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DOI: 10.5748/9788599693100-11CONTECSI/PS-972
MOBILE MONEY, YOUR APPLICATION IN THE WORLD AND IN BRAZIL
The objective of this paper is to identify an adequate mobile money model for the Brazilian
reality. The authors performed an extended literature review of papers which approach
business models about mobile money in different countries, the authors identified common
elements between these models to utilize them with the intend to create the Brazilian
model, adapting for Brazilians’ social, cultural and financial characteristics and needs.
O objetivo deste artigo é identificar o modelo de Mobile Money adequado à realidade dos
brasileiros. Os autores realizaram uma extensa revisão literária de artigos que abordam os
modelos de Mobile Money em vários países, identificando os elementos comuns entre
estes modelos e adequando para as características socioculturais e financeiras do Brasil.
Como resultado do artigo, os autores apresentam a comparação destes modelos e a criação
do modelo que atendam às necessidades do Brasil.
1. Introdução
Mobile Money ou M-money é definido como um serviço de transferência financeira,
com dinheiro eletrônico, por meio de dispositivos mobiles. Diversos autores analisam este
serviço por perspectivas diferentes, como por exemplo, para Mas e Radcliffe (2011), Diniz
et al. (2011) e Donovan (2012), o m-money pode resultar em inclusão socioeconômica e
financeira ocasionada, especialmente, por conta da redução de custos e pela nova
alternativa de transferência de dinheiro.
Em muitos países em que este serviço já existe, a população usuária é
desbancarizada, fato que é dado por conta de suas condições de moradia e pela ausência de
interesse de grandes instituições em prover este serviço: as regiões que estão mais
afastadas do centro urbano e que não há investimentos em infraestrutura bancária capaz de
atender a este público. Normalmente, um membro de família desbancarizada migra da
região natal para o centro urbano com o objetivo de trabalhar, poupar dinheiro e enviar
parte deste dinheiro à família. Neste contexto, o serviço do mobile money facilita a
transferência financeira.
Considerada a inovação do canal de transferência, utilizando novas tecnologias e o
seu impacto na dinâmica social, a relevância do tema é evidenciada por se tratar de um
novo canal que auxilia na redução dos custos de serviços financeiros e na inclusão da
população de baixa renda, possibilitando a melhora da economia do país.
O objetivo deste trabalho é identificar um modelo de Mobile Money adequado às
necessidades do Brasil. Foi realizada uma extensa revisão bibliográfica de artigos que
apresentavam modelos de negócios de Mobile Money de diversos países, identificando
elementos em comum entre os mesmos, e também aqueles que poderiam ser adequados às
características socioculturais e financeiras do Brasil. Como resultado, o artigo apresenta
uma comparação entre os diversos modelos e a criação de um modelo adequado às
necessidades do Brasil.
O artigo está estruturado da seguinte forma: a introdução, a apresentação de
conceitos relativos ao Mobile Money, a abordagem metodológica, a análise de diversos
modelos existentes em outros países e, por fim, a apresentação de um modelo adequado às
necessidades do Brasil e as conclusões.
sistema do Mobile Money é requerido que existam mais consumidores e mais transações
por consumidores para que o sistema se auto sustente (Dolan, 2009).
De acordo com o International Finance Corporation [IFC] (2011 a) existem três
principais fatores que influenciam no crescimento e ascensão do Mobile Money em
qualquer país em que o mesmo for aplicado, sendo eles: a regulamentação, a competição
existente com outros instrumentos de inclusão financeira e a percepção e habilidade dos
usuários.
De acordo com Sarasola (2012), é possível entender o fluxo do Mobile Money
através da figura 1:
Fluxo do M-money
Figura 1 - Fluxo do M-money. Fonte: Sarasola (2012). Can Mobile Money Systems have a
measurable impact on Local Development? (p. 7).
Com a Figura 1, podemos observar o fluxo que existe nos Mobiles Money, ou seja,
o dinheiro entra através do agente (cash-in) e vai para as redes transacionais e sai também
pelo agente (cash-out), unificando o canal de entrada e saída do dinheiro.
Para entender as funções de cada player, Dolan (2009) descreve como é o
funcionamento de cada parte para que o ecossistema do Mobile Money funcione.
Ativos e Limitações de
Players Incentivos Funções
Capacidades Restrições
• Infraestrutura • Angariar clientes. • Fornecer infraestrutura • Limitações
MNOs móvel. e serviços de regulamentares
(Opera- • Gerenciar a comunicações. sobre a prestação
doras de • Extensa rede de rotatividade. de serviços
Celular) lojas varejistas / • Agente fiscalizador de financeiros, por
rede de agentes. • Reduzir o custo de controle de qualidade. exemplo na
distribuição do airtime, captação de
• Massiva base de que é a quantia • Emissão e-money (onde depósitos, emissão
clientes que existente na conta do é comercialmente de e-float.
incluam os M-money. desejável e permitido por
segmentos de baixa lei). • Pressão dos
renda. • Aumentar ARPUs. acionistas por
• Exercer a liderança na retornos mais
• Uma marca forte. • Capturar elaboração do rápidos e mais
oportunidades de ecossistema do Mobile altos.
• Confiança do receitas adicionais, por Money.
Ativos e Limitações de
Players Incentivos Funções
Capacidades Restrições
cliente. exemplo, juros sobre o • Foco estratégico
e-float, que é o que podem não
• Estruturas de dinheiro virtual. incluir o m-money.
atendimento ao
cliente. • Cumprir as
obrigações de serviço e
objetivos de Corporate
Social Responsibility
(CSR).
• Licença bancária e • Reduzir • Oferecer serviços • Pouca base de
Bancos infraestrutura. significativamente o bancários via celular. clientes.
custo de prestação de
• Habilidade para serviços financeiros. • Segurar e-float ou • Falta de
facilitar o câmbio, contas em nomes dos experiência com e,
compensação e • Estabelecer presença clientes. em alguns casos, de
liquidação. em novos segmentos de interesse em,
clientes e novas áreas • Lidar com as transações clientes de baixa
• Experiência de geográficas. transfronteiriças, gerir o renda.
regulamentação do risco cambial.
compliance. • Cumprir as •Regulamentações
obrigações de serviço e • Garantir o rigorosas com
• Redes de ponto de objetivos de CSR. cumprimento da significativos
venda (embora regulamentação do setor encargos.
significativamente • Capturar receita financeiro.
mais limitado do adicional, por exemplo,
que as de MNOs). através da retenção dos
depósitos.
• Presença em • Ganhar comissões • Realizar as funções • Liquidez
Agentes pontos físicos. sobre as transações. cash-in e cash-out. deficitárias.
Ativos e Limitações de
Players Incentivos Funções
Capacidades Restrições
transacionar pelo
celular.
• Faturamento e • Reduzir o custo da • Oferecer opções de m- • Ameaça potencial
Serviços cobranças coleta e processamento payment. para os agentes de
Públicos periódicas. de pagamentos. coleta de contas.
• Aumentar a
pontualidade dos
pagamentos.
• Oferecer maior
comodidade ao cliente.
• Presença dos • Métodos seguros e de • Introduzir os segmentos • Sistemas de Back
MFIs serviços para o menor custo de de baixa renda no m- Office não pode
(Institui- segmento de baixa desembolso e money. vincular com as
ções de renda. arrecadação. plataformas m-
Microfi- • Educar os usuários money.
nanças) • Conhecimento da • Melhorar a eficiência finais.
baixa renda, como dos negócios. • Resistência
hábitos dos clientes cultural.
e suas necessidades.
• Existência de • Reduzir o custo de • Oferecer depósito • Resistência
Empre- distribuição processamento de folha direto dos salários em Cultural.
gadores periódica de folha de pagamento, o risco contas m-money.
de pagamento para de manipulação de
os funcionários dinheiro.
• Oferecer maior
comodidade ao
empregado.
• Autoridade para • Promover a inclusão • Proporcionar um • Falta de
Regulado impor a regulação, financeira. ambiente favorável para experiência com a
res acompanhar e fazer • Habilitar a ampla o m-money. convergência de
cumprir. gama de opções de • Proteger a estabilidade recursos
pagamentos. do sistema financeiro. financeiros e
regimes de
• Desenvolvimento • Demonstrar liderança reguladores de
socioeconômico para incentivar e proteger telecomunicações.
nacional. a mudança de
comportamento. • Falta de
capacidade
financeira e
técnica.
• Contatos locais e • Melhorar os impactos • Realizar pesquisas, • Base filantrópica
Sociedade conhecimento de sociais e econômicos especialmente nos sem fins lucrativos
Civil mercados de baixa de suas atividades. segmentos de menor através de modelos
renda. renda. de escala.
• Desenvolver em linha
• Credibilidade e com a missão • Desenvolver a • Culturas e
confiança. organizacional. capacidade dos agentes e processos de
pequenos varejistas. negócio pode não
• Operações facilitar a parceria
relevantes. • Envolver-se em com as empresas.
parcerias operacionais
Ativos e Limitações de
Players Incentivos Funções
Capacidades Restrições
com prestadores de m-
money.
• Necessidades • Redução do risco de • Usar o Mobile Money • Falta de
Usuários Relevantes. carregar dinheiro. para melhorar suas vidas. consciência.
Finais
• Maior acesso e • Educação
acessibilidade de financeira limitada.
pagamento, remessa, e
outros serviços • A resistência
financeiros. cultural e
psicológica.
• Conveniência de
pagamento remoto,
remessa e outros
serviços financeiros.
Fonte: Dolan, Jonathan. (2009). Accelerating the Development of Mobile Money
Ecosystems (p. 22-23).
1.3. Metodologia
Este estudo foi desenvolvido, a partir de pesquisa exploratória, recomendada por
Malhotra (2006), quando se pretende obter maior familiaridade com o problema, neste
caso, conhecer os principais modelos de mobile money existentes a fim de adaptá-los à
realidade do Brasil. O levantamento dos dados e análise comparativa entre os modelos foi
realizada, utilizando-se o método de estudo de casos múltiplos, com o objetivo de prover
evidências, consideradas mais convincentes (Herriott & Firestone, 1983), a partir do estudo
profundo e exaustivo, de forma a possibilitar um conhecimento amplo e detalhado dos
objetos pesquisados (Gil, 1999). Optou-se, também, pelo estudo de casos, pois o mesmo é
recomendado para análise de fenômenos comportamentais inseridos em algum contexto da
vida real (Yin, 2010) em que se pretende.
Dados secundários foram coletados através de levantamento bibliográfico de
artigos, revistas, estudos, entre outras fontes de informação; análise de cases já existentes
de outros países em que o Mobile Money já se encontra em fase de teste ou já é efetivo nas
transações de dinheiro, tais como em Uganda, Paquistão, Quênia, entre outros.
Os dados secundários, que de acordo com Malhotra (2006) são aqueles dados que
são coletados para uma finalidade diferente do problema em pauta, foram utilizados com o
intuito de se realizar comparações dos tipos de serviços existentes de Mobile Money em
todo o mundo, e com a intenção de observar quais os serviços obtiveram resultados
satisfatórios e quais as forças e fraquezas dos modelos que estão ativos.
Na análise, os principais aspectos de cada modelo foram identificados e elencados
em quadros que, ao final geraram um quadro sintético comparativo. Após essa etapa, os
aspectos foram analisados em contraste com o contexto brasileiro e características que
favorecem a implantação dos elementos no Brasil foram selecionadas, contribuindo para a
elaboração de um novo modelo, passível de aplicação na realidade brasileira.
possuem e-float; há problemas com agentes que são rudes; e também existem agentes que
cobram taxas por depósitos nas contas (Mirzoyants, 2012).
Problemas tecnológicos também afetam negativamente os usuários e não usuários,
esses problemas podem ser devido ao longo tempo de espera para cadastro, falhas de
sistema, e problemas com saques de dinheiro (Mirzoyants, 2012).
Foi desenvolvido a Tabela 3 com o intuito de especificar quais foram os 5
principais fatores de sucesso para a Mobile Money na Uganda.
Tabela 3 – Fatores de Sucesso do Mobile Money na Uganda
Fatores Explicação
Quantidade de A ampla concorrência faz com que haja a busca de aperfeiçoamento dos serviços ofertados
Concorrentes aos consumidores.
A população muito carente foi o público-alvo das empresas e compreendeu o benefício
Populacional
que este canal traria.
As pessoas já transferiam dinheiro para outras pessoas, porém através de outros canais que
envolviam um custo maior; também houve muitas recomendações, que por serem de
Cultural
pessoas do grupo social do indivíduo, pode ter impactado ainda mais na quantidade de
adoções.
Facilidade em manusear e realizar transações uma vez que parte da população é
Design
analfabeta.
Facilidade de A facilidade de realizar o cadastro ajuda as pessoas a utilizarem o serviço, ou seja, existe
Cadastro uma burocracia menor.
Fonte: Tabela produzida pelos próprios autores
Para sua utilização, necessita de um cartão SIM que utiliza a tecnologia GSM que
permite que os maiores níveis de segurança sejam alcançados e que também existem
mecanismos anti-clonagem. Já a tecnologia dos cartões SIM Application Toolkit (STK)
permitem a execução das mais variadas aplicações adicionais, com isto cabe a empresa
definir qual será a melhor aplicação (Kufandirimbwa et al., 2013).
No Zimbabué as plataformas de Mobile Money permitem que sejam realizadas
transferências de dinheiro, pagamentos de contas, airtime top up, extrato da conta e outros
pagamentos, nestes sistemas também é permitido que as empresas paguem os salários das
pessoas diretamente nas contas do celular (Kufandirimbwa et al., 2013).
O fluxo do sistema ocorre pelo cash in, ou seja, a pessoa entrega a quantia de
dinheiro para o agente em uma das lojas, sendo que este transforma esta quantia em
airtime. A pessoa que tem o airtime poderá transferir através de SMS ou USSD
dependendo da tecnologia da operadora e com isso a pessoa que receber esse airtime
poderá fazer o cash out (retirada de dinheiro) no mesmo ou em outro agente.
(Kufandirimbwa et al., 2013).
Com relação ao modelo existente, Thulani, Kosmas, Collins e Loyd (2011)
descreve que a tecnologia opera em muitos bancos com a existência de sistema host. Estes
são desenhados para permitir a troca de informações entre eles e o sistema bancário
existente. Os canais de SMS devem ser agrupados com o sistema host através de várias
formas dependendo do volume de mensagens para serem empurradas, por exemplo,
modens simples ou linhas alugadas.
Adagunodo, Awodele e Ajavi (2007) afirmam que o existem duas formas do SMS
ser categorizado. A primeira é o modelo Push é enviado uma mensagem para a aplicação
(Servidor SMS) para o celular. Dentre os seus serviços incluem, o relatório periódico do
saldo da conta (salários e créditos na conta), grandes valores de saques em ATMs, uma
única vez é solicitado a autenticação da senha.
Já para o modelo Pull deve-se mandar um pedido e receber uma resposta, portanto é
um cenário completo (e duplo) onde um usuário envia um pedido para a aplicação SMS
Banking e a aplicação responde com a informação necessária. Para tanto este serviço
inclui: a consulta de saldo na conta, as transferências entre contas do próprio cliente, de
uma poupança para uma conta corrente e também pagamentos de contas eletronicamente.
(Adagunodo et.al, 2007).
Com isto, os 5 principais fatores que levaram ao sucesso do Mobile Money no
Zimbábue foram:
Tabela 5 – Fatores de Sucesso do Mobile Money no Zimbábue
Fatores Explicação
No país há poucas agências bancárias o que dificulta o acesso geograficamente, com isto
Infraestrutura
o m-money serviu para reduzir estas distâncias através dos agentes e das transferências
Falha
person to person.
Já realizavam as transferências e transações monetárias, porém através de agências
Cultural
bancárias.
A tecnologia no país dispõe de redes com serviços como SMS e USSD, o que garantiu a
Tecnologia
execução do m-money.
Outros serviços A possibilidade de realizar pagamentos de contas ajudou na maior utilização do m-
que agregam money no país.
Facilidade de Com a redução de fatores burocráticos a adesão foi acentuada, no qual é necessário
Cadastro apenas adquirir o cartão SIM da operadora para fazer parte do sistema.
Fonte: Tabela produzida pelos próprios autores
McCarty (2013) afirmou que em 2012, o sistema realizou mais de cem milhões de
transações com rendimento de mais de US$1,4 bilhão, através de 5 milhões de usuários,
sendo considerado um grande case de sucesso pela GSMA Mobile Money Sprinter em
2012.
Os serviços devem possuir um nível mínimo de segurança requisitado pelo Banco
do Estado do Paquistão aos canais usados por sistemas de comunicação mobile como
USSD, SMS, SAT e WAP; a autenticação de clientes e serviços deve possuir segurança
através do PIN e MSISDN; a mensagem criptográfica requerida no nível da aplicação
exige a segurança aplicada em 128 bits utilizando algoritmos simétricos ou assimétricos
como o PKI (Public Key Infrastructure); a responsabilidade / não repúdio exige que todos
os registros de transações financeiras e não financeiras devem ser guardadas seguramente
pelo FI (Feroze & Basharat, 2011).
Bold (2011) analisou desafios e oportunidades para o Mobile Money no Paquistão,
tendo como desafios: ganhar confiança e credibilidade dos consumidores através do
network de seus agentes; alcançar a viabilidade comercial sem o subsídio do governo,
assim, a empresa deve oferecer outros serviços que possam gerar um bom relacionamento
com seus consumidores e consequentemente um retorno através de taxas; evitar fraudes e
abusos, já as oportunidades abordadas foram: o banco do Estado do Paquistão tornou
comercialmente viável os bancos sem agências; o modelo G2P com canais sem agências
pode gerar mais receita; existência de um grande potencial de crescimento e a rápida
adoção de usuários novos.
As classes média e baixa do país utilizam demasiadamente os serviços de
transferências de dinheiro através do mobile banking. Essas classes utilizam o Telenor
EasyPaisa cerca de dezessete bilhões de rupees (moeda local) foram transferidos em dez
milhões de transações desde 2010. Nesta análise estão inclusos os pagamentos de contas e
remessas por transferências de dinheiro (Feroze & Basharat, 2011).
No final de 2012, o EasyPaisa realizou cerca de cem milhões de transações,
gerando um rendimento de US$ 1,4 bilhão para a empresa (McCarty, 2013).
O sucesso também se deve à rápida expansão territorial nacional com boa
performance através do canal GSM e seus parceiros no negócio de Mobile Money
(McCarty, 2013).
Desta forma, desenvolvemos a tabela 6 com o intuito de mapear os 5 principais
fatores que levaram ao sucesso do Mobile Money no Paquistão.
Tabela 6 – Fatores de Sucesso do Mobile Money no Paquistão
Fatores Explicação
Regulamenta- O Banco do Estado do Paquistão foi flexível ao ajustar as regulamentações necessárias para
ção / Governo a criação e funcionamento no país.
Cultural As pessoas já utilizavam outros canais para realizar as transferências financeiras.
A população de baixa renda se caracterizou por ser o foco do modelo de negócio e não
Populacional
houve perda deste foco durante a aplicação do projeto.
O governo instaurou o programa com foco em assistência à população carente, o que
G2P
contribuiu para disseminar ainda mais o m-money no país.
O desenvolvimento da tecnologia necessária que inseriu a possibilidade dos quatro tipos de
Tecnologia
serviços bancários existentes no país.
Fonte: Tabela produzida pelos próprios autores
transferências bancárias, visto que as remessas representam 10% do PIB nacional. Além de
ajudar na parte financeira do país, também ajudou na inclusão de locais com pouca
densidade demográfica e com falta de infraestrutura (Zephirin & Basu, 2012).
De acordo com Zephirin e Basu (2012), o desenvolvimento deste sistema de canal
para fluxos de transferências monetárias ocorreu por alguns motivos, como limitação do
acesso financeiro por bancos formais, no qual em 2006, Filipinas possuía poucos caixas
eletrônicos, cerca de 7.100, entretanto, possuía 17 milhões de pessoas que realizavam
depósitos bancários, evidenciando a escassez dos serviços dos bancos e a solução da época
foi um serviço de “coletor”, no qual uma pessoa oferecia o serviço de ir de ilha em ilha
pegando as contas a pagar das pessoas e ir ao banco, recebendo uma comissão pelo
serviço.
O outro motivo foi a necessidade da população de realizar o envio de dinheiro para
casa de forma mais fácil, pois muitos trabalhadores enviavam remessas de dinheiro para
casa, pois muitos trabalhavam em ilhas diferentes de suas casas, conhecidos como OFWs
(Overseas Filipino Workers) e cerca de $18 bilhões de dólares foram enviados pelos OFWs
às suas casas em 2008, representando cerca de 11% do PIB do país. Cerca de 75% da
população de Filipinas detêm mobile phone e utilizam para envios de mensagens todos os
dias (Zephirin & Basu, 2012).
Para Roman (2009) os consumidores potenciais são cerca de 93% dos filipinos não
bancarizados que recebem suas rendas em dinheiro e predominantemente guardam
dinheiro de modo informal, como por exemplo, guardar dentro da casa.
De acordo com Roman (2009), 52% dos usuários utilizam o serviço apenas 2 vezes
por mês, 40% dos usuários utilizam cerca de 4 vezes por mês, sendo estes considerados os
heavy users.
Zephirin e Basu (2012) afirmam que os serviços de Mobile Money foram iniciados
pelas maiores companhias de telecomunicações (Smart Communcation e Globe Telecom),
com o apoio do Banco Central da Filipinas (BSP), que permitiu que a inovação tecnológica
se adequasse as regulamentações de segurança tanto para os consumidores quanto para os
sistemas bancários, integrando-se com os sistemas de operações de pagamentos mobiles.
Roman (2009) também afirma que as duas empresas foram pioneiras no Mobile Money do
país, pois viram a quantidade de pessoas que não possuíam contas bancárias, mas possuíam
dispositivos mobile. Já a GSMA [n.d.] considera esses 3 players como “chave” do sucesso
do sistema implementado no país, porque foram responsáveis pela tecnologia,
regulamentações, operações e o desenvolvimento.
De acordo com a GSMA [n.d.], o BSP (Banco Central da Filipinas) permitiu que as
duas companhias de telecomunicação utilizassem modelos diferentes de negócios como
teste. Estas companhias criaram seus próprios Mobiles Money, a Smart Communication
criou o Smart Money e a Globe Telecom criou o GCash (Zephirin & Basu, 2012).
O Smart Money foi lançado em 2000, sendo um cartão de pagamento recarregável,
que poderia ser acessado por um smartphone ou pelo cartão da MasterCard, que era um
cartão similar ao cartão de crédito e débito (Zephirin & Basu, 2012).
Os parceiros dos bancos que possuem o Smart Money são responsáveis por suas
contas e também pela aprovação de segurança ao Banco Central. Os clientes do Mobile
Money podem realizar os seguintes itens: recargas no pré-pago, pagamento de contas,
transferências de fundos, pedido de talão de cheque, consulta de saldo e outros serviços de
transações que possam realizar em caixas eletrônicos (Zephirin & Basu, 2012).
Já o GCash foi lançado em 2004 sem a cooperação de bancos, este Mobile Money
permitia que os usuários tivessem uma carteira eletrônica, cujos pagamentos eram
realizados através de SMS entre os usuários do GCash (Zephirin & Basu, 2012).
Na região da Melanésia, o primeiro Mobile Money lançado foi em Fiji (Cave 2012).
De acordo com International Telecommunication Union [ITU] (2004), em 2002 a
população em Fiji era de 820.000 pessoas, com 93.583 assinaturas de celulares, sendo 91%
deles pré-pagos, no qual a saturação estava perto de acontecer, uma vez que os níveis de
tarifas e custos estavam altos. Cave (2012) afirma que aproximadamente 60% da
população que vive nas ilhas do Pacífico tem acesso a um aparelho celular e isto continua a
crescer com o tempo.
Para aumentar a taxa de penetração de celulares, a companhia Vodafone está
incentivando a instalação de bases de estações em áreas rurais do país. Harorimana,
Rokotuinivono, Sewale, Salaiwai, Naulu et al. (2012) relata que as áreas rurais são
estratégicas, pois reduzirá os gastos da população com transporte e poderá enviar e receber
dinheiro com maior facilidade.
O Mobile Money aplicado em Fiji teve como exemplo os países africanos, e houve a
intenção de diminuir a exclusão financeira existente no país (Harorimana et al., 2012).
Cave (2012) diz que a revolução na tecnologia de informação e comunicação poderá trazer
impactos maiores, principalmente no âmbito democrático e no desenvolvimento da região.
O lançamento do Mobile Money em Fiji ocorreu em julho de 2010 pela empresa
Digicel, que ofereceu um leque de serviços financeiros aos consumidores, incluindo, por
exemplo, a capacidade de transferência de dinheiro para amigos e familiares em todo o
país (Cave, 2012).
No entanto, para Menon (2011), o primeiro Mobile Money no país foi da Vodafone,
que iniciou as atividades em junho de 2010 e inicialmente tinha o intuito de ser um veículo
para o desembolso de empréstimos e reembolsos de instituições de microfinanças através
de seus celulares, porém a utilidade principal foi a utilização do mesmo para enviar
dinheiro para outras pessoas e com isto houve a acessibilidade de pessoas que antes não
eram bancarizadas.
Harorimana et al. (2012) dizem que nem Vodafone nem a Digicel realizam
remessas internacionais, pois ainda não foram aprovadas pelas instâncias do país, mas um
cliente da Vodafone pode enviar e-float para um cliente da Digicel ou vice versa uma vez
que existe o suporte entre as duas operadoras.
A Digicel permite que os clientes façam pagamentos p2p, carreguem seus celulares,
paguem suas contas celulares (Flood, West & Wheadon, 2013).
A tabela 8 foi desenvolvida com os 5 principais fatores que levaram ao sucesso do
Mobile Money em Fiji.
Tabela 8 – Fatores de Sucesso do Mobile Money em Fiji.
Fatores Explicação
Sendo um país escassamente povoado e os indivíduos vivendo em áreas rurais, sofriam
Populacional
com a alta taxa de desemprego e a falta de educação, sendo o público alvo do m-money.
Aumento da penetração de celulares no país proporcionou possibilidade de atingir a
Cultural
população excluída financeiramente.
Tecnologia que fez com que fosse possível alcançar a população que residia em zonas
Tecnologia
rurais.
Telecomuni-cação Houve redução dos preços e com isto aumento na adesão de celulares.
Outros serviços
Conseguir realizar pagamentos de contas também foi atrativo para a população.
que agregam
Fonte: Tabela produzida pelos próprios autores
3. Caso Brasil
A seguir será apresentado o único caso brasileiro de Mobile Money atual, que é o
Zuum.
Porém, antes é importante ressaltar que a Paggo não é um mobile money e sim um
mobile Payment pois de acordo com o IFC (2011 b) a empresa refere-se apenas às
transações através de terminais eletrônicos padronizadas no mercado, sendo uma solução
do e-commerce e PDV. E com isto, não é o foco deste trabalho.
Desta maneira a Zuum é a única empresa de Mobile Money em atividade no Brasil,
porém como seu lançamento é recente não há artigos acadêmicos sobre o tema, portanto,
iremos sintetizar a sua funcionalidade através de notícias veiculadas na mídia.
De acordo com a revista Exame (2013) a Zuum surgiu com a parceria da Vivo e
MasterCard em maio de 2013, com isto os clientes da operadora Vivo cadastrados neste
sistema poderá realizar a transferência de dinheiro entre usuários e consultar saldo através
de seus celulares.
De acordo com o site da Zuum (2013) o consumidor também recebe um cartão pré-
pago e pode usar nos estabelecimentos conveniados com a bandeira MasterCard mas não é
necessário ter conta em banco.
O serviço também permite o pagamento de conta de água, luz, telefone e televisão
por assinatura, e também é possível sacar o dinheiro da conta pré-paga em ATMs (Zuum,
2013). Atualmente o sistema já conta com mais de 130 mil pessoas cadastradas no sistema
(Terra, 2013). Uma das novidades que não aparecem em outros casos de Mobile Money e
que de acordo com a Zuum (2013) as tarifas são convertidas em bônus no celular.
agentes, parecido com o modelo apresentado no Quênia, cujo agente principal será o
responsável por se estabelecer nas lojas físicas, garantindo ao consumidor o cash-in e o
cash-out. Já o segundo modelo de agente deverá ser o fiscalizador, uma vez que deverá
gerenciar os agentes, o dinheiro e os saldos e-float, pois com isto haverá maiores garantias
que não ocorrerão lavagens de dinheiro ou financiamentos de grupos terroristas, e portanto
irá ter contato com a empresa de Mobile Money para apresentar os resultados existentes.
Por fim o último agente, o chamado agente Master, será o responsável pela integração com
o Banco Central, realizando toda a verificação das normas impostas por este e também irá
comercializar o e-float com a empresa de Mobile Money. Com isto, o único agente a ter
contato com o consumidor final é o que está localizado nas dependências físicas da loja.
Para que cada um destes agentes recebam suas comissões haverá o Responsável
pela Gestão, que além da distribuição destas comissões que levará em conta o desempenho
de cada loja, realiza a gestão de liquidez, ou seja, torna disponível o dinheiro existentes nas
lojas.
Como o Banco Central [BACEN] (2013) afirma que o Banco do Brasil detém a
maior cobertura de mercado dos bancos, iremos optar por utilizar por este banco como
parceiro, com 5.416 agências bancárias e 13.844 postos de atendimento, tendo, com isto, a
maior amplitude de alcance das regiões no país, com isto juntamente com as lojas do
Mobile Money as pessoas poderiam utilizar os ATMs e caixas do Banco do Brasil para
realizar o cash-out, portanto a parceria com um banco visa aumentar o volume de possíveis
transações. Sabendo que o Banco do Brasil tem o maior Market share, isto pode implicar
em conseguir aumentar ainda mais o público uma vez que quem não utilizar o banco
poderá ter acesso a seus serviços, como por exemplo, empréstimos e microsseguros
móveis.
Outro fator preponderante para a escolha de um banco é a criação de reserva de
dinheiro, uma vez que a empresa armazenará o dinheiro das pessoas. Com isto a empresa
de Mobile Money terá seu retorno financeiro através da aplicação deste dinheiro, ou seja,
será através da rentabilidade que o mesmo trará.
Com relação às adquirentes, a necessidade se deve ao fato de ter o know how de
realizar as transações, com isto, a mais indicada seria a Cielo, que de acordo com a revista
Istoé Dinheiro (2013) contempla a maior parte do mercado nacional e é controlada, entre
outros, pelo Banco do Brasil, ou seja, realizar uma parceria com uma empresa poderia
implicar realizar com a outra e conseguir um poder de barganha melhor.
Já as bandeiras serviriam para realizar a tecnologia que o Mobile Money
necessitaria, principalmente em relação ao público consumidor, com isto a parceria poderia
também criar o cartão pré-pago e distribuir ao público que terá a conta no Mobile Money,
ou seja, irá conseguir ampliar os serviços financeiros disponíveis às pessoas.
Porém como todo enfoque é na operadora de celular, o ideal é ter uma empresa
própria de operadora de celular para realizar a construção de marca, porém caso não seja
possível construir, visto que para isto é necessário investimento para a construção de torres
por exemplo, é possível comprar redes de telefonia de determinada operadora, porém o
valor pode variar de acordo com as negociações feitas.
Caso a opção seja uma parceria com alguma operadora, deve-se optar pela
companhia que possui o maior share em celulares pré-pagos, onde em teoria estariam as
pessoas que não tem acesso a serviços financeiros, devido aos planos de serviços
oferecidos. Portanto, a mais indicada para fazer parte da joint venture seria a MNO TIM,
uma vez que, de acordo com a Teleco (2013 c) é líder em share no pré-pago com 28,81%
das pessoas com celulares, sendo que dentro de sua base de clientes 84,22% tem celulares
Figura 2 - Modelo do Fluxo do Mobile Money no Brasil. Modelo produzido pelos próprios autores.
De qualquer maneira, existem aplicações que não foram vistas nos cases e que
são oportunidades para modelos de negócios no cenário atual e visando o futuro
econômico-social do país. Com isto a aplicação a seguir servirá, principalmente, quando
a porcentagem de penetração de smartphones for maior do que os demais celulares.
O Brasil é um país onde as pessoas utilizam muito a internet, ficando muitas
horas por dia navegando por redes sociais, blogs, internet banking e acessando
conteúdos informativos. Visto que apenas a rede social Facebook possui um banco de
dados de 76 milhões de brasileiros, e que 57,9% dos brasileiros utilizam dispositivos
mobiles para se conectarem a rede social (Folha de São Paulo, 2013), assim,
observamos uma oportunidade do Mobile Money ocorrer via redes sociais.
Como inovação do Mobile Money, a adoção das redes sociais ao serviço é
atrativa uma vez que as pessoas poderão enviar dinheiro mais facilmente para outras
que já estão conectadas na mesma rede, portanto a rede social que deverá ser criada tem
que ser específica da marca do Mobile Money, assim a empresa irá aproximar as pessoas
que se conhecem tornando mais rápido e fácil para transferir dinheiro, uma vez que o
número de celular já estará cadastrado e também aparecerá a foto da pessoa que
receberá o dinheiro, garantindo, assim, que a pessoa não irá digitar erroneamente o
número de celular.
Com isto o e-float funcionará similar ao do Mobile Money tradicional, com esta
inovação da rede social também será possível retirar o dinheiro através dos ATMs. A
estratégia é a possibilidade de adicionar pessoas nesta rede social sem que estas tenham
o Mobile Money da marca, com isto irá aproximar estas pessoas e mostrar os serviços
existentes, portanto esta pessoa poderá realizar o cash out, porém se não estiver
cadastrado não poderá realizar o cash in, o que pode gerar maior interesse por parte
desta demanda não atingida até então.
5. Conclusão
Com o presente estudo foi possível entender o funcionamento do Mobile Money
em diversos países bem como verificar que no Brasil esta prática tem as ferramentas e a
possibilidade de ser executada com sucesso.
Com isto, o fato de se conseguir alcançar a população que antes não tinha acesso
financeiro é atrativo a todos os setores do país uma vez que irá contribuir para a
inclusão destas pessoas bem como realizar um fluxo maior de movimentações do
dinheiro ao redor do território nacional.
Foi foi possível entender como é o funcionamento do Mobile Money em outros
países para que com isto fosse possível identificar as melhores práticas e adaptá-las ou
inseri-las no contexto do Brasil.
Contudo, o modelo proposto foi através de uma joint-venture entre empresas que
detém grande expressão no mercado nacional, porém para o sucesso do Mobile Money
todas devem ter o foco em conseguir ajudar a população carente.
Desta forma, o Mobile Money se apresenta como sendo um canal poderoso para
a inclusão financeira das pessoas ao redor do mundo bem como uma ferramenta que
auxilia na diminuição dos custos para as pessoas uma vez que se o indivíduo morar
longe de uma agência bancária, por exemplo, não precisará mais gastar dinheiro e
tempo para se deslocar até a mesma visto que poderá executar transferências monetárias
através do seu celular.
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