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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
1 Tássia Brenna Costa Martins. Bacharel em Serviço Social pela FID, Pós-Graduada em Libras pelo ISEPRO.
2 Luiz Carlos Pontes Magalhães. Graduado em Pedagogia Magistério pela a UFPI, Graduado em Letras Inglês pela a
UESPI, Especialista em Libras pela FACET, Docente do Ensino Superior pela UFPI e graduado em Informática pela
UFPI.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Letras Libras (LBR 0116) – Prática Interdisciplinar VIII –
03/05/2021.
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Então, o autor apresenta que o lúdico é um elemento que contribui ao surdo, que o aluno se
senti livre, não tendo como uma obrigação de aprender, mas sim vai fluindo de forma espontânea,
provocando a vontade de aprender.
Segundo Pereira(2015)
As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou simples passatempos e,
sim, momentos de descoberta, construção e compreensão de si; estímulos à autonomia, à
criatividade, à expressão pessoal. Dessa forma, possibilitam a aquisição e o
desenvolvimento de aspectos importantes para a construção da aprendizagem. Possibilitam,
ainda, que educadores e educando se descubram, se integrem e encontrem novas formas de
viver a educação (PEREIRA, 2005).
Então, dessa maneira pensar que o lúdico é um passatempo é um pouco equivoco, pois é um
momento prazeroso, de criatividade no qual os educadores e educados se descobrem e assim
possibilitando uma nova forma de educação inclusiva.
O surdo tem a visão mais aguçada do que a dos ouvintes, então tudo aquilo ilustrativo,
lúdico, sendo trabalhado de uma forma organizada, chama atenção do surdo, onde ele passa a ter
curiosidade do que é esse lúdico e começa a se desenvolver.
Dessa maneira, não basta somente o professor dispor atividades lúdicas aos surdos, mas a
escola tem um papel muito importante para atender essas necessidades dos surdos de aprender de
forma satisfatória, no qual Quadros (2004) explica essa questão da escola.
Quando essa diversidade de educandos inclui Surdos, a escola deve estar preparada para
realizar todo o processo de inclusão para seu pleno desenvolvimento e integração na
comunidade escolar, além de atuar conjuntamente com os professores para que ocorra a
formação desse educando em sua língua materna: a Libras (Quadros, 2004).
Dessa forma tanto a escola quanto os professores precisam estarem preparados no processo
de aprendizagem dos surdos para o ensino da Libras como L1 e da língua portuguesa como L2.
Essa diversidade de ensino é através do lúdico, no qual pode ser um meio de ser trabalhado
com esses alunos e adaptando os materiais.
O trabalho tem como Objetivo Geral: Analisar a Importância do Lúdico na Perspectivas dos
Jogos e das Brincadeiras para o Desenvolvimento aos Surdos. Os Objetivos Específicos: Observar o
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Papel do Docente Diante dos Jogos e Brincadeiras aos Surdos, Numa Perspectiva Lúdica.
Compreender que os Jogos e Brincadeiras como Elemento Facilitador no Ensino do Surdo.
A escolha do tema se deu por se tratar de um tema que merece destaque e ser mais
valorizados por parte dos professores que recebe um aluno surdo em sala de aula, onde ele pode
utilizar a ludicidade como um elemento que vai subsidiar sua prática e favorecer e facilitar a
aprendizagem da pessoa surda. Compreender que os jogos e brincadeiras fazem parte desse
processo do lúdico e atrativo aos surdos que eles possam aprender brincando.
Os recursos visuais são de extrema importância ao surdo, quanto mais ilustração e mais
lúdico o surdo compreende melhor, eles ficam atraídos pela visão. Dessa forma, os autores
Fiorentini e Miririm (2019) aborda acerca do desenvolvimento de cumprir regras de jogo, ressalta
que “O aluno surdo, quando se envolve e entende as regras de um jogo aplicado em sala de aula
pelo professor, desenvolve muita disciplina e organização e sente-se parte do grupo por cumprir as
etapas que lhe são atribuídas”. Assim o surdo tem tudo para desenvolver aprendizagem
significativa.
Fica claro que o lúdico é importante para os surdos. Conforme Kishimoto (1994)
Por meio de uma aula lúdica, o aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a
produtividade, sendo sujeito do processo pedagógico. Por meio da brincadeira o aluno
desperta o desejo do saber, a vontade de participar e a alegria da conquista. Quando a
criança percebe que existe uma sistematização na proposta de uma atividade dinâmica e
lúdica, a brincadeira passa a ser interessante e a concentração do aluno fica maior,
assimilando os conteúdos com mais facilidades e naturalidade. (KISHIMOTO, 1994).
Desse modo, percebe que deve levar em consideração é a criatividade, podendo ainda
imaginar, fantasiar, sonhar e não se o aluno teve muitos acertos ou erros, mas que ao logo do
processo ele vai se desenvolvendo aos poucos, tudo no tempo dele, sem pressões e cobranças, mas
sim a confiança e paciência por parte dos professores. As brincadeiras despertam o aluno o desejo
de saber e assim o aluno se concentra e facilita assimilar o conteúdo trabalhado através de
atividades lúdicas. A criança muitas vezes tem resistência à escola, mas as aulas não é lúdica e não
desperta interesse.
Segundo Souza (2015) relata o motivo da importância do lúdico.
E logo Souza (2015), conclui “O lúdico não é o único instrumento para a melhoria do
ensino-aprendizagem, mas é uma ponte que auxilia na melhoria dos resultados por parte dos
professores interessados em proporcionar mudanças”. Neste relato é importante ter em mente que o
lúdico necessita andar junto com o professor, no qual esse professor que vai utilizar atividades
lúdicas afim de trazer resultados significativos aos surdos.
Os jogos e as brincadeiras são uma das formas lúdicas de trabalhar com os surdos. Neste
tópico será apresentando o significado de cada uma.
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a brincadeira é uma atividade lúdica, que se entra em uma situação imaginária, como
atividade que possui regras e ao mesmo tempo é livre e social, em que a criança, através da
sua emoção e imaginação se desenvolve e se apropria do mundo ao seu redor.
(Navarro,2012).
é um objeto que dá suporte e orienta a brincadeira, tem uma atribuição lúdica e pode ser
usado como recurso de ensino ou como material pedagógico; assim o brinquedo contribui,
juntamente com a brincadeira, para o desenvolvimento e construção dos saberes da criança.
(Kishimoto,2002).
No contexto dessa atividade (surda) surgem às fontes para trabalhos e eventos familiares,
históricos, datas comemorativas, lendas, fábulas, contos e histórias infanto-juvenis. Os
temas são mediados por distintas práticas: movimento expressivo, jogos com regras, jogos
com objetos imaginários, jogos miméticos, jogos teatrais de caracterização e
personificação, atividades com uso de mascaras, figurinos, objetos do cotidiano e sucata,
improvisações e dramatização de histórias que resultam em performances cênicas como um
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Então como foi até mencionando neste trabalho o visual é algo que deve estar presente nas
atividades lúdicas utilizadas pelos o professor ao surdo, por ser um ser visual. Por isso que o lúdico
é um elemento importante ao surdo, pois chama atenção a forma, a cor, como é feito, o surdo
aprende tudo pelo o que vê.
O professor ideal é aquele que cria situações para desenvolver o olhar crítico e o
pensamento reflexivo. Não permanece preso a livros, vai além da transmissão de conteúdo.
Permite a troca, tem o olhar além do que é óbvio, aceita a aproximação com o aluno
(afetividade), demonstra preocupação por ele e o orienta. Valoriza e propicia situações que
aumentam a autoestima. Motiva as aulas. Procura conhecer o aluno. Não fica preso a uma
única estratégia. Está constantemente se atualizando. Educa para a vida, como cidadão
crítico. Valoriza, assim, o diálogo e permite a integração do grupo. Ama a profissão
(Pintos,2008).
Então não baste ter somente conhecimento é necessário que esteja sempre em formação,
tenha didática em repassar o que sabe, rever suas práticas, preparar suas aulas, para que possa
romper os desafios encontrados diariamente no âmbito educacional.
O professor tem autonomia de utilizar recursos lúdicos para os surdos, como jogos,
brincadeira, mas sempre com a mediação desse professor, no qual ele precisa antes de aplicar
qualquer atividade lúdica, planejar e também traças objetivos para ser alcançados. Então o papel do
professor em poucas palavras é que seu maior instrumento é utilizar recuos lúdico.
O docente também cumpri um papel também importante que é preparar um ambiente
descontraído para que os surdos estejam a vontade. Conforme Peres (2004) ressalta. [...] “O
trabalho do professor, nesse contexto, deve ser o de organizador da sala de aula como espaço
lúdico, selecionando jogos que facilitem o desenvolvimento cognitivo, sócio afetivo e motor do
aluno.
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Conforme Almeida (2014) aborda como o professor deve ser nesta perspectiva lúdica,
questões que merece atenção.
O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que merece atenção por
parte de todos os educadores. Cada criança é um ser único, com anseios, experiências e
dificuldades diferentes. Portanto nem sempre um método de ensino atinge a todos com a
mesma eficácia. Para pode garantir o sucesso do processo ensino-aprendizagem
o professor devem utilizar-se dos mais variados mecanismos de ensino, entre eles as
atividades lúdicas. Tais atividades devem estimular o interesse, a
criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar e relacionar
conteúdos e conceitos. O professor deve-se limitar apenas a sugerir, estimular e
explicar, sem impor, a sua forma de agir, para que a criança aprenda descobrindo
e compreendendo e não por simples imitação. O espaço para a realização
das atividades, deve ser um ambiente agradável, e que as crianças possam se sentirem
descontraídas e confiantes (ALMEIDA 2014).
Dessa maneira, pode compreender que nenhum aluno é como o outro, cada um tem suas
próprias dificuldades, então o professor pode traças os mais variados mecanismos das atividades
lúdicas, talvez utilize um recurso que não trouxe resultados para um aluno, mas pode ser que para
outro foi positivo. Outra questão o professor não precisa fazer para aluno ele pode transmitir
sugestões, explicar os jogos e brincadeiras, mas deixar os surdos descobrirem.
Segundo Almeida (2008) apresenta
Para os professores o lúdico é um subsídio para sua aula sobre jogos e brincadeiras é uma
forma positiva de alcanças resultados dos alunos surdos.
O professor precisa trabalhar tendo o foco no aluno surdo, compreender sua singularidade e
particularidade e a partir disso começar desenvolver jogos, criando materiais que pode ser
manipulado pelos surdos. Alguns materiais como: Joga da memória, cruzadinhas, dramatizações,
Músicas, danças, histórias, utilizando o lúdico, mas sem esquecer de adaptações tanto a Libras e
língua portuguesa.
Exemplos de Jogos e brincadeiras para crianças surdas adaptados:
Figura 1:Caixa do alfabeto (português) Figura 2: Roleta das Redes Figura 3:Fichas Jogo da
e (datilologia) .Forma palavras, Sociais. Memoraria das Frutas.
frases.
Figura 3: Jogo das cores. Coloca o sinal na cor Figura 4:Caixa de Contação de Histórias. Pessoa sinaliza e
correspondente. vai encaixando a imagem corresponde. Os Três Porquinhos.
5. METODOLOGIA
A metodologia utilizada no trabalho é de caráter bibliográfico. A autora Boccato (2006)
explica melhor o que do que se trata.
Dessa maneira, a pesquisa bibliografia foi muito importante para que proporcionasse um
embasamento teórico e metodologia ao lingo do trabalho, que através das discussões dos autores
sobre o assunto tratado pudesse trazer mais conhecimento e novas perspectivas com opiniões de
ouros autores. Foi possível através desta pesquisa com informações necessárias.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É possível perceber, a partir dos pontos abordados neste trabalho o tanto que ao lúdico é
importante na aprendizagem de todos os alunos, principalmente para o foco do trabalho que são os
alunos surdos. Pois os surdos tem a visão mais apurada do que os ouvintes, então diante disto é
importante o professor procurar meios, estratégias que chame atenção destes alunos, algo colorido,
com imagens, datilologia, a escrita do português, aproveitar o visual.
Então a ludicidade é sim uma ferramenta de ensino que merece ser utilizada e ganhar
destaque no âmbito educacional, pois é de fundamental importância para aprendizagem, assim o
aluno surdo terá motivação e sem falar do interesse maior de querer aprender.
Diante disso o professor precisa ser criativo e competente compreender a Libras para que
possa criar meios de ensino de forma lúdica e transformadora para vida destes alunos.
A uso da ludicidade como ferramenta de ensino é um método que necessita ganhar mais
visibilidade no meio educacional, pois é de conhecimento geral que o lúdico torna as aulas menos
cansativas e mais atrativas. Quando se fala em ludicidade também refere-se a importância dos
jogos, brincadeira, brinquedos que foi discutido neste trabalho, pois proporcionar a aprendizagem
não somente dos alunos mais dos ouvintes.
Consideramos esse trabalho importante que precisa ser mais discutido, compreendido e ativo
no âmbito educacional. Espera-se que este trabalho venha ser um suporte aos professores,
principalmente aqueles que almejam ter uma prática diferenciada que atenda as necessidades todos
alunos, assim poderá refletir, repensar em sua pratica e assim compreender como poderá utilizar a
ludicidade para os alunos surdos de forma efetiva.
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REFERÊNCIAS
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Camargo de. Adaptação de Jogos e Brincadeiras para Crianças Surdas. Unidade Estatual de
Londrina XVII SEDU- Semana da Educação UEL. Lodrina. 2017.
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https://www2.faccat.br/portal/sites/default/files/A%20IMPORTANCIA%20DO%20LUDICO
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FIORENTINI, Dário. MIORIM, Maria Ângela. Uma reflexão sobre o uso de materiais concretos
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KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 6. ed. São Paulo:
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___________, Tizuko Morchida. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis:
Vozes, 1994.
___________, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 2002.
LULKIN, S. A. Atividades dramáticas com estudantes surdos. In: SKLIAR, C. (Org.) Educação
& Exclusão: abordagens sócio-antropológicas em educação especial. Porto Alegre: Mediação, 2006.
SANTOS, Juliano Soares dos. Aprendizagem lúdica como suporte à educação de crianças
surdas por meio de ambientes interativos. 230f . Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação
em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis,
2012.
Imagens utilizadas.