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Inteligência

Emocional:
Saberes e
Fazeres

2024 @entre.elos
Autores

João Matheus Cecília Manoela Ziebell


Barcelos da Faccenda Oliveira.
Silva Pivoto

Apoio
Amanda Citrini
GEDC - Grupo de Estudos de Desenvolvimento
de Carreira | PUCRS.
Sumário
O1 Introdução
Contextualização da Inteligência
O2 Emocional
Inteligência Emocional no Contexto
O3 Organizacional

Inteligência Emocional no Ambiente de


3.1 Trabalho

3.2 Inteligência Emocional e Adaptação

3.3 Inteligência Emocional e Liderança

O4 Inteligência Emocional e Comunicação

Inteligência Emocional em Apresentações


4.1 Orais
Mediação de Conflitos e
O5 Inteligência Emocional

Inteligência Emocional e
O6 Inteligência Artificial: Como
utilizá-las ao seu favor?
Habilidades Sociais e Inteligência
O7 Emocional
Desafios do Desenvolvimento da
O8 Inteligência Emocional
Dicas para Desenvolver de Forma
O9 Educativa a Inteligência Emocional

10 Inteligência Emocional como forma


prática

Dicas para manter a inteligência


11 emocional em momentos de crise no
ambiente organizacional
O1 INTRODUÇÃO

Acredita-se que o domínio da Inteligência


Emocional se mostra essencial em diversos
contextos da vida, incluindo a vida
profissional. A capacidade de compreender,
gerenciar e utilizar as emoções de maneira
eficaz é uma habilidade valiosa que pode
trazer inúmeros benefícios. Em primeiro
lugar, a Inteligência Emocional desempenha
um papel crucial na promoção do bem-
estar emocional. Ao entender as emoções e
habilidades de autorregulação emocional,
podem ajudar a criar um ambiente mais
saudável e propício. Isso pode contribuir
para a redução do estresse, da ansiedade e
do comportamento disruptivo, melhorando
o desempenho e o desenvolvimento
socioemocional (Mayer & Salovey, 1997).
Além disso, a Inteligência Emocional pode ser
uma ferramenta poderosa na promoção de
relacionamentos interpessoais saudáveis e na
prevenção de conflitos. Profissionais que
incorporam a compreensão das emoções em
seu trabalho podem auxiliar na construção de
habilidades de comunicação eficaz, resolução
de conflitos e empatia. Isso é fundamental não
apenas para o sucesso, mas também para o
desenvolvimento de cidadãos responsáveis e
compassivos.

No contexto das organizações, a Inteligência


Emocional também desempenha um papel
fundamental na relação com o trabalho. A
capacidade de sintonizar-se com as emoções
demonstra empatia genuína, auxilia a explorar
e compreender suas próprias emoções, assim
pode aumentar os níveis de bem estar no
trabalho (Brackett e Rivers 2014). A empatia e a
compreensão emocional podem criar um
ambiente de apoio onde as pessoas se
escutam, facilitando o processo de mudança e
crescimento pessoal.
A Inteligência Emocional é uma habilidade
valiosa que pode enriquecer as relações em
diferentes contextos e diferentes áreas da
vida. Ao promover o desenvolvimento
emocional e social, terá impacto positivo para
relacionamentos saudáveis, a Inteligência
Emocional torna-se uma ferramenta essencial
para a promoção do bem-estar e do sucesso
em diferentes contextos (Goleman, 1998).
Portanto, seu reconhecimento e valorização
são de grande importância, de acordo com o
Código de Ética Profissional da/do
psicóloga/o.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O2 DA INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL

Embora o termo "Inteligência Emocional"


ainda não fosse amplamente conhecido,
Howard Gardner introduziu a ideia de
múltiplas inteligências em seu livro "Frames
of Mind". Ele argumentou que a inteligência
não se limita ao QI, mas inclui habilidades
emocionais e sociais (Howard Gardner,
1983). A Inteligência Emocional relaciona-se
com a habilidade de perceber, entender,
gerenciar e utilizar emoções de forma
eficaz. Isso marcou o início da compreensão
acadêmica da Inteligência Emocional
(Brackett e Rivers 2014).
De acordo com Daniel Goleman, a
inteligência emocional é a capacidade de
reconhecer, compreender, gerenciar e utilizar
eficazmente as emoções, tanto em nós
mesmos quanto nos outros. Ele descreve a
inteligência emocional em cinco
componentes principais:

Autoconsciência emocional: A
capacidade de reconhecer e
compreender suas próprias emoções,
identificando-as com precisão.

Autorregulação emocional: A
habilidade de gerenciar as próprias
emoções de maneira saudável e
construtiva, evitando reações
impulsivas e controlando o estresse.

Consciência social: A capacidade de


perceber e compreender as emoções
dos outros, desenvolvendo empatia e
compreensão emocional.
Habilidade de relacionamento: A
aptidão para construir relacionamentos
saudáveis e eficazes, baseados na
empatia, na comunicação eficaz e na
resolução de conflitos.

Habilidade de tomar decisões


baseadas em emoções: A competência
para decisões informadas pela
inteligência emocional, equilibrando as
emoções e a razão (Daniel Goleman,
1995).
INTELIGÊNCIA
O3 EMOCIONAL NO
CONTEXTO
ORGANIZACIONAL

Inteligência emocional no
3.1 ambiente de trabalho

A inteligência emocional no ambiente de


trabalho refere-se à capacidade de
reconhecer, compreender e gerenciar as
próprias emoções e as emoções dos outros
de forma eficaz. Essa habilidade envolve
diversas competências como:
autoconhecimento, autogerenciamento,
empatia, habilidades sociais e motivação
(Rosa, 2020), sendo fundamental para o
sucesso profissional e para a criação de um
ambiente de trabalho saudável e produtivo
(Batista et al., 2020).
Os benefícios da inteligência emocional no
contexto organizacional são inúmeros, uma vez
que promove um ambiente de trabalho
positivo, no qual as pessoas se sintam mais
valorizadas e respeitadas, podendo melhorar o
desempenho individual e coletivo, visto que as
pessoas são capazes de trabalhar melhor em
equipe e resolver conflitos de forma
construtiva, tomando decisões mais
ponderadas (Ponte, 2023). Para desenvolver a
inteligência emocional no ambiente de
trabalho, é importante investir em
treinamentos e programas de
desenvolvimento pessoal e profissional (Alves,
2021).
Iinteligência emocional e
3.2 Adaptação
Em um mundo globalizado, no qual
enfrentamos desafios, transições e incertezas,
a habilidade de reconhecer, compreender e
gerenciar nossas próprias emoções é
extremamente necessária (Beck et al., 2020).
Nesse sentido, a inteligência emocional nos
permite manter a calma em momentos de
estresse, tomar decisões ponderadas em
situações complexas e possibilita um
relacionamento eficaz com aqueles ao nosso
redor (Soares, 2021).
A inteligência emocional permite o
desenvolvimento da resiliência, capacidade de
recuperação de adversidades e aprendizagens
através das experiências. Através disso somos
capazes de construir relacionamentos sólidos
e colaborativos, o que é fundamental para a
adaptação a novos ambientes e equipes de
trabalho (da Silva et al., 2019). A inteligência
emocional nos capacita a interagir, a tomar
decisões informadas e enfrentar desafios com
confiança, sendo um recurso valioso para a
adaptação em um mundo em constante
transformação (Soares, 2021).
Inteligência emocional e
3.3 Liderança

A Inteligência Emocional abrange as


competências essenciais do contexto
organizacional (Rosa, 2020). O
autoconhecimento, capacita os líderes a
alinharem suas decisões com seus valores e
objetivos pessoais, transmitindo autenticidade
aos membros da equipe (Rosa, 2020). O
autogerenciamento permite que líderes
mantenham a calma e a compostura em
situações de pressão, transmitindo confiança a
sua equipe (Rosa, 2020). A empatia
desempenha um papel fundamental na
construção de relacionamentos sólidos e na
promoção da confiança e colaboração dentro
da equipe (Rosa, 2020). Ademais, as
habilidades sociais, a motivação, a resiliência e
a consideração das implicações emocionais na
tomada de decisões contribuem para líderes
mais eficazes e bem-sucedidos, que
conseguem inspirar e influenciar
positivamente suas equipes e promover uma
cultura organizacional positiva (Nery, 2019).
Desse modo, a inteligência emocional é uma
peça fundamental para liderar um ambiente
em constante mudança. Além disso, os
líderes são essenciais, pois podem
desenvolver uma cultura organizacional que
valorize a inteligência emocional e demonstre
de forma clara seus benefícios (Alves, 2021).
INTELIGÊNCIA
O4 EMOCIONAL E
COMUNICAÇÃO
A inteligência emocional desempenha um
papel fundamental na área da comunicação,
visto que a capacidade de reconhecer e
compreender as próprias emoções permite
que um indivíduo com inteligência emocional
se expresse de forma clara e assertiva,
evitando reações impulsivas ou explosões
emocionais que podem prejudicar todo o
processo de comunicação (Giménez-Espert
et al., 2020). Quando as pessoas são capazes
de se conectar emocionalmente com os
outros, as relações interpessoais são
fortalecidas, o que contribui para um
ambiente de comunicação mais harmonioso
e produtivo (Santos, 2023).
Inteligência emocional em
4.1 apresentações orais
Há várias razões pelas quais a inteligência
emocional é essencial nesse contexto. Em
primeiro lugar, a capacidade de controlar as
próprias emoções é fundamental, a
inteligência emocional permite que o
apresentador reconheça e gerencie essas
emoções de forma adequada, mantendo a
calma e transmitindo confiança à audiência
(Ferreira, 2022). Além disso, possibilita que o
apresentador compreenda as emoções e
reações da audiência durante a
apresentação, adaptando o tom, o ritmo e o
conteúdo para atender aos interesses do
público, tornando a apresentação mais
relevante e envolvente (Queirós et al., 2020).
A inteligência emocional ajuda a lidar com
conflitos e desafios que possam surgir durante
a apresentação, promovendo uma resolução
construtiva. Uma apresentação eficaz muitas
vezes busca inspirar ou motivar a ação, e a
inteligência emocional permite que o
apresentador transmita emoções positivas,
como paixão e determinação, que podem
contagiar a audiência e incentivá-la a tomar
medidas ou adotar uma nova perspectiva a
respeito do que lhe é apresentado (Polli, 2020).
MEDIAÇÃO DE
O5 CONFLITOS E
INTELIGÊNCIA
EMCIONAL
A inteligência emocional também
desempenha um papel vital na resolução
de conflitos através da comunicação.
Indivíduos com alta inteligência emocional
conseguem lidar com situações
conflituosas de maneira mais construtiva,
mantendo o controle sobre suas próprias
emoções e sendo sensíveis às emoções
dos outros (Giménez-Espert et al., 2020).
Isso facilita a abordagem de questões
delicadas de forma mais pacífica e
colaborativa, promovendo a resolução de
conflitos. Em suma, a inteligência
emocional e a comunicação estão
intrinsecamente relacionadas, pois ambas
são habilidades que se complementam e
contribuem para relacionamentos mais
saudáveis e uma interação mais positiva e
eficiente no ambiente pessoal e
profissional (Fernandes, 2020).
A empatia e a compreensão são
fundamentais na mediação de conflitos. Um
mediador emocionalmente inteligente é
capaz de se colocar no lugar das partes
envolvidas, compreender suas perspectivas e
emoções, criando um ambiente propício para
a comunicação aberta e a resolução de
conflitos de maneira justa e imparcial
(Valente, 2019). Além disso, lidar com
situações emocionalmente carregadas é
comum na mediação, e a capacidade de
manter a calma e o controle sobre suas
próprias emoções permite que o mediador
evite reações impulsivas que possam
exacerbar o conflito. Isso cria um ambiente de
serenidade e confiança, incentivando as
partes a se expressarem de forma construtiva
e aberta (Valente, 2019).
INTELIGÊNCIA EMCIONAL E
O6 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL :
Como utilizar a seu favor

A Inteligência Emocional e a Inteligência


Artificial, quando estrategicamente
combinadas, oferecem diversas vantagens. A
Inteligência Emocional envolve habilidades
como autoconsciência, autorregulação,
motivação, empatia e habilidades sociais que,
como citadas anteriormente, são
fundamentais tanto no ambiente de trabalho
quanto na vida pessoal (Rosa, 2020), uma vez
que auxilia nos relacionamentos
interpessoais, na tomada de decisões e na
resolução de conflitos
Por outro lado, a Inteligência Artificial é
direcionada ao desenvolvimento de sistemas
capazes de executar tarefas que
normalmente necessitam da inteligência
humana como aprendizagem, raciocínio,
resolução de problemas e tomada de
decisões (Garcia, 2020). Dessa forma, pode
ser explorada de várias maneiras, incluindo a
automação de tarefas, assistência na tomada
de decisões por meio da análise de dados,
personalização de experiências, aumento da
produtividade e, inclusive, na geração de
ideias criativas (Domínguez, 2020).

A integração da Inteligência Emocional e da


Inteligência Artificial é crucial na vida pessoal
e na carreira. Isso envolve o desenvolvimento
das habilidades de Inteligência Emocional e a
adoção de tecnologias de Inteligência
Artificial que se alinhem com seus objetivos. A
combinação estratégica dessas duas
dimensões permite a junção de conceitos
como sucesso e bem-estar (Santos, 2021).
HABILIDADES SOCIAS
O7 E INTELIGÊNCIA
EMCIONAL
As habilidades sociais referem-se a um
conjunto de competências que permitem às
pessoas relacionarem-se de forma eficaz
com os outros em diversos contextos. Isso
engloba habilidades de comunicação eficaz,
empatia, negociação, autocontrole
emocional, liderança e influência positiva
(Eichwald, 2023).
Em complemento a isso, a Inteligência
Emocional está relacionada à capacidade de
reconhecer, compreender e gerenciar as
emoções, tanto as próprias quanto as dos
outros (Rosa, 2020). A conexão entre essas
duas dimensões é indiscutível, uma vez que
ambas envolvem a compreensão e a gestão
das emoções (Martí et al., 2022). Desenvolver
e aprimorar tanto as habilidades sociais
quanto a inteligência emocional contribui
para o enriquecimento dos relacionamentos
pessoais, para o aprimoramento da
comunicação, na facilitação da resolução de
conflitos e na criação de um ambiente mais
harmonioso (Martí et al., 2022). Dessa forma,
compreender a relevância dessas
competências e investir em seu
desenvolvimento pode ser considerado uma
estratégia significativa para todos os
aspectos da vida.
DESAFIOS DO
O8 DESENVOLVIMENTO DA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

O desenvolvimento da inteligência
emocional enfrenta uma série de desafios
substanciais. A maior parte desses desafios
inclui a dificuldade de identificação e
compreensão de emoções pessoais (de
Souza Alves, 2022). Além do mais, a empatia,
que envolve a compreensão e o
compartilhamento das emoções alheias,
demanda a habilidade de se colocar no lugar
do outro, especialmente quando se trata de
estabelecer metas significativas e persistir na
busca delas, enfrentando obstáculos que
possam surgir (Mansur & Botelho, 2020).
Aprimorar as habilidades sociais, que
abrangem desde a comunicação eficaz até a
construção de relacionamentos saudáveis e a
resolução de conflitos, também requer
esforço e prática constante.
Além disso, resistir às pressões externas
que frequentemente valorizam mais o
sucesso material do que o bem-estar
emocional é um obstáculo evidente que
necessita ser superado. A persistência,
paciência e a capacidade de lidar com a
autocrítica excessiva são vitais nesse
processo de crescimento pessoal, assim
como superar influências negativas do
ambiente e da cultura em que se vive (Curcio,
2021).

A jornada de desenvolvimento da
Inteligência Emocional conduz a uma vida
mais equilibrada, relacionamentos mais
satisfatórios e uma maior capacidade de lidar
com as adversidades emocionais (de Oliveira
et al., 2023). Portanto, a conscientização
desses desafios e o esforço gradual para
superá-los é um facilitador para a vida dos
indivíduos.
DICAS PARA
DESENVOLVER DE FORMA
O9 EDUCATIVA A
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

No campo do autoconhecimento, é
essencial praticar a autorreflexão, buscar
recursos para examinar e entender as
próprias emoções. Manter um diário
emocional é valioso, permitindo que você
registre suas emoções, pensamentos e
reações em várias situações do dia a dia. Além
disso, buscar feedback de amigos ou
familiares pode fornecer informações
valiosas sobre o nosso próprio
funcionamento.

Quando nos referimos a autorregulação, a


aprendizagem de técnicas de relaxamento,
como meditação, respiração profunda e
yoga, é fundamental para controlar o estresse
e manter a calma. A prática regular de
exercícios físicos pode auxiliar na regulação
emocional, promovendo o bem-estar.
No que diz respeito à empatia, é importante
praticar a escuta ativa, demonstrando
interesse nas perspectivas e sentimentos dos
outros. O envolvimento em atividades de
voluntariado que envolvam interações com
pessoas de diversas origens e experiências de
vida pode ampliar sua compreensão. Ademais,
a leitura de livros, artigos e a visualização de
documentários que exploram as experiências
de vida de outras culturas contribui para o
desenvolvimento dessa habilidade.
Quanto às habilidades sociais, buscar
treinamento em comunicação, participar de
cursos ou workshops que ensinam
comunicação eficaz, expressão assertiva e
resolução de conflitos é essencial. Participar
de eventos sociais para conhecer novas
pessoas auxilia no aprimoramento das
habilidades de relacionamento. Investir em
educação emocional por meio de leitura e
aplicativos dedicados à inteligência emocional
proporciona ferramentas práticas para o
crescimento nessa área. No entanto, é
essencial lembrar que o desenvolvimento da
inteligência emocional é um processo
contínuo que requer paciência, disposição
para aprender com os erros e o apoio de um
profissional especializado para a orientação
desse processo.
INTELIGÊNCIA
10 EMOCIONAL COMO
FORMA PRÁTICA
A inteligência emocional, de acordo com
Franceschi (2016), representa a habilidade
intrínseca de cada indivíduo para gerenciar
suas próprias emoções e compreender as
emoções alheias. Isso implica na capacidade
de controlar sentimentos e utilizá-los de
maneira construtiva. A aptidão para
identificar emoções em si mesmo e nos
outros é uma habilidade maleável que pode
ser adquirida através da prática. Embora haja
variações individuais, fatores ambientais e
treinamento comportamental têm o
potencial de aprimorar essa inteligência
emocional.
Características distintas são observadas em
pessoas com diferentes níveis de quociente
emocional, como agressividade,
autoritarismo, resistência a mudanças e
perfeccionismo, que, como aponta
Franceschi (2016), são indicadores de baixa
inteligência emocional.
Sugerem que indivíduos proficientes na
modificação de suas emoções para se alinhar
com seus objetivos e contextos podem colher
benefícios significativos em situações de
estresse (Lyons e Schneider, 2005). Além disso,
a capacidade de atenuar emoções intensas e
induzir estados emocionais pode resultar em
um sentimento de autocontrole. A habilidade
de regular as emoções dos outros também
pode proporcionar uma sensação de controle
situacional (Lopes, Salovey e Straus, 2003).
À medida que a sociedade contemporânea
passa por mudanças culturais e sociais, é
crucial compreender que os conceitos de
adolescência e juventude estão evoluindo,
assim como as características dos jovens. A
regulação das emoções envolve a capacidade
de ajustar a intensidade e a duração dos
estados emocionais, respeitando as normas
sociais sobre a expressão emocional, inclusive
a necessidade de controlar a agressão para
manter a harmonia na vida social (Pátaro,
2020).
A compreensão emocional é uma
componente essencial da competência
emocional, com evidências empíricas
indicando seu papel como preditor do
ajustamento social e da saúde mental. Essa
habilidade permite uma interação mais
apropriada e adaptada aos contextos sociais,
capacitando as pessoas a comunicar seus
próprios estados emocionais e compreender o
que os outros estão experimentando. Isso
desempenha um papel crucial nos processos
de regulação emocional e social (Denham et al,
2003)
DICAS PARA MANTER A
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
11 EM MOMENTOS DE CRISE NO
AMBIENTE ORGANIZACIONAL
Mantenha a serenidade: Quando
enfrentamos crises, o estresse
geralmente se instala, e se o líder de
uma equipe também se deixar levar
pela ansiedade, as coisas podem
rapidamente sair de controle,
prejudicando a concentração de todos.
Portanto, é fundamental manter a
serenidade para administrar a situação
de forma eficaz e oferecer orientação
às pessoas ao seu redor que
necessitam de sua liderança. Esse é
também o momento propício para
implementar todas as soluções
criativas que vocês possam ter em
mente.
Cultive uma visão ampla: Quando uma
crise surge e afeta a estrutura da
agência, o primeiro passo é
compreender, a fim de entender as
ações necessárias. Ter uma visão da
gestão é essencial nesse processo, e é
importante compartilhá-la com todos os
membros que estiverem envolvidos. Em
momentos como esse, é fundamental
que todos saibam o que cada um está
fazendo e por que o estão fazendo. Isso
ajuda a esclarecer os objetivos que a
agência precisa alcançar e o papel de
cada um na consecução desses
objetivos.
Flexibilidade: Quando uma crise ocorre,
a rotina é transformada, e aqueles que
demonstram maior resiliência
adaptativa serão os que terão mais
chances de superá-la. Essa necessidade
de adaptação constante não é novidade
para profissionais que trabalham em
agências, especialmente no ambiente
digital, onde as mudanças nos principais
canais, ferramentas e algoritmos são
frequentes e impactam
significativamente as operações do
negócio
Comunicar de forma eficaz: Uma
qualidade comum a todos os líderes é a
habilidade de se comunicar de maneira
eficaz. Além de transmitir as mensagens
da gestão com clareza para todos os
membros da agência, uma comunicação
eficaz também exige transparência, de
modo que todos confiem
completamente no que você diz.Líderes
emocionalmente inteligentes
conseguem se expressar de maneira
clara e honesta, tornando
compreensíveis suas decisões, mesmo
que sejam difíceis.
Empatia: A empatia desempenha um
papel crucial durante uma crise, sendo
essencial se colocar no lugar do outro,
uma vez que cada indivíduo enfrenta
situações diferentes quando os tempos
difíceis chegam. Demonstrar empatia
mostra a humanidade do líder e seu
compromisso com o bem-estar de
todos na empresa.

Demonstração de Compaixão: Quando


mencionamos compaixão, não estamos
falando de sentir pena de alguém devido
a uma situação difícil, mas sim de
entender como podemos realmente
ajudar. A compaixão se manifesta
quando o departamento de recursos
humanos se esforça para encontrar
oportunidades em outras empresas
afins.
Otimismo em relação ao futuro: Por
último, uma característica crucial para
qualquer líder é manter uma visão
otimista do futuro. Mesmo em situações
desfavoráveis e quando a crise parece
afastar os objetivos da agência, é
importante manter uma mentalidade e
uma mensagem positivas de que tudo
acabará bem
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