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No segundo capítulo, sobre o que é o Estado, Rothbard assevera que a via natural para o
enriquecimento é a transformação dos recursos naturais em mercadorias que serão
livremente trocadas no mercado, respeitando-se a propriedade privada. Essa via substitui
o modo selvagem de enriquecimento que consistia basicamente no roubo da propriedade
e dos recursos alheios. O sociólogo alemão Franz Oppenheimer denominou o modo de
produção e trocas comerciais voluntárias de os "meios econômicos".
Por outro lado, o modo de enriquecimento que usa da violência e do roubo para a
aquisição de recursos e de mercadorias é denominado por Oppenheimer como "meio
político". Os dois meios são mutuamente excludentes, pois o meio político é contrário à
lei natural, além de ser meramente parasítico e improdutivo.
A culpa, por seu turno, é inculcada no indivíduo que progride economicamente quando
:
suas atividades econômicas e suas intenções são classificadas com termos pejorativos
como "ganância", "egoísmo", "materialismo", "exploração" e "usura". A ciência, a nova
divindade, é invocada para garantir que o domínio estatal é racionalmente planejado por
especialistas. Mas a racionalidade propugnada é aquela do coletivismo e do
determinismo.
Entretanto, é por meio de uma curiosa inversão que o Estado consegue converter seus
limites em novos poderes legitimados pela corte constitucional. O truque é simples: tudo
o que não for inconstitucional é permitido pela constituição, e acaba recebendo
legitimidade justamente pela decisão da Suprema Corte que julga a ação do Estado
como constitucional.
Em um curto quinto capítulo, Rothbard afirma que o Estado teme somente aquilo que
pode destruir seu poder. A guerra e a revolução são os modos pelos quais um governo é
deposto. Mas mesmo na guerra o Estado pode aumentar. A "defesa" do país e o estado
de "emergência" dão azo a um enorme crescimento estatal interno e, quiçá, externo.
Cumpre notar que os crimes mais pesadamente combatidos e condenados pelo Estado
são os praticados contra ele mesmo. Daí as condenações de "traição", "deserção",
"sonegação de impostos", entre outros.
A "santidade dos contratos" foi estendida aos tratados entre nações. Ocorre que, para
Rothbard, contratos são legítimas transferências de propriedade privada, enquanto
tratados não podem ter o mesmo efeito pela simples razão de o Estado não possui
propriedade. Os descendentes de um proprietário que vendeu suas terras a outrem não
podem pretender ter direito de propriedade sobre o terreno vendido. Uma nação,
contudo, não está para sempre impedida de reivindicar territórios perdidos ou vendidos
por um governo anterior.
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O último capítulo trata a história econômica da humanidade como uma competição entre
a produtividade criativa e a troca voluntária de um lado e a atividade ditatorial e
predatória do outro. O poder social é o poder do homem sobre a natureza que resulta em
produtividade, cooperação, riqueza e bem-estar. O poder estatal é o domínio do homem
sobre seu semelhante, a forma predatória e parasitária de extorquir riquezas daqueles
que a produzem.
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