• Teoria da Norma Jurídica – Bobbio • Bobbio entende o fenômeno jurídico por meio de um método científico, capaz de isolar o seu objeto (o Direito) das questões filosóficas ou ideológicas. centrando na norma jurídica a sua investigação, assim como fez Kelsen • No entanto, diferentemente de Kelsen, o que Bobbio procura é observar a norma jurídica em sua essência de: permitir, proibir ou obrigar. • Em sua “Teoria da norma jurídica”, Bobbio faz um panorama e uma crítica das diversas teorias que pretendem entender o conceito de direito concluindo que, embora as teorias se integrem, a teoria normativista prevalece no sentido de constituir pressuposto de validade para as outras. • Bobbio vislumbra três formas de valoração da norma jurídica, de acordo com três critérios distintos para investigação do objeto. • Vamos ver cada • 1) A primeira forma de valoração é se a norma é vista pelo aspecto do justo, identificando o valor e o fim. • 2) O segundo aspecto que prevalece é o da validade, assim, a análise fica a cargo da Teoria Geral do Direito. • 3)E, finalmente, ele se questiona se a eficácia da norma é preocupação da investigação, dizendo que o campo de investigação é o da Sociologia Jurídica. •Bobbio contrapõe a teoria da instituição (de Santi Romano) face à teoria estatalista do direito (esta qual reconduzia ao Estado a fonte de todo o direito, não admitindo qualquer outro meio de produção de norma vinculadora, descurando a realidade social e a existência de outras ordens que não a jurídica. • Bobbio preocupa em distinguir as normas jurídicas das normas morais e sociais, chegando à conclusão de que o critério de distinção entre as normas é a resposta à violação. Em outras palavras, a diferença entre as normas está na sanção que o indivíduo que violou a prescrição deverá receber. • Segundo ela é da natureza de toda prescrição ser violada, enquanto exprime não o que é, mas o que “deve ser”. Assim, se a possibilidade de transgressão da prescrição é esperada, faz-se necessária a criação de um mecanismo que elimine ou minimize as consequências danosas da violação. Esse mecanismo é a sanção, e a diferença entre as normas está na natureza dela. SE for moral terá um condão se for jurídica ... • SANÇÃO - BOBBIO Bobbio diferencia a sanção moral (que é puramente interior, caracterizada pelo arrependimento e remorso, e que possui pouca eficácia porque apenas os sujeitos que respeitam a norma moral podem sentir qualquer insatisfação ao desrespeitá-la),
da sanção social (caracterizada como externa, pois
quem a aplica é o grupo social e pode ser, de acordo com a gravidade, reprovação, eliminação, isolamento, expulsão). *A sanção jurídica é externa e institucionalizada! **ou seja, distingue-se respectivamente das sanções morais e sociais. ***Além disso, ela é regulamentada, tanto em sua medida quanto em sua forma de aplicação, e está a cargo de órgãos institucionalizados da sociedade. • Quanto ao destinatário: a prescrição pode ser geral ou individual, e quanto à ação prescrita, abstrata ou concreta. • As normas jurídicas podem ser gerais se dirigidas a uma classe de pessoas, a vários destinatários. • Serão abstratas, se universais a respeito do comportamento. • Individuais, se restringirem o seu destinatário (como as sentenças). • E, concretas, se regularem uma ação particular • (FCC – Defensor Público – SP/2013) Ao analisar o tema da pluralidade dos ordenamentos, na obra Teoria da norma jurídica, Norberto Bobbio enfatiza que a teoria institucionalista a) reafirma que o Estado e as suas instituições detém exclusividade na produção do direito. b) sustenta que o Estado é a única instituição que estabelece o direito. c) rompe com a teoria estatalista, pois rejeita a redução do direito a uma forma estatal de expressão. d) confunde-se com a teoria estatalista, pois enxerga no Estado a única instituição que cria o direito. e) considera o Estado moderno como a instituição que detém o monopólio da produção jurídica. RESPOSTA C