ADVOCACIA

FERTONANI
LAURETO■
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA
COMARCA DE ITANHAÉM – ESTADO DE SÃO PAULO.

Autos nº ______________

NAMOA POLLASTRINI, pessoa jurídica de direito privado,

inscrita no CNPJ n° 40.202.183/0001-42, com endereço comercial situado na
Praça 22 de Abril, 38, Centro, Itanhaém, CEP: 11740-000, São Paulo, endereço
eletrônico: adm@namoapollastrini.com.br, representada neste ato por seu
sócio administrador e JOÃO LUIZ DE LIMA JUNIOR, brasileiro, divorciado,
empresário, inscrito no RG n° 45.033.929-4, CPF: 369.034.945-61, representados
neste ato por seus procuradores, que ao finam, advogado, inscritos na OAB/PR
sob o nº 71.045 e 71.809, respectivamente, ambos com escritório profissional
situado na Av. Carneiro Leão, nº 833, Zona 04, Maringá/PR CEP: 87014-010, onde
recebe avisos e intimações, e-mail: contato@fertonanilaureto.com.br, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, ajuizar o pedido de

TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE

em face da ELEKTRO REDES S.A., pessoa jurídica concessionária de serviço

público, inscrita sob o CNPJ nº 02.328.280/0001-97, inscrição Estadual nº
244.868.522.118, com sede Rua Ary Antenor de Souza, 321, - JD. Nova América,
cidade de Campinas/SP, CEP 13053-024 e endereço local R. Peruíbe, 351 - lj 2
- Praia dos Sonhos, Itanhaém - SP, 11740-000, pelos motivos de fato e de
direito que passa a expender, pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos a
seguir.

01) DOS FATOS E DIREITOS:

O requerente João encontra-se como titular da unidade

consumidora TH0138060, conforme faturas em em anexo, contudo, quem de
fato utilizada a referida unidade é a requerente empresa HOTEL Namoa
Polastrini.

Essa sitiaçao justifica-se, pelo fato de que quando foi

solicitada a ligação da energia elétrica, o requerente João e seus sócios ainda
não haviam constituído a pessoa jurídica do HOTEL, que posteriormente foi
constituido, sendo que ainda ao tentado a troca de titularidade junta a
requerida, lhe foi negado, mantendo-se o status quo, ate hoje.

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Assim, em que pese estar sob a titualidade o Sr. João, quem

de fato utilizada a unidade consumidora é o HOTEL Namoa Polastrini, que atual
no ramo de hospedagens.

Ocorre que por questões da sublocação da área do

restaurante, que ora é discutida em autos próprios, somado ao baixa
temporada, os requerentes deixaram de horar com os pagamentos da Energia
Elética no período de 11/2022 a 10/2023.

Contudo, os pagamento referente a 11/2023 a 03/2024, ou

seja, os últimos 05 meses estão devidamente quitados conforme faturas e
comprovantes em anexo.

Ocorre que, no dia de hoje 20 de março de 2024,

comparece o funcionário da Requerida, Sr. Diego Alves dos Santos, conforme
crachá em anexo, e mesmo os requerentes apresentando os comprovante, o
mesmo procedeu com corte imediato da energia elétrica do Imóvel,
informando que tratava-se de ordem da requerida.

Após o corte, os requerentes compareceram a agência

local da requerida através do protocolo 01.179745223 (anexo), ocasião em que
apresentaram os comprovantes, contudo, foram informados de que somente
poderam efetuar o religamento da energia, caso os requerente
apresentassem todas as contas quitadas.

Ocorre que, o corte de energia só pode ser efetuado em um

limite máximo de 90 dias após o vencimento da conta de luz em questão.

Caso o prazo para o corte de energia seja ultrapassado, a

companhia elétrica não terá autorização para realizar a suspensão do
fornecimento de energia.

Tal entendimento encontra-se regulamento através da

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL RESOLUÇÃO
NORMATIVA ANEEL Nº 1.000, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2021, em seu artigo 357,
vejamos:

Art. 357. É vedada a suspensão do fornecimento após o

decurso do prazo de 90 dias, contado da data da fatura
vencida e não paga, sendo permitida depois desse prazo
apenas se ficar comprovado que o impedimento da sua
execução decorreu de determinação judicial ou outro motivo
justificável.

Excelência, os requerentes, estão com os pagamento

de 11/2023 a 03/2024 em, ou seja, os últimos 05 meses estão devidamente
quitados conforme faturas e comprovantes em anexo.

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Assim, o corte de energia decorrente de período
posterior aos últimos 90 dias é totalmente descabido e ilegal conforme
regulamentação da ANEEL, tratando-se de flagrante uso arbitrário das
próprias razões, confome prevê o artigo 345 do Código Penal:

“Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer

pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o
permite: Pena - detenção, de quinze dias a um mês,
ou multa, além da pena correspondente à violência.”

Ainda, a solicitação de todos os comprovante de

pagamentos em períodos superiores aos 90 dias, é totalmente abusivo e
desproporcional eis que existem outros meios para que a requerida busque a
satisfação do seu crédito, sendo que o corte prejudica totalmente o
funcionamento da atividade exercida pelos requerente, qual sea, HOTEL!

Assim, justifica-se o presente pedido de TUTELA

CAUTELAR ANTECEDENTE, conforme demonstrado.

02) DO PERICULUM IN MORA:

Conforme já informando, no imóvel em que encontra-

se a unidade consumidora, trata-se de um HOTEL, que atual no ramo de
hospedagem.

Dito isto, resta claro que com a interrupção abrupta no

fornecimento de Energia Elétrica pela requerida, causou e irá causar ainda mais
transtornos, visto que há hospedes no hotel que teram que ser remanejados,
e ainda hospedes que irão fazer cheking nos próximos dias, bem como,
alimentos e bebidas em estoque nos freezers que se perderão e todo um
efeito em cascata no empreendimento, maculando seu bom nome!

Portanto, a demora no religamento, poderá

inviabilidade a atividade, tendo em vista que, rescentemente o setor hoteleiro
acabou de sair de um período de grandes restrições e que ainda não se
recuperou.

Sendo assim, a falta de energia mesmo por um curto

período, poderá significar o encerramento das atividades dos requerentes, com
a perda da credibilidade, afastamento dos hóspedes e demissão de
funcionários, todo que faz girar o empreendimento comercial.

Isto posto, roga-se pelo deferimento de liminar,

inaudita altera pars, a fim de determinar o religamento imediato da unidade
consumidora TH0138060 localizada na Praça 22 de Abril, 38, Centro, Itanhaém,
CEP: 11740-000, São Paulo (Hotel – Namoa Polastrini), sob pena de multa diária
a ser estabelecida por Vossa Excelência.

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03) DA AÇÃO QUE SERÁ PROPOSTA:

Os requerentes, esclarecem que no prazo legal,

apresentaram o seu pedido principal nos termos do artigo 308 do CPC, que
consistirá na obrigação de fazer para que a requerida reestabeleça a energia
elétrica na referido unidade consumidora, bem como, pedido de indenização
sem prejuízo de eventuais perdas e danos.

04) DOS PEDIDOS:

Ante o exposto, como medida acautelatória, urgente e

preparatória de ação ordinária que lhe seguirá, requer-se:

a) Seja deferida em caráter liminar, inaudita altera

pares, para o fim de determinar o
religamento/reestabelecimento imediato da
unidade consumidora TH0138060 localizada na
Praça 22 de Abril, 38, Centro, Itanhaém, CEP:
11740-000, São Paulo (Hotel – Namoa Polastrini),
sob pena de multa diária a ser estabelecida por
Vossa Excelência;

b) Citação da requerida, por oficial de justiça, no

entereço da qualificação inicial, para que
querendo, no prazo legal, apresente resposta que
tiver, sob pena de revelia e confissão quanto à
matéria de fato;

c) Se necessário for, protesta a exequente em provar

o alegado por todos os meios de prova admitidos
em direito, inclusive pugnando pela juntada de
mais documentos no decorrer da demanda,
devendo ao final o presente pedido ser acolhido
na sua totalidade.

Dá-se a presente causa o valor de R$ 1.000,00 (mil

reais), para fim de alçada.

Nestes termos
Pede e espera deferimento.
Maringá, 20 de março de 2024.

(Assinado digitalmente) (Assinado digitalmente)

Fernando Fertonani Welyghton Laureto Caldas
OAB/PR 71.045 OAB/PR 71.809

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