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INTEGRANTES DA EQUIPE
Representante - Caroline
Expectativas do grupo para com o professor: Manter os alunos engajados e motivados durante o processo de
aprendizagem; identificar, compreender e reparar as dificuldades encontradas pelos alunos; tirar dúvidas dos alunos após as
aulas, respeitando a subjetividade de cada um; dar devolutiva do projeto uma semana após a entrega; a devolutiva deve ser
esclarecedora, possibilitando a compreensão de todos.
Das responsabilidades do grupo: O contrato pedagógico deve ser lido, compreendido e interpretado corretamente pelos
integrantes do grupo. E ao acordar com este contrato, ficam estabelecidas as regras e responsabilidade contidas neste
documento; tais como: participar das lives; assistir a live gravada celeremente, se caso perder a aula ao vivo. Buscar ler,
interpretar, discutir, tirar dúvidas sobre o projeto em grupo e com o professor; se reunir semanalmente com o grupo através do
google meet no dia e hora marcada, combinado com todos previamente; nos dias dos encontros do grupo para esclarecimento
de dúvidas e elaboração do projeto, não deverá ocorrer atraso, e em caso de falta, o integrante deverá avisar o grupo com
antecedência e explicar o motivo; Não podendo participar da live por motivos variados fica decidido o que a maioria presente na
live tiver acordado. Isso vale para ideais na elaboração dos projetos, e divisão de tarefas; os integrantes do grupo deverão
entrar preparados para a reunião, com as dúvidas, ideias e sugestões em mãos; entregar a parte individual uma semana antes
do prazo de entrega estabelecido pelo professor; na última semana – colaboração de todos na finalização do projeto, para
juntos aperfeiçoar, corrigir erros ortográficos e layout; para o bem-estar de todos é importante se comprometer a cada etapa do
projeto com entusiasmo e dedicação, para que haja boa convivência, respeito, e bons resultados.
Das regras do grupo: Se comunicar com o grupo através do WhatsApp; sempre responder as mensagens do grupo da
matéria de maneira clara e assertiva, respeitando feedbacks negativos e positivos do grupo em sua maioria; cumprir os prazos
Este contrato pedagógico se dá para que haja um melhor entendimento entre as partes envolvidas no que tange a
responsabilidade de cada integrante, além de sua efetiva participação. Para que nossos trabalhos e estudos alcancem bons
resultados, alguns acordos devem ser realizados e respeitados. Para que isso aconteça, os participantes devem:
● Levantamento de dados;
4) Fica acordado que nenhum tipo de contribuição para o desenvolvimento do projeto, resulta em desligamento do grupo.
1ª ENTREGA
O objetivo nesta fase é apresentar o escopo do trabalho que será desenvolvido, junto ao modelo de artigo que iremos
escolher para iniciarmos o projeto.
2ª ENTREGA
Objetivo apresentado nesta fase será a entrega de um breve histórico da psicofarmacologia, anatomia e fisiologia do
sistema nervoso.
3ª ENTREGA
O objetivo nesta fase será uma breve introdução aos Transtornos do Neurodesenvolvimento com foco transtorno
esquizofrênico.
4ª ENTREGA
Na quarta e última fase do projeto nos comprometemos em entregar o projeto revisado e finalizado em acordo com as
orientações sugeridas.
RESUMO PSICOFARMACOLOGIA
O psicólogo precisa ter conhecimento de farmacologia para que durante o decorrer do tratamento possa
perceber algumas mudanças no comportamento dos pacientes em uso de determinados medicamentos que podem
causar danos ao paciente na vida pessoal, profissional e social. Esse conhecimento de base fundamental
possibilitará um diálogo entre o psicólogo e o médico que prescreve a medicação, o que também proporcionará
mais segurança ao paciente.
O sistema nervoso central é responsável por transmitir informações por todo o corpo. As fibras que saem
atingem a periferia da seção da pele, sensação, textura, temperatura, dor, calor, frio, (através das sensações
somáticas).
Os sentidos conscientes são formados pelos sentidos especiais da visão, do olfato, da gustação e da audição e
pelos sentidos somáticos (somestésicos) do tato, da pressão, da temperatura, da dor e da coceira.
A capitação se dá porque existem terminações nervosas que captam estas sensações através das vias
aferentes, que conduzem até o cérebro.
EXEMPLO:
FOGO – Coloco a mão = esquenta = tiro a mão = AFERENTE (externo) = manda para o cérebro= que
recebe a informação e envia para o MÚSCULO (EFERENTE) que faz com que eu tire a mão do fogo = AÇÃO
INVOLUNTÁRIA.
NERVOS AFERENTES: levam a informação externa e interna do corpo para o sistema nervoso central.
NERVOS EFERENTES: garante que o impulso do SNC chegue até os órgãos que vão produzir a ação.
DENTRITOS: Ramos presentes no corpo de uma célula que recebem impulsos nervosos; Axônio: Uma
extensão de um neurônio através do qual os impulsos nervosos são transmitidos para outro neurônio ou outro tipo
de célula. São as projeções de neurônios que recebem informações de outros neurônios. A informação de um
neurônio para outro é feita por meio de sinais químicos e impulsos elétricos. Essa informação entra no corpo
celular, continua ao longo do axônio do neurônio e é transferida para o próximo neurônio na SINAPSE, onde
encontramos o final de um neurônio e o início de outro.
As partes do sistema nervoso que mais afetam as emoções são os lobos frontais e a amígdala.
Toda vez que você sente algo, seu corpo inicia uma mudança fisiológica, uma liberação química e uma
resposta comportamental. Esse processo envolve vários processos trabalhando juntos, incluindo os principais
órgãos, neurotransmissores e o sistema límbico.
Acetilcolina; Aprendizado
Dopamina; Prazer
Oxitocina; Amor
GABA; Calma
Alguns transtornos mentais, como depressão e ansiedade, são causados por desequilíbrios químicos no
cérebro. Essa suposição é chamada de hipótese do desequilíbrio químico ou teoria do desequilíbrio químico. No
entanto, não há evidências de que depressão, ansiedade, TDAH e outros transtornos mentais sejam causados pela
baixa produção de certos neurotransmissores. O que não descarta que esses transtornos mentais também sejam
causados pelo desequilíbrio químico.
SINAPSES QUÍMICAS: Quando a comunicação entre neurônios se faz por neurotransmissores, estes, tem
90 tipos diferentes, alguns mais comuns numa sinapse são:
A sinapse é a região responsável por realizar a comunicação entre dois ou mais neurônios, ou de um
neurônio para um órgão efetor, ou seja, um músculo ou uma glândula. Podendo-se ocorrer em três locais diferentes,
dependendo unicamente do tipo de comunicação a ser feita e a mensagem que precisa ser enviada. São eles:
Os impulsos elétricos que se propagam ao longo dos axônios do neurônio devem ser convertidos em sinais
químicos para preencher essa lacuna. Isso acontece porque os sistemas nervosos central e periférico trabalham
exclusivamente com eletricidade. Os produtos químicos são liberados nas sinapses e são chamados de
neurotransmissores. Os neurotransmissores são chamados de mensageiros químicos e estão envolvidos em nossas
diferentes respostas às situações.
O corpo da célula é onde se inicia o estímulo elétrico que percorrerá todo o neurônio;
Os dendritos são as ramificações responsáveis por se unirem a outros neurônios, iniciando uma comunicação
entre eles;
O axônio é o canal responsável por transmitir o impulso elétrico do núcleo até o final do neurônio;
A bainha de mielina é o revestimento presente no axônio e sua função é isolar a eletricidade que passa por
dentro do axônio;
Os nódulos de ranvier, presentes entre as bainhas de mielina, são responsáveis por aumentar a velocidade do
impulso elétrico que passa pelo axônio;
O terminal axonal ou terminal sináptico tem por função se ligar a outros neurônios.
Existem dois tipos de sinapses, elétricas e químicas. Ambos ocorrem no sistema nervoso, mas de maneiras
diferentes, dependendo das diferentes ações que ocorrem para a comunicação entre os neurônios.
Sinapse elétrica: Para que ocorra a comunicação sináptica elétrica, dois ou mais neurônios devem enviar
mensagens entre si. Neurônios acima da fenda sináptica, o pequeno espaço entre eles, chamamos de neurônios pré-
sinápticos, e neurônios atrás da fenda sináptica, chamamos de neurônios pós-sinápticos.
Na sinapse elétrica os neurônios estão extremamente próximos, isso porque neste caso a fenda sináptica é
menor. Eles também possuem uma proteína de ligação importante chamada conexina.
As conexinas criam um caminho, como um tipo de tubulação, permitindo com que os íons presentes no
neurônio pré-sináptico passem para o pós-sináptico, e vice-versa, como apresentado na imagem abaixo.
O número 1 representa as mitocôndrias, responsáveis por liberar os íons com as informações que serão
enviadas de um neurônio para o outro;
O número 2 é a junção comunicante (ou GAP), o canal criado pela proteína conexina, para que os íons
consigam chegar de um neurônio ao outro;
Percebe-se, a sinapse elétrica é bidirecional, ou seja, ela permite a troca de informações de um neurônio para
o outro. Ela acontece em menor número, numa velocidade muito alta e só pode ser encontrada em lugares
específicos e restritos do cérebro.
Sinapse química: Diferente da sinapse elétrica, a sinapse química é unidirecional, indo do neurônio pré-sináptico
para o pós-sináptico. Nela, os neurônios se aproximam um do outro, mas não se tocam, porque neste caso a fenda
sináptica é maior.
A sinapse química se inicia com os neurotransmissores, que são substâncias químicas produzidas dentro do
neurônio pré-sináptico e carregam as informações que precisam ser levadas para o neurônio pós-sináptico. Essas
substâncias possuem informações que vão gerar algum tipo de ação o corpo.
Porém, como não há uma grande aproximação dos neurônios, o processo é mais longo e depende de outros
fatores importantes.
Conforme ilustração abaixo, os neurotransmissores ficam dentro de vesículas sinápticas, que são como sacos
que guardam essas substâncias, esperando algum estímulo para se romper e liberá-las.
Enquanto os sacos estão se aproximando dos botões terminais (espaços abertos no final da membrana do
neurônio pré-sináptico, responsáveis por liberar os neurotransmissores) acontece um potencial de ação que estimula
a liberação de cálcio.
O cálcio é a proteína responsável por criar um canal na membrana do neurônio e “empurrar” as vesículas
sinápticas até o final da membrana. Após esse estímulo elas se rompem e liberam os neurotransmissores.
A ação que acontece após a liberação, depende unicamente do neurotransmissor que será liberado. A
dopamina, por exemplo, é o neurotransmissor responsável pelo controle do sentimento e pelo mecanismo de
recompensa do sistema nervoso.
A sinapse química acontece em velocidade reduzida, por precisar de muitas etapas ao longo do seu processo.
Já a elétrica acontece em alta velocidade;
A sinapse elétrica ocorre em regiões específicas do cérebro, enquanto a química se realiza por todo o sistema
nervoso e em maior quantidade;
Na sinapse elétrica, os neurônios estão muito próximos e conseguem trocar informações diretamente,
enquanto na sinapse química é necessário a ajuda de neurotransmissores, que funcionam como mensageiros das
informações;
Na sinapse elétrica a comunicação é bidirecional, ou seja, as informações são trocadas do neurônio pré-
sináptico para o pós-sináptico e vice-versa, já a química é unidirecional, com o fluxo de informações indo apenas
do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico.
Os psicofármacos são aqueles que interferem primariamente em funções do sistema nervoso central (SNC).
Neste grupo de medicamentos estão incluídos os ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos e antiepilépticos
(ABREU; ACÚRIO; RESENDE, 2000).
Psicofármacos ou Psicotrópicos são modificadores seletivos do Sistema Nervoso Central (SNC) usados no
tratamento de transtornos psíquicos. São drogas que ou estimulam ou deprimem seletivamente a atividade mental.
A classificação dos psicofármacos utilizada atualmente para o tratamento dos transtornos mentais se divide
em: ansiolíticos e hipnóticos, antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores do humor (CORDAS; MORENO,
2008).
São medicamentos que atuam no controle de neurotransmissores do sistema nervoso central contribuindo,
principalmente, para o restabelecimento do humor 2.
A maioria das pessoas não se adapta com facilidade ao antidepressivo, o que faz necessária a mudança de
medicamento em busca de uma opção que produza menos efeitos colaterais.
Escolher o melhor remédio e sua dose ideal dependerá muito do organismo do indivíduo, e esta análise deve
ser feita por ele com auxílio do médico responsável pelo seu tratamento.
O clonazepam, mais conhecido pelo nome comercial Rivotril, é um medicamento que pertence à classe das
benzodiazepinas, a mesma a qual também fazem parte diazepam, alprazolam, bromazepam, lorazepam, midazolam
e vários outros.
Atenção: esse texto não tem como objetivo reproduzir a bula completa do clonazepam. O que faremos é uma
revisão crítica do fármaco em linguagem mais acessível ao público leigo, eliminando as partes da bula que contém
linguagem mais técnica e ressaltando as informações que são realmente relevantes para os pacientes que desejam
tomar o medicamento.
Assim como qualquer benzodiazepínico, o clonazepam é um ansiolítico, ou seja, uma droga que age
diretamente no sistema nervoso central, deprimindo a sua atividade e reduzindo a ansiedade.
Vamos a uma rápida explicação do mecanismo de ação do Rivotril para que possamos entender a sua
utilidade em doenças como a síndrome do pânico.
O nosso sistema nervoso central possui neurotransmissores que são estimulantes e neurotransmissores que
são depressores (desestimulantes). O equilíbrio entre esses dois tipos de neurotransmissores é o que nos mantém
alerta e emocionalmente/psicologicamente estáveis.
Esse aumento da ação do GABA torna o Rivotril, e outros benzodiazepínicos, muito úteis no tratamento dos
distúrbios de ansiedade, pois ele age diminuindo a ansiedade, reduzindo a frequência das crises e inibindo o
sentimento de medo. A ação inibitória do GABA nos neurônios do córtex motor também torna o clonazepam uma
excelente opção para o controle da crise convulsiva.
Medicamentos antipsicóticos são próprios para o tratamento de psicoses, caracterizada pela perturbação da
mente, particularmente a esquizofrenia e o transtorno afetivo bipolar (TAB). As psicoses provocam reclusão social,
insônia, falta de motivação e dificuldades para executar tarefas diárias. Não há uma causa única, mas, sim, um
conjunto de variáveis. Porém, acredita-se que o neurotransmissor dopamina, envolvida no controle dos
movimentos, aprendizado, humor e emoções, esteja implicado.
Clozapina
Usado na redução do risco de comportamento suicida em pacientes com esquizofrenia ou transtorno esquizo
afetivo. É recomendado quando há reincidência da tentativa de suicídio e funciona como bloqueador do receptor
D4, ou receptor de dopamina, no cérebro.
Amissulprida
A amissulprida atua rapidamente no organismo, melhorando tanto os sintomas positivos, associados aos
comportamentos psicóticos incomuns em pessoas saudáveis, como alucinações, delírios e perturbações do
pensamento; quanto aos sintomas negativos, caracterizados pela interrupção de emoções e comportamentos
normais, como redução da fala, do afeto e do prazer pela vida. A ação terapêutica possui dois picos: um efeito uma
hora após a ingestão e o segundo, entre 3 a 4 horas.
Quetiapina
Em pessoas que apresentam esquizofrenia, ajuda a diminuir delírios e alucinações. As doses neste caso são
mais altas. Ela também melhora o humor e as interações sociais. Os efeitos dependem da dose utilizada. Os efeitos
começam a aparecer entre 2 a 4 semanas.
Risperidona
O objetivo do estudo foi aprimorar os conhecimentos sobre a doença no intuito de proporcionar mais
informações e contribuir para novos estudos. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistematizada, de publicações
realizadas nos últimos 18 anos. Encontraram-se 26 referências que preencheram os critérios previamente
determinados pelo estudo. Acredita-se que a esquizofrenia é a doença na área da psiquiatria que mais desperta
atenção e interesse em conhecê-la é de essencial relevância para proporcionar melhor qualidade de vida ao
paciente.
Introdução
A Esquizofrenia segundo a Organização Mundial de Saúde (2000) é conhecida como uma das doenças
psiquiátricas mais graves e desafiadoras e ainda por muito a ser estudada até hoje. Segundo a Classificação
Internacional das Doenças é uma enfermidade complexa, caracterizada por distorções do pensamento, da percepção
de si mesmo e da realidade externa, além de inadequação e embotamento do afeto (OMS, 1998).
A esquizofrenia é uma doença que atinge cerca de 1% de população mundial, segundo a Organização
Mundial de Saúde, ou seja, aproximadamente 70 milhões de pessoas em todo o mundo (OMS, 2000). Classificada
hoje pela psiquiatria como uma síndrome, ela é caracterizada por uma série de sintomas e sinais que costumam
surgir pela primeira vez, na forma de um surto psicótico, por volta dos 20 anos, nos homens, e 25, nas mulheres,
As principais causas de morte na esquizofrenia são os suicídios, acidentes e outras patologias associadas,
devido às manifestações que acometem o paciente. Outros fatores de risco são o consumo de drogas, pouca adesão
à terapêutica, baixa autoestima, estresse, desesperança, isolamento, depressão e eventos negativos na vida do
paciente. O portador de esquizofrenia apresenta ainda problemas cognitivos, tais como dificuldade de abstração,
déficit de memória, comprometimento da linguagem e falhas no aprendizado. A combinação desses sintomas causa
grande sofrimento psíquico, com prejuízos nas relações familiares e na vida profissional e demais relações sociais
(GIRALDI; CAMPOLIM, 2014).
O conceito moderno de Esquizofrenia foi formalizado pelo psiquiatra alemão Emil Kraepelin no final do
século XIX, e o termo, criado por Eugenio Bleuler em 1911, a partir do grego schizo (dividir ou clivar) e phren
(mente), significa literalmente mente desdobrada, ou seja, cisão das funções mentais, pensamento “separado” da
realidade, dissociação entre o pensamento do doente e a realidade física do seu corpo e do ambiente (SADOCK;
SADOCK, 2008).
Segundo Silva (2006), a esquizofrenia é uma psicose crônica idiopática, aparentando ser um conjunto de
diferentes doenças com sintomas que se assemelham e se sobrepõem, sendo de origem multifatorial. Portanto, é um
transtorno causado por diversos fatores biopsicossociais que interagem, criando situações, as quais podem ser
favoráveis ou não ao aparecimento do transtorno.
Os fatores biológicos seriam aqueles ligados à genética e/ou aqueles que são devidos a uma lesão ou
anormalidade de estruturas cerebrais e deficiência em neurotransmissores. Os fatores psicossociais são aqueles
ligados ao indivíduo, do ponto de vista psicológico e de sua interação com o seu ambiente social, tais como:
ansiedade muito intensa, estado de estresse elevado, fobia social e situações sociais e emocionais intensas. Enfim,
indivíduos com predisposição podem desenvolver a doença quando estimulados por fatores biológicos, ambientais
ou emocionais.
A esquizofrenia é subdividida em tipos, na qual cada uma possui características próprias: A esquizofrenia
paranoide caracteriza-se pela presença de ideias delirantes relativamente estáveis, frequentemente de perseguição,
em geral acompanhadas de alucinações e de perturbações das percepções.
A Esquizofrenia hebefrênica caracteriza-se pela presença proeminente de uma perturbação dos afetos; as
ideias delirantes e as alucinações são fugazes e fragmentárias, o comportamento é irresponsável e imprevisível.
A Esquizofrenia Catatônica é caracterizada por distúrbios psicomotores proeminentes que podem alternar
entre extremos tais como hipercinesia e estupor, ou entre a obediência automática e o negativismo.
A Esquizofrenia Residual é caracterizada pela presença persistente de sintomas “negativos” embora não
forçosamente irreversíveis.
Alves (2021) relata os sintomas classificados como sintomas positivos (caracterizados por distorção do
funcionamento normal de funções psíquicas) e sintomas negativos (caracterizados por perda de funções psíquicas).
De acordo com a tabela abaixo:
O tratamento medicamentoso é fundamental para controle da esquizofrenia, mas na avaliação dos pacientes,
os prejuízos acarretados pelo tratamento medicamentoso podem ser tão intensos quanto os sintomas do transtorno.
O tratamento recebido pelos portadores de esquizofrenia dificilmente se coloca à altura da complexidade do
transtorno, que deve ser tratado em diversas frentes para que o paciente possa atingir uma boa qualidade de vida
(SOUZA et. al,2013).
Ação dos psicofármacos sobre os sintomas da esquizofrenia e seus efeitos adversos, uso abusivo e suspensão
do uso dos fármacos.
Alves (2021) destaca a enfermidade crônica, a esquizofrenia necessita de tratamento para aliviar os sintomas
e melhorar as condições de vida. Até os anos 50 não havia recursos para tratar os doentes psiquiátricos. A única
solução para esses pacientes era confiná-los em hospitais ou asilos pelo resto de suas vidas. O tratamento
A introdução dos antipsicóticos resultou em uma grande transformação na psiquiatria e ficou conhecida
como a “revolução farmacológica da psiquiatria”, porque permitiu que os doentes mentais internados em
manicômios pudessem ser medicados em sua própria casa, alguns chegando a conviver normalmente em sociedade
(Graeff,1989; Graeff, Guimarães, & Zuardi, 1999; Louzã Neto, 1996).
Com a introdução das drogas antipsicóticas atípicas, que produzem menos efeitos colaterais motores do que
os antipsicóticos típicos ou clássicos, o termo antipsicótico passou a ser mais amplamente usado para descrever a
ação das drogas utilizadas no tratamento de psicoses (Graeff et aI., 1999; Marder &Van Putten, 1995). A história
dos antipsicóticos começou na França, em 1952, com a introdução da clorpromazina. Henri Laborint, cirurgião
francês interessado em drogas que pudessem diminuir a ansiedade pré-operatória, convenceu o laboratório Rhone-
Poulenc da importância de identificar compostos que tranqüilizassem os pacientes em procedimentos de cirurgia.
Sintetizada por Paul Charpenter em 1950, a clorpromazina atingiu os objetivos do cirurgião francês. Laborint
observou que essa substância, administrada intravenosamente em doses de 50-100 mg, produzia nos pacientes pré-
operatórios um comportamento de indiferença ao ato cirúrgico, embora eles pudessem, por exemplo, conversar
com outras pessoas. Essas observações levaram Delay e outros psiquiatras, ainda em 1952, a administrar a
clorpromazina em pacientes psiquiátricos, os quais demonstraram considerável melhora sintomática. Assim, a
clorpromazina foi o primeiro tratamento com ação relativamente específica sobre sintomas psicóticos (Graeff,
1989; Graeff et al., 1999; Marder & Van Putten, 1995).
O presente autor destaca alguns efeitos colaterais, a clorpromazina passou a ser rapidamente utilizada em
todo o mundo. O principal fator para essa aceitação foi a falta de outros tratamentos eficazes para a esquizofrenia.
As vantagens produzidas no tratamento das doenças mentais com a introdução da clorpromazina estimularam as
indústrias farmacêuticas a desenvolver outros compostos terapêuticos com o passar dos anos.
A tioridazina e a flufenazina, bem como novas classes de drogas como as butirofenonas (p. ex. haloperidol)
e tioxantenas (p. ex., tiotixeno), foram desenvolvidas logo após o surgimentoda clorpromazina (Ashton, 1992;
Buckley & Meltzer, 1995; Graeff et al., 1999; Marder & VanPutten, 1995). Algumas delas ainda hoje são bastante
utilizadas. Alguns exemplos desses compostos antipsicóticos clássicos encontram-se na Tabela 2.
Apesar de possuírem diferentes estruturas químicas, as drogas antipsicóticas clássicas produzem efeitos
farmacológicos bastante semelhantes. Diminuem ou eliminam os sintomas positivos da esquizofrenia, atuando por
exemplo na agitação psicomotora dos pacientes deixando-os menos impulsivos e agressivos. Aliviam também
outros sintomas como delírios, alucinações e desorganização do pensamento. Porém, não afetam os sintomas
negativos, e até produzem alguns sintomas semelhantes a eles, tais como indiferença, perda de iniciativa e reduzida
Os antipsicóticos também afetam o sistema nervoso autônomo, porque bloqueiam os receptores colinérgicos
(tipo muscarínico) e adrenérgicos (alfa-adrenoceptores tipo 1), causando os seguintes sintomas: secura da boca e da
pele, midríase, dificuldade de acomodação visual, taquicardia, constipação intestinal, retenção urinária, hipotensão
arterial e hipotensão postural. Essas drogas, apesar de não interferirem na ereção, inibema ejaculação, e causam
sedação e sonolência. Desses efeitos colaterais, os sintomas extrapiramidais são os mais freqüentes, e podem ser
tratados com diminuição ou substituição do antipsicótico, ou ainda com o uso associado de medicamentos
específicos, tais como: a) medicamentos antiparkinsonianos como o biperideno; b) medicamentos que diminuem a
ansiedade como o diazepam; c) medicamentos com propriedades antihistamínicas como a prometazina; ou d) beta-
bloqueadores como o propranolol (Graeff, 1989; Graeff et aI., 1999; Louzã Neto, 1996; Marder & Van Putten,
1995). Os principais efeitos colaterais dos medicamentos antipsicóticos clássicos estão condensados na Tabela 3.
O mecanismo de ação dos antipsicóticos clássicos parece ser mediado pela neurotransmissão dopaminérgica.
Esses medicamentos clássicos têm como característica principal bloquear a dopamina no nível dos receptores pré e
pós-sinápticos (Graeff, 1989; Graeff et aI., 1999; Marder &Van Putten,1995; Reynolds, 1992;Tallman, 2000).
Esse mecanismo de ação foi primeiramente descrito por em 1963, é destacado por Nasello, 1997 em seu
artigo através de experimentos com ratos, observou-se que a administração de clorpromazina ou haloperidol
resultava em acumulação do metabolito de dopamina em áreas cerebrais ricas nessa substância. Essa descoberta foi
complementada com a informação de que as drogas antipsicóticas clássicas também podiam bloquear a formação e
liberação de dopamina nos neurônios responsáveis pela regulação da síntese e liberação de dopamina (Graeff,
1989; Graeff et aI., 1999; Marder & Van Putten, 1995; Nasello & Ritchtzenhain, 1997; Reynolds, 1992). A
dopamina atua sobre diferentes tipos de receptores, os subreceptores D1, D2 , D3, D4, e D5 . Os estudos realizados
com animais e seres humanos constataram que a afinidade pelo receptor D2 é o mecanismo que melhor se
correlaciona com os efeitos comportamentais dos antipsicóticos.
Tal procura resultou em drogas que são relativamente eficazes no tratamento tanto dos sintomas positivos
como dos negativos, ao mesmo tempo que produzem menos efeitos colaterais do que os antipsicóticos
convencionais. Por exemplo, produzem pouca ou nenhuma discinesia tardia e não elevam os níveis de prolactina
em seres humanos (Buckley & Meltzer, 1995; Graeff et aI., 1999; Pacheco-Hernández, 1994). Desses novos
antipsicóticos, a clozapina é considerada o agente modelo (Buckley & Meltzer, 1995; Graeff et aI., 1999; Owens &
Risch, 1995; Pacheco-Hernández, 1994; Reynolds, 1992). Mas muitos outros vêm sendo empregados na clínica
psiquiátrica: a sulpirida, o remoxiprida, a tergurida, o rosindola, e a risperidona, entre outros. Outros ainda são
objeto de pesquisa pré-clínica, como a amperozida.
A diferença entre essas substâncias, no que diz respeito a seus efeitos secundários, estão representados na
Tabela 5. Os antipsicóticos atípicos, com suas propriedades clínicas e farmacológicas diferentes dos antipsicóticos
convencionais, têm sido responsáveis por novas hipóteses sobre os mecanismos biológicos de origem da
esquizofrenia. Os antipsicóticos atípicos mudaram o conceito tradicional de que as drogas antipsicóticas eficazes
atuam bloqueando os receptores D2 do sistema dopaminérgico mesolímbico.
Estudos mais recentes propõem que a coexistência dos sintomas positivos e negativos na esquizofrenia
parece estar relacionada: a) à ocorrência conjunta de altas e baixas atividades de dopamina em diferentes áreas do
cérebro desses pacientes; b) à interação entre diferentes sistemas de neurotransmissores; e c) a outros receptores de
dopamina que não D2. Esses estudos demonstram que o aumento da dopamina não pode mais ser considerado o
único fator relevante para o surgimento da esquizofrenia, e pedem uma revisão da hipótese dopaminérgica da
esquizofrenia (Graeff, 1989; Graeff et aI., 1999; Owens & Risch, 1995; Pacheco-Hernández, 1994; Tallman, 2000).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se notar que os fármacos com ação no sistema nervoso central (SNC) apresentam grande importância
no tratamento de diversos distúrbios psiquiátricos (depressão, ansiedade, esquizofrenia entre outros).
Os principais alvos dos psicotrópicos são :(1) receptores específicos de neurotransmissores, (2)
transportadores de membrana, ou (3) enzimas, inibindo a degradação e aumentando a concentração de
neurotransmissores.
De acordo com os estudo realizados destacamos os antipsicóticos típicos e atípicos para darmos
sequência em nosso tema trabalhado “ESQUIZOFRENIA”
Os antipsicóticos atípicos ou de segunda geração promovem antagonismo D2 com menor potência, mas têm
a capacidade em interagir com outros receptores, variando muito entre os fármacos dessa classe. Esse medicamento
é introduzido a terapêutica, apenas, quando houver intolerância aos efeitos colaterais dos demais fármacos, devido
ao seu custo elevado em serviços de saúde pública.
ESQUIZOFRENIA
O sistema nervoso central não funciona isoladamente, e outros sistemas de neurotransmissão podem estar
envolvidos na origem dos sintomas psicóticos. Além da dopamina, os níveis de GABA, serotonina e noradrenalina
também parecem estar elevados em esquizofrênicos.
Além do efeito terapêutico desse tratamento, os compostos antipsicóticos também causam importantes
efeitos colaterais neurológicos, por isso também são conhecidos como neurolépticos. Com a introdução dos
antipsicóticos atípicos, que produzem menos efeitos colaterais motores do que os antipsicóticos típicos ou
clássicos, o termo antipsicótico é mais amplamente utilizado para descrever os efeitos dos medicamentos usados no
tratamento da psicose.
O mecanismo de ação dos antipsicóticos clássicos parece ser mediado pela neurotransmissão dopaminérgica.
Esses medicamentos clássicos têm como característica principal bloquear a dopamina no nível dos receptores pré e
pós-sinápticos. Finalmente, o bloqueio do receptor de dopamina parece estar associado ao tratamento e efeitos
colaterais com antipsicóticos clássicos. Efeitos colaterais graves e indesejados têm levado à busca de novos
compostos que minimizem esses efeitos sem reduzir a eficácia terapêutica. Além disso, o efeito terapêutico dos
antipsicóticos clássicos limita-se aos sintomas positivos, havendo sempre uma proporção de pacientes que não
responde aos medicamentos. Desta forma começou então a procura de outros antipsicóticos, que aliviassem
também os sintomas negativos e pudessem auxiliar os pacientes refratários. Essa ação terapêutica diferenciada
levou à praxe de se chamar a esses novos antipsicóticos de antipsicóticos atípicos, em contraposição aos clássicos
ou típicos.
REFERÊNCIA
NASELLO, A. G., & RITCHTZENHAIN, M. H. V. (1997). Revisão sobre a farmacologia dos neurolépticos.
Âmbito Hospitalar, 3, 29-34.