Você está na página 1de 208

ENFERMAGEM

PRÉ-HOSPITALAR
AVALIAÇÃO E MANEJO
DA VÍTIMA DE TRAUMA
Prof. Samara Barreto
O QUE VOCÊ FARIA?

Em uma tarde ensolarada você e seu


parceiro são acionados pela central
para uma ocorrência do tipo colisão
moto-bicicleta. Conforme informado
pelo solicitante, a motociclista estava
em alta velocidade, caiu após o
impacto e não utilizava capacete. Em
poucos minutos você chega à cena e
encontra o seguinte: a motociclista
está inconsciente e a ciclista
apresenta exposição óssea com
sangramento intenso, está agitada e
confusa e respirando de forma
anormalmente rápida.

QUAIS SÃO AS PRIORIDADES?

Imagem: Simulação de Atendimento ao Trauma. Fotografia gentilmente cedida pelo Núcleo de Urgência e Emergência Pré-hospitalar – NUEMPH, Universidade Federal do Ceará. 2019.
AVALIAÇÃO IMPRESSÃO INICIAL

BIOSSEGURANÇA
AVALIAR A CENA CONSCIENTE POSSIVELMENTE INCONSCIENTE

EU PRECISO DE AJUDA?
Checar responsividade, respiração e pulso

Não tem pulso


XABCDE CC -- AA -- BB
AVALIAÇÃO INICIAL
O senhor
está bem?

CONSCIENTE
VIA AÉREA LIVRE
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
SUFICIENTE PARA
SUSTENTAR A FALA
FUNÇÃO CEREBRAL
ADEQUADA
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

FOCO EM: IDENTIFICAR E MANEJAR CONDIÇÕES POTENCIALMENTE FATAIS

HEMORRAGIAS ABRIR VIA AÉREA BOA VENTILAÇÃO CIRCULAÇÃO DISFUNÇÃO EXPOSIÇÃO/


EXSANGUINANTES E ESTABILIZAÇÃO BREATHING CIRCULATION NEUROLÓGICA/ AMBIENTE
CERVICAL INCAPACIDADE EXPOSURE
AIRWAY DISABILITY
X
A
B
C
D
E
HEMORRAGIA EXSANGUINANTE

X DEVE SER IMEDIATAMENTE IDENTIFICADA E TRATADA

 Estagnação de sangue no chão.

 Sangue que flui ou “jorra”


rapidamente de uma ferida.

 Continuação de uma hemorragia


mesmo após a compressão direta.
X
A ABRIR VIA AÉREA E
B
C
D
ESTABILIZAÇÃO CERVICAL
E AIRWAY
ABRIR VIA AÉREA

A GARANTIR VIA AÉREA PATENTE (ABERTA E LIMPA)

JAW-THRUST (ANTERIORIZAÇÃO DA MANDÍBULA) ELEVAÇÃO DO MENTO NO TRAUMA


ABRIR VIA AÉREA
CONSIDERAÇÕES CHIN-LIFT JAW-THRUST

• Paciente não reativo sem evidências de • Paciente reativo com possibilidade de ter lesão da
Indicações lesão da coluna cervical. coluna cervical.

• Procedimento simples de realizar.


• Sem necessidade de equipamento.
Vantagens • Sem necessidade de equipamento.
• Não invasiva.
• Não invasiva.

• Manobra difícil de manter.


• Não protege a via aérea inferior de • Necessário segundo socorrista para ventilação bolsa-
Desvantagens aspiração. máscara.
• Pode causar movimento da coluna. • Não protege a via aérea inferior de aspiração.
• Pode causar movimento da coluna.
CÂNULA OROFARÍNGEA (COF)

Cânula de Guedel Técnica de inserção


CÂNULA OROFARÍNGEA (COF)
ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL

A MANTER CABEÇA E PESCOÇO ALINHADOS EM POSIÇÃO NEUTRA

O paciente com suspeita de lesão


na coluna deve ser manualmente
estabilizado em posição neutra e
alinhada até que tenha sido avaliada
a necessidade de continuar com a
restrição do movimento.
ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL

A CONTRAINDICAÇÕES DO ALINHAMENTO DE CERVICAL

 Aumento da dor.
 Resistência ao movimento.
 Espasmo da musculatura cervical.
 Começo ou aumento de déficit neurológico.
 Comprometimento da via aérea ou ventilação.
X
A
B
C
D
E BREATHING
BOA VENTILAÇÃO

B AVALIAR CAPACIDADE VENTILATÓRIA DO PACIENTE

 O paciente que diz uma frase inteira sem


ANORMALMENTE dificuldade provavelmente terá um bom
>20
30 padrão ventilatório.
RÁPIDA
- RÁPIDA
10
30–  Deve-se buscar manter uma saturação
NORMAL
20 maior ou igual a 94%.
< 10 LENTA
0 APNEICA  Expor, observar e palpar o tórax de
pacientes com alteração na ventilação.

 Avaliar expansão da caixa torácica.


X
A
B
C
D
E CIRCULATION
CIRCULAÇÃO

C CONTROLAR OUTRAS HEMORRAGIAS


CIRCULAÇÃO

C AVALIAR PERFUSÃO

00:00:02

Preferencialmente no
polegar ou hálux.

TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR – TEC


CIRCULAÇÃO

C LOCAIS DE HEMORRAGIA INTERNA MASSIVA (4P)

“PEITO” (TÓRAX) “PANÇA” (ABDOME) PELVE PERNA (COXAS)


CIRCULAÇÃO

C AVALIAÇÃO DO PULSO

RÁPIDO

NORMAL

LENTO

AUSENTE
AVALIAR QUALIDADE DO PULSO
CIRCULAÇÃO

C AVALIAÇÃO DA PELE - considerar condições ambientais

COLORAÇÃO TEMPERATURA UMIDADE


CIRCULAÇÃO

C RESUMO (HPPP)

AVALIAR PERFUSÃO AVALIAR PULSO AVALIAR PELE

 CONTROLAR OUTRAS
HEMORRAGIAS
 COLORAÇÃO
 TEMPO DE ENCHIMENTO
 ESTIMAR
CAPILAR (<2 SEG)  UMIDADE
FREQUÊNCIA
 LOCAIS DE  TEMPERATURA
HEMORRAGIAS
MASSIVAS (4P)
X
A
B
C
D
E
DISABILITY (INCAPACIDADE)
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

D NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (NC)

NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA ALERTA, COOPERATIVO, ORIENTADO EM TEMPO, PESSOA E LUGAR
NORMAL

CONFUSO, AGRESSIVO, COMBATIVO OU NÃO COOPERATIVO

NÍVEL DE PERMANEÇA EM ALERTA PARA ALGUMAS POSSIBILIDADES:


CONSCIÊNCIA  Redução da oxigenação cerebral.
ALTERADO  Lesão do sistema nervoso central.
 Superdosagem de drogas ou exposição a toxinas.
 Desequilíbrios metabólicos.
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

D AVALIAÇÃO PUPILAR

PUPILAS ISOCÓRICAS PUPILAS ANISOCÓRICAS

MIÓSE MIDRÍASE
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

D AVALIAÇÃO PUPILAR
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
E
S
Parâmetro Resposta Pontos AVALIAÇÃO PUPILAR*

C
A Espontânea 4 0
L
A Ao comando verbal 3
À pressão 2
D Nenhuma 1
E Abertura Ocular -1
C Orientada 5
O Confusa 4
M
A Palavras 3 -2
Sons 2
D Nenhuma 1
E Melhor resposta verbal

G Obedece comando 6
L Localiza 5
A Leve 13-15
Flexão normal 4
S Moderado 9-12
G Flexão anormal 3
Grave ≤8
O Extensão 2
W Melhor resposta motora Nenhuma 1
*Essa atualização da ECG está validada para pacientes com trauma de SNC, mas ainda carece de validação em pacientes clínicos.
ESTÍMULO À PRESSÃO

EXTREMIDADE PINÇAMENTO INCISURA


DOS DEDOS DO TRAPÉZIO SUPRAORBITÁRIA
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

D DECORTICAÇÃO E DESCEREBRAÇÃO

DECORTICAÇÃO – FLEXÃO ANORMAL DESCEREBRAÇÃO – EXTENSÃO ANORMAL


DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA

D QUANDO NÃO É POSSÍVEL TESTAR?

MECANISMO QUE IMPEÇA ABERTURA OCULAR


BARREIRA LINGUÍSTICA

ATRIBUIR NOTA DOS DEMAIS E


REGISTRAR COMO NÃO TESTÁVEL
EXEMPLO: A(NT) V5 M6 - P(NT)

GCS-P = 11NT
MORTALIDADE X GCS

Fonte: Murray, Brennan, Teasdale. Simplifying the use of prognostic information in traumatic brain injury. Part 2: Graphical presentation of probabilities.
Neurosurgery 2018 128(6):1621-1634
CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO
Olhos abertos previamente à estimulação Espontânea 4
Abertura ocular após ordem em tom de voz normal ou em voz alta Ao som 3
Abertura ocular após estimulação de extremidade dos dedos À pressão 2
Ausência persistente de abertura ocular sem fatores de interferência Ausente 1
Olhos fechados devido a fator local Não testável NT

CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO


Resposta adequada relativamente ao nome, local e data Orientada 5
Resposta não orientada, mas comunicação coerente Confusa 4
Palavras isoladas inteligíveis Palavras 3
Apenas gemidos Sons 2
Ausência de resposta audível, sem fatores de interferência Ausente 1
Fatores que interferem com a comunicação Não testável NT

CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO


Cumprimento de ordens com duas ações. A ordens 6
Elevação da mão acima do nível da clavícula ao estimula na cabeça ou pescoço. Localizadora 5
Flexão rápida do membro superior ao nível do cotovelo, padrão predominante não anormal. Flexão normal 4
Flexão do membro superior ao nível do cotovelo, padrão claramente anormal. Flexão anormal 3
Extensão do membro superior ao nível do cotovelo. Extensão 2
Ausência de movimentos dos membros superiores/inferiores, sem fatores de interferência Ausente 1
Fator que limita resposta motora. Não testável NT
X
A
B
C
D
E
EXPOSURE
EXPOSIÇÃO E AMBIENTE

E EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE HIPOTERMIA

TESOURA DE LISTER

PRESERVE EVIDÊNCIAS FORENSES


EXPOSIÇÃO E AMBIENTE

E PREVINA HIPOTERMIA

PARA MANTER A TEMPERATURA


CORPORAL E EVITAR HIPOTERMIA,
O PACIENTE DEVE SER COBERTO
ASSIM QUE POSSÍVEL APÓS A
AVALIAÇÃO E MANEJO.

Imagem: Simulação de Atendimento ao Trauma. Núcleo de Urgência e Emergência Pré-hospitalar – NUEMPH.


AVALIAÇÃO PRIMÁRIA – RESUMO

X TEMPO NA CENA:

A
B
C 10 MINUTOS OU MENOS
PARA PACIENTES
COM LESÕES

D POTENCIALMENTE
FATAIS A MENOS QUE
EXISTAM CONDIÇÕES

E AVALIAÇÃO E MANEJO SIMULTÂNEOS


EXTENUANTES.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

A oximetria de pulso
também deve ser aplicada
durante a avaliação ou no
final dela.

Valor de
referência:
>= 94%
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

ANAMNESE

EXAME FÍSICO

DADOS VITAIS

EXAMES COMPLEMENTARES

REAVALIAÇÃO CONTINUADA
SEGURANÇA DA CENA

TRÁFEGO

VIOLÊNCIA

MATERIAIS PERIGOSOS

AMBIENTE

ANIMAIS

LEMBRE-SE: O SOCORORRISTA QUE VIR A SE TORNAR


VÍTIMA NÃO PODERÁ PRESTAR SOCORRO A NINGUÉM
O QUE A CENA NOS DIZ?

LESÃO DE PARABRISA, CHAMADO


DE SINAL DE “OLHO DE BOI” OU
“TEIA DE ARANHA” ASSOCIADA
AO TRAUMA DE CABEÇA
O QUE A CENA NOS DIZ?

MOTORISTA, 75 ANOS
COLIDIU COM POSTE DA
COMPANHIA ELÉTRICA.
SE APRESENTA COM
ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA (CONFUSO)
E QUEIXA-SE DE DOR
TORÁCICA.

A DOR TORÁCICA PODE SER INDICATIVA DE LESÃO TORÁCICA OU IAM?

A VÍTIMA ATINGIU O POSTE E TEVE UM IAM OU TEVE UM IAM E ATINGIU O POSTE?


O QUE A CENA NOS DIZ?

CONTUSÃO COM PADRÃO DE CINTO DE SEGURANÇA


ESTUDE EM CASA
GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS
Hipocorado/Descorado Palidez de pele e mucosas.
Normocorado Coloração normal da pele.
Cianose/Cianótico Coloração azul ou azulada da pele decorrente da baixa oxigenação.
Hipovolemia Diminuição do volume sanguíneo.
Hipóxia Quantidade insuficiente de oxigênio nos tecidos.
Mióse Contração da pupila, podendo ser temporária ou permanente.
Midríase Pupilas dilatadas.
Anisocóricas Pupilas com tamanhos desiguais.
Isocóricas Pupilas com tamanhos iguais.
Postura anormal na qual uma pessoa se apresenta rígida com os braços flexionados, os
Decorticação
punhos cerrados e as pernas esticadas..
Postura anormal que consiste na extensão, adução e rotação interna, dos membros
Descerebração
superiores e extensão dos membros inferiores.
A AVALIAÇÃO É A BASE DE TODO
O CUIDADO DO PACIENTE.”
PHTLS –9ed
VAMOS PRATICAR
Estudo de Caso - 01

M.L.F , 72 anos, masculino, é encaminhado para a unidade de


E
S
C pronto atendimento da cidade de Caucaia – CE, devido à queda
A
L
A que sofreu da escada, de uma altura de 3 metros. Na avaliação
D
E
C neurológica abre os olhos de forma espontânea, expressa palavras
O
M
A soltas e obedece aos comandos, pupilas reagentes bilateralmente.
D
E
G
L
A
S
G
O
W

GCS-P = 13
A=4 V=3 M=6 P-0 A4V3M6P0
VAMOS PRATICAR
E
S
Estudo de Caso - 02
C
A
L
A Sua equipe foi acionada após um grave acidente em uma fábrica.
D Ao chegar ao local, você encontra uma vítima caída ao chão.
E
Avaliando a cinemática você constata que provavelmente trata-se
C
O
de uma queda de altura. A vítima se apresenta consciente, com
M abertura ocular após chamado. Fala de maneira desorientada, ao
A
estimulo à pressão faz movimento de flexão localizador. Pupilas
D
E reagentes.
G
L
A
GCS-P = 12
S
G
O
A=3 V=4 M=5 P-0 A3V4M5P0
W
VAMOS PRATICAR
E
S
Estudo de Caso - 03
C
A
L
A 20 anos, sexo feminino. Deu entrada na emergência após acidente
D automobilístico com trauma na cabeça. Em relação ao estado
E
neurológico a paciente apresentava abertura ocular à pressão, a
C
O
melhor resposta verbal foram sons incompreensíveis e resposta do
M tipo decorticação. Na avaliação pupilar apenas um lado reagiu à luz.
A
D
E
G
L
A
GCS-P = 7
S
G
O
A=2 V=2 M=4 P-1 A1V2M4P-1
W
VAMOS PRATICAR
E
S
Estudo de Caso - 04
C
A
L
A Motociclista, 45 anos, vitima de colisão com súbita desaceleração,
D sendo arremessado em via pública. Encontrava-se sem capacete. Ao
E
exame neurológico paciente não apresentou abertura ocular,
C
O
resposta verbal ausente e realizava movimentos de extensão dos
M membros superiores. Pupilas não reagem à luz.
A
D
E
G
L
A
GCS-P = 2
S
G
O
A=1 V=1 M=2 P-2 A1V1M2P-2
W
ENFERMAGEM
PRÉ-HOSPITALAR
AÇÕES PARA O CONTROLE
DE HEMORRAGIAS
Prof. Samara Barreto
NOTÍCIA
HEMORRAGIA EXSANGUINANTE

A HEMORRAGIA EXSANGUINANTE PODE MATAR UM


PACIENTE MAIS RAPIDAMENTE QUE A MAIORIA DOS
OUTROS MECANISMOS DE TRAUMA. É POSSÍVEL
SANGRAR ATÉ A MORTE EM POUCOS MINUTOS POR UMA
LESÃO ARTERIAL SIGNIFICATIVA.
AVALIAÇÃO

DETERMINANDO O TIPO DE HEMORRAGIA

INTERNA EXTERNA
AVALIAÇÃO

DETERMINANDO O TIPO DE HEMORRAGIA


LESÕES ESQUELÉTICAS

HEMATOMA DE FRATURA
LESÕES ESQUELÉTICAS

PERDA SANGUÍNEA INTERNA APROXIMADA EM


ASSOCIAÇÃO COM FRATURAS

Tipo de Fratura Perda Sanguínea Interna (mL)


Costela 125
Rádio ou ulna 250 - 500
Úmero 500 - 750
Tíbia ou fíbula 500 – 1.000
Fêmur 1.000 – 2.000 750 mL 1.500 mL 2.000 mL > 2.000

Pelve 1.000 - massiva


VOLTANDO AO CASO ANTERIOR

Na avaliação primária a ciclista


se apresenta com respiração
superficial e anormalmente
rápida, frequência cardíaca
rápida, pele pálida, fria e
sudorética. Na avaliação
neurológica: confusa, ECG-P =
13 A4V4M5P0.

O QUE EXPLICA O
APARECIMENTOS DESTES
SINAIS E SINTOMAS?
Imagem: Simulação de Atendimento ao Trauma. Fotografia gentilmente cedida pelo Núcleo de Urgência e Emergência Pré-hospitalar – NUEMPH, Universidade Federal do Ceará. 2019.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO

Perda sanguínea = hemorragia


Hipoperfusão = pouco sangue circulante
Perda sanguínea Hipoperfusão

 Aumenta a
frequência  Diminuir a
cardíaca  Reduzir a  Diminuir a  Aumentar a
circulação
função filtração velocidade
 Contrair as dessa região
artérias e veias
CHOQUE HIPOVOLÊMICO – SINAIS E SINTOMAS
Volume -750 ml 750 - 1500 ml 1500 - 2000 ml > 2000 ml
% <15% 15 – 30% 30 – 40 % >40%

PA normal PA normal PA diminuída PA diminuída


FC < 100 FC > 100 FC > 120 FC > 140

Ansioso Ansioso/Letárgico Ansioso/Confuso Confuso/Letárgico

Débito urinário: Débito urinário: Débito urinário:


Ausente
>30 ml/h 20 - 30 ml/h 5 -15 ml/h

FR 14 - 20 FR 20 - 30 FR 30 - 40 FR >35

Pele pálida e fria Pele pálida e fria Pele pálida e fria Pele pálida e fria
CHOQUE HIPOVOLÊMICO

A hemorragia é a causa mais comum de


morte prevenível no trauma. Em
pacientes com sinais de choque deve-
se considerar choque hipovolêmico até
que se prove o contrário.
COMO PROCEDER

IDENTIFICAR E TRATAR HEMORRAGIAS


EXSANGUINANTES

ATENTAR PARA COMPROMETIMENTO DA VIA AÉREA:


POR CORPO ESTRANHO OU REDUÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

FV RÁPIDAS E SUPERFICIAIS PODEM SER SINAIS DE CHOQUE HIPOVOLÊMICO


FV LENTA PODE INDICAR FALÊNCIA METABÓLICA PROFUNDA
COMO PROCEDER

H CONTROLAR OUTRAS HEMORRAGIAS


P PELE: FRIA, PÁLIDA OU CIANÓTICA, PEGAJOSA E SUDORÉTICA.
P PERFUSÃO: REDUÇÃO DO ENCHIMENTO CAPILAR
P PULSO: RADIAL FRACO → AUSÊNCIA DE PULSO PERIFÉRICO
AVALIAR LOCAIS DE HEMORRAGIAS MASSIVA (4P)
SEDE INTENSA PODE SER UM SINTOMA

ALTERAÇÃO NO ESTADO MENTAL PODE REPRESENTAR COMPROMETIMENTO DA


OXIGENAÇÃO CEREBRAL (MAIS COMUM ANSIEDADE OU CONFUSÃO). EM ESTADOS MAIS
GRAVES PODE APRESENTAR REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (NC).
ALTERAÇÃO NO NC TAMBÉM PODE ESTAR ASSOCIADO AO TRAUMA DA CABEÇA.

E
EXPONHA O PACIENTE PARA BUSCAR HEMORRAGIAS MENOS EVIDENTES
PACIENTES VÍTIMAS DE HEMORRAGIAS ESTÃO SUJEITOS A HIPOTERMIA
O PACIENTE PODE ESTAR DEITADO SOBRE A PRINCIPAL FONTE DE HEMORRAGIA
COMPRESSÃO DIRETA

 EXPOR O LOCAL DO FERIMENTO.

 UTILIZE GAZE SIMPLES (SE


DISPONÍVEL).

 MAIS PRECISA E FOCAL POSSÍVEL.

 NÃO REMOVER O CURATIVO PRIMÁRIO.

 PELO MENOS 10 MINUTOS.

 EVITAR CURIOSIDADE DE REMOVER


PARA OBSERVAR O SANGRAMENTO.
PREENCHIMENTO

EM LESÕES CAVITÁRIAS PREENCHER A LESÃO E PROCEDER COM A


COMPRESSÃO DIRETA PODE FACILITAR O CONTROLE DA HEMORRAGIA.
CURATIVO COMPRESSIVO

Uma vez que o sangramento


tenha sido controlado, pode
ser razoável aplicar um
curativo de pressão para
manter a cessação do
sangramento.
TORNIQUETE

QUANDO UTILIZAR?

 quando o controle padrão da hemorragia não


controlar o sangramento externo grave do membro.

 quando um socorrista não puder usar o controle


padrão de hemorragia de primeiros socorros
(durante um incidente com vítimas em massa, com
uma pessoa com trauma multissistêmico, em um
ambiente inseguro).

 Um torniquete fabricado deve ser usado como


terapia de primeira linha para sangramento de
extremidades com risco de vida.
TORNIQUETE

Aplique o torniquete no nível inguinal


1 APLIQUE
inferior ou da axila na extremidade superior.

Gire o bastão até que a hemorragia cesse


2 AJUSTE
(aprox. 3 voltas), e fixe-o bem no local.

Escreva o horário da aplicação


3 REGISTRE
Ex: 1420 (14:20 hrs)

Deixe o torniquete descoberto de modo que


4 MONITORE
o local possa ser visto e monitorado.

Se o sangramento continuar após o ajuste, Tempo seguro:


5 REAPLIQUE
pode-se aplicar um segundo torniquete. 120-150 min
ERROS COMUNS AO USAR O TORNIQUETE

NÃO USAR O TORNIQUETE QUANDO DEVERIA OU ESPERAR MUITO TEMPO PARA DECIDIR APLICÁ-LO.

USAR O TORNIQUETE PARA UM SANGRAMENTO SEM GRAVIDADE.

NÃO APERTAR O TORNIQUETE O SUFICIENTE.

AFROUXAR O TORNIQUETE PERIODICAMENTE.

NÃO ORIENTAR A VÍTIMA SOBRE A DOR E O BENEFÍCIO DO USO DO EQUIPAMENTO.

COLOCAR SOBRE ROUPAS COM OBJETOS ABAIXO DO LOCAL DE APLICAÇÃO.


APLICAÇÃO REAL DE UM TORNIQUETE
TORNIQUETE IMPROVISADO

Se um torniquete fabricado não


estiver disponível e a pressão
manual direta com ou sem o uso
de um curativo hemostático não
conseguir interromper o
sangramento com risco de vida,
um socorrista treinado no uso
de um torniquete improvisado
pode considerar o uso de um.*
Fonte: 2020, American Heart Association and American Red Cross Focused Update for First Aid

*Menor eficácia e não recomendado por algumas instituições por ser pouco resolutivo.
CURATIVO HEMOSTÁTICO

QUANDO UTILIZAR?

 para sangramento externo grave em locais


onde o controle de hemorragia padrão não é
eficaz.
 quando um torniquete não pode ser
aplicado (áreas do tronco ou juncionais,
como o abdômen ou axila/virilha).
 quando um torniquete não está disponível.
 quando um torniquete não é eficaz para
parar o sangramento.
RESUMO DO ATENDIMENTO
COMPRESSÃO MANUAL DIRETA E
PREENCHIMENTO, SE NECESSÁRIO

CURATIVO COMPRESSIVO

SANGRAMENTO CONTROLADO? SIM

NÃO

QUAL O LOCAL DO SANGRAMENTO?

SANGRAMENTO COM
TRONCO EXTREMIDADE
GRAVE RISCO DE VIDA

AGENTE HEMOSTÁTICO
TORNIQUETE
E COMPRESSÃO DIRETA
SITUAÇÃO CRÍTICA

VÍTIMA DE PERFURAÇÃO POR ARMA BRANCA


(FACA) QUE PERMANECE ENCRAVADO NO
ABDOME DIREITO COM SANGRAMENTO ATIVO.

O QUE VOCÊ FARIA?


STOP THE BLEED
CONTRAINDICADO

Não é indicado o uso de:

ELEVAÇÃO DE
MEMBROS
COMPRESSÃO
INDIRETA/ARTERIAL
CONTRAINDICADO

GAZE ACOLCHOADA
O QUE É?

POR QUE OCORRE?


O QUE FAZER?
DICA PARA A PRÁTICA

DEMARCAR A ÁREA DE SANGRAMENTO


A ÚNICA COISA MAIS TRÁGICA
QUE A MORTE É A MORTE QUE
PODERIA SER EVITADA.”

Stop The Bleed


ENFERMAGEM
PRÉ-HOSPITALAR
LESÕES TÉRMICAS

Prof.
ETIOLOGIA DAS LESÕES TÉRMICAS

CHAMAS CONTATO ESCALDAMENTO EXTREMOS FRIOS

QUÍMICOS ELETRICIDADE RADIAÇÃO


ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE

FUNÇÕES
EPIDERME
DERME SUPERFICIAL Regulação da
temperatura;
Proteção contra
DERME PROFUNDA infecções;

Manutenção de
HIPODERME líquidos;
Sensibilidade.
MÚSCULO
CARACTERÍSTICAS DAS QUEIMADURAS

POSSO APLICAR GELO?


QUEIMADURA SUPERFICIAL

QUEIMADURA SUPERFICIAL
PRIMEIRO GRAU
Apenas epiderme

 HIPEREMIA
 QUENTE
 DOLOROSA
QUEIMADURAS PARCIAL

SUPERFICIAL
Derme superficial

ESPESSURA PARCIAL
SEGUNDO GRAU

PROFUNDA
Maior parte da derme

 FORMAÇÃO DE FLICTENA
 DOLOROSA
 FERIDA COM LEITO
BRILHANTE
QUEIMADURAS COMPLETAS

Derme completa
ESPESSURA COMPLETA
TERCEIRO GRAU

 CORIÁCEA
 BRANCA A CARBONIZADA
 TECIDO NECROSADO
QUEIMADURAS SUBDÉRMICAS

Camadas inferiores a derme


SUBDÉRMICAS
QUARTO GRAU

 PODEM LESIONAR
HIPODERME, MÚSCULOS,
ÓSSOS, ÓRGÃOS INTERNOS
FLICTENAS

ROMPER OU NÃO OS FLICTENAS?

Muitas pessoas acreditam que a bolha age como um


curativo e evita a contaminação da ferida. Porém, a
pele da bolha não é normal e, assim, não pode servir
como barreira de proteção.

NO AMBIENTE PRÉ-HOSPITALAR, EM GERAL, O MELHOR É NÃO MEXER NAS BOLHAS.


AS BOLHAS QUE JÁ SE ROMPERAM DEVEM SER COBERTAS COM CURATIVO LIMPO E SECO.
RESUMO – PROFUNDIDADE

QUEIMADURAS SUPERFICIAIS
(1º GRAU)

QUEIMADURAS DE ESPESSURA PARCIAL


SUPERFICIAL (2º GRAU)

QUEIMADURAS DE ESPESSURA PARCIAL PROFUNDA


(2º GRAU)

QUEIMADURAS DE ESPESSURA COMPLETA


(3º GRAU)

QUEIMADURAS SUBDÉRMICAS
(4º GRAU)
RESUMO –PROFUNDIDADE

Derme superficial
SUPERFICIAL
QUEIMADURA SUPERFICIAL ESPESSURA PARCIAL
PRIMEIRO GRAU SEGUNDO GRAU
Apenas epiderme
PROFUNDA
Maior parte da derme

ESPESSURA COMPLETA SUBDÉRMICAS


TERCEIRO GRAU QUARTO GRAU
Derme completa Camadas inferiores a derme
(músculos, ossos, órgãos)
LESÃO POR INALAÇÃO

QUANDO SUSPEITAR:
 QUEIMADURA EM UM
ESPAÇO FECHADO.
 CONFUSÃO OU AGITAÇÃO.
 QUEIMADURAS NA FACE OU
TÓRAX.
 SOBRANCELHS OU PELOS
NASAIS CHAMUSCADOS.
 ESCARRO COM FULIGEM.
 ROUQUIDÃO, PERDA DA VOZ
OU ESTRIDOR.
INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO

CO
CO

Heme

O2 CO CO

O2 O2
CO
O2 O2
200x mais afinidade
INTERVENÇÕES

Resfrie as queimaduras térmicas com água


potável ambiente o mais rápido possível e por pelo
menos 10 minutos, idealmente 20.

Limite o resfriamento na região queimada para


evitar hipotermia.

Remova as vestes queimadas não aderidas e


adornos das vítimas ainda durante o resfriamento.

Após o resfriamento de uma queimadura, cobrir


frouxamente a queimadura com um curativo *Em primeiros socorros pode-se
estéril, seco e não aderente*. considerar o uso de lençóis ou
toalhas limpas e secas.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

PODEM OCORRER TRAUMA ASSOCIADOS:


IDENTIFICAR E TRATAR HEMORRAGIAS EXSANGUINANTES

ATENTAR PARA COMPROMETIMENTO DA VIA AÉREA:


EDEMA DE VA ASSOCIADO A EXPOSIÇÃO À CHAMAS

QUEIMADURAS NO TÓRAX PODEM LIMITAR A EXPANSÃO TORÁCICA


FV RÁPIDA E SUPERFICIAL, ROUQUIDÃO E DISPNÉIA SÃO SINAIS
QUE PODEM INDICAR LESÃO POR INALAÇÃO
QUEIMADURA CIRCUNFERENCIAL

ESCAROTOMIA PARA PERMITIR


A EXPANSÃO TORÁCICA
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

EXTREMIDADES AFETADAS PODEM SER


ELEVADAS PARA REDUZIR EDEMA

ALTERAÇÃO NO ESTADO MENTAL PODEM INDICAR INALAÇÃO


DE TOXINAS QUE PODEM LEVAR A ASFIXIA

EXPOR COMPLETAMENTE O PACIENTE


REMOVER ADORNOS
ATENÇÃO MAIOR PARA EVITAR HIPOTERMIA
TRANSPORTE

INSTITUTO DR. JOSÉ FROTA - IJF CENTRO DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS - CTQ


QUANDO PROCURAR UMA UNIDADE DE QUEIMADOS

 LESÃO POR INALAÇÃO.


 QUEIMADURA DE ESPESSURA PARCIAL EM MAIS DE 10% ASC.
 QUEIMADURAS DE ESPESSURA COMPLETA EM QUALQUER FAIXA ETÁRIA.
 QUEIMADURAS ENVOLVENDO A FACE, AS MÃOS, OS PÉS, OS ÓRGÃOS GENITAIS, O PERÍNEO OU
AS ARTICULAÇÕES MAIORES.
 QUEIMADURAS ELÉTRICAS, INCLUINDO LESÃO POR RAIOS.
 QUEIMADURAS QUÍMICAS.
 LESÃO TÉRMICA EM PACIENTES COM DÍSTÚRBIOS MÉDICOS PREEXISTENTES QUE PODERIAM
COMPLICAR O MANEJO, PROLONGAR A RECUPERAÇÃO OU AFETAR A MORTALIDADE.
 QUAISQUER PACIENTES COM QUEIMADURAS E TRAUMA CONCOMITANTE (EX: FRATURAS)
NOS QUAIS A LESÃO TÉRMICA IMPÕE MAIOR RISCO DE MORBIDADE OU MORTALIDADE.
 LESÃO TÉRMICA EM PACIENTES QUE NECESSITARÃO DE INTERVENÇÕES ESPECIAIS SOCIAIS,
EMOCIONAIS OU REABILITATIVS DE LONGO PRAZO.
CONTRAINDICAÇÕES NAS LESÕES PROFUNDAS
REGRA DOS NOVE 9

18

CABEÇA 9
TRONCO ANT. +18 18
TRONCO POST. +18 9 9
MSD. +9
MSE. +9 12
18
MID. +18
18
MIE. +18
1
GENITÁLIA +1 9
9 18 18 18
ASC = 100 18
9 9

A Regra dos Nove é a 1 13,5 1


ferramenta preferencial para 13,5
calcular e documentar a 16,5 16,5
extensão da queimadura.
REGRA DA PALMA DA MÃO

A palma da mão do doente


(incluindo os dedos) representa
aproximadamente 1% de sua
superfície corporal.
VAMOS PRATICAR
Estudo de Caso - 01

R Vítima de 33 anos, com lesões


E
G
térmicas de espessura parcial
R superficial por produtos químicos
A
em toda face anterior do MSD.
D
O
S Determine a ASCQ.
N Anterior Posterior
O
V
E
ASCQ =
MSD = 9% MSD ANT = 4,5% 4,5%
VAMOS PRATICAR
Estudo de Caso - 02

R Vítima de 40 anos, com lesões


E
G
térmicas de espessura parcial
R profunda por escaldamento no
A
MSD, cabeça e tórax anterior.
D
O
S Determine a ASCQ.
N Anterior Posterior
O
V
E
MSD = 9% TÓRAX ANT = 9% ASCQ =
CABEÇA = 9% 27%
VAMOS PRATICAR
Estudo de Caso - 03

R Vítima de 24 anos, com lesão


E
G
térmica de espessura parcial
R superficial bilateral na face anterior
A
das coxas.
D
O
S Determine a ASCQ.
N Anterior Posterior
O
V
E
Coxa ant. = Coxa ant. = ASCQ =
4,5% 4,5% 9%
CONTEÚDO SENSÍVEL
QUANDO SUSPEITAR?

MAIS COMUM: ESCALDAMENTO POR IMERSÃO FORÇADA MAS TAMBÉM PODEM SER QUEIMADURAS DE CONTATO
ENXERGAR, NÃO APENAS OLHAR.
ESCUTAR, NÃO APENAS OUVIR.
SENTIR, NÃO APENAS TOCAR.”

PHTLS
REANIMAÇÃO VOLÊMICA DE UM PACIENTE COM LESÃO TÉRMICA
FÓRMULA DE PARKLAND

4 ml x peso corporal em kg x % da ASC queimada

Vítima de 80 kg com 30% de SCQ


4 x 80 x 30 = 9.600 ml
Metade nas primeiras 8 horas após a lesão
Metade nas 16 horas seguintes

4.800 – 8 hrs primeiras


9.600 ml /2 = 4.800 4800 – 16 hrs seguintes
ATIVIDADE
1. Diferencie as camadas da pele atingidas nas diferentes queimaduras:
a. Superficial:
b. Espessura Parcial Superficial:
c. Espessura Parcial Profunda:
d. Espessura Completa:
e. Subdérmicas:

2. Determine a ASCQ nos seguintes casos:


a. Tórax, abdome, lombar e membros superiores (todos completos):
b. Cabeça (completa), tórax e abdome (ambos anteriores) e órgãos genitais:
c. MIE completo e MID face anterior:
d. MSD face anterior e abdome anterior:

3. Liste as condições que sugerem lesão por inalação:


ATIVIDADE

4. Determine a ASCQ nos seguintes casos:

a. MSD (completo), MID (completo), órgão genital.


b. MID (completo) e MSD (face anterior).
c. Abdome (anterior) e tórax (anterior).
d. MMII (completos) e órgão genital.
e. Cabeça (completa) e MSD (face anterior).
f. Cabeça (metade anterior), tronco (anterior e posterior).
ENFERMAGEM
PRÉ-HOSPITALAR
LESÕES ESPECÍFICAS - 1

Prof.
BIOMECÂNICA DO TRAUMA

CONDUTOR ALCOOLIZADO ATINGE ÁRVORE EM ALTA VELOCIDADE


TIPOS DE LESÃO

ABRASÃO LACERAÇÃO
TRAUMA CONTUSO E PENETRANTE

TRAUMA FECHADO OU CONTUSO TRAUMA PENETRANTE


CAVITAÇÃO

REPRESENTAÇÃO DE LESÃO TECIDUAL POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO


PERFURAÇÃO POR ARMA DE FOGO –PAF

FRAGMENTAÇÃO ÓSSEA
PERFURAÇÃO POR ARMA BRANCA – PAB

DANO PRODUZIDO POR UMA FACA


LESÃO EM CHICOTE

O CISALHAMENTO E O ESTIRAMENTO DOS LIGAMENTOS E DE OUTRAS


ESTRUTURAS DE FIXAÇÃO, PODEM RESULTAR EM LESÕES
IMPACTO LATERAL

COMPRESSÃO DO OMBRO COMPRESSÃO DA PAREDE IMPACTO LATERAL SOBRE


CONTRA A CLAVÍCULA LATERAL DO TÓRAX E O FÊMUR
PAREDE ABODMINAL
OUTROS IMPACTOS

IMPACTO ROTACIONAL CAPOTAMENTO


DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

O QUE ESSAS LESÕES SUGEREM? AIRBAGS


COLISÕES DE MOTOCICLETAS

EXEMPLOS DE COLISÃO FRONTRAL FRATURA EM LIVRO ABERTO


Slide 139

CL1 Carlos Lima; 11/03/2022


ATROPELAMENTO

AS LESÕES RESULTANTES DE ATROPELAMENTOS VARIAM


CONFORME A ALTURA DO PEDESTRE E A ALTURA DO VEÍCULO
QUEDAS

CALCÂNEO

FRATURA DE CARPO,
LESÃO DE MERGULHO FRATURA DE “DON JUAN”
RÁDIO E ULNA
TIPOS DE TRAUMA

ÚNICO SISTEMA
Lesão em apenas um sistema corporal.
TRAUMA DA CABEÇA
Os pacientes costumam ter mais de uma
lesão dentro do mesmo sistema.
TRAUMA DA COLUNA
TRAUMA TORÁCICO
MULTISSISTÊMICO
Lesões envolvendo mais de um sistema
TRAUMA ABDOMINAL
corporal, incluindo os sistemas
respiratório, circulatório, neurológico, TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO
gastrointestinal, musculoesquelético e
tegumentar.
TRAUMA DA CABEÇA

Vasos rompidos/estirados
Fratura craniana
Penetração de osso e
fragmentos no cérebro

Hemorragia

CISALHAMENTO COMPRESSÃO
SINAIS

ENFISEMA SUBCUTÂNEO
SINAIS

OTORRAGIA E OTORREIA DESVIO DE TRAQUÉIA


SINAIS

EQUIMOSE PERIORBITAL (SINAL DE GUAXINIM)


SINAIS

EQUIMOSE RETROAURICULAR (SINAL DE BATTLE)


QUANDO LEVAR AO HOSPITAL?

Qualquer pessoa com traumatismo


craniano que tenha resultado em
alteração do nível de consciência,
desenvolvimento progressivo de sinais ou
sintomas, ou que seja motivo de
preocupação, deve ser avaliada por um
profissional de saúde ou pelo pessoal da
emergência mais rápido possível.
ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL
NÍVEL DA LESÃO MEDULAR

C3 – C5 PARADA RESPIRATÓRIA
T4 NÍVEL DOS MAMILOS
T10 NÍVEL DO UMBIGO
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

Imagem: Simulação de Atendimento ao Trauma. Fotografia gentilmente cedida pelo Núcleo de Urgência e Emergência Pré-hospitalar – NUEMPH, Universidade Federal do Ceará. 2019.

A restrição do movimento utilizando prancha rígida pode trazer prejuízos à vítima


como lesões por pressão, dor e aumento do esforço ventilatório.
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

TOMADA DE DECISÃO PARA RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

MECANISMO DA LESÃO

AVALIAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS

PRESENÇA DE CRITÉRIOS ESPECÍFICOS


RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

CONSIDERAR POSSIBILIDADE DE LESÃO DA MEDULA ESPINAL


EM QUALQUER UM DOS SEGUINTES MECANISMOS (5)

 Qualquer mecanismo de trauma contuso que produza impacto violento na cabeça,


pescoço, tronco ou pelve.
 Incidentes que produzem aceleração súbita, desaceleração brusca e forças de
inclinação lateral repentinas ao pescoço ou tronco.
 Qualquer queda de altura, especialmente em idosos.
 Ejeção ou queda de qualquer dispositivo de transporte motorizado ou acionado por
outros mecanismo de movimentação.
 Qualquer incidente de mergulho em águas rasas.
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

DANO SIGNIFICATIVO AO CAPACETE DESTRUIÇÃO DO VEÍCULO

ESTES MECANISMOS DE TRAUMA SUGEREM RESTRIÇÃO DO MOVIMENTO DA COLUNA?


RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

ESTE MECANISMO DE TRAUMA SUGERE RESTRIÇÃO DO MOVIMENTO DA COLUNA?


RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

Se o mecanismo da lesão não estiver claro ou


se a avaliação da cena não puder ser
adequadamente realizada ou não for
confiável, deve-se presumir a presença de
lesão em coluna vertebral até que uma
avaliação mais completa possa ser realizada.
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

INDICAÇÕES PARA RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA (6)

 Dor e/ou hipersensibilidade na linha média da coluna vertebral (dor subjetiva


palpação, ao movimento, defesa muscular).
 Nível de consciência alterado ou intoxicação clínica.
 Paralisia ou sinais e/ou sintomas neurológicos focais (dormência, plegia,
parestesia, paresia, priapismo).
 Deformidade anatômica da coluna observada no exame físico.
 Presença de lesão de distração.
 Incapacidade de comunicação.
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA
LESÕES DE DISTRAÇÃO
Lesões que podem prejudicar a capacidade do paciente de perceber outras lesões

Exemplos:
FRATURA DE OSSOS LONGOS

LESÃO VISCERAL

LACERAÇÃO GRANDE

LESÃO EM DESLUVAMENTO

LESÃO POR ESMAGAMENTO

GRANDES QUEIMADOS
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

CRITÉRIOS PARA DETERMINAR QUANDO A RCM É DESNECESSÁRIA

 Ausência de queixas ou achados neurológicos.

 Nível de consciência normal (escore 15 na escala de coma de Glasgow).

 Ausência de intoxicação.

 Ausência de dor à palpação da coluna vertebral.

 Ausência de anormalidade anatômica.

 Ausência de lesão de distração.


RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

Os pacientes com lesão penetrante na


cabeça, no pescoço ou no tronco e sem
evidências de lesão da coluna vertebral,
como sinais ou sintomas neurológicos não
devem ter o movimento da coluna restringido.
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA

Se um prestador de primeiros socorros


suspeitar de uma lesão na coluna vertebral,
ele ou ela deve manter a pessoa o mais
imóvel possível e aguardar a chegada dos
prestadores de serviços de emergência.
INDICAÇÕES PARA RESTRIÇÃO DO MOVIMENTO DA COLUNA

TRAUMA FECHADO COM TRAUMA PENETRANTE NA CABEÇA,


MECANISMO DE LESÃO PREOCUPANTE NO PESCOÇO OU NO TRONCO

ALTERAÇÃO NO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (GCS <15) RMC NÃO INDICADA

SIM NÃO
TRANSPORTE RÁPIDO

Dor ou hipersensibilidade na coluna? RMC


SIM
RMC INDICADA Queixa de déficit neurológico? INDICADA
Deformidade anatômica na coluna?
TRANSP.
RÁPIDO
TRANSPORTE SIM NÃO
RÁPIDO RMC NÃO
NÃO
RMC INDICADA INDICADA
Evidência de álcool/drogas
Lesão de distração TRANSP.
TRANSP. RÁPIDO Incapacidade de comunicação RÁPIDO
TRAUMA TÓRACICO

Epiglote fechada
Traqueia

Efeito do saco
de papel dos
pulmões

COMPRESSÃO
TÓRAX INSTÁVEL
TRAUMA TÓRACICO

CISALHAMENTO
LESÃO PENETRANTE

PNEUMOTÓRAX HEMOTÓRAX
Até 3.000 ml
LESÃO PENETRANTE

CURATIVO VALVULADO CURATIVO DE 3 PONTAS


LESÃO PENETRANTE

TAMPONAMENTO CARDÍACO
SABER ONDE PROCURAR E
COMO AVALIAR AS LESÕES É TÃO
IMPORTANTE QUANTO SABER O QUE
FAZER AO ENCONTRÁ-LAS.”

PHTLS
AVALIAÇÃO DO TRAUMA DA CABEÇA

Pesquisar lesões de tecidos moles por baixo dos cabelos do paciente.

Palpar cuidadosamente os ossos da face e crânio para identificar dor focal,


crepitação, desvio, depressão ou movimentação anormal.

Verificar pupilas quanto à reatividade, à igualdade.


Deve-se ter cuidado ao tentar abrir e examinar o olho em vítimas com trauma facial evidente.

Palpar e inspecionar região cervical em busca de deformidades e dor.


TÉCNICAS DE RESTRIÇÃO
MÉTODO GERAL
1. Alinhar a cabeça em posição neutra (a menos que haja contraindicação).
2. Avaliação e manejo primário.
Verificar a capacidade motora do paciente, sua resposta sensorial e a circulação nas quatro
3.
extremidades.

4. Colocar o paciente em uma prancha longa ou em outro dispositivo de imobilização apropriado.

Imobilizar o tronco do paciente no dispositivo de modo que ele não possa se mexer para cima, para
5.
baixo, para a esquerda ou para a direita.
Avaliar e colocar coxins conforme a necessidade atrás da cabeça de pacientes adultos ou atrás do tórax
6.
de pacientes pediátricos.
7. Imobilizar a cabeça do paciente no dispositivo.
8. Fixar os braços quando indicado.
Refazer a avaliação primária e revisar a função motora, resposta sensorial e circulação nas quatro
9.
extremidades.
ENFERMAGEM
PRÉ-HOSPITALAR
LESÕES ESPECÍFICAS - 2

Prof.
LESÃO POR ARMA DE FOGO –VÍDEO
MATERIAIS DE RESTRIÇÃO

MACA SCOOP IMOBILIZADOR DO TIPO COLCHÃO A VÁCUO


MATERIAIS DE RESTRIÇÃO

EFETIVA PARA
TRANSPORTE DE
CURTA DURAÇÃO

DEVE SER EVITADA


QUANDO POSSÍVEL EM
TRANSPORTES LONGOS

PRANCHA LONGA RÍGIDA IMOBILIZADOR DE CABEÇA (HEAD BLOCK)


COLAR CERVICAL

DIRETRIZES PARA USO DOS


COLARES CERVICAIS RÍGIDOS

 Devem ser do tamanho adequado para cada paciente.


COLAR CERVICAL ORTOPÉDICO  Não devem inibir a capacidade do paciente de abrir a
boca ou a capacidade do profissional abrir a boca da
vítima.
 Não devem dificultar a ventilação.
 Remover colar cervical na presença de sinais de PIC
elevada (lentificação ou ausência de reflexo pupilar,
aparecimento de hemiplegia ou hemiparesia, declínio
de dois pontos ou mais na GCS).

COLAR CERVICAL RÍGIGO


COLAR CERVICAL RÍGIDO

PROMOVEM AUSÊNCIA DO MOVIMENTO MAS


NÃO OFERECEM IMOBILIZAÇÃO COMPLETA
Um colar frouxo demais Um colar apertado demais
será ineficaz e pode, pode comprimir os vasos
acidentalmente, cobrir sanguíneos cervicais,
a parte anterior do mento, causando aumento da
a boca e o nariz. pressão intracraniana.

Um colar grande demais Um colar muito curto


causará distração da coluna permitirá flexão significativa
ou permitir movimentação ou compressão da coluna por
completa. sobrecarga.
USO INCORRETO DO COLAR CERVICAL
APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL

O PRIMEIRO SOCORRISTA O SEGUNDO UTILIZA OS DEDOS PARA MEDIR ENTRE O SEGUNDO SOCORRISTA UTILIZA A MEDIDA PARA
OFERECE ESTABILIZAÇÃO MANUAL A PARTE INFERIOR DA MANDÍBULA E O OMBRO SELECIONAR UM COLAR CERVICAL APROPRIADO

CERTIFIQUE-SE QUE O COLAR ESTÁ APLIQUE O COLAR CERVICAL MANTENHA A ESTABILIZAÇÃO MANUAL E
TRAVADO NO TAMANHO ADEQUADO ENQUANTO MANTEM A ESTABILIZAÇÃO MANUAL CERTIFIQUE-SE QUE A VIA AÉREA ESTÁ LIVRE
REMOÇÃO DO CAPACETE
O PRIMEIRO SOCORRISTA SE POSICIONA ACIMA DA CABEÇA DA VÍTIMA E COM AS
PALMAS DAS MÃOS ESTABILIZA O CAPACETE, A CABEÇA E O PESCOÇO NO
ALINHAMENTO MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DO NEUTRO. UM SEGUNDO
PROFISSIONAL ABRE OU REMOVE O ESCUDO FACIAL, TIRA OU CORTA
A CINTA JUGULAR E REMOVE OS ÓCULOS, QUANDO PRESENTES

A MANDÍBULA DO PACIENTE É SEGURADA ENTRE O


O PRIMEIRO PROFISSIONAL PUXA A LATERAL DO APÓS A REMOÇÃO DO CAPACETE, DEVE-SE
POLEGAR E OS PRIMEIROS DOIS DEDOS AO NÍVEL DO
CAPACETE E REALIZA MOVIMENTOS PARA CIMA E COLOCAR UM COXIM ATRÁS DA CABEÇA DO
ÂNGULA DA MANDÍBULA. A OUTRA MÃO É COLOCADA
PARA BAIXO AO MESMO TEMPO QUE PUXA PARA PACIENTE PARA MANTER POSIÇÃO
NA REGIÃO OCCIPITAL. OS ANTEBRAÇOS SÃO
FORA NEUTRA E ALINHADA
APOIADOS NO CHÃO OU NA COXA
ROLAMENTO EM BLOCO

O PRIMEIRO SOCORRISTA SEGUNDO SOCORRISTA AO NÍVEL DO TÓRAX E A PRANCHA DORSAL LONGA É COLOCADA COM A
MANTEM A ESTABILIZAÇÃO NEUTRA TERCEITO AO NÍVEL DO JOELHO EXTREMIDADE POSICIONADA ENTRE OS JOELHOS

QUANTO ESTIVER NO CHÃO A VÍITIMA É SEGURADA


A VÍTIMA É ALINHADA PARA CIMA E LATERALMENTE O PACIENTE É FIXADO NO DISPOSITIVO
FIRME PELOS OMBROS E PELVE
TRAUMA ABDOMINAL

PAREDE ABDOMINAL

BAÇO

LIGAMENTO

REPRESENTAÇÃO DE
ÓRGÃOS ARRANCADOS DO
PONTO DE FIXAÇÃO NA
PAREDE ABDOMINAL

MESENTÉRIO INTESTINO GROSSO

CISALHAMENTO COMPRESSÃO
TRAUMA ABDOMINAL

A MENTALIZAÇÃO DA
PROVÁVEL TRAJETÓRIA DO
OBJETO PENETRANTE, COMO
UMA BALA OU O TRAJETO DE
UMA LÂMINA DE FACA, PODE
AJUDAR A IDENTIFICAR OS
POSSÍVEIS ÓRGÃOS LESADOS

COMPRESSÃO
SINAIS DE TRAUMA ABDOMINAL

A EQUIMOSE PERIUMBILICAL

B EQUIMOSE NOS FLANCOS


Sinal de Cullen e Grey-Turner

Sinal tardio, não


observado nas primeiras
horas após a lesão.
CUIDADOS COM EVISCERAÇÃO

 Utilizar curativo estéril (ou


limpo) e úmido sobre
feridas abdominais abertas
ou onde há evisceração.

 Não se deve tentar colocar


os órgãos eviscerados
dentro da cavidade.
EVISCERAÇÃO
LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS

EMBORA ESTAS LESÕES


CAUSEM GRANDE IMPACTO
VISUAL, GERALMENTE NÃO
É UMA CONDIÇÃO POTEN-
CIALMENTE FATAL NO
CURTO PRAZO, EXCETO
QUANDO HÁ HEMORRAGIA
ASSOCIADA.
TIPOS DE LESÃO

FRATURA ABERTA FRATURA FECHADA


MEMBROS DEFORMADOS

Em geral, os prestadores de primeiros socorros não devem


PRIMEIROS SOCORROS mover ou tentar endireitar uma extremidade lesionada.

Se for notado um membro deformado sem pulso, deve-se


tentar realinhar o membro.
ATENDIMENTO
Em tais situações, os profissionais de saúde devem proteger a
PRÉ-HOSPITALAR pessoa lesionada, incluindo imobilização de uma forma que
limite a dor, reduza a chance de lesões adicionais e facilite o
transporte seguro e rápido.
CUIDADOS COM FRATURA ABERTA NO APH

 Utilizar curativo estéril (ou limpo) e


úmido sobre extremidades ósseas
expostas.

 Lavar com soro fisiológico para


remoção de contaminação evidentes.

 Realizar tentativa de alinhamento e


imobilização, se não for possível
alinhar, imobilizar da forma que foi
encontrada.
FRATURA ABERTA
IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS
PRINCÍPIOS:

 Imobilizar a articulação e o osso acima e


articulação e o osso abaixo do local da lesão.

 Preferencia por talas acolchoadas.

 Avaliar funções neurovasculares antes e depois de


aplicar uma imobilização.

 Considerar elevar uma extremidade, se possível.


AMPUTAÇÃO

AMPUTAÇÃO TOTAL DE POLEGAR E


SEGMENTO AMPUTADO
AMPUTAÇÃO PARCIAL DO INDICADOR
AMPUTAÇÃO

RESULTADO DO REIMPLANTE DO POLEGAR


CUIDADOS COM MEMBRO AMPUTADO

 Limpar a parte amputada enxaguando


delicadamente com solução de Ringer
Lactato.
 Envolver a parte com gaze estéril
umedecida com SRL e colocá-la em
saco plástico ou recipiente.
 Após a rotulagem do saco, colocá-lo
em um recipiente externo cheio de
gelo triturado.
 Não colocar a parte amputada
diretamente no gelo.
TIPOS DE LESÃO

 Imobilize na posição encontrada e transporte ao


departamento de emergência.

 A aplicação de frio diminui a hemorragia, o edema,


a dor.

 Mistura de gelo e água; a mistura é melhor do que o


gelo sozinho. Os pacotes de gel recongeláveis não
resfriam tão efetivamente quanto uma mistura de
água gelada.

 Para evitar lesões por frio, limite cada aplicação de


frio a períodos ≤20 minutos. Se esse período de
LUXAÇÃO tempo for desconfortável, limite a aplicação a 10
Separação de dois ossos na articulação minutos. Coloque uma barreira, como uma toalha
fina, entre o recipiente frio e a pele.
TIPOS DE LESÃO

ENTORSE
Estiramento ou laceração de ligamento
TRAUMAS SUPERFICIAIS

Feridas superficiais e abrasões


devem ser completamente
irrigadas com um grande volume
de água potável morna ou em
temperatura ambiente com ou
sem sabão até que não haja
corpos estranhos na ferida.

*Considerar a necessidade de creme ou pomada antibiótica.


“Se você salva uma vida, é um herói mas
se salva 100 vidas, é uma Enfermeira”
Ratched

E ASSIM CONCLUÍMOS O MÓDULO


DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS!
REFERÊNCIAS
Brennan PM, Murray GD, Teasdale GM. Simplifying the use of prognostic information in traumatic brain injury.
Part 1: The GCS-Pupils score: an extended index of clinical severity. J Neurosurg. 2018 Jun;128(6):1612-1620. doi:
10.3171/2017.12.JNS172780. Epub 2018 Apr 10. PMID: 29631516. Disponível em:
https://doi.org/10.3171/2017.12.JNS172782.

PHTLS - Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 9. ed. Burlington: Jones & Bartlett Learning, 2020.

COMITÊ DE TRAUMA DO COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES; Advanced Trauma Life Suport (ATLS), 9ª Ed
2014.

Canadian Red Cross. Comprehensive Guide for First Aid & CPR. 2017 The Red Cross Society. ISSN: 978-1-
55104-709-6

Você também pode gostar