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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVÍNCIA DE NAMPULA
GOVERNO DO DISTRITO DE MUECATE
SERVIÇO DISTRITAL DE EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E TECNOLOGIA
POSTO ADMINISTRATIVO DE IMALA
ZONA DE INFLUENCIA PEDAGÓGICA Nº 1

RELATORIO ANUAL DA ZIP Nº 1 DE IMALA

Introdução

Zona de Influencia Pedagógica é um órgão de apoio pedagógico que agrupa um conjunto de


escolas básicas e/ou secundárias visando a superação pedagógica dos respectivos professores e
alunos. Os critérios para a formação da ZIP é o agrupamento de escolas, mínimo são três e
máximo de seis escolas, e que a distância que separa uma escola da sede da ZIP não deve
exceder 10 quilómetros. É na escola-sede onde os professores se reúnem para planificação e
capacitação. A ZIP serve de base para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem,
realizando acções de coordenação, supervisão, aperfeiçoamento e avaliação pedagógica dos
professores. A ZIP coordena todas as actividades desenvolvidas no agrupamento.

O objectivo deste relatório é contemplar e descrever informações detalhadas sobre as atividades


realizadas durante o 1º trimestre do ano em curso de 2018. E achamos pertinente este relatório
porque vai-nos ajudar a compreender que a zona de influência pedagógica é uma estrutura segura
para alcance dos objectivos da educação e melhoria de qualidade de ensino. E para descrever
metodologicamente, o relatório vai se cingir na lógica dos aspectos abaixo mencionados:

 Aspectos organizacionais;
 Acção estratégica
 Recursos humanos;
 Relação social;
 Efectivo escolar;

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 Distribuição de livro escolar;
 Produção escolar;
 Lanche escolar;
 Realização de Exames;
 Aproveitamento pedagógico;
 Dificuldades;
 Perspectivas
 Conclusão.

1. Aspecto organizacional

No que tange a este ponto, importa-nos referir que o ano arrancou com as inscrições de alunos
em todas as escolas desta jurisdição pedagógica com limpeza dos recintos escolares, abertura de
machambas nas escolas, formação de turmas, elaboração de horários, atribuição de turmas aos
docentes, dosificação de programas de ensino, planificação de aulas, elaboração conjunta de
plano anual de actividades e plano de Desenvolvimento da Escola e do Regulamento Interno da
Escola e terminou com a elaboração do projecto politico pedagógico.

Neste contexto, os professores da primeira e 2ª (1ª e 2ª) classe, planificaram juntos na ZIP, visto
que alguns conteúdos do programa do ensino para estas classes são novos. E desta forma,
constituiu uma dinâmica da ZIP uma vez que nestas classes foram introduzidos novos programas
do ensino.

2. Acção estratégica
Planificação Institucional: Neste semestre foi concluído o processo de planificação institucional
da ZIP, cujo objetivo geral é desenhar o Plano de desenvolvimento da instituição e a aplicação de
modelos concebidos para as especificidades das Escolas Primarias que pertencem a esta ZIP de
Imala, tendo como foco o modelo gerêncial e os mecanismos de governação institucional, o
desenvolvimento de sistema de programação vinculado à orçamentação e o sistema de avaliação.
Desta forma, a planificação para o desenvolvimento, baseou-se em quatro (4) eixos fundamentais
que são: Funcionamento, Acesso, Qualidade e Capacidade institucional e por último, a ZIP fez o
seu Projecto Politico Pedagógico.
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1. Recursos humanos
Normalmente, designa-se recursos humanos ao conjunto de trabalhadores ou empregados que
fazem parte de uma empresa ou instituição e que se caracterizam por desempenhar uma variada
lista de tarefas específicas à cada setor. Neste contexto, a ZIP nº1 de Imala, possui 42 professores
distribuídos em cinco escolas. Este número não responde cabalmente o efectivo escolar que a
ZIP inscreveu para este ano lectivo de 2018. Contudo isto, ditou a criação de turno e meio em
quatro escolas, nomeadamente a Escola primaria Completa de Navurune, Namete, escola
primária de Nagonha e na Escola Primaria de Ampuaia.
Neste presente momento a ZIP precisa de cinco professores para responder a este desafio. E com
a insuficiência de professores, faz com que o processo de ensino/aprendizagem não se perpetue
como deveria ser. Visto que poucos professores que temos trabalham a dobrar.

2. Relação social
Relação social é o conjunto de interacções, contactos, convívios entre os indivíduos ou grupos
sociais, seja em casa, na escola e no trabalho. As relações sociais são necessárias para a vida em
sociedade, pois motivam e orientam o homem no seu processo de desenvolvimento. Em contra
partida, os homens não apenas vivem em sociedades, mas também produzem sociedades para
viverem; no decorrer de sua existência inventam novas maneiras de pensar e agir sobre si
mesmos assim como sobre a natureza que os cerca.

Neste âmbito, a relação social é uma confrontação socializante. A socialização sempre tem dois
lados: ela é ao mesmo tempo produção de pertencimentos e geração de separações. Contudo, a
ZIP nº 1 de Imala, vive uma relação social socializante.

1. Efectivo escolar
As estatísticas e mapas elaborados no dia 3 do mês de Março, indicam que foram inscritos a
nível de toda ZIP, cerca de 3.049 alunos de 1ª a 7ª classes. Destes, na Escola primaram do 1º
grau foram inscritos 2.760 alunos e nas escolas primarias do 2º graus 289 alunos. E todos esses
formam o efectivo escolar, assistidos por 42 professores.

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2. Distribuição do Livro escolar
No mês de Fevereiro, a ZIP recebeu do Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
(SDEJT) livros escolares, os quais a ZIP distribuiu para as respectivas cinco (5) escolas. E a
quantidade de Livros foi suficiente. E por sua vez a escola distribuiu para os alunos.

Producao escolar
O que tange a este ponto, a nível da ZIP todas as escolas têm machambas com diversas culturas,
nomeadamente: Feijões, mandioca e entre outras.

3. Lanche escolar
O processo de lanche escolar do projecto “Juntos educando a criança” da World Vision, decorreu
num ritmo normal e satisfatório. É notório os objectivos do projecto: progresso pedagógico,
retenção ou permanência de alunos na escola até a hora prevista do expediente ou do fim de
aulas lectivas. Nesta ZIP, todas as escolas há lanche escolar e anteriormente não tinha sido
contemplado a escola primária de Nagonha, por ser uma escola recém-criada, mas a partir do 3º
trimestre do ano passado, os alunos desta, começaram a se beneficiarem do lanche escolar.

4. Realização de APs

A avaliação educacional na escola é uma tarefa didática pedagógica, necessária e permanente no


trabalho do professor. Ela deve acompanhar todos os passos do processo de ensino e
aprendizagem. De antemão, é através da mesma que vão sendo comparados os resultados obtidos
no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, conforme os objetivos propostos, a
fim de verificar progressos, dificuldades e orientar o trabalho para as correções necessárias. A
avaliação insere-se não só nas funções didáticas, mas também na própria dinâmica e estrutura do
Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA). A avaliação de aprendizagem é mais frequente no
caso dos alunos e é feita através de provas escritas, orais, testes, participação nas aulas, exames e
entre outros.
Portanto, as avaliações (APs) decorreram num ritmo normal no período e horas previstas,
conforme o calendário nacional de APs. Este processo, acompanhou-se com a supervisão interna
do coordenador e dos directores das escolas, não houve constrangimentos
.

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5. Aproveitamento Pedagógico
Entende-se como todo o rendimento escolar (ou académico) referente à avaliação do
conhecimento adquirido no âmbito escolar. Neste sentido, também abarca a capacidade do aluno
em responder aos estímulos educativos.

Portanto, conforme os mapas do levantamento estatísticos de 3 de Março, apresenta-nos o


efectivo escolar da ZIP: foram avaliados os alunos, vide o mapa em anexo. E o seu
aproveitamento pedagógico é de 84%, (vide os mapas de aproveitamento pedagógico em anexo).

6. Dificuldades
Num universo de 3.049 alunos, foram assistidos por 42 professores. Relativo a isto, as turmas
são numerosas e o professor não tem a capacidade de gestão pedagógica da turma. Naturalmente,
surgem dificuldades de natureza de aprendizagem que estão relacionadas aos problemas que não
decorrem de causas educativas, ou seja, aquelas instâncias em que, mesmo após uma mudança na
abordagem educacional do professor, o aluno continua apresentar os mesmos sintomas.

Estas e outras são situações que nos custam um grande esforço para minimizar. Por vezes,
chamadas como desordens ou transtornos de aprendizagem. Este, é um tipo de desordem pela
qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente. A desordem afecta a
capacidade do cérebro em receber e processar informação. E pode tornar problemático para uma
aprendizagem muito lenta quanto o de outro, que não é afetado por ela. Estas e outras também
constituem nossas dificuldades:

- Ausência de professores no período de salário, embora termos feito uma escala de saídas
referente a este período, os dois dias que o professor está ausente na sala de aulas, contribui para
o aspecto negativo no aproveitamento pedagógico da criança.

- Faltas frequentes dos alunos, por vezes pode vir a ser uma consequência de ausência do
professor no período de salário;

- Pais e encarregados de educação que não acompanham o processo de aprendizagem dos seus
filhos e educandos. Neste contexto, eles consideram a escola como lugar próprio onde podem

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deixar suas crianças para praticarem suas actividades normais do campo e ao regressarem
encontram seu filho alimentado com lanche escolar, sem objectivos educacionais.

- Falta de cardeiras nas salas de aula, desmotivando o aluno;

7. Perspectivas

A comunidade vem sendo caracterizada como um sistema onde todos os seus membros se
influenciam reciprocamente, mas, por sua vez, esta pertence ao mais amplo sistema da
sociedade, do qual recebe múltiplas influências. Por isso, não só os pais têm a responsabilidade
para educar a competência social de seus filhos, nem tao pouco podem se ver como os únicos
causadores dos problemas de comportamento social que estes apresentam.

Neste contexto, a nossa perspectiva é o ponto de vista concreto, particular e subjetivo. É de


redobrarmos o esforço e fazer com que a comunidade venha associar-se a nós na educação das
crianças começando de casa onde passam maior tempo de permanência. Será a partir desta
ligação comunidade/escola que vai-se minimizar as desistências massivas dos alunos.

Ainda neste ponto de perspectivas, a alocação de cardeiras poderá de forma inevitável,


impulsionar o aluno a tomar uma consciência de cadeia de valores, diferenciando escola e casa
onde habitualmente vive junto com os seus pais.

8. Conclusão

Depois de uma profunda análise das actividades desenvolvidas durante o 1º trimestre do ano em
curso, concluímos que apesar de algumas dificuldades que defrontaram-nos, o ritmo das
actividades foi muito exaustivo, num ambiente ordeiro e harmonioso. E a percentagem do
aproveitamento pedagógico dos alunos, espelha o esforço deles e de seus professores. Por outro
lado, revela um trabalho participativo, onde todos os atores professaram o mesmo
comprometimento, mesmos objectivos e juntos apontaram a mesma meta. Revelou também uma
visão e missão coordenada, troca de experiência que contou com a contribuição dada pela
direcção da escola, no apoio em material e planificação conjunta.

Imala, aos ___ de __________ de 2018.

O Gestor da Escola 6

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Salvador Muapassa
//Doc.N1//

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