Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cambine, 2023
Rossina Princesa Lucas
Cambine, 2023
Índice
1.0. Introdução..................................................................................3
1.1. Objectivo geral.............................................................................3
1.2. Objectivos específicos....................................................................3
1.3. Metodologia.................................................................................3
2.0. Método científico..........................................................................4
2.1. Etapas do método científico.............................................................4
2.2. Vantagens do método científico.........................................................5
2.3. Método estruturalista.....................................................................5
2.4. Pressupostos do método estruturalista.................................................6
2.5. Características do estruturalismo.......................................................7
3.0. Conclusão...................................................................................9
4.0. Referências Bibliográficas..............................................................10
3
1.0. Introdução
O presente trabalho tem como finalidade analisar o método estruturalista. Para dar
início definiu-se o método científico como o conjunto de processos ou operações
mentais que devemos empregar na investigação. O método científico é um processo
de pesquisa que segue uma determinada sequência de etapas. Além disso, pode ser
definido também como a maneira ou o conjunto de regras básicas empregadas em
uma investigação científica com o intuito de obter os resultados mais confiáveis,
quanto for possível.
O termo estruturalismo é utilizado para designar as correntes de pensamento que
recorrem à noção de estrutura para explicar a realidade em todos os seus níveis. O
estruturalismo parte do pressuposto de que cada sistema é um jogo de oposições,
presenças e ausências, constituindo uma estrutura, onde o todo e as partes são
interdependentes, de tal forma que as modificações que ocorrem num dos
elementos constituintes implicam a modificação de cada um dos outros e do
próprio conjunto.
1.3. Metodologia
Segundo Gil (2008, p. 8), pode-se definir método “como caminho para chegarmos a
determinado fim”.
A investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e
técnicos” (Gil, 2008, p. 8), para que seus objectivos sejam atingidos: os métodos
científicos.
Método científico é o “conjunto de processos ou operações mentais que devemos
empregar na investigação. É a linha de raciocínio adoptada no processo de
pesquisa” (Gil 2008, p. 8).
De acordo com Chizzotti (1991, p. 79), o método científico é um processo de
pesquisa que segue uma determinada sequência de etapas. Além disso, pode ser
definido também como a maneira ou o conjunto de regras básicas empregadas em
uma investigação científica com o intuito de obter os resultados mais confiáveis,
quanto for possível (Marconi & Lakatos, 2003, p. 95).
Segundo Popper (1977, p. 140-1), o método científico parte de um problema (P1),
ao qual se oferecesse uma espécie de solução provisória, uma teoria-tentativa
(TT), passando-se depois a criticar a solução, com vista à eliminação do erro (EE)
e, tal como no caso da dialéctica, esse processo se renovaria a si mesmo, dando
surgimento a novos problemas.
[...] o método científico consiste na escolha de problemas interessantes e na
crítica de nossas permanentes tentativas experimentais e provisórias de solucioná-
los" (Popper, 1975, p. 14).
Entretanto, o método científico é algo mais subjectivo, ou implícito, do modo de
pensar científico, do que um manual com regras explícitas sobre como o cientista,
ou pesquisador, deve agir.
O método é caracterizado por um texto científico cuja função é relatar os
resultados, sendo que os fatos são calcados de originalidade, provenientes de uma
pesquisa pré-determinada (Marconi & Lakatos, 2003, p. 97).
Para que um modelo científico possa, de acordo com Lèvi-Strauss (1967, apud
Souza, 2008, p. 45), merecer o nome de estrutura deve satisfazer a quatro
condições:
a) o modelo deve oferecer um carácter de sistema, isto é, consistir em
elementos tais que qualquer modificação num de seus elementos acarrete
modificação em todos os outros;
b) todo modelo deve pertencer a um grupo de transformações, cada uma das
quais correspondendo a um modelo da mesma família, de modo que o
conjunto dessas transformações constitua um grupo de modelos;
c) as propriedades exigidas por essas duas condições devem permitir prever de
que modo reagirá o modelo, em caso de modificação de um dos elementos; e
d) é necessário que o modelo seja construído de tal modo que seu
funcionamento possa explicar todos os fatos observados.
[...] Para o estruturalismo o facto isolado, enquanto tal, não possui significado. Por
exemplo: os vocábulos fromage, cheese e queijo, quando isolados da estrutura
alimentar que os determina, referem-se à mesma realidade. Todavia, quando são
considerados no interior das distintas estruturas alimentares a que pertencem,
revelam-se completamente diferentes (Teixeira, 1998, p. 34-37).
A investigação estruturalista, tal como a concebe Lèvi-Strauss (1958, p. 26), propõe
como regra principal de observação que os fatos devem ser observados e descritos,
sem permitir que os preconceitos teóricos alterem sua natureza e sua importância.
Isto implica estudar os fatos em si mesmo e em relação com o conjunto (Lèvi-
Strauss 1958, p.26, grifo do autor). Por outro lado, exige o estudo imanente das
conexões essenciais das estruturas independentemente de sua génese ou de suas
relações com o que é exterior a elas.
Ainda na visão de Lèvi-Strauss (1958),
Este estudo imanente de um objecto implica a descrição do sistema em
termos estritamente relacionais; onde a experiência comum só reconhece
coisas, a análise estrutural descreverá redes de relações. Essas redes de
relações, por sua vez, constituem os sistemas: sistemas de parentesco e de
filiação, sistema de comunicação linguística, sistema de troca económica
etc. (p. 26).
7
Na visão de Gil (2008, p. 20), as estruturas são não causais. Não revelam a origem
dos elementos nem o modo como operam, mas as condições, as formas de relações,
que se definem por sua sintaxe, isto é, pelas leis de concordância, de subordinação
e de ordem a que estão sujeitos os elementos. A prova do modelo é a sua eficácia
explicativa.
À diferença de outras linhas de pensamento, como o marxismo e a fenomenologia,
no estruturalismo o termo /estrutura/ é conceituado como algo inacessível à
observação e à descrição obrigacional. O estruturalismo procura captar os
fenómenos humanos aquém da consciência que deles se tem, escolhendo como
terrenos de estudos privilegiados as ordens de fatos muito insignificantes e
desprovidas de implicações práticas (Gil, 2008, p. 21).
As estruturas são modelos de explicação (formas ontológicas). A propriedade que
caracteriza uma estrutura não é inferida da abstracção a partir dos objectos, mas
da abstracção reflexiva, como a do pensamento lógico-matemático (Piaget, 2003,
p. 20). É próprio da abstracção reflexiva ser tirada não dos objectos, mas das
acções que se podem fazer sobre eles, tais como reunir, ordenar, corresponder.
São operações de composição, de carácter dedutivo (construção apriorística) e não
de indução (análise regressiva).
Há estrutura quando os elementos estão reunidos em uma totalidade, apresentando
algumas propriedades como totalidade e quando as propriedades dos elementos
dependem, total ou parcialmente, dessas características de totalidade (Gil, 2008,
p.21).
O estruturalismo considera a existência de estruturas superficiais (as que
detectamos directamente por observação) e estruturas profundas (as estruturas
lógicas, que subjazem sob o aparente e o imediato) (Lévi-Strauss, 1958, p. 28). As
últimas se reportam às primeiras. Por exemplo: a estrutura superficial do discurso
8
3.0. Conclusão
Chizzotti, A. (1991). Pesquisa em ciências humanas e sociais (p. 79). São Paulo:
Cortez;
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (p. 21). 6. ed. São Paulo:
Atlas;
Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (1992). Metodologia do trabalho científico (p. 72).
(4 ed.). São Paulo: Atlas;