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Ligações peptidicas

A união estabelecida entre dois aminoácidos adjacentes numa molécula recebe o


nome de ligação peptídica. Esse tipo de ligação ocorre sempre por meio da reação
entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxila do outro.

No momento em que a proteína está sendo sintetizada e as ligações peptídicas


estão se formando, o radical carboxila perde um grupamento –OH (hidroxila),
deixando uma ligação livre. Simultaneamente, o radical amina de outro aminoácido
perde um átomo de hidrogênio (–H ), ficando, também, com uma ligação livre. Já
que existem duas ligações livres, os aminoácidos tendem a se juntar: o OH do grupo
carboxila de um aminoácido se liga ao H da amina do vizinho, produzindo uma
molécula de água.

No entanto, essa molécula de água produzida não estabelece propriamente a


ligação peptídica, uma vez que ela é eliminada, sendo assim, a união entre dois
aminoácidos consiste numa reação de condensação (ou síntese por desidratação).
A ligação peptídica efetivamente ocorre entre o carbono (C) de um aminoácido e o
nitrogênio (N) do aminoácido vizinho, classificada como ligação covalente (C-N).

As moléculas que se formam a partir da ligação de aminoácidos são conhecidas como


peptídeos. Logo, dois aminoácidos compõem um dipeptídeo, três formam um tripeptídeo,
quatro produzem um tetrapeptídeo e assim sucessivamente. Para simplificar esses nomes
podem ser usados os termos oligopepídeos para designar moléculas formadas por
aminoácidos (do grego oligo, pouco) e polipeptídios, para denominar moléculas compostas
por muitos aminoácidos (do grego poli, muitos). Uma proteína, portanto, pertence à
categoria dos polipeptídios, já que são constituídas por um número expressivo de
aminoácidos.

Uma ligação peptídica é capaz de impedir que a molécula se enrole, o que faz com que as
moléculas resultantes apresentem uma estrutura planar. Para romper uma ligação
peptídica, é necessário ocorrer uma hidrólise (quebra pela água). Ao adicionar uma
molécula de água à cadeia proteica, acontecerá o inverso da formação da ligação peptídica:
as ligações livres dos grupamentos carboxila e amina serão “preenchidas” e, dessa forma, a
ligação peptídica será quebrada.

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