocorrência de
caso fortuito ou força maior, ou seja,
✓ Juros moratórios independentemente de sua culpa
✓ Correção monetária
✓ Honorários advocatícios
✓ Demais prejuízos, como a perda dos
✓ EXCEÇÃO: se comprovar que o
frutos e os lucros cessantes
prejuízo ocorreria de qualquer
modo independentemente da
mora

ESTRATÉGIA OAB
Prof. Paulo Sousa Mora do Devedor 1
CLÁUSULA PENAL
Prestação acessória que é devida nos casos de inadimplemento absoluto ou relativo ou ainda de descumprimento
de alguma cláusula específica

Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo

Limitada ao valor da própria obrigação

Espécies

Cláusula penal compensatória (disjuntiva) Cláusula penal moratória (cumulativa)


✓ Aplicada em caso de inadimplemento total ou parcial ✓ Infração de uma cláusula ou mora
✓ Se for total, cabe ao credor escolher se prefere o cumprimento ✓ Pode o credor exigir o
da obrigação principal ou da acessória cumprimento da obrigação
✓ O credor tem apenas uma alternativa e não pode exigir ambas principal E a cláusula penal,
as obrigações; exige a obrigação principal OU a indenização conjuntamente
substitutiva

ESTRATÉGIA OAB
Prof. Paulo Sousa Cláusula Penal 1
➢ Consistem na entrega de uma quantia ou coisa para a garantia de
ARRAS que o pacto será cumprido, servindo também como adiantamento
do pagamento
CONFIRMATÓRIAS
➢ Não permitem direito de arrependimento
➢ Permitem indenização suplementar

ARRAS

➢ Possuem natureza meramente indenizatória


ARRAS
PENITENCIAIS ➢ Permitem direito de arrependimento
➢ Não permitem indenização suplementar

ESTRATÉGIA OAB
Prof. Paulo Sousa Arras 1
PAGAMENTO

O TERCEIRO PODE SE APRESENTAR DE TRÊS MODOS DISTINTOS

Em nome e por conta do devedor

O terceiro juridicamente interessado que paga sub-roga-se na posição do credor na relação


Interessado, em nome próprio jurídica obrigacional, tendo, portanto, todos os privilégios que o credor original tinha em
relação ao credor, exceto os pessoais

Desinteressado, em nome próprio O terceiro desinteressado tem direito, apenas e tão somente, àquilo que pagou, ou
seja, ele não se sub-roga na posição do credor e perde os privilégios do credor
originário

A QUEM SE DEVE PAGAR

Não se pode pagar a quem se sabe incapaz de dar quitação, sob pena de ineficácia

Credor putativo: aquele que detém todas as características do credor, embora não o seja, como, por
exemplo, o pagamento da taxa de condomínio a síndico que foi eleito em assembleia nula por vício de
forma e posteriormente é retirado do cargo

ESTRATÉGIA OAB Nesses casos, o pagamento é válido e eficaz, mesmo depois se provar que não era ele
Prof. Paulo Sousa o credor Pagamento 1

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