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Ilda Lazaro

A DISCRIMINAÇÃO DOS JOVENS PORTADORES DE DOENÇAS MENTAIS DE 14 A


24 ANOS DE IDADE NO BAIRRO DE CARIACÓ (PEMBA: 2023)

Licenciatura em Psicologia Clinica

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE


Pemba
Março
2023
Ilda Lazaro

A DISCRIMINAÇÃO DOS JOVENS PORTADORES DE DOENÇAS MENTAIS DE 14 A


24 ANOS DE IDADE NO BAIRRO DE CARIACÓ (PEMBA: 2023)

Licenciatura em Psicologia Clinica

Projecto a ser entregue ao Universidade Alberto Chipande,


na Faculdade de Ciências Politicas e Sociais no curso de
Psicologia clinica para avaliação na disciplina de
Metodologia de Investigação Cientifica 1˚Ano.

Supervisor:

---------------------------
(Engº António Leopoldo)

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE


Pemba
Março
2023
Índice
DECLARAÇÃO DE HONRA ....................................................................................................................... i
DEDICATÓRIA ........................................................................................................................................... ii
AGRADECIMENTO ................................................................................................................................... iii
LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................................... iv
LISTA DE ABREVIATURAS ..................................................................................................................... v
RESUMO ..................................................................................................................................................... vi
Capítulo – Introdução ................................................................................................................................... 1
1. Contextualização teórica ....................................................................................................................... 1
1.1. Justificativa ....................................................................................................................................... 1
1.2. Problema ........................................................................................................................................... 1
1.3. Fundamentação de hipóteses ............................................................................................................. 1
1.4. Objectivos ......................................................................................................................................... 2
1.4.1. Objectivos Gerais ...................................................................................................................... 2
1.4.2. Objectivos Específicos .............................................................................................................. 2
1.5. Delimitação do tema ......................................................................................................................... 2
1.6. Relevância do tema ........................................................................................................................... 2
1.7. Resultados Esperados........................................................................................................................ 2
Capítulo II – Revisão da Literatura ............................................................................................................... 3
2. Conceitos básicos .................................................................................................................................. 3
2.1. A discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos de idade ................... 3
2.2. Dificuldades enfrentadas pelas portadoras de doenças mentais ........................................................ 3
2.3. Sofrimento dos jovens com saúde mental ......................................................................................... 4
2.4. Saúde mental dos adolescentes ......................................................................................................... 4
2.5. Principais factos ................................................................................................................................ 4
2.6. Determinantes de saúde mental......................................................................................................... 4
2.7. Promoção e prevenção ...................................................................................................................... 5
2.8. Factores que influenciam a saúde mental dos jovens........................................................................ 5
2.9. Principais perigos à saúde mental dos jovens na actualidade ........................................................... 6
2.10. Dados sobre a saúde mental dos jovens ........................................................................................ 6
2.11. Sinais e os sintomas característicos dos transtornos mentais nos jovens ...................................... 7
2.12. Depressão e ansiedade .................................................................................................................. 7
2.13. Uso excessivo de electrónicos....................................................................................................... 7
2.14. Esquizofrenia ................................................................................................................................ 8
2.15. Suicídio ......................................................................................................................................... 8
2.16. Consequências............................................................................................................................... 8
Capítulo III – Metodologia ........................................................................................................................... 9
3. Métodos da Pesquisa ............................................................................................................................. 9
3.1. Quanto a Natureza.................................................................................................................................. 9
3.1.1. Pesquisa Descritiva: ...................................................................................................................... 9
3.2. Quanto aos Objectivos ...................................................................................................................... 9
3.2.1. Pesquisa Explicativa e Qualitativa ...................................................................................................... 9
3.3. Quanto aos Procedimentos Técnicos ................................................................................................ 9
3.3.1. Pesquisa de Campo ..................................................................................................................... 10
3.4. Pesquisa Bibliográfica: ................................................................................................................... 10
3.5. Técnicas de Colectas de Dados ....................................................................................................... 10
3.6. Observação Directa ......................................................................................................................... 10
3.7. Entrevista ........................................................................................................................................ 10
3.8. Entrevista Semi-estruturada ............................................................................................................ 11
3.9. Entrevista Orientada........................................................................................................................ 11
3.10. Universo/População e Amostra ................................................................................................... 11
3.11. Amostra ....................................................................................................................................... 11
Capítulo IV – Cronograma e Orçamento do projecto ................................................................................. 12
4. Cronograma......................................................................................................................................... 12
4.1. Orçamento ....................................................................................................................................... 12
Referências Bibliográficas .......................................................................................................................... 13
Apêndices.................................................................................................................................................... 15
DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, Ilda Lazaro. Declaro por minha honra que este trabalho nunca foi apresentado,
na sua essência, para obtenção de qualquer grau, e que constitui o resultado da
minha investigação pessoal, estando indicadas no texto e na bibliografia as fontes
que utilizei para a elaboração do mesmo, por tanto, coloco-me a disposição em
carregar qualquer inconveniência que venha ser achada clara e justa.

Pemba, Abril de 2023

_______________________________

Ilda Lazaro

i
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho especialmente aos meus filhos, meu pai, minha mãe, amigos e
familiares, por mais uma existência juntos, em busca da superação de cada um.
Pela tolerância com minhas imperfeições, pelo estimulo e incentivo para que eu
concluísse mais essa etapa da caminhada e pelo amor demonstrado nos pequenos
gestos do dia-a-dia.

‘Eu dedico’

ii
AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus todo poderoso pelo dom de vida que me deu em ter chegado a esta
fase, por nunca ter me abandonado, mesmo nos momentos “difíceis”, sempre sendo
a “a luz da minha caminhada”, e por mais essa oportunidade de aprendizado e
desenvolvimento.
Agradeço às oportunidades que aprendi e aos desafios que encontrei. Sem estes eu
não teria escrito em linhas tortas, mas nem por menos belas, a minha história até
aqui, sabendo hoje diferenciar e determinar com certeza onde quero chegar.
À minha mãe e meu pai pelo estímulo ao estudo desde tenras épocas.
O meu filho pela paciência nas horas de estudo, quando nos privamos da
convivência.
Aos meus docentes, os meus mais sinceros votos. recordo-me que muitos
acreditaram e enxergaram em mim o que muitas vezes não enxerguei e quanto aos
outros, os que por ventura não acreditaram, deixo aqui meu agradecimento por ter
realçado ainda mais em mim o que os outros enxergavam.
Ao Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Alberto Chipande, seus
colaboradores registo aqui o meu carinho por terem tornado tudo mais fácil,
confortável principalmente o meu supervisor directo Engº António Leopoldo que
com muita paciência e dedicação sempre se mostrou disposto e empenhado em me
orientar, tenho certeza que muito do conhecimento que adquiri foi graças à
humildade, sabedoria e disponibilidade de vocês.
Aos companheiros de turma e curso o meu grande sincero muito obrigado. Seria
injusto de minha parte citar alguns já que todos foram tão acolhedores e
companheiros durante estes anos, mas saibam que devo e muito a vocês pelos
excelentes e especiais momentos compartilhados, além do apoio e conhecimento
fornecidos.

O meu muito obrigado

iii
LISTA DE GRÁFICOS

iv
LISTA DE ABREVIATURAS

OSM - Organização Mundial de Saúde

ONU – Organização das Nações Unidas

MIC - Metodologia de Investigação Científica

v
RESUMO
O presente projecto avaliação da discriminação dos jovens portadores de doenças mentais de 14
a 24 anos de idade o trabalho foi realizado na cidade de Pemba, na província de cabo delgado na
área de psicologia clínica, e apresenta como tema a discriminação dos jovens portadores de
doenças mentais de 14 a 24 anos de idade, a pesquisa teve duração de 24 horas objectivos
específicos saber das dificuldades enfrentadas pelas portadoras de doenças mentais, Indicar os
Principais factos, Identificar os Principais perigos à saúde mental dos jovens na actualidade.

vi
Capítulo – Introdução

O presente Projecto é da Disciplina de Metodologia de Investigação Cientifica, a evolução das


atitudes em relação à doença mental tem sido lenta, por vezes mesmo inexistente. Segundo
Angermeyer et al, existe ainda uma proporção significativa da população geral que não sabe
reconhecer os sinais e sintomas de doenças mentais específicas. Ainda assim, parece existir uma
diminuição do hiato entre as crenças da população geral em relação à doença mental e o
conhecimento científico, que no entanto não parece ter uma clara tradução em termos da
mudança de atitude.

1. Contextualização teórica

O estigma e o auto-estima são dois grandes obstáculos à integração social e à vida plena em
sociedade. Dessa forma, a pessoa com transtorno mental grave sofre não só pela doença em si,
mas também pelo estigma social que segrega e nega oportunidades para o trabalho e para a vida
independente. Angermeyer MC 2006

1.1. Justificativa

No capítulo da discriminação, Link e Phelan distinguem a discriminação individual da


discriminação estrutural. Enquanto a primeira é vivida na primeira pessoa, a segunda manifesta-
se de forma indirecta, conjuntural. No caso da doença mental, a discriminação estrutural envolve,
por exemplo, a alocação de menos recursos à área da saúde mental comparativamente a outras
áreas da saúde.

1.2. Problema

Intervenções para promover a saúde mental dos adolescentes visam fortalecer os factores de
protecção e melhorar as alternativas aos comportamentos de risco. A promoção da saúde mental
e do bem-estar ajuda esse grupo a construir resiliência para que possam lidar bem com situações
difíceis ou adversidades.

1.3. Fundamentação de hipóteses

Para Dietrich S 2006. A adolescência (10 a 19 anos) é um momento único, que molda as pessoas
para a vida adulta. Enquanto a maioria dos adolescentes tem uma boa saúde mental, múltiplas

1
mudanças físicas, emocionais e sociais, incluindo a exposição à pobreza, abuso ou violência,
podem tornar os adolescentes vulneráveis a condições de saúde mental.

H1: A presente investigação está organizada em capítulos: no capítulo I: Introdução; no capítulo


II: Revisão da Literatura; no capítulo III: fez-se abordagem metodológica; no capítulo IV fez-se
Cronograma e orçamento do projecto e finalmente: apresenta-se as referências bibliográficas.

H2: A adolescência é um período crucial para o desenvolvimento e manutenção de hábitos


sociais e emocionais importantes para o bem-estar mental.

1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivos Gerais
• A discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos de idade.
1.4.2. Objectivos Específicos
• Saber das Dificuldades enfrentadas pelas portadoras de doenças mentais;
• Indicar os Principais factos;
• Identificar os Principais perigos à saúde mental dos jovens na actualidade.
1.5. Delimitação do tema

O presente trabalho foi realizado na cidade de Pemba, na Província de Cabo Delgado na área de
Psicologia Clínica, e apresenta como tema a discriminação dos jovens portadores de Doenças
mentais de 14 a 24 anos de idade, a pesquisa teve duração de 24 horas.

1.6. Relevância do tema

A escolha do tema representado no presente trabalho surge com base controlos feitos pelos
apresentadores, onde constatou-se conhecimento da Desnutrição deve-se aos estudos de
Angermeyer MC, Dietrich S; Dovidio J, Brigham JC, Johnson BT, Gaertner SL; McCrae N;
Stangor C, Hewstone M; Fernandes, N; Kassam A, Williams J, Patten S; Can J Psyc, 2012; Link
BG, Phelan JC.

1.7. Resultados Esperados

Com a presente investigação, espera-se obter o seguinte:

2
Os adolescentes com condições com boa saúde mental, a adopção de padrões de sono saudáveis;
exercícios regulares; desenvolvimento de enfrentamento, resolução de problemas e habilidades
interpessoais; e aprender a administrar emoções.

Capítulo II – Revisão da Literatura

2. Conceitos básicos

2.1. A discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos


de idade

O significado original do termo psicofobia é o de medo ou exagerado e irracional da mente. No


entanto, tem sido um termo usando em sentido não clínico, podendo neste contexto ser definido
como o preconceito ou discriminação contra pessoas com transtornos ou deficiências mentais.

No capítulo da discriminação, Link e Phelan distinguem a discriminação individual da


discriminação estrutural. Enquanto a primeira é vivida na primeira pessoa, a segunda manifesta-
se de forma indirecta, conjuntural. No caso da doença mental, a discriminação estrutural envolve,
por exemplo, a alocação de menos recursos à área da saúde mental comparativamente a outras
áreas da saúde. De referir que os autores, numa revisão do seu próprio modelo, salientaram que a
vivência afectiva e as respostas emocionais, quer dos indivíduos que estigmatizam (raiva,
piedade, medo), quer dos que são estigmatizados (vergonha, medo, alienação), são aspectos
críticos na compreensão do seu comportamento.

A evolução das atitudes em relação à doença mental tem sido lenta, por vezes mesmo
inexistente. Segundo Angermeyer et al, existe ainda uma proporção significativa da população
geral que não sabe reconhecer os sinais e sintomas de doenças mentais específicas. Ainda assim,
parece existir uma diminuição do hiato entre as crenças da população geral em relação à doença
mental e o conhecimento científico.

2.2. Dificuldades enfrentadas pelas portadoras de doenças mentais

O estigma e o auto-estima são dois grandes obstáculos à integração social e à vida plena em
sociedade. Dessa forma, a pessoa com transtorno mental grave sofre não só pela doença em si,

3
mas também pelo estigma social que segrega e nega oportunidades para o trabalho e para a vida
independente. Angermeyer MC 2006

2.3. Sofrimento dos jovens com saúde mental

Os adolescentes com condições de saúde mental são, por sua vez, particularmente vulneráveis à
exclusão social, discriminação, estigma (afectando a prontidão para procurar ajuda), dificuldades
no aprendizado, comportamentos de risco, problemas de saúde física e violações dos direitos
humanos. Dietrich S 2006

2.4. Saúde mental dos adolescentes

Para Dietrich S 2006. A adolescência (10 a 19 anos) é um momento único, que molda as pessoas
para a vida adulta. Enquanto a maioria dos adolescentes tem uma boa saúde mental, múltiplas
mudanças físicas, emocionais e sociais, incluindo a exposição à pobreza, abuso ou violência,
podem tornar os adolescentes vulneráveis a condições de saúde mental. Promover o bem-estar
psicológico e protegê-los de experiências adversas e factores de risco que possam afectar seu
potencial de prosperar não são apenas fundamentais para seu bem-estar, mas também para sua
saúde física e mental na vida adulta.
2.5. Principais factos
• Uma em cada seis pessoas tem entre 10 e 19 anos;
• As condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e
lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos;
• Metade de todas as condições de saúde mental começam aos 14 anos de idade, mas a
maioria dos casos não é detectada nem tratada;
• Em todo o mundo, a depressão é uma das principais causas de doença e incapacidade
entre adolescentes;
• O suicídio é a terceira principal causa de morte entre adolescentes de 14 a 24 anos;
Johnson BT, Gaertner SL 1996
2.6. Determinantes de saúde mental

Dovidio J 1996. A adolescência é um período crucial para o desenvolvimento e manutenção de


hábitos sociais e emocionais importantes para o bem-estar mental. Estes incluem: a adopção de

4
padrões de sono saudáveis; exercícios regulares; desenvolvimento de enfrentamento, resolução
de problemas e habilidades interpessoais; e aprender a administrar emoções. Alguns adolescentes
estão em maior risco de problemas de saúde mental devido às suas condições de vida, estigma,
discriminação ou exclusão, além de falta de acesso a serviços e apoio de qualidade. Estes
incluem adolescentes que vivem em ambientes frágeis e com crises humanitárias; adolescentes
com doenças crónicas, transtorno do espectro autista, incapacidade intelectual ou outra condição
neurológica; adolescentes grávidas, pais adolescentes ou aqueles em casamentos precoces e/ou
forçados; órfãos; e adolescentes que fazem parte de minorias étnicas ou sexuais ou outros grupos
discriminados.

Os adolescentes com condições de saúde mental são, por sua vez, particularmente vulneráveis à
exclusão social, discriminação, estigma (afectando a prontidão para procurar ajuda), dificuldades
no aprendizado, comportamentos de risco, problemas de saúde física e violações dos direitos
humanos.
2.7. Promoção e prevenção
Intervenções para promover a saúde mental dos adolescentes visam fortalecer os factores de
protecção e melhorar as alternativas aos comportamentos de risco. A promoção da saúde mental
e do bem-estar ajuda esse grupo a construir resiliência para que possam lidar bem com situações
difíceis ou adversidades. Exemplos de actividades de promoção e prevenção:

• intervenções psicológicas individuais online, em grupo ou autoguiadas;


• intervenções focadas na família, como treinamento de habilidades do cuidador, incluindo
intervenções que abordam as necessidades dos cuidadores;
• intervenções nas escolas, como:
• mudanças organizacionais para um ambiente psicológico seguro e positivo;
• ensino sobre saúde mental e habilidades para a vida;
• treinamento de pessoal para a detecção e manejo básico do risco de suicídio; e
• programas escolares de prevenção para adolescentes vulneráveis a condições de saúde mental;
Brigham JC 1996.
2.8. Factores que influenciam a saúde mental dos jovens

Segundo Fernandes, N. 2005, A adolescência é uma fase crucial para o aprendizado, o


desenvolvimento e a manutenção de grande parte dos hábitos sociais e emocionais mais

5
importantes para a estabilidade mental. Nesse sentido, a adopção de padrões de sono saudáveis, a
realização regular de exercício físico e o desenvolvimento de habilidades que possibilitam o
gerenciamento de dificuldades figuram na lista das acções mais relevantes para uma juventude
saudável. Assim, os ambientes como a família, a escola e a comunidade são vistos como suporte
de protecção - ou de risco - no que se refere à adequação do comportamento dos jovens no
âmbito social.

2.9. Principais perigos à saúde mental dos jovens na actualidade

Listamos algumas questões determinantes e que podem elevar as chances de desordens mentais
nos mais jovens. Veja quais são:

• desemprego;
• conflitos familiares;
• desejo de maior autonomia;
• maior exposição ao estresse;
• exploração da identidade sexual;
• falta de qualidade de vida doméstica;
• envolvimento precoce com drogas e álcool;
• vítimas de bullying ou exposição à violência, incluindo pais agressivos. Fernandes, N
2005.
2.10. Dados sobre a saúde mental dos jovens

Segundo McCrae N 1996. Os dados sobre a saúde mental dos jovens na actualidade no Brasil e
no mundo precisam ser vistos como instrumentos de alerta para que os pais, os professores e os
responsáveis se posicionem quanto à necessidade de buscar ajuda especializada antes que certas
situações se tornem irreversíveis. A ausência de tratamento de saúde mental durante a juventude
tem grande impacto no desempenho educacional, pessoal e profissional, o que aumenta o risco
de abuso de álcool, de drogas e de comportamento violento.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já anunciou que a maioria dos transtornos mentais que
afetam adolescentes e jovens não é diagnosticada e nem tratada. Essa é uma realidade que

6
desafia os gestores de saúde pública nos países desenvolvidos, em desenvolvimento
e subdesenvolvidos.

• as doenças mentais afetam um em cada seis indivíduos com idade entre 10 e 19 anos;
• a maioria dos adolescentes e dos jovens com doença mental não recebe nenhum tipo de
assistência ou tratamento;
• a depressão é uma das principais causas de transtornos e de incapacidades entre os
adolescentes e jovens;
• a maioria das doenças mentais perdura até a vida adulta e compromete a estabilidade
mental e física do indivíduo que não recebeu tratamento. Stangor C 1996
2.11. Sinais e os sintomas característicos dos transtornos mentais nos jovens
• insônia;
• ideação suicida;
• tristeza ou humor deprimido;
• afastamento de amigos e familiares;
• queda brusca no desempenho escolar;
• irritabilidade e agressividade sem causa aparente;
• falta de motivação pela vida ou desinteresse pelo futuro Hewstone M 1996
2.12. Depressão e ansiedade

Grande parte dos transtornos mentais surgem, geralmente, durante a adolescência. Segundo a
OMS, metade de todos os problemas de saúde mental começa aos 14 anos. Problemas como a
depressão e a ansiedade podem levar os adolescentes ao desenvolvimento de quadros clínicos
que geram sintomas frequentes de irritabilidade, de frustração ou episódios de raiva excessivos e
de difícil controle. Kassam A, Williams J, Patten S 2012

2.13. Uso excessivo de electrónicos

Além de entender os perigos que o uso excessivo de electrónicos pode oferecer aos jovens, é
preciso aprender a identificar alguns sinais e comportamentos que podem indicar que esse uso se
tornou excessivo e prejudicial. Como fruto de uma mudança comportamental muito presente na
sociedade contemporânea, a juventude tem um relacionamento muito complexo com a

7
tecnologia. O grupo com idade inferior a 20 anos já nasceu com essa tendência ao uso constante
e desenfreado de insumos electrónicos. Kassam A, Williams J, Patten S 2012

2.14. Esquizofrenia

A esquizofrenia é um tipo de transtorno mental que pode resultar em alguma combinação que
manifesta episódios de alucinações, de delírios, de expressão prejudicada de pensamentos, de
fala desordenada e de comportamentos extremamente anormais. A esquizofrenia necessita de
tratamento continuado e ao longo da vida. O diagnóstico precoce e o tratamento correto ajudam
no controle dos sintomas antes que complicações se tornem mais graves e de difícil reversão”,
reforça o especialista. Kassam A, Williams J, Patten S 2012

2.15. Suicídio

Para o dr. Marcel, “As ideações suicidas exigem atenção especial, pois estão entre as questões
mais preocupantes no que se refere à estabilidade mental dos jovens. Há, pois, um risco muito
alto de suicídio nesse grupo, já que essa prática está associada a todos os tipos de transtornos
mentais. Isso eleva as chances de mudanças rápidas no humor e de alterações comportamentais
que cursam com explosões emocionais, e que podem alimentar ideações suicidas. Dados da
OMS alertam que, no planeta, quase 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano. . Kassam A,
Williams J, Patten S 2012

2.16. Consequências

Metade de todas as doenças mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é
detectada nem tratada. Segundo a OMS, a depressão é a terceira doença mais comum entre
adolescentes. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre os jovens de 14 a 24 anos. O
uso de álcool e drogas ilícitas também é uma questão em muitos países e pode levar a
comportamentos de risco, como sexo inseguro ou conduzir alcoolizado. Transtornos alimentares
são outro motivo de preocupação. A agência da ONU diz que “felizmente cresce o
reconhecimento da importância de ajudar os jovens”. A OMS acredita que proteger o bem-estar
do adolescente traz benefícios à sua saúde, mas também às economias e à sociedade.

A OMS explica que muito pode ser feito para ajudar. A prevenção começa com o conhecimento
e compreensão dos primeiros sintomas. Pais e professores podem ajudar a lidar com desafios do

8
dia-a-dia, apoio psicossocial pode ser prestado nas escolas e, por fim, os profissionais de saúde
podem ser treinados para lidar com estes problemas.

Capítulo III – Metodologia

Para se alcançar os objectivos pré-definidos foram utilizados vários métodos que facilitaram o
processo de busca de dados e de informações qualitativas que serão necessárias para uma análise
e interpretação do fenómeno apresentado nesta pesquisa. De acordo com Gil (2002) define a
metodologia como sendo “ procedimentos a ser seguidos na realização da pesquisa ”. (p.163).

3. Métodos da Pesquisa

Usar-se-á o método hipotético dedutivo com objectivo de perceber a ocorrência das A


discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos de idade. Estas
possíveis ocorrências, contribuem para o tal fenómeno em discussão.

3.1. Quanto a Natureza

3.1.1. Pesquisa Descritiva:

De acordo com GIL (2002:42) “a pesquisa descritiva têm como objectivo primordial a descrição
das características de determinada população ou fenómeno”. Optou-se por esta pesquisa pois o
trabalho ira descrever de forma fiel a situação na Província de Cabo Delgado.

3.2. Quanto aos Objectivos

3.2.1. Pesquisa Explicativa e Qualitativa

A pesquisa é Qualitativa porque irá trabalhar-se com os dados obtidos na recolha, onde vai-se
descrever qualitativamente a discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24
anos de idade.

3.3. Quanto aos Procedimentos Técnicos

9
3.3.1. Pesquisa de Campo

Segundo GIL (2007), a pesquisa de campo deve merecer grande atenção, pois devem ser
indicados os critérios de escolha da amostragem (das pessoas quem serão escolhidas como
exemplares de certa situação), a forma pela qual serão colectados os dados e os critérios de
análise dos dados obtidos.

Estudo de campo: procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente


realizada por meio da observação directa das actividades interpretações do que ocorre na
realidade.

3.4. Pesquisa Bibliográfica:

Pesquisa Bibliográfica, com este procedimento foi possível trazer um referencial teórico,
documental da instituição ou fazer levantamento bibliográfico de autores que sustentam sobre a
discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos de idade.

3.5. Técnicas de Colectas de Dados

Segundo Lakatos & Marconi (200) “Técnicas é um conjunto de processos que serve de uma
ciência’’. Dai que, a colecta de dados é a etapa da pesquisa, que exige um grande volume de
tempo e trabalho para reunir as informações indispensáveis, tendo em vista a realidade moderna.
As técnicas que serão usadas nesta pesquisa são: observação e entrevista.

3.6. Observação Directa

A observação directa é uma técnica de colecta de dados a fim de conseguir informações


utilizando os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Neste contexto o
proponente fará a observação no acto da visita ao local do estudo, isto é, A discriminação dos
jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos de idade.

3.7. Entrevista

A entrevista é um encontro entre duas ou mais pessoas a fim de que uma delas obtenha
informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza
profissional. Na luz de RICHARDSON (1999:207), “a entrevista é uma técnica importante que
10
permite o desenvolvimento de uma estreita relação entre as pessoas”. “a entrevista pode ser
entendida como a técnica que envolve duas pessoas numa situação 'face a face' e em que uma
delas formula questões e a outra responde” (GIL 2002:115).

De referir que com este método, facilitou o proponente na investigação de colecta de dados. Está
técnica será mais pertinente na medida em que ajudara o observador a ter diretamente contacto
com as entidades superiores da Província de Cabo Delgado para superintender sobre a
discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos de idade.

3.8. Entrevista Semi-estruturada

O pesquisador organiza um conjunto de questões sobre o tema que está sendo estudado, mas
permite, às vezes até incentiva, que o entrevistado fale livremente sobre assuntos que vão
surgindo como desdobramentos do tema principal. Segundo Quivy (2005) ‟ a partir das
entrevistas semi-estruturadas, permite retirar informações e elementos de reflexão muito ricos
sem limitar o entrevistado”.

3.9. Entrevista Orientada

É nesta técnica que entrevistador/a focaliza sua atenção sobre uma experiência dada e seus
efeitos; isso quer dizer que ela sabe por antecipação os tópicos ou informações que deseja obter
com a entrevista. Esta técnica dirigiu se ao líder da comunidade local do tema em estudo, pois já
tem conhecimento sobre o fenómeno que ocorre naquele espaço.

3.10. Universo/População e Amostra

População é o conjunto de todos os elementos sejam pessoas ou objectos cujas propriedades são
as que o pesquisador está interessado em estudar, (Correia, 2003). Portanto o foco neste
subcapítulos centra se em abranger a um número considerado de pessoas ou coisas e não sendo
possível estudar a todos, culmina na necessidade de descriminar para posterior fazer-se
representar no final do trabalho.

3.11. Amostra

Amostra é um subconjunto - representativo ou não - da população em estudo. Essa

11
representatividade da amostra, que é uma propriedade altamente desejada em estatística, ocorre
quando ela apresenta as mesmas características gerais da população da qual foi extraída. (Correa,
2003).
Capítulo IV – Cronograma e Orçamento do projecto

4. Cronograma

10:00 14:00 16:00 18:00 21:00 10:00


Horas
Proposta de Investigação

Capitulo Introdutório
Revisão da Literatura
Metodologia
Análise e Interpretação de dados
Entrega do projecto

Autora: Ilda Lazaro (2023)

4.1. Orçamento
Itens Quantidade Valor Monetário Valor Total

Chapa 100 50 Mts 200 Mts

Pesquisa no trabalho 1 500 Mts 500 Mts

Saldo da Vodacom 1 60 Mts 60Mts

Água 4 20 Mts 80 Mts

Entrega do projecto 1 10 Mts 10 Mts

Total 850,00 Mts

São: Oitocentos e Cinquenta Meticais

Autora: Ilda Lazaro (2023)

12
Referências Bibliográficas

Angermeyer MC, Dietrich S. Public beliefs about and attitudes towards people with mental
illness: a review of population studies. Acta Psychiatr Scand 2006; 113: 163-179.

Dovidio J, Brigham JC, Johnson BT, Gaertner SL. Stereotypes, prejudice and discrimination:
another look. In: McCrae N, Stangor C, Hewstone M (eds.) Stereotypes and Stereotyping, pp
276-379. New York:Guilford, 1996.
Fernandes, N. A doença mental de família. 2005, 70 F. Relatório de Estágio em Serviço Social,
Ramo de Saúde. Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra

Kassam A, Williams J, Patten S. Perceived discrimination among people with self-reported


emotional, psychological or psychiatric conditions in a population-based sample of Canadians
reporting a disability. Can J Psyc, 2012; 57(2): 102-1120.

Lakatos & Marconi (200); RICHARDSON (1999:207), (GIL 2002:115).

Link BG, Phelan JC. Conceptualizing stigma. Annu Rev Sociol, 2001.

13
Anexos

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Apêndices
Universidade Alberto Chipande
Faculdade de Ciências Políticas e Sociais
Licenciatura em psicologia clinica

Caro(a) senhor (a), Cordiais saudações

A presente entrevista tem como propósito a recolha de informações sobre, um estudo foi feito na
Cidade de Pemba, na Província de Cabo Delgado, para a elaboração do projecto, na Disciplina de
Metodologia de Investigação Cientifica (MIC), como requisito para a obtenção do grau de
Licenciatura em Psicologia Clínica. É por esta razão que solicito a sua colaboração no
fornecimento de dados e garanto que as informações fornecidas serão confidenciais e serão
utilizados somente para o fim indicado. Guião de questionário dirigido ao Pessoal – (a
discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos de idade).

1. Alguma vez já ouviu falar sobre a discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de
14 a 24 anos de idade?

A. SIM ………..

B. NÃO………..

2. O que entendes por a discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de 14 a 24 anos
de idade?

………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………

3.Conhece as Principais Factores da discriminação dos jovens portadores de Doenças mentais de


14 a 24 anos de idade?

A. SIM …………

B. NÃO …………

4. Se SIM, cita-nos a Sinais e os sintomas característicos dos transtornos mentais nos jovens.

………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………

Muito obrigada pela colaboração

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