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12/03/2024, 12:38 COAD - ORIENTAÇÃO: Salário - Igualdade Salarial

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04/12/2023 - 14:08
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ORIENTAÇÃO: Salário - Igualdade Salarial de evento sobre
ORIENTAÇÃO novas regras para
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SALÁRIO ficais
Igualdade Salarial
11:01
Benefício Fiscal
Entenda as regras sobre a igualdade salarial entre mulheres e homens STF recebe ação
contra a medida
provisória que
revoga benefícios
fiscais do setor de
eventos
A Lei 14.611/2023 trouxe para a legislação trabalhista as regras sobre a igualdade salarial e de critérios 09:52
remuneratórios entre mulheres e homens quando realizam trabalhos de igual valor ou exercem a mesma função. Poder Legislativo
Nesta Orientação, vamos analisar as regras da igualdade salarial e também os critérios que serão utilizados pelo Projeto unifica
procedimentos para
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego para esta avaliação e fiscalização.
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conselhos
1. CONCEITO profissionais
A igualdade é baseada no princípio da universalidade, ou seja, que todos devem ser regidos pelas mesmas regras e
devem ter os mesmos direitos e deveres. 09:42
Desde outubro/88, a Constituição Federal traz, entre outras, as seguintes cláusulas pétreas em seus artigos 5º, Direito Processual
Penal
inciso I e 7º, inciso XXX: Acusado de
violência doméstica
“Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos e outros crimes
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à praticados contra a
propriedade, nos termos seguintes: companheira tem
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; (...)” prisão preventiva
decretada
“Art. 7º – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
09:40
social: (...) Direito Processual Civil
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, Em execução civil,
idade, cor ou estado civil; (...)” juízo pode inscrever
devedor na Central
Já na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, a igualdade de salários entre mulheres e homens é garantida no Nacional de
artigo 5º, com a seguinte redação: Indisponibilidade de
bens
“Art. 5º – A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo.”
mais notícias
Porém, apesar da previsão constitucional e celetista, a igualdade salarial entre homens e mulheres não possuía,
até o momento, legislação específica.
A Lei 14.611/2023, vigente desde a sua publicação, em 4-7-2023, vem trazer às normas brasileiras a
regulamentação sobre o tema, dispondo, no seu artigo 2º:
Indicadores
“Art. 2º – A igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens para a realização de
trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função é obrigatória e será garantida nos termos desta Lei.”. Selic Fev 0,80%
Conforme posição do TST – Tribunal Superior do Trabalho em seu site, “além de estabelecer salários iguais para a IGP-DI Fev -0,41%
mesma função, a nova legislação visa aumentar a fiscalização contra a discriminação e facilitar os processos
IGP-M Fev -0,52%
legais.”.
INCC Fev 0,13%
(CF/88 – Art. 5º, I; Lei 14.611-2023 – Art. 2º) INPC Fev 0,81%
IPCA Fev 0,83%
2. CRITÉRIOS DA IGUALDADE SALARIAL Dolar C 11/03R$4,97710
São asseguradas às trabalhadoras e aos trabalhadores para a realização de trabalho de igual valor ou no exercício Dolar V 11/03R$4,97770
da mesma função:
Euro C 11/03R$5,43750
a) igualdade salarial que, conforme definimos no item 1 desta Orientação, assegura tratamento igualitário às
mulheres e aos homens, com os mesmos direitos e obrigações; e Euro V 11/03R$5,44010
b) igualdade de critérios remuneratórios que assegura que homens e mulheres estejam submetidos aos mesmos TR 08/03 0,0196%
critérios para fixação da remuneração, como, por exemplo, requisitos para a fixação de salário base, requisitos Dep.
para aumentos e promoções, direito a adicionais e gratificações, entre outros. até 12/03 0,5084%
Trabalho de igual valor será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica entre 3-5-12
pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a 4 anos e a diferença de Dep.
tempo na função não seja superior a 2 anos. após 3- 12/03 0,5084%
5-12

(CLT – Art. 461, § 1º; Lei 14.611/2023 – Arts. 1º e 4º)

2.1. MEDIDAS PARA IGUALDADE SALARIAL


A igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens será garantida por meio das seguintes

https://www.coad.com.br/home/noticias-detalhe/123135/orientacao-salario-igualdade-salarial 1/5
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medidas:
a) estabelecimento de mecanismos de transparência salarial e de critérios remuneratórios;
b) incremento da fiscalização contra a discriminação salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e
homens;
c) disponibilização de canais específicos para denúncias de discriminação salarial;
d) promoção e implementação de programas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho que abranjam a
capacitação de gestores, de lideranças e de empregados a respeito do tema da equidade entre homens e mulheres
no mercado de trabalho, com aferição de resultados; e
e) fomento à capacitação e à formação de mulheres para o ingresso, a permanência e a ascensão no mercado de
trabalho em igualdade de condições com os homens.

(Lei 14.611/2023 – Art. 4º)

2.1.1. Diferença entre Igualdade e Equidade


Como vimos na letra “d” acima, a legislação assegura também “equidade entre homens e mulheres no mercado
de trabalho”. Mas qual a diferença entre igualdade e equidade?
A noção de igualdade, via de regra, está relacionada com tratar todas as pessoas da mesma forma e garantir que
todos os indivíduos tenham acesso às mesmas oportunidades. Assim, significa igualdade para trabalhos iguais ou
de igual valor, independentemente de qualquer característica pessoal ou outra forma de identidade.
Já a equidade, por outro lado, reconhece que não somos todos iguais, que nem todos começamos do mesmo lugar
e que é preciso ajustar esse “desequilíbrio”. A noção de equidade está relacionada, portanto, a dar às pessoas o
que elas precisam, de modo que, assim, todos tenham, realmente, acesso às mesmas oportunidades. Podemos
dizer que a equidade é a forma de atingir a igualdade.
Por exemplo: Empresa paga gratificação de assiduidade a todos os trabalhadores que não têm faltas injustificadas
nem apresentam atestados médicos. Esse é um critério igualitário, já que os mesmos requisitos são aplicados a
homens e mulheres. Uma mulher deixou de receber a gratificação porque apresentou um atestado médico por
comparecer a uma consulta pré-natal, direito que lhe é assegurado pelo artigo 392, § 4º, da CLT. Esta gratificação,
portanto, embora tenha critérios igualitários, não é equânime, não aplica critérios de equidade, já que deixa
abordar uma diferença fundamental entre homens e mulheres, que são os direitos assegurados na proteção à
maternidade. Para ter um critério equânime, sem distinção de gênero, esta gratificação deveria ser paga a todos
os trabalhadores que não têm faltas injustificadas nem apresentam atestados médicos, com exceção dos
atestados decorrentes da proteção à gestação, já que a gestação diferencia homens e mulheres.

3. DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO E PENALIDADE


Como regra geral, o artigo 461 da CLT traz a seguinte normatização:
“Art. 461 – Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo
estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.”
Na hipótese de ser detectada discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, o pagamento das
diferenças salariais devidas ao empregado discriminado não afasta seu direito de ação de indenização por danos
morais, consideradas as especificidades do caso concreto.

3.1. MULTA
Além dos pagamentos devidos ao empregado, no caso de infração, a multa corresponderá a 10 vezes o valor do
novo salário devido pelo empregador ao empregado discriminado, elevada ao dobro, no caso de reincidência, sem
prejuízo das demais cominações legais.
Por exemplo: Empregada comprovadamente discriminada em razão de ser mulher tem direito de receber o mesmo
salário de seu colega homem que exerce a mesma função, com nova remuneração fixada em R$ 2.850,00. Nesta
situação:
a) a empregada poderá buscar judicialmente a reparação por danos morais; e
b) a empresa empregadora pode ser multada em R$ 28.500,00 (10 x R$ 2.850,00). Caso seja reincidente, a multa
poderá chegar a R$ 57.000,00 (2 x R$ 28.500,00).
Sobre o assunto, vide também o item 7 desta Orientação.

(CLT – Art. 461, caput e §§ 6º e 7º; Lei 14.611/2023 – Art. 3º)

4. RELATÓRIOS SEMESTRAIS
As pessoas jurídicas de direito privado com 100 ou mais empregados que tenham sede, filial ou representação no
território brasileiro constituídas de fato ou de direito ficam obrigadas à publicação semestral de relatórios de
transparência salarial e de critérios remuneratórios, observada a proteção de dados pessoais de que trata a Lei
13.709/2018 (LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
Observe, portanto, que os relatórios semestrais não se aplicam aos empregadores domésticos, empregadores
pessoa física e pessoas jurídicas de direito público. Estes empregadores, no entanto, apesar de dispensados dos
relatórios, estão obrigados a observar as demais regras legais quanto à igualdade e equidade da remuneração de
homens e mulheres, conforme estudamos nesta Orientação.
Os relatórios de transparência salarial e de critérios remuneratórios serão disponibilizados pelo MTE (conforme
subitem 4.1 desta Orientação) e conterão dados anônimos, ou seja, não identificarão os dados pessoais dos
trabalhadores, e possuirão informações que permitam a comparação objetiva entre salários, remunerações e a
proporção de ocupação de cargos de direção, gerência e chefia preenchidos por mulheres e homens,
acompanhados de informações que possam fornecer dados estatísticos sobre outras possíveis desigualdades
decorrentes de raça, etnia, nacionalidade e idade, observada a legislação de proteção de dados pessoais.

(Lei 14.611/2023 – Art. 5º, caput; Decreto 11.795/2023 – Art. 1º, Parágrafo Único)

4.1. FORMA DE APRESENTAÇÃO E PUBLICAÇÃO DOS RELATÓRIOS PELO MTE


Os relatórios semestrais de transparência salarial e de critérios remuneratórios conterão dados anônimos, ou seja,
não identificarão os dados pessoais dos trabalhadores, e possuirão:
a) informações que permitam a comparação objetiva entre salários, remunerações e a proporção de ocupação de
cargos de direção, gerência e chefia preenchidos por mulheres e homens; e
b) informações que possam fornecer dados estatísticos sobre outras possíveis desigualdades decorrentes de raça,
etnia, nacionalidade e idade, observada também a legislação de proteção de dados pessoais.
O Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios será elaborado pelo MTE – Ministério do
Trabalho e Emprego com base nas informações prestadas pelos empregadores ao eSocial e nas informações
complementares coletadas na aba Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios a ser implementada na área do
empregador do Portal Emprega Brasil, no endereço eletrônico https://servicos.mte.gov.br, com a seguinte
periodicidade:

https://www.coad.com.br/home/noticias-detalhe/123135/orientacao-salario-igualdade-salarial 2/5
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a) Informações complementares, prestadas pelos empregadores: meses de fevereiro e agosto de cada ano,
relativas ao primeiro e ao segundo semestres, respectivamente.
b) Relatórios disponibilizados pelo MTE: nos meses de março e setembro de cada ano, na plataforma do Programa
de Disseminação das Estatísticas do Trabalho, em https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-
br/assuntos/estatisticas-trabalho.
A publicação do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, será obrigatória após a disponibilização da aba Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios a ser
implementada na área do empregador do Portal Emprega Brasil, em https://servicos.mte.gov.br.
O Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios será composto por duas seções, contendo,
cada uma, as seguintes informações:

Informações da Seção
Seção

Seção I a) dados cadastrais do empregador;

Dados extraídos do eSocial b) número total de trabalhadores empregados da empresa e por estabelecimento;

c) número total de trabalhadores empregados separados por sexo, raça e etnia, com os respectivos

valores do salário contratual e do valor da remuneração mensal. O valor da remuneração deverá conter:

salário contratual; 13º salário; gratificações; comissões; horas extras; adicionais noturno, de

insalubridade, de penosidade, de periculosidade, dentre outros; terço de férias; aviso-prévio trabalhado;

descanso semanal remunerado; gorjetas; e demais parcelas que, por força de lei ou de norma coletiva

de trabalho, componham a remuneração do trabalhador; e

d) cargos ou ocupações do empregador, contidos na CBO – Classificação Brasileira de Ocupações.

Seção II a) existência ou inexistência de quadro de carreira e plano de cargos e salários;

Dados extraídos do Portal b) critérios remuneratórios para acesso e progressão ou ascensão dos empregados;

Emprega Brasil c) existência de incentivo à contratação de mulheres;

d) identificação de critérios adotados pelo empregador para promoção a cargos de chefia, de gerência e

de direção; e

e) existência de iniciativas ou de programas, do empregador, que apoiem o compartilhamento de

obrigações familiares.

(Lei 14.611/2023 – Art. 5º, §§ 1º e 4º; Decreto 11.795/2023 – Art. 2º, I e II; Portaria 3.714 MTE/2023 – Arts. 2º, 3º,
5º e 6º)

4.2. PUBLICAÇÃO DOS RELATÓRIOS NAS EMPRESAS


Os Relatórios semestrais de que tratamos no subitem 4.1, disponibilizados pelo MTE, deverão ser publicados nos
sítios eletrônicos das próprias empresas, nas redes sociais ou em instrumentos similares, garantida a ampla
divulgação para seus empregados, colaboradores e público em geral.

(Decreto 11.795/2023 – Art. 2º, § 3º)

4.3. PENALIDADE
A empresa que descumprir as regras que analisamos no item 4 e subitens desta Orientação, no que diz respeito
aos relatórios semestrais, fica sujeita à multa administrativa cujo valor corresponderá a até 3% da folha de
salários do empregador, limitado a 100 salários mínimos, sem prejuízo das sanções aplicáveis aos casos de
discriminação salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens.
Exemplos:
a) À empresa com folha salarial de R$ 125.000,00, poderá ser imposta multa de R$ 3.750,00 (R$ 125.000,00 x 3%).
b) Empresa com folha salarial de R$ 4.560.000,00 terá a multa limitada a R$ 132.000,00, já que 3% da folha
salarial resultaria em R$ 136.800,00, excedendo o teto de 100 salários mínimos, considerando o salário mínimo de
R$ 1.320,00 (valor de 2023).

(Lei 14.611/2023 – Art. 5º, § 3º)

5. IDENTIFICAÇÃO DE DESIGUALDADE SALARIAL OU DE CRITÉRIOS REMUNERATÓRIOS (PLANO DE AÇÃO)


Nas hipóteses em que for identificada desigualdade salarial ou de critérios remuneratórios, as empresas com 100
ou mais empregados deverão elaborar e implementar, em 90 dias, “Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade
Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens”, que deverá estabelecer:
a) as medidas a serem adotadas, as metas e os prazos; e
b) a criação de programas relacionados à:
– capacitação de gestores, lideranças e empregados a respeito do tema da equidade entre mulheres e homens no
mercado de trabalho;
– promoção da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho; e
– capacitação e formação de mulheres para o ingresso, a permanência e a ascensão no mercado de trabalho em
igualdade de condições com os homens.
O plano de ação obedecerá as regras que analisaremos nos subitens a seguir.

(Lei 14.611/2023 – Art. 5º, § 2º; Decreto 11.795/2023 – Art. 3º; Portaria 3.714 MTE/2023 – Arts. 8º e 9º)

5.1. ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO


Após a publicação do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios pelo MTE, verificada a
desigualdade salarial e de critérios de remuneração, os empregadores serão notificados, pela Auditoria Fiscal do
Trabalho, para que elaborem, no prazo de 90 dias, o Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de

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Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens.
A notificação da Auditoria Fiscal do Trabalho será realizada a partir da implementação do Domicílio Eletrônico
Trabalhista, nos termos do artigo 628-A da CLT, ressalvados os procedimentos administrativos de fiscalização que
já estão previstos ou que já foram iniciados nos termos da Instrução Normativa 2 MTP/2021. O prazo de 90 dias
para apresentação do Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios
ocorrerá a partir da primeira notificação.
O Plano de Ação poderá ser elaborado e armazenado em meio digital com certificado digital emitido no âmbito da
ICP-Brasil – Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira e uma cópia deverá ser depositada na entidade sindical
representativa da categoria dos empregados.

(Decreto 11.795/2023 – Arts. 3º, §§ 1º a 3º e 4º, II; Portaria 3.714 MTE/2023 – Art. 7º)

5.1.1. Conteúdo do Plano de Ação


Para elaborar o Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre
Mulheres e Homens, a empresa deverá observar os pontos destacados na notificação da Auditoria Fiscal, posto que
este documento tem por objetivo a regularização da situação de eventuais desigualdades salariais ou de critérios
remuneratórios.
O Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens
deverá conter:
a) medidas a serem adotadas com escala de prioridade;
b) metas, prazos e mecanismos de aferição de resultados;
c) planejamento anual com cronograma de execução; e
d) avaliação das medidas com periodicidade mínima semestral.
O Plano de Ação também deverá prever a criação de programas de:
a) capacitação de gestores, lideranças e empregados a respeito do tema da equidade entre mulheres e homens no
mercado de trabalho;
b) promoção de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho; e
c) capacitação e formação de mulheres para o ingresso, permanência e ascensão no mercado de trabalho em
igualdade de condições com os homens.
A legislação não estabelece qual o profissional responsável pela elaboração do Plano de Ação para Mitigação da
Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sendo esta uma responsabilidade
da empresa notificada pelo MTE. A Consultoria COAD, no entanto, entende que este Plano deve ser elaborado por
profissional com experiência em recursos humanos e análise de planos remuneratórios, que poderá detectar os
problemas apontados pela fiscalização, montando as estratégias obrigatórias para saná-los.

(Decreto 11.795/2023 – Arts. 3º, §§ 1º a 3º e 4º, II; Portaria 3.714 MTE/2023 – Arts. 8º e 9º)

6. DIVULGAÇÕES DE DADOS PELO MTE


Além da divulgação dos relatórios semestrais de transparência salarial e de critérios remuneratórios, de que
tratamos no item 4 e subitens desta Orientação, o Poder Executivo federal disponibilizará de forma unificada, em
plataforma digital de acesso público, observada a proteção de dados pessoais, indicadores atualizados
periodicamente sobre mercado de trabalho e renda desagregados por sexo, inclusive indicadores de violência
contra a mulher, de vagas em creches públicas, de acesso à formação técnica e superior e de serviços de saúde,
bem como demais dados públicos que impactem o acesso ao emprego e à renda pelas mulheres e que possam
orientar a elaboração de políticas públicas.

(Lei 14.611/2023 – Art. 5º, § 4º)

7. PROTOCOLO DE FISCALIZAÇÃO
O protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens
será definido pela SIT – Secretaria de Inspeção do Trabalho, sem prejuízo dos procedimentos fiscais decorrentes da
Lei 9.029/95, que proíbe adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação
de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar,
deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, e que considera crime, com pena de detenção e multa,
as seguintes práticas discriminatórias:
a) a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à
esterilização ou a estado de gravidez;
b) a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem;
– indução ou instigamento à esterilização genética;
– promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de serviços e de aconselhamento ou
planejamento familiar, realizados através de instituições públicas ou privadas, submetidas às normas do SUS –
Sistema Único de Saúde.

(Lei 9.029/95; Portaria 3.714 MTE/2023 – Art. 10)

8. CANAIS DE DENÚNCIA
As denúncias relacionadas à discriminação salarial e de critérios remuneratórios serão apresentadas,
preferencialmente, em canal específico disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, sem prejuízo de
outros que venham a ser criados pelo MTE para esta finalidade.

(Portaria 3.714 MTE/2023 – Art. 11)

FONTE: COAD

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