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➢ UM POUCO SOBRE HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO
• Os exames escolares que conhecemos e hoje ainda praticamos em nossas
escolas foram sistematizados no decorrer dos séculos 16 e 17. Os exames
escolares têm aproximadamente quinhentos anos de vigência, segundo
Luckesi (2011).
• A avaliação da aprendizagem, por sua vez, somente começou a ser proposta,
compreendida e divulgada a partir de 1930, quando Ralph Tyler cunhou essa
expressão para dizer do cuidado necessário que os educadores necessitam ter
com a aprendizagem dos seus educandos.
• Tyler estava preocupado com o alto índice de reprovação (a cada 100
crianças, 70 eram reprovadas e apenas 30 eram aprovadas). Para esse
educador essa perda era excessiva.
• Ele propôs que estabelecesse o ensino por objetivos, o que significa
estabelecer, com clareza e precisão, o que o educando deveria aprender e,
como consequência, o que o educador necessitava fazer para que o educando
efetivamente aprendesse.
• No caso do Brasil, iniciamos a falar em avaliação da aprendizagem no final
dos anos 1960 e início dos anos 1970 do século XX.
• Em 1971, deixou de utilizar a expressão “exames escolares” e passou a usar
a expressão “aferição do aproveitamento escolar”.
• Somente a LDB, de 1996, se serviu da expressão “avaliação da
aprendizagem” no corpo legislativo.
• Entretanto, estamos necessitando de “aprender a avaliar”, pois ainda estamos
examinando do que avaliando.
• EXAMINAR – se caracteriza, especialmente (ainda que tenha outras
características) pela classificação e seletividade do educando.

EXAME CLAS SE!

• AVALIAR – se caracteriza pelo seu diagnóstico e pela inclusão.

AVA INCLUI DIA

• Em síntese, “aprender a avaliar a aprendizagem” é uma tarefa que está posta


diante de todos nós. Na passagem dos muitos anos de vida escolar na história
da modernidade o que se viveu foram os exames escolares. Para mudar isso,
há que se aprender um novo modo de ser e de agir, abrindo mão dos

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conceitos e modos de agir que estão impregnados. Só quem deseja aprender,
com ardor, aprende, afirma Luckesi (2011).

➢ POR QUE AVALIAR?


• A melhoria da instrução está condicionada a uma avaliação eficiente e
eficaz da organização. O desenvolvimento pessoal só se concretizará se
houver parâmetros que incentivem e motivem o processo de crescimento ,
afirma Sant´anna (2014).

A avaliação nos dá respostas a estas perguntas:

• Os objetivos foram alcançados?


• O tempo previsto foi suficiente?
• O programa foi cumprido? (tarefa)
• Outros objetivos foram alcançados de maneira indireta?

A avaliação atende a um conjunto de necessidades para o desenvolvimento e


melhoria contínua da escola e de seus processos educacionais, afirma Lück
(2012).

Processos de avaliação envolvem:

a) Verificar em que medida os resultados propostos pela escola estão sendo


obtidos e quais são as áreas e condições em que são registradas maiores
dificuldades ou facilidades em fazê-lo, de modo a reforçar os aspectos
positivos e rever as condições de limitações e dificuldades.
b) Tomar decisões bem informadas e objetivas sobre a manutenção ou
revisão de ações e processos realizados, superando a tomada de decisões
orientada por impressões e opiniões baseadas em subjetividades e opiniões
formadas a esmo e orientadas pelo senso comum.
c) Prestar contas, de maneira clara e transparente, aos pais, à comunidade, à
sociedade e a mantenedores, a respeito de como a escola atua e como realiza
os seus objetivos sociais, condição pela qual demonstra sua responsabilidade
social e a compartilha com a sociedade.

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d) Criar uma cultura caracterizada pela ação-observação-registro-reflexão-
reorganização fundamentada pelo espírito de pesquisa-ação aplicado a suas
práticas.

É reconhecido que, sem avaliação, não há condições para promover a


melhoria de gestão e qualidade de ensino, e que esse processo é inerente e
indissociável à gestão, afirma Lück (2012).

➢ COMO AVALIAR?
• É indispensável verificar a extensão das capacidades aprendidas, ou seja,
confirmar a aprendizagem do estudante.
• A interação do educando com o grupo é fator primordial para que ocorra a
aprendizagem, mas não é fator preponderante para se estabelecer um
prognóstico avaliativo.
• A verificação de resultados se processará através do maior número possível
de testes, provas, inquirições, observações, autoavaliação, avaliação-
cooperativa, feedback constante e tudo o mais que ocorrer ao professor que
possa permitir um domínio do conhecimento pretendido.
• O acerto é importante, mas o fracasso também. Precisamos tirar
vantagem de nossos erros, mas para isso é preciso estar livre para errar. O
professor, marcando e criticando os erros, só estará reforçando-os.
• Destaque os acertos e dê liberdade ao aluno refazer as respostas em
desacordo com os objetivos: só haverá progresso se o aluno vir os resultados
de seus esforços.
• Sant’anna (2014) propõe um pacto com 11 pressupostos a fim de melhorar a
relação de alunos e professores.
1- Elogiar o aluno oralmente e por escrito toda vez que tiver sucesso num
empreendimento.
2- Não ridicularizar o aluno que não logrou êxito e incentivá-lo a buscar outros
meios de estudo.
3- Aluno e professor devem manifestar gratidão, agradecendo-se mutuamente.
4- Propiciar condições de alegria na realização das tarefas.
5- Procurar ver e conhecer o aluno como ser humano, enxergar sua essência,
não sua aparência.
6- Deficientes podem aprender, apesar da limitação física. O sorriso, as
palavras de amor melhoram as crianças.

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7- Uma criança criada com crítica ou mentiras, também vai ser negativamente
crítica e mentirosa.
8- O comportamento da criança vai ser o reflexo do lar e da escola.
9- Não há criança-problema, há pais-problema.
10- O mestre inteligente educa com amor, o tolo implanta a revolta com
reclamações.
11- O importante não é a perfeição dos trabalhos, e sim a satisfação da
consciência.

 Exercícios
1. (Instituto UniFil - 2020 - Prefeitura de Ângulo - PR - Professor) No
entendimento de Sant`Anna (1995), a ______________deverá revelar o
conteúdo sistematizado e a autoridade do saber do professor, no
______________com a experiência de vida, o saber até então construídos e a
capacidade de construir conhecimento do aluno atingiram o nível pretendido por
ambos, através de constantes feedbacks, isto é, em nenhuma etapa exclui-se
avaliados e avaliando do______________de ser o próprio agente de decisão e o
responsável pelo______________.”

Assinale a alternativa que preenche as lacunas com a ideia do autor.

a) avaliação / intercâmbio / compromisso / processo disciplinar

b) avaliação / intercâmbio / compromisso / processo educativo

c) educação / intermédio / respeito / processo disciplina

d) educação / intermédio / compromisso / processo educativo

2. (IF-RJ - 2010 - IF-RJ – Pedagogo)

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Segundo Luckesi (2000), a avaliação educacional escolar desenvolvida como
instrumento de classificação NÃO é eficiente para a:

a) transformação social.

b) domesticação dos educandos.

c) conservação da sociedade.

d) rotulação dos educandos.

e) aplicação de castigos.

➢ DEFINIÇÕES DE AVALIAÇÃO
➢ VEREMOS A SEGUIR ALGUMAS DEFINIÇÕES DE AVALIAÇÃO,
CONSTANTE NA BIBLIOGRAFIA DA SANT´ANNA (2014). A AUTORA
TRAZ A VISÃO DE ALGUNS AUTORES E TRAZ AO FINAL A PRÓPRIA
DEFINIÇÃO.

• A avaliação educativa é um processo complexo, que começa com a


formulação de objetivos e requer a elaboração de meios para obter evidência
de resultados, interpretação dos resultados para saber em que medida foram
os objetivos alcançados e formulação de um juízo de valor (SARABBI,
1971).

• A avaliação é essencialmente um processo centralizado em valores


(PENNA FIRME, 1976, p. 17).

• “O crescimento profissional do professor depende de sua habilidade em


garantir evidências de avaliação, informações e materiais, a fim de

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constantemente melhorar seu ensino e a aprendizagem do aluno. Ainda, a
avaliação pode servir como meio de controle de qualidade, para assegurar
que cada ciclo novo de ensino-aprendizagem alcance resultados tão bons ou
melhores que os anteriores” (BLOOM; HASTING & MADAUS).

• “Avaliação em educação significa descrever algo em termos de atributos


selecionados e julgar o grau de aceitabilidade do que foi escrito. O algo, que
deve ser descrito e julgado, pode ser qualquer aspecto educacional, mas é,
tipicamente: (a) um programa escolar, (b) um procedimento curricular ou (c)
o comportamento de um indivíduo ou de um grupo”. (THORNDIKE &
HAGEN, 1960).

• ”Avaliação significa atribuir um valor a um dimensão mensurável do


comportamento em relação a um padrão de natureza social ou científica”
(BRADFIELD & MOREDOCK, 1963).

• “Avaliação é o processo de delinear, obter e fornecer informações úteis para


julgar decisões alternativas” (Apud SILVA, 1977).

• [Avaliar] “é um processo contínuo, sistemático, compreensivo,


comparativo, cumulativo, informativo e global, que permite avaliar o
conhecimento do aluno” (MARQUES, Juracy C., 1976).

• Avaliação “é a coleta sistemática de dados, por meio da qual se determinam


as mudanças de comportamento do aluno e em que medida estas mudanças
ocorrem” (BLOOM et al).

• Avaliação é um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e


analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do
educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se
processou, seja este teórico (mental) ou prático (SANT’ANNA, 2012).

• Avaliar é conscientizar a ação educativa, pois é através da mesma que o


professor e a escola verificarão se os objetivos do ensino e do sistema foram
alcançados.

• Avaliar é:

- Ver se valerá a pena!


- Ver se vale a pena!

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- Ver se valeu a pena!

• Avaliar não é rotular alguma coisa e muito menos alguém!

• Avaliar é atribuir um valor!

• Avaliar implica uma interação plena com a coisa desejada para assumi-la ou
rejeitá-la.

• Avaliação é:

• Dinâmica, não é estática;

• Contínua, não é terminal;

• Integrada, não é isolada do ensino;

• Progressiva, não é estanque;

• Voltada para o aluno, não para os conteúdos;

• Abrangente, não restrita a alguns aspectos da personalidade do aluno;

• Cooperativa, não realizada somente pelos professores; e

• Versátil, não se efetiva sempre da mesma forma.

• Segundo Luckesi (1978), a definição mais comum adequada, encontrada nos


manuais, estipula que a avaliação é um julgamento de valor sobre
manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de
decisão.

➢ Juízo de valor

• Significa uma afirmação qualitativa sobre um dado objeto, a partir de critérios


preestabelecidos, portanto diverso do juízo de existência que se funda nas
demarcações “físicas” do objeto. O objeto avaliado será tanto mais satisfatório
quanto mais se aproximar do ideal estabelecido, e menos satisfatório quanto
mais distante estiver da definição ideal, como protótipo ou como estágio de um
processo.

➢ Caracteres relevantes da realidade (do objeto da avaliação)

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• O juízo emergirá dos indicadores da realidade que delimitam a qualidade
efetivamente esperada do objeto. São os “sinais” do objeto que eliciam o juízo.
A seleção dos “sinais que fundamentarão o juízo de valor dependerá da
finalidade a que se destina o objeto a ser avaliado.

Ex: Para avaliar a aprendizagem de matemática, não será observado as condutas


sociais do educando. É preciso tomar os indicadores específicos do
conhecimento e raciocínio matemático.

➢ Tomada de decisão

• O julgamento de valor, por sua constituição mesma, desemboca num


posicionamento de “não indiferença”, o que significa obrigatoriamente uma
tomada de posição sobre o objeto avaliado, e, uma tomada de decisão quando
se trata de um processo, como é o caso da aprendizagem.

• Essa tomada de decisão é o componente da avaliação que coloca mais poder na


mão do professor.

➢ VERIFICAÇÃO X AVALIAÇÃO

• Segundo Luckesi (2011), o termo verificar provém etimologicamente do latim –


verum facere – e significa “fazer verdadeiro”. Contudo, o conceito verificação
emerge das determinações da conduta de, intencionalmente, buscar “ver se algo
é isso mesmo...”, “investigar a verdade de alguma coisa...”. O processo de
verificar configura-se pela observação, obtenção, análise e síntese dos dados
ou informações.

• A dinâmica do ato de verificar encerra-se com a obtenção do dado ou


informação que se busca, isto é, “vê-se” ou “não se vê” alguma coisa. E...
pronto! Por si, a verificação não implica que o sujeito retire dela consequências
novas e significativas.

• O termo avaliar também tem sua origem no latim, provindo da composição a-


valere, que quer dizer “dar valor a...”. Porém, o conceito “avaliação” é
formulado a partir das determinações da conduta de “atribuir um valor ou
qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação”.

• Segundo Luckesi (2011), o ato de avaliar não se encerra na configuração do


valor ou qualidade atribuídos ao objeto em questão, exigindo uma tomada de

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posição favorável ou desfavorável ao objeto de avaliação, com uma
consequente decisão de ação.

• O ato de avaliar implica coleta, análise e síntese dos dados que configuram o
objeto de avaliação, acrescido de um atribuição de valor ou qualidade.

• Podemos dizer que a prática educacional brasileira opera, na quase totalidade


das vezes, como verificação. Por isso, tem sido incapaz de retirar do processo
de aferição as consequências mais significativas para a melhoria da qualidade e
do nível de aprendizagem dos educandos.

• Essa prática, além de não obter as mais significativas consequências para a


melhoria do ensino e da aprendizagem, ainda impõe aos educandos
consequências negativas, com a de viver sob o égide do medo, pela ameaça de
reprovação.

• EM SÍNTESE:

❖ VERIFICAÇÃO – “CONGELA O OBJETO”.

❖ AVALIAÇÃO – “DIRECIONA O OBJETO NUMA TRILHA DINÂMICA DE


AÇÃO”.

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 Exercícios
3. QUESTÃO CP-T- MARINHA- PEDAGOGIA

Com relação a avaliação da aprendizagem escolar, de acordo com Luckesi


(2011), assinale a opção INCORRETA:

a) O ato de verificar implica coleta, análise e síntese dos dados que configuram
o objeto estudado, acrescido de uma atribuição de valor ou qualidade.
b) O conceito de avaliação é formulado a partir das determinações resultantes
da atribuição de um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação.
c) A avaliação envolve um ato que ultrapassa a obtenção da configuração do
objeto, exigindo decisão do que fazer diante dele ou com ele.
d) A dinâmica do ato de verificar encerra-se com a obtenção do dado ou
informação que se busca, não implica que o sujeito retire dela consequências
novas.
e) O ato de avaliar se constitui de uma aferição da aprendizagem se
manifestando como um processo de compreensão dos avanços, limites e
dificuldades.

4. (FUNIVERSA - 2016 - IF-AP - Pedagogo) Cipriano Carlos Luckesi afirma que


a avaliação, diferentemente da verificação, envolve ato que ultrapassa a
obtenção de configuração do objeto, exigindo decisão do que fazer ante ou com
ele. A verificação é uma ação que “congela” o objeto; a avaliação, por sua vez,
direciona o objeto em uma trilha dinâmica de ação. De acordo com esse autor, é
correto afirmar que o(a):

a) objetivo da avaliação da aprendizagem é estabelecer uma classificação do


educando, expressa em sua aprovação ou reprovação.

b) avaliação tem como função aferir a aprendizagem à medida que tem servido
para desenvolver o ciclo do medo por meio da ameaça da reprovação.

c) verificação da aprendizagem visa à melhoria da qualidade e do nível de


aprendizagem dos educandos.

d) verificação se manifesta como um processo de compreensão dos avanços,


dos limites e das dificuldades que os educandos estejam encontrando.

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e) maioria das escolas brasileiras opera com a verificação e não com a
avaliação da aprendizagem.

5. (SELECON - 2018 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Pedagogo) Para Luckesi


(2006), a avaliação é:

a) uma verificação dos objetivos não alcançados pelos alunos, tendo em vista
determinar o grau de fracasso do professor

b) um instrumento para organizar as turmas, tendo em vista a formação de


grupos homogêneos

c) um processo de controle dos níveis de aprendizagem, tendo em vista coletar


informações e selecionar os indivíduos

d) um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de


decisão

6. (UFMT - 2019 - UFT - Técnico em Assuntos Educacionais) A avaliação pode


ser caracterizada como uma forma de ajuizamento da qualidade do objeto a ser
avaliado, fator que implica uma tomada de posição a respeito do mesmo, para
aceitá-lo ou transformá-lo. Sobre a avaliação, é correto afirmar:

a) É um julgamento de valor sobre manifestações pouco relevantes da realidade,


tendo em vista a tomada de decisão baseada nas crenças pessoais do professor.

b) O julgamento de valor de que trata a avaliação deve desconsiderar os


caracteres relevantes da realidade.

c) A avaliação no ensino superior, dadas as especificidades do nível de ensino,


deve ser aplicada utilizando-se, somente, prova dissertativa.

d) É um juízo de valor, o que significa uma afirmação qualitativa sobre um dado


objeto, a partir de critérios pré-estabelecidos.

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➢ CONCEITOS BÁSICOS SOBRE AVALIAÇÃO

• AVALIAÇÃO ESCOLAR - é o termômetro que permite confirmar o estado em


que se encontram os elementos envolvidos no contexto. A avaliação é a alma do
processo educacional.

• AVALIADOR – aquele que avalia.

• AVALIADO – aquele que é analisado.

OBS: esses papéis são cambiáveis, ou seja, hora ou outra professor e aluno
podem trocar de lugar.

• AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA - onde deveremos detectar se o aluno se


encontra na classe em que realmente deveria estar, ou seja, se sua bagagem de
conhecimentos está adequada ao nível em que irá frequentar. Isto significa que o
aluno deverá ter pré-requisitos para que tenha sucesso na etapa a qual vai cursar.
• HETEROAVALIAÇÃO - elementos externos ao sistema e à escola, como é o
caso da Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), do Prova Brasil e do
Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
• AUTOAVALIAÇÃO - permite a promoção do autodesenvolvimento e ajuda a
romper as couraças da autoproteção e medos.
• COAVALIAÇÃO - avaliação de desempenho de um aluno através da
observação e determinações de seus próprios colegas de estudo. Este
processo traz a inovação de poder incentivar que os próprios companheiros de
turma avaliem os conhecimentos adquiridos do colega e podem, de certa forma,
experimentar a ação do professor.

ENTÃO TEMOS QUE:

• Heteroavaliação – quando alunos avaliam professores e vice-versa, gestores


avaliam professores e funcionários, e assim por diante.
• Autoavaliação – aquela que os alunos, professores funcionários, gestores fazem
de seu próprio desempenho, exercido sobre si mesmo.
• Coavaliação – corresponde ao processo em que alunos, professores,
funcionários e gestores se avaliam reciprocamente. Pode ser realizada de forma
alternada ou concomitantemente, conforme o caso mais adequado.

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➢ MODALIDADES DA AVALIAÇÃO

❖ DIAGNÓSTICA
- Visa determinar a ausência ou a presença de conhecimentos e habilidades,
inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas experiências de
aprendizagem.
- Permite averiguar as causas de repetidas dificuldades de aprendizagem.
- Capaz de dar base para estabelecer novos objetivos, retomada de objetivos não
atingidos, elaboração de diferentes estratégias de reforço, levantamento de
situações alternativas em termos de tempo e espaço poderão e deverão ser
providenciados para que a maioria, ou quem sabe todos os estudantes aprendam
de modo completo as habilidades e os conteúdos que se pretenda ensinar-lhes.
- A autoavaliação está presente.
- O diagnóstico se constitui por uma sondagem, projeção e retrospecção da
situação de desenvolvimento do aluno, dando-lhe elementos para verificar o que
aprendeu e como aprendeu.
- É uma etapa do processo educacional que tem por objetivo verificar em que
medida os conhecimentos anteriores ocorreram e o que se faz necessário
planejar para selecionar dificuldades encontradas.
- Os alunos e professores reajustam planos de ação por meio desse tipo de
avaliação.
- Ocorre no início de cada ciclo de estudos, pois a variável tempo pode favorecer
ou prejudicar as trajetórias subsequentes.

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- Pretende averiguar a posição do aluno face a novas aprendizagens que lhe
vão ser propostas e a aprendizagens anteriores que servem de base àquelas, no
sentido de obviar as dificuldades futuras e, em certos casos, de resolver
situações presentes.
- Pretende averiguar a posição do aluno face a novas aprendizagens que lhe
vão ser propostas e a aprendizagens anteriores que servem de base àquelas, no
sentido de obviar as dificuldades futuras e, em certos casos, de resolver
situações presentes.
- Pode ser realizada durante o processo para averiguação de alguma situação pelo
professor (caso não típico).

❖ FORMATIVA
- É realizada com o propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado
da aprendizagem, durante o desenvolvimento das atividades escolares.
Localiza deficiências na organização do ensino-aprendizagem, de modo a
possibilitar reformulações no mesmo e assegurar o alcance dos objetivos.

- Permite constatar se os alunos estão, de fato, atingindo os objetivos


pretendidos, verificando a compatibilidade entre tais objetivos e os resultados
efetivamente alcançados durante o desenvolvimento das atividades propostas.

- Indica como os alunos estão se modificando em direção aos objetivos.

- Outro aspecto é o da orientação fornecida por este tipo de avaliação, tanto ao


estudo do aluno como ao trabalho do professor, principalmente através de
mecanismos de feedback (durante o percurso). Isso permitem que o professor
detecte e identifique deficiências na forma de ensinar, possibilitando
reformulações no seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo.

- Para se processe a avaliação formativa deve-se observar:

a) Seleção dos objetivos e conteúdos distribuídos em pequenas unidades. As


unidades previstas deverão contar com a participação dos alunos.

b) Formulação de objetivos com vista à avaliação, estabelecendo critérios de


tempo, qualidade e/ou quantidade.

c) Elaboração de um quadro ou um esquema teórico que permita a


identificação das áreas de maiores dificuldades.

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d) Correção de erros e insuficiências para reforço dos comportamentos bem-
sucedidos e eliminação dos desacertos (feedback de ação).

e) Seleção adequada de alternativas terapêuticas para ajudar o aluno a se


recuperar de alguma insuficiência no processo ensino-aprendizagem. Ex.:
realização de estudo dirigido que propicie revisão de pré-requisitos.

❖ TAREFAS PARA PROCESSO FORMATIVO*

- Especificar o que deseja avaliar e a razão por que se avalia.

- Determinar os objetivos que se deseja alcançar.

- Selecionar as variáveis relevantes para se obter uma informação objetiva.

- Traduzir os objetivos educacionais e estabelecer critérios para se emitirem juízos


valorativos.

- Construir instrumentos para obter as informações.

- Fixar uma amostra que servirá de base para obter as informações relevantes.

- Processar e analisar os dados coletados para obter informações que permitam um


diagnóstico do que desejamos avaliar.

- Tomar decisões para executar a ação desejada.

*(GRASSAU, apud Sant’anna, 2014)

❖ SOMATIVA
- sua função é classificar os alunos ao final da unidade, semestre ou ano letivo,
segundo níveis de aproveitamento apresentados.
- a avaliação somativa objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os
resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e ao final de um curso.
- não apenas os objetivos individuais devem servir como base, mas também o
rendimento apresentado pelo grupo.
- determinar o grau de domínio do aluno em uma área de aprendizagem, o que
permite colocar uma qualificação que, por sua vez, pode ser utilizada como um
sinal de credibilidade da aprendizagem realizada.

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- Pode ser chamada também de função creditativa. Também tem o propósito de
classificar os alunos ao final de um período de aprendizagem, de acordo com os
níveis de aproveitamento.
- pretende ajuizar do progresso realizado pelo aluno no final de uma unidade de
aprendizagem, no sentido de aferir resultados já colhidos por avaliações do
tipo formativa e obter indicadores que permitem aperfeiçoar o processo de
ensino. Corresponde a um balanço final.

 Exercícios
7. (CP-T 2016 - Pedagogia) Qual modalidade de avaliação, de acordo com Bloom,
in Sant’Anna (2013), tem por função classificar os alunos ao final da unidade,
semestre ou ano letivo, segundo os níveis de aproveitamento apresentados?

a) Formativa

b) Normativa

c) De controle

d) Somativa

e) Diagnóstica

8. (AOCP - 2018 - UNIR - Técnico em Assuntos Educacionais) Há três tipos de


avaliações: diagnóstica, formativa e somativa. Sobre essas avaliações, julgue o
item a seguir.

Na avaliação somativa, busca-se conhecer ideias e conhecimentos prévios do


aluno.

( ) CERTO

( ) ERRADO

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9. (FGV - 2015 - DPE-MT - Administrador) Com relação às formas de avaliação,
analise as afirmativas a seguir.

I. A avaliação formativa tem caráter pedagógico e se dá ao longo do processo.

II. A avaliação somativa se dá ao término de determinado processo ou etapa.

III. As avaliações formativa e somativa pressupõem, a partir do resultado da


avaliação, uma classificação final.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

10. (FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Especialista na Educação –


Psicólogo - Adaptada) Na avaliação da aprendizagem, três modalidades são
conhecidas: diagnóstica, formativa e somativa. A avaliação:

a) diagnóstica não pode ser realizada por meio de testes.

b) diagnóstica é realizada exclusivamente no início do ano letivo.

c) formativa é orientada por feedbacks constantes.

d) formativa não se sustenta, se o aluno não tiver vontade de aprender.

e) somativa é sempre realizada por meio de testes de múltiplas escolhas.

11. (Colégio Pedro II - 2018 - Colégio Pedro II - Professor - Educação Física) Para
avaliar seus alunos e alunas do 3º ano do ensino médio com o conteúdo
handebol, a professora Sofia utilizou uma ficha de verificação das ações dos
jogadores nas situações de ataque e defesa. Ela organizou os estudantes em

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quatro equipes, de forma que o grupo que estava jogando era avaliado pelo
grupo que estava na espera do próximo jogo. Cada estudante avaliou apenas um
estudante em jogo, formando pares avaliativos. No jogo seguinte, os papéis se
inverteram, e ao final dos dois jogos houve uma roda de conversa sobre as fichas
e as anotações.

De acordo com González e Bracht, em Metodologia do ensino dos esportes


coletivos (2012), essa avaliação é denominada:

a) autoavaliação.

b) coavaliação.

c) verificação.

d) interação.

12. (Quadrix - 2021 - Prefeitura de Canaã dos Carajás - PA - Pedagogo) O professor


Calebe, ao final do ano letivo, resolveu fazer uma avaliação de sua turma,
visando a estabelecer um panorama geral de seus alunos e a descobrir seu real
nível cognitivo. Fez, também, uma classificação quantitativa dos estudantes para
descobrir quais deles absorveram o conteúdo ministrado em sala de aula.

Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta o tipo de
avaliação que o professor Calebe utilizou.

a) controladora

b) diagnóstica

c) formativa

d) analítica

e) somativa

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FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO

• A avaliação é um sistema intencional e discriminatório de verificação que tem


por objetivo tornar a aprendizagem mais efetiva, ou seja, objetiva melhorar a
aprendizagem.

• A importância da avaliação, bem como seus procedimentos, tem variado no


decorrer dos tempos, sofrendo a influência das tendências de valoração que se
acentuam em cada época, em decorrência dos desenvolvimentos da ciência e da
tecnologia.

• A avaliação dos resultados do ensino-aprendizagem de grande relevância porque


permite:

₋ Oferecer informações fundamentais para o processo de tomada de decisões


quanto ao currículo.

₋ Melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

• A avaliação educacional tem seu aspecto formal e informal.

➢ FORMAL – decorre de objetivos bem formulados, de comparações controladas


de instrumentos fidedignos.

➢ INFORMAL – evidencia em sua dependência aos objetivos implícitos, as


normas intuitivas e julgamentos subjetivos.

❖ FUNÇÕES GERAIS DA AVALIAÇÃO

- Fornecer base para o planejamento

- Possibilitar a seleção e a classificação de pessoal (professores, alunos,


especialistas, etc.)

- Ajustar políticas e práticas curriculares

❖ FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA AVALIAÇÃO

- Facilitar o diagnóstico.

- Melhorar a aprendizagem e o ensino (controle).

- Estabelecer situações individuais de aprendizagem.

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- Interpretar os resultados.

- Promover, agrupar os alunos (classificação).

❖ OUTRAS FUNÇÕES

- FUNÇÃO INTEGRATIVA – torna as pessoas semelhantes em ideias, valores,


linguagem, ajustamento intelectual e social. Unifica a coesão do grupo.

- FUNÇÃO DIFERENCIADA – visa salientar as diferenças individuais, preparar


as pessoas segundo suas competências particulares, formando-as para profissões
e atividades específicas.

➢ TIPOS DE QUESTÕES

• O professor deve ter em mente, de forma clara e precisa, o que quer avaliar, isto
é, qual o propósito a que o teste deve servir.

• Não existe um tipo de questão melhor ou pior para verificar o progresso do


aluno. O importante é que elas sejam bem elaboradas de forma a permitir que
professor e aluno tenham, como sua aplicação, uma percepção clara, objetiva e
real das condições desde, ajudando-o a crescer, participar e responsabilizar-se
pelos aspectos focalizados no trabalho escolar.

• A avaliação, quer seja feita através de testes ou provas ou por ambos, deve
realizar-se numa atmosfera que permita o crescimento do aluno, e não a criação
de bloqueios.

• Os testes e provas devem se constituir por elementos que confirmem os


objetivos do aluno, e se ele aprendeu o que queria aprender.

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QUESTÕES DISCURSIVAS (DISSERTATIVAS)

• Sant´anna (2014), afirma que as questões discursivas se constituem por


descrições livres, isto é, o aluno pode responder com suas próprias palavras as
questões propostas.

• “O termo dissertação (ou ensaio) implica uma resposta escrita, cujo tamanho
varia de uma ou duas frases a algumas páginas” (LINDMAN, 1972, p.65).

• O fato de expressar-se livremente não impede objetividade na resposta.

• As questões dissertativas podem ser elaboradas de forma a desenvolver no


aluno, entre outros, níveis de pensamento que envolvam processos mentais,
podendo ser elaboradas da seguinte forma:

• Reconhecimento – em face de um estímulo específico, há identificação e


seleção da resposta correta. Ex: Diante de um texto específico, identifica-se e
seleciona o trecho correto.

• Evocação – em fase de um estímulo específico, há reprodução seletiva em


direção à resposta correta. Ex: Após o estudo dado, registre 5 motivos que
considere significativos para que as pessoas não fumem.

• Associação – o indivíduo estabelece conexões entre elementos dados. Ex: Agora


que já estudou o descobrimento do Brasil e o descobrimento da América,
gostaria que associasse 4 elementos comuns entre ambos.

• Comparação – o indivíduo discrimina elementos de um conteúdo dado,


estabelecendo semelhanças e diferenças. Ex: Registre 3 semelhanças e 3
diferenças constatadas entre o descobrimento do Brasil e o da América.

• Transposição – o indivíduo reorganiza o conteúdo estudado e aplica princípios,


conceitos, fórmulas em situações concretas e particulares. Ex: Aprendeu sobre
potenciação, e vai resolver problemas contextualizados.

• Explicação – o indivíduo reorganiza o conteúdo estudado, tratando da


ordenação conceptual do fenômeno ou ideias, sustentação ou apoio de
afirmativas. Ex: Nina é uma menina que carece de hábitos de leitura. Explique
como auxiliaria Nina a resolver o problema.

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• Interpretação: A interpretação refere-se à generalização que podemos fazer a
partir de descrições. Interpretar é acrescentar sentido, preencher os vazios,
ampliar o conteúdo. Ex.: O professor distribui aos alunos textos, depois pede que
eles interpretem os vários processos de pensamento, sobre o que texto fala, a
mensagem principal, pontos fortes e pontos fracos.

• Integração e síntese – o aluno reorganiza o conteúdo envolvendo também suas


experiências e produz uma nova estrutura até o momento não claramente
percebida. É como se fosse um resumo.

O aluno apresenta de forma condensada o núcleo de um assunto, isto é, sem


perda dos aspectos importantes. Existem diversas formas de resumir, tais como:
enumeração de ideias, esquematização de temas. Dar títulos é uma forma de
resumir.

Ex: o professor lê um documento histórico e pede aos alunos um título


adequado. Outra forma é ler uma série de afirmações dadas, observar as relações
existentes entre elas e destacar a ideia central.

• Expansão - o aluno reorganiza o conteúdo ampliando ou explorando novas


associações.

Ex: Poderá ser solicitado ao aluno para fazer interpretação de um fato, isto é,
ser-lhe-ão oferecidas condições para dar ou negar sentido às experiências ou
explicar o significado daquilo que perceber diante de um determinado fato.

• Predição – o aluno reorganiza o conteúdo, deduzindo consequências,


hipóteses, proposições. Há um direcionamento, uma seleção de alternativa
que encaminhe à solução do problema proposto.

Colocamos atividades que desenvolvam o pensamento como: crítica, suposição,


imaginação, obtenção e organização de dados, hipótese, aplicação de fatos e
princípios a novas situações, solução de problemas, decisão.

• EM UMA PALAVRA:

A) RECONHECIMENTO – observar no texto (por exemplo).

B) EVOCAÇÃO – rememoração.

C) ASSOCIAÇÃO – conexões.

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D) COMPARAÇÃO – semelhanças e diferenças.

E) TRANSPOSIÇÃO – ultrapassar a teoria.

F) EXPLICAÇÃO – reorganizar o conteúdo estudado.

G) INTERPRETAÇÃO – generalizar conteúdo aprendido.

H) INTEGRAÇÃO E SÍNTESE – resumo.

I) EXPANSÃO – resumo ampliado.

J) PREDIÇÃO - reorganizar o conteúdo estudado, expandindo o pensamento.

• Esse acompanhamento sistemático da aprendizagem constitui o processo


contínuo da avaliação. O acompanhamento sistemático das aprendizagens
efetivadas nas diferentes etapas (síntese, análise, síncrese) caracterizam o
processo cumulativo da avaliação.

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 Exercícios
13. (CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – Área de Pedagogia)
As questões discursivas geralmente apresentam uma situação-problema ou um
estudo de caso. Nesse tipo de questão, o estudante deve responder com
originalidade e organizar suas ideias de acordo com os padrões estabelecidos no
comando.

( ) CERTO

( ) ERRADO

14. (ACAPLAM - 2010 - Prefeitura de Aroeiras - PB - Pedagogo) A pedagoga


Lucia desenvolveu estudos com os professores sobre a nova tendência de
avaliação e chegaram a conclusão que a construção de um instrumento
dissertativo adequado deve desenvolver no aluno níveis de pensamento que
envolvam diversos processos mentais como:

a) decodificação icônica dos textos apresentados e capacidade de reprodução


escrita da exposição docente

b) memorização das matérias transmitidas pelo professor e desenvolvimento da


capacidade de não- contestação do autoritarismo docente

c) confronto entre o seu desenvolvimento e o de seus colegas e memorização


dos conhecimentos transmitidos sobre um determinado tema

d) relações entre elementos cognoscitivos e experienciais, aquisição de novas


habilidades, generalização de conhecimentos e aquisição de conhecimentos
novos

e) relações entre elementos teóricos e o texto escrito pelo professor, aquisição


de novas capacidades de memorizar equivalentes ao que os atores de TV
conseguem e capacidade de reprodução fiel do que foi orientado para ler

15. (CESPE - 2014 - MEC - Analista Processual - Regulação da Educação Superior)


A palavra avaliar tem origem no latim — a + valere — e significa atribuir valor

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e mérito. A avaliação vem sendo utilizada pelo sistema escolar desde seu início
para classificar e organizar os alunos em séries e classes. Acerca das avaliações
educacionais, julgue o item subsecutivo.

A prova dissertativa pode influenciar a aprendizagem na medida em que requer


do aluno o desenvolvimento de habilidades de escrita e pensamento.

( ) CERTO

( ) ERRADO

16. De Acordo com Sant’Anna (2014), as questões dissertativas podem ser


elaboradas de forma a desenvolver no aluno níveis de pensamento. Correlacione
os processos mentais às suas características e assinale a opção que apresenta a
sequência correta.

PROCESSOS MENTAIS

I. Predição
II. Transposição
III. Comparação
IV. Associação
V. Evocação
VI. Explicação

CARACTERÍSTICAS

( ) Em face de um estímulo específico, há reprodução seletiva em direção à


resposta correta.

( ) O indivíduo discrimina elementos de um conteúdo dado, estabelecendo


diferenças e semelhanças.

( ) O aluno reorganiza o conteúdo deduzindo consequências, hipóteses e


proposições. Há um direcionamento, uma seleção de alternativa que encaminhe
a solução do problema proposto.

( ) O indivíduo estabelece conexões entre os elementos dados.

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( ) O indivíduo reorganiza o conteúdo estudado e aplica princípios, conceitos,
fórmulas em situações concretas e particulares.

( ) Em face de um estímulo específico, há identificação e seleção da resposta


correta.

( ) O indivíduo reorganiza o conteúdo estudado, tratando da ordenação


conceptual do fenômeno ou ideias, sustentação ou apoio de afirmativas.

a) (V) (III) (I) (IV) (-) (VI)


b) (II) (IV) (-) (I) (VI) (V) (III)
c) (II) (IV) (V) (III) (-) (I) (VI)
d) (I) (II) (VI) (IV) (-) (III)
e) (V) (-) (I) (IV) (II) (III) (VI)

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➢ QUESTÕES OBJETIVAS

• “Dizemos que uma prova é objetiva quando a opinião do examinador e sua


interpretação dos fatos não influem no seu julgamento” (MEDEIROS, 1972, p.
21, apud Sant’anna, 2014).

• As questões objetivas são construídas de modo que se possam computar os


escores, observando uma palavra ou frase ou mostrando qual de várias respostas
possíveis foi escolhida.

• Segundo Oyara Petersen Esteves (apud Sant´anna, 2014), as questões objetivas


dividem-se em dois grupos.

1) De recordação ou evocação, onde o aluno dá a sua própria resposta, isto é,


uma resposta elaborada pessoalmente.

1.1 Simples lembrança (ou resposta curta);

1.2 Complementação (ou afirmação incompleta – lacunas).

2) De reconhecimento, onde o aluno organiza os elementos apresentados à


resposta ou os reconhece.

2.1 Verdadeiro-falso ou certo-errado (resposta alternativa);

2.2 Múltipla escolha (várias alternativas);

2.3 Ordenação (associação ou combinação).

• RECORDAÇÃO OU EVOCAÇÃO

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❖ SIMPLES LEMBRANÇA OU RESPOSTA CURTA

Apresenta-se de duas maneiras:

Pergunta direta: Qual é o nome do atual prefeito do Rio de Janeiro?

Com frases incompletas: A capital do Rio Grande do Sul é:

VANTAGENS, USOS, LIMITAÇÕES:

a) Sua naturalidade

b) Familiar às crianças

c) Não dá para adivinhar

d) Simples de construir e responder.

DESVANTAGENS:

a) Não permite avaliação satisfatória.

b) As respostas são informativas, de memória, não sabemos o quanto o


aluno conhece do conteúdo da matéria.

COMPLEMENTAÇÃO (LACUNAS)

Parece-se com a simples lembrança, só que as suas respostas podem estar em


qualquer lugar da frase.

Ex.:

____________ é a capital da Bahia.

As cidades principais do Estado de São Paulo são: ________________ e


________________.

ALGUMAS REGRAS DE CONSTRUÇÃO

a) Deixar um ou mais espaços para as respostas, de acordo com a necessidade.

b) Evitar frases indefinidas ou ambíguas que dão margem a várias respostas.

Ex: A maior _______ do Estado é ___________.

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c) Evitar frases mutiladas.

Ex: O _______ mais do mundo é o

d) Omitir palavras de significação importante, e não as insignificantes.

e) Evitar frases iguais às do material trabalhado para evitar memorização.

f) Não sugerir as respostas indicando artigo, gênero ou número.

g) Os espaços deixados em branco devem ser do mesmo tamanho.

• Reconhecimento

VERDADEIRO E FALSO (CERTO E ERRADO)

A pessoa assinala com um X a resposta certa ou errada na coluna onde já deverá


constar V e F ou C e E.

Ex.: A capital do Brasil é Rio de Janeiro. V ( ) F ( )

VANTAGENS E LIMITAÇÕES:

a) Fácil de construir, corrigir e interpretar.

b) É de rápida execução, possibilitando abranger grande parte do conteúdo da


matéria.

DESVANTAGENS

a) Pode ser respondida ao acaso, sem saber a resposta exata.

b) Apela mais à memória do que ao raciocínio.

c) Questões ambíguas, dificultando a resposta.

QUESTÕES OBJETIVAS

• RECONHECIMENTO

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VANTAGENS, USOS, LIMITAÇÕES

a) Pode-se marcar a resposta correta, a mais errada ou a melhor delas.

b) É objetiva e de fácil correção.

c) Verifica raciocínio, nível de discriminação, julgamento dos alunos e


conhecimentos gerais.

d) Leva mais tempo para construir as questões como também para responder.

e) Serve para todas as disciplinas.

ORDENAÇÃO (ASSOCIAÇÃO OU COMBINAÇÃO)

Consiste numa lista de palavras, datas, frases, que devem ser combinadas de
acordo com outra lista.

VANTAGENS, USOS E LIMITAÇÕES

a) Reduz as adivinhações.

b) É fácil de construir e de responder.

c) Não avalia o grau de compreensão dos alunos.

d) Serve para questões em que é necessário associar nomes a datas, pessoas e fatos,
etc., como em estudos sociais.

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REGRAS DE CONSTRUÇÃO DE ITENS

a) É bom colocar os fatos em ordem alfabética ou por ordem de datas, para não
sugerir ou não misturar.

b) Indicar nas instruções o modo de assinalar a resposta seja escrevendo em


número ou letra entre parênteses.

c) Não sugerir a resposta dando o seu gênero ou número.

d) Não colocar um só nome estrangeiro, pois sugere a resposta.

ITEM DE INTERPRETAÇÃO

Em princípio é constituído com base num texto. Porém, pode também ser elaborado
a partir de gráficos, tabelas, mapas, ilustrações ou diagramas.

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ITEM PICTÓRICO

O material pictórico pode ser fotografia, desenho, mapa, gráfico etc.

ASSERÇÃO E RAZÃO

É um tipo de item que requer algum cuidado especial na sua estruturação.


Aconselha-se sua aplicação para classes mais adiantadas. Sua elaboração se
constitui por duas afirmações, onde a segunda pode ser ou não a razão da
primeira.

 Exercícios
17. (FCM - 2022 - Prefeitura de Timóteo - MG - Professor I) Analise as asserções
sobre organização do trabalho pedagógico por meio de sequências didáticas e a
relação proposta entre elas.

I – Ao organizar a sequência didática, o professor poderá incluir atividades


diversas como leitura, pesquisa individual ou coletiva, aula dialogada, produções
textuais e aulas práticas, entre outras,

POIS

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II – a sequência de atividades visa trabalhar um conteúdo específico, um tema ou
um gênero textual de exploração inicial até a formação de um conceito, uma
ideia, uma elaboração prática e/ou uma produção escrita.

A respeito dessas asserções, é correto afirmar que

a) as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da


primeira.

b) as duas são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da


primeira.

c) a primeira é verdadeira, e a segunda, falsa.

d) a primeira é falsa, e a segunda, verdadeira.

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➢ COMPARAÇÃO ENTRE DOIS TIPOS

OBJETIVA – faz com que aluno procure a resposta correta.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – permite ao aluno desenvolver o raciocínio e


espírito crítico.

OBJETIVA – julgamento impessoal.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – resposta livre.

OBJETIVA – preparação de questões difícil e demorada.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – preparação difícil (porém menos demorado),


sendo vantajosas com poucos examinadores.

OBJETIVA – julgamento de resposta simples, objetivo e preciso (gabarito).

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – julgamento difícil, penoso, principalmente


subjetivo e menos preciso (mesmo com gabarito sugerido).

OBJETIVA – influência da nota por habilidade de leitura e acerto por acaso.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – influência da nota por capacidade de redação;


habilidade de contornar problema central.

OBJETIVA – habilidade para o examinador de domínio de conhecimentos, apoiado


na habilidade de ler, interpretar e criticar.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – habilidade para o examinador de domínio de


conhecimento apoiado na habilidade de ler, e mais na de redigir.

OBJETIVA – resultado verificado por domínio de conhecimentos nos níveis de


compreensão, análise e aplicação pouco adequadas para síntese, criação e
julgamento de valor.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – pouco adequadas para medir domínio de


conhecimento; resultado verificado por compreensão, aplicação e análise; melhores
para habilidades de síntese.

OBJETIVA – quanto a abrangência, com muitas questões de respostas breves


podem abranger dilatado campo e dar boa amostragem da prova.

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DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – quanto a abrangência, com poucas questões de
resposta longa cobrem terreno limitado, sendo impraticável a amostragem.

OBJETIVA – subjetivismo presente na sua construção; fundamental a competência


de quem prepara a prova.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – subjetivismo presente na construção e no


julgamento; fundamental a competência de quem julga as respostas.

OBJETIVA – liberdade ao examinador de exigir cada ponto; maior controle por


parte do professor e mais limitação ao aluno.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – liberdade ao aluno de mostrar a sua


individualidade; mas ocasião para o examinador se deixar levar por opiniões
pessoais.

OBJETIVA – estimular o aluno a lembrar, interpretar e analisar ideias.

DISCURSIVA (DISSERTATIVA) – estimular o aluno a ler, interpretar e escrever


as ideias.

➢ O professor precisa tomar duas decisões na elaboração de questões:

a) Quanto à modalidade de avaliação – testes diagnósticos são mais extensos;


formativos requerem relação entre as questões; somativa ou classificação devem ter
um número suficiente de itens de acordo com os conteúdos, cujo domínio se
pretende avaliar. As questões devem ser distribuídas em fáceis, médias e difíceis.

b) Quanto ao objetivo da questão, é necessário que ele seja ajustado ao seu


conteúdo e tipo.

Há dois propósitos claros e definidos no processo legal de avaliação:

a) Constatar o nível alcançado pelos objetivos propostos; e

b) Propiciar um maior conhecimento do aluno em sua individualidade.

➢ Um aspecto importante no processo avaliativo é a mensuração que envolve as


dimensões quantitativa e qualitativa. Ambas referem-se ao mesmo fenômeno a
ser medido, controlado, acompanhado.

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QUANTITATIVA - diz em graus, conceitos ou formas equivalentes a intensidade
com que certos atributos, aspectos qualitativos, se manifestam no fenômeno em
mensuração.

QUALITATIVA - dá significado e esclarece a quantitativa. Expressa numa unidade


a consistência e intensidade do fenômeno.

 Exercícios

18. QUESTÃO CP-T- MARINHA- PEDAGOGIA

De acordo com Sant’Anna (2014), analise as afirmativas abaixo em relação às


questões do tipo múltipla escolha.

I. Rápida construção e fácil correção


II. Verifica raciocínio, nível de discriminação e conhecimentos gerais.
III. Todas as respostas da questão múltipla escolha são relacionadas com a
pergunta.
IV. Não deverá ser usada quando a resposta for uma única a servir para
colunas.

Assinale a opção correta:

a) Apenas as afirmativas I,II e III são verdadeiras.


b) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
e) Apenas as afirmativas II,III e IV são verdadeiras.

19. (COMPERVE - 2015 - UFRN - Técnico em Assuntos Educacionais) As provas


de questões objetivas são, frequentemente, usadas como instrumento de

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avaliação da aprendizagem na educação superior. Considere as afirmações a
seguir , relativas às provas objetivas de múltipla escolha.

I. Cada item ou questão é composto de enunciado, comando, opção correta e


distratores.

II. A validez do item está determinada por sua correspondência com o objetivo a
ser avaliado.

III. Uma das vantagens desse tipo de avaliação é que as provas são de fácil
elaboração.

IV. São provas que permitem avaliar a criatividade dos estudantes.

Das afirmações, estão corretas:

a) I e III.

b) II e IV.

c) I e II.

d) III e IV.

20. (CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – Área de Pedagogia -


Adaptada) Na elaboração de questões de múltipla escolha, deve-se evitar a
indução do aluno ao erro por meio de controvérsias ou pegadinhas; deve-se,
também, evitar não favorecer o acerto por exclusão.

( ) CERTO

( ) ERRADO

21. (IBADE - 2017 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Cuidador Pessoal) Entre as


alternativas a seguir, uma contraria o que se espera da elaboração de um
instrumento de avaliação. Identifique-a.

a) O conteúdo deve ser significativo, ou seja. deve ter significado para quem
está sendo avaliado.

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b) Deve-se contextualizar o conteúdo que está sendo avaliado na questão.

c) A linguagem a ser utilizada deve ser clara, esclarecedora e objetiva.

d) O conteúdo avaliado precisa estar coerente com os propósitos do ensino.

e) A elaboração da avaliação precisa priorizar os aspectos quantitativos sobre


os qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais.

➢ INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
❖ CARACTERIZAÇÃO

• Conselho de classe – instrumento que visa traçar o perfil de cada aluno e do


grupo.

• Pré-teste – teste aplicado para averiguar pré-requisitos para aquisição de novos


conhecimentos.

• Autoavaliação – instrumento capaz de conduzir o aluno a uma modalidade de


autoconhecimento que se põe em prática a vida inteira.

• Avaliação cooperativa – instrumento que oportuniza uma avaliação


compreensiva, onde cada um contribui com os dados que possui, para o
crescimento individual e grupal.

• Observação – contemplarmo-nos do mesmo modo pelo qual os outros nos veem


é uma das mais confortadas dádivas. E não menos importante é o dom de
vermos os outros tal como eles mesmos se encaram.

• Inquirição – “Se desejarmos saber como as pessoas se sentem – qual sua


experiência interior, o que lembram, como são suas emoções e seus motivos,
quais as razões para agir como o fazem – por que não perguntar a elas” (Alport).

• Relatório – constitui-se pelo registro de dados que expressam a comunicação


dos resultados de planejamentos concretizados.

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VAMOS VER UM A UM!

➢ CONSELHO DE CLASSE

• É a atividade que reúne um grupo de professores da mesma série, visando em


conjunto chegar a um conhecimento mais sistemático da turma, bem como
acompanhar e avaliar cada aluno individualmente, através de reuniões
periódicas.

• É preciso que fiquem bem claros e definidos os objetivos de cada Conselho. E


que, como instrumento de avaliação, cumpra seus propósitos, e os educadores
sua missão.

É preciso:

1. Não rotular o aluno, eliminar padrões preestabelecidos e promover condições


para seu desenvolvimento.

2. Fazer observações concretas (cada professor confronta suas observações com as


dos colegas).

3. Debater o aproveitamento de cada aluno e da classe como um todo, analisando


as causas dos baixos ou altos rendimentos da turma.

4. Estabelecer o tipo de assistência especial para o aluno não apresentou


rendimento favorável.

5. Aperfeiçoar o trabalho diário do professor com o aluno, com subsídios emitidos


pelo supervisor, pelo orientador educacional, pela direção, por trabalhos
realizados, e por colegas.

6. Orientar o aluno de como e para que estudar.

7. Orientar o aluno para autoavaliar-se.

8. Analisar o currículo da escola em função de sua filosofia, desempenho do


professor, rendimento da capacidade dos alunos, validade dos conteúdos
trabalhados, equipamento e materiais disponíveis, grau em que estão sendo
concretizados os objetivos (aspectos positivos, aspectos negativos).

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9. Aferir a eficácia dos instrumentos utilizados pelos professores e em que aspectos
precisam ser melhorados (material, estratégias de ensino, integração com a
turma, integração dos alunos etc.).

10. Conscientizar o professor de que a autoavaliação contínua de seu trabalho, com


vistas ao planejamento, promove a aprendizagem mais eficiente do aluno.

11. Através de parecer descritivo, permitir à família e ao aluno uma visão clara de
seu desempenho.

➢ Por que Conselho de Classe?


1) Favorecer a integração entre os professores, aluno e família;
2) Torna a avaliação mais dinâmica e compreensiva;
3) Possibilita um desenvolvimento progressivo da tarefa educacional;
4) Conscientiza o aluno de sua atuação;
5) Considera as áreas afetiva, cognitiva e psicomotora;
6) A comunicação dos resultados é sigilosa e realizada pelo professor conselheiro,
eleito pela turma;
7) Os professores mais radicais, que tentam apresentar seus conceitos
predeterminados, são ajudados pelos colegas a visualizarem o aluno como um
todo e a terem uma concepção clara dos propósitos de uma avaliação formativa.

➢ PRÉ-TESTE

• Raras vezes percebemos o uso de pré-teste por professores. É o preparo


antecipado de um teste.

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• O objetivo é verificar de forma global os conhecimentos adquiridos por um
aluno ou uma classe. Funciona como sondagem para estabelecimento de um
diagnóstico da turma.

• O pré-teste visa, também, averiguar os pré-requisitos dos alunos para o


planejamento de uma nova unidade de trabalho.

• É um instrumento bastante valioso para testar o progresso dos alunos e o grau


de desenvolvimento atingido pela turma.

➢ AUTOAVALIAÇÃO
• A autoavaliação é capaz de conduzir o aluno a uma modalidade de apreciação
que se põe em prática durante a vida inteira.
• Capacidade de analisar suas próprias aptidões, atitudes, comportamento,
pontos fortes, necessidades e êxito na consecução de propósitos.
• Propicia condições para ajudar o aluno a pensar sobre si mesmo e o que tem
realizado, é prepará-lo para uma aprendizagem significativa na caminhada da
vida.
• Para que a autoavaliação tenha êxito é preciso que o professor acredite no aluno
e ofereça condições favoráveis à aprendizagem, pois só assim este se sentirá
seguro, confiante e manifestará autenticidade.

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➢ AVALIAÇÃO COOPERATIVA

• Estimular o aluno a coletar evidências concretas de trabalhos e propiciar


condições para que analise, juntamente com o grupo, o progresso obtido é
aperfeiçoá-lo para uma convivência democrática no grupo e na sociedade. A
discussão em grupo é uma forma cooperativa de desenvolver habilidades
mentais através de uma reflexão sistematizada.

• Dentre outras vantagens oferece ao aluno individualmente e ao grupo o


reconhecimento da colaboração de cada um, a satisfação por haverem exercido
uma ação convergente na comunidade escolar, a conscientização do valor do
exercício da atividade em comum.

➢ OBSERVAÇÃO

• É elemento fundamental no processo de avaliação. Fornece informações


referentes à área cognitiva, afetiva e psicomotora do aluno.

❖ O que é observação?

• É um processo ou uma técnica.

• PROCESSO – pelo fato de constituir-se no ato de aprender coisas e


acontecimentos, comportamentos e atributos pessoais, e concretas inter-relações.

• TÉCNICA – por ser um meio ou modo organizado de ação, que se desenvolve


para atingir fins específicos: modificações de campo, modificações de
comportamento ou apreensão de dados.

• Observamos para:

• a) constatar um fato;

• b) comprovar hipóteses; e

• c) interpretar um certo fenômeno.

❖ Vantagens da observação

1) É um método direto de estudar os fenômenos em sua variedade.

2) É objetiva, permitindo um registro fiel e mais exato de dados enquanto ocorrem.

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3) Não requer cooperação por parte de quem é observado.

4) É específica, limitando-se a um número restrito de características a serem


observadas durante um determinado período de tempo.

5) É sistemática, estabelecendo-se os períodos de observações, sua duração,


número total, e a que intervalo eles se darão.

6) É quantitativa. A frequência com que os atos significantes ocorrem pode ser


tomada como índice de extensão em que certos hábitos foram estabelecidos.

7) É planejada, limitando-se à finalidade dos dados coletados, definindo


antecipadamente as características a serem observadas e desenvolvendo
categorias elaboradas a fim de identificar o fenômeno, localizar e codificar o que
foi observado.

8) É registrada, tanto quanto possível, imediatamente, a fim de evitar erros de


memória ou serem perdidas coisas importantes.

9) É passível de comprovação pela repetição ou pela comparação com as


observações de observadores competentes, elimando-se a subjetividade.

10) É passível de verificação e controle, através de procedimentos para isolar a


observação e procedimentos para compensar o erro.

➢ Limitações da observação
• Há possibilidade de as pessoas deliberadamente criarem impressões
desfavoráveis ou favoráveis.
• Não aparecem no momento da observação as ocorrências previstas.
• Há limitação de ocorrências pela sua duração, em períodos determinados de
tempo.
➢ Fases da observação

1) Percepção global do objeto.

2) Análise (decomposição do objeto em estudo).

3) Interpretação: O que foi visto?

4) Documentação: registro e relato.

➢ Capacidades necessárias ao observador

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1) Atenção

2) Percepção

3) Memorização

4) Análise

5) Comunicação (formulação de juízos)

6) Generalização.

➢ Instrumentos de observação

• REGISTRO – constitui-se pela anotação dos fatos observados, eliminando-se


interpretações pessoais. É lícito o uso de meios mecânicos, como fotografias,
etc., pois permitem maior objetividade.

• FICHAS DE OBSERVAÇÃO – são


utilizadas na observação dirigida (O
observador seleciona antecipadamente
o conjunto de fatos a serem observados,
utilizando-se de um roteiro ou
questionamento). São instrumentos
elaborados prevendo determinados
comportamentos ou características
pessoais. Podem ser individuais ou
coletivas.

• FICHAS DE REGISTRO DE OCORRÊNCIA – contêm espaço para grande


número de observações. Dimensões menos particularizadas que fichas de
observação. O registro é cumulativo. São aplicadas durante um longo período de
tempo. Objetivo: obter uma descrição operacional do comportamento.

• ANEDOTÁRIO – constitui-se de uma descrição breve e objetiva de fatos,


incidentes e acontecimentos significativos, tal como ocorrem. Registram-se os
comportamentos não usuais ou comuns.

• LISTA DE VERIFICAÇÃO OU CHECK LIST

- Permite o registro da presença ou ausência de uma característica ou fato.

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- É aconselhável para avaliação de comportamentos muito específicos, essenciais.

- Exige definição objetiva de cada desempenho esperado.

- É útil para coletar evidências previamente determinadas.

• SISTEMAS DE CATEGORIAS

- É uma formulação que descreve uma dada classe de


fenômenos em que o comportamento observado pode
ser codificado.

- Constitui-se em duas ou mais categorias.

- Prevê um quadro de referências.

• ESCALA DE AVALIAÇÃO – as escalas de avaliação ou classificação são


constituídas por um conjunto de características ou atributos a serem julgados e
por algum tipo de escala para indicar o grau em que a característica ou atributo é
avaliado.

• Escalas numéricas – observador deverá marcar o número correspondente ao


grau relacionado com a característica observada.

• Escala de avaliação gráfica – linha horizontal ou vertical com uma série de


categorias ao longo da mesma.

• Escala gráfica descritiva – é semelhante a escala gráfica. A diferença é que


ocorre mais clareza na discrição dos pontos principais.

❖ ESCALA NUMÉRICA

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❖ ESCALA GRÁFICA

❖ ESCALA DESCRITIVA

➢ INQUIRIÇÃO

• É perguntar e interrogar em busca de fatos relevantes. É um recurso de


avaliação. Dentre os instrumentos de inquirição destacam-se:

- Questionários; e

- Entrevistas.

❖ Questionários

❖ VANTAGENS

- Num menor espaço de tempo, um maior número de pessoas pode participar.

- Podem ser respondidos na ausência do solicitante.

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- Podem ser enviados pelo correio, e-mail, celular.

- As informações obtidas por escrito permitem maior liberdade para as respostas,


evitando-se interferência de terceiros.

- O anonimato oferece maior liberdade para as propostas.

➢ ELEMENTOS A SEREM OBSERVADOS NA CONSTRUÇÃO DO


QUESTIONÁRIO

1) Determinar os objetivos.

2) Selecionar os itens (objetivos ou subjetivos).

3) Selecionar as informações.

4) Ordenar as informações e redigi-las em forma de questões.

5) Redigir as instruções.

6) Reproduzir o questionário.

➢ TIPOS ESPECIAIS DE QUESTIONÁRIOS

A) Inventário: constitui-se de uma série de afirmações precedidas de um


parêntese.

Ex: Participa das atividades de classe:

B) Escalas de atitudes: são semelhantes aos inventários. Porém, seus itens são
constituídos por especialistas e aplicados num grupo piloto, antes de serem
apresentados na forma final e analisados estatisticamente, de forma a assegurar
que a escola meça com segurança a atitude em questão.

➢ Entrevistas
❖ VANTAGENS

• Possibilitam a obtenção de dados de natureza complexa e afetiva, além de


outras informações sobre comportamentos, julgamentos, opiniões, etc.

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• Podem ser aplicadas em qualquer pessoa.

• Permitem verificar as reações da pessoa.

• Permitem esclarecimento de dúvidas.

• Propiciam aceitação através de diálogo.

➢ ELEMENTOS UTILIZADOS PARA CONSTRUÇÃO DA ENTREVISTA

1) Seleção dos objetivos.

2) Explicação da informação desejada.

3) Procurar conhecer elementos indicadores das credenciais do entrevistado.

➢ RELATÓRIO

Vejamos algumas definições:

• “Exposição por escrito sobre as circunstâncias que está redigido um documento


ou projeto, acompanhada dos argumentos que militam a favor ou contra a sua
adoção.

Narrativa circunstanciada da vida duma agremiação ou empresa.

Descrição; narrativa” (FONTINHA)

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• “Documento no qual se expõe, circunstancialmente, as atividades de uma ou
mais organizações; também relata um determinado estudo, pesquisa,
investigações policiais, mandadas proceder pela autoridade competente”
(VIEIRA, A.).

• “É a exposição por escrito de ocorrência ou ocorrências, ou da execução de um


ou mais serviços, acompanhada, quando preciso, de mapas, gráficos e gravuras”
(BELTRÃO).

• “É o relato, mais ou menos minudente, que alguém faz por escrito, por ordem de
autoridade superior ou no desempenho das funções que exerce” (NEY, JR).

➢ FINALIDADE DO RELATÓRIO

• O relatório tem por finalidade informar, relatar, fornecer resultados, dados,


experiências que permitam à autoridade competente constatar a realidade das
atividades desenvolvidas pelos órgãos ou serviços pelos quais são responsáveis.

➢ COMPOSIÇÃO DO RELATÓRIO

• Em trabalhos menores (tarefas mensais, semanais) a estrutura é simples. Não


há geralmente necessidade de títulos e cabeçalhos internos. Aconselha-se de
qualquer forma a clássica tripartição – introdução, desenvolvimento e conclusão;
e bibliografia – se houver consulta a fontes.

• Em trabalhos de maior extensão e profundidade (monografias, teses) a


estrutura será mais complexa: prefácio, sumário, lista de abreviaturas e sinais;
lista de introduções e tabelas (se for o caso); introdução; corpo do trabalho (com
sua divisão em capítulos, seções, etc); conclusão ou conclusões; bibliografias;
índice remissivo.

❖ Vejamos algumas definições:

• “É a exposição por escrito de ocorrência ou ocorrências, ou da execução de um


ou mais serviços, acompanhada, quando preciso, de mapas, gráficos e gravuras”
(BELTRÃO).

• “É o relato, mais ou menos minudente, que alguém faz por escrito, por ordem de
autoridade superior ou no desempenho das funções que exerce” (NEY, JR).

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➢ PORTFÓLIO

• O uso de portfólios como instrumento de avaliação nos processos de ensino-


aprendizagem é uma forma de avaliar menos exclusiva. Busca a superação dos
métodos tradicionais, visando à inclusão do estudante como responsável em seu
processo de aprendizagem, possibilitando ao professor uma análise das
singularidades e peculiaridades de cada estudante.

• Segundo Hernández, o portfólio é visto como um continente de diferentes tipos


de documentos (anotações pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais,
controles de aprendizagem, conexões com outros temas fora da escola,
representações visuais etc.) que proporciona evidências do conhecimento que
foram construídos, as estratégias utilizadas para aprender e a disposição de quem
o elabora para continuar aprendendo. (HERNÁNDEZ, 2000, p.166, apud
Gonçalves, Pacheco, Bittencourt, 2018)

• Segundo Alves (2005, apud Gonçalves, Pacheco, Bittencourt, 2018), no Brasil


ainda não há uma tradição na utilização do portfólio como instrumento de
avaliação nas universidades. Porém, já existem discussões e reflexões positivas
de diversos autores referentes à utilização deste instrumento como avaliação do
estágio supervisionado. Embora existam algumas escolas, principalmente na
educação infantil, fazendo o uso desse instrumento, ainda falta uma
sistematização por parte do professor em acompanhar e participar do
desenvolvimento do mesmo, o que é indispensável.

• O grande mérito do Portfólio é sua tendência a centrar a reflexão na prática, já


que esta é a referência para construção, reconstrução e socialização do
conhecimento do estudante. A utilização do Portfólio torna a prática avaliativa
mais completa, de tal forma que professor consiga ver as diferenças de cada
aluno. Mas isso só será possível se os métodos e estratégias do educador
estiverem adequadas a formação do aluno como um todo.

 Exercícios
22. QUESTÃO CP-T- MARINHA- PEDAGOGIA

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Para Sant’Anna (2013), a observação é fundamental no processo de avaliação,
pois fornece informações referentes às áreas cognitiva, afetiva e psicomotora do
aluno. Segundo esse autor, são instrumentos de observação, EXCETO:

a) Escala de classificação.
b) Inquirição
c) Anedotário
d) Check List.
e) Registro.

23. QUESTÃO CP-T- MARINHA- PEDAGOGIA

No que se refere à avaliação, segundo Sant’Anna (2013), o instrumento que visa


a traçar o perfil de cada aluno e do grupo é:

a) O Pré-Teste.
b) A autoavaliação.
c) O conselho de classe.
d) O relatório.
e) A avaliação cooperativa.

24. (FUNDEP - 2014 - IF-SP - Técnico em Assuntos Educacionais) Os instrumentos


de avaliação têm de ser selecionados em função dos objetivos da avaliação e do
tipo de conteúdo que será avaliado.

A respeito dos instrumentos de avaliação, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Os instrumentos de avaliação escolhidos deverão oportunizar a realização das


operações propostas pelos objetivos de aprendizagem.

b) Diferentes modalidades de aprendizagem demandam diferentes tipos de


instrumentos de avaliação.

c) Os instrumentos de avaliação devem ser considerados protagonistas, e não só


meios para atingir diferentes finalidades.

d) Para diferentes propósitos e distintos momentos de aprendizagem, um mesmo


tipo de instrumento pode ser proveitoso.

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25. (INSTITUTO AOCP - 2019 - UFPB - Pedagogo) Sobre instrumentos de
avaliação, assinale a alternativa correta.

a) Por meio da prova individual, o professor avalia conteúdos procedimentais.

b) Testes, questionários, produção de textos, entrevistas, arguição oral,


pesquisas, produção de relatórios e seminários e dramatizações são usados
para avaliar os conteúdos atitudinais.

c) A prova de consulta permite ao estudante fazer cópias das respostas.

d) O seminário é um riquíssimo instrumento de avaliação ao estudante


trabalhador, uma vez que permite que a equipe divida o trabalho em partes,
ficando cada um responsável por uma.

e) A seleção dos instrumentos de avaliação deve ser realizada durante o


planejamento de ensino em consonância com os objetivos e conteúdos
propostos.

26. (Alternative Concursos - 2021 - Prefeitura de Esperança do Sul - RS - Professor


de Pegagogia) Segundo Cipriano Luckesi os instrumentos de avaliação da
aprendizagem não podem ser quaisquer instrumentos, mas sim os adequados
para coletar os dados que estamos necessitando para configurar o estado de
aprendizagem do nosso educando. Sobre os instrumentos de avaliação é correto
afirmar:

I. Os instrumentos de avaliação precisam ser adequados na linguagem, na


clareza e na precisão da comunicação. É importante que o educando compreenda
exatamente o que se está pedindo a ele.

II. É necessário que os instrumentos sejam adequados ao processo de


aprendizagem do educando. Um instrumento não deve dificultar a aprendizagem
do educando, mas, ao contrário, servir-lhe de reforço do que já aprendeu.
Responder as questões significativas significa aprofundar as aprendizagens já
realizadas.

III. Um instrumento de coleta de dados pode ser desastroso, do ponto de vista da


avaliação da aprendizagem, como em qualquer avaliação, na medida em que não
colete, com qualidade, os dados necessários ao processo de avaliação em curso.

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Um instrumento inadequado ou defeituoso pode distorcer completamente a
realidade e, por isso, oferecer base inadequada para a qualificação do objeto da
avaliação e, consequentemente, conduzir a uma decisão também distorcida.

a) Apenas I e III estão corretas

b) Apenas I e II estão corretas

c) Apenas III está correta

d) Apenas II e III estão corretas

e) Todas estão corretas

27. (Aprender - SC - 2019 - Prefeitura de Tangará - SC - Professor de Geografia)

Conforme Perrenoud (1999), nos sistemas educativos, a avaliação oscila entre


várias lógicas pragmáticas, porém destaca duas lógicas como as mais marcantes:
a lógica da avaliação a serviço da seleção e a lógica da avaliação a serviço das
aprendizagens.

Porque

A lógica da avaliação a serviço da seleção diz respeito à avaliação formativa que


vai caracterizar‐se pela regulação contínua das aprendizagens para a constatação
dos avanços e limitações dos estudantes. Sobre as afirmativas, é correto afirmar:

a) A primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa

b) A primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda, verdadeira.

c) As duas afirmativas são verdadeiras.

d) As duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.

28. (IDCAP - 2019 - Prefeitura de Governador Lindenberg - ES - Professor -


Educação Infantil) Práticas que podem ajudar o professor a avaliar a
aprendizagem dos alunos na Educação Infantil:

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I. Observação de sala de aula: acompanhar o cotidiano das crianças e a didática dos
professores em sala de aula é essencial para que o coordenador participe do processo
de avaliação e consiga identificar as dificuldades e potencialidades das turmas.

II. Leitura e socialização dos registros: instrumento importante para avaliar a


evolução dos pequenos são as próprias produções das crianças e os registros dos
professores, sejam eles escritos, fotográficos ou audiovisuais – é preciso identificar
qual o melhor tipo de registro para cada situação.

III. Acompanhamento periódico: A avaliação tem um papel central na Educação


Infantil e não pode ser feita apenas no final do ano letivo.

IV. Entrevista: o docente pode através de uma roda de conversa instigar um


interrogatório para diagnosticar tudo que a criança aprendeu naquele dia, e com isso
dar notas para o que aprendeu.

Dos itens acima:

a) Apenas os itens I, II e III estão corretos.

b) Apenas os itens I, III e IV estão corretos.

c) Apenas os itens II, III e IV estão corretos.

d) Apenas os itens I e III estão corretos.

e) Apenas os itens II e IV estão corretos.

29. (FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - Prefeitura de Uberlândia - MG -


Professor - Arte) Portfólio é um conjunto de trabalhos organizado com um
propósito específico e dentro de um contexto que demonstra conhecimentos e
capacidades alcançados.

Analise as afirmativas a seguir sobre o portfólio e assinale com V as verdadeiras


e com F as falsas.

( ) A construção do portfólio é uma atividade esporádica, que contém em si a


identidade do aluno como construtor do seu próprio desenvolvimento, ao longo
de uma trajetória.

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( ) Ao organizar seu portfólio, o aluno reflete sobre o processo de autoavaliação,
ganhando também a oportunidade de invenção e criatividade.

( ) Como ferramenta de avaliação para o professor, o portfólio permite o


acompanhamento do processo de aprendizagem, pois em apenas um suporte há
diversos tipos de documentos e materiais.

( ) Contendo a reflexão do próprio aluno, o portfólio gera o descompromisso do


estudante com as atividades, objetivos e metas, dentro de um tempo
significativo.

Assinale a sequência correta.

a) F V V F

b) V F F V

c) F F F V

d) V V V F

➢ AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

• A avaliação institucional se constitui em um processo complexo,


pluridimensional, tal como é o processo educacional que a escola promove.

• A avaliação institucional é muito mais que coleta de dados e informações e


apresentação de relatórios correspondentes. Pressupõe uma concepção que
acompanha a opção educacional adotada pela escola e a prática de métodos que
correspondam a essa concepção e sejam capazes de organizar e orientar a sua
operacionalização, bem como a análise e interpretação dos dados e informações,
de forma integrada e contextualizada, no conjunto de ações educacionais.

• A avaliação institucional está a serviço da gestão escolar, uma vez que esta se
constitui no trabalho de organização, orientação e mobilização de esforços e
recursos escolares para promover o trabalho educacional com a máxima
efetividade possível, como condição para que os alunos tenham experiências

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escolares de qualidade, que lhe permitam desenvolver competências múltiplas
necessárias para enfrentar os desafios da vida.

• Gestão educacional envolve três funções básicas de organização do trabalho:

• PLANEJAMENTO;

• MONITORAMENTO; e

• AVALIAÇÃO.

• A educação escolar é um processo intencional e sistemático, orientado para


promover resultados propostos e caracterizados por elevada complexidade. As
práticas educacionais devem ser criteriosamente planejadas, de modo que não
sejam aleatórias, orientadas pelo senso comum, simplificadas e espontaneístas.

• Por outro lado, torna-se necessário, para a revisão continuada em sua fase de
implementação, um contínuo processo de monitoramento e avaliação, pelo
qual se acompanha, mediante um conjunto detalhado de métodos, procedimentos
e rotinas, formulados para realizar objetivos propostos e para garantir a
efetividade das ações praticadas.

• Monitoramento e avaliação são comumente representados como funções


independentes, uma vez que avaliação se reporta a resultados e monitoramento a

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processos. Entretanto, o monitoramento e avaliação estão intimamente
relacionados e são realizados de forma associada.

• Portanto, a avaliação institucional concebida como uma estratégia orientada


para desvelar os múltiplos aspectos da atuação institucional e sua capacidade de
contribuir para a efetividade da escola contribui para promover o necessário
desenvolvimento institucional da escola como centro educacional de caráter
social.

• Segundo a perspectiva transformadora, a avaliação institucional é realizada não


como um instrumento de mera constatação, rotulação ou ação administrativa,
mas como uma condição de desenvolvimento do desempenho da gestão da
escola, de seus servidores, professores, alunos, e da própria instituição escolar
como um todo.

SIGNIFICADOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

• Como já vimos, a avaliação institucional da escola consiste em um processo


sistemático, abrangente e contínuo de observação, coleta e análise de dados,
interpretação e julgamento da realidade e prática escolares, em seus
desdobramentos e interações, tendo por objetivo contribuir para a melhoria
contínua do trabalho educacional e seus resultados.

• Dias Sobrinho (2003, apud Lück, 2012) diz que a avaliação institucional é
“uma prática social orientada, sobretudo, para produzir questionamentos e
compreender os efeitos pedagógicos, éticos, sociais, econômicos do fenômeno
educativo, e não simplesmente uma operação de medida e muito menos um
exercício autocrático de discriminação e comparação”.

• Portanto, avaliação institucional escolar corresponde a um processo que


associa ação e reflexão que contribui para o desenvolvimento da competência da
escola na realização de seu papel socioeducacional.

• Por seu caráter abrangente, essa avaliação é realizada em todas as áreas e


dimensões do trabalho escolar, de modo dialógico, a fim de se verificar a sua
efetividade em seu papel de promover a formação e aprendizagem dos alunos.

• A avaliação institucional contribui para a efetivação do compromisso dos


profissionais da educação e cumprimento de suas responsabilidades

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educacionais voltadas para promover, mediante ação integrada e objetiva, a
formação e aprendizagem dos alunos.

➢ PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

1) A avaliação institucional tem como compromisso melhoria da qualidade do


ensino e do desempenho de profissionais.

2) A avaliação institucional não tem caráter punitivo, rotulador ou meritocrático. O


caráter é de orientação a melhoria.

3) Os esforços de avaliação institucional têm como ponto de partida e chegada o


planejamento e ação em vistas à melhoria.

4) Todas as ações de melhoria propostas devem estar associadas à melhoria


contínua e em serviço de desempenho e conscientização.

5) Todos os participantes da comunidade escolar devem ser envolvidos, de forma


cooperativa.

6) O ambiente de realização da avaliação institucional deve ser caracterizado por


comportamentos éticos a respeito do uso dos dados e informações produzidos.

➢ PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

1) ABRANGÊNCIA

2) COMPARABILIDADE

3) CONTINUIDADE

4) LEGITIMIDADE

5) OBJETIVIDADE

6) PROATIVIDADE

7) RELEVÂNCIA

8) SENSO DE OPORTUNIDADE

9) SIGILO E ÉTICA

10) TRANSPARÊNCIA

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➢ PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

1) ABRANGÊNCIA

• Possibilita uma visão globalizadora e interativa dos elementos e aspectos


avaliados, de modo a considerar o seu conjunto, de forma integrada e como um
todo. A incorporação de novos elementos a serem avaliados pelo programa de
avaliação se realiza mediante processo de integração e não de mera agregação
ou justaposição de novos aspectos.

2) COMPARABILIDADE

• Determina a busca de referências externas e referências seriadas de caráter


evolutivo, como condição de comparação dos dados e informações obtidos,
de modo a se ter uma perspectiva de entendimento dos significados desses dados
e informações em perspectivas mais amplas. É importante reconhecer que
nenhum dado ou informação pode ser compreendido plenamente senão em
comparação.

3) CONTINUIDADE

• Pressupõe a superação da tendência de realizar ações eventuais e pontuais e


prevê a avaliação como um programa que envolve processo contínuo e
interativo de seus vários momentos, de modo a estabelecer unidade e caráter
evolutivo.

4) LEGITIMIDADE

• Garante pela sua realização de forma participativa e se associa ao


desenvolvimento de espírito de autonomia, pelo qual os participantes da
escola assumem responsabilidade pelo processo de avaliação, por sua análise
e utilização dos resultados.

5) OBJETIVIDADE

• Supera, opõe-se a subjetividade, vieses pessoais e personalísticos, opiniões e


tendenciosidades. Adota o cuidado por considerar situações, fatos, objetos ou
pessoas em observação, segundo suas características próprias. A objetividade
demanda a atitude de perceber e descrever a realidade como ela é, e não como
julgam que seja.

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6) PROATIVIDADE

• Pressupõe uma perspectiva orientada por visão positiva, de futuro, responsável


e comprometida no enfrentamento de problemas, que são considerados como
desafios, à espera de iniciativas para a sua superação. Essas perspectivas vem
acompanhada por um comprometimento consciente e responsável com
resultados, mediante intervenção própria de modo que circunstâncias limitadas
e indesejáveis sejam alteradas.

7) RELEVÂNCIA

• Demanda que os dados e informações coletados sejam úteis e vinculados a


questões substantivas do processo educacional, referindo-se a questões
importantes para orientar a melhoria do desempenho escolar e a tomada de
decisões de gestores para promovê-las.

8) SENSO DE OPORTUNIDADE

• Implica rapidez na análise e interpretação dos dados e disponibilização


imediata das conclusões da avaliação realizada para que possam ser
incorporadas a um processo de mudança e melhoria.

9) SIGILO E ÉTICA

• Determina aos envolvidos no processo de avaliação o respeito a todos os


envolvidos. Para tanto, a avaliação deve ser conduzida de modo imparcial, com
isenção de ânimo, livre de opiniões previamente estabelecidas, ideias
preconcebidas, receios e medos. Esse princípio determina que nenhuma
informação pode ser disseminada caso não seja em situação diretamente
relacionada à promoção da melhoria do processo educacional, numa
perspectiva proativa.

10) TRANSPARÊNCIA

• Promovida mediante abertura, diálogo, divulgação e feedback, realizados em


clima de confiança, condições necessárias para que a avaliação resulte em
mudanças e transformações de melhoria de desempenho. Nesse processo, os
objetivos devem estar claros para todos os abrangidos no processo, bem como
os dados devem ser disponibilizados para aqueles que forem objeto da
avaliação.

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O PLANEJAMENTO SISTÊMICO DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

OITO QUESTÕES BÁSICAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO

a) O quê? – ação (começa pelo simples e vai aumentando)

b) Para quê? – objetivos e metas (planos traçados)

c) Por quê? – pressupostos (concepções, ideias)

d) Como? – método e estratégia (modo de fazer)

e) Quando? - circunstância de tempo: cronograma

f) Onde? – circunstância de espaço (perspectiva do local)

g) Para quem? – beneficiários (quem recebe)

h) Com quem? – agentes (quem faz)

AVALIAÇÃO EXTERNA

É um dos principais instrumentos para a elaboração de políticas públicas dos sistemas


de ensino e redirecionamento das metas das unidades escolares. Seu foco é o
desempenho da escola e o seu resultado é uma medida de proficiência que possibilita
aos gestores a implementação de políticas públicas, e às unidades escolares um retrato
de seu desempenho.

AVALIAÇÃO INTERNA

É a avaliação realizada pelo professor que acontece em sala de aula e corresponde à


verificação. Nessa modalidade, explicitam-se os resultados do processo de ensino e
aprendizagem. A avaliação interna acontece intencional e sistematicamente e o
professor pode recorrer a diferentes instrumentos avaliativos.

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➢ O INDIVIDUAL E O COLETIVO NA AVALIAÇÃO

• A NÍVEL INVIDUAL - o educando. Praticar a avaliação da aprendizagem


escolar, do ponto de vista do educando, significa acompanhá-lo, através da
qualidade dos resultados de sua aprendizagem, detectados através do uso
cuidadoso dos recursos metodológicos, em conformidade com as abordagens,
entre outras, realizadas no decurso dessa aula, aliados aos recursos da psicologia
e da pedagogia no que se refere às relações humanas interpessoais e de
liderança.

• Os atos avaliativos na escola, de um lado, permitem ao educador saber como


está se dando a aprendizagem do educando individualmente, seus sucessos,
suas dificuldades, ao mesmo tempo, indicam o que fazer para auxiliá-lo a
ultrapassar os impasses emergentes.

• Todavia, a gestão do ensino, como de qualquer outra atividade onde se trabalhe


com pessoas agrupadas, tem também uma dimensão coletiva. Então, o ato
avaliativo, no caso, tem um destino de permite ao educador servir-se de um
olhar para a realidade, a partir dos resultados coletivos, ou seja, o estudante
sobre o qual se olha individualmente faz parte de um todo.

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• Quando o foco de atenção volta-se exclusivamente para o educando individual,
somos tentados a dizer que os educandos, que estão com desempenho
insatisfatório, são os únicos responsáveis pela qualidade negativa de sua
aprendizagem. Contudo, se nosso foco for, ao mesmo tempo, o educando
individual assim como a turma, poderemos perceber se os resultados negativos
obtidos são de responsabilidade somente do educando individual ou também do
educador e do sistema de ensino. O mesmo pode-se dizer quando os resultados
são positivos.

• A eficiência na aprendizagem não depende só do aprendiz, mas, ao mesmo


tempo, do ensinante e do sistema escolar dentro do qual ele está inserido.

• Na prática da avaliação da aprendizagem, focar a atenção só no desempenho do


educando pode trazer muitos enganos, desde que a fonte dos impasses pode estar
assentada em outros componentes (variáveis) da ação que não só a
responsabilidade de estudo e aprendizagem por parte do educando. Desse modo,
importa forcar tanto no individual quanto o coletivo; tanto o estudante
quanto a turma e o sistema.

• Nessa linha, SAEB (Serviço de Avaliação da Educação Básica), ENEM (Exame


de Ensino Médio), anterior ENC (Exame Nacional de Curso) tinham e têm (com
todas as mudanças ocorridas) por objetivo olhar o desempenho do sistema a
NÍVEL COLETIVO.

• Olhar para o coletivo permite aquilatar o desempenho do sistema, seus


sucessos, suas falhas e carências, o que possibilita correções fundamentais, se o
desejo é de sucesso do sistema como um todo.

• A “leitura” dos resultados individuais dará a dimensão do aproveitamento de


cada estudante, a “leitura coletiva” dará a dimensão do desempenho do sistema
de ensino, que tem a ver com o educador como seu representante na sala de aula,
com a escola como instituição que sedia a ação do educador, e com o próprio
sistema de ensino, ainda está inserida.

• O convite final é para que cada educador, em seu posto de trabalho – seja ele
em sala de aula, na coordenação pedagógica de uma escola, na supervisão, na
direção, na instância das secretarias de educação municipais ou estaduais, ou
como ministro da educação do país – aprenda o olhar para as múltiplas
determinações de uma realidade, na perspectiva de configurar sua qualidade,

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seja ela positiva ou negativa, tendo em vista subsidiar melhorias permanentes,
oferecendo a cada indivíduo deste país a possibilidade de ampliar sua
consciência na perspectiva da cidadania, assim como oferecendo a sociedade a
possibilidade de elevar-se no processo civilizatório, garantindo a cada um e a
todos um modo de vida democrático.

 Exercícios

30. (CONTEMAX - 2019 - Prefeitura de Orobó - PE - Professor de Ensino


Fundamental) Uma coisa é a necessidade de _______ o que se observou na
avaliação, isto é, o retorno que o professor dá aos alunos e aos pais do que pôde
observar sobre o processo de aprendizagem, incluindo também o diálogo entre a
sua avaliação e a autoavaliação realizada pelo aluno. Outra coisa é a _______
que se extrai dela, e se expressa em notas ou conceitos, histórico escolar,
boletins, diplomas, e cumprem uma função social.

Marque a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas:

a) documentar; informação

b) oficializar; socialização

c) comunicar; qualificação

d) qualificação; comunicação

e) concretizar; subjetividade

31. (VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Professor - Educação


Infantil II) A prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a
transformação deve estar atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao
estabelecimento da autonomia do educando, pois o novo modelo social exige a
participação democrática de todos. Nessa perspectiva, conforme Luckesi (2006),

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a definição mais comum adequada, encontrada nos manuais, estipula que a
avaliação:

a) constitui o momento privilegiado de diagnóstico dos educandos, no qual ela


alcança seu principal objetivo: classificar os alunos.

b) deve ser realizada em momentos pontuais do processo de ensino e


possibilitar ao educador a clareza sobre quem deve ou não ser aprovado.

c) é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo


em vista uma tomada de decisão.

d) possibilita ao educador um maior controle do comportamento dos


educandos, os quais receiam a repetência por notas ruins.

e) tem como função primordial possibilitar aos educadores atribuir conceitos e


notas ao educando segundo seu desempenho individual.

32. (ADM&TEC - 2019 - Prefeitura de Olivença - AL - Secretário Escolar) Leia as


afirmativas a seguir:

I. A avaliação não deve utilizar métodos que permitam considerar as diferentes


aptidões dos alunos.

II. A avaliação deve possibilitar observar a transferência das aprendizagens em


contextos diferentes.

Marque a alternativa CORRETA:

a) As duas afirmativas são verdadeiras.

b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa

c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

d) As duas afirmativas são falsas.

33. QUESTÃO CP-T- MARINHA- PEDAGOGIA

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Luck (2012) especifica oito elementos integradores do processo de avaliação.
Segundo a autora, qual dos elementos se reporta à definição de métodos,
técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação?

a) “Para que avaliar?”


b) “Como avaliar?”
c) “O que avaliar?”
d) “Com quem avaliar?”
e) “Por que avaliar?”

34. (CS-UFG - 2019 - IF Goiano - Técnico em Assuntos Educacionais) Nas


modalidades de avaliação, segundo Bloom (apud Sant’anna, 1995), o professor
pode realizar avaliação de forma diagnóstica, formativa e somativa, conforme o
fim a que se destina. A avaliação formativa tem como objetivo situar professor e
aluno

a) na inauguração de um processo de ensino e aprendizagem, no início de um


novo ano letivo, aplica-se, ao início de um período específico, uma unidade ou
um novo assunto a ser trabalhado.

b) no final de um processo de ensino e aprendizagem, realizada ao final de um


estudo, de uma unidade, de um período de tempo determinado, que pode ser um
bimestre, um semestre ou um ano letivo.

c) no início e no final do processo de ensino e aprendizagem, realizada durante o


trabalho do professor com os alunos. Informa os resultados parciais da
aprendizagem ainda no decorrer do desenvolvimento das atividades.

d) durante um processo de ensino e aprendizagem, realizada durante o trabalho


do professor com os alunos. Informa os resultados parciais da aprendizagem
ainda no decorrer do desenvolvimento das atividades.

35. (GUALIMP - 2020 - Prefeitura de Quissamã - RJ - Professor - Supervisor


Educacional) De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do
processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica
(analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória). Analise as
afirmativas a seguir sobre tais funções e marque V (verdadeiro) ou F (falso).

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( ) A avaliação diagnóstica é adequada para o início do o período letivo, pois
permite conhecer a realidade na qual o processo de ensino-aprendizagem vai
acontecer.

( ) A avaliação formativa é utilizada objetivando pré-determinar a maneira pela qual


o educador deverá encaminhar, através do planejamento, a sua ação educativa. Terá
como função estabelecer os limites para tornar o processo de aprendizagem mais
eficiente e eficaz.

( ) A avaliação somativa visa, basicamente, avaliar se o aluno domina


gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de avançar
para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem.

( ) Por depender mais da sensibilidade e do olhar técnico do educador, a avaliação


somativa fornece mais informações que permitem a customização do trabalho do
professor com base nas necessidades de cada aluno.

A sequência CORRETA é:

a) V – F – V – F.

b) F – V – F – V.

c) F – V – V – F.

d) V – F – F – F.

36. (FUNDATEC - 2020 - Prefeitura de Estância Velha - RS - Professor de


Educação Física) Em relação à avaliação, analise as seguintes assertivas e
assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) A avaliação somativa faz parte de uma realidade bastante comum dentro das
escolas brasileiras, principalmente como princípio relacionado às avaliações
externas.

( ) A avaliação somativa tem uma função diagnóstica, em razão de que terá uma
classificação do estudante conforme os níveis de aplicação no fim de uma
unidade, de um módulo, de uma disciplina, de um semestre, de um ano, de um
curso.

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( ) A avaliação formativa tem algumas especificidades como: levar em conta a
criatividade, o desenvolvimento, o comportamento e a participação dos alunos
nas atividades.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – F – V.

b) F – V – F.

c) V – V – F.

d) F – F – V.

37. (CPCON - 2021 - Prefeitura de Cacimba de Dentro - PB - Professor A -


Fundamental I) Avalie as sentenças abaixo e responda qual/quais caracterizam a
avaliação da aprendizagem na perspectiva formativa.

I- É democrática, constante, diversificada e contínua, metódica e intencional.

II- Os professores realizam três tipos de avaliação: prognóstica, reguladora e


somativa.

III- Visa a excelência. Os professores, através de instrumentos de avaliação, de


caráter objetivo, selecionam e classificam os alunos.

Está CORRETO o que se afirma apenas em:

a) III.

b) II e III.

c) II.

d) I e II.

e) I e III.

38. (Unesc - 2019 - Prefeitura de Maracajá - SC - Professor - Séries Iniciais) Em


uma escola em que a gestão é democrática, o Conselho de Classe Participativo,

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constitui-se em um momento de encontro dos professores, equipe técnico-
pedagógica, representantes de pais e alunos, para reflexão e tomada de decisão,
tendo em vista a melhoria do processo pedagógico da escola. São objetivos do
Conselho de Classe Participativo, EXCETO:

a) Discutir sobre o processo avaliativo.

b) Avaliar o comportamento de cada aluno em sala de aula para aprová-lo ou


reprová-lo.

c) Identificar dificuldades de alunos, turmas e professores.

d) Discutir o processo ensino-aprendizagem realizado em sala de aula.

39. (FCM - 2019 - Prefeitura de Guarani - MG - Supervisor Pedagógico) Em relação


à avaliação da aprendizagem em sala de aula, na reunião do Conselho de Classe
NÃO é recomendável que os professores:

a) discutam os conceitos predeterminados pelos colegas mais radicais sobre as


concepções de avaliação que eles expressam.

b) pensem a avaliação segundo um procedimento referente ao aluno como um


indivíduo, ao processo escolar e ao currículo.

c) realizem discussões para definições do tipo de assistência especial para o


aluno que não apresentou rendimento favorável.

d) façam observações sobre resultados dos alunos e confrontem suas


percepções sobre melhorias nas estratégias de aprendizagem com as de seus
colegas.

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