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14/06/2021 Ead.

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AUDITORIA
DA QUALIDADE

Me. Nathália Junca Nogueira

INICIAR

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introdução
Introdução

Veremos a seguir as etapas de execução da auditoria de qualidade, que abrange quatro fases muito
importantes para o trabalho desenvolvido pelos auditores: preparação inicial, execução da auditoria,
relatório de não conformidades e visitas de acompanhamento e supervisão. As duas primeiras
etapas citadas são realizadas antes da análise sobre as conformidades (ou não) da organização. Já o
relatório de não conformidades e as visitas de acompanhamento e supervisão representam a
atividade final da equipe de auditores, que fornece à instituição os meios de aprimorar a realização
das suas atividades. Ao final desta unidade, você será capaz de entender a dinâmica das etapas,
assim como compreender as ferramentas necessárias para que os auditores de qualidade possam
cumprir o seu papel.

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Preparação Inicial

A preparação inicial da auditoria envolve a composição da equipe de auditores. Trata-se do período


no qual os métodos de trabalho são aplicados e o plano de auditoria é validado e divulgado.

O passo inicial para que a equipe de auditoria comece a realizar as suas atividades é a análise da
documentação disponibilizada pelo auditado, que é necessária para a execução do serviço a ser
realizado. É preciso diferenciar os documentos de acordo com o tipo de auditoria que será realizada.

Se a auditoria for do tipo primeira parte (interna), os procedimentos, também conhecidos como
documentos de processo, serão a documentação principal necessária. Porém, os contratos, normas,
manuais, instruções e outros são necessários para a análise dos auditores (O’HANLON, 2009).

Já no tipo de auditoria de segunda parte, aquela realizada por um cliente em um dos fornecedores,
os principais documentos dos auditores são os contratos. Nas auditorias de terceira parte (externas),
destacam-se para a análise as normas da instituição, ou seja, os requisitos normativos da
certificação que estão em andamento (O’HANLON, 2009).

Veja, no quadro a seguir, os documentos apropriados para cada tipo de auditoria.

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Procedimentos/documentos
Contrato Norma Manual Instruções Outros
de processo

Auditoria
de
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
primeira
parte

Auditoria
de
Sim Possivelmente Sim Sim Às vezes Sim
egunda
parte

Auditoria
de
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
terceira
parte

Quadro 3.1 - Matriz de documentação de auditoria


Fonte: O’Hanlon (2009, p. 47).

É importante destacar que nenhum desses documentos pode ser a única fonte de consulta dos
auditores e sequer serem usados de forma separada do contexto vivido pela organização que está
sendo auditada. Os auditores precisam considerar, na análise dos documentos, qual é o propósito
de existência da empresa, os inputs (entradas) e outputs (saídas) processadas pela organização e
também a estrutura da organização (O’HANLON, 2009).

É importante também destacar, para a etapa de preparação inicial, a relevância do escopo e das
exclusões que o trabalho de auditoria de qualidade terá.

A organização deve manter acessível à equipe de auditores o escopo do sistema de gestão que será
avaliado, de modo que ele seja mantido como informação documentada. O escopo do sistema de
gestão da qualidade da organização deve estar disponível e ser mantido como informação
documentada (ABNT NBR ISO 9001, 2015).

Para a definição do escopo, é necessário considerar as questões internas e externas à organização,


as necessidades das partes interessadas e os produtos e serviços da organização (ABNT NBR ISO
9001:2015).

No que se refere às exclusões, elas podem ocorrer em auditorias de primeira parte (interna) e
terceira parte (externa). No segundo caso, a equipe de auditoria deve deixar claro quais foram as
exigências da norma certificadora que não puderam ser atendidas, assim como os motivos que
foram considerados para tal decisão (O’HANLON, 2009).

Quando definido o escopo (aquilo que a auditoria deve fazer) e as exclusões (aquilo que ela não
fará), o próximo passo é definir os métodos de execução que serão aplicados para que o plano de

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auditoria possa ser validado e divulgado. Dessa forma, veremos, na sequência, quais são os
métodos possíveis para a execução da auditoria.

Métodos de Execução da Auditoria


Os auditores devem definir o método que permitirá que o objetivo da auditoria seja atingido. As
opções são:

A. Método de rastrear para frente ou rastrear para trás

Consiste em seguir uma trilha definida para a auditoria, realizando perguntas já definidas e
perseguindo todo o processo de trabalho/produto que está sob análise da auditoria. O
rastreamento para frente se inicia junto com o ciclo do processo de trabalho/produto. Já o
rastreamento para trás começa pelo final do ciclo, em direção ao início da operação que está sendo
analisada (O’HANLON, 2009). Confira, na figura a seguir, a representação desse método.

Figura 3.1 - Rastrear para frente e rastrear para trás


Fonte: O’Hanlon (2009, p. 57).

B. Método de entradas do processo

Esse método é caracterizado pela representação do diagrama de espinha de peixe (também


conhecido como diagrama de Ishikawa), que permite que os auditores façam perguntas sobre os
processos de trabalho vinculados aos requisitos definidos nas normas regulamentadoras
(O’HANLON, 2009). No caso da auditoria de qualidade, tendo como base a ISO 9001:2015, os
requisitos estão alinhados com os aspectos relacionados aos procedimentos, pessoas, produtos,
instalações e equipamentos, medidas de desempenho e ambiente (ABNT NBR ISO 9001, 2015),
conforme apresentado na figura a seguir.

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Figura 3.2 - O método de entrada do processo e os requisitos da ISO 9001:2000


Fonte: O’Hanlon (2009, p. 59).

saiba mais
Saiba mais
O diagrama de causa e efeito, também conhecido como diagrama de Ishikawa ou diagrama de espinha de
peixe, é uma ferramenta de qualidade que representa as possibilidades de causas para um determinado
efeito. Nessa ferramenta, as causas são agrupadas de acordo com as semelhanças de origem e auxiliam na
visualização da origem do problema, de modo a contribuir com a sua resolução.

Fonte: Marshall Junior et al. (2004, p. 94).

Listas de Verificação
É um instrumento de qualidade essencial para o êxito da auditoria, pois nele constará a base para o
levantamento das informações. Além disso, auxilia essencialmente a memória das auditorias,
colaborando no sentido de não deixar nenhuma evidência sem ser registrada de modo adequado,
além de assegurar a profundidade e continuidade da auditoria (O’HANLON, 2009).

As perguntas que farão parte da lista de verificação devem ser curtas, objetivas e agrupadas com
racionalidade para que o auditado não fique confuso e dificulte a obtenção da resposta. Segundo
O’Hanlon (2009, p. 80), a “lista de verificação é um mapa, não um trilho. Pode ser deixada de lado,
temporariamente, se for realçado algo significativo a perseguir”.

praticar
Vamos Praticar

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A preparação inicial da auditoria envolve a composição da equipe de auditores, a aplicação dos métodos de
trabalho e a validação e divulgação do plano de auditoria. Além disso, é preciso analisar a documentação
que será utilizada pela equipe de auditoria, o escopo e as exclusões. Nesse sentido, marque a alternativa
correta:

a) Quando a auditoria é do tipo interna, os principais documentos utilizados para a preparação inicial são os contratos.

b) As exclusões da auditoria são representadas pela abrangência e pelos limites definidos para a sua realização.

c) Quando a auditoria é do tipo externa, o principal documento utilizado pelos auditores é a norma.
d) Os documentos que subsidiarão os trabalhos da equipe de auditoria podem ser a única fonte dos auditores, desde que
estejam completos e representem a rotina da organização.

e) Na auditoria de segunda parte, o documento que possivelmente será utilizado é o contrato.

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Planejamento Detalhado

A etapa de planejamento é a que permitirá a condução adequada da auditoria. Quanto mais


detalhes o planejamento apresentar, maiores serão as chances de execução conforme o esperado.

O plano deve detalhar como deve ser conduzida a reunião de abertura e os itens que serão parte da
pauta, o cronograma para realização da auditoria, quais serão as atribuições de cada membro da
equipe e como será feita a validação da auditoria junto à organização auditada. Nessa etapa,
também serão apresentados os representantes da empresa auditada para os auditores, nos casos
em que for necessária a presença deles.

Quando o planejamento é realizado de forma adequada, assim como a preparação inicial, a reunião
de abertura tende a ocorrer de maneira muito tranquila. A agenda da reunião é composta pelas
seguintes pautas (O’HANLON, 2009):

Apresentação dos membros da equipe de auditores e dos representantes da organização


auditada;
Confirmação do propósito da auditoria (o escopo e os objetivos);
Apresentação do programa e dos arranjos administrativos (tempo de refeição,
disponibilização de sala de reunião, telefone, internet, acesso a áreas restritas,
representantes por turno, se for o caso) que serão realizados;
Confirmação do processo e dos resultados esperados;
Determinação do horário e dos participantes da reunião de encerramento;
Liberação da pauta para realização de possíveis perguntas.

Para a construção satisfatória do planejamento, o aspecto humano precisa ser observado. Dessa
forma, no caso de auditorias externas, a organização auditada precisa escolher os funcionários que
a representarão e que serão guias da auditoria. Eles devem ser adequadamente escolhidos, com
base no conhecimento que eles detêm dos produtos/processos, capacidade de esclarecer o sistema
de qualidade e competência para aceitar as inconformidades apontadas para a organização
(O’HANLON, 2009).

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Por outro lado, a equipe que realizará a auditoria também precisa ser dotada de qualidades que
permitirão a execução das suas atividades. Essas características devem ser observadas no momento
da seleção, dentre as quais podemos destacar (O’HANLON, 2009):

Capacidade de fazer perguntas;


Habilidade de escutar as respostas;
Analisar as respostas;
Tomar a decisão adequada;
Gerenciar o tempo disponível.

Além dessas habilidades, a equipe de auditores não pode deixar de observar a necessidade de
possuir credibilidade profissional junto à organização auditada. Essa característica é resultante da
preparação que a equipe deve ter e também é consequência da dedicação que os auditores tiveram
para buscar as informações sobre a organização (O’HANLON, 2009).

A fase de preparação da auditoria está inserida no planejamento e é fundamental para o


desdobramento das atividades, em especial a confecção posterior dos relatórios de auditoria. Assim,
para uma adequada condução da auditoria, algumas questões devem ser respondidas, pois
formarão a base para a lista de verificação da auditoria (que detalharemos adiante). Veja como
podem ser essas perguntas no quadro a seguir.

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Por que será realizada a auditoria?

Por quê?

Qual é o seu propósito?

Que requisitos ela envolve?

O que deve ser procurado?

O quê?
O que pode ser informado ao auditor?

O que o cliente quer saber?

Quem é o cliente da auditoria?

Quem deve prover os recursos de suporte para a equipe auditora?

Quem da companhia auditada deve estar presente?

Quem deve acompanhar a equipe auditada?

Quem?

Quem deve ser auditado na companhia?

Quem são os auditores que conduzirão a auditoria?

Quem é o líder da auditoria?

Quem deve ser comunicado dos resultados?

Onde? Onde a auditoria será realizada?

Onde serão realizadas as reuniões?

Em que áreas a auditoria deve ser desdobrada?

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Onde ficará a equipe auditada?

Quando deverá ser realizada a auditoria?

Quando? Quando iniciar, interromper ou encerrar?

Quando apresentar o relatório?

Como será realizada a auditoria?

Como?

Como proceder o relatório?

Quadro 3.2 - Questionamentos para a condução de uma boa auditoria


Fonte: Adaptado de Cerqueira e Martins (2005, p. 39) apud Custódio (2015, p. 121-122).

Conforme O’Hanlon (2009), os auditores se preparam com base em todas as evidências


(documentos, registros, métodos, produtos) e informações possíveis (quem são as pessoas-chave,
quais são as questões essenciais da organização, os seus resultados).

praticar
Vamos Praticar
A etapa de planejamento detalhado contempla diversas observações que precisam ser realizadas pela
equipe de auditoria. Destacam-se os aspectos relacionados à escolha dos representantes dos auditados e as
habilidades demandadas para os auditores.

Sobre o planejamento detalhado, é correto afirmar que

a) a habilidade de analisar as respostas e de tomar a decisão adequada não é característica esperada para a escolha da
equipe de auditores.

b) a obtenção de informações é etapa opcional na fase de preparação do planejamento da auditoria.


c) a fase de preparação da auditoria está inserida no planejamento e é fundamental para o desdobramento das atividades,
em especial a confecção posterior dos relatórios de auditoria.

d) o gerenciamento do tempo disponível não é uma qualidade que se destaca como necessária para a equipe de auditores.
e) a busca por respostas para perguntas como “Por quê?”, “O que?” e “Quem?” é necessária para a elaboração dos relatórios
de auditoria.

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Relatando as não Conformidades

Após a reunião de abertura da auditoria, a equipe de auditores iniciará as atividades de coleta de


evidências nos processos de trabalho que estão sendo analisados. O documento que norteia os
auditores é a lista de verificação, que permite a identificação das evidências das conformidades
(aquilo que está dentro do esperado) e das não conformidades (aquilo que não se compatibiliza com
o normatizado).

Então, o que chamamos de não conformidades? “É uma instância em que alguns requisitos
específicos não foram atendidos” (O’HANLON, 2009, p. 102). E quais são as contribuições que o
apontamento das não conformidades pode trazer para a instituição auditada? A resposta está na
melhoria da execução das atividades, resultando em aumento de qualidade e de valor agregado ao
produto/serviço ofertado.

O conjunto dos apontamentos de não conformidades é apresentado à organização auditada na


reunião de fechamento, porém, durante a execução da auditoria, cabe a menção para os
representantes da organização auditada sobre observações verificadas no processo de análise, de
modo a evitar demasiada expectativa para a reunião de fechamento (O’HANLON, 2009).

Nos casos de auditorias longas, podem ser realizadas reuniões intermediárias para apresentação
das inconformidades, porém o relatório final não deve conter apenas as não conformidades. Para
que tenha melhor aceitação por parte dos auditados, deve conter também os pontos fortes
identificados, equilibrando as necessidades de ajustes que serão necessários para o aprimoramento
da organização (O’HANLON, 2009).

Não é apropriado que, no relatório ou na reunião de encerramento, os auditores façam proposições


de solução para as não conformidades verificadas. Outro importante fator a ser observado é o tom
definido para o relatório. A relação harmoniosa e o estilo incentivador será melhor recebido e
executado que a crítica pura e simples (O’HANLON, 2009).

A equipe de auditoria deve ter muita certeza de que uma não conformidade foi encontrada antes de
classificá-la de tal forma. Para isso, deve garantir que os seguintes critérios foram atendidos

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(O’HANLON, 2009):

O problema verificado está claramente definido;


A evidência encontrada é objetiva, clara e sem questionamentos;
É possível esclarecer dúvidas acerca da não conformidade, assim como o seu impacto e o
contexto em que a equipe observou essa inconformidade;
Analisar se existem planos de contingência para os desafios e dúvidas possíveis;
Indicar, objetivamente, qual requisito da norma não foi atendido.

Após a entrega do relatório das não conformidades para a organização auditada, a equipe deve
proteger tal documento durante o prazo estipulado no planejamento. O relatório somente estará
disponível para a organização auditada e para a próxima equipe de auditoria, de modo a ser
utilizado como histórico de avaliações às quais a instituição foi submetida (O’HANLON, 2009).

Classificação das não Conformidades


As não conformidades verificadas têm origens diferentes e podem estar relacionadas às questões da
norma certificadora que está sendo utilizada como parâmetro para a auditoria do sistema de gestão;
ou aos contratos firmados pela organização auditada (O’HANLON, 2009).

As não conformidades são classificadas em categorias, podendo ser do tipo maior, menor ou
observações/comentários. As diferenças dessas categorias estão atreladas às consequências que a
organização pode ter, conforme apresentado abaixo (O’HANLON, 2009):

Não conformidade maior: dificulta a recomendação para certificação.


Não conformidade menor: em geral, não dificulta que a recomendação para a certificação
ocorra.
Observações/comentários: não dificulta que a recomendação para a certificação
aconteça.

É importante também destacar que, para uma não conformidade ser classificada como maior, é
recomendado que se avalie se há comprometimento no atendimento prestado pela organização e
se algum requisito obrigatório deixou de ser observado (O’HANLON, 2009).

A figura a seguir apresenta o fluxo para definição de qual categoria pertence a não conformidade
verificada. Como você pode observar, a principal preocupação para a correta adequação está
vinculada ao impacto que a inconformidade pode trazer para o produto (ou serviço) ofertado pela
empresa auditada.

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Figura 3.3 - Classificando as não conformidades


Fonte: O’HANLON (2009, p. 103).

Reunião de Encerramento
Na reunião de encerramento da auditoria, serão apresentados todos os aspectos observados e
relatados pela equipe de auditores, motivo pelo qual essa reunião deve ser preparada com bastante
zelo e dedicação.

Antes da reunião de encerramento, é recomendado que a equipe de auditores esteja atenta às


seguintes questões (ABNT NBR ISO 19011, 2018, p. 30):

Avaliar criticamente as constatações registradas, de modo a compará-las com os objetivos


definidos para a auditoria;
Estabelecer um acordo entre a equipe sobre as conclusões da auditoria devido às
incertezas inerentes ao processo de auditoria;
Preparar recomendações, se assim estiver definido no plano de auditoria;
Analisar o acompanhamento da auditoria, caso esteja planejado.

Essa reunião tem o seguinte roteiro sugerido para a sua boa condução e melhor aproveitamento:
apresentações, cumprimento aos participantes, ressalvas sobre a condição da auditoria ser realizada
por amostragem, visão geral da auditoria e detalhamento das observações (O’HANLON, 2009).

Além dessa primeira parte, o auditor líder também deve apresentar, nesta reunião, o acordo quanto
à necessidade de ação corretiva para determinada não conformidade verificada, recomendações
sobre a possibilidade de obtenção da certificação, processo de relato dos resultados e tratamento
de perguntas realizadas (O’HANLON, 2009).

Por ser uma reunião com certo grau de tensão, especialmente nos casos em que a organização
auditada receberá o diagnóstico sobre a possibilidade ou não de obtenção de certificado, é
importante destacar que a equipe de auditoria jamais deve discutir entre si, assim como os seus
membros não devem fazer comentários inapropriados. Além disso, não cabe alteração de opinião
sobre o conteúdo do relatório, exceto se um motivo muito justo for apresentado (O’HANLON, 2009).

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O relatório de não conformidade é um documento que requer muita responsabilidade por parte da equipe
de auditores, dado o impacto que tem na obtenção da certificação ou não. Sobre esse assunto, marque a
alternativa correta.

a) É apropriado que, no relatório ou na reunião de encerramento, os auditores façam proposições de solução para as não
conformidades verificadas.

b) Por não conformidades, podemos entender a instância em que alguns requisitos específicos não foram atendidos.
c) Se forem julgados necessários, alguns pontos podem ser discutidos entre a equipe de auditoria durante a reunião de
encerramento, ainda que com ânimos mais exaltados.

d) A reunião de encerramento é uma etapa opcional para as auditorias externas realizadas.


e) As não conformidades classificadas no tipo maior são aquelas que, de maneira geral, não dificultam a recomendação para
certificação.

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Visitas de Acompanhamento e Supervisão

Após a entrega do relatório da auditoria, outras visitas se desdobram após o trabalho inicial, sendo
elas:

Visita de acompanhamento: concentra-se nas não conformidades verificadas na


auditoria original para saber se a organização auditada providenciou as ações corretivas
de maneira adequada.
Visita de supervisão (ou de manutenção): verifica a contínua implementação e eficácia
do sistema de gestão auditado.

A visita de acompanhamento não tem período exato para ser realizada. A organização auditada,
quando está visando à certificação, tende a agir de maneira rápida para adequar a evidência
apontada como inconformidade, de modo a não atrasar a emissão do certificado almejado
(O’HANLON, 2009).

As visitas de acompanhamento acontecem em situações específicas, quais sejam (O’HANLON, 2009):

1. Apontamento de uma não conformidade maior;


2. Várias não conformidades foram detectadas;
3. Quando não é possível acompanhar a ação corretiva por outros meios;
4. Quando o tipo de ação corretiva necessita de maior atenção.

Dessa maneira, é importante destacar que a visita de acompanhamento não se caracteriza como
sendo uma nova auditoria. Ela concentra-se apenas nas não conformidades levantadas na auditoria
original. No entanto, caso o auditor verifique alguma inconformidade que “salte aos olhos”, ele pode
registrar esse novo problema. Ressalta-se, entretanto, que o auditor não faz a visita de
acompanhamento procurando novas inconformidades, pois ele baseia-se nos apontamentos
presentes no relatório de não conformidades para saber as ações corretivas tomadas (O’HANLON,
2009).

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Já no que se refere às visitas de supervisão (ou manutenção), elas acontecem de acordo com o prazo
definido em cada contrato, sendo mais usual a periodicidade mínima de uma vez por ano.

As visitas de manutenção possuem as seguintes características:

São auditorias no local, mas não são necessariamente auditorias completas do sistema.
Devem ser planejadas com outras atividades de supervisão, a fim de que o organismo de
certificação possa manter a confiança de que o sistema de gestão certificado continua a
atender aos requisitos entre as auditorias de recertificação (ABNT NBR ISO 17021, 2007, p.
19).

As auditorias de supervisão são planejadas e a data para a sua realização é definida entre a empresa
contratada (organismo certificador) e a organização auditada. Assim, para o melhor aproveitamento
e obtenção dos resultados esperados (a manutenção da certificação), é muito importante que a
organização auditada mantenha, de forma contínua, as auditorias internas e a melhoria das não
conformidades apontadas no relatório da auditoria principal. Isso facilitará a demonstração de que o
sistema de gestão implementado está em funcionamento, de acordo com os requisitos esperados e
que serão avaliados pela auditoria de supervisão.

Diante disso, a auditoria de supervisão deve observar as seguintes condições (ABNT NBR ISO 17021,
2007):

Realização de auditoria interna e análise crítica da direção da organização auditada;


Análise das medidas que foram implementadas e mantidas relacionadas a não
conformidades identificadas na auditoria anterior;
Realização de tratamento para as reclamações;
Objetivos alcançados demonstrando a eficácia do sistema de gestão;
Progresso das atividades desempenhadas com foco na melhoria contínua;
Controle operacional continuado;
Análise de todas as mudanças;
Uso de marcas ou outras referências voltadas para a certificação.

Uma das grandes vantagens da visita de supervisão é poder envolver novos funcionários, que não
estavam na organização quando foi realizada a auditoria original, permitindo, assim, que o sistema
de gestão tenha continuidade. Além disso, podemos apontar que as áreas que causaram maior
preocupação durante a auditoria podem ser revisitadas, de modo a garantir que as ações corretivas
foram eficazes (O’HANLON, 2009).

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reflita
Reflita
A visita de supervisão, aquela que avalia a permanência das condições de certificação, deve ser anunciada para a
organização auditada? Temos argumentos para os dois lados, porém a corrente mais dominante defende que as
visitas sejam anunciadas, para que a presença dos auditores não tenha simbolismo de “batida policial”. Os que
defendem que não haja o anúncio argumentam que a organização não terá tempo para esconder os problemas
que podem ser verificados quando a visita é surpresa. Porém, mesmo quando as visitas são anunciadas, os
auditores identificam não conformidades, o que indica que não é possível camuflar todas as evidências do
sistema de gestão que está sendo auditado. E você? Entende que as visitas devem ser anunciadas ou não?

Fonte: O’Hanlon (2009, p. 143).

praticar
Vamos Praticar
As visitas de acompanhamento e supervisão são decorrentes da auditoria principal e são realizadas, em
linhas gerais, para avaliar as ações corretivas adotadas pela organização auditada e verificar se são
realizadas de forma continuada. Sobre as condições de realização dessas visitas, marque a alternativa
correta:

a) Várias não conformidades detectadas são motivo suficiente para a realização de visita de acompanhamento.

b) A visita de supervisão deve ser realizada, impreterivelmente, a cada seis meses.

c) O registro de uma não conformidade do tipo menor justifica a realização de uma visita de acompanhamento.
d) A realização de auditoria interna e a análise crítica da direção da organização auditada não precisam necessariamente
ocorrer para que haja a visita de supervisão.

e) O envolvimento de novos funcionários nas visitas de auditoria não é uma prática indicada e deve ser evitada.

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in dica ções
Material Complementar

LIVRO

Auditoria de Sistema de Gestão Integrada


Afonso Cardoso

Editora: Pearson Education do Brasil

ISBN: 978-8543016528

Comentário: O livro traz aspectos atuais e práticos sobre a auditoria de


qualidade. Um aspecto bem interessante é que, ao final, há exemplos de
instituições especializadas na formação e capacitação de auditores
líderes, de acordo com a certificação pretendida. Na página 101, há
informações sobre o curso de formação de auditor líder na ISO 9001:
2008, quais são os pré-requisitos, objetivos do curso e conteúdo
programático, entre outros aspectos dessa capacitação.

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FILME

Joy: O Nome do Sucesso


Ano: 2015

‍Comentário: O filme aborda o desafio para superar uma dificuldade a


partir de uma boa ideia. Ao longo da trajetória da personagem principal,
são abordados os aspectos relacionados à importância da liderança,
assim como do planejamento buscando alternativas de solução. Nesse
sentido, resgata-se a temática abordada nesta aula sobre o
planejamento detalhado e a influência dessa etapa para a execução das
atividades.

Para conhecer mais sobre o filme, assista ao trailer.

TRAILER

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con clusã o
Conclusão

Estudamos a importância da preparação inicial da auditoria, que abrange a análise dos documentos,
o contexto da organização a ser auditada, a definição do escopo e das exclusões. Além disso, vimos
também que a preparação inicial envolve uma série de requisitos que devem ser observados pela
equipe de auditores, especialmente no que se refere ao método de execução da auditoria (método
de rastrear para frente ou rastrear para trás e método de entradas do processo), assim como a lista
de verificação. Discutimos ainda o planejamento detalhado, que é essencial para a efetivação da
auditoria e envolve o alinhamento com as etapas realizadas na preparação inicial. Sobre os
relatórios de não conformidades, estudamos quais são os critérios que precisam ser atendidos para
a elaboração desse documento, como as não conformidades são classificadas e também a forma de
condução da reunião de encerramento. Terminamos a unidade abordando os aspectos relacionados
às visitas de acompanhamento e supervisão e no que elas se diferenciam na etapa final da auditoria
realizada.

referên cias
Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: Sistema de gestão da qualidade -
requisitos. Rio de Janeiro: 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 17021: Avaliação de conformidade –


requisitos para organismos que fornecem auditoria e certificação de sistema de gestão. Rio de
Janeiro: 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 19011: Diretrizes para auditorias de
sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro: 2018.

CUSTÓDIO, Marcos Franqui. Gestão da Qualidade e Produtividade. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2015.

MARSHALL JR., Isnard et al. Gestão da Qualidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

O'HANLON, Tim. Auditoria de Qualidade. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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