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Artigo 334.

º - (Abuso do direito)

- É ilegítimo o exercício de um direito, quando o titular exceda manifestamente os


limites impostos pela boa-fé, pelos bons costumes ou pelo fim social ou económico
desse direito.

Como devemos interpretar a palavra ilegítimo? - É algo ilícito

Como devemos interpretar o exercício de um direito? É necessário interpretar de


forma extensiva, não apenas situações jurídicas ativas ou passivas, sendo direitos ou
deveres, que cabem aplicação do 334º do CC

Exceder manifestamente, o que é isto? - Em termos de aplicação causa incerteza, isto


traz confusão, apesar de ser bom para os advogados e para os professores em termos de
investigação

O que é boa-fé, bons costumes e o fim social? – Não há relevância económica ou


social, este critério é afastado

Existe apenas a boa-fé e os bons costumes, apesar de tudo se consolidar no conceito de


boa-fé devido ao facto de estarmos numa sociedade amoral

Bons costumes- A definição clássica baseia-se na moral social familiar e sexual


dominante, a nossa ordem jurídica e sociedade é amoral, sendo assim impossível
identificar uma moral dominante. Isto permite aos tribunais serem guiados por estes
mesmos costumes

Boa-fé- É o espírito do sistema privado português, abrange os princípios nucleares do


sistema jurídico, não é de sentido ético e puramente formal, corresponde a um sentido
diferente em outras ordens jurídicas que não a portuguesa. É necessário interpretar a
boa-fé

Dois princípios substantivos ao princípio da boa-fé- O princípio da tutela da


confiança e da primazia da materialidade subjacente

A boa-fé era invocada em várias situações tipo, como o caso do venire contra factum
proprium e outras situações deste tipo. Estas situações são ligadas aos fundos comuns-
São dados a este fundo comum o nome dos princípios são o princípio da tutela da
confiança e da primazia da materialidade subjacente

A primazia da materialidade subjacente- Princípio fulcral para o pensamento

Principais quatro elementos da tutela da confiança

- Situação de confiança- É necessário analisar se existe esta situação de confiança, de


modo a ver se se verifica esta situação, nem toda a confiança é passível de ser protegida
pela ordem jurídica; Este elemento pode agregar a justificação da confiança, daí o
professor regente António Barreto Menezes Cordeiro considerar que há uma gralha na
tutela de confiança do professor Menezes Cordeiro
- Justificação da confiança- É aqui que se verifica se é protegido pela ordem jurídica,
se existe ou não algum tipo de perda; Este elemento oode desaparecer se na situação de
confiança se considerar que é passível de ser protegida pela ordem jurídica

- Investimento da confiança- Houve um investimento de confiança por parte do sujeito


noutra pessoa

- Imputação da confiança- Quem foi culpado por estado de confiança e de se


considerar que determinada pessoa iria agir como essa pessoa achava que ia

Vai ser encontrado nas várias situações tipo

- Suppressio surrectio- São quatro elementos que já abordamos, mais um, no caso a
passagem do tempo- A passagem do tempo dá segurança aos nossos tribunais; -
Ninguém perde direitos, não perde o direito de propriedade e não ganha direito de
propriedade

Inalegabilidade formal- Isto não existe no direito português para o professor Menezes
Cordeiro, porém os tribunais dizem que sim. O contrato de promessa compra e venda de
um determinado imóvel e acaba por ser anulável

Direito Constitucional II

História Constitucional Portuguesa

Bibliografia- Lições de Direito Constitucional II- José Melo Alexandrino; Direito


Constitucional Português Volume II- Paulo Otero; Curso de Direito Constitucional,
Tomo I – Carlos Blanco Morais; O Sistema Político- Carlos Blanco Morais; Atos
legislativos- Jorge Miranda

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