Revisa Goiás 9º Ano História - Março - Abril-Professor

CI
9º Ano ES
HISTÓRIA
Professor
Março/Abril - 2024
Revisa Goiás
Apresentação
O REVISA GOIÁS é um material didático estruturado e articulado para apoiar as ações de recomposi-
ção das aprendizagens. A elaboração desse material tem como base os Documentos Curriculares, a Matriz
de Referência SAEB, bem como os resultados das avaliações externas, uma vez que é importante identifi-
car pontos de atenção nesses resultados, objetivando desenvolver uma aprendizagem efetiva. Na elabo-
ração das atividades propostas, são consideradas as habilidades de cada ano/série e, ainda, por se tratar
de um material que visa a recomposição da aprendizagem, considera-se, também, as habilidades básicas
dos anos/séries anteriores.
O material é elaborado bimestralmente e apresenta, de modo intencional, uma gradação como um ca-
minho para que, com a mediação do(a) professor(a), o(a) estudante tenha a oportunidade de desenvolver
as atividades propostas e, dessa forma, aprender cada vez mais e avançar em proficiência. Além disso, o
uso do material otimiza o tempo do(a) professor(a) durante o planejamento de suas aulas. Nessa pers-
pectiva, é de grande relevância o trabalho do(a)professor(a) para que a aplicabilidade deste material seja
concretizada com êxito.
O REVISA GOIÁS será enviado em quatro volumes. Assim, uma versão digitalizada de todo o material
será disponibilizada para que o(a) professor(a) utilize esse material em seu planejamento. O material de
Língua Portuguesa e Matemática, do(a) estudante, será impresso para o 8º e 9º anos do Ensino Fundamen-
tal e para todas as séries do Ensino Médio. O REVISA de Ciências da Natureza e Ciências Humanas do 9º
ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio será apenas em formato digital.
Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cien-
tes da necessidade de um ensino que desenvolva as habilidades curriculares para continuar avançando em
proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.
Desejamos a todos um excelente trabalho!
Núcleo de Recursos Didáticos (NUREDI)

Secretaria de Estado da Educação de Goiás (SEDUC-GO)
Você também pode baixar o material pelo link:

https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CA-
fpwYsZnDlA78fyMX?usp=sharing
Revisa Goiás
Sumário
MARÇO
Semana 1 ............................................................................................. 8
Semana 2 ............................................................................................. 10
Semana 3 ............................................................................................. 15
Semana 4 ............................................................................................. 18
ABRIL
Semana 5 ............................................................................................. 20
Semana 6 ............................................................................................. 21
Semana 7 ............................................................................................. 23
Semana 8 ............................................................................................. 25
Revisa Goiás
HISTÓRIA
DIALOGANDO COM O(A) PROFESSOR(A),
Professor(a), a formação do cidadão crítico requer sua inserção em uma sociedade onde o conhecimen-
to científico e tecnológico é cada vez mais valorizado. Os conceitos e procedimentos da História, enquanto
ciência, contribuem para uma compreensão mais profunda das transformações em nossa sociedade. Esta
percepção nos eleva, permitindo-nos posicionar e contribuir de maneiras variadas para as mudanças ne-
cessárias.
Considerando a necessidade de preparar os nossos estudantes para a chegada ao Ensino Médio
e para enfrentar os desafios dessa etapa, torna-se imperativo adotar uma abordagem pedagógica que vá
além do simples repasse de conteúdos. A construção do conhecimento dever ser orientada por práticas
educativas que estimulem o pensamento crítico, a resolução de problemas e a aplicação prática dos con-
ceitos aprendidos.
Nesse sentido, é essencial promover atividades que estimulem a autonomia dos estudantes,
incentivando a pesquisa, a argumentação e a síntese de informações. Além disso, a integração de tecno-
logias educacionais pode proporcionar uma experiência de aprendizado dinâmica e alinhada às demandas
contemporâneas.
Professor(a), este material foi elaborado para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. Su-
gerimos, portanto, que considere a inserção em seu planejamento, assim como outras possibilidades de
discussão e recursos para além dos sugeridos aqui.
Desejamos a você e aos estudantes um ótimo trabalho!
Núcleo de Recursos Didáticos (NUREDI)

Secretaria de Estado da Educação (Seduc-GO)
Revisa 9º Ano - História - Março-Abril/2024

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SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás
HISTÓRIA – 9º ANO
1º CORTE
OBJETOS DE
SEMA- HABILIDADES HABILIDADES DE RECOMPOSIÇÃO /
CONHECIMENTO/
NA DCGO - AMPLIADO EIXOS COGNITIVOS*
CONTEÚDO
A1 – Contextualizar o cenário do Brasil no
período do Segundo Reinado, considerando
(EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das for- a construção do regime monárquico e a uni-
ças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas du- ficação do Brasil como país.
rante o Primeiro e o Segundo Reinado. A2 – Compreender a importância dos an-
O Brasil do Segun- (GO-EF08HI15-C) Identificar e conhecer os papéis tecedentes históricos para entender todo o
do Reinado: políti- exercidos pelos sujeitos envolvidos nas disputas polí- processo de construção do Segundo Reina-
1 ca e economia ticas durante o Primeiro Reinado, Regências e Segun- do, explorando os fatores político, econômi-
do Reinado. cos e sociais que influenciaram a transição
(GO-EF08HI17-A) Compreender as estruturas polí- do período regencial.
ticas do Império no Segundo Reinado, identificando C1 – Comparar a Lei de Terras do Segun-
organização do sistema e grupos, comparando com do Reinado com a questão agrária atual no
modelos políticos atuais. Brasil, destacando semelhanças e diferenças
nas abordagens legais, impactos na estrutura
fundiária e implicações para a agricultura.
A1 – Compreender a questão da Guerra do
Paraguai, examinando as causas que leva-
ram ao conflito, os eventos-chave durante
a guerra e as consequências tanto para o
Paraguai quanto para os países envolvidos,
(EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das for-
destacando as mudanças políticas, sociais
ças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas du-
e econômicas resultantes desse conflito na
rante o Primeiro e o Segundo Reinado.
América do Sul durante o século XIX.
(EF08HI17) Relacionar as transformações territoriais,
A2 – Compreender a questão do escravismo
em razão de questões de fronteiras, com as tensões e
no Brasil, explorando as condições históricas
conflitos durante o Império.
que deram origem ao sistema escravista, as
(EF08HI18) Identificar as questões internas e exter- formas de resistência dos escravizados e anali-
nas sobre a atuação do Brasil na Guerra do Paraguai e sando as revoltas e movimento abolicionistas.
discutir diferentes versões sobre o conflito.
A3 – Entender o conceito de democracia
(GO-EF08HI18-A) Problematizar a Guerra do Pa- racial no Brasil, examinando suas origens,
raguai e discutir as diferentes versões, vencidos e evolução ao longo do tempo e as críticas
vencedores, bem como as análises historiográficas contemporâneas.
diversas.
B1 – Entender a questão da Lei de Terra no
(GO-EF08HI18-B) Refletir sobre o fim do tráfico ne- contexto do Segundo Reinado, explorando
Territórios e fron- greiro, a abolição gradual da escravatura e a introdu- seu impacto nas relações sociais, econômi-
teiras: a Guerra do ção da mão de obra imigrante, relacionando-os com a cas e na distribuição de terras no Brasil do
2 Paraguai / O escra- Lei de Terras de 1850, a concentração fundiária e os século XIX, além de analisar as motivações
vismo no Brasil no conflitos no campo, no passado e no presente. por trás da implementação dessa legislação
século XIX (GO-EF08HI19-A) Identificar, a partir de fontes e suas implicações a longo prazo no desen-
históricas e análise crítica de materiais didáticos e volvimento agrário do país.
paradidáticos, sobre a escravização nas Américas, C1 – Comparar a Lei de Terras do Segun-
percebendo as formas de resistência e valorização da do Reinado com a questão agrária atual no
cultura negra, assim como, problematizando estereó- Brasil, destacando semelhanças e diferenças
tipos e preconceitos. nas abordagens legais, impactos na estrutura
(GO-EF08HI19-B) Reconhecer que as resistências fundiária e implicações para a agricultura.
e revoltas de escravizados possibilitaram a luta pela C2 – Analisar as consequências da Guerra do
libertação da mão-de-obra escrava, identificando o Paraguai na formação de uma elite militar e
abolicionismo, não só como um processo político, mas no início de um desgaste para as estruturas
como um movimento complexo, permeado por pres- políticas da monarquia.
sões e interesses de diversos grupos.
C3 – Analisar como a ideia de democracia
(GO-EF08HI19-C) Perceber relações entre o incen- racial influenciou as políticas, as relações
tivo à imigração europeia do século XIX, a exclusão sociais e as percepções sobre a diversidade
da população negra e a política de branqueamento do étnica no país.
povo brasileiro.
C4 - Explorar as contradições entre a teoria
da democracia racial e a realidade das desi-
gualdades e discriminações existentes, bus-
cando compreender a complexidade desse
conceito na sociedade brasileira.

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SEDUC
da Educação
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(EF09HI01) Descrever e contextualizar os principais

aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da A1 – Contextualizar a situação e os fatores
emergência da República no Brasil. que levariam à crise do período monárquico
no Brasil, examinando as tensões políticas,
(GO-EF09HI01-A) Conhecer e problematizar o con-
sociais e econômicas que culminaram na ins-
ceito de República em diferentes tempos, espaços e
tabilidade do regime monárquico.
culturas, comparando semelhanças e diferenças com
a fundação da República no Brasil. B1 – Identificar as causas imediatas e profun-
A crise no Império das que levaram à crise do Segundo Reinado
(GO-EF09HI01-B) Problematizar a efetiva participa-
e o fortalecimento no Brasil, examinando eventos específicos,
ção da sociedade brasileira no processo de mudança
3 de ideias republica- decisões políticas e fatores estruturais que
do regime político da Monarquia para uma República.
nas no Brasil e em contribuíram para a instabilidade do período.
Goiás (GO-EF09HI02-A) Analisar os processos políticos,
C1 – Analisar tanto as causas imediatas,
econômicos e sociais que levaram ao domínio polí-
como conflitos políticos e sociais, quando
tico das oligarquias brasileiras no período conhecido
as causas profundas, como questões econô-
como Primeira República, identificando particulari-
micas e a evolução das ideias republicanas,
dades da história local e regional.
buscando uma compreensão abrangente do
(EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diver- contexto que resultou na crise do Segundo
sidade política, social e regional nas rebeliões e nos Reinado.
movimentos contestatórios ao poder centralizado.
aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da A1 – Compreender os desdobramentos que
emergência da República no Brasil. se seguiram à Proclamação da República no
Brasil, examinando as mudanças políticas,
sociais e econômicas ocorridas durante o iní-
cio do período republicano.
a fundação da República no Brasil. C1 – Analisar a transição do sistema monár-
quico para o republicano, as tentativas de
A Proclamação da (GO-EF09HI01-B) Problematizar a efetiva participa-
consolidação do novo regime, bem como os
República e seus ção da sociedade brasileira no processo de mudança
4 desafios enfrentados na construção de uma
primeiros desdo- do regime político da Monarquia para uma República.
identidade política e na estabilidade do país
bramentos (EF09HI02) Caracterizar e compreender os ciclos da nas décadas subsequentes à proclamação.
história republicana, identificando particularidades
C2 – Investigar como os fatores que condu-
da história local e regional até 1954.
ziram à Proclamação da República interagi-
(GO-EF09HI02-A) Analisar os processos políticos, ram, gerando tensões políticas e sociais que
econômicos e sociais que levaram ao do mínio polí- resultaram na busca por um novo arranjo po-
tico das oligarquias brasileiras no período conhecido lítico, culminando na instauração do sistema
como Primeira República, identificando particulari- republicano no Brasil em 1889.
aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da A1 – Compreender o significado da Repúbli-
emergência da República no Brasil. ca da Espada e sua importância no contexto
brasileiro, analisando os eventos e caracte-
(GO-EF09HI01-A) Conhecer e problematizar o con- rísticas desse período que se estendeu de
ceito de República em diferentes tempos, espaços e 1889 a 1894.
A República da culturas, comparando semelhanças e diferenças com
5 B1 – Explorar a dinâmica política, os princi-
Espada a fundação da República no Brasil.
pais líderes militares envolvidos, e os desa-
(GO-EF09HI02-A) Analisar os processos políticos, fios enfrentados durante essa fase inicial da
econômicos e sociais que levaram ao domínio polí- República, visando uma compreensão mais
tico das oligarquias brasileiras no período conhecido aprofundada do papel desempenhado pela
como Primeira República, identificando particulari- República da Espada na história do Brasil.
aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da
emergência da República no Brasil. A1 – Compreender o significado da Repúbli-
(GO-EF09HI01-A) Conhecer e problematizar o con- ca da Espada e sua importância no contexto
ceito de República em diferentes tempos, espaços e brasileiro, analisando os eventos e caracte-
culturas, comparando semelhanças e diferenças com rísticas desse período que se estendeu de
A República da a fundação da República no Brasil. 1889 a 1894.
Espada / Corone-
6 (EF09HI02) Caracterizar e compreender os ciclos da B1 – Explorar a dinâmica política, os princi-
lismo no Brasil e
em Goiás. história republicana, identificando particularidades pais líderes militares envolvidos, e os desa-
da história local e regional até 1954. fios enfrentados durante essa fase inicial da
(GO-EF09HI02-A) Analisar os processos políticos, República, visando uma compreensão mais
econômicos e sociais que levaram ao domínio polí- aprofundada do papel desempenhado pela
tico das oligarquias brasileiras no período conhecido República da Espada na história do Brasil.
como Primeira República, identificando particulari-

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SEDUC
da Educação
Revisa Goiás
A1 – Identificar os pontos mais importantes

do processo inicial da Primeira República no
(EF09HI05) Identificar os processos de urbanização Brasil, examinando as principais característi-
e modernização da sociedade brasileira e avaliar suas cas políticas, sociais e econômicas que mar-
contradições e impactos na região em que vive. caram esse período.
(GO-EF09HI05-A) Analisar o processo de imigração B1 – Compreender o processo de mudança
durante a transição da Monarquia para a República política que se desenrolou nos meandros dos
no Brasil e suas influências nas contestações e dinâ- interesses no início do período republicano
micas da vida cultural brasileira. no Brasil, explorando as dinâmicas de poder,
(GO-EF09HI05-B) Conhecer e analisar o coronelismo alianças e conflito que moldaram as transfor-
A Primeira Repúbli- mações políticas iniciais.
no Brasil, seus impactos e contradições no contexto
7 ca e suas caracte-
nacional e regional. C1 – Analisar a transição do regime monár-
rísticas
(GO-EF09HI05-C) Compreender os movimentos de quico para o republicano, as figuras políticas
resistência e os movimentos messiânicos ocorridos influentes, as mudanças na estrutura gover-
no Brasil entre 1900 e 1930. namental e as primeiras questões e desafios
(GO-EF09HI05-D) Conhecer e problematizar o enfrentados pelo “novo” sistema político.
processo de modernização republicana, diante dos C2 – Analisar as negociações e disputas en-
conflitos que eclodiram no campo e nas cidades, no tre diferentes grupos de interesses, as es-
âmbito nacional e regional, ao longo da Primeira Re- tratégias adotadas para consolidar o novo
pública brasileira. sistema político e os impactos dessas mu-
danças na estrutura governamental e nas
relações políticas do país.
A1 – Identificar os pontos mais importantes
no que tange à ideia de “modernização” tra-
(EF09HI05) Identificar os processos de urbanização zida pelas questões republicanas no Brasil,
e modernização da sociedade brasileira e avaliar suas examinando as reformas e políticas adotadas
contradições e impactos na região em que vive. com o intuito de modernizar diferentes seto-
(GO-EF09HI05-A) Analisar o processo de imigração res da sociedade.
durante a transição da Monarquia para a República A2 – Compreender os motivos que levaram
no Brasil e suas influências nas contestações e dinâ- aos conflitos urbanos no início da República
micas da vida cultural brasileira. no Brasil, investigando as tensões sociais,
(GO-EF09HI05-B) Conhecer e analisar o coronelismo econômicas e políticas que culminaram em
A modernização no Brasil, seus impactos e contradições no contexto confrontos nas áreas urbanas.
republicana / nacional e regional. B1 – Entender o processo de mudanças tra-
8 Modernização, (GO-EF09HI05-C) Compreender os movimentos de zidas pelo início do período republicano no
urbanização e resistência e os movimentos messiânicos ocorridos Brasil, explorando as transformações políti-
sanitarismo no Brasil entre 1900 e 1930. cas, sociais e econômicas que caracterizaram
(GO-EF09HI05-D) Conhecer e problematizar o essa transição.
processo de modernização republicana, diante dos C1 – Analisar como as mudanças nas áreas po-
conflitos que eclodiram no campo e nas cidades, no lítica, econômica, educacional e social foram
âmbito nacional e regional, ao longo da Primeira Re- implementadas para atender aos ideiais repu-
pública brasileira. blicanos de progresso e desenvolvimento.
(GO-EF09HI05-E) Conceituar e analisar o Modernis- C2 – Analisar as mudanças na estrutura so-
mo, identificando seu papel como parte do processo cial, as desigualdades econômicas, as insatis-
de construção da identidade nacional e regional. fações políticas e as consequências desses
conflitos para a consolidação do novo regime
republicano.
EIXOS COGNITIVOS
A – Reconhecimento e
B – Compreensão e Análise C – Avaliação e Proposição
Recuperação

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da Educação
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Caríssimo(a) professor(a), para promover uma compre- ças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas du-
ensão mais aprofundada dos objetos de conhecimento rante o Primeiro e o Segundo Reinado.
do componente História do 9º Ano, torna-se impres-
(GO-EF08HI17-A) Compreender as estruturas polí-
cindível utilizar a linha histórica dos fatos. Desta forma,
ticas do Império no Segundo Reinado, identificando
é de total importância, antes de adentrarmos no pri-
organização do sistema e grupos, comparando com
meiro objeto de conhecimento do primeiro corte, que
modelos políticos atuais.
trata da Proclamação da República e seus desdobra-
mentos, retroceder no tempo e abordar sucintamente Objeto de Conhecimento:
o Segundo Reinado. Este período foi um dos momen- • O Brasil do Segundo Reinado: política e economia
tos mais decisivos do Império brasileiro. Durante esses
anos, de 1840 a 1889, o Brasil passou por significativas • Caríssimo(a) professor(a), segue um breve texto
transformações políticas, sociais e econômicas. A cen- sobre a importância da compreensão do Segundo
tralização do poder nas mãos do Imperador, aliada à Reinado para iniciarmos nossas reflexões futuras. Co-
Questão Militar, o tráfico negreiro e as tensões sociais, nhecer o contexto e as nuances desse período his-
culminou em eventos que prepararam o terreno para a tórico permitirá uma análise mais profunda e crítica,
Proclamação da República. Ao explorarmos as nuances proporcionando insights valiosos sobre os eventos
do Segundo Reinado, proporcionamos aos estudantes que moldaram nosso país.
um entendimento mais amplo das raízes que levaram
ao desfecho significativo da Proclamação da República Caro(a) estudante, segue um breve texto sobre a
e seus desdobramentos. Compreender como o Brasil importância da compreensão do Segundo Reinado
evoluiu nesse período é crucial não apenas para enri- para iniciarmos nossas reflexões futuras. Explora-
quecer o conhecimento histórico, mas também lançar remos este período para entender melhor a nossa
luz sobre as complexidades que moldaram a trajetória história. Desta forma, conseguiremos analisar cri-
do nosso país. ticamente, descobrindo insights valiosos sobre os
eventos que formaram o Brasil.
Prezados estudantes do 9º Ano, vamos explorar

a História de forma mais aprofundada, certo? Para
se dar bem nos estudos, é fundamental seguirmos ATIVIDADES
a linha do tempo. Antes de abordarmos a Procla-
mação da República, é necessário dar uma olhada Texto 1
rápida no Segundo Reinado. Esses anos, de 1840 a
Leia o texto 1 e a seguir, responda as atividades propostas
1889, foram intensos para o Brasil, marcados por
desta semana.
mudanças significativas nos aspectos políticos,
sociais e econômicos. O poder estava centraliza- O Segundo Reinado, compreendido entre os
do nas mãos do Imperador, enfrentamos desafios anos de 1840 e 1889, foi um período fundamental
como a Questão Militar, o tráfico negreiro e ten- na história do Brasil, caracterizado pelo governo do
sões sociais. Esses eventos preparam o terreno imperador Dom Pedro II. Durante essa época, o país
para a Proclamação da República. Ao explorarmos vivenciou uma fase de estabilidade política, marcada
os detalhes do Segundo Reinado, proporcionamos pela continuidade do regime monárquico que se esta-
a vocês um entendimento mais amplo das raízes beleceu após a abdicação de Dom Pedro I.
desse evento marcante da Proclamação da Repú- Um dos aspectos mais notáveis desse período foi
blica e seus desdobramentos. Compreender como o desenvolvimento econômico e industrial do Brasil. O
o Brasil evoluiu nesse período é crucial não ape- país experimentou avanços significativos, impulsionados
nas para enriquecer o conhecimento histórico, mas pela expansão da produção cafeeira no Sudeste, prin-
também para lançar luz sobre as complexidades cipalmente nas províncias de São Paulo, Minas Gerais
que moldaram a trajetória do nosso país. Vamos e Rio de Janeiro. A economia cresceu, beneficiada pela
juntos nessa jornada histórica! exportação do café, e a infraestrutura do país foi moder-
nizada com a introdução de ferrovias e telégrafos.
Além do progresso econômico, o Segundo Rei-
Março
nado testemunhou importantes eventos sociais e
Semana 1 políticos. A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi um
TEMÁTICA: O Império do Brasil conflito significativo, onde o Brasil, ao lado de Argen-
tina e Uruguai, enfrentou o Paraguai. A participação
Habilidades do DCGO - Ampliado: brasileira nessa guerra teve impactos profundos na
(EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das for- sociedade e nas Forças Armadas, contribuindo para
transformações no cenário político e militar.
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Outro ponto crucial foi a abolição do tráfico de 2. O Golpe da Maioridade, ocorrido em 1840, foi um
escravos, formalizada pelo Brasil em 1850, embora importante episódio na história do Brasil Imperial. So-
a escravidão tenha persistido até a aprovação da Lei bre esse evento, marque a alternativa correta:
Áurea em 1888, que pôs fim definitivo à escravidão (A) Foi um movimento liderado pelos setores con-
no país. servadores que buscavam manter D. Pedro II no
Apesar dessas conquistas, o Segundo Reinado poder antes da idade estipulada pela Constituição.
também enfrentou desafios crescentes. Tensões po- (B) Representou uma tentativa frustrada da ala libe-
líticas, rivalidades entre grupos políticos e movimen- ral de antecipar a maioridade de D. Pedro II, visando
tos republicanos ganharam força. A insatisfação com a implementação de reformas progressistas.
o regime monárquico culminou na Proclamação da
(C) Marcou a transição para a República, com a Pro-
República em 1889, quando o marechal Deodoro da
clamação da Independência e o estabelecimento de
Fonseca liderou um golpe militar que resultou na de-
um governo provisório.
posição de Dom Pedro II e na instauração da Repúbli-
ca no Brasil. (D) Foi um levante popular que visava restaurar o
Fonte: autoria própria.
regime monárquico, abalado por instabilidade po-
líticas.
Gabarito: A
A1 – Contextualizar o cenário do Brasil no período do
D. Pedro II assumiu o comando do Impé- Segundo Reinado, considerando a construção do regime
rio brasileiro com apenas 14 anos por meio monárquico e a unificação do Brasil como país.
do Golpe da Maioridade. Este Golpe, ocorrido em A2 – Compreender a importância dos antecedentes
1840, foi um evento marcante da história do Brasil. históricos para entender todo o processo de construção
do Segundo Reinado, explorando os fatores político,
econômicos e sociais que influenciaram a transição do
período regencial.
3. No Brasil, o século XIX testemunhou o surgimento

de uma das atividades econômicas mais impactantes
da história do país: a produção de café. Inicialmente
concentrada no Vale do Paraíba, essa cultura logo se
espalhou por diversas regiões, impulsionando a eco-
Disponível em: https://abre.ai/iW8B. Acesso em: 19 fev. 2024.
nomia e alterando significativamente a estrutura so-
cial. A expansão do cultivo do café foi acompanhada
1. A partir das reflexões do texto 1, escreva os pela intensificação do uso de mão de obra escrava,
principais fatores que contribuíram para o fortaleci- contribuindo para a manutenção de uma sociedade
mento da figura de D. Pedro II no II Reinado. profundamente marcada pela escravidão.
Sugestão de resposta: No II Reinado, a figura de D. Pedro Considerando o trecho acima sobre o início da pro-
II foi fortalecida por diversos fatores. Em primeiro lugar, dução de café no Brasil, assinale a alternativa correta:
sua habilidade política e estabilidade contribuíram para (A) O aumento da produção de café no Brasil contri-
consolidar seu poder. D. Pedro II também foi capaz de buiu para a manutenção do sistema escravista, visto
equilibrar as facções políticas internas, garantindo uma que a demanda por mão de obra era crescente.
relativa estabilidade ao país. Além disso, sua postura
conciliadora diante de conflitos, como a Guerra do Pa- (B) O Vale do Paraíba foi a última região a aderir à
raguai, solidificou sua imagem como um líder respeitado. produção de café, devido às dificuldades climáticas
A modernização gradual do país, impulsionada pela eco- e de solo.
nomia do café, também beneficiou seu governo. Por fim, (C) A expansão do cultivo do café no Brasil no sécu-
a longevidade de seu reinado contribuiu para a estabi- lo XIX esteve diretamente associada à abolição da
lidade institucional, criando uma associação duradoura escravatura.
entre o monarca e a estabilidade política no Brasil. (D) O cultivo inicial de café no Brasil era predomi-
A1 – Contextualizar o cenário do Brasil no período do nantemente realizado em pequenas propriedades
Segundo Reinado, considerando a construção do regime familiares.
monárquico e a unificação do Brasil como país. Gabarito: A
A1 – Contextualizar o cenário do Brasil no período do
Segundo Reinado, considerando a construção do regime
monárquico e a unificação do Brasil como país.

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SEDUC
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4. (IFCE 2016) Em meados do século XIX, durante o Se-

gundo Reinado, o Brasil vivenciou um grande surto de
crescimento industrial. Sobre os fatores responsáveis
pelo referido crescimento, considere as proposições a
seguir.
I. Disponibilidade de capitais oriundos dos lucros
SUGESTÕES DE FILMES PARA CONTEXTUALIZAÇÃO COM
obtidos com a exportação do café, principal produ-
O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA:
to da economia brasileira naquele momento.
II. Redução das taxas alfandegárias sobre os produ-
tos importados com as tarifas Alves Branco (1844), 1. Mauá – O Imperador e o Rei
o que favoreceu a aquisição das máquinas necessá- SINOPSE
rias ao desenvolvimento industrial. Classificação: Não recomendado para me-
III. Disponibilidade de capitais com a extinção do nores de 12 anos.
tráfico negreiro através da Lei Eusébio de Queirós, Órfão de pai, Irineu muda-se para o Rio de
em 1850. Janeiro para trabalhar. Aos 22 anos, assu-
IV. Iniciativas de empresários como Irineu Evange- me os negócios do escocês Carruthers e
lista de Sousa, o Barão de Mauá, principal incenti- logo vira um empreendedor de muito su-
vador das atividades urbano-industriais no país. cesso. Conhecido por ter a maior riqueza do
Império, Irineu torna-se Visconde de Mauá.
V. Abundância de mão de obra negra especializada
a partir do fim da escravidão, com a Lei Áurea, em
1888. 2. Carlota Joaquina, princesa do Brasil
Está correto somente o afirmado em SINOPSE
(A) III, IV e V. Classificação: Não recomendado para meno-
res de 12 anos.
(B) I, II e IV.
Um painel da vida de Carlota Joaquina (Ma-
(C) II, III e V. rieta Severo), a infanta espanhola que conhe-
(D) I, III e IV. ceu o príncipe de Portugal (Marco Nanini)
Gabarito: D com apenas dez anos e se decepcionou com
Comentário sobre o item: A questão aponta para um pro- o futuro marido. Sempre mostrou disposição
cesso de modernização econômica do Brasil, a partir de para seus amantes e pelo poder e se sentiu tremendamente con-
1850, associado à disponibilidade de capital devido aos trariada quando a corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma
lucros da exportação de café e a Lei Eusébio de Queirós grande sensação de alívio quando foi embora.
que proibiu o tráfico de escravos favorecendo a entrada
dos imigrantes. A Tarifa Alves Branco de 1844 foi carac- 3. Independência ou Morte
terizada por um protecionismo alfandegário e não por SINOPSE
redução nas tarifas alfandegárias. A assertiva [V] está Classificação: Livre
equivocada ao defender a existência de mão de obra ne-
Filme épico e ufanista, feito em plena época
gra especializada a partir do fim da escravidão.
da ditadura militar em comemoração aos du-
A1 – Contextualizar o cenário do Brasil no período do zentos anos de independência. Traça o perfil
Segundo Reinado, considerando a construção do regime de D. Pedro I (Tarcísio Meira) desde infância,
monárquico e a unificação do Brasil como país. passando por seu envolvimento com a mar-
quesa de Santos (Glória Menezes), pela Pro-
clamação da Independência, até a abdicação
do imperador. A cena às margens do Ipiranga
reproduz, em um jogo de montagem, a céle-
bre tela de Pedro Américo.
Semana 2
TEMÁTICA: O Império do Brasil
Habilidades do DCGO - Ampliado:
(EF08HI17) Relacionar as transformações territoriais,
em razão de questões de fronteiras, com as tensões e
conflitos durante o Império.
10
SEDUC
da Educação
Revisa Goiás
(GO-EF08HI18-B) Refletir sobre o fim do tráfico ne- nário, hoje é possível encontrar três versões histo-
greiro, a abolição gradual da escravatura e a introdu- riográficas diferentes: a tradicional, a revisionista e a
ção da mão de obra imigrante, relacionando-os com a neorrevisionista.
Lei de Terras de 1850, a concentração fundiária e os Tradicional
conflitos no campo, no passado e no presente.
Esta versão muito popular até a década de 1960,
Objeto de Conhecimento: tratava a guerra de uma forma bastante simplória, re-
sumindo todo o conflito ao desejo expansionista ter-
• Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai / O
ritorial do ditador Solano Lopez, desprezando outros
escravismo no Brasil no século XIX
fatos e eventos importantes ocorridos neste período.
• Caríssimo(a) professor(a), segue um texto sobre a Revisionista
Guerra do Paraguai. Ele é de suma importância para
Antes da guerra o Paraguai era tido como uma
compreender um dos maiores conflitos da história da
potência econômica da região – essa versão foi des-
América do Sul, ocorrido entre 1864 e 1870.
mentida também posteriormente com estes novos
Caro(a) estudante, segue um texto sobre a Guer- documentos – o que incomodava de certa maneira os
ra do Paraguai. Ele é de suma importância para com- ingleses, os quais por causa desses fatores econômicos,
preender um dos maiores conflitos da história da teriam agido em conluio com os brasileiros e argentinos
América do Sul, ocorrido entre 1864 e 1870. para que estes declarassem guerra ao Paraguai.
Essa versão predominou no Brasil dos anos 1960
Texto 2
até meados da década de 1990.
Leia o texto 2 e a seguir, responda as atividades propostas Neorrevisionista
desta semana.
Esta versão do conflito trata da perspectiva de
Guerra do Paraguai: o maior conflito sul-americano que a guerra ocorrera por conflitos regionais, pela li-
Travada entre Paraguai, Brasil, Uruguai e Argenti- vre navegação no Rio Paraguai além da delimitação
na, a Guerra do Paraguai ocorreu entre os anos 1864 e de territórios entre os países, visto que na segunda
1870 e é considerada o maior confronto do continente metade do século XIX o Paraguai buscava legitimar
sul-americano em proporções de números de mortos. o posto de terceira potência – o Brasil e a Argentina
eram as outras duas – do continente sul americano.
Passados mais de 150 anos do conflito, ainda hoje
existem diferentes versões do que de fato foi a causa O que gerou o conflito?
da guerra. Será que a Inglaterra estava por trás desse Para entender melhor sobre as causas que leva-
plano em virtude do medo de que o Paraguai se tor- ram ao conflito, é importante que se esclareça o con-
nasse uma superpotência? Ou, quem sabe ainda, será texto regional desse período.
que o desejo expansionista de Solano Lopez – ditador Durante os anos de 1850 o então presidente
e presidente paraguaio – foi a fagulha que acendeu Paraguaio Carlos Antonio López criou uma série de
este embate? obstáculos a navegação dos navios brasileiros no Rio
Vem com a gente que explicaremos mais sobre Paraguai, que era visto como crucial para o Império
este assunto! Brasileiro tendo em vista que os caminhos por terra
A guerra do Paraguai e suas diferentes versões eram bastante precários e demorados, o que tornou
o Rio Paraguai fundamental para consolidar o acesso
Mais de um século depois do fim do confronto di-
ao Mato Grosso.
ferentes correntes historiográficas discorrem sobre o
que de fato foi o estopim para que a guerra implodis- As constantes ameaças do Império ao vizinho Pa-
se na América do Sul. raguaio – conhecidos como Guaranis – fez com que
os países selassem um acordo em abril de 1856, que
A começar pelo nome do conflito, até hoje os Pa-
garantia ao Brasil a livre navegação desse rio. Mesmo
raguaios costumam tratá-la como sendo a Guerra da
com o tratado, os paraguaios continuavam dificultan-
Tríplice Aliança, em alusão a união que foi constituída
do as navegações das naus brasileiras, estremecendo
nos trópicos pelo Brasil, Uruguai e Argentina. Já em
cada vez mais a relação entre os países. De um lado
terras tupiniquins, o termo mais usual para se referir
os paraguaios tentavam ganhar tempo para preparar
ao conflito é Guerra do Paraguai, ou ainda, a Guerra
suas tropas para possíveis conflitos com os brasileiros
das Quatro Nações.
e argentinos. Do outro, os brasileiros temiam fazer
De 1990 para cá, a compreensão e a leitura do qualquer tipo de concessão que ameaçasse a manu-
que de fato gerou o confronto mudou bastante em tenção do território de Mato Grosso.
virtude do trabalho de historiadores brasileiros e
A relação piorou de maneira definitiva a partir do
uruguaios que tiveram acesso a um material que até
ano de 1862 com a posse de Solano Lopez como pre-
então nunca haviam sido avaliados. Diante desse ce-
sidente paraguaio e com a aproximação do governo
11
SEDUC
da Educação
Revisa Goiás
com os federalistas argentinos que, mais tarde, deu A invasão ao Uruguai

origem a aliança deste grupo com paraguaios e uru- Solano Lopez, então presidente do Paraguai, lançou
guaios integrantes do Partido Blanco. a época a seguinte advertência para o Brasil: não inter-
Parece muito confuso? Calma, explicaremos mais firam nos assuntos uruguaios! Porém, de nada adiantou
detalhadamente. a mensagem enfática do presidente paraguaio.
Países sul-americanos e o contexto político
regional
No período dos anos de 1860 a América do Sul vi-
via um momento tanto quanto delicado. É necessário
entender o contexto de alguns países para compreen-
der melhor a Guerra do Paraguai.
Uruguai
Desde a independência do país, os uruguaios so-
freram com interferências externas dos países vizi-
nhos, principalmente do Brasil. Vale lembrar que na
Cansado das sanções impostas pelos uruguaios,
época muitos brasileiros habitavam a região e usavam
o Brasil decide cortar relações com o país e avançar
o solo do país para criação do gado, que à posteriori
para a conquista das cidades uruguaias. Em setembro
seria vendido no Brasil.
de 1864 temos o episódio que deu início a Guerra,
O contexto político uruguaio nessa época era quando tropas brasileiras adentram o país em conjun-
constituído por dois partidos: os blancos – normal- to com os aliados de Venâncio Flores, estabelecen-
mente atrelados aos grandes proprietários de terras do desta maneira um governo provisório que atendia
– e os colorados – do qual normalmente faziam parte finalmente aos interesses brasileiros – retirando as
os comerciantes de Montevidéu. sanções que haviam sido impostas. Entretanto, esta
Argentina atitude serviu como pólvora, e a relação entre estes
No ano de 1862 Bartolomé Mitre assume a pre- países fora de forma definitiva comprometida.
sidência do país contando com o apoio de Venâncio Não demorou muito até que Solano Lopez orde-
Flores – presidente uruguaio por dois mandatos – e nasse a sua primeira ofensiva. Em novembro de 1864
do partido dos colorados do Uruguai. o navio a vapor do brasileiro Marquês de Olinda foi
Para mostrar sua força, Mitre articulou ações para capturado enquanto navegava no Rio Paraguai com
que fosse dificultada a navegação na Bacia do Rio da destino ao Mato Grosso a qual foi então tomada por
Prata, atingindo em cheio os interesses paraguaios. tropas enviadas por Solano Lopez.
Não se demorando na resposta, os paraguaios, por O ato seguinte da ofensiva consistia em invadir o
sua vez, decidem levar suas exportações para o Uru- Rio Grande do Sul. É então que o nome de Bartolo-
guai, não utilizando mais os portos argentinos. meu Mitre – presidente argentino – entrou em cena.
Vale lembrar que o Paraguai não dispunha de uma Isso porque o trajeto que os soldados das tropas para-
saída para o Oceano Atlântico, portanto necessitava de guaias precisavam fazer para chegar a província brasi-
portos em países vizinhos para escoar sua produção. leira, tornava necessário cruzar a província argentina
de Corrientes. Foi então que Bartolomeu Mitre re-
Em 1861, os uruguaios, que estavam sob comando
cusou permitir a entrada das tropas paraguaias em
dos blancos, decidiram por criar um imposto que seria
seu solo, o que fez com que Solano Lopez declarasse
aplicado na exportação do gado para o Brasil, além
guerra ao país, ordenando o envio de 22 mil soldados
de impedir que os gaúchos fizessem o uso de mão de
para atacar a Argentina.
obra escrava em terras uruguaias. Este foi o pano de
fundo para que os gaúchos cobrassem do governo Diante desse cenário, o governo brasileiro propôs
brasileiro uma atitude para corrigir esta situação. a Argentina e ao Uruguai a assinatura do tratado que
ficou conhecido como Tratado da Tríplice Aliança,
A resposta do governo veio por meio do apoio
assinado em 1º de maio de 1865, o qual estabelecia
prestado ao ex presidente uruguaio Venâncio Flores
como condição o fornecimento de recursos para lutar
que representava a figura de líder do partido colorado,
contra o Paraguai.
mas que estava na situação de refugiado na Argentina.
Venâncio Flores retornou ao seu país de 1863 para re- O que se viu a seguir foram sangrentos embates.
tirar os blancos do poder, e em troca, havia prometido Os principais conflitos
garantir os interesses do Brasil em seu país. Apesar do exército brasileiro ser de pouco mais
É com este cenário que a Guerra do Paraguai fica- de 18 mil homens – em comparação com os mais de
va cada vez mais próxima de ocorrer. 60 mil paraguaios – a guerra serviu para unir pela pri-

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da Educação
Revisa Goiás
meira vez, pessoas de todas as classes e regiões do Solano Lopez, o que fez com ele exigisse a caçada do
brasil, desde escravos, analfabetos e fazendeiros, até presidente paraguaio. Diante dessas circunstâncias, o
gaúchos e paulistas. herói da guerra Marques de Caxias se negou a con-
tinuar a caçada a Solano Lopez, e regressou para o
Brasil. Em seu lugar, foi nomeado o conde d’Eu marido
da princesa Isabel.
O fim da Guerra
Foi no norte de Assunção no dia 01 de março de
1870, na região de Cerro Corá – quase um ano depois
da conquista de Assunção – que o desejo do impe-
rador brasileiro foi finalmente consumado: as tropas
brasileiras pegaram Solano Lopez. Porém, ele acabou
sendo morto por um soldado conhecido como Chico
do Diabo.
No entanto, a guerra se arrastou mais do que
Esta que foi a maior guerra do continente sul-a-
esperado, isso tudo porque a geografia e o desco-
mericano (1864 – 1870) e trouxe como resultado final
nhecimento da região dificultavam as ações dos en-
para o lado derrotado um saldo bastante negativo. Os
volvidos. E devido ao número de baixas das batalhas,
soldados paraguaios no último ano do conflito eram
o Imperador Don Pedro II chegou a criar o progra-
formados por crianças, mulheres e idosos que usavam
ma Voluntários da Pátria, prometendo uma série de
como armamento pedras, madeira e tijolos.
benefícios como lotes de terras, dinheiro e a alforria
para os escravos que se alistassem. Porém, devido a Sobre o número de mortos, não existem dados
baixa procura, o governo acabou estipulando que de- precisos, mas estima-se que durante o conflito 75%
veria enviar obrigatoriamente um número de pessoas da população paraguaia foi morta, reduzindo sua po-
proporcional a sua população. pulação de 800 mil habitantes para algo em torno de
190 mil. Além disso, o Paraguai perdeu cerca de 140
As principais batalhas:
mil quilômetros para a Argentina e o Brasil.
• Batalha de Riachuelo (junho de 1865): conside-
No lado brasileiro, a guerra custou a vida de apro-
rada a batalha mais decisiva da guerra, ela foi vencida
ximadamente 50 mil pessoas, além de uma dívida
pela marinha brasileira, e retomou o controle brasilei-
com os bancos ingleses de aproximadamente 614 mil
ro do rio durante a guerra, além de impedir o abaste-
contos de réis, o que acabou sendo considerado um
cimento de material bélico para o Paraguai vindos do
desastre se analisado do ponto de vista econômico.
exterior.
Mais de um século e meio depois, quando feito
• Batalha de Tuiuti (maio de 1866): a confronto
uma retrospectiva do conflito, fica evidente o quão
deixou o saldo de mais de 10 mil homens e além dis-
danoso ele foi para o Paraguai. Foi somente no ano de
so, ficou marcado pela substituição do general brasi-
1916, que um presidente conseguiu cumprir um man-
leiro Osório pelo Marques de Caxias, mais conhecido
dato até o final – após seis golpes de Estado. Nesta
como Duque de Caxias.
conta, cabem ainda oito revoluções que acabaram
• Batalha de Laguna (1867): soldados brasileiros fracassando. As eleições democráticas só chegaram
tentaram neste momento retomar a posse do Mato ao país em 1993. No ano de 1999, o presidente Raul
Grosso que estava sob domínio dos paraguaios. Po- Cubas renunciou e em 2012 Fernando Lugo sofreu
rém, sofreram revés pelas tropas do Paraguaias no um impeachment, o que demonstra que a democracia
que ficou conhecida como a retirada de Laguna. Ou- no país ainda é frágil.
tro momento importante do conflito, foi a retirada da
Não é possível saber quais rumos teriam tomado
Argentina e Uruguai da guerra em virtude das condi-
o Paraguai e a consequente política latino-americana
ções de se sustentarem no conflito.
da época caso o conflito tivesse sido evitado. A única
• Batalha de Humaitá (1868): momento decisivo certeza que se tem é a de que muitas vidas teriam
para o final da guerra, a conquista da Fortaleza de sido poupadas se essa estratégia tivesse dado lugar
Humaitá era tida como a maior posição defensiva. A aos bons ofícios da diplomacia.
partir desta derrota, as condições dos paraguaios foi
Texto de autoria de Guilherme Kohler.
se deteriorando de maneira definitiva. Fonte: https://abre.ai/iXMX. Acesso em: 20 fev. 2024.
• Invasão a Assunção (1869): após a conquista de

Assunção, a guerra chegou próxima do seu final. Isso
porque o Marques de Caxias acreditava que com a
conquista de Assunção a guerra estaria terminada.
Porém, o imperador Don Pedro II se negou a negociar
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SEDUC
da Educação
Revisa Goiás
guerra, o abolicionismo tornou-se um dos principais

ATIVIDADES temas brasileiros.
Sobre esse momento histórico, é correto afirmar que
5. Considerando o texto 2, analise os principais fatores
(A) as Forças Armadas apoiaram a reescravidão do
que contribuíram para o desencadeamento da Guerra
negro, pois os oficiais possuíam escravos e não que-
do Paraguai e discuta como esse conflito impactou as
riam perder o dinheiro investido.
nações envolvidas, tanto no âmbito político quando
no social. Além disso, destaque as consequências du- (B) diversos oficiais das Forças Armadas passaram a
radouras desse evento na história da América do Sul. atuar abertamente contra a escravidão, inclusive se
recusando a continuar capturando escravos fugitivos.
Sugestão de resposta:
A Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870, foi (C) os soldados libertos lideraram um movimento
desencadeada por uma série de fatores complexos. En- armado para libertar os seus familiares que conti-
tre os principais motivos estavam as disputas territoriais nuavam em estado de escravidão.
na região, os desentendimentos políticos e a ascensão de (D) D. Pedro II ficou sensibilizado com a situação e
Francisco Solano López ao poder no Paraguai. O conflito decretou uma lei que libertava os pais e os irmãos
teve um impacto devastador nas nações envolvidas. No dos soldados negros libertos.
âmbito político, provocou mudanças significativas nas es- Gabarito: B
truturas de poder e nas alianças entre os países sul-ame- Comentário sobre o item: Ao conviverem com os escra-
ricanos. Socialmente, a guerra resultou em uma enorme vos que compuseram as fileiras do Exército Brasileiro na
perda de vidas, especialmente no Paraguai, que sofreu Guerra do Paraguai, muitos oficiais brasileiros passaram
uma devastação demográfica. As consequências dura- a defender a abolição total da escravatura no Brasil, con-
douras incluíram a fragilização do Paraguai como uma tribuindo para encorpar tal movimento.
potência regional, transformações nas relações interna- A1 – Compreender a questão da Guerra do Paraguai, exa-
cionais na América do Sul e a formação de ressentimentos minando as causas que levaram ao conflito, os eventos-
que perduraram por décadas. A Guerra do Paraguai dei- -chave durante a guerra e as consequências tanto para o
xou uma marca profunda na história da região, moldando Paraguai quanto para os países envolvidos, destacando as
as dinâmicas políticas e sociais por muitos anos. mudanças políticas, sociais e econômicas resultantes des-
A1 – Compreender a questão da Guerra do Paraguai, exa- se conflito na América do Sul durante o século XIX.
minando as causas que levaram ao conflito, os eventos-
-chave durante a guerra e as consequências tanto para o
Paraguai quanto para os países envolvidos, destacando as
mudanças políticas, sociais e econômicas resultantes des-
se conflito na América do Sul durante o século XIX.
6. (Col. Naval 2017-Adaptada) Observe a imagem SUGESTÕES DE FILMES PARA CONTEXTUALIZAÇÃO COM
abaixo. O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA:
1. Netto perde sua alma
SINOPSE
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos.
O filme conta a história do general Antônio de Souza Netto, persona-
gem-chave de dois conflitos importantes da história do Brasil. Ferido
durante a Guerra do Paraguai (1861-1866), o general é recolhido ao
Hospital Militar de Corrientes, na Argentina. Numa noite, recebe a vi-
sita de um antigo companheiro, sargento Caldeira, ex-escravo. Juntos
relembram o que viveram na Guerra dos Farrapos (1835-1845), o
Corpo de Lanceiros Negros, a Proclamação da República Rio-Gran-
dense e a revolta dos soldados negros, após a
guerra. São muitas histórias, encontros trágicos,
amigos e inimigos, amores e desafetos. Netto re-
corda o exílio em Piedra Sola, Uruguai, depois da
derrota dos farroupilhas, a descoberta do amor,
A charge mostra a situação dos escravos que integra- com Maria Escavola, os fantasmas do passado e
ram, durante a Guerra da Tríplice Aliança ou Guerra a Guerra do Paraguai. Naquela noite, unidos por
do Paraguai (1864-1870), os batalhões denominados duras lembranças, revelações surpreendentes e
Voluntários da Pátria, que asseguravam aos que se um terrível segredo, os dois veteranos enfrentam
alistassem benefícios, dentre eles a alforria. Após a o derradeiro desafio. Baseado no livro de Tabajara Ruas.
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2. A Última Abolição de navios negreiros, esses indivíduos sofriam com a

fome, com a sede e com as inúmeras doenças que
SINOPSE contraíam, devido à subnutrição e às péssimas condi-
Classificação: Livre ções de higiene nas quais eram obrigados a viver.
O Documentário aborda a escravidão no Brasil
Os escravos africanos no Brasil
com especial enfoque no período da abolição,
destacando os movimentos abolicionistas, A sociedade escravista brasileira necessitava de
seus aliados e inimigos. mão de obra para a lavoura e a mineração. Para su-
Um grande filme! Uma grande sugestão. prir esse mercado, a maioria dos escravos africanos
3. Doutor Gama negociados aqui eram homens e tinham entre 15 e 30
anos de idade.
SINOPSE Um problema que os escravos recém-chegados
Classificação: Não recomendado para me-
encontravam era saber se comunicar, principalmente
nores de 14 anos.
para entender as ordens que recebiam. Os escravos
Doutor Gama é um filme biográfico sobre a
que ainda não sabiam falar o português eram chama-
vida do escritor, advogado, jornalista e abo-
licionista Luiz Gama, uma das figuras mais
dos de boçais. Os que já tinham algum conhecimento
relevantes da história brasileira. Ele utilizou da língua eram chamados de ladinos. Existiam também
todo seu conhecimento sobre as leis e os os crioulos, que eram os escravos nascidos no Brasil e,
tribunais para libertar mais de 500 escravos portanto, já estavam integrados à cultura local.
durante sua vida. Nascido de ventre livre, Assim que chegavam aqui, os escravos perdiam
Gama foi vendido como escravo aos 10 anos para pagar dívidas de o direito de usar o seu nome africano e de praticar as
jogo de seu pai, um homem branco. Mesmo escravizado, ele conse- suas antigas tradições. Eram batizados segundo a fé
guiu se alfabetizar, assim conquistou sua liberdade, se tornando um católica e recebiam nomes portugueses, como João,
dos mais respeitados advogados de sua época. Joaquim, Maria. Por isso suas origens acabaram sen-
do apagadas dos registros históricos.
Semana 3 Ainda hoje, os pesquisadores têm dificuldade para
TEMÁTICA: O Império do Brasil identificar que grupos - das milhares de etnias africa-
nas - chegaram ao Brasil, já que recebiam o nome do
Habilidade do DCGO - Ampliado:
porto africano por onde tinham sido embarcados. Os
(EF09HI01) Descrever e contextualizar os principais principais portos eram da Costa da Mina, de Luanda,
aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da de Benguela e de Cabinda. E assim os escravos passa-
emergência da República no Brasil. vam a ser chamados de Mina, Congo, Angola, Bengue-
Objeto de Conhecimento: la, Cabinda. Por exemplo: Maria Mina, José Cabinda.
• A crise no Império e o fortalecimento de ideias re- Hoje sabemos, por exemplo, que pelo porto de
publicanas no Brasil e em Goiás. Luanda - de onde saiu a maior quantidade de escravos
para o Brasil - embarcaram as etnias dembos, ambun-
• Caríssimo(a) Professor(a), segue um breve texto que dos, imbangalas, lundas e diversas outras. Os africa-
apresenta informações, conhecimentos e demonstra- nos eram tratados como se fossem um único povo,
ções históricas sobre o triste processo da escravidão cuja cultura era considerada "inferior". Por isso eram
no Brasil. obrigados a trabalhar em situações degradantes, vi-
Caro(a) estudante, segue um breve texto que vendo de forma precária, sendo punidos com violên-
apresenta informações, conhecimentos e demons- cia caso não cumprissem as ordens que lhes eram
trações históricas sobre o triste processo da escra- dadas. Existiram exceções a essa regra?
vidão no Brasil.
Sim. Alguns africanos conseguiram viver em me-
Texto 3 lhores condições, outros até mesmo chegaram a ter
Leia o texto 3 e a seguir, responda as atividades propostas escravos seus. Mas foram poucos. A regra era: sub-
desta semana. missão, exploração, desrespeito, humilhação. De
qualquer forma, os africanos e os seus descendentes
Escravismo no Brasil - A resistência de africanos e foram se tornando brasileiros: aprenderam a língua e
descendentes passaram a seguir (ao menos aparentemente) os pa-
Entre os séculos XVI e XIX, milhares de africanos drões culturais que lhes era imposto. Mesmo porque
foram feitos prisioneiros em suas terras natais e leva- precisavam sobreviver à nova condição em que se en-
dos para servir como mão de obra escrava em diver- contravam: eram escravos numa terra distante, e não
sas regiões do mundo, principalmente nas Américas. tinham nenhuma possibilidade de retornar à África.
Tratados como uma mercadoria, negociados de fei- A resistência dos escravos
ra em feira, aprisionados em barracões e em porões
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Revisa Goiás
Muitos escravos não aceitavam a vida que lhes era

imposta e resistiam de diversas formas: suicidavam- ATIVIDADES
-se, não cumpriam as ordens que recebiam, assassi-
navam seus senhores, fugiam, rebelavam-se. Alguns 7. No Brasil, o fim da escravidão foi um processo gra-
africanos sofriam uma depressão profunda, chamada dual marcado por diversas leis que buscavam emanci-
de banzo, o que podia levar a morte por inanição. par os cativos e transformar a estrutura social do país.
Os senhores de escravos tinham horror a qual- Essas leis representaram avanços, mas também refle-
quer tipo de resistência, pois além de temerem por tiram as tensões políticas e sociais da época. Consi-
suas vidas, temiam perder todo o dinheiro investido derando esse contexto, analise criticamente três leis
na compra do seu escravo. Muitos escravos fugitivos específicas que desempenharam papel crucial nesse
se organizaram em quilombos. Na África, o kilombo processo. Descreva o impacto dessas medidas na di-
era um acampamento militar dos jagas (guerreiros im- nâmica social e econômica do país durante o período
bangala), e aqui no Brasil se tornou uma comunidade de transição para o fim da escravidão.
que se organizava para resistir à sociedade escravista. Comentário resumido sobre a Questão: O processo de
O mais famoso quilombo foi o dos Palmares, fun- abolição da escravidão no Brasil foi conduzido por di-
dado na Serra da Barriga, na então capitania de Per- versas leis ao longo do tempo. A Lei Eusébio de Queiróz
nambuco (hoje Alagoas), no século 17, mas existiram (1850) proibiu o tráfico transatlântico, reduzindo a oferta
centenas de quilombos por todo território brasilei- de escravos. A Lei do Ventre Livre (1871) declarou livres
ro. Na província de São Paulo, por exemplo, um dos os filhos de escravas, mas trouxe desafios ao manter a tu-
maiores quilombos foi o do Jabaquara, foi fundado no tela dos senhores. A Lei dos Sexagenários (1885) libertou
século 19 na serra de Cubatão. escravos com mais de 60 anos, embora tenha sido criti-
Alguns escravos fugiam por um tempo, mas re- cada por sua abordagem limitada. Essas leis refletiram as
tornavam ao seu senhor em troca de melhores con- complexidades sociais e econômicas da época, moldan-
dições de vida. Havia também escravos que fugiam do a transição para o fim da escravidão no Brasil.
e tentavam a sorte em outra região, dizendo ser um Em análise crítica, percebemos que essas leis foram res-
liberto. Outra forma de resistência era o assassina- postas às pressões sociais e econômicas da época, mas
to do senhor ou de funcionários, como o feitor, por também refletiram limitações e contradições. O proces-
exemplo. Nesse sentido é interessante observar a de- so de abolição foi, portanto, complexo e multifacetado,
finição que a Enciclopédia Larousse traz para a guiné: moldando as bases para a transformação da estrutura
Planta herbácea, perene, com característico odor que social e econômica do Brasil durante a transição para o
lembra o alho. As raízes têm propriedades antiespas- fim da escravidão.
módicas, abortivas, sudoríficas, diuréticas, antirreu- A2 – Compreender a questão do escravismo no Brasil,
máticas, mas em doses elevadas podem provocar a explorando as condições históricas que deram origem
morte. Os escravos conheciam o efeito tóxico dessa ao sistema escravista, as formas de resistência dos es-
planta e chamavam-na de "amansa-senhor”. cravizados e analisando as revoltas e movimento abo-
licionistas.
Durante os quatro séculos em que a escravidão
existiu no Brasil, muitas rebeliões ocorreram, mas 8. Analise a relação entre o fim da escravidão, a re-
pouco se conhece sobre elas, já que nessa época as volta dos fazendeiros após a Lei Áurea e os movi-
autoridades máximas eram os próprios senhores de mentos que levaram à Proclamação da República no
escravos, e poucos deles registraram esses episódios. Brasil. Como esses eventos estão interligados, e de
A rebelião de escravos que mais teve repercussões foi que forma as tensões sociais da transição da socieda-
a Revolta dos Malês, em 1835 na Bahia. de escravocrata para a livre influenciaram o cenário
Os africanos resistiram e se impuseram de diver- político da época?
sas formas, legando-nos, por exemplo, palavras do Comentário resumido sobre a Questão: A transição do
nosso vocabulário, pratos de nossa culinária, festas sistema escravocrata para uma sociedade livre no Bra-
populares, crenças religiosas, instrumentos musicais. sil, após a Lei Áurea de 1888, desencadeou resistências
A transmissão de seus valores culturais talvez seja a por porte dos fazendeiros, ameaçados economicamente.
mais importante forma de resistência dos africanos, Essa revolta contribuiu para instabilidade política e, alia-
que não se renderam aos padrões que lhes foram im- da às mudanças sociais e econômicas, alimentou movi-
postos. Os africanos e seus descendentes participa- mentos republicanos. As tensões sociais resultantes do
ram da construção do Brasil e do povo brasileiro, e fim da escravidão foram determinantes para os eventos
não podemos pensar a nossa cultura sem entender (e que culminaram na Proclamação da República em 1889,
reverenciar) a nossa herança africana. marcando uma ruptura política no país.
Texto de autoria de Érica Turci. A2 – Compreender a questão do escravismo no Brasil,
Fonte: https://abre.ai/iXSW. Acesso em: 20 fev. 2024.
explorando as condições históricas que deram origem
16
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ao sistema escravista, as formas de resistência dos es- panha abolicionista ligada a classe média (profissionais
cravizados e analisando as revoltas e movimento abo- liberais, intelectuais, artistas, etc.) que defendia o fim da
licionistas. escravidão no Brasil.
A2 – Compreender a questão do escravismo no Brasil,
9. (Col. Naval 2018-Adaptada) Observe a imagem re-
explorando as condições históricas que deram origem
ferente à questão.
ao sistema escravista, as formas de resistência dos es-
cravizados e analisando as revoltas e movimento abo-
licionistas.
10. (CFTMG 2013-Adaptada) Observe a imagem.
Arquivo Nacional, Rio de Janeiro)

Em 13 de Maio de 1888 foi assinada a lei nº 3353,
conhecida como Lei Áurea, que aboliu a escravidão A partir da análise da aquarela, é correto afirmar que
no Brasil. É correto afirmar que entre fatores que con- o artista apresenta os
tribuíram para o fim da escravidão estava:
(A) africanos livres e suas belas roupas.
(A) a campanha abolicionista que mobilizou profis-
(B) escravos de ganho e suas várias atividades.
sionais liberais, jornalistas, advogados, intelectuais,
entre outros, que atuavam por meio de clubes, as- (C) negros displicentes e suas múltiplas funções.
sociações e jornais defendendo a causa abolicionis- (D) serviçais urbanos e suas diferentes moradias.
ta. Gabarito: B
(B) a decisão da sociedade brasileira de libertar os Comentário sobre o item: Os chamados “escravos de
escravos, trocando a alforria dos cativos em tro- ganho” eram aqueles que circulavam pelas ruas das ci-
ca da permanência deles na terra por mais alguns dades brasileiras exercendo funções como as ilustradas
anos, tornando a Lei Áurea uma mera formalidade. na aquarela (vendedoras de doce e rendeiras). Esses es-
(C) os constantes ataques de escravos quilombolas cravos exerciam essas atividades remuneradas, devendo
liderados por Chico rei a fazendeiros e políticos bra- passar uma quantia do que ganhavam aos seus senhores.
sileiros, pressionando o governo a assinar a abolição A2 – Compreender a questão do escravismo no Brasil,
da escravatura em troca do fim dos assassinatos. explorando as condições históricas que deram origem
ao sistema escravista, as formas de resistência dos es-
(D) a Proclamação da República tornou a causa escravizados e analisando as revoltas e movimento abo-
cravagista insustentável devido a participação de licionistas.
escravos da Guerra do Paraguai, levando os milita-
res a assinarem a lei que proibia a escravidão.
Gabarito: A
Comentário sobre o item: A Guerra do Paraguai, 1865-
1870, foi um divisor de águas no Segundo Reinado. Com
o fim do conflito, a monarquia foi muito questionada por
diversos segmentos sociais que defendiam a moderniza-
ção do Brasil, entre eles, o exército que adotou ideias Po-
sitivistas contribuindo para a proclamação da República;
o Partido Republicano Paulista defensor do Federalismo
e contra a monarquia; a campanha republicana que ti-
nha como bandeira principal abolir a monarquia; a cam-
17
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da Educação
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der diversos aspectos desse período crucial do Impé-

rio brasileiro, estamos agora prontos para adentrar na
discussão sobre a Proclamação da República. Vamos
explorar a transição da nossa “breve” monarquia para
o período republicano, analisando os eventos que mar-
caram essa importante mudança na história do Brasil.
Caro(a) estudante, agora estamos de fato no pri-
1. Os Inconfidentes meiro objeto de conhecimento do 9º ano. Após refle-
SINOPSE tirmos sobre o II Reinado e buscarmos compreender
Classificação: Não recomendado para meno- diversos aspectos desse período crucial do Império
res de 12 anos. brasileiro, estamos agora prontos para adentrar na
Padres, poetas, políticos, militares e insatis- discussão sobre a Proclamação da República. Vamos
feitos em geral se unem e conspiram para explorar a transição da nossa “breve” monarquia para
libertar o Brasil dos portugueses no século o período republicano, analisando os eventos que mar-
XVIII. Algo dá errado. Preso, Tiradentes (José caram essa importante mudança na história do Brasil.
Wilker) é torturado e, enquanto os demais
isentam-se de culpa, assume todos os seus atos. É condenado
à morte, mas torna-se o principal nome da Inconfidência Mineira. Esta obra pictórica captura o instante da
Um filme que retrata a Conjuração Mineira, um movimento precur- Proclamação da República, conduzida pelo
sor da ideia republicana no Brasil, embora seja situado no período militar Marechal Deodoro da Fonseca em 15 de
colonial. novembro de 1889. Esse evento marcante sinalizou
2. Joana Angélica o fim da monarquia no Brasil. O quadro faz parte
do acervo da Prefeitura Municipal da cidade de São
SINOPSE Paulo e está atualmente abrigado na Pinacoteca.
Classificação: Não recomendado para meno-
res de 10 anos.
A história da religiosa concepcionista baiana,
nascida no Brasil colônia, que morreu de-
fendendo o Convento da Lapa em Salvador
(Bahia) contra soldados portugueses. O filme
traz valores que contribuem para ideais repu-
blicanos.
Semana 4
TEMÁTICA: Brasil: Da República Velha ao Estado
Novo
Disponível em: https://abre.ai/iYb8. Acesso em: 20 fev. 2024.

(GO-EF09HI01-B) Problematizar a efetiva participa- Texto 4
ção da sociedade brasileira no processo de mudança
O processo da Proclamação da República no Bra-
do regime político da Monarquia para uma República.
sil, em 1889, foi predominantemente prolongado
(GO-EF09HI02-A) Analisar os processos políticos, pelas elites militares e civis. As camadas mais baixas
econômicos e sociais que levaram ao domínio polí- da sociedade, representando a população em geral,
tico das oligarquias brasileiras no período conhecido ficaram à margem desse momento. A decisão de ins-
como Primeira República, identificando particularida- taurar o regime republicano foi tomada por líderes
des da história local e regional. políticos e militares, refletindo a falta de participação
Objeto de Conhecimento: direta das massas populares no evento que marcaria
uma mudança significativa na estrutura política do
• A Proclamação da República e seus primeiros des- país. Essa característica revela a complexidade e as
dobramentos contradições do processo histórico de transição do
• Caríssimo(a) professor(a), agora estamos de fato no regime monárquico para o republicano no Brasil.
primeiro objeto de conhecimento do 9º ano. Após re- Fonte: autoria própria.
fletirmos sobre o II Reinado e buscarmos compreen-
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de uma identidade política e na estabilidade do país nas

ATIVIDADES décadas subsequentes à proclamação.
C2 – Investigar como os fatores que conduziram à Pro-
11. Considerando o texto 4, explique os motivos que clamação da República interagiram, gerando tensões
levaram militares, descontentes com o poder centra- políticas e sociais que resultaram na busca por um novo
lizado de D. Pedro II, a Igreja Católica, os movimentos arranjo político, culminando na instauração do sistema
republicanos e os grandes fazendeiros, representan- republicano no Brasil em 1889.
tes da elite econômica, a se unirem para organizar a
Proclamação da República no Brasil. Destaque os fa- 13. (Espcex-Aman 2024-Adaptada) Com a Procla-
tores que impulsionaram esses grupos a agirem em mação da República, uma das medidas iniciais foi a
conjunto para retirar o Imperador do poder e promo- criação de novos símbolos nacionais, o que levou a
ver mudanças na institucionalidade do país. disputas entre grupos políticos para a escolha da nova
Comentário resumido sobre a Questão: Os motivos que bandeira do Brasil. Após uma versão provisória, inspi-
levaram à organização da Proclamação da República no rada na bandeira norte-americana com listras verdes
Brasil foram multifacetados, envolvendo diversos grupos e amarelas, a bandeira escolhida acabou por manter
descontentes com o regime monárquico. Os militares, in- o retângulo verde e o losango amarelo-ouro da ban-
satisfeitos com o poder centralizado de D. Pedro II, busca- deira imperial, mas trocando o brasão do Império por
vam maior participação política e ascensão profissional. um círculo azul com estrelas, cortado por uma faixa
A Igreja Católica, por sua vez, estava descontente com a branca com a inscrição "Ordem e Progresso".
influência de ideias laicas e republicanas, que poderiam Esse lema foi inspirado
ameaçar sua posição. Os movimentos republicanos alme-
(A) em Rui Barbosa.
javam uma mudança no sistema político, visando maior
representatividade e participação popular. Os grandes (B) no Liberalismo
fazendeiros, representantes da elite econômica, queriam (C) no Iluminismo.
garantir seus interesses diante de possíveis mudanças na (D) no Positivismo.
política agrária. A convergências desses interesses e insa- Gabarito: D
tisfações levou à articulação e realização da Proclamação Comentário sobre o item: O Positivismo, movimento
da República em 1889, marcando o fim da monarquia e o francês que muito influenciou a Proclamação da Repú-
início de um novo período na história do Brasil. blica brasileira, acabou por inspirar a inscrição “Ordem e
C1 – Analisar a transição do sistema monárquico para o Progresso” da nossa Bandeira Nacional.
republicano, as tentativas de consolidação do novo re- C1 – Analisar a transição do sistema monárquico para o
gime, bem como os desafios enfrentados na construção republicano, as tentativas de consolidação do novo re-
de uma identidade política e na estabilidade do país nas gime, bem como os desafios enfrentados na construção
décadas subsequentes à proclamação. de uma identidade política e na estabilidade do país nas
C2 – Investigar como os fatores que conduziram à Pro- décadas subsequentes à proclamação.
clamação da República interagiram, gerando tensões C2 – Investigar como os fatores que conduziram à Pro-
políticas e sociais que resultaram na busca por um novo clamação da República interagiram, gerando tensões
arranjo político, culminando na instauração do sistema políticas e sociais que resultaram na busca por um novo
republicano no Brasil em 1889. arranjo político, culminando na instauração do sistema
republicano no Brasil em 1889.
12. Por que a Proclamação da República no Brasil
pode ser vista como um golpe? Destaque os princi-
pais elementos que justificam essa interpretação.
Comentário resumido sobre a Questão: A Proclamação
da República no Brasil pode ser vista como um golpe
porque foi uma ação liderada por militares e apoiada
por elites, sem participação popular direta. Esse even-
to marcou a substituição da monarquia pela república
de maneira abrupta, refletindo interesses específicos de
grupos poderosos, não de um consenso ou vontade geral
da população. Além disso, houve um rompimento cons-
titucional. Levando para a questão popular, podemos di-
zer que “rasgaram” a Constituição.
C1 – Analisar a transição do sistema monárquico para o
republicano, as tentativas de consolidação do novo re-
gime, bem como os desafios enfrentados na construção
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Objeto de Conhecimento:
• A República da Espada
ATIVIDADES
O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA: 14. Leia o texto 5 e, a seguir responda o que se pede.
1. Guerra de Canudos
SINOPSE
Classificação: Livre.
res de 14 anos.
Em 1893, Antônio Conselheiro (José Wilker)
e seus seguidores começam a tornar um sim-
ples movimento em algo grande demais para
a República, que acabara de ser proclamada
e decidira por enviar vários destacamentos
militares para destruí-los. Os seguidores de Antônio Conselheiro
apenas defendiam seus lares, mas a nova ordem não podia acei-
tar que humildes moradores do sertão da Bahia desafiassem a
República. Assim, em 1897, esforços são reunidos para destruir
os sertanejos. Estes fatos são vistos pela ótica de uma família
com opiniões conflitantes sobre Conselheiro.
2. O Veneno da Madrugada (A) A Proclamação da República representou uma
SINOPSE profunda transformação social e econômica, bene-
Classificação: Não recomendado para meno- ficiando todas as camadas da sociedade brasileira.
res de 14 anos. (B) A mudança de regime político de monarquia
Do excelente diretor Ruy Guerra, de clássicos para república não afetou significativamente a es-
como "Os Cafajestes", "Os Fuzis", "Os Deuses trutura socioeconômica do país, mantendo inaltera-
e os Mortos", entre outros. Em "O Veneno da das as condições de vida da população mais pobre.
Madrugada" conta com a fotografia maravi-
(C) A República foi proclamada com o objetivo prin-
lhosa de Walter Carvalho, toda marcada pelo
cipal de erradicar a pobreza e promover a igual so-
ambiente noturno, pois o filme só tem cenas
cial, sendo bem-sucedida nesse intento desde seus
noturnas, com chuva incessante. No começo do filme, o diretor pro-
cura apresentar a cidade, onde se passa a ação e as personagens primeiros anos.
principais, uma introdução muito bem realizada. O roteiro é baseado (D) O diálogo entre o cidadão e Deodoro da Fonse-
em uma obra de Garcia Márquez. O filme "brinca" o tempo todo com ca revela o sucesso das políticas republicanas em
flashbacks e, mostra o mesmo fato repetidas vezes, só que sob a alterar imediatamente a distribuição de renda no
ótica de cada personagem. Filme excelente. Maravilhoso! Fotogra- Brasil.
fia premiada no Festival de Brasília. Ótima direção de Guerra. Gabarito: B
Comentário sobre o item: Esta questão permite aos es-
tudantes refletirem sobre as consequências sociais da
Abril Proclamação da República, especialmente no que diz
Semana 5 respeito às expectativas versus a realidade vivida pelas
camadas mais pobres da população.
TEMÁTICA: Brasil: Da República Velha ao Estado B1 – Explorar a dinâmica política, os principais líderes
Novo militares envolvidos, e os desafios enfrentados duran-
te essa fase inicial da República, visando uma compre-
Habilidade do DCGO - Ampliado: ensão mais aprofundada do papel desempenhado pela
(GO-EF09HI02-A) Analisar os processos políticos, República da Espada na história do Brasil.
econômicos e sociais que levaram ao domínio político
das oligarquias brasileiras no período conhecido como 15. Explique os objetivos da “Política do Encilhamen-
Primeira República, identificando particularidades da to” adotada durante o governo de Floriano Peixoto
história local e regional. (1891-1894). Destaque como essa política buscava

20
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estimular o desenvolvimento industrial e modernizar

a economia brasileira.
Comentário resumido sobre a Questão: Os principais ob-
jetivos da “Política do Encilhamento” durante o governo
de Floriano Peixoto (1891-1894) eram estimular o desen-
volvimento industrial e modernizar a economia brasilei- SUGESTÕES DE FILMES PARA CONTEXTUALIZAÇÃO COM
ra. Para alcançar essas metas, o governo adotou medidas O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA:
como concessão de empréstimos facilitados para empre-
endimento industriais, promoção da especulação finan- 1. O Preço da Paz
ceira e estímulo ao investimento em projetos arriscados. SINOPSE
A intenção era impulsionar a industrialização e atrair in- Classificação: Não recomendado para meno-
vestimentos estrangeiros. No entanto, essas ações tam- res de 14 anos.
bém resultaram em diversos problemas, como o aumento 1893 – Um golpe do presidente Floriano Peixo-
da inflação, a especulação descontrolada e a falência de to fecha e logo em seguida reabre o Congresso
instituições bancárias. Nacional, para colocar “a mesa” de decisões
B1 – Explorar a dinâmica política, os principais líderes um grupo de correligionários que rezavam pela
militares envolvidos, e os desafios enfrentados durante sua cartilha. No sul do país, inconformados, os
essa fase inicial da República, visando uma compreen- idealistas revolucionários Maragatos se insur-
são mais aprofundada do papel desempenhado pela gem e avançam para o Rio de Janeiro. O intuito:
República da Espada na história do Brasil. se juntar às tropas do Almirante Saldanha da Gama e assim depo-
rem o presidente. É em Curitiba que o filme se desenvolve, quando
16. Analise criticamente os principais problemas ge- da chegada das tropas revoltosas comandado por Gumercindo Sa-
rados pela “Política do Encilhamento”, incluindo o raiva na capital paranaense e das negociações do Barão do Serro
aumento da inflação, a especulação financeira e a Azul com os gaúchos para evitar os saques à cidade. O filme traz a
falência de instituições bancárias. Explique a razão angústia do então representante da Junta Governativa de Curitiba,
do termo “Encilhamento” e como essa prática se re- o Barão, e seus últimos dias de vida.
laciona com os resultados observados durante esse 2. Policarpo Quaresma, Herói do Brasil
período.
SINOPSE
Comentário resumido sobre a Questão: A “Política do Classificação: Não recomendado para meno-
Encilhamento” buscava modernizar a economia brasilei- res de 14 anos.
ra no início da República, mas enfrentou problemas como O major Policarpo Quaresma é um sonhador.
inflação, especulação financeira e falências bancárias. O Um visionário que ama o seu país e deseja
termo “Encilhamento” refere-se à prática de apostar em vê-lo tão grandioso quanto, acredita, o Brasil
projetos arriscados, semelhante a apostas em cavalos pode ser. A sua luta se inicia no Congresso.
durante uma corrida. Essa abordagem arriscada resultou Policarpo quer que o tupi-guarani seja adota-
em impactos negativos, contribuindo para a instabilida- do como idioma nacional. Ele tem o apoio de
de econômica e financeira do período. sua afilhada Olga por quem nutre um afeto
B1 – Explorar a dinâmica política, os principais líderes especial e Ricardo Coração dos Outros, trovador e compositor de
militares envolvidos, e os desafios enfrentados durante modinhas que conta a história do nosso herói do Brasil.
essa fase inicial da República, visando uma compreen-
são mais aprofundada do papel desempenhado pela
República da Espada na história do Brasil.
Semana 6
TEMÁTICA: Brasil: Da República Velha ao Estado

Novo
a fundação da República no Brasil.
(GO-EF09HI02-A) Analisar os processos políticos,
econômicos e sociais que levaram ao domínio político
das oligarquias brasileiras no período conhecido como
21
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Primeira República, identificando particularidades da tos de determinada facção das oligarquias estaduais.
história local e regional. As oligarquias estaduais também dependiam de
Objeto de Conhecimento: votos para conquistarem ou assegurarem seu domí-
nio político, daí a necessidade de barganharem com
• A República da Espada / Coronelismo no Brasil e os coronéis locais. Semelhante condição de depen-
em Goiás dência política se manifestava nas relações do gover-
• Caríssimo(a) professor(a), segue um breve texto com no federal com os governos estaduais.
o intuito de contextualizar e elucidar os antecedentes As rivalidades, lutas e conflitos armados entre
das práticas do modelo político conhecido como coro- coronéis de pouca ou grande influência e pertencen-
nelismo, estabelecendo reflexões com o nosso contex- tes a diferentes oligarquias agrárias eram comuns,
to atual no Brasil. fazendo da violência um componente constitutivo e
Texto 6 permanente do sistema de dominação política da Re-
pública Velha.
Leia o texto 6 e a seguir, responda as atividades propostas
Um pacto de poder
desta semana.
Sob a presidência de Campos Salles (1898-1902),
República Velha (1889-1930) (2) - Coronelismo e foi firmado um pacto de poder chamado de Política
oligarquias dos Governadores. Baseava-se num compromisso po-
Do golpe militar aos governos civis lítico entre o governo federal e as oligarquias que go-
A consolidação do modelo republicano federalista vernavam os estados tendo por objetivo acabar com
e a ascendência das oligarquias agrárias ao poder fez a constante instabilidade que caracterizava o sistema
surgir um dos mais característicos fenômenos sociais político federativo.
e políticos do período: o coronelismo. O fenômeno do A Política dos Governadores estabelecia que os
coronelismo expressou as particularidades do desen- grupos políticos que governavam os estados dariam
volvimento social e político do Brasil. Ele foi resultado irrestrito apoio ao presidente da República, em con-
da coexistência das formas modernas de representa- trapartida o governo federal só reconheceria a vitória
ção política (o sufrágio universal) e de uma estrutura nas eleições dos candidatos ao cargo de deputado fe-
fundiária arcaica baseada na grande propriedade rural. deral pertencentes aos grupos que o apoiavam.
O direito de voto estava assegurado pela Cons- O governo federal tinha a prerrogativa de conceder
tituição, mas o fato da grande maioria dos eleitores o diploma de deputado federal. Mesmo que o candida-
habitarem o interior (a população sertaneja e cam- to fosse vitorioso nas eleições, sem este documento ele
ponesa) e serem muito pouco politizados levou os não poderia tomar posse e exercer a atividade política.
proprietários agrários a controlar o voto e o processo O controle sobre o processo de escolha dos represen-
eleitoral em função de seus interesses. tantes políticos a partir da fraude eleitoral impedia que
O "coronel" (geralmente um proprietário de terra) os grupos de oposição chegassem ao poder.
foi a figura chave no processo de controle do voto Candidatos da situação
da população rural. Temido e respeitado, a influência De modo geral, o governo federal firmava acordos
e o poder político do coronel aumentavam a medida com os grupos políticos que já detinham o poder, e
em que ele conseguisse assegurar o voto dos eleito- a partir daí diplomava somente os candidatos da si-
res para os seus candidatos. Por meio do emprego da tuação garantindo-se, desse modo, a perpetuação
violência e da barganha (troca de favores), os coronéis desses grupos no governo. Com poucas ou nenhuma
forçavam os eleitores a votarem nos candidatos que chance de chegar ao poder por via eleitoral restava
convinha aos seus interesses. aos grupos da oposição juntarem-se aos grupos polí-
Voto de cabresto ticos da situação.
O controle do voto da população rural pelos co- A Política dos Governadores assegurou e reforçou
ronéis ficou conhecido popularmente como "voto de o poder das oligarquias agrárias mais influentes do
cabresto". Por meio do voto de cabresto eram eleitos país. Os estados mais ricos da federação, São Paulo
os chefes políticos locais (municipais), regionais (esta- e Minas Gerais, dispunham das mais prósperas eco-
duais) e federal (o governo central). A fraude, a corrup- nomias agrárias devido a produção em larga escala
ção, e o favorecimento permeavam todo o processo do principal produto de exportação brasileiro, o café.
eleitoral de modo a deturpar a representação política. As oligarquias cafeeiras desses estados conquistaram
No âmbito municipal os coronéis locais depen- influência política nacional e governaram o país de
diam do governador para obtenção de auxílio finan- acordo com seus interesses.
ceiro para obras públicas e benfeitorias gerais, daí a A hegemonia de São Paulo e Minas Gerais na
necessidade de apoiar e obter votos para os candida- política nacional foi chamada de "Política do café-
22
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-com-leite". Por meio de acordos entre o Partido

Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano
Mineiro (PRM), os dois estados da federação elege-
ram praticamente todos os presidentes da República
Velha, até que a Revolução de 1930 viesse alterar os
rumos da política brasileira.
Texto de autoria de Renato Cancian.
Fonte: https://abre.ai/iYTl. Acesso em: 21 fev. 2024.
1. O Auto da Compadecida
SINOPSE
ATIVIDADES Classificação: Livre.
As aventuras dos nordestinos João Grilo
17. Analisando o contexto histórico descrito no texto
(Matheus Natchergaele), um sertanejo pobre
6 sobre o coronelismo e as oligarquias na República
e mentiroso, e Chicó (Selton Mello), o mais
Velha, estabeleça uma reflexão comparativa com a
covarde dos homens. Ambos lutam pelo pão
política atual no Brasil. Identifique semelhanças e di-
de cada dia e atravessam por vários episó-
ferenças entre os métodos de controle político e re- dios enganando a todos do pequeno vilarejo
presentação eleitoral. de Taperoá, no sertão da Paraíba. A salva-
Comentário bem resumido sobre a Questão: Ao analisar ção da dupla acontece com a aparição da Nossa Senhora (Fer-
o contexto histórico do coronelismo e das oligarquias nanda Montenegro). Adaptação da obra de Ariano Suassuna.
na República Velha, percebe-se algumas semelhanças e
2. Lisbela e o prisioneiro
diferenças com a política atual no Brasil. Similaridades
incluem o controle político exercido por determinados SINOPSE
grupos, que buscam manter sua influência por meio de Classificação: Livre.
práticas que limitam a efetiva representação eleitoral. A Em Lisbela e o Prisioneiro, Lisbela (Débora
persistência de práticas como o clientelismo e o favoreci- Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema
mento de interesses particulares em detrimento do bem e vive sonhando com os galãs de Hollywood
público também remete ao período do coronelismo. Por dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello)
outro lado, diferenças podem ser observadas na evolu- é um malandro conquistador, que em meio a
ção das instituições democráticas e na maior conscien- uma de suas muitas aventuras chega à cidade
tização política da sociedade contemporânea, embora de Lisbela. Após se conhecerem eles logo se apaixonam, mas há
desafios relacionados à representatividade e a transpa- um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e aos proble-
mas familiares que a nova paixão desperta, há ainda a presença de
rência ainda persistam.
um matador (Marco Nanini) que está atrás de Leléu, devido a ele ter
B1 – Explorar a dinâmica política, os principais líderes
se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).
militares envolvidos, e os desafios enfrentados durante
essa fase inicial da República, visando uma compreen- 3. Curral
são mais aprofundada do papel desempenhado pela SINOPSE
República da Espada na história do Brasil. Classificação: Não recomendado para meno-
res de 14 anos.
18. Analisando os elementos do coronelismo e das Em Curral, Joel é um advogado que está na
oligarquias durante a República Velha, avalie de que disputa para eleição de vereadores na cidade
forma esses aspectos históricos podem impactar ou de Gravatá, em Pernambuco. Ele decide con-
não na interpretação da dinâmica política atual no vidar seu antigo amigo Chico Caixa (Thomás
Brasil. Aquino) para participar da campanha, anga-
Comentário bem resumido sobre a Questão: A presença riando votos de um bairro simples do municí-
histórica do coronelismo e das oligarquias na República pio através da promessa do fornecimento de água. Apesar de re-
Velha pode oferecer insights sobre alguns padrões per- ceoso, Chico aceita, mas se vê atravessado por forças conflitantes
sistentes na política brasileira contemporânea. Elementos enquanto questiona a ética desse tipo de campanha.
como o controle político localizado, práticas clientelistas e
a influências de grupos econômicos ainda podem ser ob-
servados, embora com adaptações aos contextos atuais. Semana 7
B1 – Explorar a dinâmica política, os principais líderes
militares envolvidos, e os desafios enfrentados durante TEMÁTICA: Brasil: Da República Velha ao Estado
essa fase inicial da República, visando uma compreen- Novo
são mais aprofundada do papel desempenhado pela Habilidade do DCGO - Ampliado:
República da Espada na história do Brasil.
23
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(GO-EF09HI05-D) Conhecer e problematizar o pro- Comentário bem resumido sobre a Questão: A “Política
cesso de modernização republicana, diante dos con- do Café com Leite” na República Velha alternava o po-
flitos que eclodiram no campo e nas cidades, no âmbi- der entre as oligarquias de São Paulo e Minas, basean-
to nacional e regional, ao longo da Primeira República do-se na produção de café e leite. Isso fortalecia essas
brasileira. oligarquias, concentrando poder e riqueza. Os interesses
eram centrados na manutenção do controle econômico.
No entanto, essa prática gerava desigualdades regionais,
• A Primeira República e suas características limitava a representatividade democrática e favorecia
candidatos desses estados nas eleições, resultando em
um sistema oligárquico e centralizado.
ATIVIDADES B1 – Compreender o processo de mudança política que
se desenrolou nos meandros dos interesses no início do
19. Durante a República Velha, o “voto de cabresto” período republicano no Brasil, explorando as dinâmicas
era uma prática relacionada ao fenômeno do corone- de poder, alianças e conflito que moldaram as transfor-
lismo. Qual era a principal característica deste estilo mações políticas iniciais.
de voto nesse contexto? C2 – Analisar as negociações e disputas entre diferen-
(A) Sufrágio universal. tes grupos de interesses, as estratégias adotadas para
consolidar o novo sistema político e os impactos dessas
(B) Livre escolha do eleitor.
mudanças na estrutura governamental e nas relações
(C) Controle e direcionamento do voto pelos líderes políticas do país.
locais.
(D) Sistema de voto secreto. 21. Durante a República Velha, a “Política do Café
Gabarito: C com Leite” foi um acordo entre as oligarquias de dois
Comentário sobre o item: A alternativa correta é a letra estados brasileiros. Qual era o objetivo principal des-
C, pois o “voto de cabresto” durante a República Velha sa política?
estava intimamente ligado ao controle e direcionamen- (A) Alternar a presidência entre os estados de São
to do voto por líderes locais, conhecidos como coronéis. Paulo e Minas Gerais.
Essa prática comprometia a liberdade de escolha do elei- (B) Excluir outros estados do processo eleitoral.
tor, tornando o sufrágio menos universal e mais sujeito à
influência e manipulação por partes desses líderes polí- (C) Implementar um sistema de votação secreta.
ticos locais. O sistema de voto secreto não era predomi- (D) Criar uma monarquia parlamentarista.
nante nesse contexto, uma vez que o controle do voto era Gabarito: A
exercido de maneira mais direta pelos coronéis. Comentário sobre o item: A “Política do Café” com Leite”
B1 – Explorar a dinâmica política, os principais líderes foi um acordo entre as oligarquias de São Paulo e Minas
militares envolvidos, e os desafios enfrentados durante Gerais durante a República Velha, no qual buscavam al-
essa fase inicial da República, visando uma compreen- ternar a presidência entre esses dois estados. Esse pacto
são mais aprofundada do papel desempenhado pela Re- visava consolidar a hegemonia política dessas regiões,
pública da Espada na história do Brasil. centradas nas economias cafeeira (São Paulo) e leiteira
(Minas Gerais), garantindo sua influência no cenário po-
20. Durante a República Velha, a política brasileira foi lítico nacional.
marcada por um acordo entre as oligarquias dos es- B1 – Compreender o processo de mudança política que
tados de São Paulo e Minas Gerais, conhecido como se desenrolou nos meandros dos interesses no início do
“Política do Café com Leite”. Essa estratégia consis- período republicano no Brasil, explorando as dinâmicas
tia em alternar a presidência entre um representante de poder, alianças e conflito que moldaram as transfor-
desses dois estados, ambos com economias baseadas mações políticas iniciais.
na produção de café e leite, as principais fontes de ri- C2 – Analisar as negociações e disputas entre diferen-
queza do país na época. Esse acordo garantia a hege- tes grupos de interesses, as estratégias adotadas para
monia dessas oligarquias no cenário político nacional. consolidar o novo sistema político e os impactos dessas
Considerando estas informações, analise criticamen- mudanças na estrutura governamental e nas relações
te como esse acordo influenciou a dinâmica política políticas do país.
brasileira. Identifique os interesses das oligarquias de
São Paulo e Minas Gerais, as consequências desse
pacto para o restante do país e como essa política im-
pactou as eleições durante esse período.

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da Educação
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• A modernização republicana / Modernização, urba-
nização e sanitarismo

O PERÍODO ESTUDADO E PARA CONTRIBUIR COM O TEMA: ATIVIDADES
1. Abril Despedaçado 22. No início do século XX no Brasil, o Prefeito do
SINOPSE Rio de Janeiro conhecido como Pereira Passos imple-
Classificação: Livre. mentou uma ousada estratégia conhecida como “bota
Classificação: Não recomendado para meno- abaixo”. Essa Política visava modernizar a cidade, mas
res de 12 anos. resultou na remoção de numerosas habitações popu-
Em abril de 1910, na geografia desértica do lares e na destruição de partes significativas da área
sertão brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santo- central. Considerando esse contexto, analise critica-
ro) e sua família. Tonho vive atualmente uma mente a política da “bota abaixo” de Pereira Passos,
grande dúvida, pois ao mesmo tempo que é destacando suas motivações, métodos utilizados, im-
impelido por seu pai (José Dumont) para vin- pactos na população e as implicações políticas desse
gar a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família processo para a cidade.
rival, sabe que caso se vingue será perseguido e terá pouco tem- Comentário bem resumido sobre a Questão: A política do
po de vida. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa “bota abaixo” implementada pelo Prefeito Pereira Passos
então a questionar a lógica da violência e da tradição. no Rio de Janeiro no início do século XX tinha como mo-
tivação principal modernizar a cidade e torná-la mais ali-
nhada com os padrões europeus da época. Para alcançar
2. Vidas Secas
esse objetivo, foram utilizados métodos que resultaram
SINOPSE na demolição de habitações populares e na reconfigu-
Classificação: Não recomendado para meno- ração da área central, transformando drasticamente a
res de 14 anos. paisagem urbana. Os impactos na população foram sig-
Em Vidas Secas, uma família miserável tenta nificativos, com o deslocamento forçado de muitas pes-
escapar da seca no sertão nordestino. Fabia- soas e a perda de espaços culturais importantes. Além
no (Átila Iório), Sinhá Vitória (Maria Ribeiro), disso, a política do “bota abaixo” teve implicações polí-
seus dois filhos e a cachorra Baleia vagam ticas, gerando resistência e críticas de diversos setores
sem destino e já quase sem esperanças pelos da sociedade, marcando um período de transformações
confins do interior, sobrevivendo às forças da e conflitos na história urbana do Rio de Janeiro.
natureza e à crueldade dos homens. Adaptação da obra de Graci- A1 – Identificar os pontos mais importantes no que
liano Ramos.
tange à ideia de “modernização” trazida pelas questões
republicanas no Brasil, examinando as reformas e polí-
ticas adotadas com o intuito de modernizar diferentes
Semana 8 setores da sociedade.
A2 – Compreender os motivos que levaram aos conflitos
TEMÁTICA: Brasil: Da República Velha ao Estado urbanos no início da República no Brasil, investigando
Novo as tensões sociais, econômicas e políticas que culmina-
ram em confrontos nas áreas urbanas.
(GO-EF09HI05-D) Conhecer e problematizar o pro-
cesso de modernização republicana, diante dos con-
flitos que eclodiram no campo e nas cidades, no âmbi-
to nacional e regional, ao longo da Primeira República
brasileira.
(GO-EF09HI05-E) Conceituar e analisar o Modernis-
mo, identificando seu papel como parte do processo
de construção da identidade nacional e regional.
(EF09HI05) Identificar os processos de urbanização
e modernização da sociedade brasileira e avaliar suas
contradições e impactos na região em que vive.
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SEDUC
da Educação
Revisa Goiás
A figura ao lado traz o fato histórico co-

nhecido como “Revolta da Vacina”.
Acontecido no início do século XX, a população
protestou contra a vacinação obrigatória liderada
por Oswaldo Cruz, considerando-a uma violação
de direitos individuais. O movimento expressou re-
sistência popular ao autoritarismo estatal na área 1. Sonhos Tropicais
de saúde pública. Há também uma questão social
envolvida. Importante reflexão! SINOPSE
res de 12 anos.
Em 1889 chega ao Rio de Janeiro no mes-
mo navio o sanitarista Oswaldo Cruz (Bruno
Giordano), que retorna ao país após anos de
estudo na Europa, e a jovem Esther (Carolina
Kasting), polonesa que veio ao Brasil na pro-
messa de se casar e constituir família. Cruz
logo consegue emprego como médico de uma fábrica de tecidos,
enquanto Esther não tem a mesma sorte, logo descobrindo que
a proposta de casamento era apenas uma farsa, preparada no
intuito de trazer ao país jovens polonesas, as "polacas", para tra-
balharem como prostitutas nos bordéis da cidade. Inicialmente
Esther resiste ao destino a ela traçado, mas, sem opção, acaba
cedendo e recebe a ajuda de Vânia (Lu Grimaldi), polaca que nem
ela que foi vítima do mesmo golpe anos atrás. Enquanto isso Cruz
23. Considerando o contexto histórico da Revolta da começa sua ascensão na medicina local, assumindo o comando
Vacina no Rio de Janeiro, analise criticamente os prin- do Instituto Soropédico de Manguinhos, onde pesquisa a cura de
cipais motivos que levaram à revolta da população doenças como a peste e a febre amarela. As medidas de Cruz
contra a vacinação obrigatória. Discuta as implicações se mostram eficazes. Até que, na tentativa de extinguir a varíola,
sociais, políticas e sanitárias desse episódio. propõe que maiores de 6 meses sejam obrigados a se vacinarem
Comentário bem resumido sobre a Questão: A Revolta e desencadeia a Revolta da Vacina.
da Vacina no Rio de Janeiro, em 1904, refletiu as ten-
sões entre o Estado e a sociedade. A população resistiu
à vacinação obrigatória devido a questões de liberdade
individual, desconfiança nas autoridades e falta de infor-
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
mações claras sobre a campanha. A revolta evidenciou
a necessidade de uma abordagem mais participativa e
transparente em questões de saúde pública. Prezado(a) Professor(a), segue abaixo um instrumen-
A1 – Identificar os pontos mais importantes no que to avaliativo que pode ser utilizado como ferramenta
tange à ideia de “modernização” trazida pelas questões diagnóstica para verificar o desenvolvimento das ha-
republicanas no Brasil, examinando as reformas e polí- bilidades abordadas ao longo destes dois meses. Este
ticas adotadas com o intuito de modernizar diferentes instrumento é proposto como uma opção para com-
setores da sociedade. por a nota dos estudantes.
A2 – Compreender os motivos que levaram aos conflitos
1. (Enem 2015-Adaptada)
urbanos no início da República no Brasil, investigando
as tensões sociais, econômicas e políticas que culmina- TEXTO I
ram em confrontos nas áreas urbanas. Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a
história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido
palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no
dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos
defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas:
um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.

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TEXTO II 2. (Enem 2019-Adaptada) A Revolta da Vacina (1904)

Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam mostrou claramente o aspecto defensivo, desorgani-
quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era zado, fragmentado da ação popular. Não se negava o
um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Estado, não se reivindicava participação nas decisões
Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um pre- políticas; defendiam-se valores e direitos considera-
to alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados dos acima da intervenção do Estado.
para deporem as armas, investiram com enorme fú- CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que
ria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo A mobilização analisada representou um alerta, na
traziam acesa por longos meses, naquele recanto do medida em que a ação popular questionava
território nacional.
SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902. (A) a alta de preços.
(B) a política clientelista.
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fa-
zem uso de representações que se perpetuariam na (C) as reformas urbanas.
memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, (D) o arbítrio governamental.
cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, res- Gabarito: D
pectivamente, como fruto da Comentário sobre o item: Apesar de outras medidas da
Reforma Urbana de Pereira Passos terem incomodado a
(A) manipulação e incompetência.
população do Rio de Janeiro, o estopim para a Revolta
(B) ignorância e solidariedade. da Vacina foi o arbítrio governamental imposto através
(C) hesitação e obstinação. da Lei de Vacinação Obrigatória. A vacina, infligida de
(D) bravura e loucura. maneira violenta e sem esclarecimentos prévios a popu-
Gabarito: D lação, levou à indignação popular.
Comentário sobre o item:
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 3. (Enem 2016-Adaptada) O coronelismo era fruto de
No primeiro texto, na afirmação “Canudos não se ren- alteração na relação de forças entre os proprietários
deu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o es- rurais e o governo, e significava o fortalecimento do
gotamento completo” podemos notar uma conotação de poder do Estado antes que o predomínio do coronel.
bravura em referência aos sertanejos. Já no segundo tex- Nessa concepção, o coronelismo é, então, um siste-
to, na afirmação “que o banditismo e o fanatismo traziam ma político nacional, com base em barganhas entre
acesa por longos meses” podemos notar uma conotação o governo e os coronéis. O coronel tem o controle
de loucura em referência aos sertanejos. dos cargos públicos, desde o delegado de polícia até a
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português] professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao
O texto I, excerto da terceira parte da obra “Os sertões”, governo, sobretudo na forma de voto.
de Euclides da Cunha, descreve a luta dos sertanejos que, CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo
destemidamente enfrentam a morte, não se rendem e Horizonte: Editora UFMG, 1998 (adaptado).
são exterminados de forma sumária. O texto II, de Hen- No contexto da Primeira República no Brasil, as rela-
rique Macedo Soares, militar na última expedição contra ções políticas descritas baseavam-se na
Canudos, descreve o grupo como um bando de fanáticos
(A) coação das milícias locais.
liderado pelo peregrino Antônio Conselheiro, acreditan-
do que ele poderia libertá-los da situação de extrema po- (B) estagnação da dinâmica urbana.
breza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida. (C) valorização do proselitismo partidário.
Assim, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, (D) disseminação de práticas clientelistas.
respectivamente, como fruto da bravura e loucura, como Gabarito: D
se afirma em [D]. Comentário sobre o item: O Coronelismo – base das po-
líticas da República Oligárquica – desenvolvia-se a partir
de uma rede de clientelismo, na qual presidente, gover-
nadores e coronéis trocavam favores para alcançar seus
objetivos políticos.

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4. (Enem 2013-Adaptada) Nos estados, entretanto, se Gabarito: D

instalavam as oligarquias, de cujo perigo já nos adver- Comentário sobre o item: Durante a Primeira República,
tia Saint-Hilaire, e sob o disfarce do que se chamou “a também denominada de República Velha, o país mante-
política dos governadores”. Em círculos concêntricos ve sua estrutura agrária tradicional, em diversas regiões,
esse sistema vem cumular no próprio poder central tendo substituído a escravidão por um modelo assalaria-
que é o sol do nosso sistema. do precário. A estrutura exportadora e de concentração
PRADO, P. Retrato do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972. de terras permaneceu e, a adoção de novo modelo eleito-
ral, no qual o homem pobre poderia votar – desde que al-
A crítica presente no texto remete ao acordo que fun-
fabetizado – exigiu que os latifundiários se preocupassem
damentou o regime republicano brasileiro durante as
em estabelecer controle sobre o voto de seus trabalhado-
três primeiras décadas do século XX e fortaleceu o(a)
res. Os grandes latifundiários, os “coronéis” eram aqueles
(A) poder militar, enquanto fiador da ordem econô- que possuíam poder econômico, dada a concentração de
mica. terras, poder político local – dominando as prefeituras e,
(B) presidencialismo, com o objetivo de limitar o po- na prática, o poder de polícia e de justiça, uma vez que
der dos coronéis. delegados e juízes eram normalmente indicados por eles.
(C) domínio de grupos regionais sobre a ordem fe-
derativa.
(D) intervenção nos estados, autorizada pelas nor-
mas constitucionais.
Gabarito: C
Comentário sobre o item: A "Política dos Governadores"
foi uma aliança formada entre os presidentes da Repú-
blica, os governadores e os coronéis no Brasil durante a
República Velha. Tal política, baseada no apoio mútuo
entre as partes envolvidas, garantia o aumento do poder
de influência dos líderes regionais, ou seja, dos coronéis.
5. (Enem 2011-Adaptada) Completamente analfabeto,

ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais,
nem revistas, nas quais se limita a ver figuras, o traba-
lhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o pa-
trão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta
com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de
cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa or-
ganização econômica rural.
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978
(adaptado).
O coronelismo, fenômeno político da Primeira Repú-
blica (1889-1930), tinha como uma de suas principais
características o controle do voto, o que limitava, por-
tanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta
prática estava vinculada a uma estrutura social
(A) igualitária, com um nível satisfatório de distri-
buição da renda.
(B) estagnada, com uma relativa harmonia entre as
classes.
(C) tradicional, com a manutenção da escravidão
nos engenhos como forma produtiva típica.
(D) agrária, marcada pela concentração da terra e
do poder político local e regional.

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Revisa Goiás
Expediente
Governador do Estado de Goiás Diretora de Política Educacional
Ronaldo Ramos Caiado Patrícia Morais Coutinho
Vice–Governador do Estado de Goiás Superintendente de Gestão Estratégica e
Daniel Vilela Avaliação de Resultados
Márcia Maria de Carvalho Pereira
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Superintendente do Programa Bolsa Educação
Márcio Roberto Ribeiro Capitelli
Secretária–Adjunta
Helena Da Costa Bezerra Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento
Curricular
Diretora Pedagógica Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Alessandra Oliveira de Almeida
Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos
Superintendente de Educação Infantil e Ensino Evandro de Moura Rios
Fundamental
Giselle Pereira Campos Faria Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino
Fundamental
Superintendente de Ensino Médio Alexsander Costa Sampaio
Osvany Da Costa Gundim Cardoso
Coordenadora de Recursos Didáticos para o
Superintendente de Segurança Escolar e Colégio Ensino Médio
Militar Edinalva Soares de Carvalho Oliveira
Cel Mauro Ferreira Vilela
Professores elaboradores de Língua Portuguesa
Superintendente de Desporto Educacional, Arte Edinalva Filha de Lima Ramos
e Educação Katiuscia Neves Almeida
Marco Antônio Santos Maia Maria Aparecida de Oliveira Paula
Superintendente de Modalidades e Temáticas Professores elaboradores de Matemática
Especiais Alan Alves Ferreira
Rupert Nickerson Sobrinho Basilirio Alves da Costa Neto
Diretor Administrativo e Financeiro Tayssa Tieni Vieira de Souza
Andros Roberto Barbosa Silvio Coelho da Silva
Superintendente de Gestão Administrativa Professores elaboradores de Ciências da Natureza
Leonardo de Lima Santos Leonora Aparecida dos Santos
Sandra Márcia de Oliveira Silva
Superintendente de Gestão e Desenvolvimento
de Pessoas Professor elaborador de Ciências Humanas e
Hudson Amarau De Oliveira Sociais Aplicadas
Superintendente de Infraestrutura Ricardo Gonçalves Tavares
Gustavo de Morais Veiga Jardim Revisão
Superintendente de Planejamento e Finanças Cristiane Gonzaga Carneiro Silva
Taís Gomes Manvailer Diagramação
Superintendente de Tecnologia Adriani Grun
Bruno Marques Correia
SEDUC
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