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Conceito de recursos naturais

Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os


ecossistemas necessitam para sua manutenção. Portanto, recurso natural é algo útil.
Existe em envolvimento entre recursos naturais e tecnologia, uma vez que há a
necessidade da existência de processos tecnológicos para utilização de um recurso.

Os recursos naturais são componentes materiais ou formas de energia disponíveis na


Terra, cuja génese é independente do Homem, mas aos quais lhes foram atribuídos
valores económicos, sociais e culturais, sendo, por isso, utilizados em seu benefício

De acordo com Moran (2003), os recursos naturais podem ser classificados de várias
maneiras, com base em critérios como sua origem geológica (minerais, petróleo), ciclo
de vida (renováveis, não renováveis), função econômica (energéticos, minerais
industriais) e ecossistêmica (florestas, rios).

Recursos naturais são todos os bens produzidos pela natureza: a energia solar, o ar, a
água, as rochas e os minerais, o solo e os vegetais, entre outros. É tudo o que se
encontra disponível em forma natural na terra e que pode ser utilizado em benefício da
humanidade (Smith, 2000).

Classificação dos Recurso Naturais

De acordo com Moran (2003), os recursos naturais podem ser classificados de


diferentes modos, no entanto, distinguem-se dois grandes grupos:

Recursos naturais renováveis - Todos os que se o Homem souber preservar e explorar


duma forma sustentável, não terão fim, isto é, são inesgotáveis. Exemplo: a energia
solar, o ar, a água, vegetais etc.

Recursos não renováveis - Todos aqueles que se esgotam à medida que se utilizam, isto
é, todos os que têm fim. Exemplo: o petróleo, o carvão mineral, o ferro, o ouro, urânio
etc.

Por sua vez, os recursos não renováveis podem ser classificados por:
Recursos recicláveis Todos os que são possíveis de ser reaproveitados, ou seja, é
possível voltar a utilizá-los. Exemplo: ouro, crómio, alumínio, magnésio, zinco,
estanho, etc.

Recursos não recicláveis - Todos os que após a sua primeira utilização, não é possível
voltar a utilizar, ou seja, não é possível reciclar. Exemplo: carvão, petróleo, gás natural,
etc.

Sgundo Brito (2006, p. 72), classifica os recursos naturais em:

 Recursos Minerais
 Recurso Biológicos
 Recursos Hídricos e
 Recursos Energéticos

Os recursos minerais são concentrações ou acumulações de rochas e minerais na crusta


terrestre em quantidades suficientes para poderem ser explorados de forma rentável pelo
homem.

Exemplo: O ferro, o chumbo, o cobre, o zinco, o níquel, o alumínio, o ouro e aprata são
exemplos de recursos minerais metálicos extraídos de minerais.

Os recursos hídricos são o conjunto das águas superficiais e subterrâneas, que está à
disposição do Homem para as suas actividades.

Os recursos hídricos são constituídos pelas águas superficiais e pelas águas subterrâneas
disponíveis para utilização humana.

Recursos Biológicos são materiais e energia que o Homem pode obter a partir dos
outros seres vivos, tais como matérias-primas para o vestuário (algodão, seda, linho,
lã…), calçado (peles), mobiliário (madeiras) e alimentos.

Referências:

Moran, E. F. (2003). Human adaptability: An introduction to ecological anthropology.


Routledge.

Tietenberg, T., & Lewis, L. (2014). Environmental and natural resource economics.
Routledge.
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Metodologia de Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais

A metodologia de identificação e avaliação dos impactos ambientais é crucial para


entender e mitigar os efeitos adversos das actividades humanas sobre o meio ambiente.
Diversos autores contribuíram para o desenvolvimento de abordagens e técnicas para
realizar essa análise de forma sistemática e abrangente.

Identificação dos Impactos Ambientais

Segundo Canter (1996), a identificação dos impactos ambientais envolve a análise


detalhada de todas as etapas de um projeto ou actividade, desde a sua concepção até a
sua implementação e operação. Isso inclui a identificação de todas as interacções
potenciais entre o projeto e o ambiente circundante, considerando factores como
mudanças no uso do solo, emissões atmosféricas, descargas de efluentes, geração de
resíduos, impactos sobre a biodiversidade e alterações nos recursos hídricos.

Por exemplo, ao planejar a construção de uma usina hidrelétrica, é necessário considerar


os efeitos potenciais sobre o ecossistema aquático local, incluindo mudanças no fluxo
do rio, impactos na fauna aquática e alterações nos habitats ribeirinhos.

Avaliação dos Impactos Ambientais

Para avaliar os impactos ambientais identificados, são utilizadas diversas técnicas e


ferramentas. Uma abordagem comum é a Matriz de Leopold, desenvolvida por Leopold
et al. (1971), que organiza e avalia os impactos ambientais de um projeto com base em
critérios como magnitude, duração, extensão geográfica, reversibilidade, probabilidade
de ocorrência e importância.

A Avaliação de Impacto Ambiental pode ser definida como uma série de procedimentos
legais, institucionais e técnico-científicos, com o objectivo caracterizar e identificar
impactos potenciais na instalação futura de um empreendimento, ou seja, prever a
magnitude e a importância desses impactos (Bitar & Ortega, 1998).

O Instrumento de Avaliação de Impacto Ambiental deve ser elaborado para qualquer


empreendimento que possa acarretar danos ou impactos ambientais futuros, sendo
executado antes da instalação do empreendimento. Com este enfoque, tem sido utilizado
principalmente nos seguintes empreendimentos: minerações, hidroeléctricas, rodovias,
aterros sanitários, oleodutos, indústrias, estações de tratamento de esgoto e loteamentos
(Bitar & Ortega, 1998).

A A.I.A. é um instrumento bastante difundido no Brasil desde 1986, devido as


exigências legais de realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório
de Impacto Ambiental (RIMA).

Como vimos anteriormente, são 4 as etapas de um Estudo de Impacto Ambiental


(E.I.A.), sendo que o instrumento AIA corresponde à segunda etapa de elaboração
(Bitar & Ortega, 1998).

Por exemplo, ao avaliar os impactos de uma nova rodovia, a Matriz de Leopold pode ser
usada para determinar a extensão dos impactos na vegetação nativa, na fauna local e na
qualidade do ar.

Outra abordagem amplamente utilizada é a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), que


envolve a avaliação sistemática dos impactos ambientais de um projeto antes de sua
implementação. Autores como Glasson et al. (2012) fornecem diretrizes e metodologias
detalhadas para conduzir uma AIA eficaz, incluindo a identificação de alternativas, a
previsão dos impactos ambientais, a avaliação dos impactos significativos e o
desenvolvimento de medidas de mitigação.

. Por exemplo, ao planejar a construção de uma nova fábrica, uma AIA pode ser
conduzida para avaliar os potenciais impactos na qualidade do ar, na qualidade da água,
no solo e no ruído ambiental. Com base nessa avaliação, medidas de mitigação podem
ser desenvolvidas para minimizar os impactos negativos e promover o desenvolvimento
sustentável.

A metodologia de identificação e avaliação dos impactos ambientais é uma ferramenta


essencial para garantir que o desenvolvimento humano seja realizado de forma
sustentável e responsável. Ao utilizar abordagens sistemáticas e rigorosas, como as
propostas por Canter, Leopold et al. e Glasson et al., é possível identificar os potenciais
impactos ambientais de uma atividade ou projeto e desenvolver medidas eficazes para
mitigá-los, protegendo assim o meio ambiente e os recursos naturais para as gerações
futuras.
Referências bibliográficas

Canter, L. W. (1996). Environmental impact assessment (2nd ed.). McGraw-Hill.

Glasson, J., Therivel, R., & Chadwick, A. (2012). Introduction to environmental impact
assessment (4th ed.). Routledge.

Leopold, L. B., Clarke, F. E., & Hanshaw, B. B. (1971). A procedure for evaluating
environmental impact. Geological Survey Circular, 645.

Leopold, L. B., Clarke, F. E., & Hanshaw, B. B. (1971). A procedure for evaluating
environmental impact. Geological Survey Circular, 645.

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