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TÉCNICO •

Plano de Orientação para a Oferta

Habilitação Profissional
Técnica em
Estilismo
e Coordenação de
Moda
VERSÃO 3.0

Eixo tecnológico: Produção Cultural e Design


IDENTIFICAÇÃO DO CURSO NO SENAC SÃO PAULO
Área de Negócio: Moda e Beleza
Subárea: Moda
Ficha Técnica: 24781
Formato de Oferta: Presencial
Nº do Plano de Curso: 302
Nome do Curso: Técnico em Estilismo e Coordenação de Moda
Carga Horária: 800 horas

HISTÓRICO DE VERSÕES
Versão 1 03/12/2021 vigente a partir de 01/02/2022
Versão 2 05/01/2023 inserção da convergência na pág. 21.
Inserção de conhecimento nas sugestões de situações de
aprendizagem na pág. 98.
Versão 3 07/02/2023 inserção de convergências curriculares na pág. 21.
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Gerência de Desenvolvimento 1
Mariana Pedreira de Freitas
Karina Bottini Pierri Takamura

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
GEDUC Desenho Educacional
Patrícia Luissa Masmo

ELABORAÇÃO
Consultora Pedagógica GEDUC
Elsie Maria Campos Lunardi
Consultores Especialistas
Eduardo Vilas Bôas
Larissa Henrici e Silva
Leticia Pedreira Diniz Gonçalves

COLABORAÇÃO
Francielle Guimarães Rocha

REVISÃO
Luciano Aparecido Borges Almeida

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO-PEDAGÓGICO
GEDUC Desenho Educacional
Ana Cleide Gois Bispo
Fabiana Fumiko Soares Munemassa
Patrícia Luissa Masmo

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 3


Sumário
Apresentação ...................................................................................................... 6
A estrutura do PO ................................................................................................ 7
Os cursos técnicos no Senac São Paulo ................................................................. 8
As escolhas Senac para os cursos técnicos ................................................................... 9
Dinâmica de desenvolvimento de cursos técnicos ...................................................... 11
Informações do Curso ........................................................................................ 15
Posicionamento da Subárea de Moda ........................................................................ 16
Breve história do curso no Senac ............................................................................... 17
Contexto de desenvolvimento e desenho .................................................................. 18
Orientações administrativo-pedagógicas............................................................ 19
Orientações para a implantação e acompanhamento deste curso .............................. 20
Sugestão para a composição da oferta ...................................................................... 24
Planejando o curso ................................................................................................... 25
Sequencialidade das Unidades Curriculares............................................................................ 26
Quadro de Equivalência Curricular (Modular para UC) ............................................... 27
Checklist para a implantação do curso ....................................................................... 31
Sugestões didático-pedagógicas ......................................................................... 32
Situações de aprendizagem ....................................................................................... 33
As sugestões de situações de aprendizagem para este curso ...................................... 34
UC1: Interpretar informações históricas da moda e da indumentária........................... 34
UC2: Definir matérias-primas e aviamentos................................................................. 44
UC3: Criar processos autorais de moda........................................................................ 53
UC4: Representar graficamente desenho de moda...................................................... 68
UC5: Gerenciar etapas e processos de fabricação de produtos de moda...................... 77
UC6: Modelar e montar peças do vestuário................................................................. 86
UC7: Transformar produtos de moda........................................................................... 95
UC8: Desenvolver bases de modelagem e costura em malha......................................101
UC9: Desenvolver processos sustentáveis.................................................................. 112

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UC10: Aplicar processos de inovação e tecnologias na moda......................................122
UC11: Decodificar tendências comportamentais, culturais e de consumo...................129
UC12: Desenvolver gestão estratégica e empreendedora........................................... 136
UC13: Elaborar plano de comunicação de moda......................................................... 146
UC14: Planejar coleção de moda................................................................................ 157
UC15: Comprar produtos de moda............................................................................. 165
UC16: Implementar estratégias de venda para moda................................................. 177
UC17: Projeto Integrador Técnico em Estilismo e Coordenação de Moda .................. 187

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Apresentação

Olá, pessoal!

Apresentamos o Plano de Orientação para a Oferta (PO), que oferece a técnicos e docentes
das Unidades Escolares um conjunto de sugestões voltadas a auxiliá-los na implementação
de uma prática pedagógica, alinhada à Proposta Pedagógica e ao Regimento das Unidades
Escolares do Senac São Paulo.
Por ter como premissa o respeito aos saberes e às competências dos docentes atuantes no
processo educacional, o PO não determina atividades ou fazeres estáticos. Aliás, a sua
concepção parte da convicção fundamental de que o docente deve atuar de acordo com seu
estilo, sua experiência e seus conhecimentos, pautado nas Orientações para Prática
Pedagógica (Planejar, Mediar, Avaliar e Projeto Integrador) e demais diretrizes educacionais
que fazem parte da formação pedagógica. É importante considerar a singularidade de cada
grupo de alunos e a necessidade de uma mediação pedagógica que responda a essas
particularidades.
Ao planejar as aulas, é essencial que o docente do Senac São Paulo desfrute da mesma
autonomia e flexibilidade que esperamos dos nossos alunos no seu desenvolvimento.
Desejamos contar a vocês os detalhes dos bastidores da elaboração do desenho de um curso.
Nossa intenção é propor um novo olhar sobre o contexto da grande quantidade de
informações, recursos educacionais e fluxos de trabalho, ao dispor de uma ferramenta de
orientação prática mais próxima da realidade tanto das Unidades Escolares quanto das salas
de aula. A ideia é que as informações facilitem o entendimento sobre as escolhas feitas pelo
grupo elaborador, ora por necessidades legais, ora por reposicionamentos da área a que o
curso pertence, mas sempre pautadas nas diretrizes educacionais e institucionais.

Organizamos a nossa exposição apresentando temas que acreditamos serem essenciais à


prática cotidiana de docentes e técnicos de área das unidades.

Vamos lá!

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A estrutura do PO

Os cursos técnicos no Senac São Paulo


Contextualiza o cenário em que o curso está inserido, reforçando
as escolhas do Senac e os movimentos institucionais que nos guiam
para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras e
metodologias participativas.

Informações do curso
Aproxima os técnicos de área e docentes das escolhas que
embasaram a construção do currículo, bem como do histórico e
diferenciais deste título no Senac São Paulo, contribuindo assim
para o alinhamento de todos os profissionais envolvidos, desde a
concepção do curso até a sala de aula.

Orientações administrativo-pedagógicas
Esta seção reúne as informações que o técnico de área precisa para
o planejamento e operação do curso, bem como apresenta as
especificidades do título.

Sugestões didático-pedagógicas
As informações apontadas nesta seção estão diretamente
relacionadas ao trabalho docente e tem como finalidade apoiá-lo
no planejamento deste curso e atuação em sala.

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Os cursos técnicos
no Senac São Paulo

Iniciamos esta parte do documento abordando informações importantes para o


alinhamento e compreensão do contexto no qual o curso está inserido. Nossa
intenção é contribuir para uma visão geral do cenário de Cursos Técnicos no Senac
São Paulo.

Em seguida, falaremos sobre a dinâmica de desenvolvimento dos cursos técnicos,


compartilhando questões importantes sobre o processo de elaboração dos
documentos educacionais: Plano de Curso (PC) e Plano de Orientação para Oferta
(PO).

Boa leitura!

Equipe Geduc Desenho Educacional


As escolhas Senac para os cursos técnicos
Ciência e tecnologia compõem, cada vez mais, a pauta do trabalho e da educação, fazendo
com que se rompam com as velhas fórmulas tanto do produzir quanto do aprender,
buscando a inovação e a criatividade.

A globalização e a democratização das informações mudaram a forma como nossa sociedade


produz informação e organiza-se social e economicamente, provocando a necessidade de
desenvolvermos um conjunto de competências capazes de nos tornar profissionais-cidadãos
plenos e capacitados.

As mudanças na produção de conhecimento nos mais diversos campos de atuação


profissional geram a necessidade de uma busca por uma formação mais focada no
desenvolvimento de competências, que atendam tanto às necessidades técnicas quanto
comportamentais.

Com o olhar atento para esse cenário, o Senac São Paulo tem como missão institucional,
inscrita na Proposta Pedagógica Senac1, proporcionar o desenvolvimento de pessoas, por
meio de ações educacionais que estimulem o exercício da cidadania e a atuação profissional
transformadora e empreendedora, com o intuito de contribuir para o bem-estar da
sociedade. Assumindo como visão ser cada vez mais reconhecido como instituição de
excelência na prestação de serviços educacionais inovadores, voltados à inclusão social e à
formação diversificada de profissionais-cidadãos.
Esse propósito é desenvolvido por meio do oferecimento de sólidas formações que seguem
um modelo pedagógico comum, orientando os percursos educacionais oferecidos na
instituição. Nossa ação educacional, que engloba todo o portfólio oferecido pelo Senac São
Paulo, se organiza de acordo com os princípios: filosóficos, que atribuem ao fazer
educacional características do mundo do trabalho e da formação humana; e pedagógicos,
que subsidiam as escolhas metodológicas, tornando a formação dos alunos mais conectada
às práticas profissionais contemporâneas, amplamente utilizadas no mercado de trabalho.

CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS

Escola
Ser humano Currículo
Mundo Metodologia
Trabalho Aluno
Educação Docente

1
A missão e a visão institucional do Senac são mencionadas na página sete em sua Proposta Pedagógica. Trata-se de uma versão
atualizada em 2005 das diretrizes educacionais básicas do Senac, formuladas originalmente em 2003.

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O profissional egresso do Senac leva consigo as marcas formativas que são diferenciais em
sua formação e identificam o aluno como profissional formado pela instituição, fatores de
destaque no mercado de trabalho e que garantem a excelência de sua atuação cidadã e
profissional.

As cinco marcas formativas, domínio técnico-científico, visão crítica, atitude


empreendedora, sustentável e colaborativa, são trabalhadas ao longo do processo de
aprendizagem profissional do aluno e advêm dos princípios e valores institucionais que
compõem o Modelo Pedagógico do Senac. Elas têm como principal objetivo garantir ao
egresso o domínio pleno técnico-científico da área escolhida para atuação e o
desenvolvimento da visão crítica sobre suas ações profissionais, bem como de atitudes
empreendedoras, sustentáveis e colaborativas, de tal forma que proporcionem resultados
positivos e inovadores em seu cotidiano.

O sucesso da formação profissional oferecida pelo Senac São Paulo está alicerçado na
constante atualização de seus cursos. Os processos de desenvolvimento e reformulação do
portfólio têm como subsídios o olhar atento às necessidades do mercado de trabalho, a
excelência dos profissionais envolvidos no processo de criação, desenvolvimento,
implantação e execução dos cursos, bem como a preocupação em desenvolver em seus
alunos as competências atreladas ao fazer profissional de modo conectado às práticas mais
atualizadas.
Dessa forma, o Senac, por meio de sua proposta pedagógica e marcas formativas, espera
contribuir para a formação de profissionais competentes, que tenham um olhar para si e para
o outro, inovando e colaborando para seu crescimento pessoal e para o desenvolvimento de
nossa sociedade.

Movimentos institucionais do Senac


A Proposta Pedagógica Senac, a Missão, a Visão e os Valores institucionais evidenciam nossa
identidade educacional diante do cenário heterogêneo da Educação Profissional.

Atuamos na formação profissional há mais de 70 anos, desenvolvendo profissionais


conectado com as tendências e necessidades do mercado.

Para mantermos essa conexão viva e real, investimos na qualificação e desenvolvimento de


nossos colaboradores promovendo Projetos Institucionais que buscam a formação integral e
aprofundam reflexões sobre a Educação Profissional, com o intuito de compreendermos não
apenas as relações entre os diversos contextos com os quais estamos envolvidos, como
também a inovação e os novos significados para a Educação. Conheça e participe dos
projetos que estão em vigor no Senac:

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Com o olhar voltado para as tendências educacionais, o projeto Educação no
Futuro tem como objetivo construir um novo e desejado horizonte para a Educação
do Senac São Paulo, reafirmando nossos valores e princípios educacionais;
impulsionando novas maneiras de aprender e ensinar, para que os espaços
educativos estimulem e inspirem toda a comunidade escolar, tendo em vista nossa
atuação de excelência e permanente busca por novos modelos. Composta por
representantes de áreas e unidades da instituição, a equipe diretamente envolvida
no projeto tem trabalhado no levantamento de referências, sistematização de
práticas, experiências, no envolvimento e mobilização de toda a rede Senac.
Consulte: LabSenac

As Práticas Valorativas definem indicadores que


evidenciam a prática educacional desejada e exercida
pelas unidades escolares. Este projeto tem como objetivo
a construção colaborativa de indicadores que garantam a
identidade e a qualidade do desenvolvimento, bem como
a formação dos alunos e da comunidade escolar em
nossas unidades espalhadas pelo estado de São Paulo.
Consulte:
Práticas Valorativas
Indicadores das Práticas Valorativas no Formato Remoto
LabSenac

O objetivo do Movimento Pontes é a reflexão a respeito das práticas educacionais


que concretizam a Proposta Pedagógica Senac. As práticas acontecem com a
participação ativa e integral dos alunos, que atuam colaborativamente com os
docentes no desenvolvimento e alinhamento de projetos e vivências significativas
para sua formação. Os consensos e decisões firmados nos encontros são
disseminados para todos os setores das unidades escolares, promovendo
engajamento e coesão de ações, garantindo e valorizando a criatividade, pilares
para uma Educação voltada às expectativas e necessidades do aluno.
Consulte:
FAQ – Projeto PonteS

Dinâmica de desenvolvimento de cursos técnicos


Considerando as diretrizes e princípios educacionais apresentados no Modelo Pedagógico
Senac, bem como as Propostas Pedagógica e Curricular de Cursos Técnicos do Senac São
Paulo, o desenho curricular deve possibilitar o desenvolvimento de competências
estabelecidas em perfis profissionais de conclusão, à luz de uma proposta de educação
profissional delineada com o objetivo de formar trabalhadores-cidadãos capazes de atuar de
forma participativa, crítica e criativa, com mobilidade e flexibilidade, no contexto
socioeconômico no qual estão inseridos.

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Como o Senac desenha um curso técnico?
O processo de desenho de um curso técnico contempla uma sequência ordenada e dinâmica
de ações, cujo ponto de partida é a demanda encaminhada ao Geduc - DE pela
correspondente Área de Desenvolvimento. As informações iniciais são analisadas e
classificadas de modo a subsidiar os passos posteriores e, seguidamente, constitui-se um
Grupo de Trabalho composto por um consultor pedagógico, um técnico da área e um ou mais
docentes/consultores especialistas.
A partir da constituição desse grupo, dá-se início às etapas de desenho dos Cursos Técnicos,
conforme demonstração a seguir:

CONTEXTUALIZAÇÃO
• Alinhamento conceitual
• Posicionamento do produto
• Plano de trabalho

CONCEPÇÃO DE CURSO
• Perfil profissional de conclusão
• Justificativa e objetivos
• Requisitos e formas de acesso

ORGANIZAÇÃO DO CURSO
• Organização curricular
• Detalhamento das unidades curriculares-Competência
• Unidades curriculares de natureza diferenciada
• Situações de ensino e aprendizagem

CONDIÇÕES DE OFERTA E OPERACIONALIZAÇÃO


• Sequencialidade das unidades curriculares
• Orientações metodológicas
• Instalações, equipamentos e recursos didáticos
• Perfil do pessoal docente e técnico
• Bibliografia
• Orientações administrativo-pedagógicas

FORMALIZAÇÃO DOS DOCUMENTOS EDUCACIONAIS


• Máscara do Plano de Curso
• Máscara do Plano de Orientação Para a Oferta

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O que é um Plano de Curso?
O Plano de Curso é o documento oficial que sistematiza o planejamento didático-pedagógico
e operacional dos cursos e programas da educação profissional técnica de nível médio e da
formação inicial e continuada, sendo condição indispensável para a oferta, constituindo sua
diretriz primordial2.

O que são Planos de Cursos Nacionais?


Planos de Cursos Nacionais são aqueles desenvolvidos sob articulação do Departamento
Nacional, por um grupo de trabalho que garante representatividade de diferentes
Departamentos Regionais. Os PCs nacionais estabelecem um perfil profissional de conclusão
e uma organização curricular comuns a todos os DRs que ofertam o título alinhado ao Modelo
Pedagógico Senac3.

Quais documentos orientam a elaboração do PC e do PO?


Os documentos educacionais são elaborados em consonância com o Modelo Pedagógico
Senac, a Proposta Pedagógica e a Proposta Curricular de Cursos Técnicos do Senac São Paulo,
o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Profissional de Nível Técnico.

Quais itens de um Plano de Curso Técnico (PC) aprovado pelo


Conselho Regional do Senac não podem ser alterados?
Caso haja necessidade de alteração em um Plano de Curso Técnico de Nível Médio aprovado
no Conselho Regional do Senac nos itens relacionados abaixo, o plano necessita ser
submetido novamente à devida apreciação e aprovação pelo respectivo Conselho Regional
do Senac:

• Identificação do curso;

• Requisitos e Formas de Acesso;

• Perfil profissional de conclusão;

• Organização Curricular, incluindo eventuais saídas intermediárias com certificação de


qualificação profissional técnica;

• Estágio profissional supervisionado obrigatório ou facultativo;

• Instalações, equipamentos e recursos tecnológicos mínimos obrigatórios para a


realização do curso técnico.4

2
Artigo 30 do Regimento das Unidades Escolares
3
Para mais informações consulte o Guia de Elaboração de Planos de Cursos – Modelo Pedagógico Senac.
4
Vide Resolução Senac nº 1036/2015.

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Quais informações do PO não podem ser alteradas?
As informações que constam no Plano de Orientação para Oferta oriundas do Plano de Curso,
citadas acima, não podem ser alteradas. As demais informações são atualizadas conforme
solicitação da área de negócio da GD responsável pelo curso.

Quais reflexões norteiam a elaboração da sequencialidade das


unidades curriculares (competências)?
Durante o desenvolvimento do curso, o grupo de trabalho estabelece parâmetros de
sequencialidade para a oferta das unidades curriculares, especificando a ordem cronológica
em que elas serão disponibilizadas para serem cursadas pelos alunos, bem como os eventuais
pré-requisitos e correquisitos.

O que é uma situação de aprendizagem?


A situação de aprendizagem é um conjunto organizado e articulado de atividades a serem
realizadas pelos alunos, propostas e orientadas pelo docente, com o objetivo de promover o
desenvolvimento de competências.

O que são estratégias de ensino e aprendizagem?


As estratégias de ensino e aprendizagem são tipos de atividades utilizados pelo docente no
decorrer de um curso, com o propósito de explorar condições favoráveis ao desenvolvimento
de competências profissionais. Elas devem ser utilizadas no sentido de colocar os alunos
como participantes ativos do seu processo de aprendizagem5. Assim, estão a serviço da
construção de conhecimento e contribuem para o desenvolvimento das competências
profissionais.

Quais critérios são utilizados para a escolha das indicações que


compõem a bibliografia?
Durante o desenvolvimento de um curso, o grupo de trabalho identifica livros que estejam
em consonância com o currículo do curso e que contribuam para que os alunos atinjam os
indicadores e, consequentemente, a competência. É importante que grupo de trabalho
consulte nossas bases digitais assinadas, incluindo a Biblioteca Virtual da Editora Senac.

5 SENAC SÃO PAULO. Diretrizes para os Recursos Didáticos. São Paulo: Senac, 2012.

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Informações
do Curso

Apresentamos informações sobre o curso técnico para que a Unidade Escolar


conheça o posicionamento da subárea, o histórico e o contexto do
desenvolvimento e desenho, bem como peculiaridades do título e das
discussões que embasaram as escolhas para a construção do currículo.

A interação do grupo de desenvolvimento com as equipes responsáveis pela


operacionalização tem a finalidade de favorecer a oferta alinhada nas diferentes
unidades da rede. Esperamos que tais informações colaborem para um melhor
entendimento dos diferenciais dessa formação.

Equipe Geduc Desenho Educacional


Posicionamento da Subárea de Moda
O Senac atua formando pessoas para o segmento de moda desde o início de 1946 e, ao longo
desses anos, conquistou uma posição de destaque e referência no mercado educacional,
marcando sua trajetória como um agente participativo no fortalecimento do setor no país,
contribuindo para o desenvolvimento de pessoas, além de manter um grupo de pesquisa e
desenvolvimento que acompanha o dinamismo do setor. As análises constantes das
tendências do negócio na área permitem aproximar a preparação e a difusão de conteúdos
que atendam às demandas do mercado de trabalho e da indústria têxtil e de confecção.

O setor de moda possibilita ao profissional atuar em diversas áreas e o Senac São Paulo,
sintonizado com esse mercado competitivo e cada vez mais especializado, oferece uma
programação ampla e completa, que abrange todos os segmentos.
A concepção dos cursos de moda está embasada em três pilares fundamentais: criação,
construção e comunicação. Esses pilares compreendem todo o funcionamento do mercado
de moda, passando pela criação e planejamento de produtos e serviços, pela construção e
materialização dessas ideias e, por fim, pelas estratégias de comunicação.
A metodologia busca a articulação entre teoria e prática, além de um estímulo continuado à
atitude empreendedora, o compromisso com o design sustentável, a inclusão e a
diversidade. Ao mesmo tempo, fornece ferramentas para que os alunos construam seu
aprendizado com autonomia, percepção das tendências mercadológicas e comportamentais
da área, fatores críticos para o desenho de uma trajetória bem-sucedida.

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Breve história do curso no Senac
A Habilitação Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda do Senac São Paulo foi por
muitos anos um dos principais títulos do portfólio de moda. O corpo docente, a
infraestrutura, o currículo e a qualidade dos projetos desenvolvidos pelos alunos foram
fundamentais para o reconhecimento pelo mercado.

A última turma do curso modular foi ofertada em 2014, ano em que por decisão do MEC a
formação deixou de ser oferecida nessa modalidade.

Em 2021 o título retornou ao catálogo de cursos técnicos e então reformulado. A


reformulação do curso foi importante para atender a uma lacuna de formação no mercado.
A principal expectativa da área foi a de contribuir com a inserção profissional e fazer a
diferença no projeto de vida dos alunos, num momento de tantos desafios em termos de
empregabilidade.

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Contexto de desenvolvimento e desenho
O processo de reformulação do curso aconteceu entre os meses de maio e agosto de 2021.
O grupo de trabalho contou com representantes da Gerência de Desenvolvimento 1 (área de
Moda), Gerência de Desenvolvimento 3 (Desenho Educacional), docentes da Rede (Senac
Faustolo e Senac Campinas) e uma consultora externa.

As principais metas do grupo foram atender as diretrizes do Modelo Pedagógico Senac, a


conexão entre o Jeito Senac de Educar, as necessidades do mercado de trabalho, em
específico às particularidades da Moda, bem como a valorização das metodologias ativas de
aprendizagem.
A proposta é contribuir com a formação de um profissional técnico que possa atuar como
criador de sua própria marca ou como assistente de estilo. Além de atender às necessidades
atuais do segmento, a intenção é conectar o aluno com as novas e possíveis formas de
atuação.

A capilaridade da Rede Senac São Paulo e o corpo docente são essenciais no processo de
formação do aluno e no posicionamento desse produto. O respeito à diversidade e as
especificidades das Unidades Escolares esteve presente em todas as discussões do grupo de
trabalho, que organizou os documentos pedagógicos. Quanto ao grupo docente, a formação
e a experiência na área tornam-se referências ao aluno, especialmente no que se refere à
relação com a realidade.
O curso contempla discussões contemporâneas que expõe o participante à criação centrada
no usuário e a valorização do olhar local, porém sem desconsiderar as demandas
mercadológicas. O diferencial está, portanto, na equidade entre autoralidade e o
atendimento às necessidades do mercado.

Quem é o técnico em Estilismo e Coordenação de Moda


formado pelo Senac São Paulo?

O Técnico em Estilismo e Coordenação de Moda é responsável por gerir o ciclo de


vida das coleções de moda, considerando as etapas de pesquisa de tendências,
temas, materiais e hábitos de consumo; criar produtos de moda alinhados às
demandas do mercado-alvo; desenvolver coleções conforme a capacidade
produtiva e operacional; e gerir a comercialização destas coleções.

Para o desenvolvimento das suas atividades, atua como empreendedor de marca


própria ou como assistente de estilo. Trabalha em confecções, com varejistas
independentes, grandes redes de varejo ou atacadistas. Compõe equipes de
gerência de produtos, compradores de moda ou estilo, além de negociar com
fornecedores e prestadores de serviços.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 18


Orientações
administrativo-pedagógicas

Técnicos de área,

Após relembrarmos as escolhas e os movimentos institucionais do Senac para


os cursos técnicos e de percorrermos a dinâmica do desenho e as
especificidades do curso, vamos abordar uma série de cuidados e ações que
devem contribuir para a oferta alinhada na rede. Para isso, reunimos neste item
um conjunto de orientações importantes para a implantação e
acompanhamento do curso.

Equipe Geduc Desenho Educacional


Orientações para a implantação e acompanhamento
deste curso
Autorização para oferta de cursos
Para inserir este curso em sua programação, a Unidade Escolar interessada deve consultar o
técnico responsável da Gerência de Operações, que articulará com a Gerência de
Desenvolvimento a análise dos espaços específicos para o curso.

A Unidade Escolar que pretende ofertar este curso em local externo deve solicitar
autorização, conforme informações detalhadas no Manual para Oferta de Cursos em Locais
Externos na Intranet.

Infraestrutura
A infraestrutura mínima necessária para este curso consta no Plano de Curso. Demais
orientações consulte o Manual de Referências Arquitetônicas na Intranet.

Procedimento para a seleção de docentes


A descrição do Perfil Docente encontra-se no Plano de Curso.

Para informações em relação aos procedimentos para a seleção de docentes, consultar as


Diretrizes para Recrutamento e Seleção na Intranet.

Matrícula
A matrícula é o ato obrigatório que estabelece o vínculo do aluno com a instituição de ensino
e pode ser realizada pessoalmente ou via web. Para informações detalhadas sobre a
matrícula, acesse as Diretrizes dos Processos e Procedimentos Educacionais Operacionais -
Gestão Escolar de Cursos Técnicos e FIC na Intranet.

Registros em diário de classe


Consultar orientações contidas nas Diretrizes dos Processos e Procedimentos Educacionais
Operacionais - Gestão Escolar de Cursos Técnicos e FIC na Intranet.

Estratégias de ensino e aprendizagem


Para descrição sintetizada das estratégias adotadas neste curso, acesse o Banco de
Estratégias de Ensino e aprendizagem na Intranet.

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Convergência curricular
A Unidades curriculares (UCs) indicadas no quadro abaixo, são convergentes com as UCs de
mesma denominação constante na Organização Curricular dos seguintes cursos:

Unidade Curricular Curso

UC1: Interpretar informações históricas da


História, sociedade e cultura de Moda – FT 24926
moda e da indumentária.
Tecidos e Aviamentos Aplicados ao Produto de
Moda - FT 24320
UC2: Definir matérias-primas e aviamentos.
Técnico em Modelagem do Vestuário – FT 21464
QP Estilista de Moda – FT 13918

UC3: Criar processos autorais de moda. Processo Criativos de Moda - FT 24699

UC4: Representar graficamente desenho de Desenhista de Moda - FT 24052


moda. QP Estilista de Moda – FT 13918
UC5: Gerenciar etapas e processos de
Gerenciamento de Confecção de Moda - FT 24698
fabricação de produtos de moda.
Modelagem e Costura para Iniciantes - FT 14250
UC6: Modelar e montar peças do vestuário.
QP Estilista de Moda – FT 13918

UC7: Transformar Produtos de Moda Upcycling: Transformação de peças - FT 24539

UC9: Desenvolver processos sustentáveis. Moda e Práticas Sustentáveis - FT 24343

UC10: Aplicar processos de inovação e Inovação e Tecnologias Aplicadas à Moda - FT


tecnologias na moda. 24927
UC11: Decodificar tendências
Coolhunting - FT 23617
comportamentais, culturais e de consumo.
UC12: Desenvolver gestão estratégica e Empreendedorismo e Modelos de Negócio para
empreendedora. Moda - FT 14251
UC13: Elaborar plano de comunicação de
Marketing e Comunicação de Moda - FT 24697
moda.
Planejamento e Desenvolvimento de Coleção de
UC14: Planejar coleção de moda.
Moda – FT 14247

UC15: Comprar produtos de moda. Comprador de Moda - FT 21789

UC16: Implementar estratégia de venda Estratégias de Venda para Moda - FT 24538


para moda.

Estágio Profissional Supervisionado – não obrigatório


Os cursos da educação profissional e ensino médio, em oferta nas unidades educacionais do
Senac São Paulo, poderão contemplar a realização de estágio supervisionado não obrigatório
por seus alunos, conforme orientações:

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 21


• O estágio supervisionado não obrigatório pode ser realizado em qualquer etapa do curso,
desde que as atividades propostas pela empresa estejam adequadas ao nível de
conhecimento desenvolvido pelo aluno no curso.

• Não possui parâmetro de carga horária, atendendo apenas as regras dispostas na Lei de
Estágio em relação à jornada das atividades.

• O docente responsável pela supervisão do estágio deve acompanhar, monitorar e avaliar


as atividades realizadas pelos alunos referentes ao estágio profissional. O
acompanhamento dessas atividades pode ocorrer por meio de relatórios ou de visitas in
loco, conforme determinado pelo manual correspondente.

• As atividades do estágio supervisionado não obrigatório devem seguir os requisitos de


formalização, orientação e supervisão previstos na Lei de Estágio e no Regimento das
Unidades Escolares.

• O estágio não obrigatório não substitui o estágio profissional supervisionado obrigatório.


Para mais informações acesse o Manual de Estágio para Cursos de nível Superior, Médio e
de Formação Inicial e Continuada na intranet.

Kit material
São descritos no kit material:

• Itens de responsabilidade de compra para os alunos pagantes e, para os alunos bolsistas


integrais: a unidade escolar poderá doar o kit mediante termo de recebimento ou
disponibilizar para uso coletivo dos alunos.

• Itens disponibilizados aos docentes no laboratório.

• Itens com vida útil média ou longa que devem ser adquiridos pela unidade e
disponibilizados no laboratório a todos os alunos (infraestrutura).

• Itens de consumo que devem ser adquiridos pela unidade e disponibilizados no


laboratório (material de consumo).

Para consultar os itens do kit material, acessar a página do curso na Intranet.

Material didático
Instrumento pedagógico utilizado em aula, o material didático tem como objetivo facilitar e
auxiliar o processo de ensino e aprendizagem. Alguns exemplos: livro, apostila, fichário.
Para saber se este curso possui material didático, consulte o Catálogo de Cursos e Eventos
na Intranet.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 22


Parcerias
Parceria é uma construção conjunta de saberes que beneficiam ambas as instituições, não se
restringindo a trocas. Os acordos de cooperação oportunizam vivência de situações reais aos
alunos e aproximam o mercado de trabalho para elaboração de ações e projetos, podem
também possibilitar a realização de visitas técnicas e o uso de diferentes espaços.

No Senac temos dois tipos de parcerias: institucionais – estabelecidas pela Sede incluindo
várias áreas do conhecimento e unidades; locais - estabelecidas pelo técnico da Unidade
junto ao mercado local com vistas as necessidades específicas de atuação.

Consultar orientações no Manual de Procedimentos: Cooperação Institucional e Local na


Intranet.

Estímulo ao uso dos diversos ambientes


Para o desenvolvimento das atividades previstas no curso, sugerimos a utilização de
ambientes educacionais diferenciados, tais como: ambientes externos, espaços de
convivência, biblioteca, espaços disponibilizados por parceiros através de acordo de
cooperação (laboratórios, centros de inovação, auditórios, salas de treinamento), etc.

Planejar e organizar visitas a museus e outros equipamentos culturais que permitem


observação e trabalhos de campo. Além disso, organizar atividades que envolvam lojas,
confecções, tecelagens, fábricas, campos agrícolas de produção de matéria-prima,
escritórios de marcas, redação de revistas, centros de inovação e tecnologia, feiras do setor,
showroom, centros logísticos, centros comerciais do setor de moda, eventos de
moda/arte/audiovisual, dentre outros.

Protocolos Covid-19
O Protocolo Senac é um documento operacional que tem como propósito organizar,
distribuir e registrar as principais ações de retomada das atividades das unidades e dos campi
do Centro Universitário Senac em alinhamento com os Decretos Municipais e Estaduais, além
dos demais documentos que apontam as melhores práticas recomendadas para retomada
de nossas ações.

Para mais informações, acessar as orientações contidas nos Protocolos na intranet.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 23


Sugestão para a composição da oferta
É realizada pelas Gerências de Desenvolvimento visando ampliar as possibilidades de ofertas
dos cursos do portfólio da área, facilitando o planejamento da Proposta de Trabalho das
Unidades6 (PTU).

Para conhecer o portfólio da área, acesse o Catálogo de Cursos e Eventos na Intranet.

6A PTU descreve os principais compromissos do Senac São Paulo para o próximo exercício, alinhados à Proposta Estratégica. Essas
informações são a fonte para elaboração de discursos do Diretor Regional e para o Relatório de Gestão.

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Planejando o curso
O planejamento coletivo é fortemente impactado pelas propostas de Projetos Integradores
definidas pelos alunos, sendo que tais projetos podem estar relacionados a contextos
diversos. Além disso, possibilita novos olhares para a sequencialidade e acompanhamento
da oferta.

Na tentativa de atender a essas necessidades, a Organização Curricular permite a


flexibilização na ordem de oferta das Unidades Curriculares. Cabe aos envolvidos no
planejamento da oferta explorar as possibilidades em função das necessidades percebidas.

É fundamental que se realize o Plano Coletivo de Trabalho Docente (PCTD) antes do início de
uma oferta e que sejam promovidas atualizações ao longo do desenvolvimento das Unidades
Curriculares. Também é importante que este documento seja revisitado sempre que
necessário. Além dos docentes da área, sempre que possível ou necessário, é salutar o
convite a profissionais de outras áreas, que possam contribuir com o planejamento
educacional coletivo.

O Plano Coletivo de Trabalho Docente é um plano elaborado por docentes e área técnica
com a função de alinhar os objetivos e as estratégias que serão desenvolvidas durante o
curso, com destaque para o Projeto Integrador. Esse documento favorece a coerência e a
coesão das ações do curso todo, além de permitir o encadeamento das competências, um
exercício de interdisciplinaridade para a integralidade da formação.
A proposta é que, a partir da discussão dos temas geradores dos Projetos Integradores,
docentes e área técnica planejem a sequencialidade do curso. A seguir, organizam ou
definem a ação que cada docente terá para promover o desenvolvimento do projeto e das
competências nas respectivas unidades curriculares.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 25


Sequencialidade das Unidades Curriculares
É a sequência proposta para a operacionalização do curso. Ela corresponde à organização
pedagógica concebida durante o desenho do curso.

UC1: Interpretar informações históricas da moda e


Desenvolver no início do curso.
da indumentária.

UC2: Definir matérias-primas e aviamentos. Desenvolver antes das UCs 6 e 8.

UC4: Representar graficamente desenho de moda. Desenvolver antes da UC14.

UC6: Modelar e montar peças do vestuário. Desenvolver no início do curso.

UC8: Desenvolver bases de modelagem e costura


Desenvolver após a UC6.
em malha.

UC11: Decodificar tendências comportamentais,


Desenvolver antes da UC14.
culturais e de consumo.

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Quadro de Equivalência Curricular (Modular para UC)
O quadro de equivalência curricular é elaborado no processo de reformulação do curso, a partir de uma análise técnica do currículo, realizada pelo grupo de
trabalho com o objetivo de representar as alterações na estrutura curricular, explicitando as equivalências entre módulos/UCs ou entre UCs/UCs dos
diferentes PCs.

Dessa forma, este quadro contribuirá no planejamento do curso, subsidiando as unidades escolares para o entendimento da lógica da estrutura do curso e
também para a análise de aproveitamento de estudos.

Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda

Descrição das alterações na estrutura curricular:


• Reformulação e inclusão de competências;
• A organização curricular deixou de ser estruturada por módulos e as Unidades Curriculares passaram a ser as próprias competências;
• Inclusão da(s) Unidade(s) Curricular(es) diferenciadas Projeto Integrador, Prática Profissional e Estágio Profissional Supervisionado.

PC Nº 302 (novo) PC Nº 104 (antigo)

Nº UC Unidade Curricular (UC) Nº Módulo Módulo Competência

Assistente em Definir conceito de moda, com base em necessidades


Interpretar informações históricas da moda e da
1 II Desenvolvimento de identificadas, compatibilizando-as com as tendências do
indumentária.
Criação de Moda mercado.

Planejar e organizar os processos que envolvem a produção


Assistente em
de peças de vestuário, considerando pesquisas de mercado,
2 Definir matérias-primas e aviamentos. II Desenvolvimento de
tendências de moda e o público-alvo, objetivando o sucesso
Criação de Moda
do negócio e a qualidade de vida do profissional.

Assessorar equipes de moda, reunindo elementos e


Assistente em Criação
3 Criar processos autorais de Moda. I informações para subsidiar o processo de criação do
de Moda
produto.

Assistente em Criação Realizar desenho de moda, considerando conceitos de


4 Representar graficamente desenho de moda. I
de Moda perspectiva, linha, ponto, plano, volume, cor, luz e sombra,

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 27


assim como habilidades de representação gráfica de
vestuário, de modo a tornar compreensível sua proposta
para os demais profissionais.

Planejar e organizar os processos que envolvem a produção


de peças de vestuário, considerando pesquisas de mercado,
tendências de Moda e o público-alvo, objetivando o sucesso
Assistente em do negócio e a qualidade de vida do profissional.
5 Gerenciar etapas e processos de fabricação de
II Desenvolvimento de
produtos de moda.
Criação de Moda Acompanhar o processo de produção das peças de vestuário,
utilizando vocabulário técnico da Moda e buscando o melhor
relacionamento com os demais profissionais envolvidos no
processo de confecção da peça-piloto.

Acompanhar o processo de produção das peças de vestuário,


Assistente em
utilizando vocabulário técnico da Moda e buscando o melhor
6 Modelar e montar peças do vestuário. II Desenvolvimento de
relacionamento com os demais profissionais envolvidos no
Criação de Moda
processo de confecção da peça-piloto.

7 Transformar produtos de moda. Não há equivalência.

8 Desenvolver bases de modelagem e costura em malha. Não há equivalência.

9 Desenvolver processos sustentáveis. Não há equivalência.

10 Aplicar processos de inovação e tecnologias na moda. Não há equivalência.

Realizar pesquisa de Moda e de comportamento,


Assistente em Criação mobilizando conhecimentos e habilidades que permitam
I
de Moda identificar as tendências e as necessidades do público-alvo,
11 Decodificar tendências comportamentais, culturais e objetivando a criação.
de consumo.
Assistente em
Pesquisar o público-alvo, considerando hábitos, costumes,
II Desenvolvimento de
faixa etária, nível socioeconômico e estilo de vida.
Criação de Moda

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 28


Assistente em Definir o público-alvo, considerando pesquisa de mercado e
II Desenvolvimento de análise dos indicadores do plano de negócio da empresa,
Criação de Moda com visão mercadológica.

Definir as diretrizes estratégicas do empreendimento, tendo


como base o conceito de missão, visão e valores
empresariais, constituindo assim um guia para a definição da
atuação.

12 Desenvolver gestão estratégica e empreendedora. Identificar oportunidades de negócio, com base no processo
criativo e inovador de geração de ideias, analisando a
Gestão
IV viabilidade mercadológica, econômica e financeira, além de
Empreendedora
compreender e atender as demandas de mercado.

Propor o processo operacional do empreendimento,


analisando estrutura física e recursos materiais necessários
e adequados à funcionalidade do ambiente e ao conforto do
cliente, considerando a legislação pertinente de modo a
proporcionar visão sistêmica.

13 Elaborar plano de comunicação de moda. Não há equivalência.

Criar peças de vestuário, com base em pesquisas de


Assistente em
tendências e matérias-primas, objetivando a adequação aos
14 Planejar coleção de moda. II Desenvolvimento de
usos e costumes do público-alvo e o desenvolvimento
Criação de Moda
sustentável.

15 Comprar produtos de moda. Não há equivalência.

Implementar e acompanhar a comercialização de peças de


Assistente em Gestão vestuário, considerando conceitos, princípios e habilidades
III
de Produto de Moda de gestão, e apresentando atitude empreendedora que
permita a otimização dos negócios.
16 Implementar estratégias de venda para moda.
Propor estratégias de comercialização, utilizando a análise
Gestão de ambiente de negócios e baseando-se nos conceitos e
IV
Empreendedora práticas do marketing, a fim de buscar a sustentabilidade do
empreendimento.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 29


Orientações a serem consideradas na análise do aproveitamento
(modular para UC)
• O ex-aluno que tenha concluído com aprovação o módulo I ficará dispensado de cursar
as Unidades Curriculares (UCs) 3 e 4.

• O ex-aluno que tenha concluído com aprovação o módulo II ficará dispensado de cursar
as Unidades Curriculares (UCs) 1, 2, 5, 6 e 14.

• O ex-aluno que tenha concluído com aprovação os módulos I e II ficará dispensado de


cursar a Unidade Curricular (UC) 11.

• O ex-aluno que tenha concluído com aprovação os módulos II e IV ficará dispensado de


cursar a Unidade Curricular (UC) 12.

• O ex-aluno que tenha concluído com aprovação os módulos III e IV ficará dispensado de
cursar a Unidade Curricular (UC) 16.

• Ex-alunos reprovados nos módulos (independente se por falta ou menção) deverão


cursar integralmente as UCs equivalentes a estes módulos.

• Para as UCs 7, 8, 9, 10, 13 e 15 não há equivalência, portanto, o ex-aluno deverá cursá-


las.

• Deverá ser proposto ao ex-aluno o projeto integrador referente a UC 17.

Vale esclarecer que as orientações acima foram elaboradas com base no quadro de
equivalência curricular, mas a análise do aproveitamento deve considerar as questões
específicas de cada aluno.
Na análise e indicação de equivalência curricular considera-se como critério definidor as
competências necessárias para o perfil profissional de conclusão do curso, de modo que
a carga horária não foi considerada como fator limitador para a equivalência

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda


Checklist para a implantação do curso
Percorridos os passos acima, elencamos aqui uma série de itens que precisam ser
considerados na implantação do curso.

É importante analisar:

• Utilização programada de laboratórios e outros ambientes.

• Sequencialidade.

• Convergência.

• Prática profissional.

• Marcas formativas.

• Projetos institucionais.

• Plano Coletivo de Trabalho Docente.

• Recursos necessários para a implantação (previsão sobre a contração de docentes, a


possibilidade de múltipla docência, a otimização de recursos etc.).

• Material didático.

• Kit material.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 31


Sugestões didático-
pedagógicas

Docentes,

Sabemos que o trabalho em sala é uma tarefa dinâmica, que requer constante
atualização e estratégias que busquem a formação integral dos alunos para que
se tornem cidadãos conscientes e profissionais que imprimam em suas ações a
marca Senac. Ao planejar a aula, é essencial que você desfrute da mesma
autonomia e flexibilidade que esperamos dos nossos alunos no seu
desenvolvimento.

Com o objetivo de colaborar com esta tarefa, tornando-se um instrumento que


auxilie em seu planejamento e atuação em sala, elaboramos um conjunto de
sugestões didáticas e indicamos materiais de consulta para que possa utilizar de
maneira prática e no tempo que julgue necessário.
Todas estas sugestões foram desenvolvidas com o olhar nas necessidades desse
curso e alinhado com a metodologia do Senac.

Esperamos que seja útil para o seu trabalho em sala e que possa colaborar com a
formação de seu aluno.
Equipe Geduc Desenho Educacional

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda


Situações de aprendizagem
O Senac São Paulo adota a metodologia ativa de aprendizagem, que se pauta nos princípios
da ação-reflexão-ação e permeia o planejamento e a construção das situações de
aprendizagem, colocando o aluno no centro do processo.

As Situações de Aprendizagem são um conjunto de atividades articuladas e complementares


que visam o desenvolvimento de uma ou mais competências ou a construção de um
determinado saber. Englobam as estratégias, atividades e recursos. Para saber mais, consulte
a série Prática Pedagógica do Senac SP7.

A situação de aprendizagem está ligada:

• À competência como norteadora da ação pedagógica.

• Aos indicadores e aos elementos que serão mobilizados.

• Ao Tema Gerador e ao Projeto Integrador que as contextualizam.

Como são elaboradas?


As situações de aprendizagem são elaboradas por meio de situações do mundo do trabalho,
abrangendo descrições ou problematizações que representam o fazer profissional
explicitado nos indicadores selecionados. Para tais descrições ou problematizações são
utilizados desafios, cenários, estudo de casos, imagens, vídeos etc., tendo como base o
exercício da ocupação.

As situações, somadas aos disparadores de reflexão, desafiam o aluno a mobilizar os


elementos da competência, a fim de atingir o desempenho esperado.

No detalhamento das situações de aprendizagem, são indicadas estratégias que colaboram


para:

• Explorar os conhecimentos prévios dos alunos.

• Mobilizar os elementos da competência.

• Construir significados e consolidar a prática.

• O docente tem a autonomia de escolher a forma de conduzir as estratégias sugeridas e


até mesmo de adotar outras que achar mais adequadas.

7 SENAC SÃO PAULO. Série Orientações para a Prática Pedagógica. São Paulo: Senac, 2017.

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As sugestões de situações de aprendizagem para este
curso

UC1: Interpretar informações históricas da moda e da


indumentária.
CARGA HORÁRIA: 60 HORAS
PERFIL DOCENTE: DOCENTES COM EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM ESTILO, DESIGN, HISTÓRIA DA
MODA OU PESQUISA DE TENDÊNCIA E FORMAÇÃO EM NÍVEL SUPERIOR, PREFERENCIALMENTE, NA
ÁREA DE MODA.

Apresentação da UC
Esta Unidade Curricular apresenta um dos maiores desafios para o profissional da área de
estilo na atualidade: lidar com as exigências por parte dos consumidores no aspecto de
narrativa da marca, profundidade de pesquisa para desenvolvimento de coleções e seus
temas.

Como as situações estão apresentadas

1. Moda não é roupa!

2. Moda nos 5 continentes

3. Moda nacional

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 34


1. Moda não é roupa!

1. Pesquisa acontecimentos histórico-culturais, em relação à produção têxtil e à moda.


2. Reconhece origem e período histórico, levando em conta as diversas expressões
socioculturais nos cinco continentes.
3. Relaciona acontecimentos históricos, artísticos e socioculturais, de acordo com as
expressões de comportamento e estéticas de determinado grupo.

CONHECIMENTOS
• História da indumentária nos cinco continentes: pré-história e antiguidade.
• História da moda além da narrativa eurocentrada: idade média, idade moderna e idade
contemporânea.
• Expressões artísticas e socioculturais nos 5 continentes: América, África, Ásia, Oceania e
Europa.
• Apropriação cultural: conceito, limites entre inspiração e apropriação.
• Recursos visuais: montagem, colagem, digital, customização.
• Desenvolvimento de tema a partir da História.

HABILIDADES
• Questionar narrativas históricas predominantes.
• Classificar expressões artísticas, socioculturais e estéticas.
• Relacionar expressões comportamentais com expressões estéticas ao longo da História.
• Coletar dados e informações.
• Avaliar fontes e dados verdadeiros na História.

ATITUDES/VALORES
• Pensamento decolonial.
• Postura ética em relação à propriedade intelectual, símbolos sagrados e lugar de fala.
• Atitude empática e tolerante para contextos e histórias de diferentes culturas.
• Curiosidade na busca de informações.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 35


Problematização
Muitas vezes em nosso dia a dia, utilizamos a palavra moda como um sinônimo de roupa,
mas ela é muito mais que isso: comportamentos, objetos e palavras podem estar “na moda”.
A moda é sistema, é uma indústria, é um campo profissional. O que mais a moda é? Quando
a moda surgiu? Como a moda se manifesta em diferentes lugares do mundo? O que um
estilista precisa saber sobre a história da moda? Será que existe um jeito só (eurocentrado)
de contar a história?

Objetivos de aprendizagem
● Compreender conceitos principais da área de moda e fatos históricos mais relevantes.
● Reconhecer a importância da história, no trabalho diário da estilista.

Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades


e recursos:
DIÁRIO DE BORDO
Propor que os alunos encarem as aulas como uma viagem no tempo e que organize um diário
de bordo do curso, registrando as percepções de maneira visual (manual ou digital). Após
cada incursão nos períodos sugeridos, os alunos consolidam sua experiência, anotando
informações, datas e expressões que mais lhe chamem atenção, como um diário de
lembranças dessa viagem.

PESQUISA
A proposta é que, em grupos, os alunos pesquisem sobre:

• Diferença entre moda, roupa e indumentária.

• Quando de fato a moda surge?

• Quais versões da história são mais difundidas e qual a diferença entre fatos, opinião e
narrativas?

• Qual a importância de registros, monumentos e preservação da cultura material e


imaterial para um povo?

O compartilhamento da pesquisa pode ser em formato de vídeo, podcast ou mural.

O livro O Cérebro e a Moda pode ajudar na atualização de conceitos da moda que são sempre
renovados (ver o capítulo: O conceito de moda no contexto contemporâneo).

• ANJOS, N. O cérebro e a moda. São Paulo: Senac, 2020.

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ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Orientar que cada aluno represente o mapa-múndi a sua maneira, e sinalize de alguma forma
a relação de cada região com os períodos históricos estudados. Propor registro no diário de
bordo.

EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Abordar ou complementar os principais fatos e questões históricas, relacionando com a
moda:

• Pré-história – evolução das tangas

• Antiguidade – Oriental: Mesopotâmia e Egito

• Clássica: Creta, Grécia, Etrúria e Roma

• Alta Idade Média: Bizâncio e Europa Feudal

• Baixa Idade Média: a Europa gótica

• Idade Moderna: Renascimento, Barroco e Rococó

• Idade Contemporânea: Revolução Francesa

• Século 19 (Império, Romantismo, Era Vitoriana e La Belle Époque)

VISITAS
Convidar o aluno para visitas às exposições de arte em geral, que podem ser presenciais ou
virtuais. Explorar sites de museus como, por exemplo, Google Arts & Culture.

BRAINSTORMING
Incentivar o levantamento e registro de palavras, em língua estrangeira, utilizadas com
frequência na área de moda (nomes de marcas, termos técnicos etc.) e que o profissional
precisa entender no seu dia a dia. Com base em uma lista coletiva, os alunos discutem
significados, necessidades de uso de certos termos, possibilidades de substituição em
português e forma correta de pronúncia.

Existem diversos vídeos no YouTube com a pronúncia de algumas palavras e os alunos podem
criar um conteúdo próprio para as redes da escola.

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2. Moda nos 5 continentes

1. Pesquisa acontecimentos histórico-culturais, em relação à produção têxtil e à moda.

2. Reconhece origem e período histórico, levando em conta as diversas expressões


socioculturais nos cinco continentes.

3. Relaciona acontecimentos históricos, artísticos e socioculturais, de acordo com as


expressões de comportamento e estéticas de determinado grupo.

CONHECIMENTOS
• História da indumentária nos cinco continentes: pré-história e antiguidade.

• História da moda além da narrativa eurocentrada: idade média, idade moderna e idade
contemporânea.

• História da moda brasileira: personalidades de referência no setor, construção do campo


social da profissão, identidade da moda nacional e produtos em destaque na moda
nacional (country label).

• Expressões artísticas e socioculturais nos 5 continentes: América, África, Ásia, Oceania e


Europa.

• Apropriação cultural: conceito, limites entre inspiração e apropriação.

• Recursos visuais: montagem, colagem, digital, customização.

• Desenvolvimento de tema a partir da História.

HABILIDADES
• Questionar narrativas históricas predominantes.

• Classificar expressões artísticas, socioculturais e estéticas.

• Relacionar expressões comportamentais com expressões estéticas ao longo da História.

• Representar por meio de uma narrativa as questões imateriais que envolvem a moda.

• Investigar a História têxtil e da moda.

• Coletar dados e informações.

• Avaliar fontes e dados verdadeiros na História.

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ATITUDES/VALORES
• Pensamento decolonial.

• Postura ética em relação à propriedade intelectual, símbolos sagrados e lugar de fala.

• Atitude empática e tolerante para contextos e histórias de diferentes culturas.

• Curiosidade na busca de informações.

• Compromisso com fontes e veracidade de informações.

Problematização
O conhecimento histórico sobre nossa sociedade, cultura, comportamento, sob diversas
perspectivas é fundamental para que o estilista possa criar produtos que atendam aos
desejos do seu usuário, que criem conexão entre a marca e público, e coleções com
adequação temática, de símbolos e conceitos para determinado grupo no espaço e tempo.

No que diz respeito às perspectivas, tradicionalmente temos mais informações relacionadas


à visão eurocêntrica da história da humanidade e por consequência, da moda. As marcas
mais antigas estão de fato no norte global, no entanto, o próprio mercado anseia por
diversidade, diferencial, autenticidade e novos conhecimentos. Cada vez mais somos
cidadãos do mundo e o que sabemos sobre ele? Quais formas, texturas, estruturas podem
ser descobertas indo além de nossas fronteiras? Como esse conhecimento mais amplo pode
aprimorar produtos de moda?

Objetivos de aprendizagem

● Ampliar repertório sobre história social global e da moda.

● Compreender a ética de propriedade intelectual no trabalho criativo.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
DEBATE

Apresentar casos de apropriação cultural que ganharam destaque na mídia, estimulando que
os alunos debatam sobre os fatos e sobre o que acreditam ser ético ou não em cada situação.
Contextualizar o conceito de apropriação cultural, propriedade intelectual, e sobre as trocas
culturais em um mundo globalizado, levantando a importância da responsabilidade do
criador de moda de pesquisar seriamente suas referências e respeitar símbolos sagrados.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 39


EXPERIMENTAÇÃO

Propor uma reflexão sobre a importância de se ampliar a visão sobre as culturas ao redor do
globo, além da influência eurocêntrica. Para isso, propor a criação de um look (top, bottom,
acessórios) que represente um país que o grupo tenha pouco conhecimento e gostaria de
investigar, sendo interessante que tenhamos um representante por continente, se possível.

De acordo com a organização dos alunos em subgrupos, os responsáveis pelo continente


devem relembrar as aulas de história geral da moda mundial, e podem ser estimulados à
busca de informações dos países que não estão marcados em seu mapa-múndi. Para ampliar
seu repertório, propor um levantamento bibliográfico da moda tradicional no país, da moda
atual e criar ao final um look que represente essa cultura.

Quanto ao continente americano é interessante desconsiderar o Brasil, pois há outras


propostas direcionadas ao país.

Sugerir materiais alternativos como papel kraft, garrafa pet ou outros que considerem
interessante e de fácil acesso.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 40


3. Moda nacional

1. Pesquisa acontecimentos histórico-culturais, em relação à produção têxtil e à moda.

2. Reconhece origem e período histórico, levando em conta as diversas expressões


socioculturais nos cinco continentes.

3. Relaciona acontecimentos históricos, artísticos e socioculturais, de acordo com as


expressões de comportamento e estéticas de determinado grupo.

CONHECIMENTOS
• História da moda brasileira: personalidades de referência no setor, construção do campo
social da profissão, identidade da moda nacional e produtos em destaque na moda
nacional (country label).

• Cosmovisão indígena sobre indumentária: representação simbólica, manufatura e


influências na moda.

• Apropriação cultural: conceito, limites entre inspiração e apropriação.

• Recursos visuais: montagem, colagem, digital, customização.

• Desenvolvimento de tema a partir da História.

HABILIDADES
• Questionar narrativas históricas predominantes.

• Classificar expressões artísticas, socioculturais e estéticas.

• Relacionar expressões comportamentais com expressões estéticas ao longo da História.

• Representar por meio de uma narrativa as questões imateriais que envolvem a moda.

• Investigar a História têxtil e da moda.

• Coletar dados e informações.

• Avaliar fontes e dados verdadeiros na História.

ATITUDES/VALORES
• Pensamento decolonial.

• Postura ética em relação à propriedade intelectual, símbolos sagrados e lugar de fala.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 41


• Atitude empática e tolerante para contextos e histórias de diferentes culturas.

• Curiosidade na busca de informações.

• Compromisso com fontes e veracidade de informações.

Problematização
O que sabemos sobre as identidades nacionais? A pergunta é feita com identidades, no
plural, para que possamos refletir sobre a pluralidade de nossa sociedade.

A moda é um campo jovem em nosso país e com grande relevância, porém historicamente o
Brasil tem um olhar de criação mais externo do que interno. É estratégico, além de
necessário, que a moda como integrante da economia criativa desenvolva mais sua criação
a fim de valorizar e retratar a cultura nacional:

▪ Quais os elementos das identidades nacionais, e de criadores nacionais em relação


às vestimentas, à moda e às artesanias?
▪ Devemos superar o conceito de identidade nacional? Ele aprisiona um estereótipo
ou estimula a pluralidade?
▪ Quais são os criadores atuais que representam essa pluralidade nacional?

Objetivos de aprendizagem
● Identificar elementos da cultura nacional aplicados à área de moda.
● Estimular pensamento decolonial.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
SEMINÁRIO

Propor que o aluno escolha temas relacionados à moda para apresentação de seminário
sobre a indústria nacional como:

● Algodão, jeans, beachwear

● Nomes da moda como Dener, Clodovil, Zuzu Angel, Regina Guerreiro, Marília Carneiro
● Técnicas artesanais como: renda de bilro

O instituto Urdume possui relevante trabalho de mapeamento de artes manuais têxteis.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 42


▪ INSTITUTO Urdume. Disponível em: https://www.urdume.com.br/mapeamento.
Acesso: 10 ago. 2021.
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO

Incentivar os alunos a explorarem memórias e histórias sobre a moda nacional que não seja
tão conhecida ou divulgada. Pode-se usar como exemplo o livro Cosmovisões x moda, qual é
a sua tendência?, de Julia Vidal, ou episódio de podcast com entrevista com a autora. Além
do repositório da revista Urdume.
Após essa sensibilização os alunos criam um minidocumentário, apresentando o processo de
investigação sobre uma temática, um grupo regional, uma personalidade, uma marca ou uma
técnica nacional.

Analisar a possibilidade de parcerias com turmas de cursos de audiovisual, comunicação, e


produção de moda para edição do vídeo. Outra possibilidade é utilizar as ferramentas de
edição do próprio Microsoft Teams, ou propor que os alunos façam uma série no IGTV.
ENTREVISTA

A proposta é que cada aluno selecione fontes para serem entrevistas em seu
minidocumentário, estabeleçam roteiro e termo de uso de imagem.

Destacar que o estilista é um contador de histórias, por meio de suas coleções, e que ao
longo do curso o grupo vai estar em contato com tecidos, modelagens, aviamentos e outros
elementos que são seus suportes para essas histórias.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 43


UC2: Definir matérias-primas e aviamentos.
CARGA HORÁRIA: 36 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM DESENVOLVIMENTO, GERÊNCIA DE PRODUTO
DE MODA, GESTÃO DA QUALIDADE E ETIQUETAGEM TÊXTIL E FORMAÇÃO PREFERENCIALMENTE
EM MODA OU DESIGN.

Apresentação da UC
Esta Unidade Curricular refere-se à dimensão da cadeia produtiva têxtil e suas inter-relações
com a moda, com foco em fibras, fios, tecidos, beneficiamentos e aviamentos.

Como as situações estão apresentadas

1. Da fibra ao tecido
2. Etiquetagem têxtil

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1. Da fibra ao tecido

1. Seleciona tecidos conforme a interpretação das propriedades das fibras têxteis.

2. Aplica construções têxteis de acordo com o conceito do produto de moda a ser


desenvolvido.

3. Seleciona aviamentos, conforme função e público-alvo.

4. Adequa matéria-prima e aviamentos de acordo com o desenvolvimento do produto de


moda.

CONHECIMENTOS
• Tecido: fibra, fiação, tessitura, construções e padronagens.

• Tecnologia e inovação têxtil: tipos de fios e materiais especiais.

• Aviamentos: tipos e aplicações.

• Vocabulário técnico têxtil: padronização de nomenclaturas e siglas internacionais.

• Beneficiamento: lavanderia, estamparia e bordados.

HABILIDADES
• Classificar as fibras têxteis.

• Identificar fiação e tessitura.

ATITUDES/VALORES
• Proatividade no encaminhamento das informações.

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

• Inovação e criatividade para análise e solução de problemas.

• Atitude propositiva no desenvolvimento do trabalho.

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Problematização
Os profissionais criativos da moda nem sempre possuem domínio técnico sobre as
construções têxteis e suas possibilidades de uso, adequando o ligamento ao caimento e
visual desejados. Por isso, é importante o conhecimento acerca das questões técnicas que
envolvem a sua principal matéria-prima: o tecido.
Como fibras se tornam fios e, depois, tecidos?
Quais são as siglas internacionais que designam as fibras têxteis?
Como identificar o fio da trama e o fio do urdume nos tecidos planos?
Qual a relação das fibras e fios na usabilidade do tecido?
Quais são os tipos de ligamento têxtil e como eles impactam no caimento do tecido?
Como diferir tingimento, estampa, bordado e padronagem?
Quais os tipos de padronagens mais comuns no mercado?
Quais os tipos e características das lavagens de jeans?

Objetivos de aprendizagem
● Identificar padronagens e construções têxteis.
● Estimular a expressão individual aplicando conhecimentos técnicos em uma atividade
manual e laborterápica.

● Construir vocabulário técnico.

● Estimular a expressão individual.

Para abordagem presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE VÍDEO
Apresentação de vídeos que mostrem a funcionalidade dos tipos distintos de teares
industriais e manuais.

EXPERIMENTAÇÃO
Construção de ligamento têxtil a partir de fita de cetim ou cordões coloridos.

Teste de queima para identificação de fibras (verificar requisitos de segurança na unidade).

Apresentação de amostras de fios e de tessituras para análise da composição e características


com auxílio de lupa ou conta fio.

Exercício coletivo de tingimento natural e sintético.

VISITA TÉCNICA
Visita técnica a tecelagem e loja de tecidos.

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ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Identificação dos tipos de fibras a partir do toque, com os olhos vendados.

Análise da composição têxtil, assim como os processos produtivos, aviamentos,


acabamentos realizados e tipos de costura.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE VÍDEO
Vídeos tutoriais dos processos de tingimento, estamparia e construção de ligamentos podem
ser gravados antecipadamente pelo docente.

EXPERIMENTAÇÃO
A construção da Teciteca pode se dar por meio de imagens dos tecidos e aviamentos
extraídas da internet, de pesquisas em lojas físicas e/ou envolver a análise de peças de roupa
do acervo do aluno.

• Em relação à tecnologia têxtil o foco não são os aspectos tecnicistas, mas sim a relação
com o processo criativo.
• Usar fios coloridos para diferenciar os fios de trama e urdume e auxiliar na contagem
para a realização das construções dos ligamentos clássicos (tela, sarja e cetim) com
assertividade.
• Demonstrar o esquema de entrelaçamento em papel quadriculado para o aluno espelhar
o movimento dos fios.
• Incentivar que o aluno defina a cartela de cores e aviamentos no decorrer das atividades
propostas.

• FARIÑA, I. Descrição básica dos três ligamentos principais para a construção têxtil.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vYMl992Szbk. Acesso em: 6 out.
2020.

• INVENÇÕES na História. Invenção do tear mecânico. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=B9gf1D-WcYs. Acesso em: 6 out. 2020.

• MARI, G. V. Tear circular manual. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=wCA27M8FGXs. Acesso em: 6 out. 2020.

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• TARABAN, C. E. Tear manual. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=O0Rm1zDCvg4. Acesso em: 6 out. 2020.

• DIRECTION Engenharia. Tear retilíneo eletrônico mandarin. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=XWcHMVsYlUg. Acesso em: 6 out. 2020.

• HERBERTE, A. Programa mulheres: a arte de tecer: aprenda essa técnica. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mQryQ-rvKjg. Acesso em: 6 out. 2020.

• Para inspiração: artista têxtil Alexandre Herbert: Alexandre Herbert

• ALEXANDRE Herbert. Disponível em: https://www.instagram.com/alexandreheberte/.


Acesso em: 14 set. 2021.

• ANSALDO, A. Passo a passo criativo: como fazer um tear de papelão. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=fbV5FAcHU-M. Acesso em: 6 out. 2020.

• LACERDA, R. Introdução ao estudo de padronagens. SENAI RN. Disponível em:


https://pt.slideshare.net/RodrLacerda/apostila-de-padronagem-txtil. Acesso em: 6 out.
2020. E-book.

• SENAI Francisco Matarazzo. Manuais técnicos. Têxtil e Vestuário. Disponível em:


https://textil.sp.senai.br/3905/manuais-tecnicos. Acesso em: 6 out. 2020.

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2. Etiquetagem Têxtil

1. Seleciona tecidos conforme a interpretação das propriedades das fibras têxteis.

2. Aplica construções têxteis de acordo com o conceito do produto de moda a ser


desenvolvido.

4. Adequa matéria-prima e aviamentos de acordo com o desenvolvimento do produto de


moda.

5. Elabora etiqueta têxtil de acordo com as normas técnicas.

CONHECIMENTOS
• Tecido: fibra, fiação, tessitura, construções e padronagens.

• Aviamentos: tipos e aplicações.

• Etiquetagem têxtil: normas e legislações vigentes.

HABILIDADES
• Classificar as fibras têxteis.

• Selecionar fornecedores de têxteis e aviamentos.

ATITUDES/VALORES
• Proatividade no encaminhamento das informações.

• Inovação e criatividade para análise e solução de problemas.

• Flexibilidade nas relações interpessoais e profissionais.

• Atitude propositiva no desenvolvimento do trabalho.

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Problematização
Todo produto têxtil produzido ou importado para comercialização no território nacional
precisa conter a etiqueta de composição conforme as orientações do Regulamento Técnico
do Mercosul sobre a Etiquetagem de Produtos Têxteis, sob supervisão do Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Os padrões estabelecidos visam garantir a
idoneidade do que foi comprado, além de indicar as corretas instruções de limpeza e
conservação do produto.
Qual a importância de indicar na etiqueta os elementos que compõe o produto?
Qual o significado das simbologias?
Quais produtos têxteis estão excluídos da obrigatoriedade de etiquetagem?
Quais são as penalidades aplicáveis a um produto com etiqueta errada?
Onde as informações contidas na etiqueta são obtidas?
De quem é a responsabilidade da correta produção das etiquetas?
As etiquetas de composição podem ser feitas com quais tipos de materiais, processos e
dimensões?

Objetivo de aprendizagem
● Aplicar orientação técnica em etiquetagem têxtil.

Para abordagem presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Identificação dos elementos que compõe uma etiqueta de composição a partir de peças do
acervo pessoal do aluno ou imagem de moda.
Apresentação de programas específicos que geram o layout das etiquetas.

LEITURA DE TEXTOS
Leitura coletiva e discussão dos itens que compõe o Regulamento Técnico do Mercosul sobre
a Etiquetagem de Produtos Têxteis.

ELABORAÇÃO DE PAINEL DE INFORMAÇÕES


Criação de painel conceitual com as informações extraídas do Regulamento Técnico do
Mercosul sobre a Etiquetagem de Produtos Têxteis.

PESQUISA
Pesquisa e análise da “ficha técnica do tecido”, disponível no site das tecelagens.

ATIVIDADES EM GRUPO COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA


Seminário sobre os tipos, tamanhos, materiais e impressão de etiquetas.

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PALESTRA
Bate-papo com fornecedor de etiquetas para discutir prazos, lotes, valores etc.
Bate-papo com profissionais da indústria têxtil sobre a ficha técnica do tecido.

ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO

Construção individual de etiquetas de composição referentes aos produtos da coleção.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:

EXPEDIÇÕES EXPLORATÓRIAS
Expedições exploratórias, de forma assíncrona.

EXPERIMENTAÇÃO
Os alunos podem escolher uma peça do acervo pessoal, reinterpretando e adequando suas
informações técnicas.

EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Apresentar fotos de fichas técnicas dos tecidos e vídeos previamente organizados, utilizando
plataformas de compartilhamento.

PESQUISA
O docente pode auxiliar na escolha da imagem de referência por meio de pesquisa em e-
commerce de moda, no qual as peças são fotografadas de vários ângulos, podendo explorar
o posicionamento de grandes marcas, ícones de segmentos de mercado.

• Expor peças de épocas diversas, explorar tipos diferentes de tecidos e outros materiais
como aviamentos, bordados, lavanderias e formas, que contenham etiqueta têxtil dentro
das normas da ABNT.

• Selecionar e apresentar amostras de tecidos, que tenham ficha técnica e as informações


relativas para suporte da atividade

• ABVTEX. Semana de etiquetagem têxtil. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=6DGfisQLsjs. Acesso em: 6 out. 2020.

• FISCHER, A. Construção de vestuário. São Paulo: Bookman, 2010.

• SORGER, R. Fundamentos de design de moda. São Paulo: Grupo A; Selo: Bookman, 2009.

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• PEZZOLO, D. B. Tecidos: história, tramas, tipos e usos. São Paulo: Senac, 2017.

• NETFLIX. Social fabrics. Episódio: Xadrez (Série).

• ETIQUETA Certa. Disponível em: www.etiquetacerta.com. Acesso em: 6 out.2020. Site


com serviço de etiquetagem correta para mercados nacionais e internacionais.

• FAVORITO, A. R. Negócios da moda. A Pirâmide do Mix de Produtos - Inovação e


Segurança. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1BgOpyYDjlE&t=42s.
Acesso em: 6 out. 2020.

• USE Fashion. Como planejar seu mix de moda em tempos de crise. Disponível em:
https://conteudo.usefashion.com/mmodapandemia. Acesso em: 6 out. 2020. E-book.

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UC3: Criar processos autorais de moda.
CARGA HORÁRIA: 36 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM CRIAÇÃO DE COLEÇÃO OU PRODUTO DE MODA,
LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO E FORMAÇÃO, PREFERENCIALMENTE, EM
DESIGN DE PRODUTO, DESIGN DE MODA, PUBLICIDADE E PROPAGANDA OU ARTES PLÁSTICAS.

Apresentação da UC
Esta Unidade Curricular tem como foco o desenvolvimento de processos criativos para
criação de book autoral de produtos de moda, vestuário e acessórios.

Como as situações estão apresentadas


As propostas foram organizadas em cinco situações de aprendizagem, que trazem um
conjunto de atividades articuladas e complementares:

1. Marcas de moda e autoralidade


2. Estudo de silhuetas e materialidades têxteis

3. Temática e interpretação de signos


4. Aplicabilidade de aviamentos

5. Book criativo autoral

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1. Marcas de moda e autoralidade

1. Identifica processos criativos, considerando a criatividade e a inovação.

2. Experimenta processos criativos, de acordo com temática autoral de moda.

CONHECIMENTOS
• Marcas autorais: signos específicos, potencial criativo e inovador.

• Criação e propósito: estudo de valores e causas motivacionais que embasem a ação


criativa.

• Criatividade: interpretação de valores, causas e crenças próprias que perpassam o


desenvolvimento próprio de produtos de moda.

HABILIDADES
• Reconhecer traços de autoralidade.

• Identificar signos de pertencimento, comportamento e inovação de marcas e criadores.

ATITUDES/VALORES
• Posicionamento ético e sustentável no uso de matérias-primas.

• Engajamento em processos inovadores.

Problematização
Para que o criador de moda possa desenvolver um trabalho autoral é preciso
autoconhecimento. Para isso é necessário pesquisar e identificar a “assinatura” nas peças e
coleções dos designers atuantes no mercado.

Com essa finalidade, pode-se pesquisar a história da moda com um olhar abrangente e
inclusivo. Percebe-se então que há designers com traços característicos de todos os gêneros,
nacionalidades, épocas e que atuam para públicos consumidores de diversas classes sociais.

Para levantarmos os questionamentos sobre a identificação dos traços do criador podemos


nos perguntar, por exemplo: “Como identificamos um produto ou coleção da marca
internacional, Chanel?” ou, ainda, “Como identificamos um produto da marca brasileira
Farm?”

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Variáveis como cores características, silhuetas reincidentes, estamparias com traços e signos
próprios, tecidos, acessórios e aviamentos que se repetem devem ser apontados.
O posicionamento, a consistência da proposta e a repetição do uso podem ser estratégias
para demarcar a identidade dos exemplos pesquisados. Para que haja um traço próprio de
atuação, o criador deve compreender a correlação entre seus valores, a aplicabilidade de
suas propostas estéticas e funcionais, e a aceitação do seu público consumidor.

É importante notarmos como essa assinatura na criação se mantém, apesar da mudança do


estilista principal e, ainda, como essa marca se renova e inova sem perder a conexão com
seus signos e valores de criação. E, ainda, é necessário que se perceba os valores e a visão
das empresas/marcas que podem ser analisados por meio das formas e canais de
comunicação delas.

Assim, objetiva-se incentivar a pesquisa de temáticas e abordagens próprias para demarcar


a estratégia criativa de novos produtos de moda em detrimento da pesquisa e repetição de
peças de tendência que não traduzem as individualidades de cada criador.

Objetivos de aprendizagem
● Reconhecer as marcas, nacionais e internacionais, e seus traços característicos no
mercado de moda.

● Identificar as causas que sustentam as visões e valores das marcas com assinatura e
signos próprios, nacionais e internacionais.

Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades


e recursos:
ELABORAÇÃO DE MURAL

A proposta é que os alunos elaborem um mural sobre estilistas, do mercado nacional e


internacional, destacando suas “assinaturas” no desenvolvimento de produtos.

Incentivar que cada aluno ou grupo de alunos troquem informações, explorem fontes de
pesquisa e profissionais diversos. Recomenda-se organizar a apresentação dos murais, de
modo que os participantes possam compartilhar como foi o processo, dificuldades
percebidas e principais aprendizados.

Utilizar recursos tecnológicos para o desenvolvimento do exercício. Como, por exemplo, o


Miro (https://miro.com) para planejamento e organização e o Powtoon
(https://www.potoon.com) para apresentação.
WEBQUEST

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Pesquisa netnográfica, individual ou em grupo, com um criador nacional para reconhecer seu
processo criativo e suas marcas autorais no desenvolvimento de produtos.
Posteriormente, alunos e docente podem apresentar e discutir em plenária, apontando os
traços característicos nas obras de cada criador pesquisado.

Incentive a busca em sites oficiais dos criadores e marcas, mas também em notícias e
reportagens. Assim, a análise sobre a atuação e reconhecimento será mais plural.

Pesquise os criadores brasileiros filiados a ABEST:

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTILISTAS. Disponível em: https://abest.com.br. Acesso


em: 14 set. 2021.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE VÍDEO

Seleção de campanhas publicitárias e fashion films de criadores, nacionais e internacionais,


para discussão em plenária dos traços que se repetem na apresentação das coleções e
produtos. A ideia é realizar análise e discussão, valorizando o conhecimento prévio dos
alunos e, com isso, fazendo com que reflitam sobre os seus próprios traços. Como resultado
do exercício, os alunos podem desenvolver seus próprios fashion films, ou página de
referências imagéticas utilizando App como Pinterest (em um diário de bordo).

Selecione e apresente vídeos de desfiles de estilistas para compreensão das variáveis


reincidentes apresentadas. Propor que os alunos anotem os signos comuns percebidos entre
os desfiles diversos de um mesmo estilista ou marca, para discussão em plenária.
DRAMATIZAÇÃO

Desenvolvimento de um “chapéu de valores”. O desafio é que cada aluno selecione objetos


e materiais que simbolizem seus valores e os valores de sua marca/empresa e crie um chapéu
(ou tiara) que contenha artisticamente esses elementos. O exercício exige uma pesquisa de
palavras-chaves, representação dessas palavras em objetos e o desenvolvimento do
processo criativo na criação do chapéu. O exercício pode ser realizado presencial ou
remotamente. Com os pensamentos e valores expostos sobre a cabeça, cada aluno pode
apresentar suas marcas pessoais e reconhecer similaridades e contrariedades com os demais
colegas. O conceito do jogo é inspirado na técnica de debate criado pelo psicólogo Edward
De Bono.

• BONO, E. de. Os seis chapéus do pensamento. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

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Os alunos podem customizar tiaras, bonés, viseiras ou, ainda, desenvolver seus suportes
próprios. Para tal, recortes, brinquedos, frases impressas, berloques, objetos próprios de
memória afetiva podem ser utilizados.

O jogo pressupõe a seleção e organização de elementos para seu desenvolvimento. Assim, a


exposição e pesquisa temática do mesmo deve ser executada previamente e sua execução
requerida para o encontro seguinte.

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2. Estudo de silhuetas e materialidades têxteis

2. Experimenta processos criativos, de acordo com temática autoral de moda.

CONHECIMENTOS
• Processo criativo:

▪ Materialidades e redesign de suporte têxtil: análise de estruturas e suportes têxteis.


▪ Estudo das formas: pesquisa e estudo de silhuetas, tecidos e criação de novas
formas.

HABILIDADES
• Executar estudo criativo de materialidades, formas e silhuetas.

ATITUDES/VALORES
• Posicionamento ético e sustentável no uso de matérias-primas.

• Criatividade nas experimentações.

• Proatividade nas tomadas de decisão.

• Engajamento em processos inovadores.

Descrição da situação
Criadores e marcas utilizam a silhueta de suas criações têxteis como traço característico de
seus processos criativos. A silhueta de um produto de moda sofre interferência do suporte
escolhido para seu desenvolvimento. A escolha da materialidade tem correlação direta com
a silhueta ensejada. Assim, a construção têxtil, a gramatura, as fibras e os beneficiamentos
podem criar estruturas corporais distintas; triangulares, arredondadas, lânguidas ou
tubulares, por exemplo. Experimentar novas silhuetas e materiais de suporte (têxteis ou não
têxteis) é parte da pesquisa inventiva e inovadora de um criador.

A pesquisa sobre materialidades deve atentar-se para as novas economias e seus valores
ético e sustentável. Nesse contexto, o upcycling ou o redesign, bem como, as aplicações
inovadoras de materiais, devem ser tratados como estratégia de pesquisa e posicionamento.
Objetivando o melhor aproveitamento dos itens e recursos com maior disponibilidade.

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Objetivos de aprendizagem
● Interpretar silhuetas corporais para desenvolvimento de modelagens.

● Investigar materialidades por meio da pesquisa de aplicação e readequação de têxteis.

Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades


e recursos:

EXPOSIÇÃO DIALOGADA E PESQUISA


A partir da seleção de artistas têxteis, nacionais e internacionais, alunos e docente
apresentam as descrições das principais características do trabalho de cada um dos artistas
estudados. Então, com os alunos organizados em duplas ou grupos, pesquisam e apresentam
uma peça ou coleção desenvolvida por um dos estilistas analisando: referências temáticas,
técnicas de fiação e beneficiamentos e suas aplicabilidades.

Pesquise com o grupo sobre ateliês de design de superfície para análise e reprodução das
técnicas.

EXPERIMENTAÇÃO
O desafio é que cada aluno desenvolva um livro têxtil com imagens e pedaços de materiais
que possam ser utilizados no desenvolvimento de produtos de moda. Correlacione
características principais e possíveis aplicabilidades para cada material selecionado,
correlacionando: composição têxtil, construção têxtil e silhueta do produto de moda.

Para pesquisa, os alunos podem iniciar com referências visuais das técnicas. Redes virtuais
com bancos de imagens podem ser utilizadas. O Pinterest, por exemplo.

• Acesse os trabalhos apresentados na Contextile para inspiração (https://contextile.pt).

• A confecção de um livro com referências têxteis. LIVRO-OBJETO: poética visual a partir


da experimentação com materiais têxteis. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=NbhW7JNOLJA. Acesso em: 13 jun. 2020.

ELABORAÇÃO DE MOODBOARD
A proposta é a elaboração de um painel com silhuetas (desenho ou recorte de imagens) que
representem seus gostos e valores pessoais e correlacioná-las com as matérias-primas
têxteis mais adequadas para seu desenvolvimento. Os alunos podem trabalhar

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individualmente ou em grupos, justificando as escolhas e apontando a coerência que
correlaciona as matérias-primas com as imagens de silhuetas selecionadas.

A técnica da colagem auxilia o processo criativo de repensar silhuetas. Utilize softwares


(http://www.canva.com) ou revistas, cola e tesoura para repensar imagens de roupas sobre
corpos recortados.

JOGO
Individualmente ou em duplas, separar uma peça de roupa que possa sofrer interferência.
Uma camisa social, por exemplo. Com a peça em mãos, realiza-se um sorteio para numerar
os participantes em ordem crescente. O aluno ou dupla inicial, solicita uma interferência na
peça (por exemplo: modifique a gola). A sequência de solicitações de interferências
prossegue até o último participante sorteado. Ao final, os participantes devem descrever a
peça, dar-lhe acabamento e definir seu público-alvo.

O desafio proposto pelo jogo pode ocorrer presencialmente com a interferência real na peça
ou, ainda, a distância com interferências no desenho da peça.

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3. Temática e interpretação de signos

2. Experimenta processos criativos, de acordo com temática autoral de moda.


3. Registra processos criativos, levando em conta a autoralidade, a criatividade e a inovação.

CONHECIMENTOS
• Coleções temáticas: demarcação sazonal de ciclo de novos produtos.

• Interpretação de signos dentro da coleção temática.

• Processo criativo:
▪ Estamparia: interpretação de signos no desenvolvimento de estampas próprias
(estampas localizadas ou rapports para estamparia corrida).

▪ Autoralidade, temática própria e desenvolvimento de cartela de cores.

HABILIDADES
• Identificar signos de pertencimento, comportamento e inovação de marcas e criadores.

• Pesquisar temas para criação.

• Identificar público-alvo.

• Criar painéis temáticos.

• Correlacionar os signos temáticos com aplicações possíveis.

ATITUDES/VALORES
• Criatividade nas experimentações.

• Proatividade nas tomadas de decisão.

• Engajamento em processos inovadores.

Descrição da situação
Criadores de moda habitualmente baseiam-se em pesquisas de tendência e de mercado de
consumo. No entanto, a criação pressupõe a materialização dos valores próprios e da
intepretação dos desejos e necessidades de consumo de um perfil de público bem
especificado, um nicho. Assim, a coleção planejada deve atentar-se para as tendências

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 61


globais sem, porém, esquecer-se dos traços identitários da marca/empresa própria e
demarcar sazonalmente suas temáticas.

Para desenvolver uma temática, o criador deve pesquisar e planejar temas e a partir dele
interpretar os signos e cores que possam contar a história de uma coleção por meio de
produtos coordenados. As histórias narradas por meio peças, podem ser retratadas por
intermédio do desenvolvimento criativo de estampas. Ícones, símbolos, cores e logotipias
próprias podem gerar composições imagéticas. Assim, deve-se executar o desenvolvimento
de amostras de estampas, localizadas ou corridas, bem como, suas possíveis aplicabilidades.

Objetivos de aprendizagem
● Desenvolver tema autoral de coleção sazonal e aplicar a interpretação de signos entre as
peças desenvolvidas.

● Aplicar os signos interpretados do tema sazonal em estamparia para produtos de moda.

● Desenvolver cartela de cores a partir da temática e signos interpretados.

Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades


e recursos:

STORYTELLING
Em duplas ou individualmente, analisar desfiles de moda (ou de escolas de samba),
diagnosticando seu público-alvo, interpretando e recriando a história que é contada por meio
dos elementos de moda: trilha sonora, roupas, acessórios, beleza (cabelo e maquiagem) e
cenografia.

Pesquise sobre o conceito e a construção do samba enredo para debate em plenária das
interpretações de seus signos durante a apresentação do desfile.

• MUNDO Educação. Carnaval samba-enredo. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/carnaval/samba-enredo.htm. Acesso em: 28 jun.
2021.

MAPA MENTAL
Partindo de uma ideia central que contemple a temática de uma coleção, a proposta é
associar novas palavras-chave que se correlacionem com o conceito inicial e que permita
expandir a temática em múltiplos signos para ampliar as interpretações possíveis. Podem ser
anexadas, palavras e imagens. Depois, em grupo ou individualmente, os alunos podem
agrupar palavras e imagens por afinidades (mapa de afinidades) e atribuir uma cartela de
cores para cada subgrupo formado.

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Utilize o círculo cromático e suas coordenações: tríades, contrastes e complementariedade
para composição de cartela de cores. Associe as cores à pesquisa da psicologia cromática
correlata. Desenvolva o pensamento crítico sobre os valores e assinaturas que as cores
atribuem ao trabalho de cada criador.

Pesquise softwares ou webpages de empresas que trabalhem com cores como:


https://coolors.co ou https://www.pantone.com.br/

BRAINSTORMING
Em uma discussão coletiva, ou entre pares, cada aluno seleciona e apresenta imagens (signos
do tema escolhido de uma coleção) para ampliação dos conceitos temáticos. O exercício
pode ser executado presencialmente, com apontamentos, ou por meio de chats de conversa
ou mensagens de celular. Após a discussão, sobre as imagens selecionadas e discutidas, o
grupo em plenária atribui: cores, matérias-primas mais indicadas, e propostas de signos para
aplicação de estamparia localizada ou corrida.

O mural e moodboard elaborados com pesquisa de materialidades têxteis para aplicação no


exercício de desenvolvimento da temática.

A análise dos signos e cores advindos da temática pode orientar o desenvolvimento de


estampas. A execução das estampas pode abarcar técnicas diversas e combinadas como: uso
de software para desenhos vetorizados, colagens, desenhos manuais ou carimbos.

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4. Aplicabilidades de aviamentos

2. Experimenta processos criativos, de acordo com temática autoral de moda.

CONHECIMENTOS
• Processo criativo:

▪ Aplicabilidade de aviamentos: painel de aviamentos e estudo de aplicabilidade


estética e funcional.

HABILIDADES
• Executar estudo criativo de materialidades, formas e silhuetas.

ATITUDES/VALORES
• Posicionamento ético e sustentável no uso de matérias-primas.

• Criatividade nas experimentações.

• Proatividade nas tomadas de decisão.

• Engajamento em processos inovadores.

Descrição da situação
Aviamentos são partes integrantes do desenvolvimento de produtos de moda. Há no
universo da criação diversos tipos de aviamentos com distintas funções. Podem ser
funcionais com aplicabilidade estrutural (como entretelas e barbatanas) ou de fechamento
(como zíperes, botões, colchetes, velcros). Mas, aviamentos podem atuar na função
adornativa (patchs, botões, galões). Repensar as funções e aplicabilidades dos aviamentos
de moda é um exercício para o processo criativo no desenvolvimento de produtos
inovadores.

Objetivo de aprendizagem
● Inventar aplicabilidades para aviamentos sob as perspectivas da utilidade e do adorno.

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Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades
e recursos:
JOGO
Selecionar aviamentos de moda e propor desafios para o grupo ou duplas. Com o aviamento
selecionado deve-se pensar novas aplicabilidades para o mesmo. Ganha o jogo quem, num
tempo previamente estipulado, listar e buscar imagens referenciais (desenho ou imagem da
rede ou revista) com o maior número de novas empregabilidades. Exemplo: aviamento
selecionado é um botão de massa. Respostas possíveis ao desafio: colar de botões, botões
decorativos nas alças da blusa, anel de botões, botões decorativos no cós da calça, etc.

Para execução do jogo pense no tempo adequado do desafio. Pode ser de uma aula para a
outra, por exemplo.

EXPERIMENTAÇÃO
Selecionar um aviamento específico. Um zíper, por exemplo, e solicitar que os alunos
definam uma nova aplicabilidade específica e pré-definida. Exemplo: desenvolver uma
bijuteria com o zíper, ou, criar um biquíni utilizando um elástico; um cinto utilizando um
velcro; ou, ainda, um bolso utilizando uma entretela.

A experimentação proposta pode ocorrer presencialmente com a interferência real na peça


ou, ainda, à distância com o desenho das peças desenvolvidas.

ELABORAÇÃO DE MURAL
Individualmente, os alunos desenvolvem um mural com aviamentos que podem ser
pertinentes às temáticas, silhuetas e cartela de cores desenvolvidas por cada um deles.
Propor a representação imagética de múltiplas aplicações para um mesmo aviamento em
distintas peças de moda. Exemplo: um vestido específico representado com ou sem aplicação
de aviamentos diversos. Com ou sem botões.

Visita exploratória a lojas (ou sites) de venda de aviamentos para ampliação de


conhecimento sobre o tema. A proposta é a realização de uma lista, individual ou coletiva,
dos aviamentos pesquisados formando um glossário contendo nome do aviamento,
fornecedores, preço, quantidade mínima para compra, cartela de cores encontradas e
aplicabilidades possíveis.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 65


5. Book criativo autoral

3. Registra processos criativos, levando em conta a autoralidade, a criatividade e a inovação.

CONHECIMENTOS

• Book criativo: conceito, importância e aplicabilidade.

HABILIDADES

• Reconhecer traços de autoralidade.

• Identificar signos de pertencimento, comportamento e inovação de marcas e criadores.

• Pesquisar temas para criação.

• Identificar público-alvo.

• Criar painéis temáticos.

• Correlacionar os signos temáticos com aplicações possíveis.

• Pesquisar e desenvolver estampas.

• Coordenar cores.

• Executar estudo criativo de materialidades, formas e silhueta

ATITUDES/VALORES

• Criatividade nas experimentações.

• Proatividade nas tomadas de decisão.

• Engajamento em processos inovadores.

Descrição da situação
A marca pessoal do processo criativo pode ser demonstrada por meio de um book de
trabalho, que demonstra o percurso da pesquisa e desenvolvimento da marca/empresa. Essa
apresentação pode ser construída em formato físico e/ou digital. Nele deve constar o
resultado das trajetórias experimentadas na busca pelo autoconhecimento criativo como,
por exemplo, as silhuetas características, as cores representativas, a temática abordada para

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 66


interpretação em signos e estampas, além de estudos de materialidades têxteis e de
aplicabilidade de aviamentos. O book deve demarcar imageticamente as pesquisas e
processos criativos e inovadores do criador.

Objetivo de aprendizagem
● Criar um book com referências próprias.

Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades


e recursos:
PESQUISA
Pesquisar os books de apresentação das coleções de Alta Costura francesa. Analisar em grupo
os itens apresentados como: temática, silhuetas, desenhos ilustrativos (croquis), indicações
de tecidos e aviamentos. Com a pesquisa concluída e analisada, cada aluno pode planejar
quais são os itens importantes para realização de seu próprio book criativo.

Assista os bastidores do desenvolvimento criativa da Maison Dior.


• THE WORLD of Monsieur Dior in his own words. Coleção Outono-Inverno, 1949.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZESWE3myVLk&t=386s. Acesso
em: 6 jun. 2021.

• ORMEN, C. Dior for ever. São Paulo: Senac, 2014.


EXPERIMENTAÇÃO
A ideia é que cada aluno organize um book criativo (em formato impresso ou virtual)
contendo os pontos abordados durante o processo: estudo de silhuetas, materialidades,
redesign, design de superfície, cartela de cores, temática própria, interpretação de signos e
estamparias. É fundamental que o aluno compartilhe e justifique a análise de seus traços de
autoralidade correlacionando com seus valores.

Para inspiração no desenvolvimento de books, incentivar a pesquisa sobre o


desenvolvimento de sketchbooks.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 67


UC4: Representar graficamente desenho de moda.
CARGA HORÁRIA: 60 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM DESENHO DE MODA, PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS DE MODA E FORMAÇÃO, PREFERENCIALMENTE, EM MODA.

Apresentação da UC
Esta Unidade Curricular refere-se ao desenho técnico do produto de moda e a importância
do preenchimento da ficha técnica.

Como as situações estão apresentadas

1. Representar graficamente desenho de moda

2. Ficha técnica

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 68


1. Representar graficamente desenho de moda

1. Elabora desenho técnico de produto de moda, considerando construções têxteis e


aviamentos.

CONHECIMENTOS

• Técnicas de desenho de moda: proporção, vestibilidade e texturas.

• Representação de padronagens, estamparias e construções têxteis.

HABILIDADES

• Interpretar referências de moda.

• Dimensionar o desenho.

• Utilizar ferramentas de desenho.

• Correlacionar tecidos e aviamentos à proposta do produto.

ATITUDES/VALORES

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

• Atitude propositiva no desenvolvimento do trabalho.

Problematização
O desenho técnico de moda, diferentemente do desenho técnico de outras áreas como
arquitetura, não contempla tantos requisitos de expressão visual, sendo, por isso, mais livre.
No entanto, se faz um instrumento valioso no processo produtivo, já que auxilia, com a ficha
técnica e a peça piloto, a correta interpretação do projeto de produto.
O que é desenho técnico? Quais são as regras básicas na sua representação?
O desenho técnico é uma ferramenta útil somente para o estilista?
Por que o desenho técnico não deve conter movimento e estilização?
Por que a proporção é tão importante para o desenho técnico?
Quais ferramentas podem ser usadas para representação do desenho técnico?

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 69


Em quais situações devo ilustrar/colorir o desenho técnico?
Quais as vantagens e desvantagens do desenho manual e do desenho computadorizado?
Quais são as problemáticas e soluções que os aplicativos de desenhos automatizados trazem
para o profissional de moda?

Objetivos de aprendizagem
● Desenvolver técnicas de desenho para a representação de roupas.

● Representar padrões têxteis, estampas e aviamentos.

Para abordagem presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Cada aluno representa o corpo humano a partir de fotografias e modelo vivo para exploração
das principais medidas, proporção, simetria, volumes e concavidades.

Representação do manequim de moulage com vistas frontal, lateral e costas com as medidas
principais: pescoço, decote, ombro, cava, cintura e quadril.
Representação das silhuetas básicas, pences e recortes de blusa.
Representação dos principais aviamentos a partir de observação em fotografia ou
aviamentos reais.
Representação dos recursos de planejamento: pregas, babados, franzido, godê, cascata e
drapeado.
Representação de peças do vestuário e superfícies têxteis (padronagens e estampas) mais
complexas a partir da observação de produtos.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Construção de corpos plurais para desenho de base (crianças, idosos, grávidas, corpos
gordos, altos, baixos, pessoas com deficiência etc.).
PESQUISA
Identificação a partir de pesquisas em peças (imagens ou produtos reais) das linhas de
recortes e limites de blusas e vestidos (cintura alta, micro, mini, meia canela, longo etc.).
PESQUISA E BRAINSTORMING
Análise e discussão de uma peça de roupa: onde estão as costuras da peça? Quais tipos de
acabamentos a peça possui? Quais os tecidos empregados? Quais os diferenciais de
modelagem? Quais são os aviamentos? Onde estão as etiquetas de composição e da marca?

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 70


DISCUSSÃO DE CASO
Análise e discussão de caso sobre tomada de medidas das partes e componentes a partir de
uma peça de roupa.
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Criação individual de uma galeria de modelos de roupas e aviamentos básicos.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Apresentar as possibilidades de representação do desenho: mesa de luz, desenho sobre
papel manteiga, programas vetoriais, programas específicos e aplicativos automatizados de
desenho.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


PESQUISA
Explorar imagens de produtos, em lojas virtuais, com vários ângulos e detalhes de
aviamentos, textura e costura.
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
O aluno pode utilizar peças do seu acervo pessoal para representação.

• Dinâmica do desenho coletivo, cada aluno representa uma parte de uma peça do
vestuário e passa a folha para o próximo, assim o docente pode discutir a importância do
desenho na representação da ideia do produto e dos padrões necessários ao desenho
técnico.
• Usando um croqui de moda como referência o aluno realiza o desenho técnico.
• Padronizando uma peça a ser representada consegue-se perceber as diferentes leituras
técnicas do mesmo vestuário para fomentar a discussão sobre os riscos da falta de
padrão na representação.
• Os alunos podem aproveitar parte da carga horária desta UC para desenvolver os
desenhos técnicos da coleção que estão criando.
• Explorar peças em cores lisas e costuras com cores contrastantes para facilitar a
observação e entendimento dos acabamentos.
• Seja com assistência de softwares ou manualmente, o docente deve demonstrar o passo
a passo da construção do desenho técnico das peças de roupa e dos principais
aviamentos.
• Explorar peças com elementos e detalhes complexos, como modelagens desconstruídas,
moulages em malha, babado, para a exploração dos recursos e técnicas de linguagem
gráfica.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 71


• APLICATIVO para desenho automatizado: prêt-à-template. Disponível em:
https://pretatemplate.com/). Acesso em: 6 out. 2020.
• Manequins ou bustos para vestir as peças em observação para a representação dos
alunos.
• SITE para desenho de vários biótipos da figura humana. Disponível em:
https://vimeo.com/channels/figuary/videos/page:1/sort:preset. Acesso em: 6 out.
2020.

• CAMARENA, E. Desenho de moda no Illustrator CC. São Paulo: Senac, 2015.


• DESIGN de Superfície e estamparia têxtil: características, relações e identidades.
Disponível em: http://ppg.fumec.br/ecc/wp-content/uploads/2016/08/Design-de-
Superf%C3%ADcie-e-Estamparia-T%C3%AAxtil_-
caracter%C3%ADsticasrela%C3%A7%C3%B5es-e-identidades_.pdf. Acesso em: 6 out.
2020.
• LEITE, A. S.; VELLOSO, M. D. Desenho técnico de roupa feminina. São Paulo: Senac, 2017.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 72


2. Ficha técnica

2. Preenche ficha técnica, de acordo com as características do produto de moda.

CONHECIMENTOS
• Repertório técnico de vestuário: aviamentos, acabamentos, costuras, partes da peça e
detalhes do vestuário (franzidos, pregas, carcelas, bordados e filigrana).

• Ficha técnica de produto: modelo e preenchimento.

HABILIDADES
• Interpretar referências de moda.

• Dimensionar o desenho.

• Utilizar ferramentas de desenho.

• Correlacionar tecidos e aviamentos à proposta do produto.

ATITUDES/VALORES
• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Atitude propositiva no desenvolvimento do trabalho.

Problematização
Perceber a importância das características técnicas inerentes à manufatura de um produto
de moda é fundamental para garantir uma comunicação mais assertiva e eficiente ao longo
do processo produtivo. Por isso, se faz necessário o conhecimento e preenchimento do
documento ficha técnica, elo fundamental entre as etapas de criação e execução das ideias,
tanto no contexto da produção própria quanto, e sobretudo, na produção terceirizada.
O que é uma ficha técnica? Quem é responsável pelo seu preenchimento?

Quais os campos/itens são necessários?

Em qual etapa do desenvolvimento da coleção a ficha técnica deve ser produzida?

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 73


Quais os usos da ficha técnica ao longo do processo de aprovação do produto?

Qual a relação da ficha técnica e da ficha de custo?

Quais são os termos técnicos em inglês para produção internacional?

Como as etiquetas de composição se relacionam com a ficha técnica?

Quais as vantagens do preenchimento manual ou computadorizado?

Objetivos de aprendizagem
● Desenvolver repertório técnico de vestuário.

● Preencher ficha técnica.

Para abordagem presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


EXPOSIÇÃO DIALOGADA COM DEMONSTRAÇÃO
Desconstrução coletiva de uma peça de roupa para reconhecimento de elementos que a
compõe (como entretelas, barbatanas, ombreiras, acabamentos) e a contabilização do
consumo médio de fios, linhas, tecidos e aviamentos – cruzar números com as tabelas de
referência da literatura.

PESQUISA
Pesquisa e reflexão sobre modelagem sem resíduo (zero waste).

Pesquisa dos dados referentes a artigos, fornecedores, códigos, tamanhos, cores, valores e
demais dados técnicos necessários para identificação dos tecidos, materiais e aviamentos do
produto.

EXERCÍCIOS
Situações-problema para cálculo de consumo de tecidos e encaixe de moldes a partir de
modelagens em miniatura.

Exercícios para cálculo de conversão do consumo de malha (massa) em consumo linear


(metragem).

EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Exposição dialogada sobre os campos/itens que compõe uma ficha técnica e o seu correto
preenchimento.

PESQUISA
Análise e discussão de exemplos de fichas técnicas do mercado.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 74


PESQUISA E EXPERIMENTAÇÃO
Identificação das partes e elementos que compõe uma peça de roupa complexa.

Desenvolvimento individual de template personalizado de ficha técnica.

Preenchimento completo da ficha técnica a partir de um dos desenhos técnicos já


desenvolvidos pelo aluno.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:

PESQUISA
Pesquisa de materiais para representação pode ser feita de maneira síncrona ou assíncrona,
dependendo dos protocolos da Unidade Escolar.

EXPLORAÇÃO DE FERRAMENTAS
Explorar ferramentas de sorteio on-line para organizar a pesquisa da peça do vestuário a ser
representada em ficha técnica.

EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Demonstrar o passo a passo do preenchimento da ficha técnica, seja com assistência de
softwares ou manualmente.

• Os alunos podem aproveitar parte da carga horária desta UC para preencher as fichas
técnicas da coleção que estão criando.
• Incentivar que a pesquisa sobre fornecedores, materiais e custos seja no atacado (e não
no varejo).
• Explorar modelos de fichas técnicas de produtos wearables e têxteis não convencionais.
• Explorar vestuário profissional (uniformes) e suas características específicas, como
bolsos, proteções especiais, vestibilidade diferenciada etc.
• Preenchimento da ficha técnica a partir de imagens de moda, aproximam o aluno das
práticas usuais no mercado.

MODELAGEM Zero Waste. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (59min48s). Publicado pelo canal
Conversa Desfiada. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LumJaYyLtpU.
Acesso em: 6 out. 2020.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 75


• CAMARENA, E. Desenho de moda no Illustrator CC. São Paulo: Senac, 2015.FISHER, A.
Construção de Vestuário. São Paulo: Bookman, 2010. v. 3.

• LEITE, A. S.; VELLOSO, M. D. Desenho técnico de roupa feminina. São Paulo: Senac, 2017.

• NEWMAN, A.; SHARIFF, Z. Dicionário ilustrado: moda de A a Z. São Paulo: Publifolha,


2011.

• RIBEIRO, A. T.; BARCELOS, S. M. B. D. Modelagem zero waste aplicada ao conceito slow.


Disponível em:
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20%202012/GT10
/COMUNICACAOORAL/102975_Modelagem_zero_waste_aplicada_ao_conceito_slow.p
df. Acesso em: 6 out. 2020.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 76


UC5: Gerenciar etapas e processos de fabricação de
produtos de moda.
CARGA HORÁRIA: 36 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM GESTÃO DE OFICINA DE CONFECÇÃO DE MODA E
FORMAÇÃO, PREFERENCIALMENTE, EM MODA E COSTURA.

Apresentação da UC
Esta Unidade Curricular tem como foco o desenvolvimento de competências de gestão para
condução e monitoramento do desenvolvimento fabril de produtos de moda, peças-pilotos
ou seriação.

Como as situações estão apresentadas


1. Desenvolvimento e interpretação de ficha técnica
2. Etapas, processos produtivos e cronograma de atividades

3. Matéria-prima: consumo e etiquetagem têxtil

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 77


1. Desenvolvimento e interpretação de ficha técnica

1. Desenvolve fichas técnicas, considerando o produto de moda.

CONHECIMENTOS

• Medidas complementares para desenvolvimento de ficha técnica.

• Ficha técnica: conceito e interpretação.

HABILIDADES

• Interpretar fichas técnicas.

• Monitorar e documentar a pilotagem de produtos de moda.

ATITUDES/VALORES

• Proatividade em rotinas e projetos.

• Respeito e ética nos relacionamentos interpessoais.

• Flexibilidade no monitoramento e revisão dos planos de trabalho.

Descrição da situação
Confecções funcionam como oficinas para desenvolvimento de peças de moda. Podem ter
como modelo de negócio a produção de marca própria ou a captação, como terceirizada, de
peças e coleções de outras marcas (private label). A gestão das oficinas pode envolver, desde
o desenvolvimento da peça-piloto e suas gradações de tamanho até a seriação da produção
quantitativa de peças do vestuário.
Para celeridade e gestão da qualidade o principal documento para confecção de produtos é
a ficha técnica. Ela formaliza a demanda, especifica tamanhos, tabelas de medidas, referência
de cores e, ainda, permite a análise dos fluxos de produção, do tempo e dos maquinários
necessários para a construção das peças. Desenvolver e interpretar a ficha técnica é
necessário para acompanhamento e arquivo da historicidade e do desempenho de vendas.
É a partir da ficha técnica que se desenvolve a peça-piloto e com as ideias materializadas na
peça referencial são executadas as correções necessárias para posterior gradação e seriação.
O conhecimento e a gestão dessa etapa inicial são importantes para a profissionalização da
gestão das confecções de moda.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 78


Objetivo de aprendizagem
● Desenvolver e interpretar fichas técnicas.

Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades


e recursos:
SIMULAÇÃO
O exercício pode ser desenvolvido individualmente ou em grupo. A proposta é que cada
aluno selecione uma peça do vestuário para análise (ex.: camisa social de tecido plano),
observe e liste sobre a peça: quantas partes existem na peça; quantas operações ela
demanda; quantos maquinários distintos foram necessários para confeccioná-la. Diante
dessa análise inicial, desenhar o fluxo fabril simulando a confecção da peça, do enfesto à
embalagem final.
EXPERIMENTAÇÃO
O desafio é desenvolver uma ficha técnica a partir de uma peça de roupa, em grupo ou
individualmente, utilizando softwares de desenho ou desenho à mão livre. Seleciona-se uma
imagem ou peça real com apenas a frente dessa peça que deverá ser fichada tecnicamente.
Inicialmente, deve-se problematizar sobre como são os materiais e as costas da peça que não
se conhece. Para isso, investiga-se caimento, estrutura e peças similares no mercado. Como
síntese, cada aluno ou grupo deve apresentar a ficha técnica da peça (frente e costas) com
as especificações de costuras, materiais e apresentar sua justificativa.

As medidas corporais e nos moldes de peças do vestuário no território brasileiro são medidas
em centímetros e metros, mas em outros territórios as medidas são em polegadas. Tabelas
de conversão devem ser pesquisadas em momentos síncronos ou assíncronos, como forma
de explorar e pesquisar a gestão internacional das confecções de moda.

Normas técnicas brasileiras que norteiam as medidas do corpo humano para


desenvolvimento de tabelas. São elas: ABNT NBR 15525:2007; ABNT NBR 15800:2009; ABNT
NBR 16060:2012; ABNT NBR ISO 7250-1:2010.
CATÁLOGO ABNT. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/pub.aspx?ID=459.
Acesso em: 15 jun. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 79


2. Etapas, processos produtivos e cronograma de atividades

2. Estabelece o fluxo operacional, levando em conta as etapas e maquinários relativos à


confecção do produto de moda.

CONHECIMENTOS

• Cronograma: criação de fluxo de etapas (desenvolvimento de ficha técnica, modelagem,


pilotagem, aprovação da pilotagem, gradação, enfesto, encaixe, corte, costura,
beneficiamento, limpeza, supervisão de qualidade e embalagem) e processos
produtivos.

• Gestão de fornecedores: interpretação das etapas da confecção que devem ser


terceirizados.

HABILIDADES

• Planejar o fluxo operacional para desenvolvimento de produtos de moda.

• Identificar e selecionar recursos e equipamentos.

• Elaborar cronograma.

ATITUDES/VALORES

• Assertividade no estabelecimento de objetivos mensuráveis.

• Compromisso com a mobilização de competências complementares em equipe.

• Flexibilidade no monitoramento e revisão dos planos de trabalho.

Descrição da situação
O desenvolvimento da produção de peças de vestuário envolve muitas etapas. Engloba desde
a ficha técnica e desenvolvimento de peça-piloto, passando pela gradação, gestão do
recebimento de matérias-primas, descanso da malharia, armazenamento correto do tecido,
enfesto, encaixe, corte, costura, beneficiamento têxtil, fechamento das peças, vistoria,
limpeza, etiquetagem e embalagem, até chegar na expedição. O fluxo e o cronograma desses
processos dependem da avaliação das etapas necessárias que perpassam da ideia à
distribuição do produto pronto no atacado ou no vareja. O gestor deve saber avaliar as
etapas, acompanhar fornecedores (de matérias-primas ou de beneficiamento, como

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 80


lavanderias e serigrafias, por exemplo), estruturar a planta fabril com os maquinários
necessários e dimensionar o tempo da confecção. Para isso, é necessário o desenvolvimento
de um cronograma de atividades para acompanhamento e correções das atividades. A gestão
de etapas, processos e fluxos para construção de cronograma constitui uma competência
relevante para entrega dos produtos nas datas previstas de lançamento de coleções sazonais
e, ainda, nas datas comerciais comemorativas em que o comércio de moda tem demanda
crescente.

Objetivos de aprendizagem
● Planejar etapas, processos produtivos e fluxos.

● Dimensionar cronograma e prazos.


● Acompanhar a gestão de fornecedores externos à confecção.

Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades


e recursos:
DISCUSSÃO DE CASO
Apresentar uma lista com todas as etapas e processos que envolvam a produção de uma
peça selecionada de roupa: uma calça, por exemplo. A proposta é descrever e elaborar o
cronograma de atividades em função do tempo para confecção.

A partir das etapas descritas pode-se perceber etapas que dependem da conclusão anterior
e etapas que podem ocorrer concomitantemente. Diante desse contexto, o cronograma de
etapas e tempo de fabricação deve ser desenvolvido.
Quando a atividade ocorrer presencialmente, pode-se executar o fluxo operacional para
verificação da análise teórica na prática. Construindo uma peça e detalhando etapas,
processos e tempo de execução, por exemplo.
Caso a atividade seja realizada de forma não presencial, o grupo pode criar um mural com
atividades e fluxos, gerando o cronograma.

Conheça as etapas e processos produtivos em Como gerenciar sua produção.


• COMO gerenciar sua produção. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=cojeBnd0ilg. Acesso em: 4 jun. 2021.

Ou ainda, sobre enfesto e corte:

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 81


• ENFESTO e corte. Módulo 4. Parte 1. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=8HT8TAv9F1k. Acesso em: 4 jun. 2021.
SIMULAÇÃO
A partir do fluxo de atividades e dos processos de desenvolvimento de uma peça de moda,
diante da lista de maquinários e etapas, pode-se elaborar um mapa simulado da planta fabril.
Assim, desenha-se os maquinários necessários e pode-se alinhá-los numa maquete ou numa
planta baixa para verificação de melhor fluxo fabril. As hipóteses de arrumação dos
maquinários podem ser lineares, em células ou circuitos produtivos. Com as hipóteses em
mãos, é possível analisar e discutir em grupo as plantas de fluxo mais viáveis.

O estudo da planta baixa pode ser simulado utilizando softwares de desenho ou, ainda,
recortes de revistas.
Para desenvolver plantas em 3D e é possível criar fluxos usando blocos de montar ou massa
de modelar.
Utilize softwares para planejamento coletivo e cocriação como Miro.

A importância do layout na produção e na estrutura da área produtiva.

• COMO MONTAR e administrar uma confecção de roupas: layout de produção. Disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=4Cjs4qwmXSA. Acesso em: 4 jun. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 82


3. Matéria-prima: consumo e etiquetagem têxtil

3. Planeja o consumo de matéria-prima, de acordo com o cálculo do custo da peça-piloto


produzida.

CONHECIMENTOS

• Matéria-prima: tipo e consumo.

• Normas de etiquetagem têxtil ABNT NBR ISO 3758:2013.

HABILIDADES

• Calcular o consumo de matéria-prima.

• Desenvolver etiquetas têxteis.

ATITUDES/VALORES

• Proatividade em rotinas e projetos.

Descrição da situação
A confecção de peças do vestuário possui normas técnicas e legais. A fabricação e colocação
de etiquetas têxteis é regulamentada pela ABNT NBR ISO 3758:2013 e sua fiscalização é
prevista pela Lei nº 5956/73 e o Decreto Regulamentador nº 75074/74. Em seu texto, a
norma especifica as regras para desenvolvimento das etiquetas de produtos têxteis
desenvolvidos ou importados por empresas do território nacional. Informações sobre
matéria-prima, simbologias de lavagem, passadoria, alvejamento e secagem são necessárias
para estar adequado ao Código de Defesa do Consumidor e evitar reclamações por
inadequações nos cuidados e conservações dos produtos confeccionados. Assim, conhecer
estruturas e siglas têxteis (para tecido plano, malharia e tecido não tecido), a costurabilidade
e maquinário adequado, bem como a interpretação e confecção da etiquetagem têxtil para
confecção das peças é parte das competências necessárias ao gerenciamento de confecção
de moda.
E, ainda, para desenvolvimento da produção é preciso saber dimensionar a quantidade da
matéria-prima têxtil a ser designada nas etiquetas. O cálculo do consumo unitário para
projeção da produção impacta no orçamento e na gestão do cronograma de entrega.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 83


Objetivos de aprendizagem
● Reconhecer e adequar o uso e o consumo de matéria-prima.

● Desenvolver etiquetas têxtis.

● Identificar maquinários e matéria-prima.

Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades


e recursos:
ELABORAÇÃO DE PORTFÓLIO
Cada aluno elabora um portfólio contendo amostras de tecidos com as costuras (lado direito
e avesso) feitas em distintos tipos de maquinários. A atividade auxilia a interpretação de
fichas técnicas e na arrumação da planta fabril.
Na abordagem não presencial, pode-se substituir a amostragem física por um portfólio
virtual com imagens pesquisadas nas redes sobre o tema.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Propor análise de etiquetas têxteis de peças de roupas, selecionadas pelos alunos e/ou pelo
docente, com foco na aplicação da norma para desenvolvimento das etiquetas.
Pode-se, após a análise, gerar uma apresentação em plenária apontando equívocos e acertos
encontrados nas amostras.

Pesquise etiquetas de peças com maior complexidade para desenvolvimento e construa com
o grupo as etiquetagens, utilizando as normas da ABNT. Como, por exemplo, peças de
oriundas de upcycling ou com emprego de fios fantasia, dentre outras.
JOGO
A partir de peças de roupas, grupos de alunos podem se desafiar, mutuamente, a
desenvolver a etiqueta têxtil seguindo a NBR ISO 3758:2013.
O exercício pode ser praticado a partir de uma imagem, na abordagem não presencial, ou
ainda, com os olhos vendados e trabalhando o tato no toque do tecido, na abordagem
presencial. Assim, com a definição da matéria-prima, os grupos pesquisam e definem as
simbologias correspondentes ao tecido para lavagem, secagem, alvejamento e passadoria.
ELABORAÇÃO DE MOODBOARD
A proposta é criar um painel (board) com imagens de produtos de moda. A criação pode ser
coletiva ou individual. Pode haver um tema de pesquisa comum, saia midi, por exemplo. Ou,
ainda, imagens com foco em público-alvo segmentado: moda feminina no estilo romântico.
Assim, a partir de cada uma das imagens, pode-se listar os tecidos, aviamentos e acessórios

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 84


mais recorrentemente encontrados para desenvolvimento de um mural de materialidades
correlatas.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 3758:2013. Disponível em:
http://www.abnt.org.br/normalizacao/lista-depublicacoes/abnt. Acesso em: 15 jun. 2021.

• GUIA de etiquetagem têxtil do Sindivestuário. Disponível em:


https://sindivestuario.org.br/wp-content/uploads/2017/05/E-
book4edi%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 15 jun. 2021.
Conheça mais sobre o cálculo do consumo de matéria-prima e seu impacto no custo da
mercadoria vendida.
• COMO CALCULAR o custo [...]. Disponível em: https://audaces.com/como-calcular-o-
custo-deproducao-da-peca-de-roupa-na-etapa-de-criacao/. Acesso em: 4 jun. 2021.
Assista um vídeo que exemplifica como calcular o custo proporcional da matéria-prima
utilizada para confecção de produto de moda.
• COMO CALCULAR o tecido usado numa peça [...]. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=o9H9-jlk1GI. Acesso em: 4 jun. 2021.
PESQUISA
Pesquisar o consumo de tecido para diversas peças de produto de. Uma camisa social, uma
calça social e uma saia, por exemplo. Analisar aspectos como: fio do tecido, viés, largura e
comprimento para compreensão do consumo. Com a discussão sobre o consumo de cada
uma das peças analisada, os alunos constroem uma tabela com os apontamentos
decorrentes.

• COMO CALCULAR quantidade de tecido para uma blusa. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=538c7Bgsb4w. Acesso em: 4 jun. 2021.

• O SENTIDO do tecido e suas diversas aplicações. Disponível em:


https://audaces.com/sentidodo-fio-do-tecido-e-suas-diversas-aplicacoes/. Acesso em: 4
jun. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 85


UC6: Modelar e montar peças do vestuário.
CARGA HORÁRIA: 96 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM MODELAGEM, COSTURA E DESENVOLVIMENTO
DE PRODUTOS E FORMAÇÃO, PREFERENCIALMENTE, EM MODA.

Apresentação da UC
Nesta Unidade Curricular, a proposta é o desenvolvimento das modelagens do traçado de
base do corpo (camisa, saia e calça), para a interpretação e confecção de modelagem.

Como as situações estão apresentadas


1. Interpretação de ideias
2. Práticas de costura

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 86


1. Interpretação de ideias

1. Traça bases, de acordo com técnicas de modelagem plana.

2. Corta a peça, de acordo com técnicas de encaixe e corte do molde e do tecido.

CONHECIMENTOS

• Tabela de medidas: tipos e utilização.

• Tomada de medidas: contornos, alturas e larguras.

• Moldes: desenvolvimento, nomenclatura (partes, numeração, posição do fio), margem


de costura e organização.

• Traçado de base do corpo: camisa, saia e calça.

HABILIDADES

• Manusear máquinas, ferramentas e acessórios.

• Selecionar tecidos e aviamentos.

• Organizar moldes.

• Realizar encaixe, risco e corte.

ATITUDES/VALORES

• Responsabilidade e comprometimento com qualidade técnica.

• Proatividade no encaminhamento das informações.

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Atitude propositiva no desenvolvimento do trabalho.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 87


Problematização
A modelagem é uma das ações mais técnicas e críticas no desenvolvimento do produto de
moda, pois pode determinar a sua aceitação ou rejeição no mercado-alvo caso não atenda
às expectativas de vestibilidade. Por isso, se faz necessário entender de que forma as roupas
são construídas, para que sejam exequíveis dentro do processo produtivo.
• O que é e quais são os tipos de modelagens?
• Em qual momento do desenvolvimento de uma coleção a modelagem deve acontecer?
• Qual o impacto da matéria-prima na modelagem?
• Quais as relações entre enfesto, risco, corte e modelagem?
• Como os moldes devem ser identificados, organizados e guardados?
• Quais as relações entre a modelagem manual e a computadorizada?
Objetivos de aprendizagem
● Interpretar ficha técnica e modelar bases do vestuário.

● Aplicar técnicas de modelagem.


● Aplicar os materiais necessários para a confecção da peça.

Para abordagem presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Revisão dos temas relativos à ficha técnica, tipos de tecido e etiquetagem têxtil.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Análise crítica e discussão de modelo de produto e sua ficha técnica para aprimoramento da
modelagem.
Coletivamente, os alunos conferem a modelagem final, estudo de encaixa e risco.
Desenvolvimento coletivo de uma modelagem para corpos plurais (fora das medidas
convencionais das tabelas).
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Desenvolvimento individual das modelagens de base, a partir das orientações do docente.
Interpretação de modelagem, a partir de ficha técnica de produto.
Explorar recortes de revistas para identificação das variações de interpretação e diversos
detalhes de modelagem contidos nas peças do vestuário.
Análise crítica do modelo antes de começar o traçado de modelagem.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 88


EXPERIMENTAÇÃO
Construção de bases, em miniatura da modelagem, para os estudos de viabilidade da peça,
encaixe de moldes para corte e complementação das informações da ficha técnica.
Tomada de medidas do corpo humano, a partir de fita métrica de costura e comparativo com
as tabelas de medidas.
Correção de modelagem após prova de peça piloto.
EXPERIMENTAÇÃO
O docente lança um desafio, por exemplo, que os alunos utilizem materiais alternativos para
o desenvolvimento de uma peça do vestuário, por meio da técnica de moulage. A ideia é
incentivar a criatividade e a aplicação de técnicas assimiladas.
JOGO
Estudo e apresentação das tipologias das partes das roupas e técnicas de modelagens, por
meio de jogos no Kahoot.
Customização de jogos, por exemplo, Batalha Naval, Cara a Cara e até jogos de mímicas,
reforçando as tipologias e descrições das partes que compõem a modelagem de uma peça
de roupa.
ELABORAÇÃO DE PAINEL DE INFORMAÇÕES
A partir da análise de vestidos para identificação de qual base de blusa juntou-se com qual
base de saia para formá-lo.
ENTREVISTA
Bate-papo ou entrevista com modelistas.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Para apresentação, discussão e atendimentos individualizados de alunos, podem ser
utilizados aplicativos ou plataformas de compartilhamento.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE VÍDEO
O docente pode gravar tutoriais explicativos do passo a passo das modelagens.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Para elaboração de mural, painel e moodboard podem ser utilizados aplicativos como Canva,
Coogle, Miro, GoMoodboard, Niice, InVision, Corian Design e o Infogram.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 89


Para abordagem presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades
e recursos:
LEITURA E DISCUSSÃO
A partir do artigo A moulage como ferramenta na criação de produtores inovadores os alunos
debatem sobre quais as possibilidades que a moulage oferece em comparação com a
modelagem plana e quais situações seria melhor fazer uso dessa técnica.
• A MOULAGE como ferramenta na criação de produtores inovadores. Coloquiomoda.com.
Disponível em: http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-
%202014/COMUNICACAO-ORAL/CO-EIXO6-PROCESSOS-PRODUTIVOS/CO-EIXO-6-A-
Moulage-Como-Ferramenta-Na-Criacao-De-Produtos-Inovadores-Francys-Saleh.pdf.
Acesso em: 10 ago. 2021.
EXPERIMENTAÇÃO SINESTÉSICA
O aluno é estimulado a relatar ou mostrar alguma obra de arte que goste (arte plástica,
música, literatura). A partir desse momento o docente propõe que uma peça seja criada
usando a técnica de moulage materializando por meio da forma, volume, textura, sensações
e mensagens que a obra remete.

• A análise de diversas imagens de produtos de moda e seus mapas de corte auxilia no


desenvolvimento da visão estratégica e técnica do aluno.

• Antes de trabalhar a tomada de medidas para compor a base da modelagem, pode-se


propor uma ação lúdica potencialmente criativa com dramatização e análise de mercado,
a fim de iniciar um diálogo sobre a diversidade de corpos (corpos plurais) e um exercício
de autopercepção.

• Pode-se trabalhar a introdução de técnicas de modelagem como moulage e


interpretação de modelos, a partir das bases desenvolvidas e análise das fichas técnicas.

Vídeos que demonstrem o processo de interpretação e confecção de modelagens podem


inspirar os alunos.
• Canal Marlene Mukai. Disponível em:
https://www.youtube.com/channel/UC9MePuw96CbeyLbj5OXS2ww. Acesso em: 6 out.
2020.

• Padrão para roupas femininas: tabela de medidas da ABNT. Disponível em:


https://www.audaces.com/padrao-de-roupas-femininas-tabela-de-medidas-abnt/.
Acesso em: 6 out. 2020.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 90


• Enfesto de tecido: como escolher o melhor tipo para o seu segmento. Disponível em:
https://www.audaces.com/enfesto-de-tecido-como-escolher-o-melhor-tipo-para-oseu-
segmento/. Acesso em: 6 out. 2020.

• Risco: materiais e métodos mais utilizados. Disponível em:


https://www.audaces.com/risco-materiais-e-metodos-mais-utilizados/. Acesso: 6 out.
2020.

• ABLING, B.; MAGGIO, K. Moulage, modelagem e desenho: prática integrada. Porto


Alegre: Grupo A, 2009.
• BERG, A. L. M. Técnicas de modelagem feminina: construção de bases e volumes. São
Paulo: Senac, 2017.
• NEWMAN, A.; SHARIFF, Z. Dicionário ilustrado: moda de A a Z. São Paulo: Publifolha,
2011.
• SITE Marlene Mukai. Disponível em: https://marlenemukai.com.br. Acesso em: 6 out.
2020.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 91


2. Práticas de costura

2. Corta a peça, de acordo com técnicas de encaixe e corte do molde e do tecido.

3. Confecciona peças, de acordo com as normas técnicas.

CONHECIMENTOS

• Peça piloto: cálculo de consumo médio.

• Tipos de maquinários: descrição técnica e funções operacionais.

• Costura e acabamentos: tipos e técnicas.

• Sequência de montagem: camisa, saia e calça.

• Prova da peça: ajustes e correções da modelagem.

HABILIDADES

• Manusear máquinas, ferramentas e acessórios.

• Selecionar tecidos e aviamentos.

• Organizar moldes.

• Realizar encaixe, risco e corte.

ATITUDES/VALORES

• Responsabilidade e comprometimento com qualidade técnica.

• Proatividade no encaminhamento das informações.

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Atitude propositiva no desenvolvimento do trabalho.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 92


Problematização
Assim como na modelagem, essas características vão impactar diretamente no design do
produto e na sua confecção. Por isso, realizar a análise de viabilidade de costura para a
confecção do modelo exige conhecimentos sobre maquinário, suas possibilidades de uso e
recursos necessários.
• Quais são as técnicas de costura mais comuns?
• Qual a relação dos tipos de acabamentos com os segmentos de mercado?
• Quais são os maquinários e acessórios necessários para costura e acabamento?
• O que é e qual a função de uma peça piloto?
• Qual utilidade da ficha técnica no processo de confecção?
• Quais são as sequências de montagem para costura de uma peça de roupa?
Objetivos de aprendizagem
● Selecionar materiais assim como técnicas necessárias para a confecção da peça.

● Organizar moldes e informações relativas à modelagem.


● Realizar sequência de montagem e finalização da peça.

Para abordagem presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


EXPERIMENTAÇÃO
Exercícios práticos individuais de costura em papel e tecido de algodão para
desenvolvimento de habilidade com o maquinário.
Apresentação das máquinas de costura e acessórios do laboratório.
PESQUISA E ELABORAÇÃO DE PAINEL DE INFORMAÇÕES
Pesquisa, identificação e organização em painel dos tipos de costura e acabamentos dos
produtos de moda.
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Leitura de ficha técnica modelo para construção de peça piloto.
Desenho de fluxograma da sequência de fechamento de uma peça.
EXPERIMENTAÇÃO
Criação de um book com amostras dos tipos de costura e acabamentos, assim como tipos de
golas e mangas.
ENTREVISTA
Com costureiras e pilotistas, abordando o mercado de trabalho e a relação de trabalho com
modelistas e área de criação.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 93


Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE VÍDEO
Gravar vídeos com tutoriais (passo a passo) das técnicas de costura, acabamentos e
manuseio das máquinas e acessórios.

• Analisar com o grupo as possibilidades de execução da peça, considerando a demanda


tempo e competência em costura, acolhendo as expectativas do aluno.
• Orientar o aluno quanto à escolha do modelo e definição de materiais.
• Promover exercícios individuais nos quais o aluno possa praticar técnicas variadas de
costura.
• A análise coletiva das peças pretendidas favorece a integração dos alunos e a análise
crítica sobre os procedimentos de costura.
• As provas de roupa podem ser feitas em duplas ou equipes de trabalho.
• Desenvolver amostras de tipos de costura e acabamentos, com diferentes resultados
estéticos. O material pode ficar disponível para uso da área de moda da Unidade Escolar.

• TECITECA Virtual. Disponível em: www2.ifrn.edu.br/teciteca/. Acesso em: 6 out. 2020.


• MANUAL de uso: máquina Singer caseira básica. Disponível em:
http://www.singer.com.br/wp-content/uploads/2013/02/Bella-5403-ML-418.pdf.
Acesso em: 6 out. 2020.

• Apostila Senac - Modelagem e Costura para Iniciantes.


• Coleção Manequim. Guia Completo de Costura - 9 volumes. São Paulo: Abril, 2012.
• SMITH, A. Roupas passo a passo. São Paulo: Publifolha, 2015.
• ABLING, B.; MAGGIO, K. Moulage, modelagem e desenho: prática integrada. Porto
Alegre: Grupo A, 2009.
• BERG, A. L. M. Técnicas de modelagem feminina: construção de bases e volumes. São
Paulo: Senac, 2017.
• SITE Marlene Mukai. Disponível em: https://marlenemukai.com.br. Acesso em: 6 out.
2020.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 94


UC7: Transformar produtos de moda.
CARGA HORÁRIA: 36 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM PROCESSOS DE CRIAÇÃO, CADEIA DE PRODUÇÃO,
MODELAGEM E COSTURA, UPCYCLING, ALÉM DE VIVÊNCIA EM PROJETOS OU DISCUSSÕES
RELACIONADAS À SUSTENTABILIDADE NA MODA E FORMAÇÃO EM MODA OU ÁREAS AFINS.

Apresentação da UC
O foco desta Unidade Curricular é repensar o uso adequado das matérias-primas, bem como
dos processos produtivos, além do reuso de peças para transformação de sua estética e
funcionalidade com vieses mercadológicos e sustentáveis.

Como as situações estão apresentadas


1. Transformação de peças: conceitos e possibilidades

2. Transformação de peças: técnicas de desconstrução e reconstrução do modelo

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 95


1. Transformação de peças: conceitos e possibilidades

1. Identifica características das peças, levando em conta a análise dos produtos selecionados.
2. Planeja soluções criativas, a partir de reaproveitamento e reutilização de matérias-primas
e produtos.

CONHECIMENTOS

• Transformação de peças: modelagem, upcycling e customização e 6Rs (repensar,


reutilizar, reciclar, reformar, reduzir e recusar).
• Ciclo de vida do produto: propostas e soluções.
• Matéria-prima e beneficiamento: tipos e aplicação.
• Tecidos e aviamentos: identificação e características.

HABILIDADES

• Pesquisar dados e informações.


• Analisar e interpretar peças.
• Desenvolver propostas criativas.
• Identificar e adequar têxteis e aviamentos.

ATITUDES/VALORES

• Uso consciente dos materiais.


• Inovação e criatividade na análise e solução de problemas.
• Responsabilidade na aquisição, utilização e descarte de materiais.
• Atenção aos procedimentos e às técnicas.
• Zelo na apresentação pessoal e postura profissional.

Problematização
Reduzir o desperdício, buscar soluções inteligentes e sustentáveis, assim como diminuir o
impacto ambiental são desafios enfrentados por muitos profissionais de moda. O upcycling
vem sendo adotado como prática de reutilização criativa e inteligente, como forma de evitar
desperdício e descarte de produtos inutilizados.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 96


Como diferenciar os conceitos em relação a uma prática que envolve pesquisa e criatividade
de acordo com o ciclo de vida de cada produto que deve ser transformado?
Um pensamento otimista poderá recuperar, renovar e reutilizar materiais por meio de uma
estética criativa?
De que forma podemos transmutar um produto pronto, reaproveitar seus materiais, agregar
valor e sentido?
Objetivos de aprendizagem
● Identificar características importantes para transformação de peças.
● Reconhecer os materiais.
● Reconhecer as técnicas de reutilização.
● Compreender os tipos e diferenças de acabamentos e costuras.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Explanar sobre o funcionamento e ciclo de vida dos produtos de vestuário, conceitos de
modelagem (zero waste), upcycling e customização.
DISCUSSÃO DE CASO E ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Apresentar um estudo de caso, por exemplo a marca “COMAS”, para análise e discussão
coletiva.
• UPCYCLING com a comas e novas possibilidades para a moda. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=r6oLBhCDuFo. Acesso em: 26 abr. 2021.
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
A proposta é que os alunos pesquisem marcas que desenvolvem o upcycling, produtos e
acessórios. As informações podem ser organizadas em moodboard.
EXPERIMENTAÇÃO E ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Selecionar uma camiseta, analisar e identificar características e possibilidades de
transformação da peça e reutilização do processo.
Exemplo: transformar a camiseta em dois produtos. É possível, por exemplo, criar um
cropped e um colar, utilizando a técnica de macramê.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Apresentar tipos e aplicações de materiais, beneficiamento, tecidos e aviamento,
identificando possibilidades em termos de reaproveitamento e reutilização dos materiais.

Estilistas: Geová Rodrigues e Duran Lantinkyo.


Marcas: Re-roupa, PABLITA, UPCYQUEEN, REDE ASTA, dentre outras.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 97


2. Transformação de peças: técnicas de desconstrução e reconstrução do
modelo

3. Constrói modelos, de acordo com a proposta criativa.

CONHECIMENTOS

• Transformação de peças: modelagem, upcycling e customização e 6Rs (repensar,


reutilizar, reciclar, reformar, reduzir e recusar).

• Aplicação de costuras e aviamentos: tipos e técnicas por modelo.

• Desmontagem: técnicas e procedimentos.

• Técnicas de montagem: alinhavo, alfinete e à máquina.

• Tomada de medidas: contornos, alturas e larguras

• Economia circular: conceito e moda.

HABILIDADES

• Pesquisar dados e informações.

• Analisar e interpretar peças.

• Desenvolver propostas criativas.

• Identificar e adequar têxteis e aviamentos.

• Manusear máquinas, ferramentas e acessórios de costura.

ATITUDES/VALORES

• Inovação e criatividade na análise e solução de problemas.

• Atenção aos procedimentos e às técnicas.

• Uso consciente dos materiais.

Problematização
Os desafios enfrentados na descaracterização de um produto para transformá-lo em outro
são encarados como uma proposta criativa cheia de significados. Observar os detalhes e

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 98


aproveitar os materiais para sua elaboração, desenvolvendo um projeto visualmente
agradável e adequado ao mercado, pode ser pensado como o desenvolvimento de uma
coleção e na sua importância em acompanhar as tendências para uma prática consciente.
Criar novos estilos com o objetivo de apresentar algo que vai além do consumo, que tenha
atitude e identidade manifesta esse comportamento. As possibilidades de mudanças são
infinitas, vão além dos pensamentos e são transformadas em desejos de ressignificar,
reutilizar e recriar um novo estudo.
Como é possível reinventar uma imagem de uma estética pronta?
Como podemos contribuir com essa prática?

Objetivos de aprendizagem
● Identificar características importantes para transformação de peças.

● Reconhecer os materiais.

● Reconhecer as técnicas de reutilização.


● Compreender os tipos e diferenças de acabamentos e costuras.
● Transformar peças.
● Utilizar os materiais de forma consciente.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


EXPOSIÇÃO DIALOGADA E ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Relativa à preparação dos materiais, análise das peças e procedimentos de desmontagem.
Definir um modelo para a execução da proposta criativa.
EXPERIMENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DE MURAL
A proposta é que os alunos escolham e selecionem uma ou mais peças de vestuário que
possam ser reaproveitadas, identificando as possiblidades de transformação e
desconstrução a partir de um modelo escolhido.
O planejamento da transformação pode ser organizado em um mural. O próximo passo é
planejar a execução do corte, adaptação e montagem. Então, realizar a costura e o
acabamento.
Os alunos apresentam as peças transformadas, compartilham como foi o processo,
aprendizados e dificuldades percebidas.
PESQUISA
Os alunos pesquisam estilistas que trabalham com upcycling. Assim, a partir da análise de
peças selecionadas, buscam reconhecer o processo de reconstrução das peças por meio das
análises das costuras e modelagens.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 99


• Conheça o trabalho do designer Julian Robert e seu processo próprio denominado de
“subtraction cutting”. JULIAN Roberts Pattern cutting live. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dZmozKVdvBo. Acesso em: 26 jul. 2021.

• SUBTRACTION Cutting. Disponível em: https://subtractioncutting.tumblr.com. Acesso


em: 26 jul. 21.
ENTREVISTA
Os alunos podem pesquisar um criador que utilize o upcycling e entrevistá-lo para
compreender melhor os processos utilizados.

Desenvolver com o grupo um questionário colaborativo e com questões norteadoras para


serem investigadas na entrevista com os estilistas. Dúvidas, curiosidades e pontos críticos
podem ser ressaltados para melhor aproveitamento da atividade.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 100


UC8: Desenvolver bases de modelagem e costura em
malha.
CARGA HORÁRIA: 48 HORAS

PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM MODELAGEM, COSTURA EM MALHA E


DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E FORMAÇÃO, PREFERENCIALMENTE, EM MODA.

Apresentação da UC
Nesta Unidade Curricular o aluno desenvolve construção de bases de modelagem e costura
considerando as características do tecido de malha, como tiragem de medida, construção de
bases e costurabilidade.

Como as situações estão apresentadas


1. Desenvolvimento de bases para modelagem em malha

2. Costura de peça em malha

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 101


1. Desenvolvimento de bases para modelagem em malha

1. Constrói as bases, a partir da interpretação da tabela de medidas.

2. Utiliza técnica de modelagem, levando em conta o tipo de vestuário.

CONHECIMENTOS

• Moda e modelagem: mercado de trabalho.

• Tabela de medidas: variações universais, normas da ABNT e diferenças de tabelas no


mercado.

• Tecidos de malha e aviamentos: cálculo da elasticidade, vestibilidade e funcionalidade.

• Técnicas de modelagem: conceito e aplicação.

• Traçado de base: corpo, manga, saia e calça.

• Nomenclatura nos moldes: quantidade de partes, numeração, posição do fio, indicação


dos tecidos e aviamentos, responsável pelo desenvolvimento, data e nome do
cliente/coleção.

• Moldes: desenvolvimento, margem de costura, organização e acondicionamento.

HABILIDADES

• Tomar medidas corporais.

• Organizar materiais, instrumentos e local de trabalho.

• Manusear máquinas e/ou ferramentas de modelagem.

• Calcular medidas.

• Comunicar-se de maneira assertiva.

• Utilizar termos técnicos nas rotinas de trabalho.

• Mediar conflitos nas situações de trabalho.

• Pesquisar dados e informações.

• Interpretar modelagem de produto de moda.

• Selecionar tecido de malha adequado ao modelo.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 102


• Avaliar o caimento da peça.

• Gerenciar tempo e rotinas de trabalho.

ATITUDES/VALORES

• Responsabilidade no cumprimento das normas de segurança no trabalho.

• Cordialidade no trato com as pessoas.

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

• Colaboração no desenvolvimento do trabalho em equipe.

• Responsabilidade e comprometimento com acordos estabelecidos.

• Iniciativa no encaminhamento das atividades e na solução de problemas.

• Responsabilidade no descarte de materiais.

• Zelo pela limpeza e organização do ambiente de trabalho.

• Responsabilidade e comprometimento com a qualidade dos processos de modelagem.

Descrição da situação
Trabalhar com tecido de malha deve considerar a sua elasticidade. Assim, é necessário
conhecer a composição das construções têxteis que possuem essa característica para o
desenvolvimento de bases (moldes), bem como, o uso adequado de maquinários,
aviamentos e condições de costurabilidade.

Objetivos de aprendizagem
● Construir base para modelagem em malha.
● Reconhecer os volumes do corpo em diferentes biótipos, folgas de vestibilidade para a
movimentação e a relação do comportamento de tecidos com volumes do corpo
humano.

● Aplicar as técnicas de correção, planificação e inserção de margens de costura em


modelos.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 103


Para abordagem presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:
RODA DE CONVERSA

O grupo participa de uma roda de conversa sobre a área de confecção e modelagem. A ideia
é proporcionar um momento em que os alunos relatem o que conhecem sobre a área e suas
expectativas.

Como se dá a construção do processo de malha, ressaltando a importância e complexidade


do tema.
Valorizar o conhecimento prévio dos alunos e associar com as Unidades Curriculares em que
esse tecido foi explorado de alguma forma. Exemplo: Unidade Curricular 2.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E ELABORAÇÃO DE MOODBOARD

Demonstra por meio de slides, vídeos e/ou amostras os seguintes componentes:

• Principais construções de tecido de malha: por trama e por urdume.

• Percentual de elasticidade dos tecidos de malha por amostragem.

• Diferenças entre as construções de malha e tecido plano, bem como a indicação do


maquinário de costura para cada um.

• Diferença de unidade de medida de comercialização entre tecido plano (metro) e malha


(quilo).
Indicar também os aviamentos utilizados na confecção das peças e, quando possível,
disponibilizar amostras físicas. Os alunos são orientados a fazer uma breve análise sobre suas
próprias roupas, verificando os tipos de tecido, aviamentos, acabamentos e etiquetas de
composição para maior compreensão do tema. Pode-se estimular o questionamento sobre
origem dos materiais, mão de obra necessárias e processos da rede produtiva têxtil.

Em grupos, os alunos elaboram um moodboard com uma minicoleção para diferentes tipos
de corpos, explorando a propriedade de adaptabilidade que a malha proporciona e escolhem
os tecidos que consideram adequados para a confecção dos modelos, identificando as
malhas e os tecidos planos.

Recomenda-se utilizar recortes de revistas, consultas na internet e retalhos de


tecidos diversos, além de expor os painéis. Caso a Unidade Escolar possua conta fio, é
indicado que demonstrar sua utilização e propiciar o contato dos alunos com esse
equipamento.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 104


BRAINSTORMING E EXPOSIÇÃO DIALOGADA

Os alunos participam de um brainstorming em relação ao que entendem sobre a ABNT. Com


base nas contribuições do grupo, o docente explana sobre a tabela de medidas e como as
confecções lidam com a questão. Além disso, apresenta a tabela de medidas utilizada pelo
Senac São Paulo e explica como é feito o cálculo de tamanhos por meio da gradação.
A demonstração da tomada de medidas pode ser feita com um ou mais alunos. O docente
amarra uma fita ou elástico na cintura do voluntário, coloca fita crepe no acrômio, no final
da nuca e no final do pescoço.
Em duplas, os alunos tomam medidas entre si e conferem o tamanho em que se enquadram,
na tabela de medidas.
EXPERIMENTAÇÃO

Reconhecimento dos volumes do corpo. Em duplas, os alunos utilizam alfinetes e quadrados


de 1 m² de tecido plano para envolverem a parte superior do corpo do outro aluno, marcando
as linhas fundamentais do corpo – meio/centro frente, meio/centro costas, busto, cintura,
quadril, entrecavas, ombros e laterais. O docente solicita que um ou mais alunos envoltos
em tecido se movimente (erga os braços, abrace, abaixe, sente) e então levanta
questionamentos a respeito de como a movimentação pode ser beneficiada.
Sugere o corte da tela em locais que possam auxiliar a movimentação e o acréscimo dos
retalhos dos tecidos gerados no início da atividade. Cabe ao docente acompanhar as duplas,
questionar o conforto, a vestibilidade, a funcionalidade e as sensações expressas pelos
alunos envoltos em tecido.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E EXPERIMENTAÇÃO

O docente apresenta e demonstra as técnicas de correção e planificação de moulage. Na


sequência apresenta a inserção de margens de costura. Então cada aluno realiza os processos
demonstrados. Cabe ao docente enfatizar a importância da correta colocação de margens de
costura para a qualidade da peça no processo produtivo.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E EXPERIMENTAÇÃO

O docente explana sobre a interpretação da execução do traçado da base de saia. Os alunos


leem a descrição de um traçado, disponibilizado pelo docente, interpretam e realizam os
cálculos. Na sequência, organizam o material e aplicam as medidas adquiridas, a fim de
construir o traçado do molde.

Recomenda-se, caso necessário, repetir o desenvolvimento do traçado e propor que os


alunos trabalhem de forma colaborativa, em duplas ou trios.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 105


EXPOSIÇÃO DIALOGADA E ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO

O docente explica e demonstra o uso da nomenclatura nos moldes. Ressalta a importância e


apresenta possibilidades de aplicação. Na sequência, cada aluno aplica a nomenclatura no
molde. Exemplo:

• fio reto;

• nome e referência do modelo (exemplo: saia evasê, referência xxx);

• nome da parte: frente, costas, mangas, gola, cós, etc.;

• tamanho do molde;

• quantidade de partes e material a ser cortado;

• identificação das partes: fracionada ou seguida de ficha de modelagem;

• informações opcionais: data e nome do cliente, responsável pelo desenvolvimento da


modelagem.
Recomenda-se discutir com os alunos as diferenças entre os procedimentos internos de
organização das modelagens, dependendo do sistema produtivo (automatizado ou manual).
O docente pode propor a vivência de aplicação da nomenclatura antes de realizar a exposição
dialogada sobre o assunto.
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO

Individualmente ou em duplas, os alunos fazem a leitura da base de corpo anotam as


medidas que vão ser utilizadas. A partir de uma demonstração realizada pelo docente,
constroem o traçado da base de corpo.
Recomenda-se que o docente verifique as curvas de cava e decote, esclareça dúvidas e
oriente os alunos sobre a construção.
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO

Esta proposta foi pensada para ser utilizada em dois momentos diferentes do curso:
construção de base de corpo feminina e construção de base de corpo masculina.
Em grupos, os alunos tomam as medidas de circunferência de peças trazidas por eles do
guarda-roupa pessoal. Vestem as peças nos bustos ou neles próprios e analisam o caimento
e a elasticidade das malhas. Verificam e registram os diferentes percentuais de elasticidade
dos tecidos, levando em conta a não deformação do material. A partir dessas informações é
estabelecido o percentual de elasticidade para a adequação da base de corpo reduzida.
Individualmente, os alunos traçam a base de corpo reduzida, utilizando como referência a
base de corpo. Recomenda-se que o docente verifique as curvas de cava e decote.
PESQUISA E EXPERIMENTAÇÃO

Esta proposta contempla o traçado de mangas femininas e masculinas.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 106


Os alunos tomam medidas de blusas femininas e masculinas em malharia do guarda-roupa
pessoal ou em lojas da região, sempre da mesma numeração. Em grupos, analisam as
medidas coletadas e comparam os tamanhos de ombros, contornos de cavas e comprimento
de mangas, bem como o caimento dos modelos.
Com a orientação do docente, os alunos fazem o alargamento da base de corpo e tomam as
medidas da cava. Individualmente, traçam as mangas a partir das medidas tomadas, por
exemplo: manga básica e intermediária.
EXPERIMENTAÇÃO

Em grupos, os alunos analisam calças, indicando as partes que compõem as peças, a


sequência de montagem, os tecidos, aviamentos utilizados e outras informações relevantes
(bolso, recorte, cós, acabamentos etc.). As peças podem ser trazidas pelos alunos ou
previamente selecionadas pelo docente.
Com base nas informações identificadas, analisam os traçados de calças femininas, e indicam
qual deve ser o modelo utilizado para a confecção da peça (base para calça reta ou reduzida).
Anotam no traçado as medidas coletadas na tabela e definem as partes a serem construídas.
Individualmente, com auxílio do docente, cada aluno traça a base de calça e verifica as
medidas e proporções indicadas. Além disso, acrescenta margens de costura e nomenclatura
em toda a modelagem.

Recomenda-se, por conta da dificuldade de construção das curvas de gancho, laterais e


entrepernas, que o docente verifique individualmente os traçados dos alunos antes da
preparação do molde para o corte.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E EXPERIMENTAÇÃO

Esta proposta pode ser utilizada para os traçados das bases de corpo e calça masculina.
O docente demonstra e explica as diferenças entre as tabelas de medidas masculinas e
femininas. Indica as principais diferenças entre as proporções e o formato dos corpos e sua
aplicação no traçado da modelagem.
Em seguida, os alunos analisam o traçado da peça e indicam quais os componentes
necessários para a confecção da mesma; anotam no traçado as medidas coletadas na tabela
de medidas e definem as partes a serem construídas.
Com auxílio do docente, os alunos traçam individualmente a base da peça com todas as
partes. Verificam medidas e proporções e também acrescentam margens de costura e
nomenclatura em toda a modelagem.

Recomenda-se, por conta da dificuldade da construção de algumas curvas, que


o docente verifique individualmente os traçados dos alunos antes da preparação do molde
para o corte.

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2. Costura de peças em malha

3. Costura bases de modelagem, considerando as propriedades do tecido e maquinário.

CONHECIMENTOS

• Máquinas de costura: tipos (reta, overloque e galoneira), acessórios e utilização.

• Técnicas de costura: tipos (retas, curvas, retrocesso, fechamento de pregas, pences,


franzidos e barras) e procedimentos.

• Montagem: sequência operacional e acabamentos.

HABILIDADES

• Organizar materiais, instrumentos e local de trabalho.

• Manusear máquinas e/ou ferramentas de modelagem.

• Comunicar-se de maneira assertiva.

• Utilizar termos técnicos nas rotinas de trabalho.

• Mediar conflitos nas situações de trabalho.

• Pesquisar dados e informações.

• Selecionar tecido de malha adequado ao modelo.

• Avaliar o caimento da peça.

• Gerenciar tempo e rotinas de trabalho.

• Apresentar raciocínio espacial na costura e acabamento das peças do vestuário.

ATITUDES/VALORES

• Responsabilidade no cumprimento das normas de segurança no trabalho.

• Cordialidade no trato com as pessoas.

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

• Colaboração no desenvolvimento do trabalho em equipe.

• Responsabilidade e comprometimento com acordos estabelecidos.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 108


• Iniciativa no encaminhamento das atividades e na solução de problemas.

• Responsabilidade no descarte de materiais.

• Zelo pela limpeza e organização do ambiente de trabalho.

• Responsabilidade e comprometimento com a qualidade dos processos de modelagem.

Problematização
Para costurar peças em malha é preciso conhecer a elasticidade própria de cada construção
têxtil e considerá-la, não apenas no desenvolvimento das bases de modelagem, mas também
na escolha dos maquinários e na construção de peças de vestuário que trabalhem com
tecidos de elasticidades distintas. Assim deve-se observar:

• Quais características devem ser observadas na costura do tecido de malha?

• Quais maquinários são mais adequados para a costura de peças em tecidos com
elasticidade?

• Quais as especificidades de cada maquinário?

• Quais tecidos podem ser costurados juntos considerando suas elasticidades próprias?

Objetivos de aprendizagem
● Utilizar maquinário adequado para costura em malha.

● Analisar montagem correta de roupa.

● Costurar tecidos em malha.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
BRAINSTORMING E ELABORAÇÃO DE PAINEL DE INFORMAÇÕES
Os alunos analisam peças do guarda-roupa pessoal a fim de entender o processo de
fechamento. Em grupos, anotam os acabamentos encontrados, os diferentes tipos de
costura, as medidas de barras e margens das costuras de fechamento, dentre outras
informações relevantes. Em seguida constroem um painel de informações, no qual anotam
a relação entre o que foi analisado e o tipo de maquinário empregado. Ainda observando a
peça, elaboram a sequência de montagem, considerando a ordem em que as partes estão
unidas. Com as informações coletadas, fazem uma comparação da medida da peça acabada,
incluindo as margens de costura analisadas anteriormente. Relacionam essas medidas com
os traçados das modelagens, identificando onde as margens de costura devem ser colocadas

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 109


na preparação dos moldes para o corte. Na sequência, os alunos anotam as informações no
painel e, se possível, compartilham com o grupo.

Destacar a importância da correta colocação das margens de costura para a qualidade do


processo de produção.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Em grupo, os alunos analisam diversas camisas observando:

• Tipos de costuras, aviamentos, acabamentos e passamento (abertura das costuras e


cuidados).

• Melhorias do ponto de vista técnico e produtivo.

A proposta é que o grupo analise a peça do ponto de vista de montagem, do aspecto visual
de qualidade e acompanhem o processo produtivo (qualidade da camisa, pontos críticos,
tolerâncias e verificação de medidas).
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E EXPERIMENTAÇÃO
Os alunos observam e anotam o tipo de costura presente em determinadas peças de roupa.
Os registros são compartilhados e, então, o docente explana sobre as características e
diferenças entre ponto fixo e ponto corrente da máquina doméstica.

O próximo passo é indicar como as máquinas domésticas são reguladas para realizar o ponto
corrente, tanto de fechamento como de acabamento, considerando o tecido a ser costurado.
Se o maquinário do laboratório funcionar com a agulha dupla, o docente orienta como é feita
a passagem das linhas.
Os alunos executam exercícios em tecidos de malha para se familiarizar com o
funcionamento da máquina. É importante que o docente demonstre como as máquinas
overloque e galoneira funcionam e em que tipo de operação (partes da peça) são utilizadas.
Além disso, é imprescindível que os alunos realizem treinos de costura nessas máquinas e,
quando possível, façam os fechamentos das peças.

Caso os alunos não possuam experiência em costura, é recomendável que seja realizado
primeiramente um treino em tecido plano, em que realizem costuras em linhas retas, curvas
e cantos.

EXPERIMENTAÇÃO

O docente orienta os alunos para que cortem as peças e separem os aviamentos que serão
utilizados de acordo com o modelo. Demonstra uma sequência operacional de costura da
peça e, individualmente, cada aluno executa a montagem. Ao final, os alunos expõem as

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 110


peças, compartilham os desafios que enfrentaram, o que consideraram mais significativo na
atividade e o que fariam diferente na próxima montagem.
A ideia é promover a troca de experiências e valorizar a autoavaliação. É importante ressaltar
que existem diversos caminhos para realizar o fechamento das peças, além da sequência
operacional sugerida.

Vale destacar que não há necessidade de fechar todos os modelos traçados. O importante é
garantir que o aluno tenha contato com a diversidade de modelos, acabamentos e
características do tecido.

EXPERIMENTAÇÃO

Esta proposta pode ser utilizada para os exercícios de gradação de peças.

Demonstrar um processo de desconstrução, a partir de uma peça já confeccionada,


mostrando a organização de montagem, tipos de costura, aviamentos utilizados e
acabamentos. Após a demonstração, os alunos cortam (a partir da modelagem e ficha técnica
do modelo estudado), montam e confeccionam uma peça, de acordo com técnicas
demonstradas no processo de desconstrução.
EXPOSIÇÃO
Os alunos desenvolvem uma peça (que pode ser a mesma da situação anterior) seguindo os
passos abaixo:

• Escolha do modelo e seleção da modelagem (pronta) correspondente.

• Análise do modelo e preenchimento da ficha técnica.

• Corte do tecido.

• Processo de montagem de uma peça.

• Confecção da peça utilizando técnicas adequadas.

• Precificação do serviço.

Ao final, é organizada uma mostra das produções. Cada aluno apresenta seu trabalho, com
ficha técnica, preço, processo escolhido, justifica os critérios de qualidade definidos e a
tolerância, além dos tipos de acabamentos e aviamentos selecionados.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 111


UC9: Desenvolver processos sustentáveis.
CARGA HORÁRIA: 36 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM PROCESSOS DE CRIAÇÃO, CADEIA DE PRODUÇÃO,
COMUNICAÇÃO, VAREJO E CONSUMO DE MODA, ALÉM DE VIVÊNCIA EM PROJETOS OU DISCUSSÕES
RELACIONADAS À SUSTENTABILIDADE NA MODA E FORMAÇÃO EM NÍVEL SUPERIOR,
PREFERENCIALMENTE, NA ÁREA DE MODA.

Apresentação da UC
Esta Unidade Curricular tem como objetivo promover a construção de conhecimentos
relacionados às práticas que colaboram para a sustentabilidade na moda; apresentar
técnicas de criação, produção, comunicação e varejo a partir dos conceitos da economia
circular. Além de ampliar o repertório do aluno quanto a novas possibilidades de modelos de
negócios, formando profissionais capazes de argumentar e desenvolver projetos sob a ótica
da circularidade na moda.

Como as situações estão apresentadas


1. O caminho da roupa sustentável
2. O que tem por trás da roupa

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 112


1. O caminho da roupa sustentável

1. Propõe práticas sustentáveis no campo na moda, considerando os critérios da economia


circular.

CONHECIMENTOS

• Sustentabilidade: conceitos, aspectos históricos e aplicação na moda.

• Economia Circular: conceitos da criação à redução, reutilização, recuperação e


reciclagem de materiais e energias.

• Indústria 4.0: mudança de modelo mental e adoção de novas tecnologias aplicadas ao


negócio.

• Cadeia de extração e produção da moda: impactos sociais, ambientais, culturais e


econômicos, novos modelos de extração.

HABILIDADES

• Avaliar e desenvolver projetos orientados às práticas sustentáveis.

ATITUDES/VALORES

• Motivação para trabalhar por uma visão positiva de futuro.

• Comprometimento com a transformação de um novo jeito de “pensar e fazer moda”.

• Valorização de novos modelos de negócios baseados, por exemplo, na economia


solidária e em resgastes culturais.

Descrição da situação
Os altos índices de poluição no planeta são tema de discussões mundiais. Diversos segmentos
do mercado assim como órgãos públicos já vêm atuando na construção de práticas e leis que
contribuem para uma existência mais equilibrada do ser humano na Terra. O campo da moda
não fica de fora dessa pauta: trata-se de uma longa cadeia, com inúmeros impactos sociais,
econômicos, ambientais e culturais.
A grande questão, é como podemos continuar a fazer moda, potencializando seus impactos
positivos, como empregabilidade, evoluções tecnológicas ou mesmo o poder da valorização

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 113


da identidade que uma roupa tem, sem poluir ou degradar o meio ambiente ou estabelecer
modelos de trabalho precários, que desrespeitam os direitos humanos.
Da extração a indústria, da criação a comunicação, só há um caminho para a roupa
sustentável, e ele é circular.

Objetivo de aprendizagem
● Reconhecer os impactos de uma peça de roupa: desde a sua criação, produção,
comercialização e descarte.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
PESQUISA, LEITURA DE TEXTOS, APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE VÍDEO
Os alunos assistem vídeos e/ou leem textos disponibilizados previamente. A proposta é
possibilitar que o grupo tenha um contato inicial com o tema que vai ser trabalhado.
Exemplos:
Conceitos gerais sobre Economia Circular
O que é Economia Circular?

• ELLEN MACARTHUR FOUNDATION. Disponível em:


https://www.ellenmacarthurfoundation.org/circular-economy/what-is-thecircular-
economy. Acesso em: 3 mar. 2021.

• THE CIRCULAR Economy: Rethinking Progress. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (3min48s).
Publicado pelo canal Ellen MacArthur Foundation. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=z5bNocDSyfg&feature=emb_logo. Acesso em: 3
mar. 2021.

• ECONOMIA Circular. Disponível em: https://www.ideiacircular.com/economia-circular/.


Acesso em: 3 mar. 2021.

O que é Design Circular?


• DESIGN Circular. Disponível em: https://www.ideiacircular.com/design-circular/. Acesso
em: 3 mar. 2021.

Moda e Economia Circular


• MODA e Economia Circular. Disponível em:
https://www.ellenmacarthurfoundation.org/explore/fashion-and-thecircular-economy.
Acesso em: 3 mar. 2021.

Relatório Fios da Moda é Chamado Para Mudança e Ferramenta Para Transformação.


• RELATÓRIO fios da moda. Disponível em: https://www.modefica.com.br/relatorio-fios-
da-moda-2/#.YDZaMGhKjIU. Acesso em: 3 mar. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 114


Fios da Moda: perspectiva sistêmica para circularidade.
• FIOS da moda. Disponível em: https://reports.modefica.com.br/fios-da-moda/. Acesso
em: 3 mar. 2021.

• VAVOLIZZA, R. Design sustentável para a moda. Curitiba: Appris, 2020.

Cadeia da moda
• FASHION Revolution. Disponível em: https://www.fashionrevolution.org/south-
america/brazil/. Acesso em: 3 mar. 2021.

• EDUCAR para revolucionar. Disponível em:


https://drive.google.com/file/d/1BbKEFB1dVH1Ee229ofCin1u7pmAqMQm8/view.
Acesso em: 3 mar. 2021.

• USE a mudança que você quer ver. Disponível em: https://goodonyou.eco/about/.


Acesso em: 3 mar. 2021.

• PESQUISA Revela: 97% das Pessoas Acreditam que a Moda Está Relacionada às
Alterações Climáticas. Disponível em: https://www.modefica.com.br/pesquisa-revela-
97-das-pessoas-acreditamque-a-moda-esta-relacionada-as-alteracoes-
climaticas/#.YDa43GhKjIU. Acesso em: 3 mar. 2021.

Novas economias
• Por um futuro regenerativo. Disponível em:
http://pontoeletronico.me/pt/2020/04/28/por-um-futuro-regenerativo/. Acesso em: 3
mar. 2021.
BRAINSTORMING E EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Os alunos participam de um brainstorming com foco na seguinte questão: Qual é o caminho
da moda sustentável?
As contribuições são organizadas em uma nuvem de palavras, que pode ser resgatada em
outros momentos do curso, e aprimorada com novos inputs, considerando o aprendizado
dos alunos ao longo do curso.
Esta ferramenta contribui para avaliar as evoluções de compreensão da temática, além de
traduzir um macro resumo das aulas que pode ser material de consulta para os participantes
pós-curso.
DISCUSSÃO DE CASO
Exemplos práticos que traduzem as reflexões provocadas acima. Os casos são importantes
para concretizar as possibilidades e aplicabilidade da sustentabilidade na moda.
Selecionar um ou mais cases com exemplos práticos de marcas/empresas para discussão em
grupo. Valorizar o conhecimento prévio e interesses do grupo.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 115


A intenção é ampliar o olhar dos alunos sobre aplicação de práticas sustentáveis em linha
com a lógica da Economia Circular, com respeito às empresas e/ou profissionais envolvidos.
O docente pode assumir uma postura mais observadora ou participar ativamente.

Cases e fontes para pesquisa:


• Patagônia - plataforma para prolongar o ciclo de vida de roupas usadas.

PATAGONIA. Disponível em: https://wornwear.patagonia.com/. Acesso em: 3 mar. 2021.


• Adidas - Moletom Circular.

FASTCOMPANY. Disponível em: https://www.fastcompany.com/90371799/for-adidas-


stella-mccartney-ismaking-new-clothes-by-liquifying-old-ones. Acesso em: 3 mar. 2021.
• Nike - Move to Zero.

NIKE. Disponível em: https://www.nike.com/sustainability. Acesso em: 3 mar. 2021.


• Used Gear - plataforma para comércio de roupas usadas.
Disponível em <https://www.usedgear.arcteryx.com/> Acesso em 03mar.2021
• Eileen Fisher – compromisso com a durabilidade das roupas e retorno da roupa usada.

EILEENFISHER. Disponível em: https://www.eileenfisher.com/waste-no-more. Acesso em: 3


mar. 2021.
• Unspun – jeans sob medida, com menos desperdícios.
UNSPUN. Disponível em: https://unspun.io/. Acesso em: 3 mar. 2021.
• Revoada – transformação de resíduos + atuação com a cadeia de fornecedores.
REVOADA. Disponível em: https://www.revoada.com.br/quem-somos/. Acesso em: 3 mar.
2021
• Insecta Shoes – insumos reciclados e serviço de descarte.
INSEACTASHOES. Fechando o ciclo. Disponível em:
https://insectashoes.com/pages/fechando-o-ciclo. Acesso em: 3 mar. 2021.
• Renner – Logística reversa.

LOJAS Renner. Sustentabilidde: logística reversa. Disponível em:


https://www.lojasrennersa.com.br/pt_br/sustentabilidade/logisticareversa. Acesso em: 3
mar. 2021.
• Renner – Produtos menos impactantes.

LOJAS Renner. Sustentabilidade: Disponível em:


https://www.lojasrennersa.com.br/pt_br/sustentabilidade/produtosmenos-impactantes.
Acesso em: 3 mar. 2021.
• Fundação Hermann Hering - Projeto Trama Afetiva.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 116


FUNDAÇÃO Hermann. Trama afetiva. Disponível em:
http://fundacaohermannhering.org.br/projeto/trama-afetiva. Acesso em: 3 mar. 2021.
• Fundação Hermann Hering – DOC Trama Afetiva 2019.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-NODbF4sx5E. Acesso em: 3 mar.


2021.
• Fundação Hermann Hering – Retrama.

DOC TRAMA Afetiva 2019. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (9min21s). Publicado pelo canal
Fundação Hermann Hering. Disponível em:
http://fundacaohermannhering.org.br/projeto/retrama. Acesso em: 3 mar. 2021.
LEITURA DE TEXTO E BRAINSTORMING
Os alunos leem um texto compartilhado pelo docente, referente aos novos modelos de
pensar e fazer moda. Na sequência, o docente propõe um brainstorming sobre a construção
do caminho da moda sustentável.

Leituras:
• A última missão da North Face? Roupas que duram para sempre.

FASTCOMPANY. Disponível em: https://www.fastcompany.com/90459923/the-north-faces-


latest-questclothes-that-last-forever. Acesso em: 3 mar. 2021.
• O Papel do Design Inteligente Para Sustentabilidade e Circularidade na Moda.

DESIGN Circular. Disponível em: https://www.modefica.com.br/design-circular-


modasustentavel/#.YDa45WhKjIU. Acesso em: 3 mar. 2021.
• Yoox usou inteligência artificial para projetar sua primeira Coleção de Marca Própria.
FASHIONISTA. Disponível em: https://fashionista.com/2018/11/yoox-private-label-
collection. Acesso em: 3 mar. 2021.
• Indústria 4.0: Entenda seus conceitos e fundamentos.

PORTAL da Indústria. Disponível em: http://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-


z/industria-4-0/. Acesso em: 4 mar. 2021.
PESQUISA
Organizados em grupos ou de forma individual, os alunos têm como desafio identificar
informações divulgadas nas etiquetas das roupas. Essa proposta pode ser realizada em lojas
físicas, on-line ou em peças do acervo dos alunos. Qual a composição? Há misturas de fibras
nesta peça? Qual a origem? Há dados sobre o quanto de água ou outros recursos naturais
foram usados nessa roupa? Há instruções quanto ao descarte dessa peça pós-uso? Quais as
instruções de lavagem e cuidados para durabilidade da roupa? Há alguma informação sobre
os impactos ambientais gerados na produção dessa peça? Quais os processos de produção
podemos perceber nesta roupa (tingimento, costura, estamparia, bordado, acabamento com
botões etc.)?

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 117


Após compilarem as informações, os alunos avaliam os dados coletados e definem o possível
ciclo de vida deste produto. Onde nasceu? Quem produziu? Qual caminho percorreu?
Quanto de água consumiu na produção? Quanto tempo vai durar em uso? Qual o seu destino
possível após o uso? Sua composição potencializa um maior ciclo de vida?
Além disso, consultam referências bibliográficas, identificam e compartilham os problemas
e aspectos positivos dessa roupa sob a ótica da Economia Circular.
Esta atividade tem o objetivo de contribuir para que o aluno amplie seu repertório quanto à
extensa e complexa cadeia da moda, identifique possíveis impactos ambientais e sociais, e
perceba como escolhas no início do processo, podem impactar no uso e descarte da roupa.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 118


2. O que tem por trás da roupa

2. Planeja ações e projetos de moda, com base em conceitos que ampliam e impactam o
ciclo de vida do produto.
3. Comunica o posicionamento sustentável da marca, levando em conta o consumo
consciente.

CONHECIMENTOS

• Sustentabilidade como proposta de valor na comunicação e varejo de moda.

• Novos modelos de negócios e consumo: economia compartilhada, solidária,


colaborativa.

HABILIDADES

• Definir processos de criação de produtos concretos que tenham efeito positivo para as
pessoas e para o planeta.

• Comunicar sustentabilidade nas perspectivas econômica, social, ambiental e cultural.

ATITUDES/VALORES

• Engajamento em iniciativas de combate à poluição e à regeneração de ecossistemas.

• Responsabilidade com ciclo de vida de produtos do campo da moda.

Problematização
Importante despertar o senso de responsabilidade sobre o ciclo de vida do produto de moda,
tanto em designers e profissionais que atuam no mercado profissional quanto nos
consumidores, assim, vai ser possível construir o caminho da sustentabilidade na moda.
Por isso, torna-se cada vez mais necessário questionar: de onde vem a roupa que vestimos?
Como ela foi produzida? O que tem “por traz” da etiqueta? E para onde ela vai depois que
não a queremos mais?
A nova Indústria 4.0 e os seus desafios são uma das bases importantes nessa mudança no
“jeito de fazer” moda. Combinada com o design, a tecnologia a favor da sustentabilidade é a
chave para concretizar a Economia Circular e promover um mercado com produtos

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 119


realmente sustentáveis, que cumprem o seu papel funcional e estabelecem um espaço para
comunicar e educar sobre o tema.

Objetivos de aprendizagem
• Compreender o ciclo de vida de cada peça e como o tornar circular, afastando-o dos
formatos lineares.

• Desenvolver o senso crítico quanto ao que realmente é sustentabilidade na moda, não


contribuindo ou promovendo “falsas sustentabilidades”, focadas em um único processo
ou atributo e desconsiderando ciclo de vida completo da roupa.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO
Cada aluno seleciona uma peça de roupa que possui no armário, por exemplo uma camiseta,
e responde algumas perguntas sobre o ciclo de vida do produto. Exemplos:
• Como essa peça de roupa foi pensada/desenhada? Quais os impactos do seu design no
seu ciclo de vida?
• Qual a origem da fibra que é utilizada nesta peça de vestuário? Quais os impactos da
escolha de determinadas fibras e matérias-primas na sua extração, produção e descarte?
Como essa escolha pode contribuir para a Economia Circular?
• Como foi a produção dessa peça de vestuário? Ela foi reproduzida em um modelo de
produção linear ou circular?
• Como essa peça chegou ao seu guarda-roupa? Qual a logística que ela percorreu? Quais
os formatos, desafios e impactos dessa logística e do varejo de moda? Como as novas
economias criativa e solidária, se conectam com esse tema da moda sustentável?
• O que essa peça de roupa diz para e sobre você? Quais as histórias e valores que ela
carrega? Ela traduz os seus valores e crenças? Essa roupa constrói a sua visão de futuro?
• Qual é o destino dessa peça de roupa? Para onde ela vai depois que você não a quer
mais? E depois? E depois? E depois? É possível a reciclagem dessa roupa? Ela foi pensada
sob a lógica circular?
• Qual a relação que essa peça de roupa pode ter com os desafios climáticos e de
desigualdade social discutidos no mundo?
As respostas podem ser trabalhadas em grupo ou cada aluno pode preparar uma
apresentação para o grupo.

Avaliar com o grupo a possibilidade de organizarem uma exposição, que possa ser
compartilhada com a Comunidade Escolar, com imagens das peças analisadas e as
possibilidades de um ciclo de vida mais sustentável para a roupa.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 120


PESQUISA
Em duplas ou individualmente, os alunos pesquisam e compartilham informações sobre
marcas e empresas de moda que se posicionam com práticas e ações sustentáveis e, a partir
dos conceitos de Economia Circular, avaliam esta comunicação identificando se realmente
são práticas que contribuem para a sustentabilidade, se há coerência entre o “fazer” e o
“comunicar”, se há transparências nas informações ou quais as “falhas” e oportunidades que
a marca/empresa teria para potencializar a lógica circular no seu jeito de fazer e comunicar
moda.

Incentivar e valorizar pesquisa em bibliografia específica, mídias digitais e contato com


profissionais da área.
Esta atividade contribui para que o aluno desenvolva senso crítico, principalmente quanto à
comunicação de práticas sustentáveis de marcas e empresas.
EXPERIMENTAÇÃO
Em grupos, os alunos prototipam um produto/negócio da moda, atendendo as seguintes
reflexões, baseados nas possibilidades e práticas da Economia Circular:
• Do que essa roupa é feita?
• Como foi o processo de extração e produção?
• Qual o destino possível dessa roupa após o seu primeiro ciclo de vida?
• Como será a comunicação deste produto ao consumidor?

Sugere-se que a apresentação seja construída em formato de storytelling (vídeo, quadrinhos


ou animação). A intenção é promover um espaço de construção e ideação de um cenário
possível para uma nova história da moda sustentável, baseada na lógica CIRCULAR.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 121


UC10: Aplicar processos de inovação e tecnologias na
moda.
CARGA HORÁRIA: 48 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
DE MODA E FORMAÇÃO, PREFERENCIALMENTE, EM MODA, MARKETING OU DESIGN.

Apresentação da UC
A necessidade constante por inovação e emprego de tecnologias no processo criativo,
produtivo e de comercialização nunca foi tão latente como no século 21. Nesta Unidade
Curricular, o aluno compreende a relação entre inovação, tecnologias e produto de moda,
além de aplicar esses recursos no gerenciamento das coleções.

Como as situações estão apresentadas


As situações de aprendizagem consideram dois momentos importantes para o
desenvolvimento de uma visão inovadora da gestão de coleções de moda e do uso assertivo
das tecnologias mais atuais.

1. Tecnologias e suas aplicações


2. Processos de inovação na moda

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 122


1. Tecnologias e suas aplicações

1. Propõe melhoria de processos e produtos, a partir da seleção de tecnologias.

CONHECIMENTOS

• Tecnologias aplicadas à matéria-prima, à produção e à comercialização.

• Relação entre inovação e tecnologia: cultura organizacional, diferencial competitivo,


viabilização para pequenos negócios e casos de sucesso.

• Referências em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e inovação para moda: feiras


e eventos, veículos de comunicação especializados, instituições e organismos dedicados.

HABILIDADES

• Monitorar as evoluções tecnológicas.

• Pesquisar dados e informações.

• Organizar e analisar dados.

• Empregar ferramentas de inovação e tecnologia às demandas do projeto.

ATITUDES/VALORES

• Incentivo à reflexão crítica.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

Problematização
A indústria da moda vive um enorme paradoxo, de um lado o setor fabril pouquíssimo
industrializado, com processos manuais ainda de séculos passados e, do outro, o varejo, que
buscando uma resposta para as demandas do consumidor contemporâneo, tem investido de
forma significativa em novas tecnologias e soluções inovadoras. Partindo desses aspectos, é
possível refletir sobre alguns pontos-chave:
O que são tecnologias? Quais são aplicáveis à moda?

Como se manter informado sobre as novidades tecnológicas?

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 123


Quais são as tecnologias mais modernas para os segmentos de matéria-prima, produção e
comercialização?
Como as tecnologias podem gerar diferencial competitivo para uma marca de moda?

Quais cases de sucesso podem ser inspiradores para uma marca de moda?
Como selecionar e viabilizar tecnologias adequadas para um determinado público-alvo?

Objetivos de aprendizagem
• Compreender a importância e função da tecnologia para moda.

• Pesquisar novidades e tendências em tecnologia.

• Identificar as tecnologias mais adequadas a um segmento de moda.

• Selecionar tecnologias adequadas para perfil do público-alvo.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E ELABORAÇÃO DE MAPA MENTAL
A partir da matriz Certezas, Suposições e Dúvidas (CSD), explorar o conhecimento prévio dos
alunos sobre o que é tecnologia, sua utilidade na moda e incentivar pesquisas de
aprofundamento. Os resultados podem ser apresentados para discussão com o grupo, a
partir de mapas mentais.
PESQUISA E ELABORAÇÃO DE MURAL

A fim de conhecer as principais fontes de pesquisa sobre tendências e lançamentos de novas


tecnologias, bem como quais são essas novidades, propor que os alunos pesquisem as
principais feiras, eventos, revistas especializadas, organismos e instituições da área. Os
resultados podem ser apresentados em formato de mural físico ou digital.

Sugerir que os alunos se organizem em grupos para realização de pesquisas segmentadas nas
três principais áreas: processos produtivos; matéria-prima e insumos; comercialização. Essa
organização pode facilitar o levantamento dos dados, haja vista o enorme leque de
possibilidades.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Partindo das pesquisas realizadas sobre tendências, lançamentos e fontes de pesquisa para
o segmento de novas tecnologias, estimular que os alunos reflitam e criem possibilidades de
aplicação ou adequação desses dados no segmento de moda. Por exemplo: como uma
impressora 3D pode ser útil para uma confecção? Como uma projeção holográfica pode ser
útil no varejo? Como a Inteligência Artificial pode auxiliar no processo de criação?

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 124


BATE-PAPO
Convidar profissionais com expertise no uso de tecnologias para criação, produção,
confecção ou comercialização de produtos do segmento criativo (moda, beleza e decoração),
que possam relatar suas experiências.

Propor que os alunos pesquisem sobre o segmento que o convidado vai abordar e
estruturem questões para serem direcionadas aos profissionais no momento do bate-papo.
Um mapa visual pode ser construído como síntese.

Considerar a participação de ex-alunos, professores da Rede Senac especialistas no tema ou,


ainda, incentivar que os alunos sugiram nomes de profissionais que conhecem ou gostariam
de ouvir.

A série de livros em três volumes Inovação, Estudos e Pesquisas: reflexões para o universo
têxtil e de confecção traz importantes contribuições para aprofundamento e discussão da
temática com os alunos, especialmente o Volume I - Capítulo 2 - Tecnologias.

• SABRÁ, F. G. C.; NORONHA, C. P. da S. B. de; MIRANDA, J. M. S. de; MENDONÇA, A. L. G.


Inovação, estudos e pesquisas: reflexões para o universo têxtil e de confecção. Rio de
Janeiro: Senai Cetiqt; São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2012. v. 1.
DISCUSSÃO DE CASO E APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Encontrar referências de sucesso no mercado de atuação pode ser um facilitador para
compreensão da aplicabilidade, abrangência e relevância dos conceitos e ferramentas, por
isso o docente pode incentivar os alunos a pesquisarem casos de sucesso que possam ser
discutidos e apresentados em plenária.
PESQUISA
Considerando que o interesse e uso por tecnologias não é igualitário entre os consumidores
e a necessidade de adequá-las ao perfil dos usuários, os alunos devem ser estimulados a
pesquisar de forma direta com o público-alvo, de marcas distintas, quais são seus interesses,
hábitos e comportamentos em relação às tecnologias (produto, processo e consumo).

Retomar os conceitos de Grupos Geracionais e relacioná-los com o perfil do público-alvo. Há


diversas pesquisas, em múltiplos segmentos de consumo, que estabelecem interesses,
hábitos e comportamentos dos Grupos em relação às tecnologias. Como suporte, consultar
o livro:

• MORACE, F. Consumo autoral: os novos núcleos geracionais. São Paulo: Estação das
Letras e Cores, 2018.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 125


2. Processos de inovação na moda

2. Inova na gestão de produtos, processos e pessoas, conforme às demandas do mercado-


alvo.

3. Implementa gerenciamento de coleção de moda, de acordo com ferramentas de


inovação.

CONHECIMENTOS

• Economia criativa: perfil, dados e setores.

• Inovação e seus principais tipos: roda da inovação de Larry Keeley.

• Parâmetros da inovação: radical, incremental, disruptiva e substancial.

• Relação entre inovação e tecnologia: cultura organizacional, diferencial competitivo,


viabilização para pequenos negócios e cases de sucesso.

• Referências em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e inovação para moda: feiras


e eventos, veículos de comunicação especializados, instituições e organismos dedicados.

• Ferramentas de inovação aplicadas à moda.

HABILIDADES

• Monitorar as evoluções tecnológicas.

• Pesquisar dados e informações.

• Organizar e analisar dados.

• Empregar ferramentas de inovação e tecnologia às demandas do projeto.

• Solucionar problemas de forma inovadora.

ATITUDES/VALORES

• Compromisso com a inovação.

• Incentivo à reflexão crítica.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 126


Problematização
Existe uma máxima, bastante difundida entre os profissionais, que a Moda não criou
nenhuma peça nova a partir das minissaias, na década de 1960. Mesmo vivendo um revival
sem fim desde então, a moda ainda consegue ser relevante e consumida. Isso só é possível
quando entendemos o conceito de inovação e sua aplicação para além do design. Partindo
desses aspectos, é possível refletir sobre alguns pontos-chave:

• O que é Economia Criativa? Qual a relação com a Moda?

• Por que a inovação extrapola o design?

• Quais são os tipos de inovação possíveis?

• O que há de inovação em matéria-prima, produção e comercialização?

• Como a inovação pode gerar diferencial competitivo para uma marca de moda?

• Por que a cultura organizacional impacta na implantação de soluções inovadoras?

• Quais cases de sucesso podem ser inspiradores para uma marca de moda?

• Quais são os processos de inovação mais usados no mercado?

• Há no mercado recursos técnicos e financeiros disponíveis para tirar projetos inovadores


do papel?

Objetivos de aprendizagem
● Compreender a importância e função da inovação para moda.

● Pesquisar exemplos de inovação na moda.


● Aplicar processos de inovação na gestão do produto de moda.

BATE-PAPO
Convidar profissionais “criativos” dos segmentos da moda, beleza, decoração ou
propaganda, para relatar suas experiências e processos. Propor que os alunos pesquisem
sobre o segmento que o convidado vai abordar e estruturem questões para serem
direcionadas aos profissionais no momento do bate-papo. Um mapa visual pode ser
construído como síntese.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE VÍDEO E DEBATE
O documentário The Next Black (David Dworsky, Victor Köhler, 2014, 47 min, AEG) apresenta
designers, inovadores e líderes que definem o futuro da moda. O documentário visa
melhorar a compreensão sobre a evolução e o desenvolvimento tecnológico em tudo o que
envolve os tecidos, criação de roupas, bem como as crescentes preocupações com a
sustentabilidade.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 127


• THE NEXT Black. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (46min55s). Publicado pelo AEG. Disponível
gratuitamente em: https://youtu.be/XCsGLWrfE4Y. Acesso em: 16 set. 2021.

Os alunos registram suas observações e considerações sobre o documentário para nortear


um debate.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA E ELABORAÇÃO DE MURAL
A partir de um briefing fornecido pelo docente, os alunos são estimulados a conhecer e
aplicar as ferramentas e metodologias de inovação, como Design Thinking, na busca por
soluções no desenvolvimento de produtos e coleções de moda. Os processos e seus
resultados são apresentados por meio de murais físicos ou digitais.

Na plataforma Educação no Futuro (http://labsenac.com.br/) há disponível para download e


impressão (em Material de apoio > Ferramentas) o toolkit de Design Thinking do Senac São
Paulo, o qual tem o objetivo de ajudar a planejar, executar e iterar processos de design de
maneira ágil e eficiente.

O documentário Design & Thinking é um dos mais importantes sobre o tema. Apresenta
entrevistas com grandes expoentes da área, como Tim Brown, Roger Martin, Bill Moggridge,
David Kelley e outros pensadores de design reconhecidos. Além de explicar o conceito de
Design Thinking, seu impacto no mundo e nos modelos de negócios (Design & Thinking, 2012,
Documentário, 1h14min, Produção Muris.

• DESIGN Thinking Movie. Disponível em: http://designthinkingmovie.com/. Acesso em:


17 set. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 128


UC11: Decodificar tendências comportamentais,
culturais e de consumo.
CARGA HORÁRIA: 48 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM BIRÔS DE TENDÊNCIAS OU CRIAÇÃO,
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS CULTURAIS E DE CONSUMO, NO CAMPO DE ATIVIDADES
DIVERSAS COMO SETOR TÊXTIL, INDUSTRIAL, DE BELEZA, DESIGN, GASTRONOMIA, HOTELARIA E
FORMAÇÃO, PREFERENCIALMENTE, EM PUBLICIDADE, MODA, BELEZA, ARTES OU DESIGN.

Apresentação da UC
Para o planejamento e desenvolvimento de produtos e serviços de moda é necessário o
conhecimento prévio dos perfis, hábitos e estilos de vida dos consumidores. Pesquisar e
analisar a relação entre o consumo, as necessidades e anseios, quer seja para supri-los ou
para geri-los de forma inovadora, é competência de um coolhunter. Suas buscas e
decodificações fazem parte da etapa inicial para o desenvolvimento estratégico de matérias-
primas, produtos e serviços.

Como as situações estão apresentadas


1. Identificação de padrões e novas tendências de consumo
2. Desenvolvimento de novos produtos e serviços

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 129


1. Identificação de padrões e novas tendências de consumo

1. Identifica padrões de consumo, baseando-se nas demandas do mercado.

2. Aponta sinais, a partir da intersecção entre áreas diversas do conhecimento e da


sociedade.

3. Desenvolve relatório, considerando o mapeamento de tendências.

CONHECIMENTOS

• História contemporânea da moda e antropologia: o papel do coolhunting.

• Tipos de pesquisa: ferramentas e organização de dados.

• Trendsetters: tribos, grupos influentes e ciclos de disseminação da tendência.

• Relatórios de pesquisa: elaboração de texto, construção de narrativas, design e


metodologia para a elaboração de apresentações.

HABILIDADES

• Organizar conteúdos.

• Selecionar imagens de representação de tendências.

• Mapear tendências.

• Elaborar storytelling.

ATITUDES/VALORES

• Busca constante por ampliação de repertório cultural.

• Atitude propositiva na busca de soluções.

• Incentivo ao pensamento criativo e à reflexão crítica.

• Valorização e respeito à diversidade.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 130


Descrição da situação
A oferta de serviços e produtos é orientada pelas necessidades e desejos de grupos de
consumo. Para pesquisa, análise, interpretação, correlação e predição de tendências, deve-
se compreender a função do coolhunter. Essa profissão/função é responsável por decodificar
as variáveis que presentificam e projetam tendências atuais e futuras. Assim, tanto a vida
pulsante nos grandes centros ou territórios de fuga, bem como, as estratégias
mercadológicas de grandes marcas expostas em vitrinas, fashion films ou campanhas
publicitárias em geral, nos apontam valores, desejos, hábitos ou culturas em ascensão. E
estes, possuem impactos globais ou locais em função de perfis de consumo analisados ou
territórios. Compreender o papel do coolhunting, suas técnicas de pesquisa, análise de
tendências; a interpretação de sinais de novos cenários, e ainda, o desenvolvimento de
relatório textual e imagético que oriente empresas a se posicionarem no mercado, é
necessário para o desenvolvimento de produtos de moda. Assertividade para a venda no
tempo presente ou, ainda, inovação, para conquista de clientes e estratégia de mercado no
futuro.
Objetivos de aprendizagem
● Compreender o papel do coolhunting.

● Analisar os grupos influentes e ciclos de disseminação de tendências.

● Interpretar os sinais de comportamento e desejos do consumidor.


● Desenvolver relatórios de pesquisa de tendência em consumo.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e


recursos:
ENTREVISTA E EXPOSIÇÃO DIALOGADA

O grupo pesquisa a rotina de trabalho de um coolhunter e suas práticas de pesquisa. Caso


seja possível, um profissional da área é entrevistado pelos alunos, compartilhando
curiosidades sobre atuação na área, desafios, como se deu sua inserção e aprimoramento
profissional, práticas de pesquisa e últimos relatórios de pesquisa publicados pelo
profissional ou empresa.

Pesquise os principais bureaux de pesquisa que possuem perfis nas redes sociais.

• BOX 1824. Disponível em: https://box1824.com/. Acesso em: 17 set. 2021.

• RADAR 55. Disponível em : https://www.radar55.com/. Acesso em: 17 set. 2021.

• TREND STOP. Disponível em: https://www.trendstop.com. Acesso em: 17 set. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 131


• WGSN. Disponível em: https://www.wgsn.com/. Acesso em: 17 set. 2021.

PESQUISA

A atividade visa identificar padrões de consumo. O docente seleciona com os alunos um


importante evento (Exemplo: Oscar, Jogos Olímpicos). Individualmente ou em grupos, os
alunos analisam a repetição da adoção de peças e atitudes.

Apresentar uma tabela com variáveis para exemplificar a análise. Exemplo de variáveis:
cabelo, calçados, maquiagem, unhas, modelagem, tipos de tecidos predominantes,
comprimentos, cores. É possível analisar: a recorrência e a discrepância.
PESQUISA E WEBQUEST
O docente apresenta as fontes de pesquisa do Coolhunting que sinalizam tendências para
mapeamento online. Em grupos, os alunos escolhem um segmento de mercado ou um perfil
de consumo para levantar informações. Por exemplo, maquiagem para mulheres
contemporâneas. Cada grupo deve pesquisa textos, imagens, comportamentos e possíveis
inovações para apresentação em plenária.
CAÇA A COOLEXAMPLES
A partir de metodologias de coolhunting o docente orienta como se dá a organização e
apresentação dos coolexamples em formulários específicos. Os alunos podem trabalhar de
forma colaborativa a partir de um mesmo objetivo de coolhunting, aumentando as
evidências para uma nova tendência. No artigo Tendências: um estudo comparativo entre a
plataforma TrendsObserver (Portugal) e o Futuro do Presente Laboratório (Brasil), Silvia
Regina Rech apresenta duas das principais metodologias de coolexamples.
• RECH, S. R. Tendências: um estudo comparativo entre a plataforma TrendsObserver
(Portugal) e o Futuro do Presente laboratório (Brasil). Revista Convergências,
Florianópolis. Disponível em: http://convergencias.esart.ipcb.pt/?p=article&id=317.
Acesso em: 17 set. 2021.

Deve ser observado um padrão de consumo e o apontamento do início da quebra desse


padrão.
Utilizar segmentos diferentes para observação. Exemplos: moda, design, música, tecnologias
e beleza.

Indique plataformas e redes para pesquisa como Google Arts & Culture, sites de street style,
bureaux de pesquisa.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 132


BRAINSTORMING

O grupo identifica sinais de mudanças no comportamento de consumo. O docente apresenta


macrotendências atualizadas (exemplo: economia circular, sustentabilidade, upcycling,
dentre outras) e promove um brainstorming. Com as macrotendências levantadas pelo
grupo, o docente solicita aos alunos que, individualmente, pesquisem e criem painéis com
imagens e textos que confirmem os pontos levantados.

Relatórios anuais de tendências de consumo.

• WHITE PAPER. Disponível em: https://go.euromonitor.com/white-paper-EC-2021-Top-


10-Global-Consumer-Trends-PG.html. Acesso em: 27 jul. 2021.

Use um recurso tecnológico para cocriação no brainstorm:


• MINDMEISTER. Disponível em: https://www.mindmeister.com. Acesso em: 17 set. 2021.

A UC1 analisa e interpreta os modos de ser e viver em distintas épocas, culturas e territórios.
Procure correlacionar essas duas Unidades Curriculares e estimular a autonomia dos alunos.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E EXPERIMENTAÇÃO

O docente apresenta relatórios de pesquisa e destaca técnicas de montagem, utilizando


programas como, por exemplo, PowerPoint e Keynote. Trabalha com o grupo noções básicas
de design, como composições, paleta de cores e formatos. Os alunos elaboram um esboço
de um relatório com suas próprias narrativas visuais e textuais, que representem o conceito
que queiram apresentar.

Revisitar os materiais históricos do Senac Moda Informação como modelo de apresentação.


• SENAC. Eventos. Disponível em: https://www.sp.senac.br/senac-evento. Acesso em: 17
set. 2021.

Utilize a formatação de um e-book:


• MODELOS de E-book. Disponível em: https://pt.venngage.com/blog/modelos-de-
ebook/. Acesso em: 27 jul. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 133


2. Desenvolvimento de novos produtos e serviços

4. Elabora produtos e/ou serviços inovadores, a partir de pesquisas de tendências.

CONHECIMENTOS
• Atuação do coolhunter: mapeamento de tendências em áreas como moda, design,
publicidade, entre outras.
• Mercado e inovação: nichos e lacunas para criação de novos produtos ou serviços.
• Análise de conteúdos culturais: questões econômicas, sociais, ambientais e novos
movimentos.

HABILIDADES
• Organizar conteúdos.
• Selecionar imagens de representação de tendências.
• Traduzir movimentos de mudanças.
• Aplicar elementos de inovação.

ATITUDES/VALORES
• Busca constante por ampliação de repertório cultural.
• Atitude propositiva na busca de soluções.
• Compromisso com a inovação.
• Incentivo ao pensamento criativo e à reflexão crítica.
• Comprometimento com a construção de cenários futuros e práticas sustentáveis de
produção.
• Valorização e respeito à diversidade.

Descrição da situação
A análise de macrocenários possibilita a identificação de problemas e oportunidades. O
reconhecimento de novos desejos e hábitos de consumo auxiliam no desenvolvimento de
novas tendências. Essa ação de predição é fundamentada por observações de valores que
caducam e por novos que tendem a substituí-los. Valores, comportamentos, necessidades e
desejos são influenciados por diretrizes sociais, políticas, econômicas, jurídicas, meio-

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 134


ambientais e legais. Assim, é importante o exercício da visão e análise sistêmica e inovadora
para o desenvolvimento de novos produtos e serviços mercadológicos.
Objetivos de aprendizagem
• Interpretar os sinais de comportamento e desejos do consumidor.
• Aplicar previsões de tendências em práticas mercadológicas.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
A atividade estimula o desenvolvimento de produto baseado em tendências A proposta é a
interpretação dos registros do mapeamento online para análise dos padrões e movimentos
em esfera local e global, explorando possíveis lacunas de mercado ou futuras tendências para
apresentar a projetos ou empresas. Os alunos usam os elementos pesquisados e
decodificados para criar um produto, coleção ou serviço, a partir de uma estética específica,
capaz de atingir um público consumidor.

Use a ferramenta de Design Thinking “E se...”


Por exemplo: “E se o planeta Terra se tornasse inabitável? ”.
EXPERIMENTAÇÃO
Utilize a análise PEST ou STEMP para averiguar as áreas que podem gerar inovação. Em
grupo, selecione uma área para identificação de problemas e oportunidades. Por exemplo:
Pense no FUTURO DAS ROUPAS e veja como esse futuro pode se comportar diante dos
cenários da análise (S de Social, T de Tecnológico, E de Econômico e P de Político-legal).

• SEBRAE. Análise stemp e de tendências dos macroambientes. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=lOzqU3y5u-0 ou
https://www.infoescola.com/administracao_/analise-pest/. Acesso em: 27 jul. 2021.
DISCUSSÃO DE CASO
A partir do estudo de casos pré-selecionados, desenvolver uma discussão com o grupo sobre
processos e produtos que surgiram a partir de novas épocas ou comportamentos. Como, por
exemplo, a poliamida e as estratégias bélicas ou, ainda, o movimento de proteção aos
animais e os produtos livres de crueldade animal.

KIM, W. C.; MAUBOURGNE, R. A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e tornar a
concorrência irrelevante. Rio de Janeiro: Sextante, 2019.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 135


UC12: Desenvolver gestão estratégica e
empreendedora.
CARGA HORÁRIA: 48 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM GESTÃO DE NEGÓCIOS, MODELAGEM DE
NEGÓCIOS, EMPREENDEDORISMO, DESIGN ESTRATÉGICO, BRANDING E FORMAÇÃO EM NÍVEL
SUPERIOR, PREFERENCIALMENTE, NA ÁREA DE MODA.

Apresentação da UC
Empreender pode ser uma opção de atuação mercadológica. Conhecer tecnicamente, não
apenas sobre processos e produtos, mas também sobre estratégia de mercado e de
posicionamento é importante para tirar uma ideia do papel e testar um modelo de negócio
próprio. Esta Unidade Curricular desenvolve os conhecimentos e habilidades necessários
para empreender desde o estágio inicial até a idealização.

Como as situações estão apresentadas


As situações de aprendizagem consideram dois planejamentos importantes para gestão
estratégica de um potencial negócio: a visão do empreendedor, simbolizada no
desenvolvimento de uma marca, e a modelagem estrutural das áreas de um
empreendimento.

1. Planejamento de marca: posicionamento, valores e visão estratégica

2. Modelagem de negócio: correlação entre a proposta de valor e o mercado consumidor

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 136


1. Planejamento de marca: posicionamento, valores e visão estratégica

1. Planeja marca de produtos para comercialização, considerando a gestão estratégica, a


visão do negócio e os valores formativos.

CONHECIMENTOS

• Diretrizes para desenvolvimento de um negócio: missão, visão e valor.

• Voz da marca: personalidade, linguagem, tom e propósito.

• Identidade visual: elementos da marca, logotipia, cores, tipologia e signos.

HABILIDADES

• Desenvolver as diretrizes de um projeto de marca própria.

• Projetar o posicionamento estratégico do negócio e sua comunicação com o público-


alvo.

• Diagnosticar signos, cores e grafias.

ATITUDES/VALORES

• Proatividade nas tomadas de decisão.

• Criatividade voltada à geração de ideias inovadoras.

• Ética e sustentabilidade nas orientações mercadológicas.

• Atuação colaborativa em equipes multidisciplinares.

Descrição da situação
A gestão estratégica de um negócio deve ser estruturada de acordo com os valores de seus
criadores. Para isso, é necessária a compressão das motivações e valores que embasam sua
criação. O planejamento deve considerar também a visão futura, ou seja, para onde e como
o negócio pretende crescer. Assim, missão, visão e valores devem estar claros para os
fundadores e para os potenciais consumidores.
Conhecer o perfil demográfico e psicográfico do público intencionado é parte fundamental
da estratégia empreendedora para a criação de representação gráfica de uma marca ou

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 137


negócio. Dessa forma é possível desenvolver a interação entre os valores da marca e do
mercado consumidor desejado, por meio da implementação de elementos representativos
e comunicacionais como a escolha da tipografia, cores, signos, forma, tom e personalidade
na comunicação. Esse desenvolvimento pode ser aplicado no logotipo, na escolha de canais
de interação com o público e no “enxoval” da marca (etiquetas, embalagem, displays).
Objetivos de aprendizagem
● Compreender a estratégia do negócio.
● Desenvolver uma marca para oferta de produtos ou serviços.
● Criar a representação gráfica da marca.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e


recursos:
ELABORAÇÃO DE PAINEL DE INFORMAÇÕES
Criar uma carta-manifesto com a missão, visão e valores da marca/empresa. A criação de um
manifesto expõe publicamente os valores culturais e sociais que representam a empresa ou
marca; contém reflexões e compromissos públicos, sua visão de mundo. Com o conceito
estudado, o docente pode discutir com o grupo, sobre o desenvolvimento da carta-manifesto
de cada uma das potenciais marcas em desenvolvimento.
O exercício deve ser executado individualmente e, casos de sucesso podem ser consultados.
A carta-manifesto serve para reforçar diretrizes do desenvolvimento da marca, mas também
para promover identificação e pertencimento com o público-alvo. Sua publicação pode
ocorrer por intermédio da divulgação de seu conteúdo em site, posts em redes sociais ou,
ainda, a criação de painéis com recortes de imagens que ilustrem o texto construído.

MUNDO EDUCAÇÃO. Manifesto. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/manifesto.htm. Acesso em: 12 jul. 2021.

Roteiro para a narrativa de um manifesto de marca usando a ferramenta Círculo dourado:


O CÍRCULO Dourado. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/o-circulo-dourado/.
Acesso em: 12 jul. 2021.
Natura
• NATURA. Manifesto cocriando. Disponível em:
http://cocriando.natura.net/cs/cocriando/homecocriando. Acesso em: 12 jul. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 138


Vídeo manifesto Natura
• NATURA Manifesto Chronos. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (0min30s). Publicado pelo canal
DPZ&T. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HUukxf_xRbo. Acesso em:
12 jul. 2021.
PESQUISA E ELABORAÇÃO DE MOODBOARD
A proposta é criar o nome para a marca potencial. Naming é uma técnica utilizada para
pesquisar e desenvolver o nome de uma potencial marca/empresa. O nome deve ter
coerência com os valores do negócio, com os bens produzidos e o público-alvo. Para
desenvolvimento do nome da marca é importante conhecer o posicionamento
mercadológico estratégico. Para isso, cada aluno deve construir um painel semântico com
imagens que representem sua ideia e apresentar ao grupo. Os demais alunos, diante da
apresentação, atribuem um nome que sintetize o contexto exposto. Assim, cada painel vai
ter múltiplas alternativas de nomes atribuídos para seleção do seu criador original.

• 10 DICAS para criar nome de empresa ou produto. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (0min15s).
Publicado pelo canal Forasteiro. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vlYYIDZlRdk. Acesso em: 13 jul. 2021.

Utilizar ferramentas tecnológicas facilita o maior alcance de opiniões. O teste deve ser
direcionado apenas para pessoa/respondentes que tenham o perfil do público-alvo.
• ABTASTY. Disponível em: https://www.abtasty.com. Acesso em: 17 set. 2021.
Teste A/B nas redes socais:
• INSTRAGRAM. Disponível em: www.instagram.com. Acesso em: 17 set. 2021
ou
• FACEBOOK. Disponível em: www.facebook.com. Acesso em: 17 set. 2021.
• TESTES a/b no Facebook: saiba como [...]. Disponível em: https://reportei.com/testes-a-
b-no-facebook-saiba-por-que-e-como-faze-los/. Acesso em: 13 jul. 2021.
BRAINSTORMING
A proposta é utilizar a técnica da tempestade de ideias que auxilia na ampliação do
pensamento divergente para escolha do nome de uma marca/empresa. O exercício é
executado em grupo, nos formatos presencial ou on-line. Com a execução individual de um
manifesto ou painel semântico pelo criador do potencial negócio, o grupo é dividido e os
painéis (ou materiais análogos) são distribuídos entre os grupos. O docente atua como
condutor dos grupos.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 139


O processo deve incluir as múltiplas sugestões de nomes e, posteriormente, a síntese com a
escolha de uma única alternativa. Os grupos, ao final, devem desenvolver a defesa oral da
alternativa escolhida para apresentação em plenária.

• 10 DICAS para criar nome de empresa ou produto. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (0min15s).
Publicado pelo canal Forasteiro. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vlYYIDZlRdk. Acesso em: 13 jul. 2021.

Compreendendo o conceito e a execução de Teste A/B para definição do Naming.


• MEU NEGÓCIO. 7 testes a/b que você deve aplicar na sual loja virtual. Disponível em:
https://meunegocio.uol.com.br/blog/7-testes-a-b-que-voce-deve-aplicar-na-sua-loja-
virtual. Acesso em: 12 jul. 2021.
EXPERIMENTAÇÃO
Pesquisar e selecionar a tipografia e aplicação de cores para desenvolvimento de logotipo.
Pesquisar correlação de fontes e tipos de letras, analisar suas aplicações e compreensão da
leitura. Aplicar em etiquetas, papelaria e perfis de redes sociais.

Essa atividade deve suceder a decisão do Naming dentro dessa mesma Unidade Curricular.

Compreenda os princípios da Gestalt no desenvolvimento de logotipias e marcas.


• A PERCEPÇÃO visual de gestalt aplicada ao design gráfico. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_ERSoa88UHU. Acesso em: 14 jul. 2021.

A marca brasileira Reserva tem logotipia e marca característicos.


• POR QUE o pica-pau. Disponível em: https://meusucesso.com/artigos/marketing/por-
que-o-pica-pau-1204/. Acesso em: 15 jul. 2021.
JOGO
Desenvolver a voz da marca. Os alunos devem atribuir, individualmente ou em grupos, as
sensações e sentimentos desejados, correlacionando-os com seus significados. Cor, odor,
paladar, forma, sentimento, textura, estilo, atividade, território correspondente.
Exemplo: “Se minha marca fosse um SENTIMENTO, ele seria...”.

Essa atividade auxilia na construção da persona.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 140


Construir, ao final, o tom de voz da marca analisando: o tipo de linguagem para melhor
comunicação com o público e a personalidade da marca.

• TOM de Voz da Marca. Disponível em: https://inovacaosebraeminas.com.br/tom-de-


voz-da-marca/. Acesso em: 13 jul. 2021.

TRABALHO COM PROJETOS


Analisar com o grupo o estudo de aplicação dos logotipos. Desenvolver, para cada potencial
negócio, o estudo de aplicação do logo e marca em etiquetas têxteis, etiquetas impressas e
embalagens. A atividade pode ser executada como um projeto digital com uso de
ferramentas de desenho. Ou, ainda, analógico com desenhos à mão e recortes.

Para entender mais sobre design de embalagens.


• DESIGN Além da Forma. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FuQ4-
2Osj80 Acesso em: 15 jul. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 141


2. Modelagem de negócio: correlação entre a proposta de valor e o mercado
consumidor

2. Desenvolve modelo de negócio de acordo com a proposta de valor e o segmento de


atuação no mercado.

CONHECIMENTOS

• Personas: identificação dos perfis-alvo no setor-segmento de atuação do negócio.

• Jornada do usuário: mapeamento das personas do negócio.

• Product market-fit: a junção entre as necessidades e desejos do mercado consumidor-


alvo e as soluções do negócio.

• Modelagem de negócios: geração de hipóteses de valor.

HABILIDADES

• Identificar os perfis de consumo.

• Analisar a jornada de experiência do usuário.

• Estruturar modelo de negócio.

ATITUDES/VALORES

• Proatividade nas tomadas de decisão.

• Criatividade voltada à geração de ideias inovadoras.

• Ética e sustentabilidade nas orientações mercadológicas.

• Atuação colaborativa em equipes multidisciplinares.

Descrição da situação
A modelagem de negócio envolve o desenvolvimento de hipóteses. Correlaciona todas as
áreas necessárias para empreender: gestão com os clientes, com a equipe e parceiros;
compreensão de segmento de mercado e atividades ofertadas e a logística; e gestão
financeira e estratégia de comunicação.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 142


No desenvolvimento do modelo de negócio é necessária a compreensão do potencial
consumidor-alvo. Para isso, utiliza-se ferramentas como a construção da persona e sua
jornada de consumo desde o interesse inicial até o pós-venda. Dessa forma, com foco no
consumidor, é possível identificar pontos de melhoria para correção na oferta ao mercado e,
ainda, pontos fortes para o atendimento da demanda.

Diagnosticar o product market-fit correlacionando a proposta de valor e o segmento de


clientes guiará as hipóteses da modelagem de negócio para iniciar o projeto empreendedor.
Assim, é possível transformar ideias empreendedoras em projetos de negócio.

Objetivos de aprendizagem
• Identificar o perfil do mercado consumidor.

• Reconhecer os comportamentos do consumidor em sua jornada.

• Correlacionar as características ofertadas do negócio com os desejos e necessidades do


consumidor.

• Desenvolver a proposta de modelo de negócio.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e


recursos:
SIMULAÇÃO
Desenvolver, individualmente, um registro geral, R.G., do cliente ideal. Designar um rosto,
nome e sobrenome, idade, filiação, e estado de origem para compreensão de dados
demográficos do público-alvo.

• PERSONA – MPE – MEI – Ferramenta – Caderno de Gestão. Disponível em:


https://atendimento.sebraemg.com.br/biblioteca-digital/content/persona-mpe-mei-
ferramenta-caderno-de-gestao. Acesso em: 16 jul. 2021.

Usar o formato e os elementos de um documento real (RG, CNH, passaporte) para construir
a persona.
PESQUISA
Mapear a trajetória de seu cliente ideal (persona) do momento em que ele procura seu
negócio, passando pelas situações de conhecimento, experimentação e compra, até o pós-
venda. Reconhecer na descrição da jornada as situações em que o cliente se sente
potencialmente satisfeito e as circunstâncias em que o cliente não gosta da relação com a

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 143


marca/empresa para identificar pontos de melhoria. A atividade pode ser executada por cada
aluno individualmente ou em grupo utilizando uma marca de conhecimento notório.

Estudo de caso:
• O QUE o Airbnb aprendeu com a Disney. Disponível em:
https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/jornada-consumidor-o-que-o-airbnb-
aprendeu-com-disney/. Acesso em: 16 jul. 2021.

• NETFLIX. Disponível em: https://www.netflix.com/br/title/80115671. Acesso em: 8 ago.


2021.

Sugestão de leitura:
• KALBACH, J. Mapeamento de experiências: guia para criar valor por meio de jornadas,
blueprints e diagramas. Rio de Janeiro: Alta books, 2017.

DRAMATIZAÇÃO E DISCUSSÃO EM PLENÁRIA


Desenvolver hipóteses de ofertas de bens ao mercado a partir do ponto de vista do usuário.
Listar numa coluna as necessidades, os desejos e os problemas do mercado que podem ser
solucionados. Depois, em grupo ou individualmente, lista em outra coluna as propostas de
soluções que correspondam a cada um dos itens inicialmente diagnosticados. Com as
oportunidades diagnosticadas, propor em plenária uma discussão sobre uma possível adoção
das propostas que surgiram nas ideias individuais de negócio.

• PRODUCT/Market [...]. Disponível em: https://acestartups.com.br/product-market-fit-o-


que-e/. Acesso em: 15 jul. 2021.

Essa atividade deve ser executada após a identificação dos pontos satisfatórios e que
necessitam de melhoria mapeados na jornada do usuário.

Essa atividade proporciona gerar hipóteses de propostas de valor e fontes de receita (formas
de comercialização) para desenvolvimento da modelagem de negócio (Business Model
Canvas).

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 144


WEBQUEST
Diagnosticar uma empresa com atuação e segmento semelhantes à ideia individual do
modelo de negócio selecionado pelo grupo. Exemplo: uma empresa que comercializa roupas
para o segmento feminino por meio do e-commerce.

Listar todos os custos para iniciar uma nova empresa em formato semelhante. Considerar
recursos físicos, tecnológicos, contratação de pessoas (terceirizadas e sob o regime da
Consolidação das Leis do trabalho – CLT), marketing, desenvolvimento de produto ou serviço
para estoque inicial, estrutura para logística, etc. Dividir alunos por recursos a serem
pesquisados para que os mesmos sejam orçados e, posteriormente agrupados, na
construção de uma planilha de investimento inicial.

ELABORAÇÃO DE PAINEL DE INFORMAÇÕES


Estruturar um modelo de negócio consistente para um mercado, utilizando o Canvas
(Business Model Canvas) com o preenchimento dos nove campos correspondentes.
Atividade individual, considerando a trajetória das situações de aprendizagem anteriores
para criação das hipóteses sobre: segmentos de clientes, proposta de valor, estrutura de
custos, fontes de receita, canais, formas de relacionamento, atividades-chave, parcerias e
recursos-chave.

Utilize uma ferramenta tecnológica para construção do modelo de negócios:


• MIRO. Disponível em: www.miro.com. Acesso em: 17 set. 2021.
Ou baixe o Canvas em PDF para imprimir:
• CANVAS em PDF para imprimir. Disponível em:
https://analistamodelosdenegocios.com.br/shop/. Acesso em: 15 jul. 2021

Para compreender como preencher o Canvas do modelo negócio.


• CANVAS como fazer seu modelo de negócio. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Ly7-h532K_4. Acesso em: 17 jul. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 145


UC13: Elaborar plano de comunicação de moda.
CARGA HORÁRIA: 48 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA NOS
SEGMENTOS DE MODA E BELEZA, E FORMAÇÃO EM MODA, COMUNICAÇÃO SOCIAL (PUBLICIDADE
E PROPAGANDA E/OU JORNALISMO), MIDIALOGIA, AUDIOVISUAL, DESIGN OU MARKETING,
PREFERENCIALMENTE, COM ESPECIALIZAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E/OU MODA.

Apresentação da UC
Essa Unidade Curricular visa desenvolver a habilidade de pesquisa e análise das ferramentas
de marketing, a partir do estudo da marca, do público-alvo e do mercado-alvo para
elaboração de um plano de comunicação assertivo.

Como as situações estão apresentadas


As situações de aprendizagem consideram três momentos importantes e subsequentes para
o desenvolvimento de um plano de comunicação assertivo: a compreensão da marca, o
público-alvo e o estudo do mercado-alvo.
1. Imagem, consumo e moda

2. Pesquisa e análise da concorrência

3. Correlacionando dados em um plano de comunicação

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 146


1. Imagem, consumo e moda

1. Define objetivos e estratégias de comunicação para negócios de moda, a partir do


posicionamento das marcas.
2. Integra diferentes ferramentas de comunicação, levando em conta o perfil do público-
alvo e as tendências de consumo.

CONHECIMENTOS
• Marketing e suas especificidades no segmento da moda.
• Imagem de moda: identificação e análise.
• Influência das macrotendências, microtendências e hypes no consumo de moda.
• Comportamento do consumidor de moda: motivações, freios de consumo e variáveis que
influenciam.
• Segmentação de público-alvo.
• Pesquisa de público-alvo: demográfica e psicográfica.
• Identificação e construção da buyer persona e brand persona.

HABILIDADES
• Comunicar-se com clareza e assertividade.
• Desenvolver estratégias de conteúdo.
• Realizar pesquisa.
• Organizar e analisar dados.

ATITUDES/VALORES
• Incentivo ao pensamento criativo e à reflexão crítica.
• Sigilo no tratamento de dados e informações.
• Respeito aos direitos de propriedade intelectual.
• Flexibilidade, respeito e empatia nas relações interpessoais.
• Valorização e respeito à diversidade.
• Proatividade e comprometimento na resolução de problemas.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 147


Problematização
Para o assertivo desenvolvimento de um plano de comunicação, é necessário um amplo
conhecimento a respeito dos objetivos de marketing possíveis no cenário competitivo do
segmento de moda, bem como sua relação com o perfil do público-alvo e as variáveis que
influenciam no seu comportamento de consumo. Partindo desses aspectos, é possível refletir
sobre alguns pontos-chave:
• O que é marketing e quais são as suas especificidades quando aplicado a segmento da
moda?
• Como a imagem de moda é pensada e produzida para uma campanha?
• Quais fatores influenciam o comportamento de consumo para produtos de moda?
• Como e porque segmentar o público-alvo?
• Como realizar pesquisas primária e secundária de público-alvo?
• Como identificar, construir e utilizar uma buyer persona e brand persona?
Objetivos de aprendizagem
● Compreender a aplicação do marketing no segmento de moda.
● Identificar variáveis que afetam o consumo e o produto de moda.
● Segmentar e pesquisar o público-alvo.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:

Planejar atividades com foco em uma marca de moda, escolhida pelos alunos, de modo que
possam expandir conhecimentos, aplicar as ferramentas estudadas e desenvolver um plano
de comunicação de forma embasada e não ficcional. Caso a opção seja por trabalhar em
grupos, recomenda-se que cada equipe trabalhe com uma marca distinta.
PESQUISA
Aprofundar a compreensão do perfil do público-alvo de uma marca de moda, a partir de
pesquisa primária a ser realizada com clientes reais. Sugere-se a utilização de instrumentos
digitais específicos para geração de pesquisas, como o Microsoft Forms. Além de estruturar
o questionário, levantar e sistematizar os dados e informações, recomenda-se que os alunos
compartilhem e apresentem as informações pesquisadas.

Incentivar que os alunos escolham marcas nacionais, inovadoras, de nicho ou mesmo usem
seus empreendimentos como referência em análises e discussões.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 148


EXPOSIÇÃO DIALOGADA E ELABORAÇÃO DE MURAL
Explanar sobre as relações entre imagem, consumo e moda. Apresentar cases do mercado
nacional e local. Propor que os alunos construam um painel de público-alvo, utilizando
recursos digitais, tais como: PowerPoint do Office Online, Canva, Stencil etc.

Consultar o artigo Moda, imagem e consumo: editoriais de moda como estratégia de


comunicação para marcas, de Dal Bello et al. (2020), publicado no periódico ModaPalavra –
Variata, volume 13, número 30.
• INDÚSTRIA Criativa e Moda. Revistas Udesc. Disponível em:
https://www.revistas.udesc.br/index.php/modapalavra. Acesso em: 17 set. 2021.
BATE-PAPO
Convidar profissionais Produtores de Moda, que tenham experiência com o desenvolvimento
de campanhas publicitárias, a fim de que possam apresentar o seu processo de produção da
imagem de moda alinhada aos objetivos de uma campanha de marketing. Propor que os
alunos pesquisem o processo de criação de imagem de moda e estruturem questões para
serem direcionadas aos profissionais no momento do bate-papo. Um mapa visual pode ser
construído como síntese.

Considerar a participação de ex-alunos, professores da Rede Senac São Paulo especialistas


no tema ou, ainda, estimular que os alunos sugiram nomes de profissionais que gostariam
de ouvir.

Consultar o livro Styling e Criação de Imagem de Moda de organização de Cristiane Mesquita


e Astrid Façanha (Editora Senac São Paulo, 2019). Disponível na Biblioteca Virtual do Senac.
EXPERIMENTAÇÃO
Construir o cartão da buyer persona, com recursos digitais, a partir das pesquisas primárias
e secundárias de um público-alvo.

Consulte a opção Buyer Persona Template:


• MIRO. Disponível em: https://miro.com/. Acesso em: 17 set. 2021.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Escolher uma marca de moda para pesquisar em profundidade dados para construção do seu
mapeamento, tais como: história da marca; missão, visão e valores; propósito da marca;
filosofia da administração de marketing; dados do perfil do público-alvo; construção da buyer
persona e brand persona.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 149


2. Pesquisa e análise da concorrência

1. Define objetivos e estratégias de comunicação para negócios de moda, a partir do


posicionamento das marcas.

2. Integra diferentes ferramentas de comunicação, levando em conta o perfil do público-


alvo e as tendências de consumo.

CONHECIMENTOS

• Análise da concorrência: vantagem competitiva e ferramenta SWOT.

• Posicionamento da marca: estratégias, valor de marca, funções e modelos de negócio


(Demi-Couture, Alta Moda, Prêt-à-Porter, Fast Fashion e Slow Fashion).

• Sistema de branding: identidade visual, tom de voz/personalidade e ponto de vista.

• Teoria da comunicação: tendências em comunicação mercadológica, comunicação


digital x analógica, comunicação integrada de marketing, semiótica aplicada à
comunicação e storytelling.

• Teoria do composto de marketing:

▪ P de promotion/comunicação: composto de comunicação, ferramentas de


comunicação de marketing on-line versus tradicionais, cronograma de marketing
(lançamento de coleção, liquidações etc.).

▪ P de price/preço: fatores psicológicos, estrutura da formação do preço,


transparência na formação do preço, alinhamento de preços/faixas de venda,
comparativo concorrencial.

▪ P de product/produto: ciclo de vida do produto de moda, níveis de produtos, mix do


produto de moda, processos no desenvolvimento de produtos (modelagem,
tecnologia têxtil, lavagem, costura, acabamento, aviamentos e etiquetaria).
▪ P de place/canal: formatos novos e tradicionais de comercialização, papel dos
representantes comerciais, omnichannel.

HABILIDADES

▪ Comunicar-se com clareza e assertividade.

▪ Monitorar as ferramentas de comunicação.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 150


▪ Desenvolver estratégias de conteúdo.

▪ Adequar a comunicação ao composto de marketing da marca.


▪ Realizar pesquisa.

▪ Organizar e analisar dados.

ATITUDES/VALORES

• Compromisso com a inovação.

• Incentivo ao pensamento criativo e à reflexão crítica.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Respeito aos direitos de propriedade intelectual.

• Flexibilidade, respeito e empatia nas relações interpessoais.

• Valorização e respeito à diversidade.

• Proatividade e comprometimento na resolução de problemas.

Problematização
Uma vez conhecido o perfil da marca, do seu público-alvo e suas relações de consumo, se faz
relevante para o desenvolvimento do plano de comunicação, identificar o cenário
competitivo no qual a marca está inserida e, com isso, entender como a marca se posiciona,
cria valor, constrói seu branding e relaciona as variáveis de marketing. Partindo desses
aspectos, é possível refletir sobre alguns pontos-chave:

• Quais aspectos são relevantes para uma pesquisa de concorrência?


• Como o modelo de gestão afeta o posicionamento das marcas de moda?
• Quais são os atributos esperados de uma marca de moda?
• Como o posicionamento de marca pode ser construído?
• Quais são as tendências em comunicação mercadológica?
• Como branding e composto de marketing se relacionam por meio da comunicação?
• Quais as diferenças entre as múltiplas possibilidades de mídia?
• Quais ferramentas da comunicação de marketing escolher para uma campanha de
moda?
Objetivos de aprendizagem
• Pesquisar a concorrência.

• Identificar estratégias de posicionamento de marca.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 151


• Analisar as características e os elementos do sistema de branding.

• Compreender como as variáveis do composto de marketing se correlacionam.

• Selecionar os recursos de comunicação adequados ao perfil da marca.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
PESQUISA
Propor que os alunos pesquisem as principais tendências em comunicação mercadológica
relacionando com práticas já realizadas no segmento de moda por empresas inovadoras.
Importante discutir quais tendências globais não se aplicam aos mercados locais por
diferenças culturais, comportamentais e até tecnológicas.

Relatórios sobre tendências em comunicação produzidos por empresas especializadas,


como:
• Kantar Ibope Media (Tendências e Previsões de Mídia em relatórios anuais)

• iProspect (Relatório de Tendências em Comunicação até 2030)


EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Explanar sobre teoria da comunicação, semiótica e branding com foco no segmento de moda.
Apresentar os 4Ps do composto de marketing, estabelecendo suas correlações a partir de
exemplos reais do mercado.

O livro Branding no Varejo de Alexandre Magalhães (Editora Senac, 2020), disponível na


Biblioteca Virtual do Senac.
BATE-PAPO
Convidar profissionais de branding para marcas de moda, a fim de que possam compartilhar
suas experiências em aplicação do sistema de branding na comunicação de marcas de moda.

Convidar ex-alunos, professores da Rede Senac especialistas no tema ou, ainda, incentivar
que os alunos tragam indicações de profissionais que gostariam de ouvir.
ELABORAÇÃO DE CRONOGRAMA
Propor que o grupo elabore um cronograma anual de marketing com as datas mais
relevantes do calendário promocional para a marca. Os alunos podem pesquisar modelos de
cronograma para apresentação, análise e discussão.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 152


Consulte o calendário promocional do varejo disponível pela Serasa Experian, a fim de
identificar as datas primárias, secundárias e terciárias para a marca escolhida pelos grupos.

• CALENDÁRIO de datas comemorativas. Disponível em:


https://empresas.serasaexperian.com.br/blog/calendario-de-datascomemorativas/.
Acesso em: 26 maio 2021.

A empresa Smartsheet disponibiliza vários modelos editáveis de cronogramas de marketing


para download.

• 9 FREE Marketing [...]. Disponível em: https://pt.smartsheet.com/9-free-marketing-


calendar-templates-excel. Acesso em: 26 maio 2021.
JOGO
Há vários sites e aplicativos para celular que permitem ao usuário identificar marcas a partir
de fragmentos do logotipo, cartela de cores ou família tipográfica. Esses jogos, podem ser
utilizados como forma de explorar as discussões sobre identidade visual no sistema de
branding.

Opções Logo Quis ou Quiz: Jogo de logotipo disponíveis nas lojas de aplicativos para
smartphone ou tablete.
Consulte as diversas opções de jogos digitais sobre meios de comunicação disponíveis no site
WordWall.

• JOGO de Meios de Comunicação. Wordwall. Disponível em: https://wordwall.net/pt-


br/community/jogo-de-meios-decomunica%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 26 maio
2021.
DISCUSSÃO DE CASO
Analisar o brandbook de uma marca de moda, indicando e correlacionando os elementos de
marca que compõe o sistema de branding e sua aplicação nas peças de comunicação.

Consulte as opções de brandbook de diversas marcas, como Nike Football e Malwee Kids, na
plataforma Issuu.

• BRANDBOOK. Google. Disponível no link: https://issuu.com/search?q=brandbook.


Acesso em: 11 jun. 2021.

Ou nos sites institucionais das marcas escolhidas para análise.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 153


ATIVIDADES EM GRUPOS
Escolher uma marca de moda para pesquisar em profundidade dados para construção do seu
mapeamento, tais como: identificar o posicionamento da marca; identificar atributos do
sistema de branding e analisar a concorrência frente às variáveis do composto de marketing.

Confira os levantamentos sobre a marca de moda, escolhida ou analisada em outras


atividades, a fim de expandir a compreensão sobre o tema.

3. Correlacionando dados em um plano de comunicação

3. Apresenta a estrutura do plano de comunicação, de acordo com o perfil do projeto.

CONHECIMENTOS

• Plano de Comunicação: apresentação da marca; indicadores de marketing; público-alvo;


mercado; objetivos da campanha, objetivos de mídia; estratégias de mídia; metas de
continuidade; metas de cobertura geográfica; metas de cobertura de público-alvo;
metas de frequência efetiva; seleção e defesa dos meios e veículos (seções, cadernos,
programas); seleção dos meios e veículos principais e complementares; justificativa
para escolha dos meios e veículos conforme a função estratégica de cada mídia
escolhida; distribuição dos meios (percentual); previsão orçamentária.

HABILIDADES

• Comunicar-se com clareza e assertividade.

• Monitorar as ferramentas de comunicação.

• Desenvolver estratégias de conteúdo.

• Adequar a comunicação ao composto de marketing da marca.

• Realizar pesquisa.

• Organizar e analisar dados.

ATITUDES/VALORES

• Compromisso com a inovação.

• Incentivo ao pensamento criativo e à reflexão crítica.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 154


• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Flexibilidade, respeito e empatia nas relações interpessoais.

• Valorização e respeito à diversidade.

• Proatividade e comprometimento na resolução de problemas.

Problematização
De posse de informações fundamentais de marketing acerca do posicionamento da marca,
do público-alvo e do mercado no qual atua, é possível considerar o máximo de variáveis para
proposição do plano de comunicação para uma campanha. Partindo desses aspectos, é
possível refletir sobre alguns pontos-chave:

• Como se estrutura um plano de comunicação?


• Como os objetivos se relacionam com as estratégias de mídia?
• Por que um plano de comunicação precisa ter metas?
• Quais são os princípios para escolha dos meios e veículos de comunicação de
marketing?
• Por que a comunicação precisa ser integrada considerando mídias digitais e
tradicionais?
• Como gerir assertivamente o budget da campanha?
Objetivos de aprendizagem
● Articular estratégias e objetivos em um plano de comunicação.
● Selecionar e integrar ferramentas de comunicação de marketing.

● Gerir budget da campanha.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:

O plano de comunicação deve ser estruturado conforme o perfil da marca, do público-alvo e


dos próprios objetivos de campanha. Ainda assim, a integração de mídias digitais e
tradicionais é quase sempre necessária, uma vez que a marca precisa estar presente no dia
a dia do consumidor. Incentivar as discussões sobre todos os tipos de mídia (tradicionais,
digitais e alternativas) e sua integração no composto de comunicação.
PESQUISA

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 155


Propor que os alunos pesquisem os principais tópicos (sumário executivo) que podem
compor um plano de comunicação. Valorizando o conhecimento prévio dos participantes,
incentivando que realizem levantamentos prévios, organizando momentos de reflexão e
discussão coletiva.

Além dos livros indicados, sugere-se a consulta ao Editorial sobre Roteiro para uma Plano de
Mídia, organizado por Paulo Tamanaha, no Anuário de Mídia.
▪ ROTEIRO para plano de mídia. Disponível em: http://paulotamanaha.com.br/wp-
content/uploads/2013/docs/Roteiropara-um-plano-de-midia-Anuario.pdf. Acesso
em: 26 maio 2021.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
Propor que os alunos elaborem e apresentem um plano de comunicação que atenda aos
objetivos de marketing, perfil da marca e dos usuários. Para organização deste documento
utilizar recursos como Canva, Office Online, Miro, Trello.
BATE-PAPO
Convidar profissionais para compartilhamento de experiências na área. Exemplos de perfis:
▪ Profissional de mídia, como publisher, para discutir os principais pontos na
negociação de mídia entre marcas e veículos de comunicação.

▪ Profissional de design, publicitário ou diretor de arte, com experiência no


desenvolvimento de campanhas, para discutir os principais aspectos e desafios na
criação de peças publicitárias, que atendam o plano de comunicação do cliente.

Convidar ex-alunos, professores da Rede Senac São Paulo especialistas no tema ou, ainda,
incentivar que os alunos tragam indicações de profissionais que gostariam de ouvir.

Esta unidade curricular não desenvolve habilidades referentes à criação de peças


publicitárias, porém o aluno precisa compreender a relação do plano de comunicação de
moda com a fase de criação.

Os levantamentos sobre a marca de moda escolhida pelos grupos em outros momentos do


curso. A intenção é aplicar todo o referencial construído sobre marca, consumidor e mercado
na construção de um plano de comunicação para uma campanha, que pode ser de liquidação,
lançamento de coleção, data sazonal, reposicionamento de marca, entrada em novos
mercados, fortalecimento da marca etc.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 156


UC14: Planejar coleção de moda.
CARGA HORÁRIA: 48 HORAS
PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS
DE MODA E FORMAÇÃO, PREFERENCIALMENTE, EM MODA, MARKETING OU DESIGN.

Apresentação da UC
O desafio do planejamento de coleções está na resolução de aspectos técnicos, estéticos,
criativos e mercadológicos de forma sistematizada. Nesta Unidade Curricular, o aluno se
conecta com as etapas fundamentais da pesquisa, planejamento e desenvolvimento de
coleções, considerando múltiplas variáveis.

Como as situações estão apresentadas


1. Análise de coleções
2. Desenvolvimento de uma coleção

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 157


1. Desenvolvimento de uma coleção.

1. Cria mapa de produto baseado na distribuição de níveis de produto, classificação de


estilos e no orçamento.

CONHECIMENTOS

• Coleções de moda: conceito, adaptações conforme o segmento (Alta-costura, Fast


Fashion, Slow Fashion, coleção cápsula), calendário da moda e cronograma.

• Pesquisa e desenvolvimento temático-criativo para coleção de moda.

• Cartela de cores, aviamentos e materiais.

• Níveis de produto: bottom, top, outwear e one piece.

• Mix de moda: básico, fashion, vanguarda e complementar.

• Tabela de parâmetros da coleção (tabela Stock Keeping Unit - SKU).

• Mapa de produto: conceito, execução e apresentação.

HABILIDADES

• Reconhecer necessidades do mercado-alvo.

• Quantificar a produção dos itens da coleção.

• Pesquisar dados relativos ao fazer profissional.

• Adequar cores, materiais e aviamentos.

• Equilibrar soluções estéticas e técnicas.

• Classificar produto por estilo: básico, fashion, vanguarda e complementar.

ATITUDES/VALORES

• Inovação e criatividade para análise e solução de problemas.

• Sigilo no tratamento de dados e informações

• Incentivo à reflexão crítica.

• Respeito aos direitos de propriedade intelectual.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 158


• Flexibilidade, respeito e empatia nas relações interpessoais.

• Valorização e respeito à diversidade.

• Proatividade e comprometimento na resolução de problemas.

Problematização
O fazer profissional pressupõe métodos e diretrizes que estabeleçam maior assertividade nos
resultados entregues, diminuindo o empirismo e o retrabalho. O planejamento de coleções,
não obstante, traz sua lógica própria, que integra aspectos imagéticos, conceituais e
mercadológicos. Partindo desse contexto, é possível refletir sobre alguns pontos-chave:
• Como o temário se relaciona com a estrutura da coleção?

• No que se baseia a escolha da cartela de cores, aviamentos e materiais?

• Qual é a estrutura de uma coleção de moda? Ela muda conforme o segmento?

• Como coordenar o mix de produto de uma coleção quanto ao nível de produto, mix de
moda e distribuição de peças?

• Como usar a tabela de parâmetros da coleção para planejar uma coleção?

• Qual a função do mapa de produto?

Objetivos de aprendizagem
• Articular o temário com a estrutura de coleção.

• Selecionar cores, aviamentos e materiais.

• Coordenar o mix de produtos para formar a coleção.

• Construir tabela de parâmetros da coleção e mapa de produto.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
ANÁLISE, DISCUSSÃO E ELABORAÇÃO DE MAPA MENTAL
Os alunos são estimulados a analisar desfiles de moda, de diversos segmentos, para
identificarem como o temário da coleção é trabalhado na criação dos produtos, cores,
materiais e na organização da coleção. Os resultados podem ser apresentados em um mapa
mental.

A série Designers do Brasil traz em um dos seus 10 episódios o estilista Ronaldo Fraga
revelando um pouco do seu processo criativo e organização das suas coleções. Após assistir

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 159


o vídeo, promova um debate com os alunos sobre os principais pontos observados,
articulando-os com os conhecimentos já trabalhados.

• SÉRIE Designer do Brasil. Produção Polo de Imagem. 2016. (26 min). Disponível em:
https://canalcurta.tv.br/filme/?name=ronaldo_fraga#. Acesso em: 17 set. 2021.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E ELABORAÇÃO DE PAINEL
Apresentar o conceito da estrutura de uma coleção (níveis de produto, mix de moda,
elementos de estilo, famílias e looks de transição) e indicar uma coleção nacional para que
os alunos identifiquem de forma coletiva essas estruturas na coleção. Após esse exercício,
individualmente eles escolhem outra coleção para realizar a análise. Os resultados podem
ser apresentados e discutidos de forma visual.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA
O docente apresenta uma tabela de parâmetros da coleção para explicar o correto uso de
todas as seções. Partindo dessa explanação, os alunos podem coletivamente analisar uma
coleção para preencher uma tabela de parâmetros, fazendo o processo oposto.

Resgate alguma das coleções já analisadas para uma nova análise, agora com fins de
preenchimento individual de uma tabela de parâmetros da coleção. O docente pode também
fornecer exercícios fictícios para reforçar os cálculos e a lógica de distribuição dos produtos
na estrutura da coleção.

Partindo das pesquisas, análises e discussões realizadas como subsídio, os alunos podem
construir individualmente uma tabela de parâmetros para sua coleção cápsula e, depois, o
mapa de produto dessa coleção.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 160


2. Análise de coleções

2. Propõe coleção de moda de acordo com o segmento de atuação, pesquisas de


comportamento de consumo, tendências e análise da concorrência.

CONHECIMENTOS

• Pesquisa de moda, tendências e comportamento de consumo.

• Público-alvo e buyer persona: pesquisa e definição.

• Análise da concorrência: comparativo de coleções, vantagem competitiva e ferramenta


SWOT.

• Coleções de moda: conceito, adaptações conforme o segmento (Alta-costura, Fast


Fashion, Slow Fashion, coleção cápsula), calendário da moda e cronograma.

HABILIDADES

• Reconhecer necessidades do mercado-alvo.

• Pesquisar dados relativos ao fazer profissional.

• Adequar cores, materiais e aviamentos.

• Equilibrar soluções estéticas e técnicas.

ATITUDES/VALORES

• Inovação e criatividade para análise e solução de problemas.

• Sigilo no tratamento de dados e informações

• Incentivo à reflexão crítica.

• Respeito aos direitos de propriedade intelectual.

• Flexibilidade, respeito e empatia nas relações interpessoais.

• Valorização e respeito à diversidade.

• Proatividade e comprometimento na resolução de problemas.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 161


Problematização
Antes das questões estéticas relativas ao desenvolvimento de uma coleção de moda, um
estilista deve se preocupar com as questões técnicas e mercadológicas, as quais são a base
de uma coleção com apelo mercadológico. Para isso, há uma gama de pesquisas que devem
ser realizadas previamente e monitoradas constantemente para adequação do aspecto
criativo e imagético do produto de moda às demandas industriais, tecnológicas, comerciais,
concorrenciais e, sobretudo, comportamentais do público-alvo. Partindo desse contexto, é
possível refletir sobre alguns pontos-chave:

• Como é realizada uma pesquisa de tendências e de comportamento de consumo?

• Como a pesquisa de moda se relaciona com a pesquisa de tendências?

• Quais atributos e características devem ser avaliados nas coleções em uma pesquisa de
concorrência?

• Como selecionar as informações válidas dessas pesquisas em função do perfil do público-


alvo?

• Como adequar os dados dessas pesquisas à realidade de uma marca?

• Como se estrutura uma coleção de moda? Como adequá-la a segmentos de mercado


distintos, como fast fashion e slow fashion?

• Quais os aspectos positivos e negativos do calendário da moda nacional? Como esse


calendário impacta na gestão do cronograma?

• O que influencia na criação de um cronograma para o desenvolvimento de uma coleção?


E quais são as etapas básicas desse cronograma?

Objetivos de aprendizagem
• Realizar pesquisas de moda, tendências e comportamento de consumo.

• Estudar coleções da concorrência.

• Adequar dados e informações às demandas de uma marca.

• Criar cronograma de desenvolvimento de coleção.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
PESQUISA E ELABORAÇÃO DE MURAL
Como a pesquisa temática se relaciona à pesquisa de tendências e de comportamento de
consumo? Essa questão pode nortear uma pesquisa de aprofundamento, realizada pelos
alunos, a partir da análise de coleções já comercializadas. Os resultados podem ser
apresentados para discussão em plenária.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 162


Considerando que a grande maioria dos criadores está sujeita aos materiais e insumos que a
indústria disponibiliza de forma massificada, como cores, estampas e aviamentos da estação,
é importante estimular nessa análise a função e relevância das pesquisas, sobretudo a
pesquisa temática, a fim de que o estilista possa trazer diferencial competitivo à sua coleção
a partir dos mesmos elementos que a concorrência também tem à sua disposição para
compra na indústria.
ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA
O gosto dos consumidores muda significativamente conforme os nichos, ainda que
consumam a mesma informação de moda, como a “cor da estação”. Por isso, o aluno é
estimulado a identificar aspectos de convergência e divergência em coleções de nichos
distintos (por exemplo, streetwear e moda infantil) e em coleções de marcas diferentes que
vendem para o mesmo nicho. Os resultados dessas pesquisas podem ser apresentados em
plenária para discussão.
PESQUISA, APRESENTAÇÃO E PRODUÇÃO DE RELATÓRIO
Realizar pesquisas de tendências em feiras, eventos, mídias especializadas, cadernos e
reports de tendências e nos conteúdos de fornecedores da cadeia têxtil é uma atividade
essencial e corriqueira do estilista. Logo, os alunos devem estar familiarizados com fontes
confiáveis e adequadas aos diversos nichos de atuação.

O docente pode indicar as fontes mais relevantes (regional, nacional e internacional) para
que grupos de alunos pesquisem, apresentem e discutam sobre o perfil, conteúdo e formas
de acesso a estas bases. Paralelamente, os grupos podem também realizar a pesquisa de
tendências da próxima estação, organizando coletivamente um relatório digital com os
dados encontrados, suas confirmações nas marcas de vanguarda e as incidências nas diversas
fontes de pesquisa.
DISCUSSÃO DE CASO E EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Como se estrutura uma coleção de moda? Antes mesmo de uma exposição dialogada sobre
o tema, incentivar que os alunos analisem a estrutura de coleções, identificando quantidade
de peças, tecidos, aviamentos, quantidade de cores, grade de tamanhos e tendências
adotadas. Os resultados podem ser organizados em painéis ou tabelas e apresentados para
comparação e discussão das diferenças e semelhanças identificadas.

PESQUISA E EXPERIMENTAÇÃO

Quando as coleções são lançadas? Quando são liquidadas? Quando acontecem as semanas
de moda nacionais e internacionais? A partir da matriz Certezas, Suposições e Dúvidas (CSD),
o docente pode compreender o conhecimento prévio dos alunos sobre o calendário da moda
nacional e incentivar pesquisas para organização coletiva de um calendário da moda nacional

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 163


que considere também eventos e demandas regionais. Partindo desse calendário, o docente
pode discutir a criação de um cronograma de trabalhos e as etapas de uma coleção de moda.

Há diversos recursos digitais disponíveis para gestão de projetos (sites, aplicativos ou


programas) que podem ser usados para construção de um cronograma de trabalho, tais
como Monday, Trello, modelos do Excel, Gantt Chart, Smartsheet, Microsoft Project, entre
outros.
BATE-PAPO
Convidar estilistas para relatar suas vivências, processo de pesquisa, criação e emprego das
informações no desenvolvimento de coleções. Propor que os alunos estruturem
antecipadamente questões para serem direcionadas aos profissionais no momento do bate-
papo. Um mapa visual pode ser construído como síntese.

Considerar a participação de ex-alunos, professores da Rede Senac São Paulo especialistas


no tema ou, ainda, incentivar que os alunos sugiram nomes de profissionais que conhecem
ou gostariam de ouvir. O bate-papo pode acontecer de forma presencial ou remota,
ampliando as possibilidades de participantes.

O filme Kinky Boots - a fábrica de sonhos explora conceitos relativos à pesquisa de público-
alvo, teste de produtos, prototipagem, adequação de produção e mix de produto,
efemeridade da moda, cronograma de lançamento, trabalho de equipe e liderança. O
docente pode usar perguntas-guia para orientar a análise e discussão do filme ou mesmo
solicitar que os alunos listem os aspectos críticos do filme relacionando-os com os
conhecimentos da Unidade Curricular.

• KINKY Boots: a fábrica de sonhos. Direção: Julian Jarrold. [S. l.]: Miramax Films /
Touchstone Pictures / Harbour Pictures, 2006. (107 min).

Partindo das pesquisas, análises e discussões realizadas como subsídio, os alunos podem
pensar os parâmetros de uma coleção cápsula.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 164


UC15: Comprar produtos de moda.
CARGA HORÁRIA: 48 HORAS

PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL EM COMPRAS DE PRODUTOS DE MODA E


FORMAÇÃO EM NÍVEL SUPERIOR, PREFERENCIALMENTE, NA ÁREA DE MODA.

Apresentação da UC
O mercado de confecção de moda tornou-se global e possui giro e obsolescência célere de
produtos. Nesse contexto, o papel do comprador de moda é gerenciar a compra de matérias-
primas ou produtos para a comercialização de coleções. Para isso, é necessário estar atento
às mudanças do comportamento do consumidor, adaptar-se e adequar-se às vendas físicas
e em plataformas on-line. Além disso, precisa analisar a performance do produto para
adequar sua oferta e produção de acordo com o público-alvo e o mercado que deseja
atender.

Como as situações estão apresentadas


1. Análise de mercado, modelo de negócio e público consumidor

2. Seleção de produtos e fornecedores

3. Monitoramento de performance e vendas

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 165


1. Análise de mercado, modelo de negócio e público consumidor

1. Estrutura o processo de compra, a partir da análise de mercado, do perfil consumidor e


da concorrência.

CONHECIMENTOS

• Moda: aspectos históricos e relação com processos de compra.

• Marketing e moda: produção em escala, estratégias e planejamento de marketing.

• Ciência do consumo: comportamento do consumidor e segmentação.

• Identidade da marca: construção, posicionamento e gestão.

• Modelos de negócio: varejo e/ou atacado (marca própria e/ou multimarca), e-commerce
e outros modelos.

HABILIDADES

• Pesquisar e organizar dados e informações.

• Comunicar-se de maneira assertiva.

ATITUDES/VALORES

• Zelo na apresentação pessoal e postura profissional.

• Colaboração no desenvolvimento do trabalho em equipe.

• Respeito às relações de trabalho.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Proatividade nas tomadas de decisões.

• Empatia no trato com as pessoas.

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 166


Descrição da situação
Para atuação no mercado global, o comprador de matérias-primas ou produtos prontos
precisa saber identificar características têxteis e de aviamentos, bem como fornecedores e
modelos de negócio. Reconhecer o público consumidor, o território cultural dos usuários e
os hábitos de consumo são dados de pesquisa e análise que auxiliam o) comprador de moda
em sua atuação assertiva para conversão em vendas. Análise do comportamento, correlação
com aspectos climáticos, culturais e o volume de vendas são variáveis para determinação da
distribuição, qualidade e quantidade dos produtos a serem produzidos e comercializados.

Objetivos de aprendizagem
• Analisar o comportamento de consumo e o composto de marketing.

• Correlacionar identidade de marca e branding.

• Analisar os modelos de negócio com a distribuição de produtos.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
EXPOSIÇÃO DIALOGADA, APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE VÍDEO

Essa atividade trabalha o comportamento de consumo e produtos. Explanar sobre perfis


comportamentais, variações de segmentação que podem ser identificadas e quais são as
necessidades de cada qual. Em grupos subdivididos, os alunos criam painéis para
compartilhar e apresentar para discussão em plenária.

Comportamento e Consumo - Gerações X Y Z.


• COMPORTAMENTO e Consumo: gerações X Y Z. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (10min6s).
Publicado pelo canal Felipe Valer. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=98e6rKv9lO0. Acesso em: 2 ago. 2021.
The Rise of Lowsumerism (legendado) - YouTube

• THE RISE of Lowsumerism. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (10min10s). Publicado pelo canal
Box 1824. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jk5gLBIhJtA. Acesso em:
2 ago. 2021.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA

A atividade propõe correlacionar a história da moda dos últimos 100 anos, demonstrando a
relação entre moda x política x comportamento humano, para enfatizar os principais
acontecimentos e suas influências no comportamento de consumo. Propõe uma discussão

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 167


em grupo sobre o impacto da evolução do marketing, e da mudança da oferta de produto na
experiência de compra. A atividade tem como objetivo promover a relação entre a história
da moda e comportamento de consumo. O grupo, em conjunto, correlaciona de forma
dialógica os produtos (cores, modelagens, tecidos, acessórios) preponderantes de cada
período.

Listar com os alunos:


1. Os departamentos das lojas (exemplo: feminino, Moda Praia, Lingerie, etc.).

2. Complete as informações sobre a cidade (tamanho da população, gênero, grau de


escolaridade, PIB, entre outros dados) Dados disponíveis no IBGE.

3. Indique um possível endereço para estabelecimento da loja e descrever o motivo da


escolha.

4. Desenvolva uma Análise SWOT, considerando as potencialidades, as fraquezas, as


oportunidades e ameaças.

• BRASIL. IBGE. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2021.

• EL CORTE Inglês. Disponível em: https://www.elcorteingles.pt/. Acesso em: 17 set. 2021.


BRAINSTORMING E ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA

A atividade propõe a realização de um brainstorming sobre o que é identidade da marca. Os


alunos trazem exemplos de marcas que conhecem, admiram, consomem e/ou desejam
consumir. Em duplas ou trios, os alunos pesquisam e compartilham informações sobre uma
marca, o que ela representa e outras curiosidades. O docente explana sobre identidade de
marca e branding, ressaltando a importância do alinhamento desses conceitos para que o
produto atenda às expectativas do consumidor. Em plenária, num momento posterior, os
alunos apresentam as discussões sobre identidade de marca e branding.

Ferramentas on-line para execução do desenvolvimento:


• ABIT. Disponível em: www.abit.org.br. Acesso em: 17 set. 2021.

• MIRO. Disponível em: www.miro.com. Acesso em: 17 set. 2021.

Promova pesquisa sobre marcas nacionais.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 168


EXPOSIÇÃO DIALOGADA

Explanar sobre pesquisa de tendências de moda, apresenta as principais empresas, bureaux


de pesquisa ou coolhunting que vendem os serviços de pesquisa. Exemplos: WGSN,
Usefashion e Stylus. Aborde as etapas de planejamento de uma coleção e os estilos de
produtos que podem ser ofertados de acordo com o perfil da marca.

Valorizar os conhecimentos e experiências prévias dos alunos.


ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA E EXPOSIÇÃO DIALOGADA

Em duplas ou trios, os alunos escolhem uma loja física ou on-line, preferencialmente da


cidade ou região, para realizar uma análise de modelo negócio. Exemplos: Marca própria;
Multimarca; E-commerce ou Rede social.
A ideia é que os alunos pesquisem e analisem os produtos comercializados e como é o
processo de venda. Além disso, propor como os produtos poderiam ser melhor alocados. As
informações são compartilhadas, discutidas para compreensão dos principais modelos de
negócio e como funciona o processo de compra. É fundamental destacar como se dá a
distribuição de produtos, o perfil de consumo e o impacto das questões de regionalidade.

Destacar as diferenças e especificidades entre compra nacional e internacional (por exemplo,


moeda, calendário, tempo de produção e tabela de medidas).

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 169


2. Seleção de produtos e fornecedores

2. Negocia a compra, levando em conta o produto e o fornecedor.

CONHECIMENTOS

• Planejamento da coleção: produção nacional ou importação, mix de produtos, cartela de


cores, tendências e estilos.

• Qualidade: tecidos, aviamentos e vestibilidade.

• Aspectos contratuais: condições, direitos e deveres do contratante e contratado,


penalidades.

HABILIDADES

• Planejar calendário de compras.

• Comunicar-se de maneira assertiva.

• Prospectar fornecedores.

ATITUDES/VALORES

• Zelo na apresentação pessoal e postura profissional.

• Colaboração no desenvolvimento do trabalho em equipe.

• Respeito às relações de trabalho.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Proatividade nas tomadas de decisões.

• Empatia no trato com as pessoas.

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

Descrição da situação
As funções do comprador devem seguir um planejamento que deve considerar o modelo de
negócio (atacado ou varejo) e o prazo de venda ao consumidor. O planejamento inclui as

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 170


compras de insumos, produção, benfeitorias, limpeza, conferência e distribuição.
Coordenação de cores, modelagens, matérias-primas, processos, segmentos e prazos.

Objetivos de aprendizagem
• Planejar o calendário de compras.

• Planejar produtos de forma coordenada.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA

A atividade visa explanar sobre a importância de o comprador de moda definir a cartela de


cores a partir da identificação de tendências, da disponibilidade das tecelagens e da Pantone,
por exemplo. Organizados em grupos, os alunos participam da construção de uma cartela de
cores, considerando, por exemplo:

• Segmento (infantil, jovem, adulto)

• Nicho (plus size, moda praia, religioso)

• Estilo (street, romântico, clássico, criativo)

• Regionalidade (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sul e Sudeste)


A proposta é que os subgrupos associem mais de um critério para definição das cartelas de
cores. Exemplos: Grupo A: infantil, moda praia e clássico/ Grupo B: jovem, plus size e criativo

Para apresentação, cada subgrupo cria um painel de referências de cores, texturas, imagens,
tecidos e outros elementos. As propostas são compartilhadas e analisadas de modo que os
alunos e o docente participem das considerações. Utilize a produção dos grupos para abordar
outros conceitos relativos a cores como, por exemplo, a psicologia das cores na moda e o
comportamento de venda (cores mais vendidas e cores menos vendidas).

Consulte as cores designadas pela empresa Pantone para cada ano da última década no
intuito de compreender os valores que embasam cada cor designada.

• PANTONE. Disponível em: www.pantone.com. Acesso em: 1 set. 2021.


ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA

Essa atividade tem como objetivo compreender e sistematizar um calendário de compras


com foco nos prazos de divulgação e vendas. Organizados em grupos, os alunos analisam o
calendário de marketing anual. Os alunos pesquisam os principais acontecimentos
comerciais e de marketing promocional previstos no semestre.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 171


Num segundo momento a proposta é que os grupos elaborem um calendário de compras de
moda, com foco na produção em solo nacional e internacional, desmembrada em coleções
e coleções cápsulas.

A programação e calendário de ações promocionais da cidade e da região.

Utilize uma ferramenta tecnológica para desenvolvimento de um calendário e suas ações


previstas: www.canva.com

ATIVIDADE EM GRUPOS COM APRESENTAÇÃO EM PLENÁRIA E EXPOSIÇÃO DIALOGADA


O grupo realiza uma atividade presencial de observação em um shopping ou rua comercial
ou, ainda, a análise virtual de marketplaces. O primeiro desafio é que os alunos observem os
produtos ofertados em determinadas lojas. Recomenda-se também planejar a realização de
um “cliente oculto” (a simulação de uma compra presencial ou virtual). A proposta é observar
os produtos carro chefe (cores, modelagens, tick. Além disso, busca identificar o perfil da
loja, do consumidor e o estilo predominante.

Envolver os alunos no planejamento das atividades de observação e coleta de informações.


Programe também um momento síntese, em que os alunos possam compartilhar suas
percepções e dúvidas.
JOGO

A atividade visa correlacionar a segmentação de mercado com as marcas. Os alunos se


organizam em dois grupos: grupo A e grupo B. Ambos criam um jogo de adivinhação, estilo
cara a cara, com fichas relativas a conceitos como segmento x comportamento de consumo
e marcas x produtos. Exemplos:
Grupo A: elabora fichas que representem segmentos (demográfico, psicográfico,
comportamental) e fichas que representem comportamento de consumo (estilo, poder
aquisitivo, faixa etária).

Grupo B: elabora fichas que representem marcas (vestuário feminino, masculino, infantil,
jovem) e fichas que representem produtos (camiseta, chinelo, jeans, bolsas).
Além de participarem da pesquisa, planejamento, elaboração e uso do jogo, a proposta é que
os alunos vivenciem as marcas formativas, habilidades e atitudes fundamentais para a
atuação do comprador de moda. Os grupos podem apresentar a proposta dos jogos, como
foi o processo de construção e retomar os conceitos abordados no curso

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 172


ATIVIDADE INDIVIDUAL DE INTERNALIZAÇÃO E EXPOSIÇÃO DIALOGADA

Os alunos analisam croquis ou desenhos técnicos selecionados previamente pelo docente. A


ideia é que elaborem uma proposta de tecidos e aviamentos que possam ser utilizados no
desenvolvimento de cada um dos produtos selecionados. O próximo passo é o
preenchimento de itens da ficha técnica que norteiam o trabalho da equipe de estilo. As
propostas são compartilhadas e discutidas coletivamente. O docente explana, por exemplo,
sobre:

• Tipos de tecidos, aviamentos e modelagem;

• Caimento da peça no corpo;

• Problemas que podem acontecer no dia a dia (encolhimento, furos e rasgos, danos
causados por botões).

Apresentar exemplos reais, relacionados à qualidade do produto, para análise e discussão.


Cabe ao docente destacar que a flexibilidade na negociação com o fornecedor é um dos
aspectos fundamentais para que o comprador resolva situações inesperadas de forma rápida
e precisa. Também é importante levantar os impactos que esses problemas podem gerar no
planejamento das compras, acarretar prejuízo financeiro e, em alguns casos, o desgaste no
relacionamento com o fornecedor.

Exemplo 1: o comprador identifica, na entrega de pré-produção, que a costura do bolso


traseiro da calça jeans está esgarçando o tecido. Qual a decisão a ser tomada?
1. Receber o produto com defeito (bolso esgarçado).

2. Negociar devolução para o fornecedor caso o produto não seja vendido.

3. Solicitar o reforço da costura.

4. Cancelar o pedido.

Exemplo 2: O sapato masculino passou por processo de acabamento, mas não foi entregue
envernizado e apresenta manchas no couro. O comprador analisa a situação e:
1. Solicita revisão da produção ao fornecedor.

2. Solicita nova amostra.

3. Cancela o pedido.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 173


3. Monitoramento de performance e vendas

3. Analisa o produto no ponto de venda, considerando sua performance.

CONHECIMENTOS

• Modelos de produção: antecipado (showroom) e pronta entrega.

• Precificação: mark up, margem de lucro e tributação.

• Distribuição de produtos: alocação de produto e ponto de venda.

• Estoque: descrição de produto, giro e cobertura e open to buy (OTB).

• Performance do produto: sell life, SKU e relatórios de monitoramento do produto.

HABILIDADES

• Avaliar qualidade do produto acabado, matéria-prima e aviamentos.

• Negociar prazos, custos e condições de pagamento.

• Comunicar-se de maneira assertiva.

ATITUDES/VALORES

• Zelo na apresentação pessoal e postura profissional.

• Colaboração no desenvolvimento do trabalho em equipe.

• Respeito às relações de trabalho.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Proatividade nas tomadas de decisões.

• Empatia no trato com as pessoas.

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

Descrição da situação
O comprador de moda tem como objetivo o giro (a compra e a venda) dos produtos
selecionados. Para tal, além do planejamento e do cronograma é necessário monitorar e

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 174


corrigir as tomadas de decisão. Como, por exemplo, conhecer a tributação incidente, os
aspectos contratuais para compra e entrega, controlar estoque, o preço aplicado, o tempo
de venda das coleções desenvolvidas e identificar produtos com alto e baixo potencial de
comercialização.

Objetivos de aprendizagem
• Comparar os segmentos de mercado com o posicionamento das marcas.

• Compreender os aspectos contratuais, a análise sobre tributação e construção de preços.

• Controlar o estoque e estratégias para melhor giro e desempenho do produto.

Para abordagens presencial e não presencial, sugerem-se as seguintes


atividades e recursos:
BRAINSTORMING E EXPOSIÇÃO DIALOGADA

A atividade objetiva analisar aspectos contratuais. Os alunos participam de um brainstorming


sobre contratos de compras. A ideia é que citem o que conhecem, previamente, sobre o
assunto, informações e cláusulas que precisam ser contempladas nesse tipo de documento.
Exemplos de dados para discussão:

• Condições de pagamento

• Fretes (quem paga, CIF/FOB)

• Quebra de grade

• Prazos

• Cancelamentos

• Penalizações e multas

O docente, então, explana sobre a importância do contrato e partes envolvidas (área jurídica
e de compras).

Apresentar casos reais e propor que o grupo construa um contrato, como exercício de
síntese.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA

O docente explana sobre conceitos e aplicações de tributação, construção de preços,


diferença de margem de lucro e mark-up com foco no mercado de moda. Organizados em
grupos, os alunos realizam exercícios de elaboração de preços de produtos.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 175


As discussões, os exemplos e casos apresentados sobre tributação e elaboração de preços
devem retratar as especificidades da área de moda.

Convidar um profissional da área financeira para enriquecer o diálogo com o grupo.

Vídeo: Sebrae 5 dicas e como precificar seus produtos e serviços corretamente:

• 5 DICAS como precificar [...]. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (4min11s). Publicado pelo canal
Sebrae. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9ORWMOY6pvQ. Acesso
em: 7 ago. 2021
PESQUISA E EXPOSIÇÃO DIALOGADA

Cada aluno escolhe um produto de moda, pesquisa o preço de compra em pelo menos dois
Estados brasileiros, pesquisa tributos e taxas de cada local específico. Para finalizar indica
onde a compra é mais viável. Num segundo momento, o docente explana sobre construção
de preços (custo fixo e custo variável), diferença entre mark-up, margem de lucro e
tributação (compra e venda). Essa atividade pretende compreender e discutir sobre variáveis
que impactam na precificação de produtos de moda.

Apresentar exemplos reais de precificação de produtos e utilizar as informações pesquisadas


pelos alunos como referência.
EXPOSIÇÃO DIALOGADA

Os alunos analisam relatórios referentes ao desempenho de produtos, com informações


desde a chegada do produto ao centro de distribuição até a quantidade vendida por data. A
ideia é promover uma discussão com o grupo sobre o desempenho dos produtos (se bom ou
não) e o levantamento de soluções para um produto que não tem giro. O docente explana
sobre open to buy (OTB) e destaca as estratégias indicadas para gerenciar o estoque.

Estas atividades podem ser utilizadas para trabalhar junto aos alunos as marcas formativas
Atitude empreendedora, Atitude sustentável, Atitude colaborativa, Visão crítica e Domínio
técnico-científico. Nesse sentido, recomenda-se que a abordagem não se limite a uma
discussão acerca das marcas formativas em questão, mas que se caracterize por oferecer aos
participantes a oportunidade de vivenciar as marcas formativas no contexto da situação de
ensino-aprendizagem.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 176


UC16: Implementar estratégias de venda para moda.
CARGA HORÁRIA: 36 HORAS

PERFIL DOCENTE: EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA ÁREA COMERCIAL DE MODA E FORMAÇÃO EM


MODA E/OU MARKETING, ADMINISTRAÇÃO.

Apresentação da UC
Esta Unidade Curricular promove conhecimentos da área comercial, com foco nas vendas
dos produtos de moda.

Como as situações estão apresentadas


1. Pensamento estratégico de Moda

2. Desenvolvimento de estratégias de vendas


3. Gestão do conceito ampliado de criatividade e os relacionamentos interpessoais

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 177


1. Pensamento estratégico de Moda

1. Elabora estratégias e planejamento de venda, considerando propósito e público da


marca.

CONHECIMENTOS
• Área de vendas no mercado da moda: panorama histórico e cenários regionais.

• Atacado e varejo: modelo de negócio; plataformas e estratégias de vendas; outros canais


de vendas (e-commerce e exportação).

• Estratégias de relacionamento com cliente: vínculos com a marca e fidelização.

HABILIDADES
• Analisar cenários para ações de distribuição de vendas.

• Analisar práticas do mercado em relação às plataformas de vendas.

• Analisar resultados comerciais.

ATITUDES/VALORES
• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Resiliência na solução de problemas.

• Proatividade na tomada de decisões.

• Visão crítica na formação de preços e promoções de venda.

Problematização
A área comercial de uma empresa de moda precisa de diagnóstico de posicionamento de
marca, logística e mix de preço para gerar estratégias de posicionamento e crescimento. Para
criar estratégias comerciais para venda deve-se considerar os tópicos abaixo:

• Qual é o propósito da marca?

• Quais são seus canais de vendas?

• Quem é o público?

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 178


• Qual é o ranking de venda dos produtos?

• Qual é o ranking de venda por tamanho?

• Qual é o ranking de venda por região?

• Em quais canais de comunicação a marca está presente?

• Como a equipe de estilo começa uma coleção?

• A marca tem muitas sobras de estoque?

• Quem são os principais concorrentes?

• Qual é o preço médio da última coleção?

• Qual é o ticket médio por canal de venda? Se existir diferença, sabe-se por quê?

• Existe um determinado produto ou linha pela qual a marca é mais conhecida?

• Quais são os principais materiais que a marca usa em sua coleção?

• A equipe da marca veste os produtos?

• Com que frequência lançam novos produtos e coleções?

• Qual é o objetivo da marca para os próximos dois anos? E para a próxima coleção?

Objetivos de aprendizagem
• Ampliar o pensamento estratégico e sistêmico percebendo a dimensão de atuação de
marca.

• Considerar os diversos cenários para uma tomada de decisão mais assertiva.

• Fortalecer a criticidade para a elaboração de estratégias.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:

EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Diálogo sobre o panorama do mercado e cenários regionais, abordando questões como:

1. Você conhece o calendário comercial do mercado de moda? Para o seu nicho ou


segmento de atuação existe um calendário específico? (Exemplo: Moda praia ou
Pijamas). Como os calendários do varejo e do atacado se integram?

2. Quais são os principais pontos que devem ser considerados para a sustentabilidade
financeira de uma empresa de moda?

3. Você tem mapeado os motivos que levam as pessoas a comprarem seus produtos?

4. Por que seu produto existe?

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 179


SIMULAÇÃO
Criação de calendário comercial para marca real, fazendo levantamento de datas relevantes
para o segmento de atuação, sazonalidade, eventos de moda, meses de menor e maior fluxo.
Os formatos de entrega podem ser variados: Excel, cartaz, PowerPoint, planner.

Em novembro de 2020 a Associação Brasileira dos Estilistas (ABEST) que representa 120
marcas brasileiras, se reuniu com 7 dos principais showrooms multimarcas para estabelecer
um novo calendário comercial para a Moda Brasileira. A iniciativa e cronograma estabelecido
geraram grandes discussões em todo o mercado, veja aqui uma das matérias sobre o tema,
disponível em:

• MARCAS Autorais [...]. Disponível em: https://ffw.uol.com.br/noticias/business/marcas-


autorais-e-showrooms-se-organizam-emtorno-de-novo-calendario-de-varejo-no-
brasil/. Acesso em: 29 abr. 2021.

EXPERIMENTAÇÃO
Orientar o grupo a elaborar um formulário de pesquisa para ser aplicada em diferentes
marcas e empresas de moda. Em grupos ou individualmente, os alunos aplicam o formulário
a fim de obter dados e informações referentes àquela empresa/marca real.

DISCUSSÃO DE CASO
Cada grupo elege uma empresa respondente para fazer a análise dos dados da atividade
anterior. O grupo lê as respostas e discute sobre cada uma delas fazendo anotações com seus
insights, dúvidas, sugestões e/ou comentários.

Sobre consumo e sustentabilidade no mercado digital:

• A BUSCA por Sustentabilidade no Consumo. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (38min51s).
Publicado pelo canal Brasil Eco Fashion Week. BEFW. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=AsuQ_uFMGSo. Acesso em: 29 abr. 2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 180


2. Desenvolvimento de estratégias de vendas

1. Elabora estratégias e planejamento de venda, considerando propósito e público da


marca.

CONHECIMENTOS
• Planejamento comercial: ferramentas, preço, mix de produtos, distribuição, análise de
dados, definição de metas e metodologias ágeis.

• Comercial e estilo: áreas interdependentes (análise de dados para o desenvolvimento de


produtos ou coleção).

• Comercial e marketing: áreas parceiras (campanha de vendas).

• Comercial e financeiro: áreas interdependentes (definição de metas e análise de


performance de produtos.

• Estratégias de relacionamento com cliente: vínculos com a marca e fidelização.

HABILIDADES
• Analisar cenários para ações de distribuição de vendas.

• Analisar práticas do mercado em relação às plataformas de vendas.

• Elaborar relatórios de vendas.

• Utilizar metodologias ágeis.

ATITUDES/VALORES
• Visão crítica na formação de preços e promoções de venda.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Proatividade na tomada de decisões.

Problematização
Para criar estratégias de vendas é necessário criar um planejamento e desenvolver um plano
de ação. Ferramentas e metodologias ágeis como Kanban e desenvolvimento de protótipos
(MVP - mínimo produto viável) são úteis.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 181


Para tal é importante ter levantado dados e informações para atingir metas como:
• Concentrar as vendas no atacado.
• Ampliar atuação no nordeste do Brasil.
• Aumentar o ticket médio nos canais digitais.
• Prospectar clientes nos estados onde a marca não tem nenhuma atuação.
• Aumentar as vendas dos produtos fabricados 100% internamente.

Objetivos de aprendizagem
• Desdobrar estratégias em um plano.

• Identificar diferentes ferramentas de planejamento.

• Apropriar-se de metodologias ágeis.

Para abordagem não presencial, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:


EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Apresentação sobre os conceitos de planejamento estratégico e demonstração de algumas
ferramentas de planejamento.

O livro Scrum: a arte de fazer o dobro de trabalho na metade do tempo de J. SUTHERLAND,


aprofunda conceitos de metodologias ágeis de trabalho e pode ser uma ótima fonte para
desenvolver essa prática.

PESQUISA
Propor que os alunos se organizem em grupos e façam um levantamento sobre diferentes
ferramentas de planejamento e gestão, detalhando cada uma. Considerar, por exemplo, se
é paga ou gratuita, se há limitação de pessoas por equipe etc. Cada grupo apresenta as
ferramentas que pesquisou e seleciona uma para continuar seu trabalho.

• 25 CASES de estratégias de marketing de marcas de moda globais que podem servir de


ponto de partida para elaboração de estratégias comerciais. Disponível em:
https://www.referralcandy.com/blog/fashion-marketing-examples. Acesso em: 30 abr.
2021.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 182


EXPERIMENTAÇÃO
Com base em dados da pesquisa realizada anteriormente, orientar os alunos a organizarem
os dados em ações, estabelecer ordem de prioridades e responsáveis de acordo com a
ferramenta de planejamento e gestão escolhida.

Em Porque o segredo do sucesso é definir metas certas TED 2018, Jonh Doerr discorre sobre
a importância de estabelecer os objetivos/metas corretas com a o sistema OKRs: Objetivos e
resultados chave criado por Andy Grove.

• DOERR, J. Why the secret to success is setting the right goals. Ted. 2018. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/john_doerr_why_the_secret_to_success_is_setting_the_ri
ght_ goals?language=pt-br. Acesso em: 29 abr. 2021

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 183


3. Gestão do conceito ampliado de criatividade e os relacionamentos
interpessoais

1. Elabora estratégias e planejamento de venda, considerando propósito e público da


marca.
2. Realiza parcerias com diferentes áreas da empresa, conforme estratégias de vendas
estabelecidas.

CONHECIMENTOS
• Comercial e estilo: áreas interdependentes (análise de dados para o desenvolvimento de
produtos ou coleção).

• Comercial e marketing: áreas parceiras (campanha de vendas).

• Comercial e financeiro: áreas interdependentes (definição de metas e análise de


performance de produtos).

• Área de vendas no mercado da moda: panorama histórico e cenários regionais.

HABILIDADES
• Analisar resultados comerciais.

• Comunicar-se de maneira assertiva.

• Acompanhar o ciclo do produto.

• Utilizar metodologias ágeis.

• Mediar conflitos nas situações de trabalho.

ATITUDES/VALORES
• Ética no relacionamento com clientes e fornecedores.

• Compromisso com os pilares da sustentabilidade.

• Visão crítica na formação de preços e promoções de venda.

• Sigilo no tratamento de dados e informações.

• Resiliência na solução de problemas

• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 184


• Cordialidade e empatia no trato com as pessoas.

• Proatividade na tomada de decisões.

Descrição da situação
O acompanhamento das vendas ocorre por meio das análises de dados compilados em
relatórios. Estes devem existir a cada coleção e para tornarem-se estratégicos para as
tomadas de decisão de novas coleções, devem envolver outros departamentos da empresa.
Considera-se:
• Avaliação do andamento e resultados de seu planejamento/plano de ações.

• Correlação dos dados qualitativos e quantitativos de departamentos de estilo/criação


para encerrar o ano. Para isso, ela precisa se reunir com todos os departamentos
envolvidos.

• Análise das peças mais e menos vendidas, em grades e cores distintas.

• Correlação entre os lançamentos de novos produtos com o desenvolvimento do book de


visual merchandising

• Apoio ao departamento de comunicação e marketing para o posicionamento e


lançamento de novas coleções.

Objetivos de aprendizagem
• Reconhecer relações interpessoais e integrações entre departamentos.

• Gerir conflitos entre equipe e clientes.

• Analisar criticamente o cruzamento de dados quantitativos e qualitativos.

• Reconhecer a importância da empatia e compreender de forma sistêmica o trabalho


integrado dos departamentos.

Para abordagem remota, sugerem-se as seguintes atividades e recursos:

DISCUSSÃO DE CASO E SIMULAÇÃO


Trabalhar situações reais de conflitos com clientes, vendedores, representantes e equipes de
diferentes departamentos. Os alunos podem trazer situações reais de seus negócios para que
os desafios sejam trabalhados em grupo.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 185


Os grupos podem utilizar uma ferramenta tecnológica (o Miro, por exemplo) para compilar
seus insights. Os alunos podem elencar 3 (três) situações, organizarem-se em 3 (três) grupos
e cada grupo pode trazer suas considerações para cada situação, fazendo assim com que
sejam observadas diferentes perspectivas sobre um mesmo desafio.

Sugere-se que ao final do curso, os alunos tenham um planejamento comercial com


estratégias de vendas definidas e ações planejadas para que possam colocar em prática em
seus negócios. Esse planejamento é construído ao longo do curso e poderá ser avaliado de
acordo com os indicadores.

O conceito de criatividade pode ser aplicado em diversas áreas e não apenas no viés artístico.
Estamos, em todos os momentos, “criando” soluções, alternativas e situações em nossos
trabalhos, nossas relações e afazeres. A dinâmica da vida humana tem base na criação, e esse
assunto é tratado por neurocientistas, no livro Como o Cérebro Cria: o poder da criatividade
humana para transformar o mundo.
Nesse link você encontra um resumo sobre o documentário em português:

• COMO o Cérebro Cria. [S. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (17min33s). Publicado pelo canal Marcio
Okabe. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LHhAmsg8IGw. Acesso em:
29 abr. 2021.

O livro virou um documentário que tem o mesmo nome e pode ser encontrado em algumas
plataformas de streaming como Netflix.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 186


UC17: Projeto Integrador Técnico em Estilismo e
Coordenação de Moda
CARGA HORÁRIA: 32 HORAS
Conforme orientações do Projeto Integrador, no item Orientações Metodológicas do Plano
de Curso, o trabalho com projetos prevê três momentos: problematização, desenvolvimento
e síntese. No contexto dos cursos de Habilitação Profissional Técnica, considerando a
articulação do projeto integrador com as competências previstas no Perfil Profissional de
Conclusão, a carga horária correspondente à Unidade Curricular - Projeto Integrador é
destinada às fases de problematização e síntese. As sugestões apresentadas a seguir
correspondem, portanto, a esses dois momentos. As sugestões relativas à etapa de
desenvolvimento, por sua vez, estão contempladas no contexto das situações de
aprendizagem de cada Unidade Curricular - Competência.

UC17: Projeto Integrador Técnico em Estilismo e Coordenação de Moda


Proposta 1: Coleção de moda para marca autoral

A história da moda evidencia que grandes marcas admiradas na atualidade nasceram há


décadas em formato de ateliês. Apesar de todo o processo de industrialização e tecnologia
vividos nos últimos anos, o pequeno empreendedor dos dias de hoje ainda é responsável por
gerir integralmente as etapas do ciclo de vida do produto de moda, garantindo, com isso,
que sua identidade e proposta de valor sejam mantidos da criação à comercialização, o que
é fundamental para os negócios terem vantagem competitiva. Sob essa perspectiva a
proposta de tema gerador para o Projeto Integrador é de que os alunos desenvolvam uma
coleção cápsula para lançamento de uma marca autoral, que pode ser apresentada em
formatos como look book, fashion film, desenvolvimento de produto, mapa de produto,
dentre outros.
Proposta 2: Coleção de moda para segmentos distintos

A origem do termo estilista remonta àqueles primeiros profissionais de criação que


imprimiam o seu estilo pessoal nas peças que produziam, quase como artistas perante suas
obras. Com o processo de industrialização que a moda viveu a partir do advento do prêt-à-
porter, a figura do estilista industrial trouxe uma nova perspectiva para o desenvolvimento
das coleções de moda, agora com enfoque no lifestyle do consumidor. O desafio pode ser a
escolha de um tema comum, que permita o desenvolvimento de coleções para segmentos
distintos do mercado (por categoria de produto, gênero, nicho, dentre outros).

Outros temas geradores podem ser definidos com os alunos, desde que constituam uma
situação-problema e atendam aos indicadores para avaliação.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 187


Cumpre as atividades previstas no plano de ação, conforme desafio identificado no tema
gerador.
Apresenta resultados ou soluções de acordo com as problemáticas do tema
gerador e objetivos do PI.

Neste momento, os alunos, com a mediação do docente e em função do tema gerador


selecionado, identificam o(s) desafio(s) a ser(em) assumido(s), a partir do(s) qual(is) o projeto
será desenvolvido. Para tal, é importante que sejam propostas situações de aprendizagem
que despertem o interesse dos alunos instigando-os a explicitarem suas ideias, expectativas
e iniciativas acerca do rumo do Projeto Integrador.

Neste momento, os alunos, com base na construção do repertório necessário e utilizando


estratégias que favoreçam a aprendizagem com autonomia e o pensamento crítico, buscam
dar respostas aos problemas formulados na fase de Problematização. Para tanto, é
necessário que se defrontem com situações que os incentivem a confrontar pontos de vista,
rever suas hipóteses e formular novas questões. As sugestões relativas a esta etapa estão
contempladas no contexto das situações de aprendizagem de cada Unidade Curricular -
Competência.

Trata-se do momento no qual os alunos sistematizam e apresentam as produções geradas


na fase de Desenvolvimento que subsidiam a elaboração do Projeto Integrador. As
apresentações devem ser definidas de acordo com a natureza do Projeto Integrador. Podem
ser realizadas de forma escrita e/ou oral e/ou demonstrativa, porém não necessitam seguir
a formalidade dos trabalhos acadêmicos.

É fundamental que os alunos registrem as experiências de aprendizagem que subsidiam


tanto o processo de elaboração do Projeto Integrador quanto o desenvolvimento das
competências do perfil profissional de conclusão em um Portfólio Individual.

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica em Estilismo e Coordenação de Moda 188


www.sp.senac.br

Para dúvidas ou sugestões entre em contato


com a Equipe Geduc Desenho Educacional:
geducdesenho@sp.senac.br

SENAC • PO – Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio em XXXXXXXXXX 189

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