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Filosofia 11ºAno
Estatuto do Conhecimento Científico: A Racionalidade Científica: O Problema da Evolução da
Ciência
5. A primeira sistematização do método indutivo deve-se a:
(A) David Hume.
(B) Karl Popper.
(C) Galileu Galilei.
(D) Francis Bacon.
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9. De acordo com o critério de verificação de teorias:
(A) A metafísica também pode ser considerada ciência.
(B) Apenas pode ser considerado ciência o que pode ser verificado empiricamente.
(C) Tudo pode ser verificado empiricamente.
(D) Ser empiricamente verificável é garantia de que a teoria está certa.
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14. Um defensor da indução, em resposta ao argumento cético de David Hume, afirma
que:
(A) As inferências indutivas não existem.
(B) As inferências indutivas são fruto do hábito.
(C) As inferências indutivas são infalíveis.
(D) As inferências indutivas são justificáveis.
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18.1. Explique por que razão se diz que «as teorias científicas (…) não aspiram à verdade».
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pois não é a posse do conhecimento, da verdade irrefutável, que faz o homem de ciência – o que
o faz é a persistente e arrojada procura crítica da verdade.
Karl Popper (1998). A Lógica da Pesquisa Científica. Cultrix, pp. 305-308 (adaptado).
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21. Leia o texto e responda à questão apresentada.
A esta altura, percebe-se claramente a diferença entre verdade e corroboração. Apreciar um
enunciado, dando-o como corroborado ou não corroborado, é também uma apreciação lógica e,
portanto, intemporal. (…) Entretanto, nunca podemos dizer que um enunciado, como tal, está,
por si mesmo, «corroborado» (no sentido em que podemos dizer que ele é «verdadeiro»). Só
podemos dizer que está corroborado com respeito a algum sistema de enunciados básicos –
sistema aceite até um determinado ponto no tempo. «A corroboração que uma teoria recebeu
até ontem» não é logicamente idêntica à «corroboração que uma teoria recebeu até hoje». Por
isso, devemos colocar um indicador, por assim dizer, em cada apreciação de corroboração –
indicador que caracterize o sistema de enunciados básicos a que a corroboração se associe (por
exemplo, a data da sua aceitação). A corroboração não é, portanto, um «valor de verdade»; não
pode ser colocada a par dos conceitos «verdadeiro» e «falso» (que estão livres de indicadores
temporais).
Karl Popper (1998). A Lógica da Pesquisa Científica. Cultrix, pp. 302-303 (adaptado).
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Nigel Warburton (2012). Uma Pequena História da Filosofia. Edições 70, 2012, pp. 216-217.
22.1. Que critério permite distinguir, segundo Popper, a ciência da não ciência?
22.2. À luz da perspetiva de Popper, a psicologia pode ser considerada ciência? Porquê?
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26. Leia o texto seguinte.
Uma hipótese científica é uma hipótese cuja falsidade pode ser provada: faz previsões que se
podem revelar falsas.
Nigel Warburton (2012). Uma Pequena História da Filosofia. Edições 70, p. 216.
26.1. A partir do texto, explique o critério de demarcação proposto por Karl Popper. Na sua
resposta deves referir: o que o distingue do critério dos positivistas; o que se entende por
critério de demarcação; o critério popperiano de demarcação.
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29. Karl Popper foi crítico em relação:
(A) Ao poder preditivo da indução.
(B) Ao princípio metodológico da falsificação.
(C) À ciência em geral.
(D) À corroboração das teorias.
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37. Segundo o critério de demarcação de Popper, uma teoria científica é aquela que:
(A) Foi falsificada pela experimentação.
(B) Tem de ser falsificável pela observação.
(C) Foi falsificada pela observação.
(D) Tem de ser falsificável pela experimentação.
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(A) 1, 2 e 4 são verdadeiras; 3 é falsa.
(B) 3 e 4 são verdadeiras; 1 e 2 são falsas.
(C) 1, 3 e 4 são verdadeiras; 2 é falsa.
(D) 1 e 4 são verdadeiras; 2 e 3 são falsas.
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43. Considere os enunciados sobre o falsificacionismo.
1. Uma teoria diz-se falsificada quando se provou que é falsa.
2. Um único contraexemplo que negue uma teoria é suficiente para a declarar falsificada.
3. Uma teoria corroborada é uma teoria que é declarada refutada ou falsificada.
4. Uma teoria que passa nos testes de falsificação a que é sujeita diz-se verdadeira.
Deve afirmar-se que:
(A) 1 e 2 são corretos; 3 e 4 são incorretos.
(B) 1 e 3 são corretos; 2 e 4 são incorretos.
(C) 2 e 4 são corretos; 1 e 3 são incorretos.
(D) 3 e 4 são corretos; 1 e 2 são incorretos.
44. Segundo Popper, as hipóteses científicas são enunciados universais e, como tal,
não podem ser verificadas. Esta afirmação é:
(A) Verdadeira: é impossível falsificar teorias baseadas em casos particulares.
(B) Falsa: Popper foi um crítico da perspetiva indutivista do método científico.
(C) Verdadeira: Popper foi um crítico da perspetiva indutivista do método científico.
(D) Falsa: é impossível verificar todos os casos particulares de um fenómeno.
45. Segundo Popper, acerca das teorias ou hipóteses científicas, a única coisa que os
cientistas legitimamente podem fazer:
(A) É considerá-las verdades que ainda não foram verificadas.
(B) É procurar sujeitá-las a testes que provem a sua veracidade.
(C) É afirmar que, enquanto não forem refutadas, são verdadeiras.
(D) É mostrar ou que são falsas ou que ainda não foi provada a sua falsidade.
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48. Para Popper, o ponto de partida do trabalho científico:
(A) É a observação.
(B) É o cientista.
(C) É uma teoria.
(D) São os testes.
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55. Popper defende que, quanto mais falsificável for uma dada proposição, mais
interessante ela é para a ciência. Qual das proposições seguintes é, de acordo com
Popper, mais interessante?
(A) Não existem cisnes negros.
(B) Todos os cisnes são brancos.
(C) Alguns cisnes são negros.
(D) Existem cisnes brancos.
56. Complete as lacunas com as palavras sugeridas no quadro, por modo a que o texto
faça sentido.
• demarcação • indutiva • verdadeiro • negativas • verdadeiras
• falsidade • progresso • verificá-los • corroborada • empírica
Importa acentuar que uma decisão positiva só pode proporcionar alicerce temporário à teoria,
pois subsequentes decisões _________________ (1) sempre poderão constituir-se em motivo
para rejeitá-la. Na medida em que a teoria resista a provas pormenorizadas e severas, e não
seja suplantada por outra, no curso do _________________ (2) científico, poderemos dizer que
ela «comprovou sua qualidade» ou foi «_________________» (3) pela experiência passada.
Nada que lembre a lógica _________________ (4) aparece no processo aqui esquematizado.
Nunca suponho que possamos sustentar a verdade de teorias a partir da verdade de enunciados
singulares. Nunca suponho que, por força de conclusões «verificadas», seja possível ter por
«_________________» (5) ou mesmo por meramente «prováveis» quaisquer teorias. (…) O
critério de _________________ (6) inerente à Lógica Indutiva – isto é, o dogma positivista do
significado – equivale ao requisito de que todos os enunciados da ciência _________________
(7) (ou todos os enunciados «significativos») devem ser suscetíveis de serem, afinal, julgados
com respeito à sua verdade e _________________ (8); diremos que eles devem ser
«conclusivamente julgáveis». Isso quer dizer que a sua forma deve ser tal que se torne
logicamente possível _________________ (9) e falsificá-los. Schlick diz: «(…) um enunciado
genuíno deve ser passível de verificação conclusiva»; Waismann é ainda mais claro: «Se não
houver meio possível de determinar se um enunciado é _________________ (10), esse
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enunciado não terá significado algum, pois o significado de um enunciado confunde-se com o
método de sua verificação».
Karl Popper (1972). A Lógica da Pesquisa Científica. Cultrix, pp. 34-42.
57.1. Tendo em conta o texto, explique por que razão podemos afirmar que o cientista é
dogmático na defesa do seu paradigma?
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científica são relativamente raras, e os períodos extensos de investigação convergente são os
preliminares necessários para que apareçam.
Thomas Kuhn (2009). A estrutura das revoluções científicas. Guerra & Paz, p. 277.
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cânones que tornam científica a ciência. Embora tais cânones existam e devam ser descobertos
(…), não são por si suficientes para determinar as decisões dos cientistas individuais. (…)
Algumas das diferenças que tenho em mente resultam da experiência anterior do indivíduo como
cientista. Em que parte do campo trabalhava ele, quando se confrontou com a necessidade de
escolher? Por quanto tempo trabalhou nele; qual foi o seu êxito; e quanto do seu trabalho
dependeu de conceitos e técnicas impugnados pela nova teoria? (…) Alguns cientistas põem
mais ênfase do que outros na originalidade e têm mais vontade, portanto, em tomar riscos;
alguns cientistas preferem teorias compreensivas, unificadas para soluções de problemas exatos
e pormenorizados de alcance aparentemente mais restrito. Fatores diferenciadores como estes
são descritos pelos meus críticos como subjetivos, e são postos em contraste com os critérios
partilhados ou objetivos de onde parti. (…) O meu ponto é, portanto, que toda a escolha
individual entre teorias rivais depende de uma mistura de fatores objetivos e subjetivos, ou de
critérios partilhados e individuais.
Thomas Kuhn (1989). A tensão essencial. Edições 70, pp. 388-389.
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61.2. O paradigma estabelece sempre:
(A) Os critérios plausíveis para a solução dos puzzles.
(B) As regras aceitáveis para desenvolver as anomalias.
(C) Os critérios aceitáveis para evitar os puzzles.
(D) As regras plausíveis para a conceção das anomalias.
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63. Leia o texto seguinte.
Os cientistas que passaram a vida a trabalhar no interior de um paradigma não costumam
aceitar de bom grado uma maneira diferente de ver o mundo. Quando finalmente mudam para
um novo paradigma, pode então recomeçar um período de ciência normal, desta vez dentro de
um novo quadro de referência. E assim sucessivamente.
Nigel Warburton (2012). Uma Pequena História da Filosofia. Edições 70, p. 218.
63.1. A partir do texto, mostre em que medida ciência extraordinária e crise se encontram
relacionadas na epistemologia de Thomas Kuhn. Na sua resposta deves referir: a relação das
anomalias com o paradigma e a caracterização do momento de crise; a importância da ciência
extraordinária na mudança de paradigma.
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67. Em relação à objetividade do conhecimento científico, Thomas Kuhn considera que:
(A) se usarmos um critério rigoroso, podemos estar certos de que o novo paradigma é melhor
do que o anterior.
(B) não temos forma de garantir que o novo modelo adotado seja melhor do que o anterior.
(C) podemos considerar que a evolução científica se dá de forma objetiva.
(D) a evolução científica é cumulativa e, por isso, deve ser considerada revolucionária.
70. Segundo Kuhn, os critérios que determinam a escolha de uma teoria científica são:
(A) Objetivos e subjetivos.
(B) Objetivos.
(C) Subjetivos.
(D) Nem objetivos nem subjetivos.
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73. Para Kuhn, uma teoria é fecunda quando:
(A) Desvenda novas teorias.
(B) Desvenda novas anomalias.
(C) Desvenda novos fenómenos.
(D) Desvenda novos instrumentos.
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77. Ciência normal é uma expressão que, em Kuhn, designa os momentos da história
da ciência em que não há revoluções ou mudanças de paradigma. Esta afirmação é:
(A) Verdadeira: o período de ciência normal só acontece uma vez.
(B) Falsa: no período de ciência normal, o paradigma não é questionado.
(C) Falsa: o período de ciência normal só acontece uma vez.
(D) Verdadeira: no período de ciência normal, o paradigma não é questionado.
79. Segundo Kuhn, o conhecimento científico não evolui por acumulação de verdades
ou correção de erros. Esta afirmação é:
(A) Verdadeira: só as melhores teorias sobrevivem.
(B) Falsa: só as melhores teorias sobrevivem.
(C) Verdadeira: a ciência progride por revoluções científicas.
(D) Falsa: a ciência progride por revoluções científicas.
81. Quando certos enigmas que um paradigma não previu são resolvidos segundo a
forma prevista pelo paradigma estamos num período de:
(A) Crise.
(B) Revolução científica.
(C) Ciência normal.
(D) Ciência extraordinária.
82. A tese da incomensurabilidade dos paradigmas significa:
(A) Não ser possível comparar objetivamente dois paradigmas.
(B) Que o novo paradigma é de longe melhor e mais verdadeiro que o anterior.
(C) Que a substituição de um paradigma por outro implica avanço em relação ao anterior.
(D) Que a mudança de paradigmas dá lugar a uma imagem mais objetiva da realidade.
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83. O que leva um cientista a aderir a um novo paradigma são:
(A) Exclusivamente critérios objetivos e universais.
(B) Critérios objetivos, mas também fatores de ordem subjetiva.
(C) Critérios impossíveis de identificar, mas nem subjetivos nem objetivos.
(D) Exclusivamente fatores de ordem subjetiva e individual.
87. O que significa dizer que os paradigmas são incomensuráveis, segundo Thomas
Kuhn?
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89. Estabeleça a devida identificação entre as afirmações e os conceitos, tendo em
conta que a cada conceito pode corresponder mais do que uma afirmação.
Conceitos Afirmações
1. É a prática científica que articula e desenvolve um
paradigma.
2. Define os problemas e soluções admissíveis na
prática científica normal.
3. Atividade científica que antecede a mudança de
paradigma.
4. Falhanços na prática científica normal.
5. É o conjunto de supostos gerais, leis e técnicas que
as comunidades científicas adotam.
A. Pré-ciência 6. Período em que um novo paradigma se começa a
formar.
B. Comunidade científica 7. É o estado pré-paradigmático de uma ciência.
8. Grupo em que os cientistas se inserem para
C. Paradigma desenvolver o seu trabalho de investigação.
9. O estado em que uma ciência é considerada imatura.
D. Ciência normal 10. Atividade científica que se pratica nos períodos de
crise.
E. Anomalia 11. Distingue a ciência da não ciência.
12. Ciência oposta à ciência normal.
F. Crise 13. Estado que marca a acumulação em grande número
de anomalias não resolvidas.
G. Ciência extraordinária 14. Período de confronto entre paradigmas.
15. Corresponde ao abandono de um paradigma e à
H. Revolução científica adoção de um novo.
16. É a prática científica que entra em rutura com um
paradigma.
17. É a atividade de resolução de problemas dirigida
pelas regras paradigmáticas.
18. Conjunto de cientistas que trabalham de acordo com
um paradigma.
19. É a ciência praticada na maioria do tempo pelos
cientistas.
20. Prática científica que marca o período que sucede à
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assunção de um novo paradigma.
90.1. «Ouve-se frequentemente dizer que uma teoria que se sucede a outra fica cada vez mais
próxima, ou se aproxima cada vez mais, da verdade.» Por que razão, para Kuhn, esta perspetiva
é implausível?
90.2. Contrasta as perspetivas de Kuhn e Popper, a propósito da questão do progresso científico.
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91.1. Qual a atitude do cientista face ao aparecimento das anomalias?
91.2. Quais as condições que permitem o aparecimento das anomalias?
91.3. De acordo com o texto, as anomalias que surgem no período de ciência normal são:
(A) Uma justificação da expectativa.
(B) Uma consequência da expectativa.
(C) Uma previsão da expectativa.
(D) Uma violação da expectativa.
92.1. Em que difere a postura do cientista em fase de ciência normal e de ciência extraordinária?
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92.4. Tendo em conta o modelo proposto por Kuhn, o que conduz a comunidade científica à
prática da ciência extraordinária?
94.1. Redija um texto em que mostre o que separa Kuhn de Popper relativamente ao progresso
e objetividade da ciência. Na sua resposta deves referir: a epistemologia evolucionista de Popper;
a incomensurabilidade dos paradigmas; o alcance da verdade em ambos os filósofos.
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95. Complete as lacunas com as palavras sugeridas, por modo a que o texto faça sentido.
• cientistas • velho • extraordinária • paradigma • crise
• transição • normal • científica • objetivos • métodos
A transição de um ________________ (1) em crise para um novo paradigma do qual uma nova
tradição de ciência ________________ (2) emergirá é tudo menos um processo cumulativo, um
processo alcançado mediante uma reorientação ou extensão do velho paradigma. Ao contrário
disso, trata-se de uma reconstrução do campo de estudos a partir de novos fundamentos, uma
reconstrução que altera algumas das mais elementares generalizações teóricas do campo, bem
como muitos dos seus paradigmas ao nível dos ________________ (3) e aplicações. Durante o
período de ________________ (4) haverá uma justaposição alargada, embora nunca total,
entre os problemas que podem ser resolvidos pelo ________________ (5) e pelo novo
paradigma. Mas existirá também uma diferença decisiva no modo de os resolver. Quando a
transição se completa, os membros da profissão terão alterado o seu conceito do campo de
estudos, dos seus métodos e dos seus ________________ (6). (…) Os ________________ (7)
não passam a ver uma coisa como uma coisa diferente. Em vez disso, eles vêem-na
simplesmente. (…) Estas ideias aqui antecipadas podem ajudar-nos a identificar a
________________ (8) como um prelúdio apropriado à emergência de novas teorias, sobretudo
depois de termos examinado uma versão de pequena escala do mesmo processo, ao discutir a
emergência das descobertas científicas. Sendo que a emergência de uma nova teoria corta com
uma tradição de prática ________________ (9) e introduz uma nova tradição governada por
novas regras e dentro de um novo universo discursivo, é provável que ela ocorra apenas quando
se pressente que a tradição anterior está claramente fora do bom caminho. Esta observação não
é, no entanto, mais do que um prelúdio à investigação do estado de crise, e, infelizmente, as
questões a que ela nos leva requerem mais a competência do psicólogo do que a do historiador.
A que se assemelha a ciência ________________ (10)? Como ganha a anomalia contornos
normativos? Como trabalham os cientistas quando sabem apenas que algo está errado a um
nível fundamental, nível esse para o qual não estão preparados pela educação que receberam?
Estas questões têm de ser muito mais investigadas, e essa investigação não deve ser
meramente histórica. (…) É frequente que um paradigma emerja, pelo menos em embrião, antes
que uma crise se desenvolva muito ou que seja explicitamente identificada.
Thomas Kuhn (2009). A estrutura das revoluções científicas. Guerra & Paz, pp. 124-126.
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96. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
A. Kuhn é um crítico do método de Popper.
B. Para Kuhn, a ciência progride por acumulação de conhecimentos e não por saltos bruscos,
como em Popper.
C. Em ciência normal o conhecimento é cumulativo.
D. Um paradigma é um modelo para fazer ciência e um modo de ver o mundo.
E. O modelo astronómico de Copérnico é um bom exemplo de paradigma.
F. A ciência normal é a que se pratica no contexto de um paradigma, tal como acontece com a
ciência extraordinária.
G. As anomalias são problemas mal resolvidos.
H. O cientista, na prática da ciência normal, resolve problemas para os quais já conhece os
procedimentos a seguir.
I. Pela prática da ciência normal o cientista procede a reajustamentos do paradigma.
J. Para Kuhn, o cientista acredita piamente no paradigma.
K. Anomalias acumuladas conduzem, mais tarde ou mais cedo, à crise paradigmática.
L. Para a crise paradigmática não conta o grau das anomalias acumuladas, mas apenas, o seu
número.
M. A crise do paradigma abre o caminho à revolução científica.
N. Dizer que os paradigmas são incomensuráveis significa afirmar que não servem de critério
para se avaliarem mutuamente.
O. A evolução da ciência é, para Kuhn, descontínua.
P. Tal como para Popper, também para Kuhn a eliminação dos erros aproxima-nos da verdade.
Q. Para Kuhn, quando se trata de escolher entre teorias, há que ter em conta critérios
subjetivos.
R. Um dos critérios objetivos da escolha entre teorias é a simplicidade das teorias em questão.
S. Dizer que uma teoria é consistente significa dizer que ela não apresenta incoerências
internas.
T. Kuhn e Popper concordam que a ciência não é objetiva.
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