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Aneio
9tanes
panimn ORIENTAÇAO
-6o-93
VOCACIONAL
Traduçãa:
M9590 Multer, Marina Margot Feuner
Psicóioga clinica
Orientaçio vocacionat: contribuiçóes ciinicas
eeducacionais / Marina Müler, trad. de Margot
Fetzner.-Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.
150p.
CDU:37.048.3
EAS
ao grupo dos adul tos e preparados para as ocupaçoes grupais e Da-
ra a atividade sexual familiar.
neses e trabalhadores
tempo estudando -
adolescentes
como e o
trabal ham
caso dos campo
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Os eixos destas elaborações são a própria iden tidade, o tra A maturidade pessoal Ihes
balto e o estudo. outorgaradouma maior autonomia
mesmo, imaginar-se nao necessitando e o
Os adolescentes devem outro sexo e
desprernder-se ou independentizar-se, o em si mesmo. possuindo-
emocional e economicamente, dos pais e adultos, para viverem As informações confusas ou inexatas a respeito do
Suas próprias experièncias e aumentarem sua autonomia, o que vimento podem angustiá-los: nas meninas guanto à desenvol-
não signi fica deixar de necessitar dos demais, mas, pelo contrário, que pode ser fantasiada como dano menstruação,
genital, enfermidade ou evi-
estabelecer relações em um plano de reciprocidade. Eles devem dência de inferioridade, Ou, pelo contrario, Como
ainda construir pessoalmente - e em geral, sob a infiuência de sua feminilidade e de sua tutura atitude genésica. comprovação
Segundo
de
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uma rede ou retículo que rela permitidoe o que é proibido, qual é o sistema de valores vigentes,
As operações formais integram coerência e es tabilidade têm, já que subsistem códi
mültipla e simultanea, o real e o possi- que grau de
ciona de forma reversível,
contraditórios.
rede. gos éticos ideológicos
e
vel, incluindo-os em todas as direções desta
da Ov, não devemos fixar-nos no
Os confilitos de gerações e a psicopatologia podem considerar-
A partir do ponto de vista
ou nas operações que realiza atualmente, mas se fortemente iniluenciados por perturbaçõese mudanças sócio-
que o sujeito pensa sua capa históricas. Na adolescencia existe uma vulnerabilidade especial ås
considerar que poderá
as
outras fazer em circunstáncias:
de rendimento, suas atitudes, assim como a espe- crises, por influëncía reciproca entre conflitos internos e desorgani
cidade potencial um nívei baixo de social. A luta do individuo por ser ele mesmo entra em con-
cificidade das mesmas. Muitas pessoas mant m zação
o controle SoCial que esperam reduzi-lo
em certas circuns täncias
ou diante de certas tarefas, flito com a hostilidade e a
pensamento um objeto manipulável.
a realizações muito compilexas e
exitosas em
mas podem chegar Os adolescentes tentam resolver o problema do papel que jo-
ou falta de aprendizagem no primeiro caso; por
outras (por inibição gam para os outros eo que sentem frente a si mesmos. Por essa
interesse vocacional e experiència no segundo).
razáo, são porta-vozes de gupos sociais marginais como delin
Portanto, o pensamento adolescente e suas possibilidades
verse-ão ampliados, interferidos ou, em todo o caso,
influfdos pe-
quentes ou drogados porque eles mesmos se sentem
seres com
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Freud assinalava dois caracteres basicos
com eles. Produz-se, então, um retraimento da libido para Qque englobariam a
brigar saúde psicológica do adulto: ser capaz deamar e "trabalhar" Is.
incrementa seu narcisismno.
sua própria pessoa, o que to implica vincular-se significativamente
com os demais e com a
Essa regressão é resolvida com esforços por restabelecer co- reali dade, sobrepassando o egocentrismo narcisista da criança e do
nexões com os objetos ex ternos, mediante a identi ficação narcisis adolescente, implica ainda participar com carinho e energia nas
e a idealização. di-
ta é buscada sua própria imagem nos outros versas atividades que adquiram valor para ele (ou ela) e também
estabelecidos com as carreiras e
Tudo isso se mostra nos vinculos dedicar-se a assumir uma identdade vocacional, oferecendo con.
ocupações. tribuições à sociedade, com seu
estorço criativo e ativo, buscando
orientador há puberdade e a adolescência
de considerar a a concretização de objetivos que nao se referem, em primeira ins-
como momentos evolutivos tipicos, de grandes hesitações, crises e tancia, ao ego.
transformações, o que constitui uma sindrome normal, tal como foi O adulto psicologicamente são está disposto a reconsiderar e
assinalado por M. Knobel, sem chegar a ser uma neurose clinica. modificar, pela experiència e pelo conhecimento, suas opiniões,
atitudes, crenças e condutas; pode des prender-se das que Ihe são
inoperantes com o passar do tempo, conservando não obs tante sua
A participação orientadora acompanha o sujeito para ajudá-lo integridade e sua orientação básicas. Consegue aceitar-se a si
a resolver sua problemática de identidade vocacional-ocupacional. mesmo, a seu corpo e suas caracteristicas psicofisicas; pode con-
de suas
Esta depende de sua identidade pessoal psicossexual, siderar com o sentido do humor as diversas experiências; tolera a
fontes inconscientes ambigüidade dos fatos e dos sentimentos, nao se pondo em guarda
identificações e relações com os outros e as
tanto subjetivas como sociais. Entre essas últimas
são importantes contra seus próprios impulsos; faz diferença entre suas fantasias e
diversos trabal hos
as ideológicas, referentes ao valor atribuído aos as possibilidades reais.
e estudos, considerações relativas ao prestlgio social ocupacional, Quem chegou à maturidade pode sentir que ama e é amado,
às preferências e às exigências familiares. que realiza sua tarefa, que deixa sua marca em outras pessoas e,
ainda que deseje ter mais tempo, sabe que faz o que pode com o
que dispõe.
O PASSO PARA A VIDA ADULTTA Algumas das características que podem encontrar-se nas per
sonalidades "auto-atualizadas", ou ss, seriam:
a tratar
A adolescência finaliza quando os adultos começam Percepção da realidade: juízos objetivos, com minimas dis-
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Alguns destes momentos crlticos säo: o começo e o abdndono
amar aos demais,
profundas: podem de cada ciclo educativo, o nascimento de irmaos, a separação dos
Relações interpessoais colaborar e ajudar.
solidários, desejam pais, a perda ou afastamento prolongado de algum familiar próxi.
sáo h u m a n a m e n t e definido: tèm uma filosofia de vi- na puberdade, a adolescència, o estabelecimento de
Critério ético e ideológico mo, a entrada
novas rel ões, o cas ament0, o nascimento de filhos e o cresci
n e c e s s a r i a m e n t e conven-
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importantes nem
da diante de questões s e u s critérios aos e dem ais matrimonial, a viuvez, um novoo
confomistas, não impõem mento dos mesmos, a separaç o
cionais nem classes socias, ra- amoroso, o ingresso profissional, a mudança ou perda do
numanas (de crenças, vinculo
respeitam as diferenças envelhecimento, as enfermidades ini
emprego, a apos entadori a,
o
ças, etc.) mantêm certa distância inte- bitórias elou invalidantes.
à "enculturação":
Resistência
inseridos. Não dão valor
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