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Romance + 18.
SUMÁRIO
Sinopse
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Epílogo
Agradecimentos
Em algum lugar no meu apartamento, meu telefone
toca de maneira irritante e incessante. Forço meus olhos
a abrirem, acostumando-se com a claridade enervante.
Reviro os olhos.
[iii]
— Venha, vamos tomar um jellab enquanto
conversamos sobre negócios.
— Sim?
— Podemos ir embora?
— Por favor!
Céus! Isso é quase o paraíso: banho tomado, vinho e
fim de semana.
— Ei, ei, ei, não está mais aqui quem falou! — Ivana
joga as mãos para o alto, em rendição.
— Eu estive ocupada.
— O que foi?
Maitê bufa.
Ah, dane-se!
Ele dá de ombros.
Bufo.
— Deveria saber, querido amigo, que eu, assim como
meu pai e meu irmão, terei somente uma mulher. Além do
mais, acho as leis do nosso país quanto a isso absurdas.
Wallah [ i v ] ! Wallah!
— A-alô? — gaguejo.
— Obrigada.
Controlo a iminente vontade de encerrar a ligação e
enviar uma mensagem, posteriormente, mentindo que caiu
sozinha.
Reviro os olhos.
— Obrigado!
— E qual é o problema?
Ouço-me resfolegar.
Ofego, aturdida.
— Ela é diferente.
— Pode deixar.
Corro meus olhos até onde Brianna está, vejo que ela
e a irmã conversam, por um breve momento, parecem
discutir, mas logo Maitê se levanta e sai caminhando e o
espaço ao lado fica vazio.
— B-bem.
— Ótimo!
— Certo, alteza.
Reviro os olhos.
Reviro os olhos.
Eu quero mais.
— Estraga prazeres.
— Por mais que você não acredite, dessa vez não foi
culpa minha.
— E?
— Como assim?
— Bem, Celina não é só um rostinho bonito. É
inteligente, independente, determinada... não sei se ela
se adaptaria aos nossos costumes, nem sei se aceitaria
isso.
— É só ligar.
Ah, que ótimo! Com certeza Khalil vai ficar muito feliz
de me ver levando mulheres à tenda da família, ainda
mais depois da nossa discussão de hoje mais cedo.
— Até mais.
— Conseguir o quê?
— Olá.
— Exceto nós.
— Exceto vocês.
— Interessante...
— Beba.
— Como assim?
— Claro.
Dou de ombros.
— Olá, Brianna.
— Claro.
— É um pouco pessoal...
— E-ela quem?
Ele ri, fazendo cócegas contra a minha pele.
— A vista.
— C-como?
— Deixe-me mostrá-la.
Uau!
— É no próximo andar.
— Será um prazer.
— Tá, tá, tanto faz, mas o que ele disse? — Maitê faz
um gesto com as mãos.
— Bom dia, Khalif, fico feliz que tenha tido uma noite
tão agradável quanto a minha. Tudo bem com você?
— O QUÊ?
— Tudo bem.
Virgem! Allah!
— Vai dar tudo certo, você não pode ser tão azarada
assim. — digo em voz fraca para o meu reflexo no
espelho.
Positivo.
— Eu esqueço de tomar.
Maitê suspira.
— Como foi?
Dou de ombros.
Ivana ri.
— Obrigada.
— Sim.
— E agora? — pergunto.
Fungo.
— Certo, certo.
Suspiro.
— Eu sei e eu não ajudei em nada colocando nele um
nome árabe.
Maitê ri.
— Eu acho perfeito!
— Obrigado! — sussurra.
— Obrigado!
— Até mais!
A campainha toca.
— Eu posso entrar?
Um ano e meio.
— Por quê?
Suspiro.
— Como assim?
— Demita-se.
— Desculpem. — cicio.
Pigarreio.
Limpo a garganta.
Dou de ombros.
— Isso é um absurdo!
Solto um suspiro.
— Até mais.
— Khalif. — atendo.
— Sim.
— Aiyra eu...
— Não.
Aiyra fica em silêncio, ouço sua respiração pesada no
autofalante do celular.
— É diferente agora.
Suspiro.
— Obrigada!
Respiro fundo.
Neiva ri.
— Oi.
— Eu pedi demissão.
Ela pigarreia.
Suspiro.
Reviro os olhos.
— Nádia! — grito.
— Precisamos conversar.
— Com certeza precisamos, alteza!
— Estou esperando.
Suspiro.
Jamal bufa.
Suspiro.
— Engraçadinho.
Khalif pigarreia.
— O prazer é meu.
Dou de ombros.
— E manteve em segredo.
Rio.
— Minha brasileira?
— Quando?
Zaya dá de ombros.
— Não posso dizer que foi fácil, mas foi a melhor
coisa que já me aconteceu. Eu quis tanto os meus filhos
que às vezes a vontade chegava a sufocar, tornando-se
quase uma necessidade.
— Por quê?
— Sim.
— Como assim?
— Não entendi.
Pigarreio.
— Ah, é sim.
Pigarreio.
Zaya sorri.
— Ah, não podemos deixar o bebê Khalif faminto. Vou
descer e pedir para que sirvam a comida com calma.
— Obrigada.
— Sim?
Zaya dá de ombros.
— Como assim?
— Sobre o quê?
— Não, obrigada.
— Por quê?
— Khalif.
— Eu vou matá-lo.
Ofego, aturdida.
Caio no choro.
— Achei o problema.
Ele sorri.
Ouço-me resfolegar.
— É... obrigada!
Dou de ombros.
Pigarreio.
— Oh...
— Durma, amor.
— Ah.... — regozijo.
— Zayn. — brinca.
— Eu entendi... me desculpe.
— Uma proposta?
— Sim.
— E qual seria?
Engulo em seco.
— Quais baboseiras?
— Espantoso?
— Khalif... eu...
— Sim.
— Aiyra, o quê?
— Temos um degrau.
Ofego, aturdida.
Oh, Deus!
— Oh, Khalif...
— Me mostre.
— Ali.
— O quê?
Dou de ombros.
— Obrigada.
— O que foi?
— Bobo!
Acabo de mastigar minha torrada e passo para um
iogurte com cereais, terminando com um copo de suco
natural.
— Algum problema?
— É um presente de casamento.
Reviro os olhos.
— Cansadas.
— Por quê?
Khalif dá de ombros.
— Sei....
Gratidão
[i]
O hijab é a vestimenta majoritária das mulheres árabes
[ii] A roupa masculina tradicional.
[ i i i ] Uma bebida árabe tradicional, uma mistura de melaço de uva e água de
muçulmanos ou maometanos
[ i x ] Significado “Se Alá quiser”
[ x ] "Cachorro" para os árabes, essa é uma das coisas mais insultuosas para se