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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA

PÚBLICA DO FORO DA COMARCA DE CIDADE-UF.

NOME DA PARTE, qualificação completa, vem com o devido respeito perante Vossa
Excelência, por meio de seus procuradores (Procuração, doc.1), propor

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO COM


PEDIDO LIMINAR

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em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), autarquia federal,


inscrita no CNPJ sob o nº 29.XXXXX/0001-40, sediado na Rua XXXXXXXX, nº XXX,
Bairro XXXXXXXXX, em Cidade-UF, pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos:

1. PRELIMINARMENTE:

No que tange ao Juízo competente para processar e julgar a presente ação, em


decorrência da matéria é competente a Justiça Estadual, conforme preleciona o art.
109, I, da Constituição Federal, que diz:

"Art. 109. Aos Juízes Federais compete processar e julgar:

I - As causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem


interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes, exceto as de
falência, as de acidente de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho;..."

Com o mesmo entendimento, a súmula 15 do Superior Tribunal de Justiça:

"Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do


trabalho."

Ainda nesse sentido, a Súmula 501 do STF:

"Compete à Justiça ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as


instâncias, das causas de acidente de trabalho, ainda que promovidas contra a União,
suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista."

Dessa forma, resta demonstrada a competência deste Juízo para o processamento da


lide, ainda que a Ré seja uma Autarquia Federal.

2. DOS FATOS:

A parte Autora requereu, junto à Autarquia Previdenciá ria, a concessã o do benefício por
incapacidade, que foi concedido administrativamente, pelos períodos entre XX/XX/XXXX a
XX/XX/XXXX (NB XXXXXX), XX/XX/XXXX a XX/XX/XXXX (NB XXXXXX) e XX/XX/XXXX a
XX/XX/XXXX (NB XXXXXX) em razã o de moléstias decorrentes de sua atividade habitual
como XXXXXXXXXXXX.
Apó s período de retorno ao trabalho, o Requerente voltou ao seu estado incapacitante de
modo que realizou novo requerimento administrativo visando a guarida de sua condiçã o.
Realizada perícia médica pelo INSS, nã o foi constatada (equivocada e paradoxalmente) a
existência de incapacidade laborativa, sendo este indeferido, conforme documentos em
anexo.
Contudo, o que se vislumbra é estado de completa incapacidade, porquanto, ao desenvolver
sua funçã o de XXXXXXXXXXX, o Autor restou acometido de doenças de natureza
XXXXXXXXXXXXXXX, diretamente ligadas à prá tica de seu labor, nã o possuindo quaisquer
meios de continuar exercendo-a.
Dados sobre a enfermidade
1.Doença/enfermidade
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
2.Limitaçõ es decorrentes da moléstia
Nã o possui condiçõ es de desenvolver atividades laborativas.

Dados sobre o requerimento administrativo

1. Benefício concedido

Auxílio-doença
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2. Nú mero do benefício

XXX.XXX.XXX-X

3. Data do Requerimento

XX/XX/XXXX

5. Razã o da cessaçã o

Parecer contrá rio da perícia médica.


Note-se que, ao obstar o direito do Requerente em perceber a benesse previdenciá ria, a
Autarquia cometeu erro grosseiro, porquanto a mesma trabalhava como XXXXXXX, fato que
por ó bvio, exige a utilizaçã o contígua de movimentos, motivo pelo qual se ajuíza o presente
processo.

3. FUNDAMENTOS JURÍDICOS:

Da Incapacidade Laborativa:

Afirma a parte Autora que preenche todos os requisitos que autorizam a concessã o do
benefício de auxílio doença acidentá rio, porquanto nã o possui condiçõ es para executar
atividades laborativas em decorrência de doença do trabalho.
Primeiramente, grifa-se o tamanho absurdo no que se refere à decisã o da perícia
administrativa ao considerar pela capacidade do Demandante, pois conforme estabelecem
os atestados e laudos médicos, o Autor é acometido de XXXXXXXXXXXX, doença que atinge
diretamente a XXXXXXXXXXXXX, nã o havendo qualquer possibilidade de executar funçõ es
como XXXXXXXX, XXXXXXXXXXX e XXXXXXXX, essenciais em sua atividade como
XXXXXXXX. Senã o, vejamos:

TRANSCREVER TRECHOS PERTINENTES DOS LAUDOS, EXAMES E ATESTADOS MÉ DICOS.

Ademais, em outra oportunidade, o Demandante foi submetido à perícia judicial junto á


justiça federal, nos autos do processo nº XXXXXXXXXX, onde analisou-se seu quadro
incapacitante em razã o das mesmas moléstias, para fins de concessã o de benefício por
incapacidade, onde o expert concluiu pelo seguinte:

TRANSCREVER TRECHO PERTINENTE DO LAUDO PERICIAL

Ao que se percebe, nã o há quaisquer meios que possibilitem o Demandante de retornar à s


suas atividades, ou seja, nã o possui capacidade laborativa e, sequer, vem recebendo o
amparo que deveria ser fornecido pela Autarquia Previdenciá ria à título alimentar!
Aliá s, a sua incapacidade é evidente, bastando tã o somente elucidar as funçõ es efetuadas
pelo Requerente enquanto no desempenho de sua atividade laborativa, conforme já
suscitado.
Ora, nã o há meios de o Demandante retornar a XXXXXXXXXXXX sem restabelecer a saú de
total de XXXXXXXXXXX (instrumento indispensá vel para sua atividade), condiçã o que
talvez sequer seja retomada em razã o da gravidade da doença!
Caso venha a ser apontada sua total e permanente incapacidade, postula a
concessã o/conversã o em aposentadoria por invalidez, a partir da data de sua efetiva
constataçã o. Nessa circunstâ ncia, importante se faz a aná lise das situaçõ es referentes à
majoraçã o de 25% sobre o valor do benefício, arroladas no anexo I do Regulamento da
Previdência Social (decreto nº 3.048/99).
Ainda, na hipó tese de restar provado nos autos processuais que a patologia referida tã o
somente gerou limitaçã o profissional à parte Requerente, ou seja, que as sequelas implicam
em reduçã o da capacidade laboral da mesma, e nã o propriamente a incapacidade
sustentada, postula a concessã o de auxílio-acidente, com base no art. 86 da Lei 8.213/91.
Da Carência e da Qualidade de Segurado:
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De mesma banda, cumpre salientar que o Autor preenche todos os demais requisitos
necessá rios para a concessã o do benefício, eis que conforme se verifica em sua CTPS, a
mesma possui contrato de trabalho vigente desde o ano de XXXX com a empresa
XXXXXXXXX, o que possibilita comprovar sua carência e qualidade de segurado, uma vez
que, o recolhimento das contribuiçõ es previdenciá rias é de responsabilidade do
empregador, nos termos do Artigo 30, inciso I, letra a, da Lei 8.212/91.
A pretensã o da parte Autora vem amparada nos arts. 42, 59 e 86 da Lei 8.213/31 e a data
de início do benefício deverá ser fixada nos termos dos arts. 43 e 60 do mesmo diploma
legal.

4. DO PEDIDO DE PROVA EMPRESTADA:


Em razã o de sua condiçã o de incapacidade laborativa e, em razã o do ú ltimo requerimento
administrativo negado pelo INSS, o Requerente ingressou com açã o previdenciá ria junto à
Justiça Federal (processo nº XXXXXXXXXX), requerendo a concessã o de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez, sendo que, apó s sobrevir sentença procedente, reconhecendo
o direito do Autor, tal decisã o foi reformada, em razã o de incompetência absoluta para
julgamento do feito.
Contudo, nos autos do processo supra, foi produzido laudo pericial onde restou inconteste
a incapacidade laborativa do Autor em razã o do acometimento de XXXXXXXXXXXX. Veja-se:
TRANSCREVER TRECHO PERTINENTE DO LAUDO PERICIAL.

Nesta senda, é sabido que, infelizmente, o Departamento Médico Judiciá rio do Tribunal de
Justiça do XXXXXXXXXXXXXXXXXX apresenta severa morosidade na marcaçã o e elaboraçã o
de suas perícias, exatamente em virtude da grande demanda de perícias feitas no
mencionado departamento pericial.
Ocorre que este fato vai de encontro com a Celeridade e a Economia Processual, princípios
indispensá veis à s demandas previdenciá rias pela mutabilidade do objeto da açã o.
Assim sendo, o Autor vem perante Vossa Excelência REQUERER que se utilize a perícia
médica judicial carreada nos autos do processo federal nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, a
título de prova emprestada no presente processo.

5. TUTELA DE URGÊ NCIA:

A parte Autora necessita do benefício em tela para custear a sua vida, tendo em vista que
nã o reú ne condiçõ es de executar atividades laborativas e, consequentemente, nã o pode
patrocinar a pró pria subsistência.
Conforme já referido O Demandante sofre de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, doença
desencadeada pelo seu labor como XXXXXXXXX, sendo que sua incapacidade já fora
reconhecida na esfera judicial nos autos do processo federal nº XXXXXXXXXXXXXX.
Do laudo pericial anexo, nota-se que o Nobre Perito fora cristalino e elucidativo em suas
aferiçõ es, nã o restando quaisquer dú vidas de que o Requerente permanece incapacitado
para sua atividade laboral, sendo pouco crível sua recuperaçã o, haja vista que a saú de de
XXXXXXXXXXX (parte do corpo afetada pela doença) é fundamental para a execuçã o de sua
funçã o, tornando, portanto, as alegaçõ es verossímeis.
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Desde a data do requerimento administrativo (em XX/XX/XXXX), o Demandante se
encontra sem quaisquer meios de prover suas necessidades bá sicas, além de nã o haver
previsã o para a recuperaçã o de sua condiçã o laboral (se houver!), configurando o
periculum in mora, requisito indispensá vel para o deferimento do pedido liminar.
De qualquer modo, a moléstia incapacitante e o cará ter alimentar do benefício, por si só ,
traduzem o quadro de urgência que exige pronta resposta do Judiciá rio, tendo em vista que
no benefício de auxílio-doença resta intuitivo o risco de ineficá cia do provimento
jurisdicional final, exatamente em virtude do fato da parte estar afastada do mercado de
trabalho e, consequentemente, desprovida financeiramente, motivo pelo qual se torna
imperioso o deferimento deste pedido liminar.

1. 6. PEDIDO
2. FACE AO EXPOSTO, requer a Vossa Excelência:
1. A concessã o do benefício da assistência judiciá ria gratuita, pois a parte Autora nã o tem
condiçõ es de arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua
família;
2. O recebimento e o deferimento da presente petiçã o inicial;
3. O deferimento do pedido liminar, concedendo à Autora provisoriamente o benefício de
Auxílio-doença previdenciá rio;
4. A citaçã o do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para, querendo, apresentar
defesa;
5. A produçã o de todos os meios de prova, principalmente documental, pericial e
testemunhal, bem como, a utilizaçã o do laudo produzido nos autos do processo federal
nº XXXXXXXX à título de prova emprestada;
6. O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊ NCIA, condenando o INSS a:
6.1) Subsidiariamente:
6.1.1) Conceder aposentadoria por invalidez e sua majoraçã o de 25% em decorrência da
incapacidade da parte Autora, a partir da data da efetiva constataçã o da total e permanente
incapacidade;
6.1.2) Conceder o benefício de auxilio-doença acidentá rio à parte Autora, a partir da data
do requerimento administrativo;
6.1.3) Conceder auxílio-acidente, na hipó tese de mera limitaçã o profissional;
6.2) Pagar as parcelas vencidas e vincendas, monetariamente corrigidas desde o respectivo
vencimento e acrescidas de juros legais e morató rios, incidentes até a data do efetivo
pagamento.
6.3) Ao pagamento de custas e honorá rios advocatícios, em porcentagem nã o inferior de
10% das parcelas vencidas.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Dá à causa o valor de R$X.XXX,XX.

Local e Data.

Advogado
OAB/UF
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