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Pessoas coletivas
Licenciatura em Direito
III° GRUPO
Catarina Lucas
Célia Simone Chauque
Elisa Carlitos Paunde
Lúcia Elias Moreno
Kássia Rosa da Costa xavier
Momed Mamudo Elias
Sérgio Domingos Alberto
Sorte Manuel Jamal
Chimoio
Abril, 2024
Catarina Lucas
Pessoas Coletivas
Chimoio
Abril, 2024
ÍNDICE
1.Objetivos ................................................................................................................................ 5
1.1.Geral .................................................................................................................................... 5
1.1.1.Específicos........................................................................................................................ 5
1.2.Metodologias ....................................................................................................................... 5
2.Introdução .......................................................................................................................... 6
3.Noções Gerais..................................................................................................................... 7
4.Conceito E Natureza Da Pessoa Coletiva ........................................................................ 8
5.Aquisição e constituição da personalidade jurídica das Pessoas Coletivas .............. 9
5.1.Substrato da pessoa coletiva ...................................................................................... 9
5.1.1.Elemento pessoal ...................................................................................................... 9
5.1.2.Elemento patrimonial ............................................................................................ 10
5.1.3.Elemento teleológico .............................................................................................. 10
5.1.4.Elemento organizatorio ......................................................................................... 11
5.1.4.1.Modalidade dos órgãos ....................................................................................... 11
5.1.5.Reconhecimento ..................................................................................................... 12
5.1.5.1.Reconhecimento Normativo............................................................................... 12
5.1.5.2.Reconhecimento Individual ............................................................................... 12
6.Pessoas coletivas de direito público e pessoas coletivas de direito privado..... 14
6.1.Pessoas coletivas de Direito público ................................................................. 14
6.2.Classificação das pessoas coletivas................................................................... 14
6.2.Classificação das pessoas coletivas de acordo com a lei ................................. 14
7.Associações........................................................................................................................... 15
7.1.Princípios fundamentais das associações ........................................................ 15
7.2.Formalidades para a constituição de uma associação.................................... 16
7.3.Características das associações ........................................................................ 16
7.4.Objetivos ou Finalidade das associações ......................................................... 16
7.5.Patrimônio das associações ............................................................................... 17
7.Fundações ............................................................................................................................ 17
7.1.Princípios fundamentais das fundações ............................................... 18
7.2.Procedimento do reconhecimento da fundação ................................... 18
7.3.Elementos do formulário do pedido do reconhecimento da fundação
........................................................................................................................ 18
7.4.Principais elementos do estatuto das fundações .................................. 19
7.5.Aquisição da personalidade da fundação ............................................. 19
8.Conclusão ............................................................................................................................. 20
9.Referências bibliográficas .................................................................................................. 21
1.Objetivos
1.1.Geral
Compreender a cessão da relação de trabalho.
1.1.1.Específicos
Conceituar as pessoas coletivas
1.2.Metodologias
Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda Acão desenvolvida
na aplicação do método ou caminho do trabalho de pesquisa. (Laca-tos & Marconi, 2003).
Para a realização do presente trabalho, recorreu-se a revisão bibliográfica, alguns manuais
virtuais e algumas páginas da internet. Sendo assim, é importante realçar que a pesquisa
bibliográficas sucede a partir de materiais já elaborados e/ou publicados, ou seja, de fontes que
podem ser: livros, revistas, doutrinas, monografias, legislações, teses, dissertações, relatórios
de pesquisa, entre outros.
2.Introdução
O presente tema, deste trabalho em grupo, remeter-nos-á à matéria inerente às relações
jurídicas, relativamente às pessoas coletivas, tanto em latus senso como em strito senso, do
ponto de vista legal, mas sem descurar dos pareceres doutrinais, que decerto nos darão uma
ideia mais ampla da temática em abordagem.
É necessário antes realçar que o tema em questão ” pessoas coletivas”, é uma das categorias de
pessoas jurídicas, estas, são entidades entre os quais se pode estabelecer relações jurídicas, Elas
vulgarmente são entes que podem ser titular de personalidade jurídica e automaticamente estar
ou ser adstrita há vinculações e de acordo com a doutrina do direito civil, estão categoricamente
subdividida por pessoas singulares – refere-se geralmente há pessoas físicas ou humanas que
após o seu nascimento completo e com vida, habilitam-se à suscetibilidade de ser titular de
direitos e estarem adstritos há vinculações, - e pessoas coletivas – refere-se há entidades
formadas por pessoas (humanas) ou massas de bens que perseguem um objetivo comum ou
coletivo e o ordenamento jurídico os atribui personalidade jurídica, tendo, portanto, direitos e
obrigações.
3.Noções Gerais
De acordo com Ascensão (2000:23), uma vez que a existência do Direito é concretamente
inerente á existência da pessoa humana, seria suposto que só há esses coubesse o estatuto
pessoas jurídicas. Esta afirmação tornaria evidente a máxima, ubi homo ibisocieta, ubi societa
ibi jus, ergo, ubi homo ibi jus. Mas a história do Direito mostra-nos que existiram épocas na
evolução do Direito e na própria história em si qua tale, que alguns homens perderam o estatuto
de pessoas jurídicas e passaram a ser considerados como rés. Portanto, para o Direito, estes
tinham a qualidade de coisa. Era o caso dos escravos na antiga Roma e na época esclavagista,
as mulheres na idade média e até mesmo nalguns países como E.U.A no século XVIII e XIX.
A personalidade coletiva assenta numa realidade social que implica a reunião de pessoas
determinadas, pessoas essas que prosseguem um certo fim que lhes é comum e que também,
criam um património que é determinado à realização de certos objetivos coletivos, que essas
pessoas entendem como socialmente relevantes.
Daí que, a constituição das pessoas coletivas da-se por meio, do substrato e do reconhecimento.
Visto que, se analisa a pessoa coletiva, considerando-a depois de constituída ou no seu processo
genético, podemos legitimamente reconduzir a substrato aos seus elementos constitutivos: o
substrato e o reconhecimento.
5.1.1.Elemento pessoal
Traduz-se no conjunto de pessoas reunidas na pessoa coletiva coerentemente mobilizadas a um
fim comum. Não é elementos essencialmente constitutivos nas fundações, apenas se
verificando nas associações ou corporações, pelo que é em sentido próprio o conjunto dos
associados, ou seja Elemento Pessoal, é a coletividade de indivíduos que se agrupam para a
realização através de atividades pessoais e meios materiais de um escopo ou finalidade
comum.
5.1.2.Elemento patrimonial
Este intervém nas Fundações. É o complexo de bens que o fundador afetou à consecução do
fim fundacional. Tal massa de bens designa-se habitualmente por dotação.
Nas associações só o Elemento Pessoal é relevante, só ele sendo um componente necessário do
substrato da Pessoa Coletiva.
Pode existir a corporação, sem que lhe pertença património. Por sua vez nas Fundações só o
Elemento Patrimonial assume relevo no interior da Pessoa Coletiva, estando a catividade
pessoal necessária à prossecução do escopo fundacional ao serviço da afetação patrimonial
estando subordinada a esta, em segundo plano ou até, rigorosamente, fora do substrato da
Fundação.
5.1.3.Elemento teleológico
A Pessoa Coletiva deve prosseguir uma certa finalidade, justamente a fim ou causa
determinante da formação da coletividade social ou da dotação fundacional.
Toda pessoa coletiva age mobilizada para fins, que determinam a sua razão de existir. É
necessário a existência do fim e objeto determinado.
Torna-se necessário que o fim visado pela Pessoa Coletiva satisfaça a certos requisitos, assim:
Deve revestir os requisitos gerais do objetivo de qualquer negócio jurídico (art.º 280º CC).
Assim, deve o fim da Pessoa Coletiva ser determinável, física ou legalmente, não contrária à
lei ou à ordem pública, nem ofensivo aos bons costumes isso de acordo com o art.º 280º do
código civil (CC).
Quanto às Associações que não tenham por fim o lucro económico dos associados não há
preceito expresso, formulando a sua exigência, mas esta deriva da razão de ser do instituto da
personalidade coletiva.
Quanto às Fundações a exigência deste requisito não oferece dúvidas estando excluída a
admissibilidade duma Fundação dirigida a um fim privado do fundador ou da sua família, isto
de acordo com o art.º 157º do código civil (CC) e que por sua vez é conjugado com artigo 188º
do seu N1 do código civil (CC), resulta a necessidade de o escopo fundacional de ser de
interesse social, e que diz que Não será reconhecida a fundação cujo fim não for considerado
de interesse social pela entidade competente.
5.1.4.Elemento organizatorio
Conjunto de poderes organizados e ordenados com vista à prossecução de um certo fim que se
procede à formulação e manifestação da vontade da Pessoa Coletiva, sendo assim que a Pessoa
Coletiva consegue exteriorizar a sua vontade coletiva, é através dos órgãos que a Pessoa
Coletiva, conhece, pensa e quer.
De acordo com o artigo 33 do código civil (CC) A representação da pessoa coletiva por
intermédio dos seus órgãos é regulada pela respetiva lei pessoal.
E será ela responsável ou seja terá a competência de regular: a capacidade da pessoa coletiva;
a constituição, funcionamento e competência dos seus órgãos; os modos de aquisição e perda
da qualidade de associado e os correspondentes direitos e deveres; a responsabilidade da pessoa
coletiva, bem como a dos respetivos órgãos e membros, perante terceiros; a transformação,
dissolução e extinção da pessoa coletiva, isto de acordo com código civil (CC) no 33 do N2.
Para Pereira (2007), há duas classificações ou modalidades quanto á competência, que podem
ser: Órgãos Ativos e órgãos consultivos.
Órgãos ativos são os que exprimirem uma vontade juridicamente imputável à Pessoa Coletiva.
Que se subdivide em órgãos internos e órgãos externos. Cabe ao órgão formar a vontade da
Pessoa Coletiva ou projetar para o exterior a vontade da Pessoa Coletiva.
5.1.5.Reconhecimento
De acordo com Mário (1884), o reconhecimento é a atribuição pela ordem jurídica, ao
substrato, da personalidade jurídica. Assim, só com o reconhecimento a organização de facto
pode ascender a pessoa jurídica ser suscetível de direitos e deveres; ou seja, a pessoa jurídica
nasce, constitui-se de Direito, apenas com o reconhecimento.
De acordo com o código civil (CC) no artigo 158ᵒ As associações e fundações adquirem
personalidade jurídica através do reconhecimento, salvo disposição especial da lei.
O reconhecimento é feito de forma individual e da competência do Governo, ou do seu
representante no distrito quando a catividade da associação ou fundação deva confinar-se na
área dessa circunscrição territorial.
5.1.5.1.Reconhecimento Normativo
A Personalidade Jurídica da Pessoa Coletiva é atribuída por uma norma jurídica a todas as
entidades que preenchem certos requisitos inseridos nessa norma jurídica. Este pode ainda ser:
Incondicionado: quando a atribuição da Personalidade Jurídica só depende da
existência de um substrato completo. Não são necessárias mais exigências.
Condicionado: quando a ordem jurídica, já pressupõe certos requisitos de
personificação.
5.1.5.2.Reconhecimento Individual
Reconhecimento individual Para que o reconhecimento tenha lugar, é necessário que o
substrato esteja constituído. Resultando o substrato, nas fundações, da vontade do fundador, o
seu regime legal é orientado por esta. Como o prevê o artigo 185ᵒ do código civil (cc) que diz
que as fundações podem ser instituídas por acto entre vivos ou por testamento, valendo como
aceitação dos bens a elas destinados, num caso ou noutro, o reconhecimento respectivo, e
também o reconhecimento pode ser requerido pelo instituidor, seus herdeiros ou executores
testamentários, ou ser oficiosamente promovido pela autoridade competente. Ai determinando
desde logo, o fim que a fundação deverá exclusivamente prosseguir.
A determinação do fim: uma vez que não poderá ser reconhecida a fundação cujo fim não for
considerado de interesse social pele autoridade administrativa competente, de acordo com
código civil no artigo 188ᵒ do N1 que diz que Não será reconhecida a fundação cujo fim não
for considerado de interesse social pela entidade competente.
As especificações dos bens que lhe são atribuído: dado que também não poderá ser
reconhecida a fundação para a qual forem afetados bens que se mostrem insuficientes para a
prossecução daquele fim, nem se verifiquem justificadas expectativas de suprimento desta
insuficiência, isto de acordo com o código civil no artigo 188ᵒ do N2 que diz que Será
igualmente negado o reconhecimento, quando os bens afetados à fundação se mostrem
insuficientes para a prossecução do fim visado e não haja fundadas expectativas de suprimento
da insuficiência.
A determinação da sede, da organização e do funcionamento, podem apenas constar dos
estatutos.
Estatutos que caso não existam ainda, ou se apresentem incompletos no momento do
reconhecimento, devem ser providos pela autoridade competente para este reconhecimento. Se
a falta ou a insuficiência de estatutos acontecer em função instituída por testamento, os
executores desta poderão elabora-los até um ano após abertura da sucessão.
O reconhecimento duma fundação só pode ser negado com fundamento nas duas verificações
apontadas: fim de interesse não social e insuficiência de bens necessários a prossecução deste
fim.
6.Pessoas coletivas de direito público e pessoas coletivas de direito privado
Segundo Pinto (2005) há que distinguir entre pessoas coletivas públicas e pessoas coletivas
privadas. Serão pessoas coletivas públicas aquelas que disponham de competências de poder
publico, traduzidas numa posição de supremacia. Posição esta manifestada na suscetibilidade
de recurso imediato a formas de proteção coativa estadual para submeter os particulares das
suas normas ou decisões. Serão pessoas de Direito privado, por exclusão todas as que não
disponham de poder publico.
Associações e fundações Como dissemos, que a pessoa coletiva é uma organização de pessoas
ou de bens mobilizada à prossecução de um fim comum e dotada de personalidade jurídica; é
tomada aqui a definição entre os dois tipos de substrato que podem fundar a pessoa coletiva:
Organização de pessoas e Organização de bens.
7.Associações
Será o conjunto de pessoas que se organizem para fins não econômicos e ela é formada por
pessoas naturais ou físicas, que têm objetivos comuns, no entanto, unem-se nessa nomenclatura
por possuírem características semelhantes e básicas, de acordo com o código civil e a lei N
8/1991 de 18 de julho.
Associação, em um sentido amplo, é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne pessoas
físicas ou outras sociedades jurídicas com objetivos comuns, visando superar dificuldades e gerar
benefícios para os seus associados.
Princípio Da Transparência
As associações não podem ter carácter secreto ou seja elas devem ser transparente em todos os
sentido, na organização ate o seu funcionamento.
7.Fundações
Clóvis Beviláqua, em comentário ao Código Civil, define Fundação como sendo uma
universidade de bens personalizada, em atenção ao fim que lhe dá unidade. Na Teoria Geral,
define a fundação como um patrimônio transfigurado pela ideia, que o põe ao serviço de u m
fim determinado.
De acordo com o Orlando Gomes A fundação é uma pessoa jurídica de tipo especial, que
constitui um acervo destinado ao cumprimento de determinado fim, em uma palavra, um
patrimônio destinado a um fim, ou seja é a atribuição de personalidade ao conjunto de bens que
alguém destina à realização de certo fim é u m recurso técnico necessário a que a obra possa
sobreviver a seu criador.
As fundações são pessoas coletivas do direito privado com especificidades muito claras. Desde
logo, não surgem realizando a vontade determinada e própria duma pluralidade de pessoas,
pelo contrário por impulso de apenas uma pessoa, de um fundador e num interesse social,
alheio. É o fundador que institui por ato unilateral, a fundação. Para tanto, afetara
definitivamente uma determinada massa de bens, à realização de um fim de interesse social. É
assim, a vontade do fundador que impõe no ato da instituição o fim da fundação e no mesmo
ato e estatuto que determinam a sua organização e funcionamento.
As fundações no ordenamento jurídico Moçambicano enquadram-se dentro do capítulo do
Código Civil dedicado às pessoas coletivas – artigos 157.º e seguintes. Para além deste
diploma, o seu regime encontra-se ainda regulado mais específica e exaustivamente pela
recente Lei n.º16/2018 de 28 de dezembro, vem definir as regras a observar no procedimento
administrativo de reconhecimento de fundações, bem como de modificação de estatutos e ainda
de transformação e extinção das mesmas.
Princípio Da Transparência
De acordo com o artigo 13 da Lei n.º16/2018 de 28 de dezembro As fundações não podem ter
carácter secreto ou seja elas devem ser transparente em todos os sentidos, na organização ate o
seu funcionamento.
3ª Edição. Edições Amedina, SA. Outubro.2007 SOUSA, Marcelo Rebelo Lições de Direito
Administrativo, 1994/1995
TELLES, Inocêncio Galvão. Introdução ao estudo do Direito. Volume 2. 10ª Edição. Coimbra
Editora. Março, 2001.
PINTO, Carlo Alfredo da Mota. Teoria geral do Direito Civil. 4ª Edição. Coimbra Editora.
Março, 2005.