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Exmo. Sr. Dr.

Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca do Gama (DF)


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- (espaço reservado a ser observado, para eventual despacho do Juiz)
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Laura Pereira Silva, brasileira, casada, motorista, portadora do CPF n°123.456.789-10,
RG MG-132.456 (SSP/MG), PIS 12345678910, filha de João Silva e Maria Pereira,
residente e domiciliada à Avenida Cula Mangabeira, nº 537, Cidade do Gama (DF),
CEP 39401-001, vem respeitosamente à presença de V. Exa., por meio do advogado
(instrumento de mandato anexo – Doc.01), para propor a presente

AÇÃO JUDICIAL INDENIZATÓRIA (DANOS MORAIS)


Em face do Banco Montes Claros, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o
CNPJ/MF nº123456789-0001/1, com sede à Avenida Cula Mangabeira, n°10, Gama
(DF), CEP 39401-001, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

Dos Fatos

A autora fez uma compra à vista de um vestido de noiva pelo site SHOPEE no valor de
R$ 10.000,00(Dez mil reais), transcorrido o prazo estipulado de 30 dias surgiu a
necessidade da compra de outro vestido no valor de 15.000,00 (Quinze mil reais) o que
lhe causou sérios inconvenientes.
Era para ser o dia mais esperado, o casamento dos sonhos de autora. Tudo estava
perfeito, exceto por um detalhe crucial: o vestido de noiva não chegou a tempo!
esperou ansiosamente pelo pacote da loja virtual, mas conforme o grande dia se
aproximava, a ansiedade se transformou em desespero.
ela teve que se casar com outra opção de vestido, sendo que havia escolhido o modelo
perfeito no site, uma vez que se planejou dentro de um sonho, pois não somente ela,
mas também seus familiares e futuro esposo.

O site prometeu que o vestido chegaria com semanas de antecedência, mas nada
aconteceu. A autora tentou de tudo para resolver a situação, ligando, mandando e-
mails, mas as respostas eram sempre invasivas.

Após o prazo estipulado a SHOPEE entrou em contato com a autora para efetuar a
entrega, mediante recusa na aceitação do produto, pois a cerimonia havia acontecido.

Dos Fundamentos Jurídicos

A partir dos fatos relatados, observa-se claramente a configuração dos danos morais
sofridos pela autora, em face de um ato ilícito do site shopee. A pretensão autoral
encontra apoio em diversos diplomas legais, senão vejamos:

“Art. 5º V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem” (Constituição Federal).

“Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.” (Código Civil)

“Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (arts...186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.” (Código Civil)

“Art. 6º – São direitos básicos do consumidor: (. . .) VI – a efetiva prevenção e


reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.” (Código de
Defesa do Consumidor)

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de


culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.” (Código de Defesa do Consumidor)

Jurisprudência - Diante da realidade fática exposta e dos fundamentos jurídicos,


verifica-se a ocorrência de dano moral e ato ilícito, de responsabilidade da empresa
requerida, motivo pelo qual impõe-se a shopee o dever de reparar os danos sofridos
autora, o que só poderá ser concretizado mediante a atuação deste juízo.

Do Pedido

Diante do exposto requer:

I) O reconhecimento da procedência de todos os pedidos objetos da presente ação;

III) A condenação solidária das empresas requeridas ao pagamento de verba


indenizatória estipulada no valor de R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais) em favor da
autora;

IV) A concessão de assistência judiciária gratuita, com fulcro no art.4º da Lei 1.060/50;
V) A inversão do ônus da prova, com fulcro no inc. VII do art. 6º do CDC;

VI) A condenação da empresa requerida ao pagamento das custas processuais e dos


honorários advocatícios, nos termos do art. 20 do CPC;

VIII) A realização das intimações na pessoa do seu procurador.

A autora pretende provar o alegado, mediante prova documental, testemunhal e


realização de perícia, além dos demais meios de prova em Direito admitidos.

Dá-se à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Termos em que,
pede deferimento.

Gama, 25 de março de 2024.

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Matheus Bordini

Advogado – OAB 04040506

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