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Apostila – Administração / Legislação

Índice

Constituição 01
Lei 01
Decreto 01
Portaria 01
Resolução 01
O Direito Acidentário Brasileiro 02
Responsabilidade Civil 07
Responsabilidade Penal 10
Direitos Trabalhistas 10
Organização Sindical 12
Segurança e Higiene de Trabalho 13
Insalubridade 14
Periculosidade 14
Constituição Federal 14
Portaria Nº. 3214 24
FUNDACENTRO 28
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT 29
Organização Internacional do Trabalho – OIT 30
Convenção Relativa à Proteção das Maquinas 47

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INTRODUÇÃO

CONSTITUIÇÃO

Designa o conjunto de regras e preceitos, que se dizem fundamentais,


estabelecidos pela soberania de um povo, para servir de base à sua organização política
e firmar os direitos e deveres de cada um de seus componentes.
Em regra, a constituição é escrita, isto é, formada por um único instrumento, que
contém todas as normas e preceitos, em contraposição à não escrita, que se diz também
costumeira, sendo representada por um conjunto de regras esparsas ou por tradições que
se respeitam.
A constituição pode ser rígida e flexível. Entendendo-se pela segunda, a
constituição pode ser alterada com facilidade, à vontade do legislador como as
constituições não escritas, enquanto a rígida só pode ser alterada em casos especiais,
contando com cláusulas pétreas, imutáveis, encontrando os governantes e poderes
públicos limites às suas atividades públicas e políticas, não se podendo afastar das
normas que lhes foram traçadas.
Em sentido material, a constituição de um país corresponde ao conjunto de
normas e costumes que regem sua organização política, estejam ou não incluídos no
texto constitucional expresso. Nesse sentido (que é o único possível de constituição
costumeira, mas que igualmente se impôs no de constituição escrita), a palavra
constituição não difere da expressão direito constitucional.
Em sentido formal, a constituição é a lei escrita, que contém as mais importantes
normas de direito constitucional do estado. Portanto, os países de constituição
costumeira desconhecem o aspecto formal da constituição.
Dessa observação, pode-se concluir que, a constituição formal ou escrita é
elaborada quase sempre por uma assembléia especial, ou Constituinte, em certos casos,
outorgada por ato do Poder Executivo.

LEI

Lei é a norma geral e abstrata emanada do poder competente e provida de força


obrigatória. É a expressão da vontade geral.
Em sentido formal, a lei é toda disposição de caráter imperativo, emanada da
autoridade a que, no Estado, se reconhece a função legislativa. Em sentido material, lei
é toda disposição imperativa, de caráter geral, que contiver uma regra de direito
objetivo.

Processo legislativo: iniciativa, discussão, votação, sanção ou veto,


promulgação e publicação.

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DECRETO

É a fórmula pela qual o chefe do Poder Executivo expede atos de sua


competência privativa. Normas gerais, como os regulamentos e normas individuais
como o que declara de utilidade pública para desapropriação.

PORTARIA

Denomina todo documento expedido pelos chefes ou superiores hierárquicos de


um estabelecimento ou repartição públicos, para que, por ele transmita aos seus
subordinados as ordens de serviço ou determinações que sejam de sua competência.
As portarias, às vezes, são utilizadas para nomeação, demissão, suspensão,
concessão de benefícios, dispensa de funcionários da administração pública.
Em regra, os atos dessa natureza, de competência de Ministros, são promovidos
por meio de portarias, que, assim se distinguem dos decretos, quando são eles emanados
do poder executivo.

RESOLUÇÃO

É a deliberação ou a determinação. Indica o ato pelo qual a autoridade pública


ou o poder público toma uma decisão, impõe uma ordem ou estabelece uma medida. As
resoluções entendem-se sempre atos de autoridade. E, em regra, dizem respeito a
questões de ordem

administrativa ou regulamentar. É empregada ainda para exprimir deliberação de órgãos


colegiados.
Outros atos da administração pública podem ser emanados através de:
 alvarás, expedidos para autorizações e licenças;
 instruções, que são normas gerais de orientação interna;
 avisos, para prescrever orientações aos órgãos subordinados;
 circulares, para transmitir ordens uniformes a funcionários subordinados;
 ordens de serviço, que são determinações aos subordinados quanto à
maneira de conduzirem determinado serviço;
 pareceres, que são uma forma de manifestação opinativa de um órgão
consultivo;
 ofícios, que são a fórmula para os agentes administrativos se
comunicarem formalmente.

HIERARQUIA DAS LEIS

As leis variam de importância, conforme a natureza da matéria de que se tratam.


Submetem-se a uma hierarquia, ou seja, a uma ordem preferencial de importância, de tal

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forma que o comando de uma lei não pode ser recusado por outra lei de hierarquia
inferior.

Essa hierarquia no Brasil é a seguinte:


 leis constitucionais federais;
 leis ordinárias federais;
 leis constitucionais estaduais;
 leis ordinárias estaduais;
 leis municipais.

Assim, uma lei estadual não pode contrariar os dispositivos de uma lei federal e,
se isso ocorrer, será inaplicável, ressalvados os casos de competência exclusiva do
Estado ou Município.
Uma lei federal estabelece o princípio a ser seguido pelas leis de hierarquia
inferior que a ela devem se incorporar.
Constitucionais são as leis básicas e Ordinárias são as leis derivadas das
constitucionais.

O DIREITO ACIDENTÁRIO BRASIILEIRO

I. Considerações

As primeiras referências aos acidentes do trabalho, remontam à Ordenança


francesa de 1671 que, influenciando o Código Comercial, previu a indenização do
marinheiro que sofresse lesões ou enfermidades durante a viagem.
A infortunística foi introduzida no Brasil pela Lei 3721, de 15 de Janeiro de
1919, daí seguindo uma série de modificações e novas Leis, até chegar-se a atual Lei
8213 de 24 de Julho de 1991.
Diferentemente da Lei 6367/76 que tratava exclusivamente dos acidentes de
trabalho, a Lei 8213/91 (atualizada em 01/08/2001) editou o Plano de Benefícios da
Previdência Social, fazendo nele incluir os benefícios decorrentes dos acidentes do
trabalho, as disposições específicas da infortunística, o processo judicial para cobrança
de beneficio acidentário, normas referente ao ambiente de trabalho e à responsabilidade
civil e criminal, bem como dispositivos trabalhistas relacionados com os acidentes do
trabalho, tudo juntamente com as regras dos benefícios chamados comuns.
A Lei nova assimilou as correntes doutrinárias e as jurisprudências (conjunto de
soluções dadas pelos tribunais superiores às questões de Direito) predominantes na
época de sua edição, no sentido de dar maior proteção ao trabalhador acidentado e ao
seu ambiente de trabalho. Responsabilizou com maior rigor o empregador negligente na
aplicação das normas de segurança e medicina do trabalho. Majorou alguns benefícios
para o acidentado, e até mesmo facilitou o acesso judiciário, quando negado o beneficio
pelo Instituto do Seguro Social – INSS, segurador oficial.

II. Conceito

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Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo
11 da Lei 8213/91, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a

morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho


(art. 19 da Lei 8213/91).
O conceito é bastante amplo e complexo, vindo esmiuçado nos dispositivos
posteriores, que especifica os casos de sua abrangência e restrições, designando os
beneficiários e situações de ocorrência.

Elementos ou nexo de causalidade:

O trabalho é a causa do infortúnio ou, ao menos, com ele está relacionado, seja
diretamente, nos acidentes típicos e nas doenças profissionais ou do trabalho, ou
indiretamente, como nos acidentes de itinerário, nas concausas, atos de terceiros e
outros (definidos adiante), que cause morte ou perda da redução temporária ou
permanente da capacidade de trabalho.
A expressão acidentes do trabalho é bastante ampla, devendo abordar:

a) Acidente típico: que é todo acontecimento súbito, violento, identificável no


tempo, traumatizante, que relacionado com o trabalho, cause morte, perda, ou redução
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

b) Acidente atípico: é conseqüência das condições ambientais do trabalho,


de difícil identificação no tempo, de ocorrência lenta e paulatina, podendo ser:

- doença profissional ou tecnopatia: que é a doença inerente ou peculiar a


determinado ramo de atividade e desencadeada, na maior parte dos casos, pelos agentes
patogênicos relacionados no Anexo II do Regulamento dos Benefícios da Previdência
Social – RBPS (Decreto 3048/99). Geralmente estas doenças têm o nexo de causalidade
presumido, pois decorrem de específicas atividades produtivas, como por exemplo, o
trabalhador mineiro portador de silicose, pois a sílica livre, causadora da doença é
inerente ao seu ramo de atividade.

- doença do trabalho ou mesopatia: assim entendida a resultante de condições


especiais ou excepcionais em que o trabalho é exercido. Nesse caso, deve haver a
investigação do nexo de causalidade, pois qualquer doença que tenha em sua origem
causa relacionada com o trabalho, se enquadra nessa categoria.

É bom salientar que os tribunais têm entendido, e agora a própria Lei 8213/91
(art. 20 § 2º), que a relação de doenças constantes do Decreto 3048/99 tem caráter
meramente exemplificativo, não vinculado à percepção dos benefícios aos casos nela
previstos.
Por outro lado, não se considera doença do trabalho a doença degenerativa, a
inerente a grupo etário, a que não produza incapacidade laborativa, a doença endêmica

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adquirida em região propícia a seu desenvolvimento, salvo se resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.

III. Extensão e abrangência do conceito

O Plano de Benefícios da Previdência Social aborda outros acontecimentos que,


causando a morte, a redução ou a perda da capacidade de trabalho do segurado, são
equiparados, para todos os efeitos, aos acidentes do trabalho. Trata-se de esmiuçamento
do conceito, afim de que não paire duvidas quanto à caracterização acidentária de certos
eventos. São eles:
a) Concausalidade: descrita no inciso I do art. 21 da Lei 8213/91, a concausa
pode ser definida como a circunstância independente e estranha ao acidente, mas a ele
ligada para, em conjunto, causar um resultado final indenizável. Em outros termos, é a
causa não ligada à atividade laboral, porém, soma-se à causa trabalho para dar o
resultado incapacitante final.

Duas causas concorrem para a produção do resultado. Uma ligada ao trabalho, e


outra estranha à atividade.
A chamada Doença de Chagas, ou outra predisposição cardíaca qualquer, pode
não ter alguma relação com o trabalho. Mas, se um esforço físico acima dos limites,
praticado no exercício da atividade de trabalho, venha causar um infarto do miocárdio
neste trabalhador predisposto, o resultado final, morte, por exemplo, é tido como
provocado pelo trabalho e, por isso, indenizável. A concausa pode ser atribuída, neste
caso, à predisposição cardíaca, e a causa trabalho, ao esforço físico.
A concausa pode ser preexistente, como a predisposição cardíaca, a hérnia, a
hemofilia, etc. Pode ser concomitante, no caso de doenças degenerativas ou próprias de
faixa etária. Mesmo sendo excluídas da cobertura acidentária (§ 1º do art. 20 da Lei
8213/91), podem ser indenizadas a título de causa de agravamento, como nos casos da
osteoartrose presbiacusia, diante de microtraumatismo. E supervenientes, como seria o
caso de um trabalhador que tivesse pequeno corte no local de trabalho, e,
posteriormente, noutro local, viesse a contrair o bacilo nicolaier, causando-lhe tétano.
Atraída pela causa acidente, a esta se soma e o resultado final incapacitante é
tido como conseqüência do risco profissional e, como tal, integralmente indenizado.

b) Acidente de itinerário: é o acidente sofrido pelo empregado no percurso da


residência para o trabalho e deste para aquela, ou no percurso do local da refeição ou
volta dela, em itinerário do trabalho.
Vigora o entendimento de que para se configurar o acidente “in intinere”, dois
requisitos se impõem: a compatibilidade do horário e habitualidade do trajeto para o
trabalho.
O desvio de trajeto, desde que dentro dos requisitos acima, tem sido coberto pelo
seguro de acidentes do trabalho. Há que prevalecer ainda o elemento moral justificante.
Se o desvio é feito para comprar o leite das crianças, justifica-se; situação adversa
ocorre quando o desvio é feito para ingerir bebida alcoólica.

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O acidente deve ter como causa o trajeto e não uma causa estranha, como uma
briga ou um súbito ataque do coração.

c) Atos de terceiro: a lei previdenciária elenca outras hipóteses em que o nexo


causal se define pelo simples fato do acidente ter ocorrido no local e no horário de
trabalho. Em primeiro lugar, os atos de terceiros que podem ou não estar relacionados
com o trabalho, mas, são considerados infortúnios laborais em face de elementos de
territorialidade e temporalidade. Por local e horário de trabalho deve-se compreender
todo serviço em favor do empregador, abrangendo não só o estabelecimento da empresa
e horário normal de trabalho, como também o trabalho em logradouros ou outros locais
a serviço da empresa, e as horas extraordinárias porventura trabalhadas pelo empregado.
São atos de terceiros:
- ato de agressão, sabotagem e terrorismo praticado por terceiro ou companheiro
de trabalho;
- ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada com o trabalho;
- ato de imprudência, de negligencia ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;

- ato de pessoa privada do uso da razão;


- desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior (art. 21, II da Lei 8213/91).

d) A doença proveniente de contaminação acidental: existem atividades que


lidam com agentes e produtos que, se não tomadas especiais precauções, podem
contaminar seus trabalhadores de forma abrupta. Diferentemente da doença profissional,
que afeta o empregado lentamente, sem momento identificável no tempo, a doença
proveniente de contaminação acidental nasce de um fato súbito e fortuito e algumas
vezes de um desastre. Quis o legislador acobertar o médico que lida com doenças
infecto-contagiosas ou o contágio por produtos radioativos, por exemplo.

e) Outras hipóteses: ainda que fora do local de trabalho, a lei aborda outras
hipóteses, igualmente consideradas acidentes do trabalho. São elas:

- na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;


- na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito;
- em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por
esta, dentro de seus planos, para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade
do segurado.

Como no caso do acidente de itinerário, as ocorrências acima estão relacionadas


com o trabalho, pois, de qualquer forma, o trabalhador não está servindo a si próprio,

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mas sim, a seu empregador, mesmo que seja o caso de estudo, pois, para capacitação de
mão-de-obra o mesmo vem a beneficiar a empresa.

IV. Comunicação do acidente

Todo acidente do trabalho deve ser comunicado à Previdência Social até o


primeiro dia útil seguinte ao da sua ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente (Delegado de Polícia).
A comunicação é dever da empresa. Sua omissão acarreta a imposição de multa
variável entre o limite mínimo e limite máximo do trabalho do salário de contribuição,
aplicada e cobrada pela Previdência Social.
Deixando o empregador de comunicar o acidente, pode fazê-la o próprio
acidentado, o sindicato da categoria, os dependentes do acidentado, o médico que o
assistiu ou qualquer autoridade pública.
A empresa deve ainda fornecer copia da comunicação ao acidentado e ao
sindicato correspondente à sua categoria.

V. Beneficiários

Os beneficiários previdenciários decorrentes dos acidentes do trabalho aplicam-


se ao:
a) Empregado, assim entendido aquele que presta serviço de natureza
urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante
remuneração inclusive como diretor empregado;
b) Trabalhador temporário, aquele que presta serviço para atender a
necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo
extraordinário de serviço de outras empresas;
c) O trabalhador avulso, entendido por aquele que presta, a diversas
empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural;
d) O segurado especial, o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário
rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal e o assemelhado, que exerçam suas atividades
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual
de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de
14 anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com um grupo
familiar respectivo;

e) O empregado brasileiro ou estrangeiro que prestar serviço no exterior em


empresa nacional ou o brasileiro que prestar serviço em repartição oficial no exterior;
f) O presidiário que exerça trabalho remunerado.

Assim, estão excluídos da proteção acidentária, o trabalhador doméstico, o


trabalhador autônomo, o empresário ou sócio de firma urbana ou rural, o médico
residente, o bolsista, estagiário e os servidores civis ou militares da União, Estados e
Municípios e Distrito Federal.

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VI. Dos benefícios

Somente são indenizáveis os acidentes do trabalho que provocam no trabalhador


uma seqüela que, temporária ou definitivamente, o incapacita total ou parcialmente para
o trabalho.
Deste modo, as prestações devidas pelos acidentes do trabalho estão
relacionadas aos tipos de incapacidades acarretadas pelos infortúnios, levando-se em
conta seu aspecto temporal – incapacidade temporária ou permanente, e a sua medida –
incapacidade total ou parcial.

O afastamento temporário determina o pagamento do benefício denominado


auxílio doença, único com duração imediata, pois permanece somente enquanto o
trabalhador estiver afastado para tratamento das lesões resultantes do acidente. O
pagamento dos quinze primeiros dias do afastamento está a cargo do empregador. A
partir do décimo sexto dia, a responsabilidade se transfere para a previdência social (art.
59 e art. 60, § 3º da Lei 8213/91).
Consolidadas as lesões, o acidentado é periciado. Sobrevindo-lhe seqüelas
definitivas que provocam a redução ou perda permanente de sua capacidade para o
trabalho, passará a receber o auxilio acidente, ou a aposentadoria por invalidez
acidentária, benefícios vitalícios. Em caso de morte, à viúva é devida a pensão por
morte acidentária.
Nos casos de aposentadoria por invalidez e morte acidentárias, ao segurado ou
dependente é devido o pagamento de um pecúlio que, no caso de aposentadoria,
representa um pagamento único de 75% do limite máximo do salário de contribuição e
no caso de morte, 150% desse mesmo limite.
O valor do benefício acidentário normalmente é calculado com base no salário
de benefício do segurado e independente de qualquer prazo de carência (art. 26, I e II da
Lei 8213/91).
Por sua vez, o § 4º do art. 201 da Constituição Federal, dispõe que “os ganhos
habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de
contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios”.
O salário de contribuição vem definido no art. 214 do Decreto 3048 de 06/05/99
que aprova o regulamento da Previdência Social:
Corresponde, assim, aquilo que efetivamente constitui a remuneração habitual
do empregado.
O salário de contribuição é limitado pelo Regulamento da Previdência Social –
Artigo 28 da Lei 8.12/91 – não pode ser inferior a um salário mínimo, ou a remuneração
legal do menor aprendiz (1/2 ou 2/3 do salário mínimo – art. 80 da CLT), nem superior
a CR$ 170.000,00 (reajustados na forma do reajuste dos benefícios), o que lhe deixa
numa situação próxima a 10 salários mínimos.

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O salário de benefício, pela definição do art. 29 da Lei 8213/91, “consiste
aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição dos meses
imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do
requerimento, até máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48
(quarenta e oito) meses”.

Por esta regra, considera-se o período básico para o cálculo as 36 últimas


contribuições anteriores ao dia do afastamento do trabalho ou da data da entrada do
requerimento do benefício, se o segurado possui os 36 salários de contribuição
consecutivos. Se não os tem, devem-se apurar os salários de contribuição dos últimos 48
meses, até chegar aos 36 salários de contribuição. Se ainda dentre destes quatro anos
não se apurar 36 salários, valerá o número de mensalidades ate o mínimo de 24. Abaixo
deste número, os salários de contribuição serão corrigidos e divididos por 24, para
cálculo do salário de benefício.
A contribuição do segurado especial (produtor rural em regime de economia
familiar, garimpeiro, pescador artesanais e assemelhados) é obrigatória na alíquota de
3% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção (art.25 da Lei
8212/91). E é facultativa, incidindo conforme a tabela do art. 25, § 1º da Lei 8212/91,
entre o limite mínimo e máximo do salário de contribuição. No segundo caso, seu
salário de contribuição é expresso. Porém, quando a contribuição do segurado especial
se dá somente com base na receita de sua produção, inexiste propriamente um salário de
contribuição, pelo que seu benefício terá por calculo o valor do salário mínimo (art. 39,
II da Lei 8213/91).

VII. Quadro dos benefícios da Lei 8213/91

1 – Benefício devido por incapacidade total e temporária:


Auxílio doença: devido ao segurado que se incapacitar temporariamente para o
trabalho, a partir do 16º dia de seu afastamento. Se dá quando o acidentado está afastado
para tratamento ou diagnóstico. Valor: 91% do salário de benefício vigente no dia do
acidente.

2 – Benefício devido por incapacidade parcial e permanente:

Auxílio-acidente: devido ao segurado, quando, após a consolidação das lesões


decorrentes de acidente de qualquer natureza que impliquem na capacidade funcional
(art. 86). Valor: benefício mensal e vitalício correspondente a 50% do salário-de-
benefício do acidentado.

3 – Benefício devido por incapacidade total e permanente:

Aposentadoria por invalidez acidentaria: ocorre quando o segurado, em


decorrência do acidente, não tem mais condições de exercer qualquer tipo de atividade.
Valor: 100% do salário-de-benefício (art. 44, “b”).

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Pecúlio por invalidez: devido ao acidentado que se invalidar para o trabalho, no
valor de 75% do limite máximo do salário de contribuição (art. 83).

Pensão por morte acidentária: quando ocorre a morte do segurado por


acidente do trabalho. Valor: pagamento à (ao) viúva (o) ou dependentes de 100% do
salário-de-benefício (art. 75, letra “b”).

4 – Abono Anual:
É devido ao segurado ou dependente que, durante um ano recebeu auxílio-
doença, auxílio-acidente, aposentadoria ou pensão por morte, com pagamento no mês de
Dezembro de cada ano, sendo equivalente ao 13º salário dos trabalhadores.

Responsabilidade Civil

I – Fundamentos da Reparação Acidentária

A partir da Revolução Industrial, quando se iniciou o trabalho industrializado em


grande escala, as sociedades se aperceberam do problema que representam os acidentes
do trabalho, ocorridos em larga escala desde aquela época, buscando fórmulas para
reparar suas conseqüências, altamente prejudiciais para o trabalhador e para a
sociedade.
Primeiramente a reparação acidentária assentou-se teoria da responsabilidade
subjetiva, fazendo com que o empregador fosse obrigado a indenizar os acidentes do
trabalho toda vez que agisse com culpa na caracterização do infortúnio. Nesse sentido, a
culpa, a ser demonstrada pelo trabalhador acidentado, recai na falta de adoção pelo
empregador, as cautelas e diligências necessárias e devidas no sentido de evitar que o
infortúnio laboral viesse a ocorrer (Tupinambá Miguel Castro do Nascimento – Curso
de Direito Infortunístico, 3ª ed. pág. 21 – Sérgio António Fabris Editor, 1992).
Verificou-se que esse sistema de reparação não logrou êxito, pois deixava os
trabalhadores acidentados sem a indenização devida, quando sua condição de
inferioridade frente ao poderoso patrão, impossibilitava que o mesmo demonstrasse a
culpa do empresário, fazendo com que muitas vítimas de acidentes do trabalho
deixassem de perceber a indenização devida.
Assim, ficava sem indenização todo acidente em que a conduta culposa omissiva
do empregador não restasse comprovada, bem como acidentes decorrentes de caso
fortuito ou forca maior.
A partir dessa constatação duas teorias apareceram para dar fundamento à
reparação pecuniária pelos acidentes do trabalho. O risco profissional e o risco social.
Por risco profissional devem-se compreender os fatos que, pelo exercício do
trabalho, possam trazer prejuízo para a capacidade laborativa do trabalhador, deixando-
o parcial ou totalmente inapto para o trabalho. Por essa teoria, devem os empregadores
responder objetivamente pelos encargos decorrentes dos acidentes do trabalho, pois, se
pelo trabalho de seus subordinados têm lucros e proveitos, devem, consequentemente,
suportar os riscos inerentes à própria atividade.
Nessa esteira nasceram as primeiras leis acidentárias fazendo com que as
empresas contratassem seguradoras privadas para a cobertura dos eventos acidentários.

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O pagamento do seguro era tarifado conforme tabela previamente estabelecida pela lei,
que relacionava os diversos danos possíveis ao pagamento de uma única e determinada
quantia.
Essa forma de indenização mostrou-se insuficiente, vez que a soma recebida só
garantia as necessidades do acidentado enquanto durasse.

Tupinambá Miguel Castro do Nascimento assevera que “o fato de se lhe pagar


uma quantia relativamente vultosa tornava-o um suficiente econômico durante algum
tempo. Porém, o homem brasileiro não tinha o hábito da poupança e do investimento.
Isto equivale a dizer que a quantia representativa da indenização em pouco tempo era
gasta e, pouco depois, a miséria voltava como grande problema individual e social.
Impunha-se portando, uma solução mais justa que enfrentasse o problema da
indenização no presente sem se olvidar do futuro” (ob. citada, pág. 23).
Assim nasceu a teoria do risco social tirando dos empregados a exclusividade
pela indenização acidentária. As reparações foram englobadas pelo seguro social, do
qual participa toda a sociedade, que passou a cobrir não só as prestações previdenciárias
comuns, como também aquelas decorrentes dos acidentes do trabalho.
O seguro acidente do trabalho foi, portanto, transferido para a Previdência
Social, que detém seu monopólio, transferindo em benefícios acidentários, contribuição
especifica arrecada das empresas. O Plano de Custeio da Previdência Social determina
que as empresas devem recolher 1 a 3% (um a três por cento) sobre a folha de
pagamento de seus empregados, conforme o grau de risco das mesmas (pequeno, médio
e grande), para cobrir o seguro acidente do trabalho (art. 22, II da Lei 8212/91).

II – O Seguro Social no Brasil

Ultrapassada a etapa anterior, onde de maneira bastante rápida tentou se


demonstrar a evolução da proteção acidentária encontrada na maioria dos países, é hora
de alguns comentários sobre o atual estágio, onde o art. 7º, XXVII da Constituição
Federal de 1988 constitui a diretriz básica da proteção acidentaria no Brasil.
Diz o dispositivo:
“São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: ... Seguro acidente do trabalho a cargo do empregador,
sem excluir a indenização a que esta obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.”
Em comentário ao dispositivo supra, Rubens Camargo Mello (Acidentes do
Trabalho – Saraiva, 1990, pág. 12) coloca como propriedade que “desse mandamento
constitucional, patenteiam-se dois comandos facilmente percebíveis”:

a) a questão do custeio da previdência social e da cumulatividade das


obrigações acidentárias;
b) a relativa à responsabilidade civil, além da eliminação da gradação do
elemento culpa.

Com efeito, a expressão “a cargo do empregador”, entre vírgulas e de prosaico


destaque, elimina qualquer dúvida a respeito do custeio da previdência. É evidente e

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indubitável que está sempre a cargo do empregador, razão pela qual o INSS não mais
pode retirar recursos do caixa geral para indenização acidentaria. Portando, o custeio do
seguro de acidente do trabalho passou para a exclusiva responsabilidade do empregador.
Com base no esclarecimento acima, pode-se afirmar que a Constituição adotou a
teoria do risco profissional, ao entendimento que, sendo os acidentes do trabalho
conseqüência do próprio risco da exploração de atividades lucrativas, devem ser

suportados pelo beneficiário diretos da atividade, ou seja, os empregadores, impondo


aos mesmos o pagamento do seguro, e a responsabilidade civil, em caso de culpa na
caracterização do acidente.
Porém, com a edição do Plano de Custeio da Previdência Social – Lei 8212, de
24/07/91, a situação foi modificada. O art. 22, II determinou que o custeio do seguro
acidentes do trabalho se dê com o pagamento de alíquotas fixas (1 a 3% sobre a folha de
pagamento) sem considerar o maior ou menor número de acidentes. Assim, se num ano
o recolhimento do seguro foi suficiente para o custeio dos acidentes, noutro o
recolhimento pode ser insuficiente, fazendo com que a Previdência Social desembolse
recursos outros para o pagamento das indenizações.
Assim o estabelecido na Constituição, se não modificada a Lei
Regulamentadora, pelo menos teve interpretação própria, fazendo adotar o risco social
pelo menos de modo virtual.
A Lei 8212/91 poderia ter deixado a fixação do seguro para seu Decreto
Regulamentador (Decreto 611 de 21/07/92), fazendo com que seu valor fosse
modificado toda vez que houvesse necessidade, o que funcionaria como um incentivo
para as empresas investirem em segurança no trabalho, pois menor o número de
acidentes, menor o valor do seguro.

III – Teoria da Culpa – Conceito, Elementos, Modalidade e Graus.


Define o art. 159 do Código Civil que “aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano”.
A culpa é o principal pressuposto da responsabilidade. E, agir com culpa,
significa atuar o agente em termos de, pessoalmente, merecer censura ou reprovação do
Direito, podendo ou devendo agir de outro modo.
Constitui elemento da culpa a previsibilidade de um resultado danoso a terceiros,
previsibilidade exigível do homem ideal, que diligentemente prevê o mal e
precavidamente evita o perigo.

Dolo e culpa

O dolo é a atuação, o comportamento deliberado de produzir um resultado ou a


infração de uma norma com a consciência do resultado danoso.
A culpa constitui a violação de um dever sem a consciência de causar dano. E
normalmente prática por imprudência, negligência ou imperícia.

Negligência: desatenção falta de cuidado ou de precaução, omissão ou


inobservância de dever.

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Imprudência: imprevisão do agente em relação às conseqüências de seu ato ou
ação, quando devia ou podia prevê-las.
Imperícia: falta de prática ou ausência de conhecimento, que se mostra
necessário para o exercício de uma profissão ou arte.

Graus de culpa

Grave: imprópria ao comum dos homens. É a modalidade que mais de avizinha


do dolo. E a violação mais seria do dever de diligência que se exige do homem
mediano.

Leve: É a falta evitável com atenção ordinária.

Levíssima: É a falta só evitável com atenção extraordinária, com especial


habilidade ou conhecimento singular.

O código civil, entretanto, não faz nenhuma distinção entre dolo e culpa, nem
entre os graus de culpa, para fins de reparação ou dano. Tenha o agente agido com dolo
ou culpa levíssima, existirá sempre a obrigação de indenizar. Obrigação esta que será
calculada exclusivamente sobre a extensão do dano.

Solidariedade

Art. 1521 do Código Civil: “são também responsáveis pela reparação civil: III, o
patrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do
trabalho que lhes competir, ou por ocasião dele”.

Ambiente de trabalho e ação civil pública

Ver Lei 7347/85

Jurisprudência

“A indenização previdenciária não exclui a devido por ato ilícito e são


perfeitamente cumuláveis, posto que diversas e de origens diferentes: a primeira oriunda
de contribuições do INSS e a segunda derivada de obrigação de direito comum (Ap.
Cível, n 26338 – TAMG).”

“Quando o empregador dá causa ao acidente por desprezo às regras


indispensáveis de segurança do trabalho, incide em responsabilidade civil comum, sem
prejuízo da reparação previdenciária do seguro de acidente do trabalho.” (Ap. 70481 –
TJMG)”.

Responsabilidade Penal

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Na esfera penal, o primeiro dispositivo a se considerar é o artigo 132 do Código


Penal. A interligação entre o crime de “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo
diretor e iminente” e os acidentes do trabalho, remonta à própria exposição de motivos
do Código Penal de 1.940, quando esclarecia que o dispositivo em questão visava
prevenir os inúmeros acidentes ocorridos naquela época, na construção civil.

Ainda segundo a mesma exposição de motivos “o exemplo mais freqüente e


típico dessa espécie criminal é o caso empreiteiro que, para poupar-se ao dispêndio com
medidas técnicas de prudência na execução da obra, expõe o operário ao risco de grave
acidente”.

Compensação de culpa: a alegação de que a vítima agiu com culpa não tem
guarida no Direito Penal, pois a culpa concorrente não elimina a responsabilidade do
acusado.

Homicídio culposo: (art. 121, § 3º do Código Penal):


“Não existindo no local de trabalho a necessária segurança, resultando, em
decorrência, morte de operário, ao administrador da obra será imputado o delito do
artigo 121 § 3º do Código Penal” (RJTAMG – 21/360).
“Ingestão de tóxico de inseticida aplicado na lavoura – trabalho executado sem
proteção à saúde dos empregados – culpa”.

Artigo 19 § 2º da Lei 8213/91: “Constitui contravenção penal, punível com


multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho”.

Direitos Trabalhistas

I – O artigo 7º da Constituição Federal elenca os direitos básicos dos


trabalhadores urbanos e rurais, deixando ao legislador ordinário a liberdade de editar
outros que visem a melhoria de sua condição social.
II – O primeiro princípio proclamado no art. 7º é a efetiva igualdade entre os
trabalhadores urbanos e rurais perante a lei, proibindo, conseqüentemente, qualquer tipo
de discriminação a prejudicar uma das categorias.
III – A constituição estabelece os seguintes direitos aos trabalhadores:
1) Proteção contra despedida arbitrária: cria a indenização ao trabalhador
para amparar a rescisão de contrato de trabalho sem justa causa, ver FGTS – (art. 7º, I).
2) Estabelece o seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário: é
custeado pelos recursos arrecadados pelo PIS-PASEP (art. 239 da Constituição Federal)
– As parcelas do seguro-desemprego a que tem direito o trabalhador está vinculado ao
período aquisitivo (nº. de contribuições) na Lei 8900/94 art. 2º.
3) FGTS: a nova constituição aboliu o instituto da estabilidade no emprego
e colocou em seu lugar a indenização compensatória.
Valor: 8% da remuneração paga ao empregado, em conta vinculada em nome deste,
com juros de 3% ao ano.
4) Salário mínimo: todos os países asseguram aos trabalhadores.

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Segundo a OIT, sua fixação deve levar em conta:
a. as necessidades dos trabalhadores e suas famílias
b. o nível geral dos salários no país
c. o custo de vida e suas variações
d. as contribuições para a seguridade social
e. o nível de vida relativo de outros grupos sociais

f. os fatores econômicos, incluídas as exigências do


desenvolvimento econômico, a produtividade e a conveniência de
alcançar e manter um alto nível de emprego.

5) Piso salarial: designa a menor remuneração permitida em uma dada


categoria profissional ou, o que não é muito freqüente, numa empresa ou num grupo
deles (acordo coletivo de trabalho).
6) Irredutibilidade de salário: em princípio, permitindo a redução salarial, se
autorizada em convenção ou acordo coletivo firmado com o Sindicato representativo
dos trabalhadores.
7) Garantia do Salário Mínimo: em caso de remuneração variável, o
empregado faz jus, pelo mesmo, ao salário mínimo. Chama-se remuneração variável
aquele salário cuja expressão monetária não é fixa porque integrado de comissões ou
baseado na produtividade do trabalho (peças).
8) 13º Salário: com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria.
9) Remuneração do trabalho noturno superior a do turno: considera-se
trabalho noturno o realizado entre as 22h00min de um dia e as 05h00min do dia
seguinte. A hora noturna é computada a cada 52 minutos e 30 segundos.
10) Constitui crime a retenção dolosa do salário: necessita de
regulamentação.
11) Participação nos lucros: hoje o acordo coletivo é a única forma capaz de
cuidar da participação nos lucros da empresa. A norma constitucional estabelece que a
divisão de lucros não poderá ter natureza salarial.
12) Salário família: incentivo à família, pago por dependente.
13) Duração do trabalho: 8 horas diárias e 44 semanais.
14) Jornada reduzida: seis horas para o trabalho em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva. Visa criar maior número de empregos no país,
a fim de se absorver o excesso de mão-de-obra. Turnos ininterruptos indicam grupos de
trabalhadores que se revezam.
15) Repouso semanal remunerado: dispõe que todo trabalhador, no curso de
cada período de 7 dias, deve ter um descanso que compreenda, no mínimo, vinte e
quatro horas consecutivas, descanso que, sempre que possível, deve coincidir com o
domingo.
16) Hora extraordinária: no mínimo, em 50% da hora normal. No domingo e
feriados, 100% da hora normal.
17) Férias: anuais, pagando-se um terço a mais do que o salário normal.

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18) Licença maternidade: com duração de 120 dias. O art. 10 das Disposições
Constitucionais Transitórias veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada
gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.
19) Licença paternidade: o § 1º do art. 10 das Disposições Constitucionais
Transitórias estabelece o prazo de 5 dias para a licença.
20) Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei: depende de regulamentação.

21) Aviso prévio: reduz a jornada de trabalho do empregado a ser demitido,


em duas horas, durante 30 dias.
22) Segurança e medicina do trabalho: redução dos riscos inerentes ao
trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. Na constituição Italiana:
“não se admite o desenvolvimento da economia privada à custa da saúde do
trabalhador”.
A Convenção n.º 55 da OIT estabelece que deve a legislação nacional prever a
possibilidade de o empregado abandonar o serviço se estiver razoavelmente convencido
de que ele poderá provocar doença ou expô-lo a perigo grave e eminente para sua vida
(art. 13). No art. 14 recomenda que nos currículos de todos os cursos (primário,
secundário e superior) devam ser abordadas matérias relacionadas com a higiene e
segurança do trabalho.
23) Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas: ainda dependendo de regulamentação. Inova quando cria o adicional de
penosidade e estabelece a remuneração do trabalhador como base de calculo para o
adicional.
24) Aposentadoria.
25) Assistência aos filhos dos empregados: o art. 400 da CLT determina aos
empresários a reservar de um local destinado a guarda dos filhos dos operários, durante
o período de amamentação, local que deve possuir no mínimo, um berçário, uma saleta
de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária.
Para estabelecimentos que abriguem mais de 30 mulheres com mais de 16 anos,
é obrigatória a existência de creches.
26) Das Convenções e acordos coletivos: o Brasil ratificou a Convenção nº.
98 da OIT, cujo art. 4 tem a seguinte redação: “Deverão ser tomadas, se necessário for,
medidas apropriadas para fomentar e promover o pleno desenvolvimento e utilização
de meios de negociação voluntária entre empregados e organizações de trabalhadores,
com o objetivo de regular, por meio de convenções, os termos e condições de
emprego”.
27) Proteção em face de automação na forma da lei: ainda dependente de
regulamentação. Três medidas devem surgir:
a) O empregado, cujos serviços se tornarem dispensáveis, deverá ser
indenizado como se tratasse de despedida sem justa causa.
b) Determinar o Poder Público que organize centros de reabilitação
profissional.
c) Implantar, no país, o seguro-desemprego em bases mais generosas que as
atuais e decorrentes de disposições do Decreto Lei nº. 2284/86.

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28) “Seguro contra acidente do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir
a indenização a que este está obrigado quando incorrer em dolo ou culpa”. A
cumulatividade de indenização é admitida expressamente pela nova constituição e é
exigível desde logo, uma vez que, o direito anterior oferece aos interessados todos os
recursos processuais para competir o empregador a pagar ao acidentado a indenização
regulada pelo Código Civil, nos casos em que ficar provada sua culpa ou dolo.
29) Prescrição das ações trabalhistas:

a) Cinco anos para o trabalhador urbano até o limite de dois anos após a
extinção do contrato.
b) Até dois anos após a extinção do contrato, para o trabalhador rural.
30) Proibição de diferença de salário, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. Estabelece a igualdade de
remuneração entre sexos e trabalhadores com mesma função.
31) Deficiente físico: proíbe-se a discriminação no tocante a salário e
critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência.
O artigo 93 da Lei 8213/91 determina um nº. mínimo de trabalhadores
portadores de deficiência nos quadros das empresas.
32) Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual entre
os profissionais respectivos: a norma é dirigida ao legislador ordinário, que fica, por
isso, impossibilitado de editar normas concedendo tratamento diferenciado aos
executores de trabalho manual, técnico ou intelectual. Todos deverão ter as mesmas
garantias da legislação do trabalho.
33) Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 18 e
de qualquer trabalho a menores de 14 anos, salvo na condição de aprendiz.
34) Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso: trabalhadores avulsos são os que prestam serviços
na orla marítima trabalhando sem vínculo empregatício para várias empresas
(tomadores de serviço) que requisitam esse serviço à entidade fornecedor de mão-de-
obra (sindicato) sejam ou não sindicalizados. Incluem-se os trabalhadores ensacadores
de café, os chapas de caminhão, etc.
35) Trabalho doméstico: são assegurados à categoria dos trabalhadores
domésticos dos direitos previstos nos nº.s 4, 6, 7, 15, 17, 18, 19, 21 e 24, da
Constituição Federal, bem como integração na Previdência Social.

Organização Sindical

O art. 8º da Constituição Federal assegura a livre organização sindical,


observando que:
a) “a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de
sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
Público a interferência e a intervenção na organização sindical”.
b) definiu a unidade sindical, por base e categoria de trabalhadores,
vedando a criação de mais de uma organização sindical representativa de

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categoria profissional na mesma base territorial, não podendo ser inferior
à base de um Município.
c) “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou
administrativas.”
d) estabeleceu a contribuição sindical, fixada em assembléia geral da
categoria.
e) confirmou a liberdade de o trabalhador sindicalizar-se ou manter-se
sindicalizado.

f) obrigou os sindicatos a participarem das negociações coletivas de


trabalho.
g) “o aposentado filiado tem direito de votar e ser votado nas organizações
sindicais”.
h) estabeleceu a estabilidade para o dirigente sindical, a partir do registro de
sua candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito,
ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer
falta grave.

O direito de greve foi assegurado a nível constitucional, competindo os


trabalhadores decidirem sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que
devam por meio dele defender, definindo a Lei 7783/89 as atividades essenciais e sobre
o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

Segurança e Higiene do Trabalho

Segurança do trabalho é o conjunto de medidas que versam sobre as condições


específicas de instalação do estabelecimento e de suas máquinas, visando à garantia do
trabalhador contra a natural exposição aos riscos inerentes à prática da atividade
profissional.
Higiene do trabalho ou higiene industrial considera-se a aplicação dos
sistemas e princípios que a medicina estabelece para proteger o trabalhador, prevendo
ativamente os perigos que, para a saúde física ou psíquica, se originam do trabalho. A
eliminação dos agentes nocivos em relação ao trabalhador constitui o objeto principal da
higiene laboral.
São fontes informativas da segurança e higiene no trabalho o art. 7º item XXII
da Constituição Federal e o Capítulo V do Título II da CLT com redação dada pela Lei
6514/77, que reúne as normas fundamentais.
A complexidade e a extensão da matéria levaram o Poder Executivo a disciplina-
las por meio das Normas Regulamentadoras (NRs), aprovadas pela Portaria 3214/78.

Alguns aspectos podem ser destacados:

a) A fiscalização pela observância das normas pertence às Delegacias


Regionais do Trabalho, abrangendo o poder de impor autuações e multas, assegurando o

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direito de recurso aos atingidos. Além dessas atribuições, as Delegacias podem
embargar obras edificadas sem o cumprimento das exigências legais acima apontadas.

b) As empresas são obrigadas a cumprir e fazer cumprir as normas de


segurança e higiene do trabalho. Por isso podem expedir instruções gerais aos seus
empregados, quanto às precauções que devem tomar, no sentido de evitar acidentes do
trabalho ou doenças profissionais.

c) Os empregados, por sua vez, são obrigados a cumprir as ordens da


empresa, constituindo ato faltoso a recusa injustificada do trabalhador, tanto em

obedecer às normas gerais ou pessoais, como as determinações para uso de equipamento


de proteção.

d) Com base no CNAE – Código Nacional de Atividade Econômica – e no


nº. de funcionários, ficam as empresas obrigadas a constituir CIPA. A CIPA é integrada
por representantes dos empregados, eleitos em escrutínio secreto e de representantes
indicados pelo empregador. O mandato dos membros é de 1 ano, admitida à reeleição.
Os empregados integrantes da CIPA (eleitos) têm estabilidade no emprego.

e) O exame médico, que é obrigatório, por conta do empregador, será


renovado anualmente, porém, nas atividades com insalubridade, de seis em seis meses.
Por ocasião da admissão e da cessação do contrato de trabalho o exame médico
igualmente se faz obrigatório.
f) A empresa é obrigada a fornecer, gratuitamente, os EPI’s conservados e
em funcionamento.

g) Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à


prestação de primeiros socorros médicos.

h) É obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em


virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita.

i) Multas: infrações quanto às normas de medicina, multas entre 1 a 30


vezes o salário mínimo de referencia – Lei 6205/75; e quanto às normas de segurança,
de 5 a 50 vezes o mesmo valor – CLT, art. 201.

j) O Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho encontra-se


disciplinado na NR 4, da Portaria 3214/78, onde é relacionado, em quadro, o nº. de
profissionais por grau de risco e nº. de trabalhadores da empresa.

Insalubridade

São consideradas atividades de operações insalubres aquelas que, por sua


natureza, condição ou métodos de trabalho, expõem os empregados a agentes nocivos à

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saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente, e do tempo de exposição aos seus efeitos.
O trabalho insalubre dá ao empregado o direito a um acréscimo salarial,
conforme a NR –1 5, de 10, 20 ou 40% sobre o salário mínimo. A Constituição Federal
(art. 7, IV) proibiu a vinculação de pagamentos ao salário mínimo. Uma solução
possível é o cálculo sobre os pisos salariais da categoria.

Periculosidade

São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua


natureza ou métodos de trabalho, impliquem no contato permanente com inflamáveis ou
explosivos, em condições de risco acentuado (CLI, art. 193). O adicional de
periculosidade foi estendido a alguns tipos de atividades, como a energia elétrica (Lei
7369/85) e o trabalho com radiações ionizantes (Portaria 3393/97).
O trabalho nessas condições dá ao empregado o direito adicional de
periculosidade, cujo valor é 30% sobre o salário contratual, sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa (CLT, art.
193, § 1).
Assim, muito embora o adicional não seja calculado sobre gratificações, o será
sobre o 13º salário. É também pago na remuneração das férias, repousos, etc.

Constituição Federal

Capítulo II – dos Direitos Sociais

Art 6º - são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a


segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência
aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º - são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social.
XXII – Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIII – Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma de lei;
XXVIII – Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este esta obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

Art. 10º - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º,
I, da Constituição:

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II – fica vedada a dispensa arbitraria ou sem justa causa:


a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um
ano após o final de seu mandato;

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

Lei nº 6514, de 22 de dezembro de 1977

Altera o capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo


à Segurança e Medicina do Trabalho.
O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho,


aprovada pelo Decreto – lei nº. 5.452 de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com a
seguinte redação:

Capítulo V - da Segurança e Medicina do Trabalho

Seção I Disposições Gerais


Seção II Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição
Seção III Dos Órgãos de Segurança e Medicina do Trabalho nas Empresas
Seção IV Do Equipamento de Proteção Individual
Seção V Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho
Seção VI Das Edificações
Seção VII Da Iluminação
Seção VIII Do Conforto Térmico
Seção IX Das Instalações Elétricas
Seção X Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Seção XI Das Máquinas e Equipamentos
Seção XII Das Caldeiras, Fornos e Recipientes sob Pressão
Seção XIII Das Atividades Insalubres ou Perigosas
Seção XIV Da Prevenção da Fadiga
Seção XV Das Outras Medidas Especiais de Proteção
Seção XVI Das Penalidades

Seção I – Disposições Gerais

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Art. 154 – A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste


Capítulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com
relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos
Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como
daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho.

Art. 155 – Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de


segurança e medicina do trabalho:

I – estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos


preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
II – coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais
atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território
nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho.
III – conhecer, em última instância, dos recursos, voluntário ou de oficio, das
decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e
medicina do trabalho.

Art. 156 – Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos


limites de sua jurisdição:

I – promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e


medicina do trabalho;

II – adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste


Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam
necessárias;

III – impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constante


deste Capítulo, nos termos do art. 201.

Art. 157 – Cabe às empresas:

I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II – instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a


tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

III – adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional
competente;

IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

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Art. 158 – Cabe aos empregados:

I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as


instruções de que trata o item II do artigo anterior;

II – colaborar com a empresa aplicação dos dispositivos deste Capítulo.


Parágrafo Único

Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:


a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do
item II do artigo anterior;

b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela


empresa.

Art. 159 – Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser
delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização
ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste
Capítulo.

Seção II – da Inspeção prévia e do embargo ou interdição

Art. 160 – Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia
inspeção e aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente
em matéria de segurança e medicina do trabalho.

§ 1º) Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas
instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar,
prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho.

§ 2º) É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia


Regional do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações.

Art. 161 – O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço


competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar o
estabelecimento, setor de serviço, maquina ou equipamento, ou embargar obra;
indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência existir, as providências
que deverão ser adotadas para a prevenção de infortúnios de trabalho.

§ 1º) As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às


medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.

§ 2º) A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente


da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por
entidade sindical.

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§ 3º) Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessado
recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em
matéria de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito
suspensivo ao recurso.

§ 4º) Responderão por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem,
após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de maquina ou equipamento, ou
o prosseguimento de obra, se, em conseqüência, resultarem danos a terceiros.

§ 5º) O Delegado Regional do Trabalho, independente de recursos, e após laudo


técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição.

§ 6º) Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou


embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.

Seção III – dos órgãos de segurança e de medicina do trabalho nas


empresas

Art. 162 – As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo


Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em
segurança e em medicina do trabalho.

Parágrafo único
As normas a que se refere este artigo estabelecerão:

a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a


natureza do risco de suas atividades;
b) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada
empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma alínea
anterior;
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime
de trabalho;
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em
segurança e em medicina do trabalho, nas empresas.

Art. 163 – Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério
do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obras nelas especificadas.

Parágrafo único
O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o
funcionamento das CIPAS.

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Art. 164 – Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos
empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.

§ 1º) Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles


designados.
§ 2º) Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
§ 3º) O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano,
permitida uma reeleição.

§ 4º) O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que,


durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da
CIPA.
§ 5º) O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o
Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.

Art. 165 – Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.

Parágrafo único

Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça


do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo,
sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.

Seção IV – do equipamento de proteção individual

Art. 166 – a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,


equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de
conservação e funcionamento; sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.

Art. 167 – O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado


com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

Seção V – das medidas preventivas de medicina do trabalho

Art. 168 – Será obrigatório o exame medico do empregado, por conta do


empregador.

§ 1º) Por ocasião da admissão, o exame médico obrigatório compreenderá


investigação clínica e, nas localidades em que houver, abreugrafia.

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§ 2º) Em decorrência da investigação clínica ou da abreugrafia, outros exames
complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade
ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer.

§ 3º) O exame médico será renovado, de seis em seis meses, nas atividades e
operações insalubres, e, anualmente, nos demais casos. A abreugrafia será repetida a
cada dois anos.

§ 4º) O mesmo exame médico de que trata o parecer será obrigatório por ocasião
da cessação do contrato de trabalho, nas atividades, a serem discriminadas pelo

Ministério do Trabalho, desde que o último exame tenha sido realizado a mais de 90
(noventa) dias.

§ 5º) Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à


prestação de primeiros socorros médicos.

Art. 169 – Será obrigatória a notificação doenças profissionais e das produzidas


em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de
conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Seção VI – das edificações

Art. 170 – As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam
perfeita segurança aos que nelas trabalhem.

Art. 171 – Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé


direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto.

Parágrafo único

Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as condições de


iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho, sujeitando-se tal
redução ao controle do órgão competente em matéria de segurança e medicina do
trabalho.

Art. 172 – Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem
depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.

Art. 173 – As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que
impeçam a queda de pessoas ou de objetos.
Art. 174 – As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores,
coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições de
segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-
se em perfeito estado de conservação e limpeza.

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Seção VII – da iluminação

Art. 175 – Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada,


natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade.

§ 1º) A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de


evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

§ 2º) O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminação a


serem observados.

Seção VIII – do conforto térmico

Art. 176 – Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com
o serviço realizado.

Parágrafo único

A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencha as


condições de conforto térmico.

Art. 177 – Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude


de instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimentas
adequadas para o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas,
isolamento térmico e recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos
contra as radiações térmicas.

Art. 178 – As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser
mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.

Seção IX – das instalações elétricas

Art. 179 – O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança e


as medidas especiais a serem observadas relativamente a instalações elétricas, em
qualquer das fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia.

Art. 180 – Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar


ou reparar instalações elétricas.

Art. 181 – Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações


elétricas devem estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por
choque elétrico.

Seção X – da movimentação, armazenagem e manuseio de materiais

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Art. 182 – O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre:

I – as precauções de segurança na movimentação materiais nos locais de


trabalho, os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condições especiais
a que estão sujeitas a operação e manutenção desses equipamentos, inclusive exigências
de pessoal habilitado;
II – as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de materiais,
inclusive quanto às condições de segurança e higiene relativas aos recipientes e locais
de armazenagem e os equipamentos de proteção individual;
III – a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos
equipamentos de transporte, dos avisos de proibição de fumar e de advertência quanto à

natureza perigosa ou nociva à saúde das substancias em movimentação ou em depósito,


bem como das recomendações de primeiros socorros e de atendimento medico e
símbolo de perigo, segundo padronização internacional, nos rótulos dos materiais ou
substancias armazenados ou transportados.

Parágrafo único - As disposições relativas ao transporte de materiais aplicam-se,


também, no que couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho.

Art. 183 – As pessoas que trabalharem na movimentação de materiais deverão


estar familiarizados com os métodos racionais de levantamento de cargas.

Seção XI – das máquinas e equipamentos

Art. 184 – As maquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos


de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do
trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.

Parágrafo único

É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação, e o uso de maquinas e


equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo.

Art. 185 – Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as
máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste.

Art. 186 – O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre


proteção a medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos,
especialmente quanto à proteção das partes móveis, distancia entre estas, vias de acesso
às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua
adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou elétricas.

Seção XII – das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão

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Art. 187 – As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que operam sob
pressão deverão dispor de válvulas e outros dispositivos de segurança, que evitem que
seja ultrapassada a pressão interna de trabalho compatível com a sua resistência.

Parágrafo único

O Ministério do Trabalho expedirá normas complementares quanto à segurança


das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão quanto ao revestimento interno, à
localização, à ventilação dos locais e outros meios de eliminação de gases ou vapores
prejudiciais à saúde, e demais instalações ou equipamentos necessários à execução
segura das tarefas de cada empregado.

Art. 188 – As caldeiras serão periodicamente submetidas a inspeções de


segurança, por engenheiro ou empresa especializada, inscritos no Ministério do
Trabalho, de conformidade com as instruções que, para esse fim, forem expedidas.

§ 1º) Toda caldeira será acompanhada de “Prontuário”, com documentação


original do fabricante, abrangendo, no mínimo: especificação técnica, desenhos,
detalhes, provas e testes realizados durante a fabricação e a montagem, características
funcionais e a pressão máxima de trabalho permitida (PMTP), esta última indicada, em
local visível, na própria caldeira.

§ 2º) O proprietário de caldeira deverá organizar, manter atualizado e apresentar,


quando exigido pela autoridade competente, o Registro de Segurança, no qual serão
anotadas, sistematicamente, as indicações das provas efetuadas, inspeções, reparos e
quaisquer outras ocorrências.

§ 3º) Os projetos de instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob pressão


deverão ser submetidos à aprovação prévia do órgão regional competente em matéria de
segurança do trabalho.

Seção XIII – das atividades insalubres e perigosas

Art. 189 – Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,


por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e
da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Art. 190 – O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e


operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da
insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o
tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.

Parágrafo único

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As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do
trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritante, alérgicos ou
incômodos.

Art. 191 – A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:

I – Com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos


limites de tolerância;
II – Com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador,
que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

Parágrafo único

Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade,


notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na
forma deste artigo.

Art. 192 – O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de


tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por
cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio
e mínimo.

Art. 193 – São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos
em condições de risco acentuado.

§ 1º) O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º) o empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura
lhe seja devido.

Art. 194 – O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de


periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos
termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Art. 195 – A caracterização e a classificação da insalubridade e da


periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de
perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no
Ministério do Trabalho.

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§ 1º) É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar
as atividades insalubres ou perigosas.
§ 2º) Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado,
seja por Sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na
forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do
Ministério do Trabalho.
§ 3º) O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do
Ministério do Trabalho, nem a realização ex-ofício da perícia.

Art. 196 – Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de


insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva

atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do


artigo 11.

Art. 197 – Os materiais e substancias empregados, manipulados ou transportados


nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conte, no rótulo,
sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo
correspondente, segundo a padronização internacional.

Parágrafo único

Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo


afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com advertência quanto
aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde.

Seção XIV – da prevenção da fadiga

Art. 198 – É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado


pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao
trabalho do menor e da mulher.

Parágrafo único

Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por
impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros
aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites,
que evitem que sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.

Art. 199 – Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura


correta ao trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou forcadas, sempre que a
execução da tarefa exija que trabalhe sentado.

Parágrafo único

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Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregado terão `a sua


disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.

Seção XV – das outras medidas especiais de proteção

Art. 200 – Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades
de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:

I – medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual


em obras de construção, demolição ou reparos;

II – depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e


explosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas;
III – trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo
quanto à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamento e soterramento,
eliminação de poeiras, gases, etc, e facilidades de rápida saída dos empregados;
IV – proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas,
com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes
contra fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação,
corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização;
V – proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no
trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a estes, de água potável, alojamento e
profilaxia de endemias;
VI – proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações
ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao
ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação ou
atenuação desses efeitos, limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade
da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos
obrigatórios, limites de idade, controle permanente dos locais de trabalho e das demais
exigências que se façam necessárias;
VII – higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências,
instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e
armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições,
fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de
sua execução, tratamento de resíduos industriais;
VIII – emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de
perigo.
Parágrafo único - Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a
que se referem este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a respeito
adotadas pelo órgão técnico.

Seção XVI – das penalidades

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Art. 201 – As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do
trabalho serão punidas com multa de 30 (trinta) a 300 (trezentas) vezes o valor de
referencia previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº. 6.205, de 29 de abril de
1975, e as concernentes à segurança do trabalho com multa de 50 (cinqüenta) a 500
(quinhentas) vezes o mesmo valor.

Parágrafo único

Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de


artifício ou simulação com objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor
máximo.

Art. 202- A retroação dos efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em


condições insalubridade ou periculosidade, de que trata o artigo 196 da Consolidação
das leis do Trabalho, com a nova redação dada por esta Lei, terá como limite a data da
vigência desta Lei, enquanto não decorridos 2 (dois) anos da sua vigência.

Art. 203 – As disposições contidas nesta Lei afinam-se, no que couber, aos
trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos
sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais.

§ 1º) Ao Delegado de Trabalho Marítimo ou ao Delegado Regional do Trabalho,


conforme o caso, caberá promover a fiscalização do cumprimento das normas de
segurança e medicina do trabalho em relação ao trabalhador avulso, adotando as
medidas necessárias inclusive as previstas na Seção II, do Capítulo V, do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, com a redação que lhe for conferida pela presente
Lei.
§ 2º) Os exames de que tratam os Par. 1 e 3 do art. 168 da Consolidação das Leis
do Trabalho, com a redação desta Lei, ficarão a cargo do Instituto Nacional de
Assistência Médica de Previdência Social – INAMPS, ou dos serviços médicos das
entidades sindicais correspondentes.

Art. 204 – O Ministério do Trabalho relacionará os artigos do Capítulo V do


Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, cuja aplicação será fiscalizada
exclusivamente por engenheiros de segurança e médicos do trabalho.

Art. 205 – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando
revogados os artigos 202 a 223 da Consolidação das Leis do Trabalho; a Lei nº. 2.573,
de 15 de agosto de 1955; o Decreto-Lei nº. 389, de 26 de dezembro de 1968 e demais
disposições em contrário.

Portaria Nº. 3.214


Ministério do Trabalho
Gabinete do Ministro

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Portaria Nº. 3.214, de 08 de junho de 1978

Aprova as Normas Regulamentadoras – NR do Capítulo V, Título II, da


Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

O ministério do estado, no uso de suas atribuições legais, considerando o


disposto no Artigo 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela
Lei no 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

Resolve:
Artigo 1º - Aprovar as Normas Regulamentadoras – NT – do Capítulo V, Título
II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do
Trabalho:

Normas Regulamentadoras

NR-01- Disposições Gerais


NR-02- Inspeção Prévia
NR-03- Embargo e Interdição
NR-04- Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho -
SESMT
NR-05- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
NR-06- Equipamento de Proteção Individual - EPI
NR-07- PCMSO – Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional
NR-08- Edificações
NR-09- PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
NR-10- Instalações e Serviços de Eletricidade
NR-11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR-12- Máquinas e Equipamentos
NR-13- Caldeiras e Vasos sob Pressão
NR-14- Fornos
NR-15- Atividades e Operações Insalubres
NR-16- Atividades e Operações Perigosas
NR-17- Ergonomia
NR-18- Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção
NR-19- Explosivos
NR-20- Combustíveis Líquidos e Inflamáveis
NR-21- Trabalhos a Céu Aberto
NR-22- Trabalhos Subterrâneos
NR-23- Proteção Contra Incêndios
NR-24- Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

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NR-25- Resíduos Industriais
NR-26- Sinalização de Segurança
NR-27- Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do
Trabalho
NR-28- Fiscalização e Penalidades
NR-29- Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

Artigo 2º) As alterações posteriores, decorrentes da experiência e necessidade,


serão baixadas pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho.

Artigo 3º) As dúvidas suscitadas, e os casos omissos, serão decididos: pela


Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho.
Artigo 4º) Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Competência dos Órgãos de Governos e Entidades

O Ministério do Trabalho e Emprego (M.T.E) é o órgão executivo responsável


pela representação política e social do governo referentes aos assuntos relacionados com
as interfaces envolvidas nas relações de trabalho. Através do seu gabinete e as demais
secretarias, atua no campo das relações públicas, acompanhando o andamento dos
projetos em tramitação no Congresso Nacional, providenciando a publicação oficial e
divulgando as matérias relacionadas com a área de atuação do governo para as questões
de trabalho.
A seguir apresentamos a evolução histórica da participação do estado como
órgão executor, regulador, fiscalizador das relações do trabalho no Brasil.

Ministro do
estado

Secretaria Executiva

Gabinete do
Ministro

Subsecretaria Subsecretaria de Consultoria


de Assuntos Coordenação Planejamento e Jurídica
Administrativo Geral do Orçamento
s F.G.T.S

Secretaria de Relações do Secretaria de Fiscalização do Secretaria de Secretaria de Secretaria de


Trabalho Trabalho Segurança e Política do Emprego Formação e
Saúde do e Salário Desenvolvi
Trabalho mento
Profissional
Delegacia Regional do Trabalho

Conselho Nacional do Conselho Nacional de Conselho Curador do Conselho Deliberativo do


Trabalho imigração F.G.T.S FAT

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Fundacentro
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Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho – SSST

Esta secretaria esta ligada ao Ministério do Trabalho tendo como função


principal, formular e propor as diretrizes de atuação da área de segurança e saúde do
trabalhador, possui alguns objetivos complementares relacionados abaixo:

a – Coordenar, orientar, controlar, e supervisionar a execução das atividades


relacionadas como a inspeção dos ambientes e das condições de trabalho e as demais
ações do Governo Federal relativa à segurança e à saúde do trabalhador, bem como
estabelecer normas referentes à sua área de competência;
b – Planejar e coordenar a execução do Programa de Alimentação do
Trabalhador PAT, da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho –
CONPAT, com como realizar o Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes de
Trabalho – CONPAT;
c – Decidir, em ultima instância administrativa, os recursos interpostos contra
decisões dos Delegados Regionais do Trabalho a respeito de condições ambientais de
trabalho;
d – Apoiar tecnicamente os órgãos colegiados do Ministério, em sua área de
competência;
e – Planejar, normalizar, coordenar, orientar e supervisionar as atividades de
inspeção do trabalho na área de segurança e saúde do trabalhador.

Secretaria de Relações do Trabalho

Tem como objetivo, garantir autonomia das relações entre empregados e


empregadores, respeitando os princípios da não-intervenção e não-interferência na
organização sindical; possui alguns objetivos complementares relacionados abaixo:
a – Estimular a pratica ampla da negociação coletiva entre empregadores e
empregados;
b – Proceder a estudos da legislação Trabalhista e correlata, propondo o seu
aperfeiçoamento;

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c – Acompanha o cumprimento, nível nacional, dos acordos e convenções
ratificados pelo Governo brasileiro;
d – Desempenhar a medição em negociações coletivas, quando solicitada por
empregado e empregadores;
e – Organizar e manter atualização do cadastro das entidades sindicais
representativas de empregados, empregadores, servidores públicos e profissionais
liberais;
f – Propor diretrizes e normas, bem como supervisionar e acompanhar as
atividades voltadas para o aperfeiçoamento das relações coletivas de trabalho;
g – Conceder e cancelar o registro de empresas de trabalho temporário;
h – Autorizar o trabalho de estrangeiros no território nacional e manter banco de
dados informatizados sobre o mercado de trabalho e mão-de-obra, fornecendo à
previdência social os dados necessários para fins cadastrais;
i – Dar suporte ao Conselho Nacional de Imigração;

j – Coordenar as atividades voltadas para o desenvolvimento de programas e


ações integradas de cooperação técnico-científica com organismos nacionais e
internacionais na sua área de competência;
k – Apoiar tecnicamente os órgãos colegiados do Ministério na sua área de
competência.

Secretaria de Fiscalização do Trabalho

Esta secretaria tem como missão, formular e propor as diretrizes da inspeção do


trabalho, ouvida a secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, priorizando o
estabelecimento de política de combate ao trabalho escravo e infantil, bem como a todas
as formas de trabalho degradante; possui alguns objetivos complementares relacionados
abaixo:
a – Formular e propor as diretrizes da fiscalização dos recolhimentos do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS;
b – Planejar, coordenar, normatizar, orientar e supervisionar as ações e
atividades da inspeção do trabalho e da fiscalização dos recolhimentos do FGTS;
c – Baixar normas administrativas relativas à inspeção do trabalho e a
fiscalização dos recolhimentos do FGTS, visando o seu constante aperfeiçoamento e
modernização;
d – Coordenar e apoiar, no âmbito do Ministério do Trabalho, a geração, a
sistematização e a divulgação de informações acerca das inspeções do trabalho e da
fiscalização dos recolhimentos do FGTS;
e – Participar, em conjunto com as demais secretarias, da formulação de
políticas voltadas para programas especiais de proteção ao trabalho;
f – Participar, em conjunto com as demais secretarias, da formulação de novos
procedimentos reguladores das relações capital-trabalho, em especial no que concerne
ao papel da inspeção do trabalho;
g – Orientar e apoiar, em conjunto com a secretaria de Relações do Trabalho as
atividades de medição em conflitos coletivos de trabalho, quando exercidas por fiscais
do trabalho;

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h – Propor ações, no âmbito do Ministério do Trabalho, que visem a otimização
de sistemas de cooperação de medição mútua, intercambio de informações e
estabelecimento de ações integradas entre as fiscalizações federais;
i – Formular e propor diretrizes para o aperfeiçoamento técnico – profissional e
gerência do pessoal da inspeção do trabalho;
j – Expedir normas e orientar a fiscalização no cumprimento da legislação de
proteção à criança e aos adolescentes na área trabalhista;
k – Coordenar as atividades voltadas ao desenvolvimento de programas e ações
integradas de cooperação técnico-científico com organismos nacionais e internacionais
em sua área de competência;
l – Decidir, em última instância administrativa, os recursos interpostos contra
decisões dos Delegados Regionais do Trabalho sobre autuações e notificações, em sua
área de competência;

m – Colaborar tecnicamente com os órgãos colegiados do Ministério do


Trabalho, em sua área de competência, especialmente com o Conselho Curador do
Fundo de garantia do Tempo de Serviço;
n – Colaborar tecnicamente com os diversos fóruns de prevenção e repressão aos
trabalhos escravo e infantil.

Delegacias Regionais do Trabalho – DRT

Tem como objetivo principal, coordenar, orientar e controlar, na área de sua


jurisdição a execução de atividades relacionadas com a fiscalização do trabalho, à
inspeção das condições ambientais de trabalho e a orientação ao trabalhador, possui
alguns objetivos complementares relacionados abaixo:

a – Fornecer a carteira de trabalho e previdência social;


b – Orientar e apoiar o trabalhador desempregado;
c – Mediar a negociação coletiva, a conciliação de conflitos trabalhistas;
d – Fornecer assistência na rescisão de contrato de trabalho, em conformidade
com a orientação e normas emanadas do Ministério do Trabalho.

Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho –


Fundacentro

A Fundacentro é o braço técnico do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM)


com atribuições bastante definidas no campo da pesquisa e assessoramento técnico.
Tem finalidade principal a realização de estudos e pesquisas pertinentes aos problemas
de segurança, higiene e medicina do trabalho além de outros descritos abaixo:
a – Pesquisar e analisar o meio ambiente do trabalho e do trabalhador, para a
identificação das causas dos acidentes e das doenças do trabalho;
b – Realizar estudos, testes e pesquisas relacionados com a avaliação e o
controle de medidas, métodos e equipamentos de proteção coletiva e individual do
trabalhador;

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c – Desenvolver a executar programas de formação, aperfeiçoamento e
especialização de mão-de-obra profissional, relacionados com as condições de trabalho
nos aspectos de saúde, segurança, higiene e meio ambiente do trabalho e do trabalhador;
d – Apoiar tecnicamente os órgãos responsáveis pela política nacional de
segurança, higiene e medicina do trabalho, bem como prestar orientação a órgãos
públicos, entidades privadas e sindicais, tendo em vista o estabelecimento e a
implantação de medidas preventivas e corretivas de segurança, higiene e medicina do
trabalho;
e – Promover estudos que visem ao estabelecimento de padrões de eficiência e
qualidade referente às condições de saúde, segurança, higiene e meio ambiente do
trabalho e do trabalhador.

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –


Inmetro

É uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, da


Indústria, do Comércio e do Turismo, que atua como Secretaria Executiva do Conselho
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), colegiado
interministerial, que é órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). Objetivando integrar uma estrutura
sistêmica articulada, o Sinmetro, o Conmetro e o Inmetro foram criados pela Lei 5.966
(11/11/73), cabendo a este último substituir o então instituto Nacional de Pesos e
Medidas (INPM) e ampliar significativamente o seu raio de atuação a serviço da
sociedade brasileira.
No âmbito de sua ampla missão constitucional, o Inmetro objetiva fortalecer as
empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da adoção de mecanismos
destinados à melhoria da qualidade de produtos e serviços.
Sua missão é trabalhar decisivamente para o desenvolvimento sócio-econômico
e para a melhoria da qualidade de vida da sociedade brasileira, contribuindo para a
inserção competitiva, para o avanço cientifico e tecnológico do país e para a proteção do
cidadão, especialmente nos aspectos ligados à saúde, segurança e meio ambiente.
Dentre as competências e atribuições do Inmetro destacam-se:
a – Gerenciar os sistemas brasileiros de credenciamento em Laboratórios de
Calibração e de Ensaios e de organismos de certificação e de inspeção;
b – Fomentar a utilização de técnicas de gestão da qualidade na indústria
nacional;
c – Coordenar a Rede Brasileira de Laboratórios e Calibração (RBC), a Rede
Brasileira de Laboratórios de Ensaios (RBLE) e a Rede Nacional de Metrologia Legal
(RNML);
d – Fiscalizar e verificar os instrumentos de medir empregados na indústria, no
comércio e em outras atividades relacionadas à proteção do cidadão e do meio
ambiente;

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e – Coordenar a participação brasileira em organismos internacionais
relacionados com os seus objetivos;
f – Secretariar o Conmetro e seus comitês técnicos;
g – Desenvolver atividades de pesquisa básica e aplicada em áreas críticas da
metrologia;
h – Realizar os trabalhos inerentes à metrologia legal;
i – Supervisionar a emissão de regulamentos técnicos no âmbito governamental;
j – Difundir informações tecnológicas, notadamente sobre metrologia, normas,
regulamentos técnicos e qualidade;
k – Promover e supervisionar o sistema de normalização técnica consensual;
l – Promover o país de padrões metrológicos primários, estruturar e gerenciar o
sistema de referências metrológicas brasileiras e assegurar a rastreabilidade aos padrões
metrológicos das redes brasileiras de laboratórios credenciados;

m – Delegar competência supervisionada a outras instituições para atuarem


como referência metrológica nacional em áreas críticas para as quais não detêm a
competência técnica ou laboratorial;
n – Conquistar o reconhecimento internacional do sistema de metrologia e do
sistema brasileiro de credenciamento de laboratórios, de organismos de certificação e de
organismos de inspeção.

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

A ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica do país. Entidade


privada, sem fins lucrativos, a ABNT foi considerada o Fórum Nacional de
Normalização, e tem como objetivos:
a – Elaborar as normas brasileiras e fomentar seu uso nos campos científico,
técnico, industrial, comercial, agrícola, de serviços e outros correlatos, além de mate-las
atualizadas;
b – Incentivar e promover a participação das comunidades técnicas na pesquisa,
no desenvolvimento e na difusão da normalização no país;
c – Representa o Brasil nas entidades internacionais de normalização técnica;
d – Colaborar com organismos similares estrangeiros, intercambiando normas e
informações técnicas;
e – Colaborar com o Estado no estudo e solução dos problemas que se
relacionem com a normalização técnica geral;
f – Conceder diretamente ou através de terceiros Marca de Conformidade e
certificados de qualidade a produtos e serviços;
g – Prestar serviços no campo da normalização técnica;
h – Intermediar juntos aos poderes públicos os interesses da sociedade civil, no
tocante aos assuntos de normalização técnica.

A ABNT é a representante do Brasil nas entidades de normalização


internacional.

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Os organismos internacionais e regionais de normalização têm por objetivo
promover, fundamentalmente, o desenvolvimento da normalização técnica e atividades
correlatas em nível mundial e regional, com vistas a facilitar as trocas internacionais de
bens e serviços, em beneficio do desenvolvimento industrial, científico e tecnológico,
auxiliando, assim na cooperação das esferas intelectual, científica, tecnológica,
econômica e social.
A normalização é a atividade que visa à elaboração de normas brasileiras,
através de consenso entre produtores, consumidores e entidades governamentais. Os
principais objetivos da normalização são:
a – Simplificação: reduzir a crescente variedade de procedimentos e de tipos de
produtos;
b – Comunicação: proporcionar meios eficientes para a troca de informação ente
o produtor e o consumidor, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de
serviços;

c – Economia: adaptar os processos à economia global, tanto do lado do


produtor como do consumidor;
d – Segurança: padronizar procedimentos de modo a garantir a proteção do
trabalhador e do usuário final do produto;
e – Proteção ao consumidor: aferir a qualidade do produto;
f – Eliminar barreiras comerciais; evitar a existência de regulamentos
conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando assim o
intercâmbio comercial.

Apesar do envolvimento da sociedade, inclusive do governo, na elaboração das


normas técnicas da ABNT, as mesmas somente serão consideradas obrigatórias se
forem citadas em uma lei específica, caso contrário serão de adesão voluntária. Desta
forma, todas as normas da ABNT, isso e outras citadas nas Normas Regulamentadoras
do Ministério do Trabalho são de caráter obrigatório, pois estão amparadas pela Lei
6.514 (22/12/77) e Portaria 3.214 (08/06/78).

Organização Internacional do Trabalho – OIT

A OIT foi criada em 1919, tendo como atribuição principal a divulgação de


informação e recomendações internacionais que visem a proteção dos trabalhadores.
Muitas das convenções e recomendações se referem à segurança, saúde e condições de
trabalho e não possuem caráter obrigatório, ficando a cargo de cada país signatário
decidir internamente estas questões de modo a regulamentar na forma da Lei todos os
aspectos técnicos envolvidos.
O Brasil tem assinado várias convenções que por sua vez tem que ser aprovadas
por Decreto através de uma apreciação do Congresso Nacional e do Presidente da
República.

NR – 1 – Disposições Gerais

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A primeira norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Disposições
Gerais, estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de
Segurança e Medicina do trabalho urbano, bem como os direitos e obrigações do
governo, dos empregados e dos trabalhadores no tocante a este tema específico.
A NR-1 tem a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária,
através dos artigos 154 e 159 da CLT, transcritos abaixo:

Art. 154 – A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste


capítulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com
relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos
Estados dos Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como
daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho.

Art. 155 – Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de


segurança e medicina do trabalho:

I – estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos


preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
II – coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais
atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território
nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho.
III – conhecer, em última instância, dos recursos, voluntário ou de oficio, das
decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e
medicina do trabalho.

Art. 156 – Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos


limites de sua jurisdição:
I – promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e
medicina do trabalho;
II – adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam
necessárias;
III – impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constante
deste Capítulo, nos termos do art. 201.

Art. 157 – Cabe às empresas:


I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II – instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a
tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III – adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional
competente;
IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Art. 158 – Cabe aos empregados:


I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as
instruções de que trata o item II do artigo anterior;

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II – colaborar com a empresa aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo Único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do
item II do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela
empresa.

Art. 159 – Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser
delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização
ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste
Capítulo.

Documentos Complementares:
 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho

 Decreto 55.841, de 15/03/65 – aprovou o Regulamento de Inspeção do


Trabalho (RIT)
 Portaria nº. 6, de 09/03/83 – alterações efetuadas na NR
 Portaria nº. 13, de 17/09/93 - alterações efetuadas na NR
 Medida Provisória 1915-3, de 24/09/99 – alterou a nomenclatura de
Fiscal do Trabalho para Auditor Fiscal do Trabalho.

NR – 2 – Inspeção Prévia

A segunda norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Inspeção


Prévia, estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar TEM a realização
de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de realização.
A NR-2 tem a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária,
através do artigos 160 e 161 da CLT, transcritos abaixo:

Art. 160 – Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia
inspeção e aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente
em matéria de segurança e medicina do trabalho.

§ 1º) Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas
instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar,
prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho.
§ 2º) É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia
Regional do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações.

Art. 161 – O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço


competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar o
estabelecimento, setor de serviço, maquina ou equipamento, ou embargar obra;
indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência existir, as providências
que deverão ser adotadas para a prevenção de infortúnios de trabalho.

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§ 1º) As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às


medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.
§ 2º) A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente
da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por
entidade sindical.
§ 3º) Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessado
recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em
matéria de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito
suspensivo ao recurso.
§ 4º) Responderão por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem,
após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de maquina ou equipamento, ou
o prosseguimento de obra, se, em conseqüência, resultarem danos a terceiros.

§ 5º) O Delegado Regional do Trabalho, independente de recursos, e após laudo


técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição.
§ 6º) Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou
embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.

Documentos Complementares:
 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Portaria nº. 35, de 28/12/83 – alterou a redação original; alteração
efetuada no texto.
NR – 3 – Embargo ou Interdição

A terceira norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Embargo ou


Interdição, estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação
de seus serviços, maquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem
observados pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas, no tocante
à segurança e a medicina do trabalho.
A NR-3 tem a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária,
através do artigo 161 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 161 – O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço


competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar o
estabelecimento, setor de serviço, maquina ou equipamento, ou embargar obra;
indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência existir, as providências
que deverão ser adotadas para a prevenção de infortúnios de trabalho.
§ 1º) As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às
medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.
§ 2º) A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente
da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por
entidade sindical.

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§ 3º) Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessado
recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em
matéria de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito
suspensivo ao recurso.
§ 4º) Responderão por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem,
após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de maquina ou equipamento, ou
o prosseguimento de obra, se, em conseqüência, resultarem danos a terceiros.
§ 5º) O Delegado Regional do Trabalho, independente de recursos, e após laudo
técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição.
§ 6º) Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou
embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.

Documentos Complementares:
 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Portaria nº. 6, de 09/03/83 – alterou a redação original; alterações
efetuadas no texto.

NR – 4 – Serviços Especializados em engenharia de Segurança e Medicina


do Trabalho.
A quarta norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, estabelece a
obrigatoriedade das empresas públicas e privadas que possuam empregados regidos pela
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho de organizarem e manterem sem
funcionamento Serviços Especializados em Engenharia e Medicina do Trabalho –
SESMT –, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador, no local de trabalho.
A NR-4 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do artigo 162 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 162 – As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo


Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em
segurança e em medicina do trabalho.

Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão:

e) classificação das empresas segundo o número de empregados e a


natureza do risco de suas atividades;
f) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada
empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma alínea
anterior;

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g) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime
de trabalho;
h) as demais características e atribuições dos serviços especializados em
segurança e em medicina do trabalho, nas empresas.

Entre outros aspectos técnicos e legais abordados por esta NR, é importante
definir o Acidente do trabalho e para isso, devemos citar o texto legal apresentado pela
Lei de Acidente do Trabalho 6.367/76, Regulamento Decreto 79.037/76 da Previdência
8.213/91 regulamentada pelo Decreto 2.172 de 05/03/97.
Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho, a serviço
da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause
morte ou perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho,
isto diz respeito também à causa que não sendo a única, tenha contribuído para o
resultado: pode ocorrer no local de trabalho a doença profissional e a doença do
trabalho.

Como complemento aos aspectos conceituais citados abaixo, é de fundamental


importância a leitura da norma técnica ABNT NBR 14280 (Cadastro de Acidentes): a
fixação destes conceitos ajudará no preenchimento dos QUADROS II, IV, V, VI
constantes no anexo desta NR.:

a) Acidente pessoal: é aquele cuja caracterização depende de existir


acidentado cuja conseqüência será a lesão do trabalhador envolvido;
b) Acidente de trajeto: é o acidente sofrido pelo empregado no percurso da
residência para o trabalho ou deste para aquela;
c) Acidente impessoal: é aquele cuja caracterização independe de existir
acidentado de ocorrência eventual que resultou ou poderia ter resultado em lesão
corporal;
d) Acidentado: é o trabalhador vítima do acidente;
e) Lesão imediata: é a lesão que se verifica imediatamente após a
ocorrência do acidente;
f) Lesão mediata (tardia): é a lesão que não se verifica imediatamente após
a exposição à fonte da lesão; caso seja caracterizado o nexo causal, isto é, a relação da
doença com o trabalho, ficará caracterizado como doença ocupacional, e, neste caso,
admite-se a preexistência de uma “ocorrência ou exposição contínua ou intermitente”,
de natureza acidental, sendo registrada como acidente do trabalho, nas estatísticas de
acidente;
g) Incapacidade permanente total: é a perda total de capacidade de trabalho,
em caráter permanente, exclusive a morte; esta incapacidade corresponde à lesão que,
não provocando a morte, impossibilita o acidentado, permanentemente, de exercer
ocupação remunerada ou da qual decorre a perda total do uso dos seguintes elementos:
 Ambos os olhos
 Um olho e uma das mãos
 Um olho e um pé
 Ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé

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h) Incapacidade permanente parcial: é a redução parcial da capacidade de
trabalho, em caráter permanente;
i) Incapacidade temporária total: é a perda total da capacidade de trabalho
de que resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade
permanente parcial e a incapacidade permanente total;
j) Acidente com perda de tempo ou lesão incapacitante: é o acidente
pessoal que impede o trabalhador de retornar ao trabalho no dia útil imediato ao do
acidente de que resulte incapacidade permanente. Este tipo de lesão pode provocar
morte, incapacidade;
k) Acidente sem perda de tempo (sem afastamento): é o acidente pessoal
cuja lesão não impede que o trabalhador retorne ao trabalho no dia imediato ao do
acidente, desde que não haja lesão incapacitante;
l) Morte (óbito): cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida,
independente do tempo decorrido desde a lesão;

m) Dias perdidos (Dp): São os dias de afastamento de cada acidentado,


contados a partir do primeiro dia de afastamento até o dia anterior ao do dia de retorno
ao trabalho, segundo a orientação médica;
n) Dias debitados (Db) – ou dias a debitar: são os dias que devem ser
debitados devido à morte ou incapacidade permanente, total ou parcial. No caso de
morte ou incapacidade permanente total, devem ser debitados 6.000 (seis mil) dias; por
incapacidade permanente os dias a serem debitados devem ser retirados da norma
brasileira ABNT NBR 14.280 (Cadastro de acidentes), mesmo que os dias efetivamente
perdidos sejam maiores do que o número de dias a debitar ou até mesmo quando não
haja dias perdidos;
o) Taxa de freqüência (F): é o número de acidentes ou acidentados (com ou
sem lesão) por milhão de horas – homem de exposição ao risco, em determinado
período. É calculada pela fórmula:

F = N x 1.000.000
H

Onde: N = número de acidentados


H = homens-hora de exposição ao risco
1.000.000 = um milhão de horas de exposição ao risco (utilizado
internacionalmente como base de cálculo);
p) Taxa de gravidade (G): é o tempo computado por milhão de horas-
homem de exposição ao risco. Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela
fórmula:

G = T x 1.000.000
H

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Onde: T = tempo computado (dias perdidos + dias debitados)


H = homens-hora de exposição ao risco
1.000.000 = um milhão de horas de exposição ao risco (utilizado
internacionalmente como base de cálculo);

Documentos complementares:

 Lei de Acidentes do Trabalho 6.367/76 – define o acidente do trabalho e


dá outras providências.
 Regulamento Decreto nº. 79.037/76 – define o acidente do trabalho e dá
outras providencias.
 Lei 7.410 de 27/11/86 – dispõe sobre a especialização de Engenheiros e
Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, a profissão de
Técnico de Segurança do Trabalho e dá outras providências.
 Lei da Previdência 8.213/91 – define o acidente do trabalho.
 Decreto 3.048 de 06/05/99 – aprova os Benefícios da Previdência Social.
 Capítulo V do título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Portaria nº. 33, de 27/10/73 – altera a redação original da NR; alterações
efetuadas no texto.
 Portaria nº. 34, de 11/12/87 – altera os sub-itens 4.2.1.2 e 4.8 alterações
efetuadas no texto.
 Portaria nº. 06, de 12/06/90 – altera a redação original da NR; alterações
efetuadas no texto.
 Portaria nº. 11, de 17/09/90 – acrescenta o sub-item 4.4.1.1 e dá nova
redação aos sub-itens 4.4.2 e 4.7; alterações efetuadas no texto.
 Portaria nº. 08, de 01/06/90 – altera a alínea e do sub-item 4.4.1;
alterações efetuadas no texto.
 Portaria nº. 01, de 12/05/95 – altera o quadro 1; alterações efetuadas no
texto.
 Portaria nº. 09, de 12/05/96 – altera o quadro 1; alterações efetuadas no
texto.
 Portaria nº. 5.051, de 26/02/99 – apresenta o novo modelo para
preenchimento da CAT
ABNT NBR 14.280 – Cadastro de Acidentes.

NR – 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

A quinta Norma Regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA estabelece a obrigatoriedade das empresas
públicas e privadas a organizar e manter em funcionamento, dependendo da sua
classificação econômica, uma comissão constituída, exclusivamente, por empregados
eleitos e indicados pelo empregador, com o objetivo de prevenir infortúnios laborais,
através da apresentação de sugestões e recomendações visando melhorar as condições

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do meio ambiente do trabalho. A NR-5 sofreu profunda alteração através da nova
redação apresentada pela Portaria nº. 8 (23/02/99).
A NR-5 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do artigo 163 a 165 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 163 – Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério
do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obras nelas especificadas.

Parágrafo único
O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o
funcionamento das CIPAS.

Art. 164 – Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos


empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.
§ 1º) Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
designados.
§ 2º) Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
§ 3º) O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano,
permitida uma reeleição.
§ 4º) O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da
CIPA.
§ 5º) O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o
Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.

Art. 165 – Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.

Parágrafo único

Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça


do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo,
sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.

Documentos Complementares:
 Capítulo V do título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Portaria nº. 33, de 27/10/83 – alterou a redação original.
 Portaria nº. 3.195, de 10/08/88 – institui i âmbito nacional a Campanha
de Prevenção da AIDS.

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 Portaria nº. 292, de 09/04/96 – dispõe sobre a forma legal para alterar as
NRs (conhecida como NR zero).
 Portaria nº. 02, de 10/04/96 – estabelece a Comissão Tripartite Partidária
Permanente.
 Portaria nº. 08, de 23/02/99 – altera a NR 5 que dispõe sobre a Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes.
 Portaria nº. 09, de 23/02/99 – dispõe sobre recepção de propostas de
alteração de itens da NR-5.
 Portaria nº. 82, de 23/02/99 – dispõe sobre os prazos obrigatórios para o
processo de estabelecimento da CIPA nas empresas. Portaria nº. 5.051,
de 26/02/99 – apresenta o novo modelo para preenchimento da CAT.
 Os 621 do INSS, de 05/05/99 – manual de instrução para preenchimento
da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.

Modelo I – Edital de Convocação Candidatura

Empresa:
Endereço:
Edital de convocação de candidatura nº. 01/2001 - cipa

Ficam convocados todos os empregados desta Empresa, de acordo com o que


determina a NR-5 – CIPA, Portaria nº. 3.214/78, Lei Nº. 6.514 de 22/12/77 do
Ministério do Trabalho, para que se apresentem para candidatarem a eleição de
membros da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
As inscrições deverão ser realizadas no período de .................. a ..................... no
horário de ............. às ............... horas no Departamento Pessoal.
Cidade, ..................... de .........................de ............

Modelo II – Ficha de inscrição eleição CIPA

FICHA DE INSCRIÇÃO PARA ELEIÇÃO DA CIPA

REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS


GESTÃO .............. / .............

NOME DO CANDIDATO: ____________________________________________

SETOR DE TRABALHO: _____________________________________________


FUNÇÃO: __________________________________________________________
DATA DE ADMISSÃO: ______________________________________________
DATA DE INSCRIÇÃO: ______________________________________________
ASSINATURA DO CANDIDATO______________________________________

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Comissão Organizadora

MODELO III – Edital de Convocação para eleição da CIPA

Edital de Convocação de Eleição

Ficam convocados os empregados desta empresa para eleição dos membros da


Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, de acordo com a Norma
Regulamentadora – NR-5 aprovada pela Portaria nº. 8 de 23/02/99 baixada pelo
Ministério do Trabalho, a ser realizada em escrutínio secreto, no dia ...... de .........
às ........horas.

Apresentam-se e serão votados os seguintes candidatos:

-
-
-
Cidade ...................., ......... de ....................... de ..............
_________________________
(Responsável Empresa)

MODELO IV – Cédula de Eleição CIPA

ELEIÇÃO DA CIPA
GESTÃO 2001/2002
Marque apenas um candidato
Candidatos
Nome do Candidato
Nome do Candidato
Nome do Candidato
Nome do Candidato

MODELO V – Modelo de Ata de Eleição dos representantes dos


empregados da CIPA

Aos ............... dias do mês de ................ de ................ no local designado no


Edital de Convocação para eleição dos representantes dos empregados, com a presença
dos senhores .................................................................. instalou-se a mesa receptora e
apuradora de votos. As ................. horas o Sr. Presidente declarou iniciados os
trabalhos. Durante a votação, verificam-se as seguintes

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ocorrências ......................................( quando existirem ocorrências anotar aqui) As.........
horas o Sr. Presidente declarou encerrados os trabalhos de eleição, verificando-se que
compareceram .............. empregados e passando-se à apuração, na presença de quantos
desejassem.
Após a apuração chegou-se ao seguinte resultado:

Titulares Suplente
........................ ......... votos ........................ ......... votos
........................ ......... votos ........................ ......... votos
........................ ......... votos ........................ ......... votos

Após a classificação, dos representantes do empregados por ordem de votação,


dos titulares e suplentes, esses representantes elegeram o VICE-PRESIDENTE.
E, para constar, mandou o Sr. Presidente da mesa fosse lavrada a presente Ata,
por mim assinada, ............................ Secretário, pelos membros da mesa e pelos
eleitos.
.................................................
.................................................
.................................................
.................................................
.................................................
Nome da Empresa
Endereço

MODELO VI – Resultado da apuração da eleição da CIPA

De acordo com o que determina a Norma Regulamentadora NR-5 da CIPA,


Portaria nº. 3.214/78, do Ministério do Trabalho, foi realizada em escrutínio secreto no
dia 18/12/2.001, a eleição para membro da CIPA, da Empresa Viação Cota Ltda., gestão
2.002/2.003, que obteve o seguinte resultado:
- ....................................... titular ............................ votos
- ....................................... titular ............................ votos
- ....................................... titular ............................ votos
- ....................................... titular ............................ votos

Nº. funcionários que votaram


Nº. de votos válidos
Nº. votos em branco
Nº. votos nulos
Nº. funcionários que não votaram
............. votos
............. votos
............. votos
............. votos

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............. votos

Cidade .................., de ....................... de....................

Nome da Empresa
Endereço

MODELO VII – Ata de instalação e posse de membros da CIPA

Aos ........... dias do mês de .................. de ........................ no ....................(local),


nesta cidade, presente(s) o(s) senhor(es) diretor(es) da empresa, bem como os demais
presentes, reuniram para instalação e posse da CIPA desta empresa, conforme
estabelecido pela Portaria nº. 3.214/78. O Sr. ............................. representante da
empresa e Presidente da sessão, tendo me convocado para Secretário da mesma,
declarou abertos os trabalhos, lembrando a todos os objetivos da reunião, quais sejam:
instalação e posse dos componentes da CIPA.
Continuando, declarou instalada a Comissão e empossados os representantes do
empregador:

Titulares Suplentes
.............................. ..............................
.............................. .............................

Da mesma forma declarou empossados os representantes eleitos dos


empregados:

Titulares Suplentes
.............................. ..............................
.............................. ..............................

A seguir, foi designado para Presidente da CIPA o Sr. .................................,


tendo sido escolhido entre os representantes eleitos dos empregados
o ..................................... Vice – Presidente. Os representantes dos empregados e do
empregados, em comum acordo, escolheram também o Sr. ........................ para
Secretário da CIPA, sendo seu substituto o Sr. ............................... . Nada mais havendo
a tratar, o Senhor Presidente da sessão deu por encerrada a reunião, lembrando a todos
que o período de gestão da CIPA ora instalada é de 01 (um) ano a contar da presente
data.
E para constar, mandou o Sr. Presidente da mesa fosse lavrada a presente Ata,
que lida e aprovada, vai assinada por mim, Secretária da sessão, por todos os
representantes eleitos e/ou designados, inclusive os suplentes.

........................................... ...........................................
Presidente da Sessão Secretário da Sessão

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Titulares Suplentes
.............................. ..............................
.............................. ..............................

(Nome da Empresa)
(Endereço)

MODELO VIII – Calendário de Reuniões Ordinárias da CIPA

Cidade...................., .......... de .................... de ...........

Nome da empresa
Endereço

Calendário das reuniões ordinárias mensais da CIPA – Comissão Interna de


Prevenção de Acidentes – Gestão .........../............

Data Hora Local

1ª.
2ª.
3ª.
4ª.
5ª.
6ª.
7ª.
8ª.
9ª.
10ª.
11ª.
12ª.
_____________________
Presidente da CIPA

MODELO IX – Requerimento ao Ministério do Trabalho

Requerimento

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Ilmo. Sr., Delegado Regional do Trabalho, (nome da empresa) situada à


(endereço) com atividade principal de ......................, grau de risco nº. ............... vem
respeitosamente, requerer a V. Sas., o registro da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA, de seu estabelecimento situado à R. ................., CNPJ ................ de
conformidade com o Art. 163, da CLT e a NR-5. da Portaria nº. 3.217 d 08/06/78.
Para tanto, anexamos os seguintes documentos:
Cópia da Ata de eleição
Cópia da Ata de Instalação de Posse
Calendário Anual das reuniões ordinárias da CIPA

Nestes termos,

pede deferimento

Data
Empresa
Endereço

NR – 6 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

À sexta Norma Regulamentadora do Trabalho urbano, cujo título é


Equipamentos de Proteção Individual – EPI, estabelece: definições legais, forma de
proteção, requisitos de comercialização e responsabilidades (empregador, empregado,
fabricante, importador e MTE).
A interpretação da NR-6, principalmente no que diz respeito à responsabilidade
do empregador, é de fundamental importância para a aplicação da NR-15, na
caracterização e/ou descaracterização da insalubridade.
A NR-6 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do artigo 166 e 167 da CLT, transcrito abaixo:
Art. 166 – a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,
equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de
conservação e funcionamento; sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.

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Art. 167 – O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado
com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
Documento Complementares:
 Portaria nº. 06, de 19/08/92 – alteração do texto da NR.
 Portaria nº. 12, de 03/12/90 - alteração do texto da NR.
 Portaria nº. 05, de 28/10/91 - alteração do texto da NR.
 Portaria nº. 03, de 20/02/92 - alteração do texto da NR.
 Portaria nº. 02, de 20/05/92 - alteração do texto da NR.
 Portaria nº. 06, de 19/08/92 - alteração do texto da NR.
 Portaria nº. 26, de 29/12/94 – classifica os cremes protetores como EPI.
 Instrução Normativa MTE nº. 01 de 11/04/94 – torna obrigatória a
implantação do Programa de Proteção Respiratória.

NR – 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

A sétima Norma Regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Programa de


Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, estabelece obrigatoriedade de
elaboração e implantação do PCMSO, por parte de todos os empregadores e instituições
com o objetivo de monitorar individualmente aqueles trabalhadores expostos aos
agentes químicos, físicos e biológicos, definidos pela NR-9 (PPRA).
A NR-7 e suas modificações se aplicam, no que couber, ao trabalhador rural,
baseados nos aspectos legais definidos pela Portaria 3067 de 12/04/98, que aprovou as
normas regulamentadoras rurais (NRR).
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de saúde dos
trabalhadores, devendo estar articulado com as exigências das demais normas
regulamentadoras, considerando as questões incidentes sobre o homem, com ênfase no
instrumental clínico epidemiológico, na abordagem da relação entre sua saúde e o
trabalho, que deverá ter prioridade na prevenção, rastreamento e diagnostico preventivo
dos aspectos de saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza sub-clínica, além
da constatação de exigências de doenças ocupacionais.
Destaca-se a estreita relação entre a NR-7 (PCMSO) e NR-9 (PPRA). Os
princípios da NR-7 foram introduzidos através da Portaria nº. 24 de 29/12/94, portanto,
com validade a partir de 01/01/95.
Devido a sua complexidade, dúvidas na interpretação e operacionalização das
normas, foram sugeridas algumas alterações baseadas nas experiências adquiridas com a
implantação dos primeiros PCMSO. Assim sendo, depois de vários estudos e consenso
entre representantes dos trabalhadores, empregadores e Ministério do Trabalho, foi
publicada a Portaria nº. 8, de 08/05/96, que inclui e alterou o anterior.
A NR-7 (PCMSO) tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação
ordinária através do artigo 168 e 169 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 168 – Será obrigatório o exame medico do empregado, por conta do


empregador.
§ 1º) Por ocasião da admissão, o exame médico obrigatório compreenderá
investigação clínica e, nas localidades em que houver, abreugrafia.

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§ 2º) Em decorrência da investigação clínica ou da abreugrafia, outros exames
complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade
ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer.
§ 3º) O exame médico será renovado, de seis em seis meses, nas atividades e
operações insalubres, e, anualmente, nos demais casos. A abreugrafia será repetida a
cada dois anos.
§ 4º) O mesmo exame médico de que trata o parecer será obrigatório por ocasião
da cessação do contrato de trabalho, nas atividades, a serem discriminadas pelo
Ministério do Trabalho, desde que o último exame tenha sido realizado a mais de 90
(noventa) dias.
§ 5º) Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à
prestação de primeiros socorros médicos.

Art. 169 – Será obrigatória a notificação doenças profissionais e das produzidas


em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de
conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Quanto às responsabilidades do empregador, no que diz respeito aos aspectos de


segurança e saúde do trabalhador, destacam-se os enunciados do Código de Processo
Penal (CPP), do Código de Processo Civil (CPC) e do Supremo Tribunal Federal (STF),
transcritos abaixo:
Art. 121 do CPP – este artigo pode ser aplicado nos casos de morte por acidente
do trabalho que decorre de culpa do empregador.
Art. 129 do CPP – esclarece que ofender a integridade corporal ou a saúde de
outrem tem pena de detenção de 3 meses a 1 ano; se resultar de lesão corporal de
natureza grave, a pena estende-se para 5 anos e, nos casos de incapacidade permanente
para o trabalho, a pena será de 2 a 8 anos.
Art. 132 do CPP – determina que expor a vida ou a saúde de outrem a perigo
direto ou eminente pode ter pena de detenção de 3 meses a 1 ano, se o fato não
constituir crime mais grave.
Art. 159 do CPC – diz que aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligencia ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outrem fica obrigado a
reparar o dano.
Súmula 229 do STF – estabelece que a indenização acidentária a cargo da
Previdência Social não exclui a do Direito Civil, nos casos de acidente de trabalho. Este
princípio foi consagrado pela Constituição Federal de 1988, artigo 7º - XXVII.

Documentos Complementares:
 Capítulo V do título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Portaria nº. 3.067, de 12/04/98 – aprova as normas regulamentadoras
rurais (NRR).
 Portaria nº. 24, de 29/12/94, do Secretário de Segurança e Saúde no
Trabalho, publicada no Diário Oficial da União, em 30/12/94 – em seu
Art. 1º. da nova redação à NR-7 e cria a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores, do Programa de

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Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO; em seu artigo 2º,
estabelece nova classificação para as infrações ao disposto na NR-7 de
que trata o anexo II da NR-28.
 Portaria nº. 8, de 08/05/96 – traz os aspectos levantados no acordo
tripartite envolvendo entidades representativas dos empregados e
empregadores, altera e inclui novos itens na NR-7.
 Portaria nº. 19, de 19/04/98 – altera o Quadro II (Parâmetros para
monitoração da exposição ocupacional e alguns riscos à saúde) e inclui o
Ano 1 – Quadro II (Diretrizes e Parâmetros mínimos para avaliação e
acompanhamento da audição em trabalhadores expostos a níveis de
pressão sonora elevados).
 Portaria nº. 5.051, de 26/02/99 – apresenta novos critérios e modelo para
preenchimento da CAT.
 Ordem de Serviço (INSS) OS 600, de 02/06/98 – enquadramento e
comprovação de atividades como especial.
 Ordem de Serviço (INSS) OS 606, de 05/08/98 – aprovou a Norma
Técnica sobre Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
(DORT), detalha os procedimentos para identificação do DORT.
 Ordem de Serviço (INSS) OS 608, de 05/08/98 – aprova Norma Técnica
sobre Intoxicação Ocupacional pelo Benzeno.
 Ordem de Serviço (INSS) OS 607, de 05/08/98 – aprova Normas
Técnicas sobre Perda Auditiva Neurossensorial por Exposição
Continuada a Níveis Elevados de Pressão Sonora.
 Ordem de Serviço (INSS) OS 609, de 05/08/98 – aprova Norma Técnica
sobre Pneucomoniose.
 Ordem de Serviço (INSS) OS 621, de 05/08/99 – apresenta novos
critérios e modelo para preenchimento da CAT.
 Convenção OIT nº. 161 – Decreto nº. 127, de 22/05/91 – Serviços de
Saúde do Trabalho.

NR – 8 – Edificações

A oitava norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Edificações,


dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações
para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham.
A NR-8 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do artigo 170 a 174 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 170 – As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam
perfeita segurança aos que nelas trabalhem.

Art. 171 – Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé


direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto.

Parágrafo único – Poderá ser reduzido esse mínimo, desde que atendidas as
condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho,

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sujeitando-se tal redução ao controle do órgão competente em matéria de segurança e
medicina do trabalho.

Art. 172 – Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem
depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.

Art. 173 – As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que
impeçam a queda de pessoas ou de objetos.

Art. 174 – As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores,


coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições de
segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-
se em perfeito estado de conservação e limpeza.

Documentos Complementares:

 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do


Trabalho.

NR – 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

A nona norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Programa de


Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte dos empregadores do PPRA (Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais), visando a preservação da saúde e integridade física dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho.
A NR-9 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do artigo 176 a 178 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 176 – Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com
o serviço realizado.

Parágrafo único

A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencha as


condições de conforto térmico.

Art. 177 – Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude


de instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimentas
adequadas para o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas,
isolamento térmico e recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos
contra as radiações térmicas.

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Art. 178 – As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser
mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.

Quanto a obrigatoriedade por parte do empregador de realizar avaliações


quantitativas a adotar medidas de engenharia de modo a monitorar e controlar a
exposição ocupacional do empregado aos agentes químicos, físicos e biológicos
conforme definido na NR-15 e seus respectivos anexos, vale ressaltar a existência do
artigo 200 da CLT, conforme transcrição abaixo:

Art. 200 – Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades
de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:

I................., II................., III................., IV................., V .................,

VI – proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações


ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao
ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação ou
atenuação desses efeitos, limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade
da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos
obrigatórios, limites de idade, controle permanente dos locais de trabalho e das demais
exigências que se façam necessárias;

VII ..................

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 7º inciso XXII, garante ao


trabalhador urbano e rural o exercício do trabalho dentro das condições mínimas de
segurança e higiene conforme transcrição abaixo:

Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem a melhoria de sua condição social:
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.

Documentos complementares:
 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Decreto nº. 93.413 de 15/10/86 – Convenção OIT 148 – Proteção dos
trabalhadores contra os riscos ocupacionais devido à contaminação do ar,
ao ruído e as vibrações do local de trabalho.
 Decreto nº. 1.254, de 29/09/94 – Convenção OIT 155 – Segurança e
Saúde dos Trabalhadores e o Meio Ambiente de Trabalho.
 Portaria nº. 25, de 29/12/94 – altera o texto da NR-9 (Riscos Ambientais)
e cria o PPRA.

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NR – 11 – Transporte, Movimentação, Armazenamento e Manuseio de
Materiais

A décima primeira norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é


Transporte, Movimentação, Armazenamento e Manuseio de Materiais, estabelece os
requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao
transporte, a movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma
mecânica, quanto manual, de modo a evitar acidentes no local de trabalho.
Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes causados pelos
equipamentos de içamento e transporte de materiais, ocorridos com a crescente
mecanização das atividades, que motivaram um aumento da quantidade de materiais
movimentados no ambiente de trabalho.
A NR-11 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do artigo 182 e 183 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 182 – O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre:


I – as precauções de segurança na movimentação materiais nos locais de
trabalho, os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condições especiais
a que estão sujeitas a operação e manutenção desses equipamentos, inclusive exigências
de pessoal habilitado;
II – as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de materiais,
inclusive quanto às condições de segurança e higiene relativas aos recipientes e locais
de armazenagem e os equipamentos de proteção individual;
III – a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos
equipamentos de transporte, dos avisos de proibição de fumar e de advertência quanto à
natureza perigosa ou nociva à saúde das substancias em movimentação ou em depósito,
bem como das recomendações de primeiros socorros e de atendimento medico e
símbolo de perigo, segundo padronização internacional, nos rótulos dos materiais ou
substancias armazenados ou transportados.

Parágrafo único
As disposições relativas ao transporte de materiais aplicam-se, também, no que
couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho.

Art. 183 – As pessoas que trabalharem na movimentação de materiais deverão


estar familiarizados com os métodos racionais de levantamento de cargas.
Documentos Complementares:
 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
NR – 12 – Máquinas e Equipamentos

A décima segunda norma regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é


Maquinas e Equipamentos, estabelece as medidas prevencionistas de segurança e
higiene do trabalho a serem adotadas na instalação, operação e manutenção de máquinas
e equipamentos, visando à prevenção de acidentes de trabalho.

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A NR-12 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do artigo 184 a 186 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 184 – As maquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos


de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do
trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.

Parágrafo único
É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação, e o uso de maquinas e
equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo.

Art. 185 – Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as
máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste.

Art. 186 – O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre


proteção a medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos,
especialmente quanto à proteção das partes móveis, distancia entre estas, vias de acesso
às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua
adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou elétricas.

Documentos Complementares:
 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Convenção OIT nº. 119 – Decreto nº. 1.255, 29/09/94 – proteção das
maquinas e equipamentos.
 Portaria nº.12, de 1983- altera a redação original da NR-12.
 Portaria nº. 13, de 24/10/94, edição 11/94 da SST – altera a redação
original acrescentando o Anexo 1 e o sub-item 12.3.9.
 Portaria nº. 25, de 03/12/96 – altera a redação original acrescentando o
Anexo II e o sub-item 12.3.10.
 Portaria nº. 9 de 30/03/2000 – altera a NR-12, acrescentando os sub-itens
12.3.11 e 12.3.11.1.
 ABNT NB 033 – uso, cuidados e proteção das ferramentas abrasivas.
 ABNT NBR 13.536 – Máquinas injetoras para plásticos e elastômeros –
requisitos técnicos de segurança, projeto, construção e utilização.
 ABNT NBR 13.543 – movimentação de carga, laço de cabo de aço,
utilização e inspeção.
 ABNT NBR 6.327 – cabos de aço para usos gerais.
 Convenção OIT nº. 127 – peso máximo de carga que pode ser
transportado pelo trabalhador.

NR – 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria e


Construção.

A décima oitava norma regulamentadora, cujo título é Condições e Meio


Ambiente de Trabalho na Indústria e Construção, estabelece diretrizes de ordem

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administrativa, de planejamento e organização, com o objetivo de implementar
procedimentos de aspecto preventivo relacionados às condições de trabalho na
construção civil.
A NR-18 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do inciso 1 do artigo 200 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 200 – Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades
de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:

I – medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual


em obras de construção, demolição ou reparos;

Documentos Complementares:
 Portaria nº. 4, de 04/07/95 – estabelece diretrizes visando a
implementação de aspectos preventivos, de modo a garantir condições
mínimas de segurança na Indústria de Construção Civil.
 Portaria nº. 63 de 28/12/98 – altera texto da NR-18
 Portaria nº. 5.051, de 26/02/99 – apresenta o novo modelo para
preenchimento da CAT.
 OS 621 do INSS, de 05/05/99 – manual de instrução para preenchimento
da Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT.
 ABNT NBR 5.413 – Meios de Iluminação de interiores.
 ABNT NBR 6.327 – Cabos de aço – Usos gerais.
 ABNT NBR 12.246 – Prevenção de acidentes em espaços confinados.

NR – 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.

A vigésima quarta norma regulamentadora para o trabalho urbano, cujo título é


Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, determina requisitos
básicos para as instalações sanitárias e de conforto, a serem observadas nos locais de
trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas,
alojamentos e água potável. Os estabelecimentos devem dispor de instalações sanitárias
mantidas em bom estado de asseio e higiene, separadas por sexo, além dos outros
aspectos construtivos e de conservação predial.
A NR-24 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária
através do inciso VII do artigo 200 da CLT, transcrito abaixo:
Art. 200 – Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições
complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades
de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:
VII – higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências,
instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e
armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições,
fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de
sua execução, tratamento de resíduos industriais;

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Documentos Complementares:
 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Portaria nº. 13, de 17/09/93 – altera o sub-item 24.3.15.4.

NR – 25 – Resíduos Industriais

A vigésima quinta norma de trabalho, cujo título é Resíduos Industriais


estabelece as medidas preventivas a serem observadas pelas empresas sobre o destino
final a ser dado aos resíduos industriais resultantes do ambientes do trabalho, visando à
prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores.
A NR-25 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação
ordinária através do inciso VII do artigo 200 da CLT, transcrito abaixo:

Art. 200 – Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades
de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:
VII – higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências,
instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e
armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições,
fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de
sua execução, tratamento de resíduos industriais;

Documentos Complementares:
 Capítulo V do Título II da CLT – refere-se à Segurança e Medicina do
Trabalho.
 Lei nº. 9.605, de 13/02/98 – dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências.
 ABNT NBR 10.004 – Resíduos Sólidos.
 ABNT NBR 10.007 – Amostragem de resíduos.
 ABNT NBR ISSO 14.010 – Diretrizes para auditoria ambiental –
Princípios Gerais.
 ABNT NBR ISSO 14.011 – Diretrizes para auditoria ambiental –
Auditoria de sistemas de gestão ambiental.
 ABNT NBR ISSO 14.012 – Diretrizes para auditoria ambiental –
Critérios de qualificação para auditores ambientais.

NR – 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho


no Ministério do Trabalho.

A vigésima sétima norma regulamentadora do trabalho, cujo título é Registro


Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho,
estabelece os requisitos para o registro profissional para o exercício da função de
Técnico de Segurança do Trabalho.

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A NR-27 tem sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação
ordinária, especificamente através do artigo 2º da Lei nº. 7.410, de 27/11/85, e o
Decreto nº. 92.530, de 09/04/86, transcritos abaixo:
Lei nº. 7.410, de 27 de Novembro de 1985:
Art. 2º) O exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho será
permitido, exclusivamente:
I – Ao portador do certificado de conclusão do curso de Técnico de
Segurança do Trabalho, a ser ministrado no país em estabelecimento de ensino de 2º
grau;
II – Ao portador de certificado de conclusão de curso de Supervisor de
Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário pelo Ministério do Trabalho;
III – Ao possuidor de registro de Supervisor de Segurança do Trabalho,
expedido pelo Ministério do Trabalho, até a data fixada na regulamentação desta Lei.

Decreto nº. 92.530, de 09 de abril de 1986:


Art. 7º) O exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho
dependo do registro no Ministério do Trabalho.

Documentos Complementares:
 Lei nº. 7.410, de 27/11/85 – dispõe sobre a especialização de
Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho e
a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho.
 Decreto nº. 92.530, de 09/04/86 – regulamenta a Lei nº. 7.410, de
27/11/85, que dispõe sobre a especialização de Engenheiros e
Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho e a profissão de
Técnico de Segurança do Trabalho e dá outras providencias;
 Portaria nº. 13, de 20/12/95 – alterou a redação original da NR-27.

DECRETO 1.255, DE 29 DE SETEMBRO DE 1994.

Promulga a Convenção nº. 119, da Organização Internacional do Trabalho, sobre


Proteção das Máquinas, concluída em Genebra, em 25 de junho 1963.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 84, inciso VIII, da Constituição, e considerando que a Convenção número 119,
sobre proteção das máquinas, da Organização Internacional do Trabalho, foi concluída
em Genebra, em 25 de junho de 1963;
Considerando que a Convenção ora promulgada foi oportunamente submetida ao
Congresso Nacional, que a aprovou por meio do Decreto Legislativo número 232, de 16
de dezembro de 1991, publicado no Diário Oficial da União, número 244, de 17 de
dezembro de 1991;
Considerando que a Convenção ora promulgada entrou em vigor internacional
em 21 de abril de 1965;
Considerando que o Governo brasileiro depositou a Carta de Ratificação, do
instrumento multilateral em epígrafe em 16 de abril de 1992, passando o mesmo a
vigorar, para o Brasil, em 16 de abril de 1993, na forma do seu artigo 19.

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DECRETA:
Art. 1º) A Convenção número 119, da Organização Internacional do Trabalho,
sobre Proteção das Máquinas, concluída em Genebra, em 25 de junho de 1963, apenas
por cópia a este Decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Art. 2º) O presente Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, em 29 de setembro de 1994, 173º da Independência e 106º da


República.

ITAMAR FRANCO

Roberto Pinto F. Mameri Abdenur

CONVENÇÃO NÚMERO 119, DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO


TRABALHO, RELATIVA À PROTEÇÃO DAS MÁQUINAS, ADOTADA EM GENEBRA,
EM 25 DE JUNHO DE 1963/MRE.

Convenção 119
CONVENÇÃO RELATIVA À PROTEÇÃO DAS MÁQUINAS
(Adotada em Genebra, em 25 de junho de 1963)
A conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho.

Convocada em Genebra pelo Conselho de Administração da Repartição


Internacional do Trabalho e tendo-se reunido em 5 de junho de 1963, em sua
quadragésima sétima sessão;
Após haver decidido adotar diversas proposições relativas à proibição de venda,
locação e utilização das máquinas desprovidas de dispositivos de proteção apropriados,
questão que constitui o quarto ponto da ordem do dia da sessão;
Após haver decidido que essas proposições tomariam a forma de uma convenção
internacional, adota, neste vigésimo quinto dia do mês de junho 1963, a seguinte
Convenção que será denominada Convenção sobre a Proteção das Máquinas, 1963:
Parte I – Disposições Gerais
Parte II – Venda; locação; cessão a qualquer outro título e exposição;
Parte III – Utilização;
Parte IV – Medidas de Aplicação;
Parte V – Campo de Aplicação;
Parte VI – Disposições Finais.

PARTE I – Disposições Gerais

Artigo 1

1. Todas as máquinas, novas ou de segunda mão, movidas por forças não-


humanas serão consideradas máquinas para os fins de aplicação da presente convenção.

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2. A cessão a qualquer outro título e a exposição de máquinas cujos
elementos perigosos, especificados nos parágrafos 3 e 4 do presente artigo, estiverem
desprovidos de dispositivos de proteção apropriados, deverão, na medida determinada
pela autoridade competente, ser proibidas pela legislação ou impedidas por outras
medidas igualmente eficazes. Entretanto a retirada provisória, durante a exposição de
uma máquina, de dispositivos de proteção, para fins de demonstração, não será
considerada como uma infração à presente disposição, com a condição de que as
precauções apropriadas sejam tomadas para proteger as pessoas contra qualquer risco.
3. Todos os parafusos de meia rosca, parafusos de fixação, e chaves,
assim como outras peças que formem saliências nas partes móveis das máquinas que
forem suscetíveis igualmente de apresentarem perigo para as pessoas que entrarem em
contato com as mesmas, quando estiverem em movimento, deverão ser desenhados,
embutidos ou protegidos a fim de prevenir esses perigos.
4. Todos os volantes, engrenagens, cones ou cilindros de fricção,
excêntricos, polias, correias, correntes, pinhões, roscas sem fim, bielas e corrediças,
assim como os trastes (inclusive as extremidades) e outras peças de transmissão que
forem suscetíveis igualmente de apresentar perigo para as pessoas que entrarem em
contato com esses elementos, quando estes estiverem em movimento, deverão ser
desenhados ou protegidos a fim de prevenir estes perigos. Os controles das máquinas
deverão ser desenhados ou protegidos, a fim de prevenir qualquer perigo.

Artigo 3

1. As disposições do artigo 2 não se aplicarão às máquinas ou a suas partes


perigosas especificadas naquele artigo que:
a) oferecem, em virtude da sua construção, segurança idêntica à que
apresentariam dispositivos de proteção apropriados;
b) são destinados a ser instalados ou colocados de maneira que, em virtude
de sua instalação ou colocação, ofereçam segurança idêntica à que
apresentariam dispositivos de proteção apropriados.
2. A proibição de venda, locação, transferência a qualquer outro título ou
exibição de maquinaria prevista nos parágrafos 1 e 2 do artigo 2 não se aplica a
máquinas que, pelo simples motivo de que sejam desenhadas de tal maneira que os
requisitos dos parágrafos 3 e 4 daquele artigo não estejam plenamente preenchidos
durante as operações de manutenção, de lubrificação, de mudança de peças e
regulagem, se tais operações puderem ser realizadas de conformidade com as normas de
segurança usuais.
3. As disposições do artigo 2 não prejudicarão a venda ou a cessão, a
qualquer outro título, das máquinas para armazenagem, destruição ou
recondicionamento. Entretanto, tal maquinaria não será vendida, alugada, ou transferida
a qualquer outro título ou exibida após ser armazenada ou recondicionada, a não ser que
esteja protegida de conformidade com as referidas disposições.

Artigo 4

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A obrigação de aplicar as disposições do artigo 2 deverá recair sobre o vendedor,
o locador, a pessoa que cede a máquina a qualquer outro título ou o expositor, assim
como, nos casos apropriados, de conformidade com a legislação nacional, sobre os
respectivos mandatários. O fabricante que vende, aluga, cede a qualquer outro título ou
expõe as máquinas, terá a mesma obrigação.

Artigo 5

1. Todo membro poderá prever uma derrogação temporária às disposições do


artigo 2.
2. As condições e a duração desta derrogação temporária, que não pode
ultrapassar três anos a partir da entrada em vigor da presente convenção para o membro
interessado, deverão ser determinadas pela legislação nacional ou por outras medidas
igualmente eficazes.
3. Para fins de aplicação do presente artigo, a autoridade competente deverá
consultar as organizações mais representativas de empregadores e trabalhadores,
interessados assim como, se for o caso, as organizações dos fabricantes.

PARTE II – Utilização

Artigo 6

1. A utilização das máquinas, das quais qualquer dos elementos perigosos,


inclusive as partes móveis (zona de operação), está sem os dispositivos de proteção
apropriados, deverá ser proibida pela legislação nacional ou impedida por outras
medidas igualmente eficazes. Entretanto, quando esta interdição não puder ser
plenamente respeitada sem impedir a utilização da máquina, ela deve, não obstante,
aplicar-se na medida em que esta utilização o permitir.
2. As máquinas deverão ser protegidas de maneira que a regulamentação e
as normas nacionais de segurança e de higiene de trabalho sejam respeitadas.

Artigo 7

A obrigação de aplicar as disposições do artigo 6 deverão recair sobre o


empregador.

Artigo 8

1. As disposições do artigo 6 não se aplicam às máquinas ou aos elementos


das máquinas, que, em virtude de sua construção, de sua instalação ou de sua colocação,
ofereçam segurança idêntica à que apresentariam dispositivos de proteção apropriados.

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2. As disposições do artigo 6 e do artigo 11 não prejudicarão as operações
de manutenção, de lubrificação, de mudanças das partes móveis ou de regulagem das
máquinas ou elementos de máquinas, efetuadas de conformidade com as normas usuais
de segurança.

Artigo 9

1. Todo membro poderá prever uma derrogação temporária às disposições


do artigo 6.
2. As condições e a duração desta derrogação temporária, que não poderá
ultrapassar três anos a partir da entrada em vigor da presente convenção, para o membro
interessado, deverão ser determinados pela legislação nacional ou por outras medidas
igualmente eficazes.
3. Para os fins de aplicação do presente artigo, a autoridade competente
deverá consultar as organizações mais representativas de empregadores e de
trabalhadores interessados.

Artigo 10

1. O empregador deverá tomar as medidas para pôr os trabalhadores ao


corrente da legislação nacional relativa à proteção das máquinas e deverá informá-los,
de maneira apropriada, dos perigos provenientes da utilização das máquinas, assim
como das precauções a serem tomadas.
2. O empregador deve estabelecer e manter os ambientes em condições tais
que os trabalhadores que lidem com as máquinas de que trata a presente convenção não
corram perigo algum.

Artigo 11

1. Nenhum trabalhador deverá utilizar uma máquina sem que os dispositivos de


proteção de que é provida estejam montados. Não poderá ser solicitado a qualquer
trabalhador que utilize uma máquina sem que os dispositivos de proteção de que é
provida estejam montados.
2. Nenhum trabalhador deverá tornar inoperantes os dispositivos de proteção de
que seja provida a máquina que utilizar. Os dispositivos de proteção de que seja provida
uma máquina destinada a ser utilizada por um trabalhador não devem ser tornados
inoperantes.

Artigo 12

A ratificação da presente convenção não prejudicará os direitos dos


trabalhadores provenientes das legislações nacionais de previdência social ou de seguro
social.

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Artigo 13

A disposição da presente parte da convenção que se relaciona com as obrigações


dos empregadores e dos trabalhadores aplicar-se-á, se a autoridade competente assim o
decidir, e na medida por ela fixada, aos trabalhadores independentes.

Artigo 14

Para os fins de aplicação da presente parte desta convenção, o termo


‘empregador’ designa igualmente, quando for o caso, o mandatário do empregador no
sentido que lhe dê a legislação nacional.

PARTE IV – Medidas de Aplicação

Artigo 15
1. Todas as medidas necessárias, inclusive medidas que prevejam
sanções apropriadas, deverão ser tomadas para assegurar a aplicação efetiva das
disposições da presente convenção.
2. Todo membro que ratificar a presente convenção compromete-se a
encarregar os serviços de inspeção apropriados do controle da aplicação de suas
disposições ou de verificar que seja assegurada uma inspeção adequada.

Artigo 16

Qualquer legislação nacional que efetivar as disposições da presente convenção


deverá ser elaborada pela autoridade competente após consulta às organizações mais
representativas de empregados e empregadores interessados, assim como, ocorrendo o
caso, às organizações de fabricantes.

PARTE V – Campo de Aplicação

Artigo 17

1. As disposições da presente convenção aplicar-se-ão a todos os


setores da atividade econômica, a menos que o membro que ratificar a convenção não
restrinja a aplicação por uma declaração anexa à sua ratificação.

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2. No caso de uma declaração que restrinja assim a aplicação das
disposições da presente convenção:
a) as disposições da convenção devem aplicar-se, ao menos, às empresas ou aos
setores de atividade econômica que a autoridade competente, após consulta aos serviços
de inspeção do trabalho e às organizações mais representativas de empregadores e
empregados interessados, considere como grande utilizadores de máquinas; a iniciativa
de consulta poderá ser tomada por qualquer das referidas organizações;
b) O membro deverá indicar, nos relatórios a serem submetidos por força do
artigo 22 da Constituição da Organização Internacional do Trabalho, quais foram os
progressos realizados com vistas à maior aplicação das disposições da convenção.
3. Todo membro que fizer uma declaração de conformidade com o
parágrafo 1 acima, poderá, a qualquer momento, anulá-la, total ou parcialmente, por
uma declaração posterior."

PARTE VI – Disposições Finais

Artigo 18

As ratificações formais da presente Convenção deverão ser comunicadas ao


Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho e por ele registradas.

Artigo 19

1. A presente Convenção não obrigará senão os Membros da Organização


Internacional do Trabalho cuja ratificação tenha sido registrada pelo Diretor-Geral.
2. A presente Convenção entrará em vigor 12 (doze) meses depois que as
ratificações de 2 (dois) Membros tiverem sido registradas pelo Diretor-Geral.
3. Posteriormente, esta Convenção entrará em vigor para cada Membro 12
(doze) meses depois da data em que sua ratificação for registrada.

Artigo 20

1. Todo Membro que tenha ratificado a presente Convenção poderá


denunciá-la ao fim de um período de 10 (dez) anos depois da data da entrada inicial em
vigor da Convenção, por ato comunicado ao Diretor-Geral da Repartição Internacional
do Trabalho e por ele registrado. Essa denúncia só terá efeito 1 (um) ano depois de
registrada.
2. Todo Membro que, tendo ratificado a presente Convenção dentro do
prazo de 1 (um) ano depois da expiração do período de 10 (dez) anos mencionados no
parágrafo precedente, não fizer uso da faculdade de denúncia prevista pelo presente

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artigo, ficará comprometido por novo período de 10 (dez) anos, e, posteriormente,
poderá denunciar a presente Convenção ao fim de cada período de 10 (dez) anos nas
condições previstas no presente artigo.
Artigo 21

1. O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho notificará a


todos os Membros da Organização Internacional do Trabalho o registro de todas as
ratificações e denúncias que lhe forem comunicadas pelos Membros da Organização.
2. Ao notificar aos Membros da Organização o registro da segunda
ratificação que lhe for comunicada, o Diretor-Geral chamará a atenção dos Membros da
Organização sobre a data em que a presente Convenção entrar em vigor.

Artigo 22

O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho notificará a todos os


Membros da Organização Internacional do Trabalho o registro de todas as ratificações e
denúncias que lhe forem comunicadas pelos Membros da Organização.

Artigo 23

Sempre que julgar necessário, o Conselho de Administração da Repartição


Internacional do Trabalho apresentará a Conferência Geral um relatório sobre a
aplicação da presente Convenção e decidirá da oportunidade de inscrever na ordem do
dia da Conferência a questão da sua revisão total ou parcial.

Artigo 24

1. Caso a Conferência adote nova Convenção de revisão total ou parcial da


presente Convenção, e a menos que a nova Convenção disponha de outra forma:
a) a ratificação por Membro da nova Convenção revista provocará, de pleno direito, não
obstante o artigo 20 acima, denúncia imediata da presente Convenção, sob reserva de
que a nova Convenção revista tenha entrado em vigor;
b) a partir da data da entrada em vigor da nova Convenção revista, a presente
Convenção não estará mais aberta à ratificação dos Membros.

2. A presente Convenção ficará, em qualquer caso, em vigor em sua forma


e teor, para os Membros que a tiverem ratificado e que não ratificarem a Convenção
revista.

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Artigo 25

As versões em francês e em inglês ao texto da presente Convenção fazem


igualmente fé.
O texto precedente e o texto autêntico da Convenção devidamente adotada pela
Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho em sua Quadragésima
Sétima Sessão, em Genebra e declarada encerrada em 26 de junho de 1963.

BIBLIOGRAFIA:

o Constituição Federal
o CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
o Normas Regulamentadoras – Portaria 3.214/78
o Código Civil Brasileiro
o Código Penal Brasileiro
o Legislação – Prof. Jacson R. Campomizzi
o Normas Regulamentadoras Comentadas – Juarez Benito e outros

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