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Instituto Superior de Ciências da Saúde Dr.

Victor Sá Machado

Curso Licenciatura em Psicologia Clínica

Tema: Direito Civil

Docente: Pedro Sequeira

Discentes:

Nº 13 -Hiomira P. Dos Santos

Nº 14- Jaime Andreza

Nº 18- Tatiana Dos Santos

Nº 25- Jecilina Cunha

São Tomé-2023
Sumário
Introdução..................................................................................................................................3
I. Evolução Histórica.............................................................................................................4
II. Noção do Direito.............................................................................................................5
2.1 A importância do Direito Civil........................................................................................6
2.2 Subdivisões do Direito Civil.......................................................................................6
a) Parte geral do Código Civil........................................................................................6
b) Parte especial do Código Civil...................................................................................6
III. Princípios do Direito Civil.............................................................................................7
IV. Ponto de Vista.................................................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................10

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Introdução

O presente trabalho tem como ponto principal abordar sobre o Direito Civil que é um
ramo do Direito que se dedica a regular as relações jurídicas entre as pessoas, tanto
físicas quanto jurídicas. A sociedade está em constante evolução e o Direito precisa
acompanhar esse processo. A cada dia, novas leis são publicadas e novas formas de
análise surgem, sendo essencial aos operadores do Direito a sincronia com essa
evolução. Assim pode se verificar que o direito pode ser entendido como um conjunto
de normas que visam garantir a manutenção da paz social, que luta pela busca de uma
convivência harmônica e pelo bem-estar colectivo.

O referido trabalho tem como objectivo geral, de analisar a importância do Direito Civil
para a sociedade, e como objectivos específicos, conhecer a origem do Direito Civil e
enumerar os seus princípios.

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I. Evolução Histórica

Na história romana, o conhecimento e a interpretação das normas legais eram


limitados aos sacerdotes. Somente no final do século IV a.C. Surgiram os especialistas
leigos conhecidos como juristas, figuras importantes na história do direito romano, cujo
respeito vinha de uma notória sabedoria. As atividades desses juristas incluem
apresentar condutas litigiosas a magistrados e partes, preparar documentos legais e
comentar provocações de particulares e magistrados. A partir do século I a.C, essas
opiniões tornaram-se legais. Entre os juristas da época, destacam-se Sabino, Ulpiano e
Caio como autores de uma das mais importantes obras do direito romano clássico, as
Instituciones.

Com o tempo, porém, os poderes dos juristas foi diminuindo a ponto de se preocupar
cada vez mais com as ações do imperador. Este foi o período entre 230 e 530, que
marcou o declínio da ciência jurídica, pois o imperador não conseguiu realizar pesquisas
jurídicas e começou a copiar as obras dos juristas clássicos e seus métodos.

A partir de 530, o imperador Justiniano nomeou um grupo de juristas para redigir uma
compilação dos melhores julgamentos da história jurídica romana, chamada Digesto ou
Pandecta. Esta fase foi marcada pela intenção do imperador de restaurar a unidade
religiosa e política de Roma e, embora não tenha alcançado esse objetivo, deu uma
importante contribuição para a história do direito: O Digesto reúne as opiniões e escritos
mais importantes sobre o jurisprudência do direito romano Home clássico. Justiniano
também foi responsável por organizar a coleção completa de todas as constituições
imperiais, as regras feitas pelo imperador, o chamado códice. A compilação original foi
perdida, e Justiniano ordenou um novo código de leis, portanto, uma coleção das regras
mais importantes do imperador, especialmente o reinado, que se refere ao final do
período do direito clássico e início do período de direito pós-clássico.

Além disso, Justiniano ordenou uma nova versão das Instituciones for Gaius, que se
tornou a Academia de Justiniano. Nos anos seguintes, até pouco antes de sua morte,
Justiniano também instituiu novas regras e uma nova constituição imperial, que mais
tarde foi publicada como novela. Conhecido como Código de Justiniano ou Corpus Iuris
Civilis (Instituição de Direito Civil), foi a base da Constituição do Império.

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II. Noção do Direito

O Direito Civil se caracteriza como o ramo do Direito que regula as relações


jurídicas entre particulares, como as relações patrimoniais e as relações entre familiares.

O Direito Civil é uma das vertentes do Direito privado, cujo o objetivo é determinar
como as pessoas devem se relacionar e agir em sociedade, como por exemplo, o direitos
do nascituro, o casamento, a sucessão familiar por meio da herança e do legado, entre
outros aspectos legais comuns as relações de uma sociedade civilizada.

A matéria abrange uma ampla quantidade de questões, como direitos de propriedade,


contratos, obrigações, responsabilidade civil, família, sucessões, entre outros. Por meio
de suas normas, reguladas pelo Código Civil, ele define as regras que orientam as
interações entre os sujeitos de direito em seus aspectos pessoais e patrimoniais.

Podemos considerar como ramos do Direito Civil, o Direito do Trabalho, Direito do


Consumidor e o Direito Comercial, que embora eles tenham a ingerência do Estado são
ramos do Direito, como observa Pamplona filho e Stolze Gagliano.” In Vebis”, ou seja,
não deixam de ser privados, uma vez que envolvem relações entre particulares em geral.
(GAGLIANO, FILHO, p. 60, 2012).

Essa regra também acaba sendo válida para o Direito de Família, que está no arcabouço
do Direito Civil e também se submete a normas de ordem pública como é caso do
casamento e do estado de filiação, Direitos irrenunciáveis pelos seus titulares. Pois é o
único ramo do Direito que abrange toda a vida civil do indivíduo, desde o seu
nascimento até a sua morte.

O Direito Civil regula todas as relações entre particulares, sejam elas pessoas físicas ou
jurídicas. Sendo assim, podemos considerar o ramo do Direito Civil como “Direito do
cidadão” como bem observou Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho.

Dada a essa grande necessidade de criação de várias normas jurídicas que regulassem as
relações entre pessoas físicas e jurídicas, em um dado momento se fez necessária a

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unificação dessas normas em um só compêndio, o que acabou por culminar no Código
Civil que conhecemos hoje.

2.1 A importância do Direito Civil

O Direito Civil é uma área essencial para a sociedade, responsável por estabelecer os
direitos e deveres das pessoas, além de regular as relações sociais.

Sua importância está na proteção dos direitos individuais, na organização das interações
cotidianas, na garantia da segurança jurídica, na resolução pacífica de conflitos e no
fomento das relações econômicas e sociais.

II.2 Subdivisões do Direito Civil

O Direito Civil evolui constantemente para acompanhar as mudanças da sociedade,


adaptando-se a novas demandas e desafios. Resumindo, essa área do Direito
desempenha um papel fundamental na manutenção da ordem, da justiça e da harmonia
social, e está dividida em duas partes.

a) Parte geral do Código Civil

Nessa parte, são abordados conceitos e institutos fundamentais que se aplicam a todas as
áreas do Direito Civil.

Das Pessoas: trata dos direitos e deveres das pessoas físicas, sua capacidade jurídica,
personalidade, nome, domicílio, entre outros aspectos;

Dos Bens: aborda a noção de propriedade, classificação dos bens, modos de aquisição e
perda da propriedade, direitos reais, entre outros temas;

Dos Fatos Jurídicos: engloba os acontecimentos que têm repercussão no mundo


jurídico, como negócios jurídicos, atos ilícitos, prescrição, decadência, entre outros.

b) Parte especial do Código Civil

Trata das áreas específicas do Direito Civil, abrangendo os seguintes temas:

Direito das Obrigações: regula as relações entre credores e devedores, contratos,


responsabilidade civil, modalidades de obrigações, entre outros aspectos.;

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Direito de Empresa: trata das normas relativas à atividade empresarial, incluindo
sociedades, empresário individual, falência e recuperação judicial;

Direito das Coisas: aborda as relações de propriedade e posse, direitos reais, usucapião,
condomínio, entre outros temas;

Direito de Família: regula as relações familiares, como casamento, divórcio, filiação,


alimentos, guarda dos filhos, entre outros aspectos;

Direito das Sucessões: trata da transferência do patrimônio após a morte, incluindo


herança, testamentos, inventários, entre outros temas.

III. Princípios do Direito Civil

a) Princípio da Sociabilidade

De acordo com esse princípio, os direitos e valores coletivos sempre deverão prevalecer
sobre os direitos e valores individuais. Isso significa que o Direito Civil sempre vai
levar em conta o ambiente, ou seja, a sociedade em que um cidadão está inserido.

Por exemplo, em questões relacionadas ao direito de propriedade, o princípio da


sociabilidade pode ser invocado para justificar a aplicação de limitações ao exercício do
direito de propriedade em prol do interesse público.

Isso pode ocorrer quando há necessidade de preservação ambiental, preservação do


patrimônio cultural ou promoção do bem-estar coletivo, por exemplo.

b) Princípio da Eticidade

O Princípio da Eticidade está fundamentado na ideia de que o Direito Civil deve estar
em consonância com os valores éticos e morais da sociedade. Ele reconhece a
importância de se observar critérios de justiça, equidade e boa-fé nas relações jurídicas.

O princípio estabelece que as normas do Direito Civil devem ser orientadas por valores
éticos e promover relações justas e equilibradas entre os indivíduos. Dessa forma, a
eticidade contribui para a construção de um sistema jurídico que busca a harmonia e a
equidade nas interações civis.

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c) Princípio da Operabilidade

O Princípio da Operabilidade diz respeito à aplicabilidade e à efetividade do Direito


Civil. Ele enfatiza a importância de que as normas sejam claras, acessíveis e
compreensíveis para as pessoas que delas dependem. Ele busca assegurar que o Direito
Civil seja de fácil compreensão e aplicação prática, evitando excesso de formalismos
desnecessários.

A ideia é facilitar o acesso à justiça e garantir que as normas sejam implementadas de


forma eficaz, possibilitando que os indivíduos exerçam seus direitos e cumpram suas
obrigações de maneira adequada.

d) Princípio da Autonomia da Vontade

Esse princípio é baseado no respeito à liberdade individual e à capacidade das pessoas


em auto determinarem seus direitos e obrigações. Ele parte do pressuposto de que os
indivíduos são os melhores conhecedores de suas próprias necessidades e interesses,
permitindo que exerçam sua autonomia na criação de relações jurídicas.

Por meio do princípio da autonomia da vontade, as partes envolvidas em um contrato


têm a liberdade de estipular as condições, os termos e as cláusulas que considerem
apropriados para regulamentar suas relações.

Isso inclui a liberdade de escolha do parceiro contratual, a determinação do objeto do


contrato e a fixação das obrigações e direitos das partes envolvidas.

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IV. Ponto de Vista

Hiomira

O direito civil é o direito que protege o ser humano como pessoa ou cidadão, garantindo
a paz e a harmonia entre eles na sociedade e perante o estado.

É possivel notar que nunca haverá direitos sem deveres, então o direito civil também
traz essas concepções para o indivíduo. Ela descreve como as coisas legalmente têm que
ser feitas e cumpridas, para que todos ou ambas as partes estejam em segurança em
qualquer situação que possa ocorrer, seja ela empresarial ou familiar.

O direito civil está presente desde que nascemos até a nossa morte.

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Conclusão

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