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HCTCO – UNIFESO

Internato de Pediatria – PED 2


Discussão de caso clínico – 11/03/2024
Prof. Mario Simões
Aluna: Amanda Juliat da Silveira

Caso clínico 2

1- Qual o diagnóstico sindrômico? R: Doença hemorrágica do RN

2- Qual o diagnóstico mais provável? Justifique apontando os pontos chaves que


suportam a hipótese diagnóstica. R: Deficiência de Vitamina K, quadro clássico;
PTT e TAP prolongados sem alteração plaquetária, tempo de início do
sangramento do sistema digestivo (2º dia de vida), ausência da profilaxia de
Vit K após o nascimento e ausência de profilaxia materna de vit K.

3- Qual a fisiopatologia dessa doença? Comente. R: A vit K está no grupo das


vitaminas lipossolúveis, tem papel importante na hemostasia, sendo
necessária para modificação e ativação dos fatores de coagulação II, VII, IX, X,
proteína C e S e outras proteínas. Na ausência da vit K, o fígado faz a síntese
de proteínas precursora inativas, como ela é lipossolúvel só pode ser
absorvida no intestino na presença de sais biliares; a capacidade de
armazenamento dessa vitamina é baixa e a meia-vida é curta, ocorrendo
então deficiência dos fatores de coagulação, levando à sangramentos.

4- Que teste possibilitou a identificação do sangue presente nas fezes do recém-


nascido? Explique o fundamento desse teste e sua interpretação. R: teste de Apt-
Downey, para a sua realização mistura-se as fezes do RN com água na
proporção de 1:5 e centrifuga a mistura, adiciona-se 1 ml 0,25 N de hidróxido
de sódio em 5ml do sobrenadante e espera 5min, se a coloração dor rósea o
sangue nas fezes é do RN se for marrom-amarelada é materno.

5- Quais os principais diagnósticos diferenciais? R: Trombocitopenia imune,


infecção oculta, doença de medula óssea (Plaquetas diminuídas, TP normal e
PTT normal); deficiência hereditária dos fatores de coagulação (plaquetas
normais, TP normal, PTT aumentada); anormalidade qualitativa plaquetária
(raro), traumatismo, alterações anatômicas, deficiência de fator XIII (raro)
(plaquetas, TP e PTT normais).
6- Que medicamento fez parar o sangramento e normalizou os valores do TAP e PTT?
R: Vitamina K na dosagem de 1 a 2mg por via endovenosa.

7- Quais as complicações dessa doença? R: As complicações na forma clássica


são menos comuns, mas envolve agravamento do sangramento, mas na forma
tardia as complicações são hemorragia intracraniana, sequelas neurológicas
e mortalidade.

8- Qual o prognóstico? R: Após a administração da Vitamina K a correção dos


fatores de coagulação ocorre dentro de 1-2 horas, a cessação do sangramento
costuma ocorrer de 3-6h e o TP normal é atingido dentro de 12-14 horas.

9- Qual a medida profilática? R: Uso de vitamina K (1 mg) por via IM após o


nascimento, preferencialmente, aumenta os níveis de vit k e previne o quadro
clássico ou 3 doses por via oral nos primeiros 2 meses de vida.

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