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Marketing de Influência

Sumário

1. Editorial: O crescimento do
marketing de influência no Brasil

2.
Quem são as pessoas que influenciam
os brasileiros e qual é o impacto delas
na reputação das marcas

3.
Influenciadores e a opinião pública:
quais as conversas sobre eles nas
redes sociais?

4. A Influência na voz do mercado

5. O futuro do marketing de influência


Editorial: O crescimento
do marketing de
influência no Brasil
O marketing de influência se consolidou como uma poderosa ferramenta de comu-
nicação e promoção no Brasil. Nosso país conta com mais de 150 milhões de usuári-
os nas redes sociais e, segundo a pesquisa #Publi: O impacto da Creators Economy
entre os internautas brasileiros, realizada pela IAB Brasil, 82% dos respondentes já
compraram algum produto ou serviço indicado por um influenciador.

O crescimento dessa estratégia é um reflexo da sua eficácia em alcançar e en-


volver o público. À medida que avançamos para o futuro, é crucial que as marcas e
os influenciadores continuem a explorar novas formas de colaboração e inovação,
buscando proporcionar uma experiência cada vez mais autêntica e relevante para
os consumidores.

Apesar de se deixarem influenciar, os internautas estão atentos aos movimentos


dos creators e reagem a eles nas redes sociais. Segundo um levantamento da Ágo-
ra, feito através da plataforma Infegy, onde foi identificado que a principal emoção
entre publicações sobre esses profissionais, é a confiança (12,1%) - ou, na verdade,
a falta dela, já que reflete comentários sobre envolvimentos com governos e a di-
vulgação de jogos de azar ou apostas.

Esse sentimento pode ser confirmado pelo estudo elaborado pela EnTribe, que
apontou que quase 90% dos consumidores não confiam mais em influencers e 42%
dos que compraram um produto endossado por um influenciador admitiram se ar-
repender da compra.

Esse cenário reforça a necessidade de uma regulamentação dos influenciadores.


Estabelecer parcerias de forma ética e transparente permite uma relação de maior
confiança entre marcas, influenciadores e consumidores, impactando diretamente
na melhoria dos resultados e no fortalecimento do mercado de influência.

Na França, o Senado aprovou por unanimidade a lei que regula a profissão no país.
Os influenciadores franceses não podem mais promover produtos ou serviços con-
siderados de risco. Já no Brasil, esse cenário tem evoluído gradualmente, receben-
do diretrizes do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR),
por exemplo.

Nesse material, você vai conferir quais são as tendências do marketing de influên-
cia, o perfil dos influencers brasileiros, os detalhes das conversas sobre esse mer-
cado nas redes sociais e qual é a melhor opção de creator para a sua marca.

Boa leitura!
Quem são as pessoas que
influenciam os brasileiros
e qual é o impacto delas
na reputação das marcas
De acordo com o Censo dos Criadores de Conteúdo do Brasil (CCCB), realizado pela Squid,

74,7% & 19,1%


são mulheres homens
A maioria se autodeclara

49% 31% 16%


branca pardos pretos

e mais da metade
mora no Sudeste.

Já quanto à faixa etária, dos enquanto os


influenciadores são de Millennials, de

21% 30 a 39 anos
bem jovens, entre representam a maioria, com um total de

16 a 24 anos 36%

99% O Instagram é a principal rede social utilizada por eles


mas é possível observar a adesão de outros canais.

Também estão no

73% 60% 45% 34%


Ser influenciador dá dinheiro? Depende.

Apenas

18%
dos criadores possuem
renda total vinda do
marketing de influência.

Para

¼
dos creators nas faixa

50 a 100, 100 a 200


e 20 a 500k
de seguidores, a criação de conteúdo não
representa uma fonte significativa de renda.
Eles costumam realizar apenas trabalhos
esporádicos ou não remunerados.

Além da renda, há outras motivações para os influenciadores


fecharem parcerias: 80% precisa gostar do que está sendo anunciado.
Até 10k 10k - 50k
seguidores seguidores
1/3 nunca realizou nenhum 84% já fez parceria ou permuta
tipo de trabalho ou parceria e divulgação de recebidos

menos de 20% já fez algum metade já foi remunerado


trabalho remunerado pontualmente

5% já assinou algum apenas 1/4 assinou algum


contrato com marca contrato com marca

50k a 200k +500k


seguidores seguidores
cerca de 80% já fez cerca de 80% já fez
parceria, permuta ou parceria, permuta ou
divulgação de recebidos divulgação de recebidos

aproximadamente 57% já por volta de 65% já fez


realizou trabalhos pontuais trabalhos remunerados

1/3 já teve algum contrato metade já assinou


com marcas contrato com marcas
Micro, pequenos, médios e grandes influenciadores:
qual gera mais impacto para as marcas?
A quarta edição da pesquisa “Marketing de Influência no Brasil em 2022”, promovida pela
Influency.me, apontou que os influenciadores digitais com “menos seguidores” foram os
mais contratados por marcas para fazer campanhas de Marketing de Influência em 2022.
De acordo com o levantamento, os perfis mais escolhidos para as ações de marketing
foram os micro (de 10 a 50 mil seguidores) e os meso (de 50 a 500 mil seguidores). O
principal critério de avaliação para contratação foi a taxa de engajamento, que chegou a
76% entre esses grupos.
Pensando então, nas marcas que buscam alcançar um nicho específico ou criar um
relacionamento mais próximo com seus consumidores, trabalhar com influenciadores
micro e pequenos pode ser uma estratégia eficaz.

Você conhece o termo “Rising Star”?

Você conhece o termo “Rising Star”? É quando uma empresa investe na


parceria com um creator de pequeno porte e acompanha o crescimento
dele nas redes sociais, potencializando o objetivo de ambos e fortalecendo
o relacionamento com ele e sua comunidade.

A melhor escolha estratégia para o seu negócio?


Antes de contratar os serviços de um influenciador, é necessário avaliar a estratégia
mais viável e os objetivos que se deseja alcançar:

Micro
Mais
autenticidade & proximidade

Micro
Mais
ativação & ativação

Macro
Mais
awareness & exposição
Influenciadores e a
opinião pública: quais
as conversas sobre eles
nas redes sociais?
Total de menções sobre os termos
influenciadores/influenciador/influencer/criador/
criadores de conteúdo (incluindo hashtags) no Brasil

Entre
Junho de & Junho de

2022 2023
publicações
1.284.579

Nuvem de palavras
Principais tópicos abordados pelos internautas:

Influenciadores e propagandas de governos


Internautas comentam sobre a contratação de influenciadores digitais para
propagandas de governos e políticos.
Publicidade para jogos de azar e plataformas de apostas
Casos criadores de conteúdo que divulgaram plataformas de apostas e jogos de azar
impulsionaram debates sobre a ética desses profissionais
Vida pessoal e carreira de influenciadores
Páginas e perfis repercutem detalhes e opinam sobre a vida pessoal e profissional dos
influenciadores.
Porcentagem de sentimentos e emoções
Confiança:

12,1%
Publicações expressam desconfiança após publis de
influenciadores para governos e plataformas de aposta.

Diversão: Amor: Outros:

10,8% 10% 67,1%


Porcentagem de sentimentos e emoções

80%

18%
2%
Principais personalidades e empresas associadas
aos termos + o que se fala sobre elas
Personalidades:

1. Jair Bolsonaro

(16,2k menções)
Publicações destacam que o governo de Jair Bolsonaro
pagou R$450 mil por postagens de influenciadores.

2. Felipe Neto

(7,4k menções)
Posts informando que o youtuber e influencer ganhou
ação contra Nikolas Ferreira e Marco Feliciano na Justiça.

3. Neymar

(2,3k menções)
Internautas comentam sobre traições do
jogador à influencer Bruna Biancardi
Empresas:

Globo

(5k menções)
Menções relacionam a Globo a assuntos políticos, como
as publis feitas por creators para governos. Há também
publicações sobre influenciadores no BBB.

Dior

(1,7k menções)
Internautas compartilham que Jimin (BTS),
embaixador da Dior, foi o maior influenciador
da “Paris Men’s Fashion Week 2023”.

Netflix

(1,2k menções)
Reação de influencers cristãos sobre
diversidade na série “Acampamento Jurássico”.
A Influência na
voz do mercado
“ O profissional que trabalha com
mídias digitais, marketing de
influência e plataformas, precisa
estar sempre em constante
atualização e desenvolvimento,
porque são áreas com um dinamismo
muito grande e que mudam
rapidamente. Elas requerem um
entendimento da dinâmica das redes,
dos algoritmos, do tempo, e por aí vai.
É preciso estar disposto para jogar


esse tipo de jogo

CAROLINA FRAZON TERRA


é pesquisadora líder do grupo de pesquisa Influcom da Faculdade Cásper
Líbero e Membro do grupo de pesquisa Com+|Eca-USP; pós-doutora, doutora,
mestre e especialista pela ECA-USP; formada em Comunicação Social/RP. Já
passou por empresas como FIAT, Vivo, MercadoLivre, Agência Ideal, Garoto e
Nestlé. Atualmente, é consultora de mídias sociais e RP Digitais, professora do
mestrado e da graduação da Faculdade Cásper Líbero, de pós graduações na
USP. É autora da metodologia REATIVA de influência organizacional digital e
editora do Blog RPalavreando.
1. “ Uma marca influenciadora
digital se dedica a uma
produção de conteúdo, com
vistas a fazer relacionamento
Qual é a definição com seus públicos de interesse
de “marca e a ter uma boa exposição
no âmbito digital. Ela está
influenciadora preocupada também com
construção de relacionamento,
digital” e o imagem e reputação. E, para
que diferencia isso, ela vai precisar pensar
em conteúdo que engaje,
estrategicamente influencie, impacte e gere
empresas que têm envolvimento e diálogo
por parte da audiência. O
sucesso com essas que diferencia uma marca
ativações para as influenciadora digital, é que
ela é uma organização que
que não têm? está preocupada com um
planejamento frequente,
constante e não apenas com
ativações pontuais. É óbvio
que uma ativação pode gerar
visibilidade e engajamento, mas


não sustenta a longo prazo.
2.
“ Oquem
conjunto de métricas
tem que definir é
cada organização. O que
é importante naquele
momento? É gerar awareness
de marca? Então o volume é
importante. O objetivo é gerar
relacionamento? Então você
As plataformas tem que entender quantas
daquelas pessoas que viram o
digitais fornecem seu conteúdo se mobilizaram
dados de em relação a sua organização,
ao seu produto, ao seu serviço,
performance a um evento, etc. Você quer
dessas ativações, gerar conversão? Então
quantas pessoas foram parar
mas se restringem no seu e-commerce, no seu
a alcance, site, etc? As métricas variam
muito do objetivo que você
impressões e tem enquanto organização. É
óbvio que você pode usar os
engajamento. insights de cada plataforma
Como mensurar para ter ideias de números,
saber o quanto você está
o impacto real da conseguindo impactar as
ação de marketing pessoas, mas você precisa ter
outras métricas que vão além
de influência para dos números. Diante de cada
as marcas? ação, de cada planejamento
que a organização tenha, ela vai
ter que definir um conjunto de
indicadores que explicitem se


ela atingiu ou não uma meta.
“ Oinfluência
cenário de marketing de

3.
é altamente dinâmico
e mutável. Quando começamos,
o que fazia sentido eram as
publis, que conseguiam gerar
audiência e engajamento junto
aos públicos de interesse. Hoje,
nós temos outras formas de
nos relacionar com a audiência,
Qual é o futuro como por exemplo fazer
colabs, usar o influenciador
do marketing de como emissor, como vitrine
influência, na sua midiática, como consultor de
conteúdo, etc. Esse mercado
opinião? Como as evolui bastante e muito rápido.
empresas podem Hoje o que eu acho que faz
bastante sentido além das
se preparar para estratégias convencionais
esse cenário? são as ligadas aos micro
e nano influenciadores,
o conteúdo gerado pelo
consumidor, que tem muito
valor pois legitima a marca,
então pensar em campanhas
que ativem exatamente
embaixadores de marca,
consumidores que gostam da
marca, pensar também nos
micro influenciadores, que
são figuras que ajudam muito
na conversão. Nós sempre
temos que estar atentos ao que
funciona pra cada organização,
segmento e realidade, porque


não existe uma receita de bolo.
MARI CID
publicitária e designer, produz
conteúdo para redes sociais desde
2017, falando sobre Moda Plus Size,
Empoderamento, Entretenimento e
Dicas de rolês em Recife (PE).

10,8K
seguidores

https://www.instagram.com/maricids

“ A produção de conteúdo apareceu pra mim como uma forma


de ajudar minha comunidade a encontrar soluções pros seus
problemas e, desde então, temos alcançado cada vez mais
espaços. Atualmente, eu trabalho CLT quase 9h por dia, então
essa não é nem de longe minha principal fonte de renda.
Acho que pra que isso aconteça, é necessário uma grande
frequência de posts, muita dedicação e procura do mercado. Isso
sem falar nos longos prazos de pagamento e má remuneração, que
prejudicam muito a organização financeira do creator. Se daqui a
alguns anos ficar impossível aliar a criação de conteúdo à minha


rotina de trabalho com carteira assinada, provavelmente terei que
optar por uma das duas e vai ser uma decisão muito difícil.
THAIZ LOPES
atua como influenciadora no nicho de
Humor e Relacionamento há 3 anos e
traz situações cotidianas sobre a vida
a dois no Instagram Reels.

356K
seguidores

https://www.instagram.com/thaizlopes

“ Eu compartilho minhas experiências com os meus seguidores e a minha


intenção é criar uma conexão cada vez maior com eles. Acredito que um
produto ganha mais simpatia do consumidor quando é validado por alguém
que ele conhece, gosta e confia. No lugar das empresas, eu buscaria um
influenciador que sabe se comunicar e passa essa credibilidade. Então,
enquanto influenciadora, tento me comportar dessa forma.
Minha renda não é totalmente das redes sociais. Apesar de já ter trabalhado
com marcas grandes, ainda preciso lidar com alguns obstáculos. Já recebi
feedbacks sobre meu conteúdo abordar o tema “sexo”, enquanto eu vejo
que, dentro do meu nicho, esse tópico gera identificação nas pessoas,
que marcam seus companheiros e compartilham o conteúdo no direct.
Meus reels têm uma entrega ótima e excelentes números de curtidas e
visualizações. Mas, infelizmente, ainda descredibilizam uma mulher que
fala sobre a vida sexual dela, enquanto vejo homens fazendo o mesmo e


conseguindo vários trabalhos com marcas.
O futuro do marketing
de influência
É difícil delimitar como será o futuro do marketing de influência e a opinião da
população sobre os creators, mas uma coisa é certa: esse cenário estará em
constante transformação e, tanto os profissionais quanto as empresas, precisam
estar atualizados para inovar nas ativações e na escolha das personalidades, já que
muitos fatos podem impactar na imagem institucional.
Por isso, destacamos três pontos de atenção:

1. A influência é certa
De acordo uma pesquisa da B3, cerca de 75% das pessoas que aplicaram parte
de seus recursos na bolsa, em 2020, iniciaram seus investimentos com base em
informações de YouTube e influenciadores. Esse dado nos ajuda a perceber como
opiniões expressas nas mídias sociais podem afetar as decisões individuais de
negociação dos investidores. O mesmo também ocorre em outros segmentos.

2. Influenciar de dentro pra fora


Segundo a pesquisa em Comunicação Interna da Aberje, uma das tendências para 2023 é
a prática de ações de comunicação pelos colaboradores, onde as empresas investem em
programas de influenciadores internos e agentes de comunicação, para que os funcionários
tenham autonomia e qualificação técnica para realizar comunicações de suas áreas.
No estudo, 163 empresas de diferentes setores e portes foram consultadas, e 28%
delas alegaram orçar a implantação de programas de influenciadores internos. Ou
seja, é perceptível que os “funcionários-criadores” ou “creator employees” estão
em crescimento dentro das corporações, falando e criando conversas sobre as
instituições, por meio de vídeos publicados em TikTok e Instagram Reels.

3. Regulamentações
Com o crescimento exponencial do mercado de influenciadores, surgem também novas
questões relacionadas à regulamentação e às leis que envolvem essa atividade. Órgãos
reguladores, como o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), têm
buscado estabelecer diretrizes e regras para as práticas de publicidade nas redes sociais.
Denúncias relacionadas a práticas enganosas, como o uso de testemunhos falsos ou
exagerados sobre produtos ou serviços têm sido levadas em consideração, já que a
regulação poderá ajudar a garantir que as práticas desleais sejam combatidas.
Ao mesmo tempo que frisamos a necessidade de regras claras para marcas e
creators, vale ressaltar a necessidade de se encontrar um equilíbrio entre a proteção
dos consumidores e a liberdade de expressão e criatividade dos influenciadores, que
revolucionaram o mercado.
Em conclusão, o marketing de influência é uma estratégia
poderosa que tem o potencial de impulsionar o alcance e a
visibilidade das marcas de forma significativa. Ao aproveitar
a credibilidade e o alcance dos influenciadores, as empresas
podem estabelecer conexões autênticas com seu público-alvo e
aumentar a confiança do consumidor. No entanto, é fundamental
que as marcas sejam seletivas na escolha dos influenciadores,
considerando cuidadosamente a relevância, o engajamento e a
autenticidade de seus seguidores.
Além disso, é essencial que as parcerias sejam baseadas
em valores compartilhados e em metas mútuas, garantindo
uma colaboração genuína e duradoura. Com uma abordagem
estratégica e um planejamento cuidadoso, o marketing de
influência pode ser uma ferramenta valiosa para impulsionar o
crescimento das marcas e alcançar resultados positivos.

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