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Currículo da Cidade
Parte 1 - Introdutório
“O Currículo da Cidade busca alinhar as orientações curriculares do Município de São
Paulo à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que define as
aprendizagens essenciais a que todos os estudantes brasileiros têm direito ao longo da
Educação Básica. A BNCC estrutura-se com foco em conhecimentos, habilidades, atitudes
e valores para promover o desenvolvimento integral dos estudantes e a sua atuação na
sociedade. Sua implementação acontece por meio da construção de currículos locais, de
responsabilidade das redes de ensino e escolas, que têm autonomia para organizar seus
percursos formativos a partir da sua própria realidade, incorporando as diversidades
regionais e subsidiando a forma como as aprendizagens serão desenvolvidas em cada
contexto escolar.” - pág. 12
Construção do Documento
Debate com a Rede Municipal de São Paulo;
Levantamento dos dados coletados pela Rede para construção do documento final;
Relevância: O Currículo da Cidade foi construído para ser um documento dinâmico, a ser utilizado cotidianamente
pelos professores com vistas a garantir os direitos de aprendizagem a todos os estudantes da Rede.
Colaboração: O documento foi elaborado considerando diferentes visões, concepções, crenças e métodos, por
meio de um processo dialógico e colaborativo, que incorporou as vozes dos diversos sujeitos que compõem a Rede.
Contemporaneidade: A proposta curricular tem foco nos desafios do mundo contemporâneo e busca formar os
estudantes para a vida no século XXI. - pág.13.
Conceitos orientadores
Educação Integral - desenvolvimento integral dos estudantes - intelectual,
social, emocional, física e cultural (não confundir com “tempo integral)
Equidade: “Partimos do princípio de que todos os estudantes são sujeitos íntegros, potentes, autônomos e,
portanto, capazes de aprender e desenvolver-se, contanto que os processos educativos a eles destinados
considerem suas características e seu contexto e tenham significado para suas vidas. Assim sendo, buscamos
fortalecer políticas de equidade, explicitando os direitos de aprendizagem, garantindo as condições necessárias
para que eles sejam assegurados a cada criança e adolescente da Rede Municipal de Ensino, independente da
sua realidade socioeconômica, cultural, étnico-racial ou geográfica.”
Currículos são orientadores - “O currículo pode ser considerado como o cerne de uma proposta
pedagógica, pois tem a função de delimitar os aprendizados a serem desenvolvidos e referenciar as
atividades a serem realizadas em sala de aula, sempre tendo a compreensão e a melhoria da qualidade
de vida como base da sociedade, da própria escola, do trabalho do professor e do sentido da vida do
estudante.”
Currículos não são lineares - “O currículo não é uma sequência linear, mas um conjunto de
aprendizagens concomitantes e interconectadas. Portanto, não é possível defini-lo antecipadamente sem
levar em conta o seu desenvolvimento no cotidiano escolar.”
Currículos são processos permanentes e não um produto acabado - “(...) os currículos devem ser
sempre revisados e atualizados, seja para adequarem-se a mudanças que ocorrem de forma cada vez
mais veloz em todos os setores da sociedade, seja para incorporarem resultados de novas discussões,
estudos e avaliações.
Currículos devem ser centrados nos estudantes - “O propósito fundamental de um currículo é dar
condições e assegurar a aprendizagem e o desenvolvimento pleno de cada um dos estudantes,
conforme determinam os marcos legais brasileiros. Currículos também precisam dialogar com a
realidade das crianças e adolescentes, de forma a conectarem-se com seus interesses, necessidades e
expectativas.” - págs. 19 a 21
Referências que orientam a Matriz de Saberes
1. Princípios éticos, políticos e estéticos definidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL,
2013, p. 107-108);
2. Saberes historicamente acumulados que fazem sentido para a vida dos bebês, crianças,
adolescentes, jovens e adultos no século XXI;
3. Abordagens pedagógicas que priorizam as vozes dos bebês, crianças, adolescentes, jovens e
adultos;
4. Valores fundamentais da contemporaneidade;
5. Concepções de Educação Integral e Educação Inclusiva voltadas a promover o desenvolvimento
humano integral e a equidade.
• Princípios Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à
dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos,
contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito e
discriminação;
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Ciclo Interdisciplinar (4° ao 6° ano) tem a finalidade de integrar os saberes básicos constituídos no Ciclo de Alfabetização, possibilitando um diálogo
mais estreito entre as diferentes áreas do conhecimento. Busca, dessa forma, garantir uma passagem mais tranquila do 5º para o 6º ano, período
que costuma impactar o desempenho e engajamento dos estudantes.
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Ciclo Autoral (7° ao 9° ano) destina-se aos adolescentes e tem como objetivo ampliar os saberes dos estudantes de forma a permitir que
compreendam melhor a realidade na qual estão inseridos, explicitem as suas contradições e indiquem possibilidades de superação. Nesse período,
a leitura, a escrita, o conhecimento matemático, as ciências, as relações históricas, as noções de espaço e de organização da sociedade, bem
como as diferentes linguagens construídas ao longo do Ensino Fundamental, buscam expandir e qualificar as capacidades de análise,
argumentação e sistematização dos estudantes sobre questões sociais, culturais, históricas e ambientais.
Ciclo de Alfabetização
As infâncias são diversas;
Matemática: Matemática
Formação de Professores - projetos de formação continuada para que professores possam agir
para a implementação do Currículo (especial atenção aos horários coletivos da JEIF);
Materiais Didáticos - seleção de materiais pedagógicos que estejam alinhados à nova proposta
curricular e produção de materiais institucionais;
Assegurem que o conjunto de atividades propostas componham um percurso coerente, que permita
aos estudantes construir todos os conhecimentos previstos para aquele ano de escolaridade;
Envolvam os estudantes em momentos de reflexão, discussão e análise crítica, para que também
possam avaliar e contribuir com o seu próprio processo de aprendizagem;
Registrem o próprio percurso e o do estudante e verifiquem quais objetivos ainda não foram
alcançados.
Avaliação e Aprendizagem
“A avaliação concebida como parte integrante do processo de ensino
fornece elementos para o professor traçar a sua trajetória de
trabalho, por meio do planejamento e replanejamento contínuo das
atividades, uma vez identificados os conhecimentos que os
estudantes já possuem e suas dificuldades de aprendizagem.” - pág.
55
● É uma parte integrante do processo;
● Fornece subsídios;
● Direção do agir pedagógico;
● Adequar o que se ensina e o que de fato foi aprendido;
● Não é um mero instrumento avaliativo para mensurar nota ou
conceito;
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AVALIAÇÃO CUMULATIVA
Verificar o que os estudantes aprenderam
Ao final do trabalho realizado
Verificar se há necessidade de retomada ou não do objeto de conhecimento
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AVALIAÇÃO FORMATIVA
Acompanhar as aprendizagens dos estudantes
Durante o desenvolvimento do objeto de conhecimento
Ajustar as atividades de ensino e o processo de aprendizagem
“São ações desafiadoras que merecem investimento e cuidado se efetivamente quisermos garantir o direito de
todos por uma educação de qualidade, com equidade.” pág. 58
Síntese
● Matriz de Saberes - Explicita os direitos de aprendizagem que devem ser garantidos a todos os
estudantes da Rede Municipal de Ensino ao longo do Ensino Fundamental.
● Temas Inspiradores - Conectam os aprendizados dos estudantes aos temas da atualidade.
● Ciclos de Aprendizagem - Definem as três fases em que se divide o Ensino Fundamental na Rede
Municipal de Ensino.
● Áreas do Conhecimento/Componentes Curriculares - Agrupam os objetos de conhecimento e
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
● Eixos Estruturantes – Organizam os objetos de conhecimento.
● Objetos de Conhecimento - Indicam o que os professores precisam ensinar a cada ciclo em cada um
dos componentes curriculares.
● Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento - Definem o que cada estudante precisa aprender a
cada ano e Ciclo em cada um dos componentes curriculares.
(VUNESP - 2019) João, estudando para um concurso público na área da educação brasileira, consultou
a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDBEN. Nela, constatou que, a partir de sua aprovação, a educação básica brasileira passou
a ser estruturada por etapas e modalidades de ensino, englobando a Educação Infantil, o Ensino
Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio. No art. 22, João constatou que a educação
básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
Vamos refletir?
(VUNESP -2019) Estudando-se a Lei Federal no 9.394/96, LDBEN, é possível verificar, no art. 32, que o
ensino fundamental obrigatório, com duração de nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos
seis de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante várias formas, sendo uma
delas a do desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo. Por sua vez, conforme o art. 35 da mesma lei, o Ensino Médio terá três
anos de duração e deverá atender a quatro finalidades, das quais uma delas visa proporcionar o
aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento
(A) crítico.
(B) eclético.
(C) metafísico.
(D) positivo.
(E) neoliberal.
(A) crítico.
Vamos refletir?
Parte 2 - Componente Curricular - Eixos e Orientações Didáticas
Língua Portuguesa
Compreende-se que a aprendizagem da Língua Portuguesa acontece por meio
de quatro atividades fundamentais – falar, ouvir, ler e escrever -, as quais se
realizam em práticas sociais diversas.
Por isso, o documento está organizado nos eixos:
● leitura de textos;
● produção de textos escritos;
● escuta e produção de textos orais;
● análise linguística/multimodal.
“(...) a linguagem é um modo de compreensão dos significados que o
mundo, as coisas e as relações entre as pessoas possuem em um dado
momento, grupo social e determinada cultura. Essa forma de
compreensão vai se constituindo, à medida que se realiza nas situações
de interlocução. A linguagem, como hoje a conhecemos, é fruto do
trabalho de todas as pessoas que a utilizaram antes de nós. Portanto,
não é estática e nem está pronta em definitivo.” pág. 66
“(...) na perspectiva adotada neste documento, a linguagem é fundamentalmente:
a. histórica e social, porque é constituída no uso, ou seja, os sentidos da atividade verbal são
construídos num processo contínuo de interlocução entre sujeito que produz discurso e sujeito
que lê/escuta. Diante disso, a língua não é homogênea, uma vez que o sujeito – produtor ou
leitor/ ouvinte – não é fonte única do sentido, mas compartilha seu espaço discursivo com o
outro. Os processos que a constituem são eminentemente histórico-sociais. Ela não pode,
portanto, ser estudada fora da sociedade e de suas condições de produção;
b. ideológica, porque veicula, inevitavelmente, valores que regulam as relações sociais;
c. plurivalente, porque revela diferentes formas de significar a realidade, segundo a
perspectiva dos diferentes sujeitos que a empregam; d. dialógica, porque todo enunciado, por
sua natureza, relaciona-se com os produzidos anteriormente e orienta-se para outros que serão
formulados como réplica desse.” pág. 67
Concepção de Alfabetização
“(...)estudos em diferentes línguas têm mostrado que, de uma correspondência inicial pouco diferenciada, o
alfabetizando progride em direção a um procedimento de análise em que passa a fazer corresponder
recortes do falado a recortes do escrito. Essa correspondência passa por um momento silábico – em que,
ainda que nem sempre com consistência, atribui uma letra a uma sílaba – antes de chegar a compreender
o que realmente cada letra representa e começar a produzir uma escrita alfabética, ou seja, registrando
“todos” os fonemas da fala.” pág. 69
Vamos refletir?
Matemática
A Matemática é uma construção humana que envolve um conjunto de conhecimentos
associados, por exemplo, aos números, às formas geométricas e a diversos tipos de
raciocínio como dedução, indução, estimação, aproximação, entre outros. Ajuda a resolver
diversos tipos de problemas, muitas vezes, apresentando diferentes soluções. É um
conjunto de ideias que permite analisar fenômenos e situações presentes na realidade
para obter informações e conclusões que não estão explícitas. Além disso, possibilita a
obtenção de modelos, relações, padrões e regularidades, de forma a conhecer e analisar
a realidade e obter informações para tomar decisões. Sua aprendizagem contribui para a
formação integral dos estudantes e seu desenvolvimento permite enfrentar os desafios
que se apresentam na vida cotidiana de qualquer pessoa.
“A dimensão social engloba a reflexão sobre a criação e o uso da Matemática em diferentes
contextos sociais, apontando para uma dimensão histórica e social do conhecimento
matemático. A dimensão cultural considera a Matemática como fruto de diferentes culturas e
etnias (contagem, localização, medição, desenhos e jogos) que permitem uma reflexão sobre a
construção do conhecimento matemático. A dimensão formal envolve as ideias matemáticas
fundamentais com a utilização de uma simbologia própria e universal, desenvolvidas ao longo
da Educação Básica, articulando-se com diferentes objetos de conhecimento e eixos
estruturantes (Álgebra, Geometria, Números etc.). Essas três dimensões estão presentes na
organização de todo currículo: nas ideias fundamentais da Matemática, nos eixos estruturantes,
na organização dos objetos de conhecimento, nos objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento, além dos eixos articuladores.” pág. 64
Consiste em propor uma situação desafiadora que tenha significado para o
estudante e que seja intencional, ou seja, o professor precisa selecionar o objeto
de conhecimento que pretende alcançar e desenvolver a situação de forma
problematizadora, provocando desequilíbrio aos conhecimentos já adquiridos
para que novos conceitos sejam conquistados.
Vamos refletir?
Ciências
O componente curricular de Ciências aborda os fenômenos da natureza que são
estudados em diversas áreas de conhecimento, das quais fazem parte a Biologia, a
Física, a Química, as Geociências, a Astronomia e a Meteorologia. Sendo assim, os
fenômenos estudados, no âmbito das Ciências Naturais, recebem atenção das
diferentes áreas dentro de suas especificidades, e essas particularidades revelam o
desafio de tratar os conhecimentos das ciências de maneira articulada e integrada. A
abordagem das Ciências Naturais nas salas de aula deve congregar, portanto, os
conhecimentos construídos sobre o mundo natural e as práticas que envolvem a
produção, a divulgação e a legitimação de conhecimentos, como forma de contribuir
para que os estudantes ampliem seu repertório e valorizem a ciência como prática
cultural.
Abordagens
1. Linguagem, representação e comunicação;
a) Reconhecer as potencialidades de utilização dos espaços da escola, do seu entorno e da cidade, para utilizá-los na
condução de investigações visando à aprendizagem e à produção de conhecimento relacionado à ciência;
b) Levar em consideração os conhecimentos prévios, analisar demandas e delinear problemas para a proposição de
questões e para elaboração de hipóteses;
c) Observar e reconhecer padrões e regularidades em fenômenos e processos naturais e antrópicos, considerando que
as diferentes formas de resoluções de problemas dependem das escalas de tempo e espaço em que os fenômenos e
eventos envolvidos acontecem;
d) Utilizar diferentes ferramentas e recursos para propor as estratégias e hipóteses para resolver as situações
observadas;
Vamos refletir?
Geografia
De uma visão descritiva do mundo, pautada pela memorização de conteúdos
factuais, passou-se a uma abordagem problematizadora das questões da
produção do território como campo de forças e disputas, da interpretação
sistêmica da natureza, que não exclui as transformações que a sociedade
urbana e industrial produz, da crítica e da valorização da diversidade cultural, da
expansão das geotecnologias e do papel ativo dos geógrafos nas temáticas do
planejamento territorial e da cartografia (em amplo sentido, desde a cartografia
participativa com os povos aos sofisticados produtos da cartografia digital).
“Como criar possiblidades instigantes para os estudantes?
Evidente que estamos diante de uma proposta que precisa articular-se com os demais
saberes, e não se pretende “inventar a roda”. O objetivo maior é auxiliar os professores e
toda a comunidade escolar, que acreditam num ensino que faz sentido para a vida, a
organizar e propor caminhos que potencializem a compreensão do mundo e ofereça aos
estudantes acesso a uma leitura da realidade para a promoção da cidadania e cultura. Pois,
afinal, somos responsáveis pela formação de uma sociedade capaz de pensar e agir
criticamente. As complexidades de São Paulo exigem muito do campo de estudos da
Geografia e essa ciência está pronta para contribuir significativamente com a transformação
da vida de nossos estudantes.” - pág. 65
Conceitos estruturantes
Território/ Paisagem/ Região/ Lugar/ Natureza
Território - O conceito de território pode ser definido a partir de distintos pontos de vista,
pois a Geografia não tem exclusividade em relação a ele. Diversas áreas do
conhecimento utilizam o conceito de território de acordo com sua própria perspectiva
predominante.
Paisagem - A paisagem geográfica pode ser entendida como conjunto de objetos que
definem arranjos espaciais que combinam diferentes tempos (SANTOS, 1998). Mas a
paisagem pode também adquirir o significado de produto da experiência vivida e herança
da natureza (AB’SABER, 2003).
Região - Conceito historicamente utilizado em Geografia, que inicialmente considerava os
atributos naturais como diferenciados dos espaços geográficos. Corrêa (1989) considera
região uma entidade concreta, resultado de múltiplas determinações.
Lugar - Muitos autores utilizam o termo lugar para se referir à ideia de pertencimento
(TUAN, 1983; SCARLATO, 2005; OLIVEIRA, 2000, 2013; FURLAN, 2004). Lugar seria a
expressão do espaço vivido, percebido e representado. Nessa abordagem, lugar ganha
sentido de leitura perceptiva e de campo simbólico. Uma pessoa vive num local, mas o
lugar seria sua identificação afetiva, a ligação e vínculo com a paisagem. Para outros
autores, lugar seria a função que uma localidade exerce no Território (SANTOS, 2000a),
por exemplo, a Av. Paulista como o lugar do sistema financeiro.
Natureza - Cada período histórico é marcado por um determinado
posicionamento filosófico em relação à concepção de natureza. As explicações
e as definições de natureza acompanham as concepções de mundo
dependendo do grupo humano, do tipo de sociedade ou da classe social de
quem responde (CARVALHO, 1991). A forma de estudar e interpretar os
sistemas naturais segue essa ampla gama de construções epistemológicas. A
natureza é uma construção social da interpretação dos sistemas naturais. Em
Geografia, estuda-se tanto os sistemas em si, como as ideias de natureza.
Artes
Não há outro componente curricular que se debruce sobre a cultura em sua
dimensão estética como a Arte. Ler, portanto, é um aspecto significativo da área.
Contudo, sua abrangência é ainda maior, incluindo, por exemplo, a
ressignificação, a expressão, a vigília criativa, a manipulação inventiva dos
elementos que constituem as linguagens artísticas e as relações entre arte e
vida, arte e sociedade, bem como arte e identidade.
Campos Conceituais no Ciclo de Alfabetização