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27/02/2024 - TEORIA GERAL DO DELITO I

quinta-feira, 30 de março de 2023 19:12

• DIREITO PENAL I - PROFESSOR LUIZ MERLIN 3 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA


1 - APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
- Luiz.merlin@up.edu.br - AULAS EXPOSITIVAS
- merlin@merlin.adv.br - ESTUDOS DE CASOS
- @lhmerlin - ESTUDO DE JULGADOS
- OUTROS MÉTODOS
2 - AVALIAÇÃO 3.1 - O QUE É DIREITO PENAL
1º TRABALHO (A2) 26/03/2024 3.2 - TEMOS DO SEMESTRE
1ª PROVA (A1( 23/04/2024 A - FUNDAMENTOS DO DIREITO PENAL
2º TRABALHO (A2) 14/05/2024 B - PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
2ª PROVA (A1) 11/06/2024 C - NORMA E LEI PENAL
---> PROVA SUBSTITUTIVA 09/07/2024 D - INTRODUÇÃO À TEORIA DO DIREITO
E - CONDUTA HUMANA, TIPICIDADE - AÇÃO, NEXO CASAL, RESULTADO, DOLO E OMISSÃO

INÍCIO DA MATÉRIA

(1) - FUNDAMENTOS E NOÇÕES HISTÓRICAS

- ESTUDO DE CASO: (CASO "BRUXAS DE SALEM" (1693/EUA colonial)

Página 1 de DIREITO PENAL I - PROFESSOR LUIZ MERLIN


05/03/2024
segunda-feira, 11 de março de 2024 19:14

• Fundamentos e noções históricas


– Estudo de caso:
"bruxas de Salem" (1693/EUA)

1. Os olhares possíveis do fenômeno "crime"

2. O olhar do Direito *conceito de direito penal= conjunto de normas jurídicas que definem as
infrações penais e as canções correspondentes.
Ø IUS puniendi

3. Ciências Penais
• Criminologia prof: claus roxin/Luís Greco
• Polícia criminal
• Direito Penal

4. Dogmática Jurídica Penal


• Sistema de Pensamento para aplicação proporcional, racional, igualitária e justa do direito penal.

5. Quais são as finalidades, funções do direito penal?


-Missão= Proteção de bens jurídicos
- Funções da Pena
• Retribuição do mal
• Prevenção Geral e especial:
• Geral: Negativa e Positiva
• Especial= Negativa e Positiva

Caso Boate Kiss:

-Incêndio da Boate Kiss (2013)


• 242 mortos
• 636 feridos
-Julgamento por homicídio
• Elissandro Callegaro Spohr: sócio da boate
• Luciano Augusto Bonilha Leão: produtor e auxiliar da banda
• Mauro Lodeiro Hoffmann: sócio da boate
• Marcelo de Jesus dos Santos: músico da banda

Página 2 de DIREITO PENAL I - PROFESSOR LUIZ MERLIN


12/03/2024 - FUNDAMENTOS DO DIREITO PENAL
terça-feira, 12 de março de 2024 19:12

FUNDAMENTOS DO DIREITO PENAL

1. Ciência do Direito Penal?

 Dogmática e pretensão de cientificidade


 Verdade e Linguagem

2. Princípios do Direito Penal


 De onde vem os princípios?
2.1 - 1ª Legalidade

"NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE PREVIA LEGE"

Os quatro postulados do princípio da legalidade

A. Lex Praevia

"NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE PREVIA LEGE"


• Princípio da ANTERIORIDADE da Lei Penal
• Regras de Lei Penal no Tempo

ESTUDO DE CASOS:

CASO RAFAEL BRAGA = CONDENADO POR POSSE DE EXPLOSIVOS DURANTE MANIFESTAÇÃO

CASO DANIELA PEREZ = A INCIATIVA POPULAR DE GLÓRIA PEREZ NA POSIÇÃO DE MODIFICÃO DA


LEI DE CRIMES HEDIONDOS.

Página 3 de DIREITO PENAL I - PROFESSOR LUIZ MERLIN


19/03/2024 - OS QUATRO POSTULADOS DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
terça-feira, 19 de março de 2024 19:13

OS QUATRO POSTULADOS DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE


LEX PRAEVIA
• Princípio da Irretroatividade
- Lei penal Incriminadora e Lex Gravor
• Princípio da Retroatividade
- Abolino Criminis e Lex Minor

O princípio da "Lex Praevia" refere-se à necessidade de que uma lei penal seja prévia à prática do ato considerado crime, ou seja, a conduta só pode ser punida se a lei que a proíbe já estiver em vigor antes da
ocorrência do fato. Este princípio está relacionado a dois subprincípios importantes:

1. Princípio da Irretroatividade: Este princípio estabelece que a lei penal não pode retroagir para prejudicar o réu. Isso significa que uma pessoa não pode ser punida por um ato que, no momento em que foi
cometido, não era considerado crime pela legislação vigente.

- Lei Penal Incriminadora e Lex Gravor: Refere-se à proibição da retroatividade de uma lei que agrave a situação do réu, ou seja, que aumente a pena ou torne uma conduta já praticada mais gravosa do que era
anteriormente. Por exemplo, se uma lei for promulgada que aumenta a pena para um crime já praticado no passado, essa lei não pode ser aplicada retroativamente para aumentar a pena do réu.

2. Princípio da Retroatividade: Este princípio refere-se à possibilidade de aplicação retroativa de uma lei que beneficie o réu.

- Abolitio Criminis e Lex Minor: Refere-se à aplicação retroativa de uma lei que elimina a tipicidade de uma conduta, tornando-a não mais considerada como crime, ou que reduz a pena para uma conduta já
praticada. Por exemplo, se uma lei for promulgada que descriminalize uma conduta que antes era considerada crime, ou que reduza a pena para um crime já praticado no passado, essa lei pode ser aplicada
retroativamente em favor do réu.

Esses princípios são essenciais para garantir a segurança jurídica e a proteção dos direitos individuais, evitando que as pessoas sejam punidas injustamente por condutas que não eram consideradas criminosas no
momento em que foram praticadas, ao mesmo tempo em que permitem a aplicação retroativa de leis que beneficiem o réu.

LEX SCRIPTA - (RESERVA LEGAL)


- Nullum Crimen Nulla Pena Sine lege scripta
- Proibição dos costumes COMO FONTE DE LEI PENAL INCRIMINADORA

O princípio da "Lex Scripta", também conhecido como "Reserva Legal", estabelece que não pode haver crime nem pena sem uma lei prévia que os defina. Isso significa que as leis devem ser codificadas por escrito e
estar formalmente estabelecidas antes que uma conduta possa ser considerada criminosa e punida. Esse princípio está associado a um subprincípio específico:

1. Proibição dos costumes como fonte de lei penal incriminadora:

• Este subprincípio reforça a ideia de que os costumes sociais ou práticas tradicionais não podem servir como base para criminalizar condutas ou impor penas.

• Em outras palavras, não basta uma prática ser desaprovada pela sociedade para ser considerada crime; é necessário que haja uma lei escrita e formalmente estabelecida que defina a conduta como criminosa.

• Por exemplo, se uma determinada ação não é explicitamente proibida por uma lei formal, mas é considerada inaceitável pela sociedade, essa ação não pode ser punida como crime com base nos costumes ou
práticas sociais, a menos que seja formalmente proibida por uma lei escrita.

Em suma, o princípio da "Lex Scripta", juntamente com a proibição dos costumes como fonte de lei penal incriminadora, assegura que a criminalização de condutas e a imposição de penas sejam baseadas apenas
em leis formalmente estabelecidas por escrito, garantindo assim a previsibilidade, segurança jurídica e limitando o poder punitivo do Estado.

LEX STRICTA
- Nullum Crimen Nulla Pena Sine Lege Stricta
---> Proibição da analogia como integração de Lei Penal incriminadora
IN MALAM PARTEM
- INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA/EXTENSIVA
• INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA
A. 1 - ANALOGIA EM FAVOR DO RÉU/PENADO
===> PERMITIDO

O princípio da "Lex Stricta" ou "Lei Estrita" afirma que não pode haver crime nem pena sem uma lei clara e precisa que o defina. Esse princípio proíbe a aplicação de interpretações amplas ou extensivas da lei penal,
bem como a analogia como método de integração da lei penal incriminadora. Este princípio está relacionado a outras regras de interpretação, incluindo a interpretação "in malam partem" (em prejuízo do réu) e a
interpretação restritiva ou extensiva.

Aqui está uma explicação detalhada:

1. Proibição da analogia como integração de Lei Penal incriminadora:

• Esse subprincípio reforça a ideia de que a lei penal deve ser interpretada de forma estrita, sem permitir a aplicação da analogia para ampliar o alcance da conduta criminalizada além do que está expressamente
previsto na lei.

• Em outras palavras, não se pode usar a analogia para estender a aplicação de uma lei penal a situações não previstas pelo legislador.

Por exemplo, se uma determinada conduta não se enquadra exatamente na descrição de um crime conforme estabelecido na lei, não se pode aplicar analogicamente essa lei para criminalizar essa conduta.

2. Interpretação "in malam partem" (em prejuízo do réu):

• Esse tipo de interpretação implica que, em caso de dúvida, deve-se adotar a interpretação mais desfavorável ou prejudicial ao réu.

• Isso significa que, se houver ambiguidade na lei, essa ambiguidade deve ser interpretada de maneira a não prejudicar o réu.

3. Interpretação restritiva/extensiva e interpretação analógica:

• A interpretação restritiva implica em restringir o alcance da lei penal, enquanto a interpretação extensiva implica em ampliar seu alcance.

• A interpretação analógica refere-se à aplicação de uma norma a casos similares aos expressamente previstos pela lei, mas não pode ser usada para ampliar o alcance da lei penal incriminadora.

Portanto, enquanto a analogia é proibida quando utilizada para prejudicar o réu, ela pode ser permitida quando beneficia o réu, desde que não contrarie o princípio da "Lex Stricta" e o respeito aos limites da lei
penal estabelecidos pelo legislador.

LEX CERTA

Página 4 de DIREITO PENAL I - PROFESSOR LUIZ MERLIN


Portanto, enquanto a analogia é proibida quando utilizada para prejudicar o réu, ela pode ser permitida quando beneficia o réu, desde que não contrarie o princípio da "Lex Stricta" e o respeito aos limites da lei
penal estabelecidos pelo legislador.

LEX CERTA
- Nullum Crimen Nulla Poena sine Lege CERTA
---> Princípio da Taxatividade da Lei Penal Incriminadora
---> Princípios das Leis Penais
* Inconstitucionalidade

O princípio da "Lex Certa", como mencionado, refere-se à necessidade de que as leis sejam claras, precisas e definidas, evitando ambiguidades ou interpretações subjetivas. No contexto penal, esse princípio é muitas
vezes associado ao princípio da taxatividade da lei penal incriminadora. Vamos entender melhor esses conceitos:

1. Princípio da Taxatividade da Lei Penal Incriminadora: Esse princípio estabelece que a lei penal deve descrever claramente quais condutas são consideradas criminosas, sem deixar margem para dúvidas ou
interpretações extensivas. Em outras palavras, as condutas proibidas devem ser expressamente definidas pela lei, garantindo que os cidadãos possam compreender facilmente o que é permitido e o que é proibido
pela legislação penal.

2. Princípios das Leis Penais: Além do princípio da taxatividade, existem outros princípios fundamentais que regem a elaboração e aplicação das leis penais, tais como:

• Legalidade: Nenhuma conduta pode ser considerada crime e nenhuma pena pode ser imposta sem que haja previsão legal anterior que a defina como tal.

• Reserva Legal: A definição de crimes e penas deve ser feita exclusivamente por meio de lei formal, não sendo admitida a criação de crimes ou penas por meio de atos administrativos ou decisões judiciais.

• Analogia: A aplicação analógica da lei penal é admitida somente quando for mais benéfica ao réu, não sendo permitida quando resultar em prejuízo ou agravamento da situação penal.

• Retroatividade da Lei Penal: A lei penal não retroage para prejudicar o réu, garantindo assim a estabilidade e a previsibilidade do sistema jurídico.

3. Inconstitucionalidade: A inconstitucionalidade de uma lei penal ocorre quando ela contraria dispositivos ou princípios fundamentais estabelecidos na Constituição do país. Nesses casos, a lei pode ser considerada
inválida e inaplicável, sendo declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário.

Esses princípios e conceitos fundamentais do direito penal são essenciais para garantir a segurança jurídica, a proteção dos direitos individuais e a eficácia do sistema de justiça criminal.

PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS E LESINIDADE


A. TODO TIPO PENAL TUTELA - UM BEM JURÍDICO

- SEPARAÇÃO DIREITO/MORAL
- PROIBIÇÃO EM PUNIÇÃO DE AUTOLESÕES
- RAIZ LIBERAL
- ALTERIDADE
- BEM JURÍDICO E CONSTITUIÇÃO
- LIMITE AO LEGISLADOR

B. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO - MÍNIMA / ULTIMA RATIO


• PROPORCIONALIDADE - LESÃO/PENA

B. 1 - PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE
- O DIREITO PENAL FAZ "ILHAS DE TUTELA"

B. 2 - PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
- SOLDADO DE RESERVA
- DIREITO PENAL É ESSENCIALMENTE SUBSIDIÁRIO, E SE FOR SÓ EXCEPCIONALMENTE CONSTITUTIVO

O princípio da exclusividade na proteção de bens jurídicos e lesinidade é uma base fundamental do direito penal. Este princípio pode ser dividido em duas partes distintas, cada uma com seus próprios subprincípios:

A. Todo tipo penal tutela - um bem jurídico:

1. Separação direito/moral: Este subprincípio destaca a distinção entre direito penal e moral, enfatizando que a função do direito penal é proteger bens jurídicos, não impor valores morais.
2. Proibição em punição de autolesões: Refere-se à proibição de punir condutas que prejudiquem apenas o próprio agente, sem afetar terceiros ou bens jurídicos relevantes.
3. Raiz liberal: Este subprincípio tem suas origens no pensamento liberal e enfatiza a proteção da liberdade individual, limitando a intervenção do Estado no comportamento humano.
4. Alteridade: Destaca a importância da proteção de interesses de terceiros, enfatizando que o direito penal existe para proteger os direitos e interesses de outras pessoas.
5. Bem jurídico e Constituição: Refere-se à relação entre os bens jurídicos protegidos pelo direito penal e os princípios constitucionais, garantindo que as leis penais respeitem os direitos fundamentais dos cidadãos.
6. Limite ao legislador: Este subprincípio estabelece que o legislador só pode criar tipos penais para proteger bens jurídicos realmente relevantes e necessários para a ordem jurídica.

B. Princípio da intervenção mínima (ultima ratio):

1. Proporcionalidade - lesão/pena: Este subprincípio implica que a pena imposta ao infrator deve ser proporcional à gravidade da lesão causada ao bem jurídico protegido.
2. Princípio da fragmentariedade: Refere-se ao fato de que o direito penal cria apenas "ilhas de tutela", ou seja, protege apenas determinados bens jurídicos essenciais para a convivência em sociedade, deixando
outras áreas para serem reguladas por outros ramos do direito.
3. Princípio da subsidiariedade: Este subprincípio estabelece que o direito penal deve ser usado apenas como último recurso, intervindo apenas quando outros meios de controle social forem insuficientes para
proteger os bens jurídicos.

Esses princípios orientam a atuação do direito penal, garantindo que sua intervenção seja limitada, proporcional e direcionada apenas para proteger bens jurídicos fundamentais e essenciais para a convivência em
sociedade.

Página 5 de DIREITO PENAL I - PROFESSOR LUIZ MERLIN


19/03/2024
terça-feira, 19 de março de 2024 21:35

LIVRO - Indrodução Critica do Direto Penal no Brasil

"Lex praevia" é um termo jurídico latino que significa "lei prévia" em português. Esse conceito refere-
se ao princípio fundamental do direito penal segundo o qual uma conduta só pode ser considerada
criminosa e punível se estiver claramente definida como tal por uma lei existente antes da sua prática.

Em resumo, a "lex praevia" estabelece que não pode haver punição retroativa ou criação de leis após
a prática de um ato para criminalizá-lo. Assim, para que alguém seja responsabilizado criminalmente
por um ato, deve haver uma lei anterior que proíba explicitamente essa conduta.

Esse princípio é crucial para garantir a segurança jurídica e a previsibilidade no sistema legal,
protegendo os indivíduos contra a arbitrariedade do Estado. Ele impede que as pessoas sejam
surpreendidas com a punição por atos que não eram considerados ilegais no momento em que foram
cometidos.

Em resumo, a "lex praevia" assegura que os cidadãos tenham conhecimento prévio das consequências
legais de suas ações e que não sejam punidos por condutas que não eram proibidas pela lei no
momento em que foram realizadas.

"Lex scripta" é uma expressão latina que significa "lei escrita". Esse conceito refere-se à ideia
fundamental de que as leis devem ser codificadas e formalizadas por escrito, sendo acessíveis a todos
os cidadãos. Em outras palavras, a "lex scripta" estabelece que as normas jurídicas devem ser
expressas em textos escritos, seja em constituições, códigos, estatutos ou regulamentos.

A importância da "lex scripta" está relacionada à necessidade de clareza, previsibilidade e


universalidade no direito. Ao serem formalizadas por escrito, as leis tornam-se mais facilmente
compreensíveis e acessíveis a todos os membros da sociedade. Além disso, a escrita das leis permite
sua divulgação ampla e sua aplicação uniforme, garantindo que todos os cidadãos estejam cientes de
seus direitos e obrigações.

A "lex scripta" é um elemento essencial do Estado de Direito, pois ajuda a evitar arbitrariedades e
discrepâncias na aplicação da justiça. Ela estabelece limites claros ao poder estatal e assegura que as
decisões judiciais sejam fundamentadas em normas jurídicas objetivas e previamente estabelecidas.

Em resumo, a "lex scripta" representa a formalização e a expressão escrita das leis, desempenhando
um papel fundamental na organização e funcionamento dos sistemas jurídicos, ao promover a
transparência, a previsibilidade e a igualdade perante a lei.

"Lex stricta", do latim, é um termo jurídico que significa "lei estrita" ou "interpretação estrita da lei".
Esse princípio refere-se à aplicação rigorosa e literal da lei, sem permitir interpretações amplas ou
extensivas. Em outras palavras, a aplicação da "lex stricta" exige que a lei seja interpretada
exatamente como está escrita, sem margem para interpretações que ampliem seu alcance além do
que está expressamente estabelecido.

Esse princípio é particularmente relevante no campo do direito penal, onde implica que qualquer
conduta só pode ser considerada criminosa se estiver estritamente enquadrada dentro dos termos
descritos pela lei. Isso significa que não é permitido estender a aplicação da lei para além do que está

Página 6 de DIREITO PENAL I - PROFESSOR LUIZ MERLIN


descritos pela lei. Isso significa que não é permitido estender a aplicação da lei para além do que está
especificado no texto legal, mesmo que isso possa parecer justificado em determinadas circunstâncias.

A aplicação da "lex stricta" busca garantir a segurança jurídica, a previsibilidade e a igualdade


perante a lei, evitando interpretações subjetivas que possam levar a decisões arbitrárias ou injustas.
No entanto, pode haver situações em que a aplicação estrita da lei gere resultados considerados
injustos ou desproporcionais, o que destaca a importância de um equilíbrio adequado entre a rigidez
da lei e a necessidade de justiça em casos individuais.

"Lex certa" é uma expressão latina que se traduz como "lei certa" em português. Esse princípio jurídico
refere-se à necessidade de que as leis sejam claras, precisas e definidas, evitando ambiguidades ou
interpretações subjetivas. Em outras palavras, a "lex certa" estabelece que as normas legais devem ser
redigidas de forma a garantir que seu conteúdo seja compreensível e não deixe margem para dúvidas
sobre sua aplicação.

A importância da "lex certa" reside na necessidade de assegurar a segurança jurídica e a igualdade


perante a lei. Quando as leis são claras e precisas, os cidadãos podem compreender facilmente seus
direitos e obrigações, bem como prever as consequências legais de suas ações. Além disso, a certeza da
lei evita que decisões judiciais sejam baseadas em interpretações subjetivas por parte dos magistrados,
garantindo assim uma aplicação imparcial e consistente do direito.

A "lex certa" é um princípio essencial do Estado de Direito, pois contribui para a estabilidade e a
confiança no sistema jurídico, ao mesmo tempo em que protege os indivíduos contra arbitrariedades e
abusos de poder. Quando as leis são claras e precisas, a justiça é mais facilmente alcançada e a proteção
dos direitos fundamentais dos cidadãos é garantida.

Em resumo, a "lex certa" exige que as leis sejam redigidas de maneira clara e precisa, garantindo assim a
segurança jurídica, a igualdade perante a lei e a proteção dos direitos individuais.

Página 7 de DIREITO PENAL I - PROFESSOR LUIZ MERLIN

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