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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO: Direito

DISCIPLINA: Teoria Geral do Processo Penal

PROFESSOR: Paulo C. F. Cacciatori

Alunos(as): Danúbia B. Rezende Gomes / Lucilena Gonçalves Evangelista

Princípio Da Verdade Real

1- Conceito de princípio

No dizer de Celso Antônio Bandeira de Melo: “princípio Jurídico é o mandamento


nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia
sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua
exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do
sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico” .

2- Princípios do Processo Penal

O Processo penal é o meio pelo qual o Estado procede à composição da lide,


aplicando o direito no caso concreto e dirimindo os conflitos de interesse.

Para a formalização da lide há necessidade da inserção de elementos subjetivos no


processo, os sujeitos processuais trazem seus problemas para a moderna solução de
conflitos, a solução estatal. Para dirimir estes conflitos o processo precisa estar calcado
em princípios que o orientam, fornecem parâmetros que tem força de lei e como essa
deve ser respeitada.

3- Princípio da Verdade Real

É aquele que exige a mais ampla investigação dos fatos, para fundamentação da
sentença, não podendo o juiz se satisfazer com a verdade formal, pois todas as provas
são relativas, inclusive a confissão judicial ou policial, que deve ser analisada em face
de outros elementos probatórios de convicção. (art. 197 do CPP).

Conforme o artigo 156 do CPP, “o juiz poderá, no curso da instrução ou antes de


proferir sentença, determinar, de ofício, diligência para dirimir dúvida sobre ponto
relevante”. Este princípio é próprio do processo penal, já que no cível o juiz deve
conformar-se com a verdade trazida aos autos pelas partes, embora não seja um mero
espectador inerte da produção de provas (art. 130 CPC). O princípio da verdade real
comporta, no entanto, algumas exeções:
a) Impossibilidade de juntada de documentos na fase do art. 406 paragráfo do
CPP,

“ Terminada a inquirição das testemunhas, mandará o juiz dar vistas dos autos,
para alegações, ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, e em seguida, por
igual prazo, e em cartório, ao defensor do réu.”

b) Impossibilidade de exibir prova no plenário do júri que não tenha sido


comunicada à parte contrária com antecedência mínima de três dias (CPP, art
475);
c) Inidmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos (CF, art. 5°, LVI )
d) Os limites para depor de pessoas que, em razão de função , ofício ou profissão,
devam guardar segredo (CPP, art. 207)
e) A recusa de depor de parentes do acusado (CPP, art. 206), e
f) As restrições à prova.. existentes no juízo cível, aplicáveis ao penal, quanto ao
estado de pessoas (CPP, ar. 155)

Bibliografia:

- CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 13 ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva
2006.

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