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Universidade de Uberaba
Reitor:
Marcelo Palmério
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Editoração:
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Capa:
Toninho Cartoon
Edição:
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
M463 Mecânica dos solos / Diego Mendonça Arantes ... [et al.]. – Uberaba:
Universidade de Uberaba, 2012.
180 p.: il. color.
ISBN 978-85-7777-487-6
CDD: 624.15136
Sobre os autores
Você está recebendo o livro Mecânica dos solos, composto por quatro
capítulos.
Bons estudos!
Capítulo
Fundamentos de
mecânica dos solos
1
Introdução
Desde os tempos mais remotos, o homem tem a necessidade
de trabalhar com solos. Essa necessidade é tão antiga quanto a
civilização humana. O que prova essa afirmação é a existência de
grandes construções representadas pelos templos da Babilônia,
pirâmides do Egito, grande Muralha da China, os aquedutos e as
estradas do Império Romano que, com certeza, apresentaram, no
passado, problemas de fundações e de obras de terra (CAPUTO,
1985, p. 1).
Bons estudos!
UNIUBE 3
Objetivos
Ao final deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
1.1 Origem, formação, classificação e estrutura dos solos
1.2 Mecânica dos solos
1.3 Índices físicos dos solos
Quando qualquer pessoa pensa em solo, tem ela uma ideia direta de
terra, material solto, base para a vida humana. Agora, em se tratando
de conceituação profissional de solo, cada um relevará o que de mais
importante o solo oferecer para sua profissão.
4 UNIUBE
EXEMPLIFICANDO!
IMPORTANTE!
PESQUISANDO
Areia
De acordo com Braga et al. (2005) a formação dos solos resulta da ação
combinada de cinco elementos, que são: clima (pluviosidade, umidade,
temperatura etc.), fonte dos organismos (vegetação, microorganismos
decompositores, animais), material de origem, relevo e idade.
SAIBA MAIS
1.2.1 Granulometria
Diâmetro [mm] 0,075 0,106 0,177 0,25 0,425 0,85 1,14 2,0
PESQUISANDO
I. prepara-se uma pasta com solo que passa pela peneira #40,
fazendo-a rolar com a palma da mão sobre uma placa de vidro,
formando um cilindro;
II. quando o cilindro atingir o diâmetro de 3 mm e apresentar
fissuras, mede-se a umidade do solo;
III. este procedimento é repetido ao menos 5 vezes;
IV. o limite de plasticidade é definido como o valor médio das
umidades calculadas anteriormente.
PESQUISANDO
IP = wI - wp
Classificação do solo conforme seu índice de plasticidade:
• IP = 0 – Não Plástico;
• 1<IP<7 – Pouco Plástico;
• 7<IP<15 – Plasticidade Média;
• IP>15 – Muito Plástico.
wl – w
IC =
IP
18 UNIUBE
EXEMPLIFICANDO!
Ar
Água
Partículas
Sólidas
Figura 6: Diagrama de fases do solo.
Pesos Volumes
Ar Va
Vv
P Pw Água Vw V
Partículas
Ps Vs
Sólidas
Pw
w= .100
Ps
A umidade é geralmente expressa em termos de porcentagem. Para sua
determinação laboratorial, deve-se secar uma amostra natural do solo,
previamente pesada, em estufa a 105ºC até a constância do peso. Após,
pesa-se novamente a amostra de solo. A diferença de pesos, antes e
após a secagem, corresponde ao peso da água evaporada.
Vv Va + Vw
e
= =
Vs Vs
Vv Va + Vw Va + Vw
n
= = =
V V Va + Vw + Vs
UNIUBE 21
Vw Vw
S
= = .100
Vv Va + Vw
Ps
γs =
Vs
Pode ser determinado em laboratório através da utilização de um
equipamento chamado picnômetro (Figura 8), da seguinte maneira
(acompanhe os passos do procedimento nas figuras 9 e 10):
Figura 8: Picnômetro.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Pc + Ps + = Pc+Ps+Pw*
Picnômetro com
Picnômetro Solo Seco Água
solo e água
Figura 9: Representação do peso do picnômetro com o solo seco e água.
Ps
Ar
e
ys+ys.w ys.w Água S.e e+1
Partículas
ys 1
Sólidas
EXEMPLIFICANDO!
1. Uma amostra de solo foi coletada em campo. Verificou-se que a amostra,
juntamente com seu recipiente, pesavam 120,45 g. Após permanecer
em estufa, a 105 ºC, até estabilizar o peso, o conjunto pesava 110,92 g.
Sendo a massa do recipiente de coleta da amostra de 28,72 g, qual a
umidade deste solo?
Mw 9,53
w
Do modo como definimos umidade,= = .100
= 11,59%
Ms 82, 20
2. Esta mesma amostra de solo foi imersa em água e agitada com dispersor
para eliminar bolhas de ar. Após, a mistura foi colocada num picnômetro
completando-se o volume com água; este conjunto apresentava massa
de 632,15 g. Sabe-se que o picnômetro com água pesa 601,46 g. Qual a
massa específica dos grãos?
Pelo experimento anterior, foi verificado que a massa do solo seco, Ms,
corresponde a 82,20 g.
Ms 82, 20
Ps
= = = 1,59 g / cm3
Vs 51,51
Note que, para peso específico, usamos a letra grega (gama); no entanto,
para massa específica é comum usar a letra (rô).
UNIUBE 25
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Atividade 5
Referências
Introdução
Prezado(a) aluno(a).
Objetivos
Ao final desse capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
2.1 Propagação e distribuição de tensões
2.2 Resistência ao cisalhamento
2.3 Compressibilidade e adensamento
2.4 Estabilidade de taludes
2.5 Compactação
2.6 Rebaixamento de lençol freático
IMPORTANTE!
PESQUISANDO
σ = ∑ N área
τ = ∑ T área
UNIUBE 33
N V γ A.h.λ
σ=
v = = = h.γ n
A A A
Em que:
m = hw .λw
σ= σ ' + m
Em que:
σ= Tensão Normal;
σ’= Tensão Efetiva;
µ= Tensão Neutra;
UNIUBE 35
Tensão
τ cisalhante
τ
IMPORTANTE!
SINTETIZANDO...
Ressaltamos que quanto maior for o nível de tensão efetiva, maior será a
capacidade do solo de resistir a tensões de cisalhamento. Como os solos
não resistem à tensão de tração, a tensão efetiva não pode ser negativa.
NA
γ = 15KN/m³
Areia fina argilosa mediamente compactada
γ = 19KN/m³
γ = 17KN/m³
γ = 15KN/m³
Figura 4: Variação de tensões efetivas.
KN
γ w = 10
m3
KN
σ= 15.6 + 19.4 → σ= 166
m3
KN 100 KN
m= γ w .h → m= 10.10 → m=
m3 m3
KN
σ ' =σ − m → σ ' =166 − 100 → σ ' =66 3
m
38 UNIUBE
EXEMPLIFICANDO!
NA = NT
0
γ = 17 KN/m3
–4
γ = 20 KN/m 3
–6
γ = 22 KN/m3
– 10
Resolução:
10 KN
γw =
m3
108 KN
σ =17.4 + 20.2 → 68 + 40 =σ =
m3
48 KN
m= γ wxh → m= 10 x 6 → m=
m3
3Pz 3
∆a = 5
2π R
σ v = ∑ y.Z
IMPORTANTE!
EXEMPLIFICANDO!
Resolução
Portanto:
2.2.5 Coeficientes A e B
∆u= B [ ∆σ 3 + A(∆σ 1 − ∆σ 3 ) ]
Av
= C j .n.∆u
v
Como uma massa de solo não se comporta como um material elástico
e isótopo, tem-se que:
∆σ 1 + ∆σ 2 + ∆σ 3
( ∆σ 1 − ∆σ 2 ) + ( ∆σ 2 − ∆σ 3 ) + ( ∆σ 1 − ∆σ 3 )
2 2 2
=∆u +α
3
2.3.1 Compressibilidade
Po= p + u
52 UNIUBE
σ εr
∑= εa
v= −
εa
UNIUBE 53
Ε(σ c ) =
Ε a .Pa .(σ c | Pa ) 2
Em que:
Rígida Flexível
Tipo de placa
Centro Borda
H 2 .m
t =
k
56 UNIUBE
PARADA OBRIGATÓRIA
ε
Ele é dado pela equação: U z =
εf
e1 − e2
A deformação final é dada pela equação: ε =
1 + e2
Num instante t qualquer: ε = e1 − e
1 + e1
Portanto, o grau de adensamento é a relação entre a variação do índice
de vazios até o instante t e a variação total do índice de vazios devido
ao carregamento.
e1 − e
1 + e1 e1 − e
=U =
e1 − e2 e1 + e2
1 + e1
Pinto (2006) ilustra na Figura 14, a seguir, a representação da variação
linear do índice de vazios com a pressão efetiva. Esta representa um
solo que está submetido à tensão efetiva com um índice de vazios e1.
Ao aplicar um acréscimo de pressão total, surge uma pressão neutra de
igual valor, ui e não há variação de índice de vazios.
Assim:
e1 − e AB BC σ − σ 1
U
= = = =
e1 + e2 AD DE σ 2 − σ 1
σ 2 − σ1 =
m1
n
Quando U < 60% → T = .U 2 (equação de uma parábola);
4
T3
Outra fórmula aproximada é dada por Brinch Hansen (1970): U = i 3
T + 0,5
sendo válida para todos os valores de t.
Tabela 5: Valores de U
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3
50% 0,20 0,29 0,09
90% 0,85 0,93 0,72
Fonte: Pinto (2006, p.106).
60 UNIUBE
Cv , t
T=
H d2
EXEMPLIFICANDO!
Resolução:
15
U= ∴U = 0,3
50
Para U=0,3, de acordo com a tabela, temos T = 0,0707.
3 meses = 90 dias - 90 dias é 9 vezes maior que 10 dias. Daí, tem que:
=T 9 x 0, 0707
= ∴T 0, 6363
PESQUISANDO
• levantamento topográfico;
• estudo das estruturas geológicas;
• exploração de subsolo com sondagens a trado, sondagens SPT,
sondagens rotativas e outros ensaios como CPT, palheta etc.;
• fatores ambientais como clima, ecossistema e fatores humanos.
Causas externas:
Causas internas:
PESQUISANDO
PESQUISANDO NA WEB
2.5 Compactação
IMPORTANTE!
2.5.1.1 Soquetes
Os soquetes são equipamentos, mecânicos ou manuais, que podem
pesar, no mínimo, 15 kg. Por possuírem um porte menor que as demais
máquinas compactadoras, eles são usados em obras pequenas e de
difícil acesso. Para haver uma excelente compactação, as camadas
devem ter, no máximo, 15 cm.
Os rolos lisos são cilindros de aço que não possuem protuberância. Esses
rolos podem ou não ser preenchidos por areia, cascalho ou pedregulho,
de acordo com a necessidade de cada obra. Esses preenchimentos são
colocados dentro do cilindro para que este ganhe mais peso e exerça
maior pressão sobre o solo (Figura 19):
Por possuírem uma pressão mais alta, eles podem compactar camadas
de até 25 cm. Os rolos pneumáticos de dimensão pequena são usados
na compactação de argilas arenosas, siltes arenosos. Para areias com
74 UNIUBE
EXEMPLIFICANDO!
Ensaio 1 2 3 4 5
Massa do corpo
2,116 2,185 2,242 2,264 2,242
de prova [Kg]
Umidade do solo
22,07 23,70 25,90 27,97 30,09
compactado
76 UNIUBE
A partir destes dados, determine: (a) a curva de compactação deste solo; (b)
a massa específica seca máxima; e (c) a umidade ótima de compactação.
Mw = w.Ms
• resolvendo a igualdade:
M w.Ms + Ms
=
M Ms (1 + w)
=
M
Ms =
1+ w
Ensaio 1 2 3 4 5
Massa do solo
1,734 1,767 1,781 1,769 1,724
seco [Kg]
UNIUBE 77
Como o volume de solo coletado foi de 1000 cm³, volume dado pelo cilindro
utilizado na coleta da amostra, podemos escrever a massa específica do
solo seco em g/cm³ como sendo:
Ms.1000
ps =
Vc
Em que: é a massa específica seca, Ms a massa do solo seco em Kg e Vc
o volume do cilindro em cm³.
Logo:
Ensaio 1 2 3 4 5
Massa específica do
1,734 1,767 1,781 1,769 1,724
solo seco [g/cm³]
ys campo
G.C = x100
γ scmáx laboratório
∆W
= Wcampo − Wótima
DICAS
Em que:
RELEMBRANDO
2.5.4 Ensaios
Proctor
10,0 12,73 1000 2,5 26 30,5
Normal
CURIOSIDADE
Foi proposto, em 1933, pelo engenheiro Ralph Proctor, que lhe deu este
nome!
p.L.n.N
É definida pela equação: E =
V
82 UNIUBE
Em que:
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Considera-se que:
SAIBA MAIS
Quanto menor for o K, menor fluxo de água escoa pelos vazios do solo e,
assim, o solo é considerado impermeável.
86 UNIUBE
2.6.2.3 Ponteiras
2.6.2.6 Execução
2.6.2.10 Drenos
São utilizadas quando outros sistemas não são viáveis, sendo que se usa
dreno de alívio para as rochas e drenos horizontais profundos para solos.
92 UNIUBE
Em casos extremos, pode ocorrer que o lençol tenha que ser rebaixado
permanentemente, utilizando os mesmos sistemas, apenas aumentando
a durabilidade dos mesmos.
Sondagens SPT
• do nível estático do lençol freático;
Standard
• cota do horizonte impermeável; Penetration Test
• cota do fundo de escavação;
• croqui de localização da área com detalhes de rios, vales, lagos,
mar etc.;
• sondagens SPT e descrição litológica.
REGISTRANDO
Resumo
• Resistência ao cisalhamento
Trabalhamos aspectos relacionados à resistência ao cisalhamento dos
solos e os principais ensaios utilizados para sua determinação, bem
como suas aplicações práticas.
• Compactação
Aprendemos o que é compactação, sua aplicação e os principais
equipamentos utilizados para este fim.
• Estabilidade de taludes
Compreendemos o que é um talude, os aspectos que determinam sua
estabilidade e como identificar possíveis áreas de instabilidades.
Atividades
Atividade 1
1 – o teor de umidade;
2 – o peso específico do aterro;
3 – o peso específico dos grãos;
4 – o índice de vazios máximo e mínimo.
94 UNIUBE
W = 9%
γ G = 2,85 g / cm3
emáx = 0,878
Atividade 2
NT 0
γ = 17 KN / m3
NA
–4
γ = 20 KN / m3
–6
γ = 22 KN / m3
– 10
Atividade 3
Atividade 4
Atividade 5
Referências
CAPUTO, H.P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e científicos Editora S.A. 242 p.
COELHO, S.Tecnologia das fundações. São Paulo: Edições EPGE, [19--]. 826p.
PINTO, C.S. Curso básico de mecânica dos solos. 3. ed. São Paulo: Oficina de
Textos. 2006. 355p.
TERZAGHI, K. Theoretical Soil Mechanics. New York: John Wiley & Sons,
Inc. 1943.
Introdução
a mecânica dos solos estuda as características físicas, as suas
propriedades mecânicas (equilíbrio e deformação) do solo quando
submetido a acréscimos ou alívio de tensões. É uma disciplina
que procura prever o comportamento do maciço terroso quando
submetido a solicitações, por exemplo, obras de engenharia,
uma vez que, de uma forma ou outra, essas obras, muitas vezes,
fazem uso do próprio solo como elemento de construção (aterros
e barragens).
Bons estudos!
Objetivos
Ao final deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
3.1 Pressões de terra
3.2 Empuxo de terra
3.3 Muros de arrimo
3.4 Introdução a barragens de terra e enrocamento
UNIUBE 99
P
Os cálculos das tensões ( s = ) baseiam-se em modelos teóricos, uma
A
vez que os maciços terrosos são materiais naturais que possuem um
comportamento muito complexo devido a suas diferentes propriedades
e comportamento específico (geometria, heterogeneidade, anisotropia
etc.). Apesar dos modelos para cálculo serem teóricos, eles permitem
estabelecer importantes conclusões para o projetista de fundações e
obras de terra.
Sendo:
PV ,Z = g . z
PH ,Z = K o . g. z
Em que:
g – peso específico do terreno;
ko – coeficiente de empuxo no repouso;
z – profundidade do solo.
• Solo homogêneo
sz = g .z
Figura 2: Pressão devido à profundidade.
Fonte: Larissa Soriani Zanini Ribeiro Soares.
UNIUBE 101
• Solo heterogêneo
i =n
s = å gh
Z i =1 i i
m = ga z
102 UNIUBE
s = ( g1 . h1 ) + ( g . h2 ) + m
sat
¯
s = ( g1 . h1 ) + ( g . h2 ) + ( g . h2 )
sat
Sabe-se que nos solos existem dois tipos de pressões, uma absorvida
apenas pela água, denominada de pressão neutra ( m ) e a outra
absorvida pelos grãos, denominada pressão efetiva ( s ). À soma da
s
pressão neutra com a pressão efetiva resulta na pressão total do solo z .
i =n
Pressão total: sZ = å gi hi = ga . ha + gsat . z
i =1
Pressão neutra: m = ga z = ( ha + z ). ga
Pressão efetiva: s = s - m
UNIUBE 103
EXEMPLIFICANDO!
Resolução:
Camada 0,00 a – 4,00:
s = g . z = (1,6).(4,00) = 6, 40 tf / m ²
m = (0,00).(4,00) = 0,00 tf / m ²
s = s - m = 6, 4 - 0,00 = 6, 40 tf / m ²
Obs.: a pressão neutra nesta camada é nula, pois não temos a presença
de água na mesma.
IMPORTANTE!
Para se projetar e construir obras que envolvam o contato com o solo (muro
de arrimos, cortinas de estacas-prancha, construção de subsolos, encontro
de pontes etc.) é fundamental que seja feita uma análise minuciosa dos
valores de empuxo de terra.
sv = g .z
Em que:
g – Peso Específico;
z – Profundidade
sH = ko . sv = ko . g . z
j graus Ka Kp
0 1,00 1,00
10 0,70 1,42
20 0,49 2,04
25 0,41 2,47
30 0,33 3,00
35 0,27 3,69
40 0,22 4,40
45 0,17 5,83
50 0,13 7,55
60 0,07 13,90
Ka < Ko < Kp
1
kp @
ka
110 UNIUBE
SINTETIZANDO...
sV = sH . Nj + 2. c . Nj
sV
sH = - 2.c. Nj
Nj
Nj = tg ² ( 45 + j / 2)
s1 = sv e s3 = s
H
Em que:
2. c
z=
g. K a
4.c
h = hcr =
g
112 UNIUBE
hcr
– altura crítica – local no qual o empuxo ativo sobre uma parede se
anula.
g . h²
Ea = - 2c.h
2
sH = s3 = K a . g . h
sV = s1 = g . h
sH s3 1 æ jö
ka = = = ka = = tg ² çç45 - ÷÷÷
sV s1 Nj çè 2ø
sV s1 1 æ jö
kp = = = kp = = tg ² çç45 + ÷÷÷
sH s3 Nj çè 2ø
empuxo ativo:
empuxo passivo:
EXEMPLIFICANDO!
Resolução:
po = ka . g . h
po = 0,33.1,5.1,667 = 0,83 tf / m ²
114 UNIUBE
po = 0,33.1,50.(1,667 + 7) = 4,29 tf / m ²
( po + p ) (0,83 + 4, 29)
=Ea = .h = .7 17,92 tf / m
2 2
q 4 tf / m ²
ho = = = 2,222 m
g 1,8 tf / m ³
• pressão no ponto A
po = k p . g . h
3.3.1 Definição
3.3.2 Tipos
Figura 16: Modelo de muro de concreto – perfil. Figura 17: Modelo de muro de concreto – visão frontal.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Muros de pneus, como pelo próprio nome, são estruturas construídas por
meio da disposição horizontal de pneus amarrados preferencialmente
com arame e preenchido com material (solo). São também conhecidos
como muros de solo pneus.
IMPORTANTE!
Uma série de outras estruturas ditas especiais podem ainda ser utilizadas
para estabilização de encostas. Podemos citar:
• tirantes: têm como objetivo ancorar massas de solo ou rochas por meio
do incremento de força gerado pela protensão destes elementos;
Para que não haja problema devido à influência da água sobre o muro
de arrimo, o sistema de drenagem deve ser eficiente e bem projetado.
Estes podem ser superficiais, para direcionamento das águas pluviais,
ou internos, quando das águas de infiltração.
=C .S RES ≥ 1, 5
SOLIC
Em que:
M SOLIC = soma dos momentos das forças que tendem a tombar o muro;
W .x1 + Eav . x2
=C.S ≥ 1, 5
1
E . .h
ah 3
C.S DESLIZ=
∑F
RES
≥ 1,5 → C.S DESLIZ=
EP + S
≥1,5
∑F
SOLIC EA
Em que:
∑F RES
= somatório das forças que resistem ao deslizamento;
∑F SOLIC
= somatório das forças solicitantes;
E A = empuxo ativo;
EP = empuxo passivo;
Em que:
C .S – Coeficiente de Segurança;
qu – capacidade de carga (ruptura) do solo de fundação;
qMáx
=
∑W . 1 + 6. e e=
b M RES − M SOLIC
−
b b 2 W
Em que:
=C.S
∑M resis
≥ 1,3 obras provisórias e 1,5 obras permanentes
∑M instab
EXEMPLIFICANDO!
Dados:
Solo 1:
γ 1 =10 KN / m³
ϕ = 30º
C1 = 0
Solo 2:
γ 2 =10 KN / m³
ϕ = 25º
C2 = 8 KN / m²
UNIUBE 127
Resolução:
• Cálculo do empuxo:
1
=EA . γ . H ². K a − 2. c . H . K a
2
ϕ
=K a tg ². 45 −
2
30
K=a tg ². 45 − = 0,333
2
1
E A =.10.(4,5 + 1, 00)².0,333 − 2.0.5,5. 0,33
2
E A = 50,37 KN / m
128 UNIUBE
1 1 2 19,39
.0,5.4,5 =1,13 1,13.23,5 = 26,56 .0,5 + 0, 4 =
0, 73
2 3
4 3 105,75
3, 00.1, 00 = 3, 00 3, 00.23,5 = 70,50 =1,50
2
Solo 1 -
1 2 24,30
triângulo .0,5.4,5 =1,13 1,13.10, 00 =10, 00 .0,5 + 2,10 =
2, 43
2 3
Solo 1 -
0, 4 50,40
Retângulo 0, 4.4,50 =1,80 1,80.10, 00 = 18, 00 + 2, 60 =
2,80
2
∑ – 278,52 - 450,48
H
∑M =E A .
3
5,5
∑ M 50,37.
= = 92,35 KN .m
3
UNIUBE 129
• Coeficiente de Segurança:
M RES 450, 48
C.S
= = = 4,88 ≥ 1, 5 → ok
M SOLIC 92,35
ϕ
=K P tg ². 45 +
2
25
K=P tg ². 45 + = 2, 46
2
1
EP = . γ . H ². K P
2
1
EP = .10.1,5².2, 46
2
EP = 27, 68 KN / m
H
∑M =E P .
3
1,5
∑ M 27,
= = 68.
3
13,84 KN .m
• Coeficiente de Segurança:
C.S DESLIZ=
∑F RES
≥ 1,5 → C.S DESLIZ=
EP + S
≥1,5
∑F SOLIC EA
5,5
450, 48 − 50,37.
b M − M SOLIC 3 3
e = − RES → e= − = 0, 21 m
2 W 2 278,52
qMáx
∑W . 1 + 6.=
e 278,52 6.0, 21
= . 1 + = 131,83 KN / m²
b b 3 3
qu
C.S = ≥ 3 → qu = 3. qmáx = 3. 131,83= 395,50 KN / m²
qmáx
PESQUISANDO NA WEB
Resumo
Esperamos que você, no que diz respeito à mecânica dos solos, tenha
compreendido o solo como material de engenharia, e saiba como
determinar a interação solo-estrutura. Uma vez que todas as obras de
engenharia civil apoiam-se sobre uma fundação, transmitindo ao solo
todos os esforços oriundos do peso próprio da estrutura e demais ações.
UNIUBE 135
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Atividade 5
Referências
Introdução
Neste capítulo, vamos abordar conteúdos de extrema importância
para que você entenda como são aplicados os cálculos que
permitem promover a estabilidade dos taludes, além de entender
e perceber a água como um fator preponderante para essa
estabilidade. Você, ao longo de mais essa leitura, perceberá a
complementaridade que aqui é trazida, aos conteúdos por você
já estudados sobre a temática mecânica dos solos.
Bons estudos!
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, esperamos que você esteja
apto(a) a:
Esquema
4.1 Erosão
4.2 Fatores que influenciam nos processos erosivos
4.3 Consequências dos processos erosivos
4.4 Práticas conservacionistas contra a erosão em áreas de cultivo
4.5 Estabilidade de taludes
4.6 Influência da água
UNIUBE 141
4.1 Erosão
EXEMPLIFICANDO!
– Erosão pluvial
A ação mecânica das gotas da chuva que ocorre por causa da força com
que as gotas da chuva caem sobre o solo, provocando o deslocamento
das partículas do solo e consequentemente seu carreamento junto
ao fluxo de escoamento. O escoamento superficial somente acontece
quando a quantidade de chuva que cai em determinado local for maior
que a capacidade de infiltração daquele solo, podendo formar enxurradas.
– Erosão fluvial
Erosão provocada pela ação das águas dos rios, fortemente influenciada
pelas altas correntezas capazes de provocar grandes alterações nas
margens.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
– Erosão marinha
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
A invasão das areias das dunas das praias do nordeste tem sido motivo de
preocupação para a administração pública local. Os sites indicados a seguir,
apresentam as medidas adotadas para controle da invasão no Ceará e Rio
Grande do Norte. Leia-os e faça uma avaliação das propostas.
• <www.fortaleza.ce.gov.br/semam/index.php?option=com_content&tas
k=view&id=44&Itemid=58>.
• <noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI55655-EI714,00.html>.
CURIOSIDADE
CURIOSIDADE
solo que oferece resistência não é suficiente para conter a ação destas
instabilidades, o terreno passa a se mover, ocorrendo a ruptura do talude.
Os movimentos de terra são classificados quanto sua velocidade: rastejo,
escorregamento e desmoronamento.
Planejamento
municipal frente
à observação por
meio de estudos
geotécnicos das
Deslizamento áreas de riscos.
Niterói/RJ Morro do
de um antigo Abril de No lixão, os
Bumba,
lixão, hoje 2010 resíduos não são
Niterói/ RJ
urbanizado compactados, logo
é uma estrutura
instável para
qualquer tipo de
construção inclusive
moradias.
Deslizamento Planejamento
Enseada do
de uma municipal frente
Bananal, Ilha
Angra dos encosta Janeiro à observação por
Grande, Baía
Reis/RJ atingindo uma de 2010 meio de estudos
de Angra dos
pousada e geotécnicos das
Reis/RJ
sete casas áreas de riscos
Monitoramento
Rodovia geotécnico das
Deslizamento
Bertioga/ Mogi-Bertioga, Dezembro condições da
da encosta
SP no Km 89, em de 2009 encosta e realização
da rodovia
Bertioga/SP de obras de
readequação
Fonte: Diego Mendonça Arantes.
152 UNIUBE
Como aponta Chorley et al. (1984), são nove tipos de taludes (Figura 7)
existentes, que apresentam dois diferentes tipos de perfis de encostas
(Figura 8), em casos separados:
Figura 7: Tipos e formas geométricas de encostas. Taludes LL (linear linear); LV (linear convexo);
LC (linear côncavo); VL (convexo linear); VV (convexo convexo); VC (convexo côncavo); CL
(côncavo linear); CV (côncavo convexo) e CC (côncavo côncavo).
Fonte: Adaptado de Chorley (1984).
Para que não haja problema devido à influência da água sobre o talude,
o sistema de drenagem deve ser eficiente e bem projetado. Estes podem
ser superficiais, para direcionamento das águas pluviais, ou internos,
quando das águas de infiltração.
Parte do volume de água que cai sobre a costa, repõe a carga de rios,
lagos e mares, e parte é interceptada pela vegetação. Do volume de água
que a vegetação retém, parte volta à atmosfera por evapotranspiração
UNIUBE 161
SAIBA MAIS
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
IMPORTANTE!
SAIBA MAIS
Para que você possa ter acesso ao fundamentos teóricos que explicam a
estabilidade de taludes, acesse o site: <http://www.fag.edu.br/professores/
deboraf/Funda%E7%F5es/2%20Bimestre/TALUDES.pdf>.
Resumo
No que diz respeito à percolação da água no solo, você viu que nele
existem milhões de canais verticais ou tubos. Estes são chamados “tubos
capilares”. Sempre que há um aguaceiro, o excesso de água escorre
para baixo da terra pelos tubos capilares. Quando o tempo está seco, os
mesmos tubos conduzem a água para a superfície. As árvores alargam
suas raízes nesses tubos capilares – que também contêm alinhamentos
de fungos que são higroscópicos (atraem água) – e com suas raízes
laterais elas absorvem a água capilar quando está seco e quente.
É assim que uma árvore suporta o calor. Em rochas, miúdas fendas
invisíveis obram como tubos capilares. Em resumo, esse é um dos mais
expressivos estudos com relação ao movimento da água nos solos.
UNIUBE 167
Atividades
Atividade 1
Alguns fatores interferem nos processos erosivos dos solos. Quais são
estes fatores? Explique cada um deles.
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Atividade 5
Referências
VARGAS, M. Introdução à Mecânica dos Solos. 1. ed. São Paulo: McGraw Hill do
Brasil, 1974.
Anotações
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Anotações
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