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O autoconceito se refere ao que você pensa de si, ao conceito que tem de sua
pessoa, assim como poderia ter de alguém mais, e, como é lógico, essa
concepção se refletirá na maneira como trata a si mesmo: o que fala consigo, o
que exige de si e como.
A AUTOCRÍTICA RUIM
É melhor tolerar que as coisas saiam às vezes dos trilhos e não enlouquecer por isso.
Pode doer, mas o mundo não gira a seu redor, nem todos os seus desejos são ordens para o
universo (o cosmo não é tão submisso). Aprenda a suportar as diferenças e a entender sua
rigidez como um defeito, não como uma virtude: ter a última palavra ou impor
seu ponto de vista não deixa de ser uma bravata. As coisas rígidas são menos
maleáveis, não suportam com facilidade a variabilidade do mundo que as
contém e se quebram. Se você for normativo, perfeccionista e intolerante, não
saberá o que fazer com a vida, porque ela não é assim. O resultado será que a
maioria dos acontecimentos cotidianos lhe causará estresse, visto que não são
como você gostaria que fossem. Esse tipo de estresse tem um nome: “Baixa
tolerância à frustração”.
a) Procure não ser perfeccionista. Desorganize um pouco seus horários, seus
ritos, seus trajetos, seu jeito de arrumar as coisas, como uma brincadeira,
para ver o que acontece. Conviva com a desordem por uma semana e
perca o medo dela. Você vai descobrir que tudo continua mais ou menos
igual e que todo aquele ímpeto controlador era uma perda de tempo.
b) Não rotule a si nem aos outros. Tente ser benevolente, sobretudo consigo
mesmo. Fale só em termos de condutas quando se referir a alguém ou a
seu eu.
c) Concentre-se nos matizes. Pense mais nas alternativas e nas exceções à regra.
A vida é composta de mais tonalidades além do preto e do branco.
d) Ouça as pessoas que pensam diferente de você. Isso não implica que deva
necessariamente mudar de opinião; apenas ouça. Deixe a informação
entrar e então decida.
Exija de si conforme com suas possibilidades e capacidades reais. Se perceber que está tentando
subir um monte Everest e se angustiando, haverá duas opções racionais: mudar
de montanha ou aproveitar o passeio. Anote suas metas, reveja-as,
questione-as e descarte aquelas que não forem vitais nem saiam de dentro de
você. A vida é muito curta para ser desperdiçada em um devir incerto ou
marcado por ideais que não nascem da alma ou que são impostos de fora e
alheios a seu ser
3. Não veja em você só o ruim
Seja mais benevolente com suas ações. Felizmente, você não é perfeito nem
é tão horrível, mesmo que se empenhe em ser. Não se insulte nem perca o
respeito por si próprio. Anote suas autoavaliações negativas, detecte quais são
justas, moderadas, objetivas e quais não são. Se descobrir que o vocabulário
que empregou para si mesmo é ofensivo, mude-o e procure qualificativos mais
construtivos e respeitosos sobre si. O que precisaentender é que os erros não o tornam melhor nem
pior, simplesmente o calejam, mostram-lhe novas opções e o aproximam de uma verdade que nem
sempre é agradável: só o fazem lembrar que você é humano.