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( E.F.E.S)
O processo diagnóstico consta por uma série de passos por cujo meio se
realiza o reconhecimento das dificuldades, o prognóstico e as indicações.
Os objetos são deixados sobre uma mesa, organizados de tal forma que o
entrevistado precise abrir as caixas de lápis, o estojo, apontar o lápis preto sem
ponta, procurar o que deseja observar todo material para decidir o que vai
utilizar.
1. CONSIGNAS E INTERVENÇÕES
As consignas e intervenções possibilitam observar:
Consigna aberta: “Gostaria que você me mostrasse o que quisesse com esses
materiais”.
Consigna Fechada: “Gostaria que você me mostrasse outra coisa que não
seja…”, ou “Gostaria que você me mostrasse algo diferente do que já me
mostrou”.
Consigna Direta: “Gostaria que me mostrasse algo de… (matemática, escrita,
leitura)”.
Consigna Múltipla: “Você pode ler, escrever, pintar, recortar desenhar, etc?”.
Consignas para Pesquisa: “Para que serve isto, o que você fez que horas são,
que cor você está utilizando?”
As respostas geralmente após a consigna de abertura são:
1. Sujeito começa a fazer algo (desenha, pinta, recorta, etc)
2. Pede que lhe indique o que precisa fazer, ao que se responde: “o que você
quiser”.
3. Fica totalmente paralisado sem poder reagir. Mesmo diante do modelo múltiplo
não realiza nada.
Qualquer uma das respostas já são dados significativos para a avaliação.
1. Temática
Consiste em tudo que o sujeito diz, o que terá, como toda conduta humana, um
aspecto manifesto e outro latente;
Dinâmica
consiste em tudo que o sujeito faz e não é estritamente verbal: gestos,
tom de voz, postura corporal, etc. a forma de sentar ou de pegar o lápis podem
ser mais reveladoras que os comentários e até mesmo que o produto.
Produto
é o que o sujeito deixa gravado no papel, na dobradura, na colagem,
etc. incluindo a seqüência em que foram feitos.
Dimensão afetiva
Alguns indicadores:
Alterações no campo geográfico e o de consciência (distração, inadequação da
postura, fugas, etc).
Aparecimento de condutas defensivas (medos, resistência à tarefas, à
mudanças, à ordens, etc).
Ordem e escolha dos materiais.
Aparecimento de condutas reativas (choro, ansiedade, etc).
Dimensão cognitiva
Alguns indicadores:
Leitura dos objetos e situação Utilização adequada dos objetos;
Estratégias utilizadas na produção de tarefas Organização;
Planejamento da atividade (antecipação) Nível de pensamento utilizado.
2. POSTURA DO EXAMINADOR
Deve ser um mero observador da conduta do avaliado;
Participando com intervenções somente quando achar necessário.
Utilizarse de vários tipos de consignas para maior riqueza das observações.
Colocar limites quando achar necessário.
Quando o avaliado apresenta dificuldades para entrar na tarefa, deverá utilizar
consigna múltipla para facilitar a decisão do avaliado.
Caso o avaliado permaneça sem iniciativa, devemos lembrar também que esta
também é uma postura a ser analisada, é uma forma de agir frente a situações
novas, deve ser avaliada em seus vários fatores.
Se necessário, pode ser feitas mais de uma entrevista de EOCA.
3. FORMA DE REGISTRO
Papel pautado dividido em duas colunas, sendo a da esquerda maior, pois
servirá para as anotações do que ocorrerá na entrevista e a coluna da direita
para anotações das hipóteses levantadas. Deve-se anotar tudo que ocorrer,
postura, ações, palavras, frases, etc.
Por ser o jogo inerente ao homem, e por revelar sua personalidade integral de
forma espontânea, é que se pode obter dados específicos e diferenciados em
relação ao Modelo de Aprendizagem do paciente. Assim, aspectos do
conhecimento que já possui, do funcionamento cognitivo e das relações
vinculares e significações existentes no aprender, o caminho usado para
aprender ou não-aprender, o que pode revelar, o que precisa esconder e como
o faz podem ser claramente observados através do jogo.