Você está na página 1de 3

JUÍZO DE DIREITO DA 4ª VARA DE FAMÍLIA REGIONAL DE BANGU

Processo: 0039918-15.2019.8.19.0204
Classe-Assunto: Ação de Alimentos
Autor: ARTHUR SILVA NASCIMENTO VIEIRA, representado por EVELYN
CRISTINE DA SILVA OLIVEIRA,
Réu: FABIANO NASCIMENTO VIEIRA DE MENEZES

Trata-se de Ação de Alimentos em que o autor, Arthur Silva Nascimento


Vieira, menor, sendo representado legalmente pela sua genitora, Evelyn
Cristine Da Silva Oliveira, move em face de seu genitor, Fabiano Nascimento
Vieira De Menezes, uma vez que após a separação da união dos pais, o genitor
não mais contribuiu para o sustento do menor que está sofrendo com privações
em razão dos rendimentos da genitora não serem suficientes.
Alega que, apesar de atualmente encontra-se sem contrato com clubes,
o réu é jogador de futebol, supondo que o demandado aufira R$ 5.000,00 (cinco
mil reais), uma vez que atuava em clube grande do Rio de Janeiro e, na época,
a representante legal do menor recebia em mãos o valor de R$ 500,00.
Sustenta que o autor foi diagnosticado como portador de quadro
alérgico severo que necessita de um tratamento integral através de vacina no
valor de R$100,00 (cem reais) cada uma, sendo obrigado a optar apenas pela
compra da pomada que ameniza, “camufla”, a alergia, já que não possui
recursos financeiros.
Defende como medida urgente e indispensável à garantia de condições
mínimas de sobrevivência, fixação de alimentos no valor aproximado de
R$600,00 (seiscentos reais) mensais, levando em conta que também há um
gasto com uma professora explicadora.
Sendo assim, requer, em seus pedidos, o deferimento dos alimentos
no valor de 30% dos ganhos brutos do réu, ressalvados os descontos legais
obrigatórios, na hipótese de vínculo empregatício, através de desconto em
folha de pagamento e; não sendo o caso de trabalho com vínculo, sejam fixados
os alimentos provisórios na proporção de 60% do salário mínimo vigente, a ser
pago até o dia 10 de cada mês;
Em Ato Ordinário o cartório certificou-se e deu fé que o endereço
residencial do menor como pertencente a jurisdição distribuída; as custas
processuais e a taxa judiciária não foram pagos em razão de haver pedido de
Gratuidade de Justiça; foi devidamente atribuído valor a causa; não se aplica
título executivo; e, em consulta fonética pelo nomes das partes no sistema
informatizado no âmbito desta Regional, no mesmo assunto de competência
família/órfãos e sucessões, não foi(ram) encontrado(s) outro(s) processo(s)
distribuídos(s).
A juíza titular decidiu, em fl. 25, pelo deferimento da gratuidade de
justiça; arbitrando alimentos provisórios em 20% dos ganhos brutos do
alimentante, deduzidas apenas as parcelas referentes ao imposto de renda
retido na fonte e à previdência social, pública ou privada, incidindo tal
percentual sobre o 13º salário e férias, devendo o valor ser depositado na conta
da genitora do menor, a ser informada. E, em caso de rescisão contratual,
reservar-se-á o percentual das verbas rescisórias e FGTS. Devendo informar
imediatamente à CEF, para efeitos de bloqueio da parte correspondente ao
FGTS por tempo de serviço, sob pena de poder ser responsabilizado pelos
prejuízos causados ao alimentando; e inexistindo vínculo empregatício, a
pensão será de 30% do salário mínimo, a ser paga até o dia 05 subsequente
ao vencido.
Determina ainda ofício ao empregador e para abertura de conta-
corrente no Banco do Brasil; por fim; designando audiência junto ao JIC para o
dia 01/11/2019, às 13:30 horas; e intimação do réu para sua ciência.
Foi juntada certidão positiva de cumprimento de mandado citação e
intimação do réu em fls. 37 e 38.
Em 1 de novembro de 2019 foi realizada audiência, estando presente
todas as partes, sendo requerida a gratuidade de justiça pelo réu, tendo
proposta de conciliação negativa, ficando o réu ciente da necessidade de exibir
contestação; lavrando-se assentada pelo conciliador em fl. 40.
Foi realizada nova audiência em 19 de novembro do ano 2019, sendo
aceita pelas partes proposta a conciliação, ficando determinado que o pai
pensionará a importância equivalente a 20% (vinte por cento) de seus
rendimentos brutos, deduzidas apenas as parcelas referentes ao imposto de
renda retido na fonte e à previdência social, incidindo tal percentual sobre o 13º
salário e férias, mediante desconto em folha perante o órgão empregador, e
depósito em conta no Banco Itaú, Agencia 8081, conta corrente 00758-8,
salientando-se que o valor acima fixado não poderá ser inferior a quantia
equivalente a 35% do salário mínimo. Em caso de rescisão contratual, reservar-
se-á o percentual acima das verbas rescisórias e FGTS, hipótese que deverá
informar imediatamente à CEF, para efeitos de bloqueio da parte
correspondente ao FGTS por tempo de serviço, sob pena de poder ser
responsabilizado pelos prejuízos causados ao alimentando; E em caso de
ausência de vínculo, o pai pensionará com o equivalente a 35% do salário
mínimo vigente nacional, a ser pago todo dia 10 de cada mês subsequente ao
vencido;
Ficou acordado ainda que o pai arcará com metade do material escolar
e uniforme no início de cada ano letivo; sendo as despesas com o tratamento
de alergia da criança rateadas entre os genitores em igual proporção.
Não havendo oposição do representante do Ministério Público, a juíza
titular homologou o acordo por sentença, julgando extinto o processo, com
resolução do mérito, determinando custas rateadas, com relação a ambas as
partes, eis que ora requerida e deferida a gratuidade também à parte ré.

Você também pode gostar