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Aula 15 de Prática Simulada civil IV

PRÁTICA SIMULADA CÍVEL (Universidade Estácio de Sá)

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Baixado por Marta Assunção (martafdeassuncao@yahoo.com.br)
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO...


JUIZADO ESPECIAL CÍVIL DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE
JANEIRO

PROCESSO N º,

VIRGÍNIA LOPEZ, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do


documento de identidade sob o nº, inscrita no CPF nº, residente e
domiciliada na Rua, Bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, vem
por seu advogado, nos autos da Ação de Inexistência de Débito c/c
Obrigação de Fazer com Pedido de Tutela de Urgência c/c Indenização por
Danos Morais, que move em face de USURACARD ADMINISTRADORA
DE CARTÕES, vem, inconformada com ar. sentença, interpor, com fulcro
no artigo 41 da Lei 9.099/95

RECURSO INOMINADO

Para a Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio de


Janeiro, cuja as razões seguem em anexo, bem como a comprovação do
preparo com a guia de recolhimento das custas.

Requer seja o recurso recebido no efeito devolutivo e, após os tramites


legais, requer seja remetido e distribuído a umas das Turmas Recursais.

Termos em que, pede deferimento.

Baixado por Marta Assunção (martafdeassuncao@yahoo.com.br)


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Local, data.
ADVOGADO
OAB/UF

RAZÕES DE RECURSO INOMINADO

RECORRENTE: Virgínia
RECORRIDO: Usuracard Administradora de Cartões
JUÍZO DE ORIGEM: V Juizado Especial Cível da Comarca da Capital do
Estado do Rio de Janeiro
Colenda Turma
Nobres Julgadores
Não merece prosperar a r. sentença que julgou improcedente em parte o
pedido autoral, tendo incorrido em erro “ injudicando”, contrariando a
Jurisprudência Pátria e o CDC.

I - DA TEMPESTIVIDADE

Conforme prevê o artigo 42 da Lei 9.099/95, o prazo para interposição do


presente recurso será de 10 dias, contados da citação da sentença. Assim,
tempestivo é o recurso.

II - DO MÉRITO

A Recorrente, ajuizou perante o V Juizado Especial Cível da Comarca da


Capital do Estado do Rio de Janeiro Ação de obrigação de fazer cumulada
com dano moral e pedido de tutela antecipada, em face da Recorrida.

Baixado por Marta Assunção (martafdeassuncao@yahoo.com.br)


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Na inicial informou que era usuária titular do cartão de crédito n°


1234.9909.3322.1100, emitido e administrado pela Recorrida. Este, em
virtude do atraso da autora nos pagamentos das faturas dos meses de abril e
maio de 2014 colocou o nome da mesma no Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC).

Ocorre que a ora Recorrente quitou as parcelas que estavam vencidas e não
pagas, em 26 de junho de 2014, para que pudesse assinar contrato de
financiamento habitacional, mas até a data de distribuição da demanda a
Recorrida não havia retirado o seu nome do SPC o que a levou a perder o
contrato para aquisição da sua casa própria.

Em decisão interlocutória o magistrado determinou que a Recorrida


retirasse o nome da autora do cadastro de restrição do crédito.

Em contestação a Recorrida sustentou a inexistência de dano moral.


Finda a fase instrutória foi proferida sentença confirmando em definitivo a
tutela antecipada anteriormente de ferida, mas julgou improcedente o
pedido de dano moral requerido pela autora por entender incabível.

Diante dos fatos narrados, verifica-se equivocada a sentença que julgou


improcedente o pedido de dano moral por entendê-lo incabível, haja vista
que a Recorrente teve indevidamente o seu nome negativado vindo a perder
o financiamento que pretendia utilizar para a aquisição de sua casa própria.

É cristalino o dano moral diante da indevida inscrição do nome da


Recorrente no Cadastro Restritivo de Crédito, o que lhe gerou vexame,
humilhação e angústia.

Baixado por Marta Assunção (martafdeassuncao@yahoo.com.br)


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De acordo com o artigo 6º, VI do CDC , é direito básico do consumidor a


indenização pelos danos morais sofridos. Além disso, disciplina o artigo 5º,
XXXII da Constituição que “o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa
do consumidor ”.
Por conseguinte, o artigo 12 do CDC dispõe que a responsabilidade
objetiva independe de prova de culpa, bastando-se que se comprove o dano
e nexo de causalidade.
No caso em tela, o dano se comprova pela perda do financiamento desejado
pela Recorrente e pela humilhação e vexames sofridos por esta. Já o nexo
de causalidade se comprova pela negativação indevida, pois a Recorrente já
havia quitado o débito, conforme comprovado.
Vale esclarecer que a perda do financiamento gerou sofrimento a
Recorrente, pois impossibilitou a aquisição da sonhada casa própria que é
um direito a moradia constitucionalmente protegido, conforme texto do
artigo 5º, V, X e XXII da Constituição Federal.
Além disso, foi violado ainda o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana,
previsto no artigo 1º, III da Constituição Federal.
Pode ser aplicado ainda ao presente caso o disposto no artigo 927,
parágrafo único do Código Civil, segundo o qual “haverá obrigação de
reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificado em lei,
ou quando a atividade desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem”.
Portanto, pelos fundamentos expostos, resta evidenciado o da no moral,
devendo o Recorrido indenizar os danos causados.

III - DO PREQUESTIONAMENTO

Baixado por Marta Assunção (martafdeassuncao@yahoo.com.br)


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Requer aos nobres julgadores que se manifestem expressamente no acórdão


quanto a violação dos artigos 1º, III e 5º, V, X, XXI I e X XX II da
Constituição Federal.

IV - DOPEDIDO

Diante do exposto, requer aos nobres julgadores que seja conhecido e


provido o presente recurso para reformar a sentença condenando a
Recorrida a indenização pelos danos morais suportado pela Recorrente
conforme pedido constante da exordial.

Termos em que, Pede deferimento.

Local, data.

ADVOGADO

AOB/UF

N estes te r mos,
pede de fer ime nto.

Baixado por Marta Assunção (martafdeassuncao@yahoo.com.br)


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Itaper una, d ata.

Baixado por Marta Assunção (martafdeassuncao@yahoo.com.br)

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