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FILOSOFIA

ALEXANDRE SANCHES CUNHA


• Teoria da Norma Jurídica – Bobbio
• Bobbio entende o fenômeno jurídico por meio de um
método científico, capaz de isolar o seu objeto (o
Direito) das questões filosóficas ou ideológicas.
centrando na norma jurídica a sua investigação, assim
como fez Kelsen
• No entanto, diferentemente de Kelsen, o que Bobbio
procura é observar a norma jurídica em sua essência
de: permitir, proibir ou obrigar.
• Em sua “Teoria da norma jurídica”, Bobbio faz um panorama
e uma crítica das diversas teorias que pretendem entender o
conceito de direito concluindo que, embora as teorias se
integrem, a teoria normativista prevalece no sentido de
constituir pressuposto de validade para as outras.
• Bobbio vislumbra três formas de valoração da norma
jurídica, de acordo com três critérios distintos para
investigação do objeto.
• Vamos ver cada
• 1) A primeira forma de valoração é se a norma é vista
pelo aspecto do justo, identificando o valor e o fim.
• 2) O segundo aspecto que prevalece é o da validade,
assim, a análise fica a cargo da Teoria Geral do Direito.
• 3)E, finalmente, ele se questiona se a eficácia da
norma é preocupação da investigação, dizendo que o
campo de investigação é o da Sociologia Jurídica.
•Bobbio contrapõe a teoria da instituição (de
Santi Romano) face à teoria estatalista do direito
(esta qual reconduzia ao Estado a fonte de todo
o direito, não admitindo qualquer outro meio de
produção de norma vinculadora, descurando a
realidade social e a existência de outras ordens
que não a jurídica.
• Bobbio preocupa em distinguir as normas jurídicas das
normas morais e sociais, chegando à conclusão de que o
critério de distinção entre as normas é a resposta à violação.
Em outras palavras, a diferença entre as normas está na
sanção que o indivíduo que violou a prescrição deverá
receber.
• Segundo ela é da natureza de toda prescrição ser violada,
enquanto exprime não o que é, mas o que “deve ser”. Assim,
se a possibilidade de transgressão da prescrição é esperada,
faz-se necessária a criação de um mecanismo que elimine ou
minimize as consequências danosas da violação. Esse
mecanismo é a sanção, e a diferença entre as normas está na
natureza dela. SE for moral terá um condão se for jurídica ...
• SANÇÃO - BOBBIO
Bobbio diferencia a sanção moral (que é puramente
interior, caracterizada pelo arrependimento e
remorso, e que possui pouca eficácia porque apenas
os sujeitos que respeitam a norma moral podem
sentir qualquer insatisfação ao desrespeitá-la),

da sanção social (caracterizada como externa, pois


quem a aplica é o grupo social e pode ser, de acordo
com a gravidade, reprovação, eliminação, isolamento,
expulsão).
*A sanção jurídica é externa e institucionalizada!
**ou seja, distingue-se respectivamente das sanções morais
e sociais.
***Além disso, ela é regulamentada, tanto em sua medida
quanto em sua forma de aplicação, e está a cargo de órgãos
institucionalizados da sociedade.
• Quanto ao destinatário: a prescrição pode ser geral
ou individual, e quanto à ação prescrita, abstrata ou
concreta.
• As normas jurídicas podem ser gerais se dirigidas a
uma classe de pessoas, a vários destinatários.
• Serão abstratas, se universais a respeito do
comportamento.
• Individuais, se restringirem o seu destinatário (como
as sentenças).
• E, concretas, se regularem uma ação particular
• (FCC – Defensor Público – SP/2013) Ao analisar o tema da pluralidade
dos ordenamentos, na obra Teoria da norma jurídica, Norberto
Bobbio enfatiza que a teoria institucionalista
a) reafirma que o Estado e as suas instituições detém exclusividade
na produção do direito.
b) sustenta que o Estado é a única instituição que estabelece o
direito.
c) rompe com a teoria estatalista, pois rejeita a redução do direito a
uma forma estatal de expressão.
d) confunde-se com a teoria estatalista, pois enxerga no Estado a
única instituição que cria o direito.
e) considera o Estado moderno como a instituição que detém o
monopólio da produção jurídica. RESPOSTA C

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