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Índice

1.Introdução .................................................................................................................................. 1
1.1.Objectivos ............................................................................................................................... 1
1.1.1.Objectivo geral..................................................................................................................... 1
1.1.2.Objectivos específicos ......................................................................................................... 1
1.3. Metodologia do trabalho ........................................................................................................ 1
2. Diagnostico e prevenção do cancro do colo uterino e cancro de mama ................................... 2
2.1.Cancro do colo uterino............................................................................................................ 2
2.1.1.Cancro de mama .................................................................................................................. 3
2.1.2. Diagnóstico do cancro do colo uterino ............................................................................... 4
2.1.3. Diagnóstico do cancro de mama ......................................................................................... 4
2.2. Prevenção do cancro do colo uterino ..................................................................................... 5
2.3. Prevenção do cancro de mama .............................................................................................. 7
2.4.Teste de inspecção visual com ácido acético .......................................................................... 8
3.Conclusão .................................................................................................................................. 9
Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 10

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1.Introdução

O Cancro de colo de uterino e de mama já é considerado um problema de saúde pública.


Actualmente, existem diversas campanhas de conscientização sobre a importância de se
prevenir dessa doença que mata tantas mulheres pelo mundo todos os anos.

O cancro do colo do útero e de mama são a maior neoplasia maligna mais comum em mulheres
em todo o mundo e continua a ser uma das principais causas de morte relacionada com o
cancro em mulheres quase em todo mundo, sobretudo nos países em via de desenvolvimento.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo geral

 Compreender o diagnóstico e prevenção do cancro do colo uterino e cancro de mama.

1.1.2.Objectivos específicos

 Definir o conceito de Cancro do colo uterino e Cancro de mama;


 Descrever como se realiza o diagnóstico do cancro do colo uterino e cancro de mama;
 Identificar as formas de prevenção do cancro do colo uterino e cancro de mama.
 Entender a função de teste de inspecção visual com ácido acético para o exame de
cancros.

1.3. Metodologia do trabalho

Quanto aos procedimentos, para a elaboração deste trabalho recorreu-se a Pesquisa


Bibliográfica. Este método consiste no desenvolvimento do estudo a partir de material já
publicado, como livros, artigos, periódicos, Internet, entre outros.

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2. Diagnostico e prevenção do cancro do colo uterino e cancro de mama

2.1.Cancro do colo uterino

Segundo o Instituto Nacional de Cancro (INCA), o Cancro de Colo uterino é uma lesão
invasiva intra-uterina ocasionada principalmente pela infecção genital pelo vírus do Papiloma
Humano (Human Papillomavirus – HPV). Embora as infecções por HPV possam ser
transmitidas por vias não sexuais, a maioria resulta do contacto sexual.

A enfermidade é causada principalmente por meio da infecção pelo vírus HPV, o papiloma
vírus humano, que de acordo com pesquisas, está presente em mais de 90% dos casos de
Cancro cervical. A principal forma de transmissão do vírus é via contacto sexual, seja vaginal,
oral ou anal.

Desta forma, ao atingir o colo uterino a partir da vagina, o HPV altera a estrutura e a
reprodução das células do colo e dá origem ao Cancro.

Para Zamith, Lima e Girão (2003, p. 07), o Cancro de Colo uterino afecta em sua maioria
mulheres entre 40 e 60 anos de idade e alguns factores favorecem o aparecimento dessa doença
são:

1) Sexo desprotegido com múltiplos parceiros;


2) Histórico de ISTs (HPV);
3) Tabagismo;
4) Idade precoce da primeira relação sexual;
5) Multiparidade (Várias gestações).

De acordo com Ramos e Rodrigues (2003, p. 10), por ser uma doença lenta, geralmente quando
os sintomas aparecem o Cancro já se encontra em estágio avançado. Os principais sintomas
são:

 Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;


 Sangramento após o acto sexual;

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 Dor pélvica;
 Sangramento de causa não explicada.
 Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas
urinários e comprometimento de estruturas extra-genitais.

2.1.1.Cancro de mama

Segundo De acordo com Ramos e Rodrigues (2003, p. 09), Cancro de mama é um tumor
maligno, formado pelo crescimento de células de maneira desordenada, e desenvolvimento de
um ou mais nódulos na mama.

De acordo com o Instituto Nacional do Cancro, é o Cancro que mais causa mortes e o mais
comum nas mulheres que o consideram a doença mais temida, já que afecta a percepção da
sexualidade e a imagem pessoal.

Por não existir uma causa específica para essa doença, os especialistas apontam alguns factores
de risco que podem levar ao desenvolvimento desse tipo de Cancro. Os principais são:

 Ser mulher;
 Idade – mulheres acima dos 50 anos correm mais risco;
 Histórico familiar (parentes que já tiveram a doença);
 Não ter filhos ou ter depois dos 30 anos;
 Elevado consumo de álcool;
 Excesso de peso (gordura na região abdominal);
 Falta de exercícios físicos;
 Ciclo menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que
entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter Cancro de
mama;
 Tratamento com dietilestilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para
reduzir o risco de aborto espontâneo.

De acordo com Choi (2022), No Cancro de mama, o sintoma mais comum é o aparecimento de
um caroço na mama. Os outros sinais da doença são:
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 Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou
franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;
 Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
 Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
 Saída de secreção (que não seja leite) pelo mamilo;
 Caroço nas axilas.

2.1.2. Diagnóstico do cancro do colo uterino

Para detectar o Cancro do colo de útero é necessária a realização do exame Papanicolau que
pode ser complementado com colposcopia e biópsia para se confirmar o diagnóstico.
Eventualmente pode ser necessário realizar a pesquisa do HPV também (Ramos e Rodrigues,
2003).

O exame ginecológico preventivo, o Papanicolau – trata-se do nome próprio do inventor do


exame – é a principal ferramenta para diagnosticar as lesões precursoras do Cancro. Este exame
é indolor e rápido. A mulher pode sentir um pequeno desconforto caso esteja tensa ou se o
profissional que realizar o procedimento não tiver a delicadeza necessária. Para garantir o
resultado, 48 horas antes do exame a mulher não deve ter relações sexuais mesmo com
preservativo ou aplicar produtos ginecológicos (cremes, óvulos).

Para a realização desse procedimento é inserido na vagina um instrumento chamado espéculo.


O médico examina visualmente o interior da vagina e o colo do útero e com uma espátula de
madeira e uma pequena escova especial é realizada a descamação do colo do útero a fim de
recolher as células para a análise em laboratório.

2.1.3. Diagnóstico do cancro de mama

Para a detecção precoce do Cancro de mama é necessário visitar anualmente o médico


ginecologista, e realizar alguns exames: o exame clínico das mamas e a mamografia,
principalmente para mulheres acima de 40 anos.

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As mulheres precisam ter auto conhecimento a respeito de suas mamas, tornar-se consciente de
seu corpo e suas mamas e poder identificar quaisquer mudanças ou novos sintomas que
surgirem.

De acordo com Choi (2022), quando é encontrado um nódulo na região mamária através do
exame clínico ou auto-exame, o médico ginecologista poderá solicitar os seguintes exames:

1. Mamografia – para confirmar a presença do nódulo nas mamas;


2. Biópsia – para analisar se o nódulo é benigno ou maligno;
3. Ultrassonografia de mama – quando não é possível distinguir o cisto do nódulo na
mamografia, a ultrassonografia é requerida;
4. Ressonância Magnética (RM) – utiliza ondas de rádio e fortes ímãs, além de
computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de RM podem
ser usados para analisar melhor os Cancroes encontrados por mamografias, ou para
casos de alto risco.

Para rastreio do Cancro de mama a recomendação actual é de que seja feita uma mamografia
anual dos 50 aos 69 anos de idade. Antes disso somente em casos específicos.

Para além da mamografia, as medidas de deteção precoce da doença incluem ainda o


autoexame da mama e o exame clínico da mama efetuado pelo seu médico.

O autoexame da mama deve ser feito uma vez por mês, sendo a melhor altura a semana a seguir
ao período menstrual. A mulher deverá ter em linha de conta que as mamas não são iguais e
que podem surgir alterações devido a diversos fatores, como é o caso a idade, a toma de pílulas
anticoncecionais, os ciclos menstruais, a gravidez ou a menopausa.

2.2. Prevenção do cancro do colo uterino

Para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo, masculino ou feminino. O


preservativo deve ser usada em todas as relações sexuais para garantir a protecção de ambos os
parceiros. Também é importante realizar anualmente o exame ginecológico preventivo. Esse
procedimento é capaz de identificar as lesões precursoras do Cancro de colo de útero
possibilitando o diagnóstico no início da doença, aumentando assim as chances de sucesso no
tratamento.
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A outra forma de prevenção é tomando as vacinações contra o HPV e a realização do exame
preventivo, o que reduz o risco de ter a doença. A vacinação está disponível às meninas de 9 a
14 anos, e aos meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra 4 tipos muito frequentes de
HPV, são eles os tipos 6, 11, 16 e 18.

A imunização dos meninos é importante para prevenir o aparecimento do vírus e evitar a


transmissão para futuros parceiros. Mulheres imunossuprimidas também podem ser vacinadas
até os 45 anos.

Segundo o Ministério da Saúde (2001), estas prevenções podem ser descritas de duas (2)
formas:

1) Prevenção Primária: Introdução da Vacinação profiláctica contra o HPV, no âmbito


do Plano Nacional de Vacinação (PNV).
2) Prevenção secundária: Realização de um teste de rastreio ao colo do útero. Podem ser
utilizados como métodos de rastreio a citologia convencional, a citologia em meio
liquido e o teste de HPV ou a associação dos dois últimos.

No entanto, as mulheres que apresentam sintomas, resultados de testes de rastreio anormais ou


uma lesão macroscópica do colo do útero são melhor avaliadas com colposcopia e biópsia.
Existem dois (2) tipos de rastreio:

1) Rastreio Organizado – É um rastreio de base populacional


2) Rastreio Oportunístico – Assim designado porque é a realização do teste de rastreio
no âmbito de uma consulta e sem periodicidade definida

As recomendações de Rastreio com base nas directrizes da American Cancer Society (ACS),
são as seguintes:

 < 21 anos: Não é recomendado rastreio;


 21-29 anos: Citologia (Papanicolau) a cada 3 anos;
 30-65 anos: teste do Papiloma vírus humano (HPV) e citologia a cada 5 anos (preferido)
ou apenas citologia a cada 3 anos (aceitável);

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 65 anos: Não está recomendado o rastreio se um rastreio prévio adequado tiver sido
negativo, e não estiverem presentes factores risco (Ministério da Saúde, 2001).

Quanto ao tratamento, o Cancro do colo uterino pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou
quimioterapia. Se descoberta de forma precoce o tratamento pode ser feito com a retirada
somente da lesão sem a necessidade de anestesia geral ou ambiente hospitalar.

A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção


superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com
o estágio do Cancro, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação.

Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o


local, para depois realizar a radioterapia interna. Portanto, a quimioterapia é indicada para
tumores em estágios avançados da doença.

2.3. Prevenção do cancro de mama

Para diminuir a chance do desenvolvimento do Cancro de mama, as mulheres devem tomar


alguns cuidados, ao longo da vida:

 Boa alimentação: evitar gordura animal e privilegiar verduras que contenham princípios
antiproliferativos, como brócolis e repolho;
 Realizar exercícios físicos de modo continuado (correr, andar, nadar);
 Amamentação: a amamentação exclusiva até os 6 meses e depois mantida até os dois
anos de idade do filho, protege contra o Cancro de mama;
 Manter o peso adequado;
 Não fumar;
 Evite bebidas alcoólicas.

Algumas pessoas podem ter factores hereditários ou genéticos que favorecem o surgimento de
Cancro de mama. O Cancro de mama de carácter hereditário corresponde somente a 5-10% de
todos os casos de Cancro de mama (Ministério da Saúde, 2001).

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2.4.Teste de inspecção visual com ácido acético

Inspeção visual com ácido acético (IVA), cervicografia é um teste para detecção da infecção
por HPV por métodos de biologia molecular através de coleta tradicional ou autocoleta, como a
Captura Híbrida (Choi, 2022).

O teste de inspeccao visual com acido actico são feito com um instrumento chamado
COLPOSCÓPIO.

Durante o exame, utiliza-se dois reagentes: o ácido acético 3 ou 5%, e o iodo (Teste de
Schiller) para visualizar as lesões que possam existir na região, sejam elas benignas ou
malignas, principalmente as alterações decorrentes da infecção por HPV.

Um colposcópio é um microscópio de campo estereoscópico, binocular, de baixa resolução,


com uma fonte de iluminação potente, usado no exame visual com aumento do colo uterino
como auxiliar ao diagnóstico da neoplasia cervical.

A colposcopia é um exame ginecológico que serve para examinar de forma ampliada e


detalhada o colo do útero, a vagina e a vulva. Através deste tipo de exame é possível
diagnosticar lesões precursoras de cancro e lesões malignas.

Para realizar este tipo de técnica é necessário a utilização de um colposcópio, ou seja, um


aparelho tipo microscópio que permite obter uma imagem ampliada em tempo real, através da
visualização por um binóculo. Este equipamento tem várias lentes, que permitem diferentes
tipos de ampliação, tem diferentes filtros, que permitem obter colorações específicas dos
tecidos, e uma câmara que permite ver e gravar as imagens num ecrã (videocolposcopia).

A colposcopia é um exame que permite detetar, valorizar e caracterizar alterações dos tecidos
do colo do útero, da vagina e da vulva, que não são possíveis de identificar à vista desarmada.
Perante alterações suspeitas ou patológicas (doença) é realizada a biópsia dirigida por
colposcopia (apenas das áreas alteradas) de forma a obter um diagnóstico e posteriormente
propor um tratamento adequado.

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3.Conclusão

Com o trabalho, concluiu-se que o cancro uterino é uma infecção genital provocada através do
vírus HPV, este tipo de vírus é bastante comum na população. A maioria das mulheres são
expostas a este agente durante suas vidas sexuais, porém a infecção ocorre de forma transitória,
onde o próprio organismo tem a capacidade de eliminar o vírus.

Também concluiu-se que Cancros de mama são, na maioria das vezes, tumores epiteliais
envolvendo os ductos ou lóbulos. A maioria das pacientes apresenta uma massa assintomática
descoberta durante exame clínico ou mamografia de triagem.

Contudo, o diagnóstico do cancro uterino e de mama é confirmado por biópsia. O tratamento


geralmente é feito por excisão cirúrgica, utilizando, com frequência, radioterapia com ou sem
quimioterapia adjuvante, terapia endócrina ou todos.

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Referências Bibliográficas

Choi. L. (2022). Cancro de mama. MD, Karmanos Cancer Center. Disponível (online) em:
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-
obstetr%C3%ADcia/doen%C3%A7as-mam%C3%A1rias/c%C3%A2ncer-de-mama.

Ministério da Saúde. (2001). Estimativa da incidência e mortalidade por Cancro no Brasil. Rio
de Janeiro, Secretaria Nacional de Assistência à Saúde, Instituto Nacional de Cancro.

Ramos. S. P. Rodrigues de. L. G. (2003). Papilomavírus humano e o Cancro de colo uterino e


cancro de mama. In: Ginecologia de Consultório. 1ª Edição. P.213 – 218. Editora de Projetos
Médicos. São Paulo-SP.

Zamith, R. Lima, G. R. Girão, M. J.B. (2003). Doenças sexualmente transmissíveis” in:


Ginecologia de Consultório. São Paulo: Editora de Projectos Médicos.

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