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Governador

Cid Ferreira Gomes

Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc


Cristiane Carvalho Holanda

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC


Andréa Araújo Rocha
CURSO TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DISCIPLINA 2

Introdução à Profissão
e Ética Profissional

MANUAL DO (A) PROFESSOR (A)

AGOSTO 2012
FORTALEZA- CE
CURSO TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DISCIPLINA 2

Governador
Cid Ferreira Gomes

Vice-governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária de Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antonio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete


Cristiane Holanda
Coordenadora Educação Profissional
Andréa Araújo Rocha
CURSO TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DISCIPLINA 2

CONSULTORIA TECNICA E PEDAGOGICA


Vanira Matos Pessoa
Maria Idalice Silva Barbosa
Anna Margarida Vicente Santiago.

ELABORAÇÃO
Luisilda Maria Dernier Pinto Martins
Sumário

1. Apresentação..................................................................................... 05

2. Objetivos de aprendizagem............................................................. 06

3. Conteúdo Programático ................................................................. 07

3. Atividades sócio afetivas................................................................... 08

4. Atividades cognitivas......................................................................... 12

5. Avaliação parcial da disciplina....................................................... 22

V. Referências bibliográficas sugeridas para o(a) professor(a)........ 23

VI. Referências bibliográficas do Manual............................................ 24

4
Apresentação
Este é um Manual Pedagógico que integra uma série e aborda temas
específicos da formação do técnico de nutrição e dietética integrado ao Ensino Médio.
Cada Manual corresponde a uma Disciplina, sendo este referente à disciplina 2 do
modulo básico do curso - Introdução à profissão e Ética profissional, com carga
horária de 40 horas/aula.

Este Manual contém os objetivos de aprendizagem referentes ao tema


acompanhado do conteúdo no intuito de deixar claro à(o) professor(a) o que é esperado
do aluno ao final da disciplina. Propõe atividades pedagógicas que focam o eixo
cognitivo e sócio afetivo do processo de aprendizagem. Disponibilizamos uma
bibliografia para o(a) professor(a), subsidiando-o(a) para aprofundar os debates em sala
de aula, bem como, uma bibliografia de referência do Manual.

Elaborado no intuito de qualificar o processo de ensino-aprendizagem, este


Manual é um instrumento pedagógico que se constitui como um mediador para facilitar
o processo de ensino-aprendizagem em sala de aula embasado em um método
problematizador e dialógico que aborda os conteúdos de forma lúdica, participativa
tornando o aluno protagonista do seu aprendizado facilitando a apropriação dos
conceitos de forma crítica e responsável.

É importante que o(a) professor(a) compreenda o propósito do método do


curso, e assim, se aproprie do conteúdo e da metodologia proposta por meio das
atividades pedagógicas, fazendo um estudo cuidadoso deste Manual e buscando
aperfeiçoar sua didática para conduzir com sucesso as atividades propostas.

Esperamos contribuir para a consolidação do compromisso e envolvimento de


todos (professores e alunos) na formação desse profissional tão importante para o
quadro da saúde do Ceará.

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Objetivos de Aprendizagem

Ao final da disciplina os alunos devem ser capazes de...

1. Descrever o processo histórico da profissão de Nutrição e sua participação na


saúde brasileira;

2. Identificar o perfil profissional do técnico de nutrição;

3. Identificar as áreas de atuação do técnico de nutrição;

4. Relacionar o papel das instituições representativas da categoria de nutrição;

5. Discutir os princípios do Código de ética da nutrição em sua prática


profissional;

6. Reconhecer o Código de Defesa do Consumidor em relação a produtos


alimentícios

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Conteúdo Programático

1. Moral e Ética: origem e conceitos

2. Código Brasileiro de Ocupações: pesquisa de áreas e atividades

3. Institutos previdenciários: públicos (INSS), privados e de associações de classe

4. O processo histórico da Nutrição;

5. Regulamentação da profissão:

6. Campos de atuação do Técnico em Nutrição

7. Regulamentação do estágio

8. Código de Ética da Profissão/ Regras de conduta no ambiente de trabalho

9. Relações da empresa com a sociedade

10. Código de Defesa do Consumidor

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Atividades Sócio afetivas

1. VÍDEOS SOBRE A PROFISSÃO DE TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E


DIETÉTICA

Material necessário: Computador e projeção em multimídia.

Coordenar a atividade escolhendo uma das sugestões abaixo:

1. Apresentar vídeos sobre a profissão de técnico em nutrição e dietética:


Sugestões de vídeos:
* Profissão Técnico em Nutrição
Endereço: http://www.youtube.com/watch ?v=A8ipDOamw-w

* Técnico em Nutrição
Endereço: http://www.youtube.com/watch?v=2BP1 VJvKSVQ

* Curso Técnico em Nutrição e Dietética


Endereço: http://www.youtube.com/watch?v =xoNumPVPYik

2. Discutir a letra da música a partir das perguntas:


Que visão da profissão de técnico de nutrição os vídeos apresentam?
Que visão vocês têm sobre a profissão a partir do que conhecem sobre a
nutrição?

2. QUE TEMOS EM COMUM?

Material necessário: tarjetas, aparelho de som, CD e caneta ou lápis.

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:


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1. Entregar uma tarjeta a cada aluno e solicitar que cada um coloque em sua tarjeta
o nome que gosta de ser chamado e um herói com o qual se identifique e uma
característica pessoal;

2. Orientar que enquanto a música estiver tocando, os alunos deverão dançar se


espalhando pela sala; (escolher uma música animada para atividade).

3. Pausar a música em dois momentos, com execução dos seguintes comandos:


1º momento: solicitar aos alunos que se agrupem por nome com letra inicial
igual para conversarem sobre suas experiências na infância. (idade que foram
à escola, quantidade de irmãos, nome dos pais e algumas brincadeiras que
faziam;)
2º momento: solicitar aos alunos que se agrupem por semelhança entre os
heróis para conversarem sobre o porquê escolheu este herói;

4. Solicitar que todos se reorganizem em suas cadeiras e refletir a partir das


perguntas:
O que sentiram durante as conversas em pequenos grupos?
Que experiências comuns foram compartilhadas?

OBSERVAÇÃO: Salientar que todos nós somos diferentes e que precisamos respeitar
as características de cada um para um bom convívio coletivo e para uma boa harmonia
no convívio profissional.

3. DANÇA DAS CADEIRAS COOPERATIVAS

Material necessário: aparelho de som.

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Utilizar um número menor de cadeiras na sala em relação ao número de alunos e


organizá-las em círculo;

2. Explicar as regras da dinâmica:

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A atividade será iniciada quando a música começar. Enquanto ela
estiver tocando, todos os alunos deverão dançar em volta das
cadeiras que estão organizadas de forma circular no interior da sala.
Quando a música parar, os alunos deverão se organizar sentados nas
cadeiras disponíveis, podendo sentar-se nas cadeiras, nos colos dos
colegas ou de alguma outra maneira criada.

3. Colocar uma música animada (a critério do professor) para que todos possam
dançar;
4. Pausar a música quando perceber que os alunos começaram a se empolgar com a
melodia;
5. No momento da pausa, quando os alunos já tiverem se organizado com as
cadeiras disponíveis, orientar que se levantem e retire três cadeiras, mas ninguém
sai do jogo;
6. Prosseguir com a atividade até restarem somente três cadeiras na sala;
7. Solicitar que todos se reorganizem em suas cadeiras e coordenar uma discussão
a partir da pergunta:
Que ensinamentos esta atividade nos trouxe?
OBSERVAÇÃO: os aprendizados podem ser: possibilitar que todos ficassem atentos às
regras da atividade; mostrar que, para a realização de uma boa atividade, leis precisam
ser cumpridas; valorizar cada pessoa participante; reconhecer a importância de todos
para a realização da atividade, buscando despertar a atenção, a cooperação, a união, a
participação e a interdependência para a realização do trabalho.

4. OS DOIS EMPREGADOS

Coordenar a atividade escolhendo uma das sugestões abaixo:

1. Convidar a turma para leitura coletiva o texto: Os dois Empregados.


2. Refletir com a turma a partir das perguntas:
Que ensinamentos o texto nos traz?
Que relação podemos fazer com nossa futura profissão?

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OS DOIS EMPREGADOS

Numa grande empresa trabalhava Álvaro, um funcionário sério, cumpridor de suas obrigações e, por
isso mesmo, já com 20 anos de casa.
Um belo dia, Álvaro vai ao presidente da empresa fazer uma reclamação:
- Tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, e agora me sinto um
tanto injustiçado.
Juca, que está conosco há somente três anos, está ganhando mais que eu.
O patrão fingiu não ouvi-lo e, cumprimentando, falou:
- Foi bom você ter vindo aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá ajudar-me.
- Estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa após o almoço de hoje.
- Aqui na esquina tem uma barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.
Álvaro, sem entender, saiu da sala e foi cumprir a missão a ele designada.
Em cinco minutos estava de volta.
- Como é? Disse o patrão.
- Verifiquei como o senhor mandou e a barraca tem o abacaxi, disse Álvaro.
- E quanto custa cada? Perguntou o patrão.
- Isto eu não perguntei não! Respondeu Álvaro.
- Eles têm quantidade suficiente para atender todos os funcionários? Perguntou o patrão.
- Não sei não? Respondeu Álvaro.
- Muito bem, Álvaro, sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco.
Pegou o telefone e mandou chamar o Juca.
Quando Juca entrou na sala o patrão foi logo dizendo:
- Juca estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa após o almoço de hoje. Aqui na esquina
tem uma barraca de frutas, vá até lá e verifique se tem abacaxi.
Em oito minutos Juca estava de volta.
- E então, Juca? Perguntou o patrão.
- Tem abacaxi, sim. Têm quantidade suficiente para todo o pessoal e se o senhor quiser eles têm
também laranja e banana.
E o preço? perguntou o patrão.
- Bom o abacaxi eles estão vendendo a R$1,00 o quilo, a banana a R$0,50 o quilo e a laranja a
R$20,00 o cento, já descascada. Mas como eu disse que a quantidade era grande eles me concederam um
desconto de 15%. Deixei reservado o abacaxi. Caso o senhor resolva, eu confirmo.
Agradecendo a Juca pelas informações, o patrão dispensou-o e voltou-se para Álvaro na cadeira ao
lado e perguntou-lhe:
- Você perguntou alguma coisa quando entrou em minha sala hoje. O que era mesmo?
- Nada sério não, patrão. Respondeu Álvaro.

1 Texto extraído de: <http://criptopage.caixapreta.org/secao/reflexoes/re


flexaoeficiencia.htm>. Acessado em 24/08/2011

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Atividades Cognitivas
1. CONHECENDO A NUTRIÇÃO

Material necessário: folha de papel madeira, tarjeta, cola ou fita adesiva e pincel,
aparelho de DVD, DVD com o filme específico.

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Convidar a turma para assistir ao filme: Josué de Castro, Cidadão do Mundo;

Josué de Castro, Cidadão do Mundo

Tempo de Duração: 50 minutos


Ano de Lançamento: 2000
Direção: Silvio Tendler
Roteiro: Adolfo Lachtermacher, Josué de Castro Filho, Silvio Tendler, Tânia Fusco
Produtores: Adolfo Lachtermache

Sinopse: O filme retrata a vida e a obra do médico pernambucano Josué de Castro, intelectual engajado
em um dos maiores e eternos problemas da humanidade: a fome. Autor de vários livros que discutem a
fome como uma questão política, Josué representou o Brasil em vários órgãos internacionais, como a
FAO, mas acabou sendo exilado pela ditadura militar.

2. Coordenar o debate a partir das perguntas:


Quem foi Josué de castro?
Que características possuiu Josué de Castro?
Quais as contribuições trazidas por Josué de Castro à Nutrição?

2. LEITURAS E DEBATES

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Convidar a turma para leitura coletiva dos textos abaixo


2. Conduzir um debate por equipe a partir da leitura dos textos

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TEXTO 1: MORAL E ÉTICA: DOIS CONCEITOS DE UMA MESMA
REALIDADE
Autoria: Thiago Firmino Silvano - Curso de Direito da UNISUL

http://www.coladaweb.com/filosofia/moral-e-etica-dois-conceitos-de-uma-mesma-
realidade

A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética existem há muitos séculos.
A própria etimologia destes termos gera confusão, sendo que Ética vem do grego “ethos” que
significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando
costumes.

Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo que
Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas
normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Durkheim explicava Moral
como a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter
obrigatório.

Já a palavra Ética, Motta (1984) defini como um “conjunto de valores que orientam
o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive,
garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se
comportar no seu meio social.

A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o
leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem
passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras
tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exigi maior grau de cultura. Ela investiga e
explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito,
mas principalmente por convicção e inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e
reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter-
relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis.

Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do ato de um traidor? Em


situações como esta, os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar o seu
comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas.
Tais normas são aceitas como obrigatórias, e desta forma, as pessoas compreendem que têm o
dever de agir desta ou daquela maneira. Porém o comportamento é o resultado de normas já

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estabelecidas, não sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um
julgamento. E a diferença prática entre Moral e Ética é que esta é o juiz das morais, assim Ética
é uma espécie de legislação do comportamento Moral das pessoas. Mas a função fundamental é
a mesma de toda teoria: explorar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade.

A Moral, afinal, não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza,
seres sociais, assim percebe-se que a Moral também é um empreendimento social. E esses atos
morais, quando realizados por livre participação da pessoa, são aceitas, voluntariamente.

Pois assim determina Vasquez (1998) ao citar Moral como um “sistema de normas,
princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos
ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico
e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma
maneira mecânica, externa ou impessoal”.

Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam
"respeitar e venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio, vai formando seu meio ambiente
ou o destruindo, ou ele apóia a natureza e suas criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar,
e assim ele mesmo se torna no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, Ética e a Moral se
formam numa mesma realidade.

TEXTO 2: O MUNDO DOS VALORES

Por: Silvia Cristina Costa Gomes, aluna da disciplina de Filosofia e Educação, no Curso de
Pedagogia, UECE, 2010.

O presente trabalho faz uma breve análise sobre o mundo dos valores, ressaltando
os valores morais. Quando olhamos para um objeto, uma obra, uma criação, percebemos que
eles possuem um valor, pois cumprem com a função de sua utilidade, satisfazendo a
necessidade humana ou estética à qual serve, não quer dizer que sendo “bom” terá valor moral,
pois irá cumprir com sua utilidade ou beleza (ARANHA & MARTINS, 2000). Os valores
morais existem apenas em atos ou produtos humanos, realizados consciente e livremente e que
podem atribuir uma responsabilidade moral.

Nós, como estudantes, devemos perceber a diferença de juízo de realidade e juízo


de valor, pois são ideias quase indissociáveis, já que quando olhamos para algo, tendemos a
julgá-lo ao mesmo tempo; ou seja, valor é sempre essa relação do sujeito que valora e o objeto
valorado. (ARANHA & MARTINS, 2000). Mas, para realizar esta ação, precisamos perceber
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este objeto, não ficar indiferente a ele, por isso que os valores estão no campo da afetividade,
positiva ou negativa; é uma experiência humana que faz parte de toda a escolha de vida.
Priorizamos o que é melhor, no ponto de vista moral e evitamos o que é prejudicial; a
consequência disso vai ditar as regras para as ações humanas práticas; por exemplo, se o ar é um
valor humano, precisamos evitar poluí-lo para não comprometer a qualidade desse bem
indispensável. (ARANHA & MARTINS, 2000).

O conjunto dessas regras de conduta, com caráter obrigatório e fim de organizar as


relações interpessoais para uma boa convivência e respeito coletivo seria o conceito de Moral.
Os princípios que fundamentam a vida moral, questionando o que são os valores, virtudes etc,
uma espécie de legislação do comportamento moral das pessoas são o que chamamos de Ética
ou Filosofia da Moral. (ARANHA & MARTINS, 2000; SILVANO, 2010).

O MUNDO DOS VALORES PARA A SOCIEDADE

Como vimos, os valores são construídos socialmente. Percebemos que fazem parte
da cultura e dos valores da comunidade que pertencemos. O que para nós seria algo natural, por
exemplo, comer carne vermelha, para os hindus seria algo profano, por ser a vaca um animal
sagrado. As regras morais variam conforme a época ou o lugar, pois todas as comunidades têm
a necessidade de tê-las; mas, não quer dizer que determinadas regras têm o mesmo sentido em
toda época ou lugar; vai depender do tipo de sociedade; outro exemplo seria da amizade, um
valor universal, mas numa sociedade patriarcal não se permite uma mulher casada ter amizade
com outros homens. (ARANHA & MARTINS, 2000).

Por mais que entendamos que as regras morais existem por tradição (repassadas por
gerações), respeito ao sagrado, ou até mesmo por imposições, repressões, obrigações; elas
tenderão a existir como regras de bom convívio e no desenvolvimento da autonomia do ser
humano em busca do respeito de si e do outro; buscando não só compreendê-las, mas
colocando-as em prática. (ARANHA & MARTINS, 2000).

Nas diversas sociedades poderemos encontrar de um lado novas condutas, enquanto


de outro, regras resistentes às mudanças que permanecem até mesmo inflexíveis; esse processo
de evolução pode ser chamado de Moral Dinâmica, pois, ao mesmo tempo, que passam por uma
crise de costumes conservadores, há o surgimento de novos, com isso há grupos que querem
manter essa situação vigente, para manter os seus privilégios, que na verdade não serão bons
para todos, mas para quem está no poder. (ARANHA & MARTINS, 2000). Com isso, como ter
uma vida moral? A vida moral só irá se fundar na solidariedade, reconhecendo o outro como a
si mesmo, que a felicidade do indivíduo irá surgir quando ele se perceber como um ser coletivo.

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Há uma longa caminhada para o sujeito superar o egocentrismo infantil e ser capaz de conviver.
(ARANHA & MARTINS, 2000).

O sujeito virtuoso de moral precisa ter coragem de assumir os valores escolhidos e


enfrentar os obstáculos que dificultam a ação. Ele busca lutar para realizar um dever e não se
trata de renunciar, de ser servo ou negar os valores vitais; não é apenas um ato moral, mas a
repetição do agir moral, é um hábito moral. (ARANHA & MARTINS, 2000).

Esse ato moral é um ato de vontade, mas, diferente do desejo, pois se todas as
pessoas atendessem os seus desejos, tornaria a vida social inviável. A moral surge para controlar
esses desejos, dando condições para o indivíduo escolher e decidir o que fazer em determinadas
ocasiões, ou seja, usar o bom senso.

O ato moral resulta da consciência da obrigação moral, mas este dever só se dará de
uma forma livremente assumida. Quando priorizamos certos valores e excluímos outros,
estamos ajudando não só a nós mesmos, mas ao coletivo que participamos. (ARANHA &
MARTINS, 2000). Estes autores relatam que o progresso só irá existir e avançar quando
pensamos em proveito do bem viver. E como perceber esse progresso moral? Através da (o):

Ampliação da esfera moral: quando o outro reconhece a importância do ato, não porque a
lei/comunidade/religião exigem, mas por compreender a obrigação moral de cumpri-lo.
Caráter consciente e livre da ação: é reconhecer que tem uma responsabilidade e um
compromisso assumido, respondendo pelas consequências também.
Grau de articulação entre interesses coletivos e pessoais: estabelecendo um equilíbrio entre
eles.
Mas, como construir um mundo moral? Não vai depender apenas do indivíduo, mas
também de vontade política para alterar as condições determinantes da doença social. Será que
todas as pessoas possuem ou sabem o que é cidadania? Possuem/conhecem seus direitos e
deveres plenos?

Um projeto moral precisa estar ligado a um projeto político, pois formar um ser
humano plenamente moral só é possível na sociedade que se esforça para ser justa. Um dos
primeiros passos seria através da educação. (ARANHA & MARTINS, 2000). A educação é
considerada um empreendimento moral, pois os professores estão sempre empenhados em
transmitir valores morais e em aperfeiçoar o comportamento individual e social (KNELLER,
1984). Usando os valores, os professores avaliam os alunos, estes avaliam os professores, a
própria sociedade é avaliada pelos educadores. Esse processo de avaliar acaba fazendo parte do
cotidiano de todas as pessoas.

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3. ENTREVISTAS

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Dividir a turma em 5 subgrupos;

2. Solicitar que aos subgrupos que realizem uma entrevista com profissionais da
saúde. A entrevista será realizada com a seguinte pergunta:
O que você considera que sejam as atribuições de um técnico de
Nutrição?

3. Orientar que cada subgrupo liste todas as atribuições que foram coletadas da
entrevista em papel madeira para ser apresentado em sala de aula;

4. PERFIL DO PROFISSIONAL TÉCNICO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Solicitar aos subgrupos que apresentem suas entrevistas;

2. Conduzir um debate a partir das perguntas:


Que pontos convergentes e divergentes podem ser identificados nas
respostas dos entrevistados?

3. Conduzir um debate a partir da pergunta:


Que atribuições o texto apresenta e não foram identificadas nas
entrevistas?

OBSERVAÇÃO: Esclarecer possíveis respostas elencadas pelos entrevistados que


podem não ser atribuições do técnico de enfermagem.

5. ONDE VOU TRABALHAR?

Material necessário: figuras previamente preparadas, folha de papel A4 ou caderno do


aluno, fita adesiva.

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Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Preparar tarjetas com a identificação dos locais em que atua o técnico de


Nutrição.
2. Dividir a turma em 5 subgrupos e solicitar aos alunos que escrevam em papel
madeira como é o trabalho do técnico em cada um dos locais listados nas tarjetas;

3. Solicitar que cada subgrupo apresente suas ideias e ao final conduzir um debate
a partir da pergunta:
O que destacamos como especificidade para atuação do técnico de
enfermagem em cada um desses locais de trabalho?
Que tipo de habilidades são indispensáveis ao técnico de enfermagem
atuando em cada um desses locais?

OBSERVAÇÃO: esclarecer possíveis dúvidas e destacar o papel do técnico nas


diversas áreas de atuação.

6. ENTIDADES REPRESENTATIVAS DA NUTRIÇÃO NO BRASIL

Material necessário: Folha de papel madeira; folha A4, tarjetas, pincel e cola ou fita
adesiva.

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Formar 5 subgrupos e orientar que se dirijam ao laboratório de informática da escola


para realização de uma atividade de pesquisa;

2. Orientar que cada subgrupo irá realizar uma pesquisa sobre uma entidade
representativa da enfermagem no país, de acordo com a correspondência abaixo:
a) CFN
b) CRN-6
c) FNN – Federação Nacional dos Nutricionistas
d) SINDNUCE – sindicato dos Nutricionistas do estado do Ceará
e) ASBRAN – Associação Brasileira de Nutrição

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3. Orientar cada subgrupo a realizar sua pesquisa sobre sua entidade, seguindo o
seguinte roteiro:
Origem;
Função;
Organização;
Leis e Portarias que regulamentam a instituição.

4. Apresentação dos subgrupos;

5. Conduzir um debate a partir das perguntas:


Quais os principais focos de atuação de cada instituição?
Qual a relação dessas instituições com os técnicos de Nutrição?

7. O JÚRI SIMULADO E A ÉTICA PROFISSIONAL

Material necessário: TV e DVD.

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Convidar os alunos para assistir ao filme “Cobaias”

Filme: Cobaias
Direção: Joseph Sargent
Sinopse:
No sul dos Estados Unidos, em 1932, a sífilis havia se tornado uma epidemia entre as comunidades afro-
americanas. Preocupado com a rapidez com que a doença se espalha pela região, o governo decide criar
um programa de tratamento no único hospital negro da localidade. Infelizmente, o tratamento acaba
perdendo seu apoio financeiro e é fechado. A partir daí, tem início uma das mais horríveis traições da
história da humanidade. Um grupo de doutores cria um novo programa médico que apenas finge estar
tratando a doença. Na verdade, eles estão realizando um estudo sobre o efeito da sífilis em homens
negros, para comprovar se eles são biologicamente iguais ou diferentes dos brancos. Durante anos, 600
homens foram submetidos a essa humilhação, iludidos com uma cura que nunca chegaria. Informar aos
alunos que será realizado um Júri para solucionar um Caso ocorrido em um determinado hospital da
capital;

2. Conduzir um debate a partir das perguntas:

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Que aspectos vocês destacam no filme sobre a prática dos profissionais de saúde
e a sua relação com os pacientes?
A partir dos aspectos destacados o que vocês consideram em acordo com uma
conduta ética profissional e o que não consideram?
Que princípios vocês recomendariam para nortear uma conduta ética para o
profissional da saúde?

3. Concluir o debate esclarecendo a importância do Código de Ética para nortear a


conduta dos profissionais.

8. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Dividir a turma em 5 subgrupos e solicitar que leiam atentamente o Código de


Ética do técnico em nutrição e dietética e formulem no mínimo 3 perguntas sobre o
documento para serem debatidas em sala de aula;

2. Convidar os grupos para compartilhar as perguntas;

3. Esclarecer todas as dúvidas apresentadas pelos alunos e conduzir um debate a


partir da seguinte questão;

A partir das discussões sobre a conduta ética do profissional da saúde e


da leitura do Código de Ética Profissional do Técnico de nutrição e dietética,
alguém poderia compartilhar alguma situação que testemunhou ou que
vivenciou que considere que tenha ferido a conduta ética em saúde?
4. Comentar os casos apresentados pelos alunos à luz da conduta ética que norteia
o Código de Ética do técnico de Nutrição e dietética.

9. O TRABALHADOR DA SAÚDE

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Dividir a turma em 5 subgrupos e orientar que respondam as perguntas a partir


do que sabem sobre a profissão de técnico de nutrição e dietética:

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Como você imagina que seja a jornada de trabalho semanal deste
profissional?
Qual seria a faixa de salário encontrada no mercado da profissão?
Quais as conseqüências que este trabalho pode acarretar para saúde deste
trabalhador?

2. Apresentação dos grupos;

3. Realizar uma exposição abordando os pontos: jornada de trabalho do


profissional técnico de nutrição e dietética (nos diversos locais de trabalho
(Unidades básicas de Saúde, hospitais, laboratórios, etc); o salário médio do
mercado e fatores associados a transtornos físicos e psíquicos acarretados pelo
trabalho na saúde.

OBSERVAÇÃO:
Sugestão de bibliografia para complementar a elaboração da exposição para os alunos.
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de
Gestão e da Regulação do trabalho em saúde. Indicadores de Gestão do Trabalho em saúde: material
de apoio para o programa de qualificação e estruturação da gestão do trabalho e da educação no
SUS – ProgeSUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Departamento de Gestão e da Regulação do trabalho em saúde. Brasília: editora do Ministério da Saúde,
2007, 290 p.

10. O TRABALHADOR DA SAÚDE

Coordenar a atividade a partir da seguinte orientação:

1. Solicitar que conversem em trios sobre as seguintes questões:


O que você considera que influenciou e/ou colaborou para você fazer este
curso?
A partir do que já aprendeu sobre a profissão de técnico de enfermagem,
você se imagina exercendo esta profissão?
Como a sua comunidade/bairro percebe o profissional da saúde em
geral?

2. Perguntar quais os trios que gostariam de compartilhar suas respostas;

3. Enfatizar os aspectos culturais, familiares, circunstanciais em termos de acesso à


formação que influenciam na escolha da profissão.

21
Avaliação parcial da disciplina
Elaborar uma prova com questões subjetivas a partir das seguintes sugestões:

1. Quais os pontos negativos e positivos da Nutrição Moderna?

2. Que aspectos interessantes podem ser destacados na história da Nutrição?

3. Escolha um dos locais listados abaixo e destaque o tipo de habilidades e a


especificidade para atuação do técnico de nutrição e dietética:

Abrigos infantis e de idosos;


Academias;
Clínicas;
Construtoras;
Domicílio/home car;
Escolas;
Hospital de grande e médio porte;
Indústrias;
Restaurantes comerciais;
Unidade básica de saúde;

4. Que princípios vocês recomendariam para nortear uma conduta ética para o
profissional da saúde?

22
Referências Bibliográficas sugeridas
para o professor

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para entender a gestão do SUS /


Conselho Nacional de Secretários de Saúde. - Brasília : CONASS, 2003. 248p. ISBN 85-
89545-02-4

BRASIL. Ministério da Casa Civil. Lei nº 9.394, 20 de dezembro de 1996, que


estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 24 de Agosto de
2011.

CARDOSO, F. H., Direitos Humanos: Novo Nome da Liberdade e da Democracia, Brasília,


1995.

CHAUI, M., Convite à filosofia, São Paulo, 1996.

Código de Ética dos técnicos de Nutrição. Resolução CFN no. 312/2003. Acesso em 8
de Junho de 2012.

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. www.cfn.org.br / www.crn6.org.br

Glock, RS, Goldim JR. Ética profissional é compromisso social. Mundo Jovem (PUCRS, Porto
Alegre) 2003;XLI(335):2-3, .

NARDI, H. C. Saúde do Trabalhador. In: CATTANI, A. D. (org.) (1997) Trabalho e


tecnologia, dicionário crítico. Petrópolis: Editora Vozes; Porto Alegre: Ed.
Universidade, 219-224, pp.

NOGUEIRA, D C A. Definindo saúde, meio ambiente, saúde do trabalhador e o papel das


organizações governamentais. Disponível em: http://www1.sp.se
nac.br/hotsites/arquivos_materias/sigas2005/res_07.pdf. Acessado em: 3 de Setembro de 2011.

Parecer do Conselho Nacional de Educação - CNE/CEB nº 16/99, que trata das


Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos
/pdf_legislacao/tecnico/legisla_tecnico_parecer1699.pdf>. Acesso em: 24 de Agosto de
2011.

23
Referências bibliográficas do
Manual
ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. P. M. Temas de filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna,
2000.

Autor Desconhecido. Os dois empregados. Disponível


em:<http://criptopage.caixapreta.org/secao/reflexoes/reflexao_eficiencia.htm>. Acesso
em 24 de Agosto de 2011.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para entender a gestão do SUS /


Conselho Nacional de Secretários de Saúde. - Brasília: CONASS, 2003.
Disponível em:
http://www1.sp.senac.br/hotsites/arquivos_materias/sigas2005/res_07.pdf. Acesso em: 3
de Setembro de 2011.

CAMARGO, Marculino. Fundamentos da ética geral e profissional. 3. ed. Petrópolis:


Vozes, 1999.

GARCIA, Walter E. Educação – visão teórica e prática pedagógica. São Paulo: Ed.
McGraw-Hill, 1981.

GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução à Ciência do Direito. Rio de Janeiro:


Forense, 1972.

KNELLER, George F. Introdução à filosofia da educação. 8. ed. Rio de Janeiro: Zahar


Editores, 1984.

MOTTA, Nair de Souza. Ética e vida profissional. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural,
1984.

SILVA, José Cândido da; SUNG, Jung Mo. Conversando sobre ética e sociedade. 7. ed.
Petrópolis: Vozes, 2000.

SILVANO, Thiago Firmino. Moral e Ética: dois conceitos de uma mesma realidade.
Florianópolis, 2010. Disponível em: http://www.coladaweb.com/filosofia/moral-e-etica-
dois-conceitos-de-uma-mesma-realidade. Acesso em: 31 jan 2011.

VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 18. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Atlas, 2004.

24
Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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